GREVE GERAL - RESOLUÇÃO

2
1 RESOLUÇÃO PROSSEGUIR A LUTA CONTRA A EXPLORAÇÃO E O EMPOBRECIMENTO DERROTAR A POLÍTICA DE DIREITA COM OS TRABALHADORES PORTUGAL TEM FUTURO A Greve Geral que hoje está a ser realizada nas empresas do sector privado, nos serviços da Administração Pública Central, Regional e Local e nas empresas do Sector Empresarial do Estado constitui uma das mais importantes jornadas de luta realizada em Portugal depois do 25 de Abril. Greve Geral que ficará para sempre inscrita na história da luta dos trabalhadores e do povo português, como uma poderosa resposta à brutal ofensiva que o Governo do PSD/Passos Coelho e do CDS/Paulo Portas tem vindo a desenvolver contra os trabalhadores, os reformados e pensionistas, as camadas mais desfavorecidas da população. A CGTP-IN saúda todos quantos de norte a sul de Portugal, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, aderiram hoje à Greve Geral para afirmarem, de forma inequívoca e determinada, não dar tréguas às politicas antilaborais e de desastre nacional do governo do PSD-CDS. A CGTP-IN saúda particularmente as centenas de milhares de jovens que fizeram hoje a sua primeira grande acção de luta, muitos deles com trabalho precário, resistindo às mais diversas pressões e chantagens, numa demonstração de força e confiança na luta por um país mais justo. Saudamos, também, os muitos milhares de dirigentes e activistas sindicais da CGTP-IN, bem como de outras estruturas representativas dos trabalhadores, incluindo as organizações sindicais não filiadas que se associaram à Greve Geral. Todos, em conjunto e numa perspectiva de reforço da unidade da acção nos locais de trabalho, venceram as dificuldades, empenharam-se abnegada e solidariamente, no esclarecimento, mobilização e organização da greve, assim como na criação e participação nos piquetes de greve e, dessa forma, deram um contributo decisivo para uma grande adesão à Greve Geral. A Greve Geral está a realizar-se num quadro muito complexo, caracterizado por uma brutal degradação das condições de vida dos trabalhadores e das suas famílias; por uma forte campanha ideológica das forças do capital que, através de uma estratégia de pressão e chantagem, procuram levar à resignação e ao conformismo, por uma ampla acção concertada do governo, patronato e outras forças ao seu serviço, visando o desvirtuamento dos seus objectivos. Mas esta magnifica Greve Geral mostra que os inimigos de classe dos trabalhadores não conseguem esconder a realidade: mostra que os trabalhadores e as trabalhadoras não se resignam, que rejeitam a política de desastre nacional e que estão firmemente determinados a prosseguir o combate contra a austeridade que tem infernizado a vida dos portugueses e que, agora, consubstanciada nas medidas constantes do Orçamento de Estado, representa mais recessão e retrocesso social, com desvalorização social do trabalho e destruição das funções sociais do Estado, num claro desrespeito pela Constituição da República Portuguesas.

description

PROSSEGUIR A LUTA CONTRA A EXPLORAÇÃO E O EMPOBRECIMENTO DERROTAR A POLÍTICA DE DIREITA COM OS TRABALHADORES PORTUGAL TEM FUTURO

Transcript of GREVE GERAL - RESOLUÇÃO

Page 1: GREVE GERAL - RESOLUÇÃO

1

RESOLUÇÃO  

PROSSEGUIR A LUTA CONTRA A EXPLORAÇÃO E O EMPOBRECIMENTO 

DERROTAR A POLÍTICA DE DIREITA 

COM OS TRABALHADORES PORTUGAL TEM FUTURO 

A Greve Geral que hoje está a ser realizada nas empresas do sector privado, nos serviços da Administração Pública Central, Regional e Local e nas empresas do Sector Empresarial do Estado constitui uma das mais importantes jornadas de luta realizada em Portugal depois do 25 de Abril. Greve Geral que ficará para sempre inscrita na história da luta dos trabalhadores e do povo português, como uma poderosa resposta à brutal ofensiva que o Governo do PSD/Passos Coelho e do CDS/Paulo Portas tem vindo a desenvolver contra os trabalhadores, os reformados e pensionistas, as camadas mais desfavorecidas da população.

A CGTP-IN saúda todos quantos de norte a sul de Portugal, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, aderiram hoje à Greve Geral para afirmarem, de forma inequívoca e determinada, não dar tréguas às politicas antilaborais e de desastre nacional do governo do PSD-CDS.

A CGTP-IN saúda particularmente as centenas de milhares de jovens que fizeram hoje a sua primeira grande acção de luta, muitos deles com trabalho precário, resistindo às mais diversas pressões e chantagens, numa demonstração de força e confiança na luta por um país mais justo. Saudamos, também, os muitos milhares de dirigentes e activistas sindicais da CGTP-IN, bem como de outras estruturas representativas dos trabalhadores, incluindo as organizações sindicais não filiadas que se associaram à Greve Geral. Todos, em conjunto e numa perspectiva de reforço da unidade da acção nos locais de trabalho, venceram as dificuldades, empenharam-se abnegada e solidariamente, no esclarecimento, mobilização e organização da greve, assim como na criação e participação nos piquetes de greve e, dessa forma, deram um contributo decisivo para uma grande adesão à Greve Geral.

A Greve Geral está a realizar-se num quadro muito complexo, caracterizado por uma brutal degradação das condições de vida dos trabalhadores e das suas famílias; por uma forte campanha ideológica das forças do capital que, através de uma estratégia de pressão e chantagem, procuram levar à resignação e ao conformismo, por uma ampla acção concertada do governo, patronato e outras forças ao seu serviço, visando o desvirtuamento dos seus objectivos. Mas esta magnifica Greve Geral mostra que os inimigos de classe dos trabalhadores não conseguem esconder a realidade: mostra que os trabalhadores e as trabalhadoras não se resignam, que rejeitam a política de desastre nacional e que estão firmemente determinados a prosseguir o combate contra a austeridade que tem infernizado a vida dos portugueses e que, agora, consubstanciada nas medidas constantes do Orçamento de Estado, representa mais recessão e retrocesso social, com desvalorização social do trabalho e destruição das funções sociais do Estado, num claro desrespeito pela Constituição da República Portuguesas.

Page 2: GREVE GERAL - RESOLUÇÃO

2

Esta Greve Geral é, assim, uma resposta inequívoca de exigência de que seja posto termo imediato ao famigerado “memorando de entendimento”, verdadeiro programa de agressão ao povo português, cujas medidas de austeridade que dele decorrem agravam a situação económica que conduz o país a uma espiral de recessão, que leva o desespero a casa de milhares de famílias e empurra para a miséria extrema milhares de pessoas, vítimas da exclusão social e sem quaisquer meios de subsistência.

Esta Greve Geral constitui uma resposta extraordinária. Uma resposta de luta das trabalhadoras e dos trabalhadores portugueses contra a exploração e o empobrecimento, pelo emprego e aumento dos salários, pela defesa dos direitos laborais e das Funções Sociais do Estado.

Uma luta contra a política de direita que subverte os ideais, direitos e garantias alcançados com a instauração do regime democrático e que aprofunda o confronto com a Constituição da Republica Portuguesa e os princípios fundamentais que enformam uma sociedade Democrática, Solidária e Progressista.

Uma luta que põe na ordem do dia, a emergência nacional de uma ruptura com a política de direita, por uma alternativa que assegure o desenvolvimento e o progresso económico, um Portugal de Futuro, Independente e Soberano.

Os trabalhadores e trabalhadoras presentes nesta Concentração / Manifestação, reafirmam que a luta prosseguirá, sem tréguas, pelo aumento dos salários, a defesa dos direitos e da negociação colectiva, contra o pacote da exploração e empobrecimento, o trabalho forçado e todas as medidas de retrocesso social e civilizacional que o governo e o patronato querem impor a quem trabalha. E, porque só a ruptura com a política de direita pode permitir um novo caminho, no sentido do desenvolvimento, do progresso e de justiça social, decidem: Assumir o compromisso de intensificar o esclarecimento, a mobilização e a luta

contra a aprovação dos medidas gravosas contidas no Orçamento do Estado de forma impedir mais sacrifícios brutais para os trabalhadores e o povo, assim como prosseguir o combate firme e determinado contra a política de desastre nacional, de austeridade e regressão social, de ataque às funções sociais do Estado;

Reafirmar o seu empenhamento no reforço da unidade na acção de todos os trabalhadores, de forma a convergir numa resposta cada vez mais ampla e forte contra a ofensiva desencadeada pela política do Governo PSD-CDS e as posições retrógradas do grande patronato;

Participar numa grande concentração a realizar frente à Assembleia da

Republica, no próximo dia 27 de Novembro, contra a aprovação final do Orçamento do Estado, por uma nova política, Pela defesa da Democracia e das Liberdades. Por um Portugal desenvolvido e Soberano!

14 de Novembro de 2012