grupo 13
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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus Jequié
Departamento de Química e Exatas - DQE
Disciplina: Química Inorgânica Experimental I – Turma: P02
Professora: Marlúcia Barreto
Aluno: Geovane Santos Souza
Atividade: Aula prática Data: 02.08.2014
Elementos do bloco p
Jequié – Bahia,
Outubro de 2014.
Relatório de aula prática apresentado à
disciplina de Química Inorgânica
Experimental I, ministrada pela professora
Marlúcia Barreto, como avaliação parcial do
II semestre-2014.
4. RESULTADO E DISCUSSÃO
4.1 Obtenção de ácido bórico.
4.1.1) A reação de formação do ácido bórico é representada pela equação
abaixo:
Na2B4O7·10H2O (s) + 2HCl(aq) → 2NaCl(aq) + 4H3BO3(s) + 5H2O(l)
O bórax reage com ácido clorídrico, formando cloreto de sódio, que é um sal
solúvel em água, este é desidratado e forma principalmente ácido bórico. O ácido
bórico se apresenta em forma de precipitado durante a reação, após sua
formação, o ácido bórico costuma ser filtrado a vácuo.
4.2 Identificação do ácido bórico.
4.2.2) Ao inflamar em um cadinho a mistura de ácido bórico, acido sulfúrico e
etanol, observou-se a formação de uma chama de cor verde.
A reação de combustão da mistura de ácido bórico, ácido sulfúrico e etanol
está representada pela equação abaixo:
B(OH)3(s) + 3CH3CH2OH(l) + H2SO4(Conc) → B(OCH2CH3)3(aq) + H2O(l)
Nesta reação, o ácido bórico reagiu com o etanol para formar o éster volátil,
borato de etila. O ácido sulfúrico age como catalizador, consumindo as moléculas
de água formada. Quando este éster é inflamado, a energia da chama excita os
elétrons de valência dos átomos de boro. Quando estes elétrons retornam aos
seus níveis fundamentais, a energia absorvida é emitida em forma de fótons, que
possuem uma determinada frequência e comprimento de onda no espectro de luz
visível. Para os átomos deste elemento, o comprimento de onda varia entre 500 a
570 nm no espectro visível, que irradia a cor verde.
4.3 Reações do alumínio.
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4.3.1) Limpou-se um pedaço de alumínio metálico com uma lixa e introduziu-
se o mesmo em um béquer com água.
Ocorreu reação. Houve a formação de pequenas bolhas na superfície do
metal. Porém, a reação procedeu de maneira lenta. Era esperado que o alumínio
metálico sofresse reação quando exposto a água, isto é verificado com a equação
eletroquímica para reação, e com o calculo de ΔG° para a mesma. Tais dados se
encontram logo abaixo:
Equação global: 2Al(s) + 3H2O(l) → Al2O3(s) + 3H2(g)
Oxidação: 2Al0 → 2Al3+ + 6e- Eº= 1,66 V
Redução: 6H+ +6e- → 3H02 Eº= 0,00 V
2Al0+ + 6H+ → 2Al3+ + 3H02 ΔEº= 1,66 V
ΔG°= -nFE°
ΔG°= -(6) (96.500 J/v.mol)(+1,66 V)
ΔG°= -961.140 J/mol
-961.140/1000= ΔG°= -961,14 kJ/mol
Tendo-se o valor de delta G, é previsto que a reação entre alumínio e água
ocorra espontaneamente.
4.3.2) Após a imersão do pedaço de alumínio na solução de cloreto de
mercúrio (ll), houve uma efervescência e a solução apresentou coloração cinza
escura. Quando retirou-se o pedaço de alumínio da solução de cloreto de mercúrio
(ll) e secou-se com papel filtro, o mesmo foi introduzido em água, gerando uma
reação, e consequentemente a formação de bolhas.
O cloreto de mercúrio removeu a camada de óxido da superfície do alumínio.
A reação entre a placa de alumínio (com óxido em sua superfície) e a
solução de cloreto de mercúrio está representada pela equação abaixo:
3
3HgCl2(aq) + 2Al2O3(s) 2Al3+(aq)
+ 3Cl-(aq) + 3HgO(s)
Uma vez que a camada que impedia que a reação prosseguisse foi extraída,
o alumínio reagiu vigorosamente com a água, formando hidróxido de alumínio e
liberando gás hidrogênio. A coloração escura observada é em virtude do óxido de
mercúrio formado.
A reação do alumínio com a água está representada abaixo:
Aℓ(s) + H2O(ℓ) → Aℓ2O3(aq) + H2(g)
4.3.3) Ao reagir a apara de alumínio com ácido clorídrico concentrado foi
observada uma robusta liberação de gás e calor, até a completa dissolução do
metal, formando um precipitado branco. Usando o ácido clorídrico diluído, a
reação ocorreu mais lentamente, após alguns segundos, apresentou um vigorosa
efervescência. A coloração da solução adquiriu um tom cinza escuro e houve
consumo total do metal.
A reação do ácido clorídrico com alumínio metálico está representada abaixo:
Equação geral: 2Al(s) + 6HCl(Aq) → 2Al3+(aq) + 6Cl-(aq) +3H2(g)
oxidação. 2Al0 → 2Al3+ + 6e- Eº= +1,66 V
redução 6H+ +6e- → 3H2 Eº= 0,00 V
2Al0+ + 6H+ → 2Al3+ + 3H2 ΔEº= +1,66 V
Nessa reação o ácido clorídrico, que é um ácido forte reage com alumínio
metálico formando cloreto de alumínio, um sal de coloração branca e insolúvel em
acido clorídrico, por isto, após alguns minutos acorre a decantação. A
efervescência é causada pela redução do íon hidrogênio durante a reação.
A diferença de velocidade entre as reações com ácido concentrado/diluído
deve-se a diferença entre a concentração de íons H+. Como são eles os
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responsáveis pela remoção da camada de oxido, logo, quanto maior sua
concentração em solução, maior será a velocidade da reação.
4.3.4) Após observação durante 2 minutos, nota-se que não há reação entre
o acido nítrico concentrado e a apara de alumínio. Após a solução contida no tubo
de ensaio ser submetida à chama através do bico de Bunsen, ocorreu rápida
reação, liberando gás vigorosamente. Com o resfriamento da solução, a
velocidade da reação diminui gradativamente.
O acido nítrico não reage a frio com o alumínio por conta da camada de
óxido, que torna o alumínio passivo. Entretanto, com o aumento da temperatura, a
camada de óxido é removida, facilitando a reação.
A reação (a quente) do alumínio com o ácido nítrico concentrado está
representada abaixo:
Equação global: Al(s) + 4HNO3(l) → Al(NO3)3(aq) + NO(g) + 2H2O
Oxidação: Al0 → Al3+ + 3e- Eº= 1,66 V
Redução: NO-3 + 4H+ + 3e- → NO + 2H2O Eº= 0,96 V
Al0 + NO-3 + 4H+
→ Al3+ + NO + 2H2O ΔEº= 2,62 V
O monóxido de nitrogênio (NO) formado na reação acima, reage com o
oxigênio do ar, formando dióxido de nitrogênio (NO2). A respectiva reação segue
abaixo:
NO(g) + O2(g) →NO2(g)
Pode-se afirmar que a reação é espontânea, isto é comprovado pelo valor da fem
padrão da reação. Como o valor obtido é positivo, ao ser convertido em energia
livre de Gibbs, obtém-se um valor negativo. O que indica que a reação é
espontânea.
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4.3.5) Após a dissolução das lentilhas de hidróxido de sódio em um tubo de
ensaio contendo água destilada, e adição de uma apara de alumínio, houve uma
reação com formação de gás. Houve também a formação de um precipitado.
Durante a reação o metal foi totalmente consumido.
A reação entre a apara de alumínio e a solução de hidróxido de sódio está
representada abaixo:
Al2O3(s) + 2NaOH(aq) 2NaAlO2(aq) + H2O
Nesta reação, após a remoção da camada de óxido do alumínio pelo
hidróxido de sódio, o alumínio reduziu o hidrogênio da água á hidrogênio gasoso e
foi oxidado passando para a solução na forma de hidróxido de alumínio 2Al(OH)3.
A respectiva reação segue abaixo:
2 Al(s) + 6H2O(l) 2Al(OH)3(aq) + 3H2
O hidróxido de alumínio reagiu com o hidróxido de sódio formando aluminato
de sódio insolúvel.
A respectiva reação segue abaixo:
2Al(OH)3(aq) + 2NaOH(aq) 2[ NaAlO2 . 2H2O](s) + 3H2 (g)
Na reação entre alumínio metálico e solução e hidróxido de sódio, o alumínio
e o íon hidróxido são oxidados, e formam o íon tetrahidroxialuminato, este se
encontra em forma solida ligado ao sódio. O nome deste íon complexo é
tetrahidroxialuminato de sódio.
4.4 Propriedades do hidróxido de alumínio.
4.4.1) Ao adicionar algumas gotas de solução de amônia aquosa ao cloreto
de alumínio, notou-se a formação de um sólido insolúvel branco e gelatinoso.
A equação química abaixo representa a reação:
3NH4OH(aq) + AlCl3(aq) → 3(NH4)Cl(aq) + Al(OH)3(s)
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Quando adiciona-se o nitrato de alumínio a solução, os sais de amônia são
bastante solúveis, por isso ficam em estado iônico. Já o hidróxido de alumínio não
é solúvel em água, por isto forma um precipitado branco.
No teste de parte da amostra com acido clorídrico foi observado a dissolução
deste sólido, já no teste com hidróxido de sódio houve produção de mais sólido.
Teste com ácido clorídrico:
3HCL(l) + Al(OH)3 → AlCl3(aq) + 3H2O(l)
A reação acima ocorre em virtude do aumento dos íons H+ em solução
reagirem com as hidroxilas ligadas ao alumínio formando água. O íon Al3+ reage
com íons cloreto formando cloreto de aluminio.
Teste com hidróxido de sódio:
Al(OH)3 + NaOH → NaAlO2 . 2H2O
O hidróxido de sódio é uma base forte, devido a isso, libera íons OH- em
solução, logo, o alumínio reage com o mesmo e com o íon Na+ formando
dioxialuminato de sódio didratado que é insoluvel em água, desta forma ocorre um
aumento na quantidade de precipitado.
A substância Al(OH)3 é um exemplo de substância anfotera pois reage tanto
em meio ácido quanto em meio básico.
Dos sais de alumínio, são bastante comuns o AlCl3 e o Al2(SO4)3. O sulfato
de alumínio forma com os sulfatos dos metais alcalinos, sais duplos chamados
“alúmens”. O alumínio dos alúmens pode ser substituído por outros íons metálicos
trivalentes, formando-se sais duplos que têm analogia muito grande com o alúmen
de potássio.
4.5 Purificação de água por floculação
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4.5.1) Ao adicionar solução de sulfato de alumínio e posteriormente, solução
de hidróxido de cálcio em um dos béqueres que continha água barrenta,
observou-se uma decantação mais rápida e eficiente das impurezas se
comparado com a decantação no béquer em que essas soluções não foram
adicionadas.
. A reação ocorrida na proveta onde foram adicionados os reagentes é
expressa abaixo:
Al2(SO4)3.18 H2O(aq) + 3Ca(OH)2(s) → 3CaSO4(aq) + 2Al(OH)3(s) + 18 H2O(l)
A água barrenta contém uma variedade de impurezas como partículas
coloidais, substâncias orgânicas. Tais impurezas apresentam cargas superficiais
negativas.
Quando o trisulfato de alumínio em sua forma hidratada reage com hidróxido
de cálcio, ocorre à perda de água e uma reação de dupla troca, formando assim,
sulfato de cálcio que é solúvel em água e principalmente triidróxido de alumínio
que é insolúvel em água. Os cátions polivalentes, como o Al3+, neutralizam as
cargas elétricas das partículas suspensas e os hidróxidos metálicos (Al(OH)3) logo
favorecem a aglutinação das impurezas, formando flocos, que são decantados de
modo relativamente rápido. Desta forma a água é separada do barro contido na
mesma.
4.6 Hidrólise
4.6.1) O pH encontrado no papel de tornassol para a solução de cloreto de
alumínio foi pH=3, indicando que a solução tem caráter ácido.
A reação é descrita pela equação abaixo:
AlCl3(aq) + 3H2O(l) → Al(OH)3(s) + 3H+(aq)
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A reação é considerada reversível, nesta o sal cloreto de alumínio é
hidrolizado. Os íons cloretos não possuem tendência a reagir com os íons H+, nem
com os Al3+, portanto ele fica dissociado e não altera a concentração do H+.
Os íons alumínio tem forte afinidade por íons hidroxila, logo, ocorre a união
entre os íons alumínio e hidroxila, formando o hidróxido de alumínio, que se
precipita.
Então, na solução sobrenadante houve um desequilíbrio da razão entre o
número de íons H+ e OH-, sendo que o OH- diminuiu e o H+ não alterou. Portanto,
ocorre a prevalência do H+ sobre o OH-, que leva ao aumento da acidez.
Todo sal formado na reação de um ácido forte com uma base fraca é um sal
ácido, como é o caso do sal cloreto de alumínio, que é formado pela reação entre
ácido clorídrico (HCl) e o hidróxido de alumínio ( Al(OH)3).
O dióxido de carbono (CO2) dissolvido reage com a própria água, gerando
ácido carbônico (H2CO3), que por sua vez se dissocia para criar pequenas
quantidades de íons H+ e HCO3-. Quando a água é fervida, tanto os dióxidos de
carbono quanto os oxigênios dissolvidos na água são expelidos fora de nossa
solução. Mesmo que a água resfrie, a reentrada de dióxido de carbono não
consegue equiparar a perda dos bicarbonatos. Isso significa que teremos uma
concentração reduzida de bicarbonatos e íons H+, diminuindo o caráter ácido da
solução e por consequência, aumentando seu pH.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEE.J.D/ Química inorgânica não tão concisa, 5. ed. Rio de Janeiro:
Edgard Blücher, 2008.
RUSSEL, B, JOHN/ Química geral, vol. 2, 2ª Edição, - São Paulo: Makron Books, 1994.
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