Grupo de Mulheres e o Teatro Popular

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Kamylla Paola dos Santos

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Slides que resultaram da pesquisa desenvolvida por Kamylla Paola para a disciplina de Cultura Popular, sob a orientação da Prof.ª Drª. Sidnalva Wawznyak.Kamylla Paola é bacharelanda em Musicoterapia pela Faculdade de Artes do Paraná e integrante do Grupo de Teatro Nuspartus.

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Kamylla Paola dos Santos

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“Sou trabalhadora numa sociedade capitalista,Mulher numa sociedade machista E negra numa sociedade racista”.

(Lucilene Soares)

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Questionário desenvolvido:

1- Idade;2- Profissão;3- Estado civil;4- Filhos;5- Visão política;6- Por que sua escolha por um grupo de teatro? Por que esta arte?7- O que discute por meio do teatro?8- Qual estilo/linha de teatro?9- Por que o nome Nuspartus? Como surgiu o grupo?10- Qual a importância dessa arte para você? 11- Como se sente perante a sociedade?12- O que pensa sobre a questão de: Gênero e Identidade racial?

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Idade Profissão Estado Civil

Fi-lhos

Visão Política

Por que teatro?

Gêner

o

Identidade Racial

Mulher 1 34 Agente de saúde

Casada 2 ---- - Reflexões de reaver conceitos e valores- Mudança

“Vivemos numa sociedade machista”.

Construção constante

Mulher 2 31 Professora/ Atriz

Casada 1 Esquerda - Instrumento político e pedagógico- coletivo e socializador

- sociedade machista- movimento de resistência

- Negra – orgulhosa do pertencimento-categoria histórica-mente construída

Mulher 3 36 Técnico Administra-tivo/ Atriz

Solteira 1 Esquerda - Ferramenta de transforma-ção-Troca de experiência e cultura

- luta pela igualdade de gênero.- corpo e vida controlados- objeto da mídia

“Sou branca, faço parte de um grupo onde respeitamos muito as diferenças”

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Gênero

“Vivemos numa sociedade machista”.(relato das 3 entrevistadas)

“é verdade que nós mulheres conquistamos muitos Direitos ao longo dos anos que se passaram (com muita luta e morte de muitas), mas ainda há muito para conquistar, a diferença de salários entre mulheres e homens que ocupam o mesmo espaço de trabalho ainda é grande, nosso corpo e nossa vida é controlada pela igreja, justiça, senado, câmara de Deputados, vereadores, menos por nós mesmas...” (Neiva Carvalho, feminista)

- Joan Scott- Roger Chartier-Michelle Rosaldo e Louise Lamphere-Rachel Soihet

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Pertencimento Étnico

“Assim, contrariando todos os estereótipos e preconceitos presentes na sociedade como um todo, a respeito de uma mulher, negra,

trabalhadora, pobre, eu me posiciono sempre de cabeça erguida, orgulhosa de meu pertencimento, ciente do processo histórico que

resultou no nosso país, ciente da importante participação da população afro descendente na construção do Brasil, de sua riqueza e de seu povo.

“(Lucilene)

-Kabengele Munanga-Senghor

-Nilma Lima Gomes

“Existe um racismo brasileiro [...] que se assemelha a um animal perigoso que ataca à noite, silenciosamente e cuja existência se

denuncia apenas pelos rastros, pelas vítimas que se encontram pela manhã”. (PORTO apud CARNEIRO in Antídoto, 2008, p.69)

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Teatro Popular

‘”O teatro para ser popular deve ter sempre a perspectiva do povo na análise dos fenômenos sociais. [...] O espetáculo é apresentado segundo a perspectiva

transformadora do povo, que também é seu destinatário. São os espetáculos feitos em geral para grandes

concentrações de trabalhadores, nos sindicatos, nas ruas, nas praças, associações de amigos de bairros, etc”.

(Augusto Boal)

-Augusto Boal – Teatro do Oprimido-Bertold Brecht – Teatro Dialético

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Teatro do Oprimido

“no Teatro do Oprimido,

nós vemos em ação e vemos também a forma como está organizada e dividida

a sociedade, em opressores e oprimidos. O

objetivo do Teatro do Oprimido é possibilitar a reflexão sobre as relações de poder que

existem dentro da sociedade.”(Lucilene)

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Teatro Dialético

“Somente com o progresso dos trabalhadoresE somente se nos colocarmos

A serviço deste progressoA arte será capaz de progredir”.

(Bertold Brecht)

“É a busca de um teatro que leva a desalienação do homem, restaurando nele a consciência de seu poder

e sua força capaz de transformar” (OLIVEIRA, 2006, p.5)

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NUSPARTUS

NUS – despir-se de todo e qualquer preconceitoPARTUS – parir uma nova sociedade, ou participar do parto

desta outra sociedade possível que se faz visível num processo permanente e coletivo.

Surgiu em 1994, hoje composto apenas por mulheres.

Veicula seus temas com Movimentos Sociais, de mulheres, negros, sindicais, culturais e de luta pela terra.

Cunho social e combate toda a forma de discriminação

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“O teatro é a personificação da liberdade. (...) Teimamos em lutar contra o machismo, manifesto na

opressão das mulheres, e também na lógica patriarcal que violenta e assassina os sujeitos da diversidade sexual;

retratamos os trabalhadores e trabalhadoras que vivem uma super exploração; os trabalhadores rurais sem terra,

(...); visibilizamos e buscamos ressignificar de forma positiva a presença da população negra no Brasil”.

(Lucilene Soares)

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Conclusão

E o grupo de teatro Nuspartus traz a expressividade da arte como algo muito importante socialmente, como ambiente de debates, de reivindicações e como válvula de escape, onde é

permitido fazer o que se quer e o que se sente.

Essa arte não é entretenimento, passatempo, diversão, mas sim uma forma de se afirmar como querem num mundo que oprime

e hostiliza.

“É na cultura que se identifica o ser humanocomo crítico,pensador,

como um ser total”.( Tia Dag)

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Referências Bibliográficas

ANTÍDOTO: Seminário Internacional de Ações Culturais em Zonas de Conflito. São Paulo: Itaú Cultural: AfroReggae, 2008. BADER, Wolfgang. Brecht no Brasil: Experiências e influências. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977. CHARTIER, Roger. Diferenças entre os sexos e dominação simbólica (nota crítica). Cadernos Pagu (4), Núcleo de Estudos de Gênero/UNICAMP: Campinas, 1995. GOMES, Nilma Lima. Trajetórias escolares, corpo negro e cabelo crespo: reprodução de estereótipos e/ou ressignicação cultural? (GT21). In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 25., 2002, Caxambú. Anais Caxambú: ANPED, 2002. MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. São Paulo: Ática, 1986.

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OLIVEIRA, Ana Paula Pedroso de. O teatro de Brecht em dois gestus de Helene Weigel. Revista Cena, UFRGS, n.05: Rio Grande do Sul, 2006. ROSALDO, Michelle Zimbalist & LAMPHERE, Louise. A Mulher, A Cultura, A Sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. SCOTT, J.W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e Sociedade, Porto Alegre, v. 16, n. 2, p. 5-22, jul./dez. 1990. SOIHET, Rachel. História das Mulheres e Realações de Gênero: algumas reflexões. Núcleo de Estudos Contemporâneos. s/d. URDIMENTO: Revista de Estudos sobre em Artes Cênicas. Universidade do Estado de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Teatro. Vol.1 n.09: Florianópolis, dez/ 2007.

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