Grupo Helfas Praticas Pedagogicas

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1 Arlete Marcos Bila Belinda Tomás Mungui Tamele Eulalia Daniel Matusse Helfas Samuel Cumbane Patricio Joaquim nhabangue A observação com técnica de recolha de dados na escola e nas salas de aulas. Licenciatura em Ensino Básico

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trabalho em grupo de praticas pedagogicas

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Arlete Marcos Bila

Belinda Tomás Mungui Tamele

Eulalia Daniel Matusse

Helfas Samuel Cumbane

Patricio Joaquim nhabangue

A observação com técnica de recolha de dados na escola e nas salas de aulas.

Licenciatura em Ensino Básico

Universidade pedagógica

Xai-xai

2015

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Arlete Marcos Bila

Belinda Tomás Mungui Tamele

Eulalia Daniel Macovela

Helfas Samuel Cumbane

Patricio Joaquim

A observação com ténica de recolha de dados na escola e nas salas de aulas.

Licenciatura em Ensino Básico

Universidade pedagógica

Xai-xai

2015

Trabalho de investigação sobre Observação como forma de

recolha de dados na escola e nas salas de aulas, para efeitos de

avaliação na cadeira de Práticas pedagógicas gerais.

Sob orientação do Dr. Pinto.

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indice

Introdução........................................................................................................................................3

Problematização...............................................................................................................................4

Objectivos do trabalho.....................................................................................................................4

Objectivo geral:...............................................................................................................................4

Objectivos específicos.....................................................................................................................4

Justificativa......................................................................................................................................5

Procedimentos metodológicos.........................................................................................................5

2. Referencial teórico.......................................................................................................................6

2.1. Vantagens e desvantagens da observação.................................................................................7

2.1.2. Observação não estruturada (Assistemática).........................................................................8

2.1.3. Observação sistemática..........................................................................................................9

2.1.4. Observação não-participante.................................................................................................9

2.1.5. Observação participante.........................................................................................................9

2.1.6. Observação individual.........................................................................................................10

2.1.7. Observação em equipe.........................................................................................................10

2.1.8. Observação na vida real.......................................................................................................10

2.1.9. Observação em laboratório..................................................................................................11

Entrevista.......................................................................................................................................11

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Níveis de estruturação das entrevistas...........................................................................................11

Entrevista informal........................................................................................................................11

Entrevista focalizada......................................................................................................................12

Entrevista por pautas......................................................................................................................12

Entrevista estruturada....................................................................................................................13

Entrevistas face a face e por telefone............................................................................................13

Entrevistas individuais e em grupo................................................................................................14

Vantagens e Desvantagens da entrevista.......................................................................................14

Inquérito.........................................................................................................................................14

Importância do inquérito................................................................................................................15

Vantagens e desvantagens do inquérito.........................................................................................15

Tipos de inquérito..........................................................................................................................15

Inquérito por entrevista..................................................................................................................15

Inquéritos auto administrados........................................................................................................16

Questionário ou inquérito auto-administrado................................................................................16

Inquéritos ministrados por um pesquisador,..................................................................................16

Questionário...................................................................................................................................16

Processo de elaboração..................................................................................................................17

Classificação das perguntas...........................................................................................................17

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5

Vantagens e desvantagens do questionário....................................................................................19

3. Conclusão..................................................................................................................................20

4. Referencias bibliograficas.........................................................................................................21

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1. Introdução

O presente trabalho tem como tema “observação como técnica de recolha de dados na escola e

nas salas de aulas” pois esta forma de recolha de dados têm vindo a notar-se no que concerne a

abordagem dos trabalhos científicos e é sabido por nós que a observação pode se considerar a

melhor técnica de recolha de dados porque o investigador desafia directamente o seu

entrevistado o que torna mais fácil a colecta de dados.

Do ponto de vista do grupo a observação seria uma solução para o estudo de fenómenos

complexos e institucionalizados, quando se pretende realizar análises descritivas e exploratórias

ou quando se tem o objectivo de inferir sobre um fenómeno que remeta á certas regularidades,

passíveis de generalizações.

O trabalho visa especialmente chamar atenção a todos que estão aqui e que realizaram relatórios

do estágio que será feito nas escolas, durante a colecta de dados porque focaram deste método ao

fazer um projecto de pesquisa ou o plano que lhe guiará para poder recolher dados que lhes

facilitaram a construir informação necessária para o relatório final da pesquisa.

Importa nos dizer que a escolha deste tema não foi pelo desejo do grupo, mas sim porque

enquadra-se no âmbito de apresentação de temas do plano analítico na cadeira de Praticas

Pedagógicas Gerais.

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1.2. Problematização

O método observacional é um dos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta alguns

aspectos curiosos. Por outro lado, pode ser considerado como o mais primitivo, e

consequentemente o mais impreciso. Mas, por outro lado, pode ser tido como um dos mais

modernos, visto que é o mais usado na ciência por possibilitar elevado grau de precisão nas

ciências. Nestes casos, o método observacional permite que o investigador observa algo que

acontece ou já aconteceu permitindo o controle na aplicação dos instrumentos de pesquisa para

que se possa evitar erros e efeitos resultantes de entrevistadores inexperientes ou de informantes

tendenciosos.

Face a esse argumento acima citado ousou se em formular o seguinte problema:

Qual é a importância da observação como técnica de recolha e análise de dados no âmbito da

pesquisa?

1.3. Objectivos do trabalho

Os objectivos expressam os resultados que se pretendem alcançar ou meta que se quer atingir

com um estudo ou uma determinada pesquisa. Os objectivos dividem-se em gerais e específicos

(SIENA: 2007).

1.3.1. Objectivo geral:

Analisar o papel da observação como técnica de recolha de dados na escola e nas salas de

aulas.

1.3.2. Objectivos específicos

Identificar as várias formas de observação no âmbito da colecta de dados;

Interpretar as várias técnicas e formas de recolha de dados numa escola ou nas salas de

aulas;

Definir alguns conceitos que fazem parte da matéria em estudo de modo a permitir

melhor compreensão;

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1.4. Justificativa

A motivação do grupo para o esclarecimento deste tema cinge-se na sua relevância e na

necessidade de convidar e demonstrar aos colegas que para exercer uma pesquisa ou um

projecto de pesquisa tal como o estágio que faremos para a recolha de dados vamos usar a

observação como forma ou técnica de recolha de dados e para tal necessitamos deste capitulo

para podermos trazer excelentes relatórios pelo que já vimos como recolher dados usando a

observação. Importa-nos referir que existem outras formas de colecta/recolha de dados mas

em destaque a observação porque permite o contacto directo/ recolha activa dos dados.

1.5. Procedimentos metodológicos

O procedimento usado para a recolha de dados foi a pesquisa documental. A pesquisa

documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico tais:

tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes,

fotografias, pinturas, tapeçarias, vídeos de programas da televisão (FONSECA apud SIENA,

2007). Assim a pesquisa documental incidiu sobre os documentos oficiais as obras de

Lakatos, Gil e Marconi, fotografias.

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2. Referencial teórico

A observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos

na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas

também em examinar fatos ou fenómenos que se desejam estudar. (LAKATOES & MARCONI,

2003:190).

Técnica é um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência ou arte; é a

habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte prática. Toda ciência utiliza inúmeras

técnicas na obtenção de seus propósitos Gil, (2008:1994).

A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a

respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um

procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no

diagnóstico ou no tratamento de um problema social. Gil, (2008:167).

A entrevista é uma estratégia importante para recolher dados e pode ser usada em conjunto com

outras técnicas de recolha de dados, permitindo ao investigador desenvolver nitidamente uma

ideia sobre a maneira como os indivíduos interpretam determinado assunto.

Entrevista é utilizada para recolher dados descritivos na linguagem do próprio sujeito,

permitindo ao investigador desenvolver intuitivamente aspectos do mundo”. (BOGDAN E

BIKLEN, 1994:134)

Na óptica de (Quivy at all 2012: 90, apud Toscano at all, 1991:133) afirmam que a entrevista

facilita a comunicação e a interacção humana no contacto directo entre o investigador e os seus

interlocutores e por uma fraca defectividade por parte daquele, permitindo ao investigador

recolher informações e elementos de reflexão muito ricos e variados.

Segundo Bell (2004:164), o investigador ao realizar a observação terá que ter em conta qual o

seu papel, ou seja “observar e registar da forma mais objectiva possível e em interpretar depois

os dados recolhidos”.

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Afonso (2005:101), afirma que as entrevistas baseiam-se na interação verbal, enquanto os

questionários consistem em obter respostas escritas às perguntas também escritas.

Do ponto de vista científico, a observação oferece uma série de vantagens e desvantagens, como

as outras técnicas de pesquisa, havendo, por isso, necessidade de se aplicar mais de uma técnica

ao mesmo tempo.

2.1. Vantagens e desvantagens da observação

Vantagens Desvantagens

Possibilita meios directos e

satisfatórios para estudar uma ampla

variedade de fenómenos.

Exige menos do observador do que as

outras técnicas.

Permite a colecta de dados sobre um

conjunto de atitudes comportamentais

típicas.

Depende menos da introspecção ou da

reflexão.

Permite a evidência de dados não

constantes do roteiro de entrevistas ou

de questionários

Exclui as pessoas que não sabem ler e

escrever, o que, em certas circunstancias,

conduz a graves deformações nos resultados da

investigação;

Impede o auxílio ao informante quando este

não entende correctamente as instruções ou

perguntas;

Impede o conhecimento das circunstâncias em

que foi respondido, o que pode ser importante

na avaliação da qualidade das respostas;

Não oferece a garantia de que as maiorias das

pessoas devolvam-no devidamente preenchido,

o que pode implicar a significativa diminuição

da representatividade da amostra;

Envolve, geralmente, numero relativamente

pequeno de perguntas, porque é sabido que

questionários muitos extensos apresentam alta

probabilidade de não serem respondidos.

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A observação toma-se científica à medida que, convém a um formulado plano de pesquisa, é

planejada sistematicamente, é registada metodicamente e está relacionada a proposições mais

gerais, em vez de ser apresentada como uma série de curiosidades interessantes e a medida que

está sujeita a verificações e controles sobre a validade e segurança. (SELLTIZ, 1965:233 APUD

LAKATOS & MARCONI, V2003:190)

Ao tratar-se de uma investigação científica são empregadas várias modalidades de observação,

que variam de acordo com as circunstâncias. (ANDER-EGG 1978:96) apresenta quatro tipos:

"a) Segundo os meios utilizados:

• Observação não estruturada (Assistemática).

• Observação estruturada (Sistemática).

b) Segundo a participação do observador:

• Observação não-participante.

• Observação participante.

c) Segundo o número de observações:

• Observação individual.

• Observação em equipe.

d) Segundo o lugar onde se realiza:

• Observação efetuada na vida real (trabalho de campo).

• Observação efetuada em laboratório. "

2.1.2. Observação não estruturada (Assistemática).

É uma técnica observacional não estruturada, denominada espontânea, informal, ordinária,

simples, livre, ocasional e acidental. “É caracterizada pelo facto de o conhecimento ser obtido

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através de uma experiência casual, sem que se tenha determinado de antemão quais os aspectos

relevantes a serem observados e que meios utilizar para observá-los" (LAKATOS &

MARCONE, 2003:193 apud RUDIO.1979:35).

A observação assistemática "não é totalmente espontânea ou casual, porque um mínimo de

interacção, de sistema e de controlo se impõem em todos os casos, para chegar a resultados

válidos". De modo geral, o pesquisador sempre sabe o que observar. (ANDER-EGG, 1978:97).

2.1.3. Observação sistemática

A observação sistemática é aquela que é estruturada, planejada, controlada, utiliza instrumentos

para a colecta dos dados ou fenómenos observados (quadros, anotações, escalas, dispositivos

mecânicos).

Na observação sistemática, o observador sabe o que procura e o que carece de importância em

determinada situação deve ser objectivo e reconhecer possíveis erros e eliminar sua influência

sobre o que vê ou recolhe. (LAKATOS & MARCONI, 2003:193).

2.1.4. Observação não-participante

Nesta observação, o pesquisador toma contacto com a comunidade, grupo ou realidade estudada,

mas sem integrar-se a ela, permanece de fora, presencia o fato, mas não participa dele, não se

deixa envolver pelas situações e alguns autores designam de observação passiva. (LAKATOS &

MARCONI, 2003:193).

2.1.5. Observação participante

O pesquisador participa realmente com a comunidade ou grupo, Ele se incorpora ao grupo,

confunde-se com ele. Fica tão próximo quanto um membro do grupo que está estudando e

participa das actividades normais deste. (LAKATOS & MARCONI, 2003:194).

A observação participante é uma tentativa de colocar o observador e o observado do mesmo

lado, o observador torna-se um membro do grupo de molde a vivenciar o que eles vivenciam e

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trabalhar dentro do sistema de referência deles". (LAKATOS & MARCONI, 2003:194 apud

MANN, 1970:96).

2.1.6. Observação individual

Como o próprio nome indica, é técnica de observação realizada por um pesquisador, Nesse caso,

a personalidade dele se projecta sobre o observado, fazendo algumas inferências ou distorções,

pela limitada possibilidade de controles. (LAKATOS & MARCONI, 2003:194).

2.1.7. Observação em equipe

A observação em equipa é mais aconselhável do que a individual, pois o grupo pode observar a

ocorrência por vários ângulos.

Quando uma equipe está vigilante, registando o problema na mesma área, surge a oportunidade

de confrontar seus dados posteriormente, para verificar as predisposições.

“A observação em equipa, pode realizar-se de diferentes formas:

a) Todos observam o mesmo, com o qual se procura corrigir as distorções que podem advir de

cada investigador em particular;

b) Cada um observa um aspecto diferente;

c) A equipe recorre à observação, mas alguns membros empregam outros procedimentos;

d) Constitui-se uma rede de observadores, distribuídos em uma cidade, região ou país; trata-se da

técnica denominada de observação maciça ou observação em massa”. ( ANDER-EGG, 1978:100

apud LAKATOS E MARCONI, 2008).

2.1.8. Observação na vida real

Normalmente, as observações são feitas no ambiente real, registando-se os dados à medida que

forem ocorrendo, espontaneamente, sem a devida preparação. A melhor ocasião para o registo é

o local onde o evento ocorre. Isto reduz as tendências selectivas e a deturpação na reevocação.

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2.1.9. Observação em laboratório

A observação em laboratório é aquela que tenta descobrir a acção e a conduta, que teve lugar em

condições cuidadosamente dispostas e controladas. Entretanto, muitos aspectos importantes da

vida humana não podem ser observados sob condições idealizadas no laboratório. O uso de

instrumentos adequados possibilita a realização de observações mais refinadas do que aquelas

proporcionadas apenas pelos sentidos. ( LAKATOS e MARCONI, 2003:195).

2.2. Entrevista

“A entrevista é como técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe

formula perguntas, com o objectivo de obtenção dos dados que interessam à investigação. A

entrevista é, portanto, uma forma de interacção social. Mais especificamente, é uma forma de

diálogo assimétrico, em que uma das partes busca colectar dados e a outra se apresenta como

fonte de informação”. (GIL, 2008:11).

Enquanto técnica de colecta de dados, a entrevista é bastante adequada para a obtenção de

informações acerca do que as pessoas sabem, crêem, esperam, sentem ou desejam, pretendem

fazer, fazem ou fizeram, bem como acerca das suas explicações ou razões a respeito das coisas

precedentes (SELLTIZ et al., 1967:273 apud GIL, 2008:11).

2.3. Níveis de estruturação das entrevistas

As entrevistas classificam-se de acordo com o seu nível de estrutura portanto elas podem ser

entrevistas mais estruturadas são aquelas que predeterminam em maior grau as respostas a

serem obtidas e entrevistas menos estruturadas são desenvolvidas de forma mais espontânea,

sem que estejam sujeitas a um modelo preestabelecido de interrogação. Gil, (2008:110).

2.3.1. Entrevista informal

Este tipo de entrevista é o menos estruturado possível e só se distingue da simples conversação

porque tem como objectivo básico a colecta de dados. O que se pretende com entrevistas deste

tipo é a obtenção de uma visão geral do problema pesquisado, bem como a identificação de

alguns aspectos da personalidade do entrevistado.

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A entrevista informal é recomendada nos estudos exploratórios, que visam abordar realidades

pouco conhecidas pelo pesquisador, ou então oferecer visão aproximativa do problema

pesquisado. Também se recorre a entrevistas informais na investigação de certos problemas

psicológicos, onde é importante que o pesquisado expresse livre e completamente suas opiniões e

atitudes em relação ao objeto de pesquisa, bem como os fatos e motivações que constituem o seu

contexto. Nestes casos, a entrevista informal é denominada entrevista clínica ou profunda.

A entrevista clínica exige grande habilidade do pesquisador. "O bom entrevistador deve,

efectivamente, reunir duas qualidades muitas vezes incompatíveis: saber observar, ou seja, deixar

a criança falar, não desviar nada, não esgotar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo de

preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria, verdadeira ou falsa, para

controlar." (PIAGET, s/d, :11 apud GIL, 2008:111).

2.3.2. Entrevista focalizada

A entrevista focalizada é tão livre quanto a anterior; todavia, enfoca um tema bem específico. O

entrevistador permite ao entrevistado falar livremente sobre o assunto, mas, quando este se

desvia do tema original, esforça-se para a sua retomada. Este tipo de entrevista é bastante

empregado em situações experimentais, com o objetivo de explorar a fundo alguma experiência

vivida em condições precisas. Exemplo: Assistir a um filme, presenciar um acidente. GIL,

(2008:112).

2.3.4. Entrevista por pautas

A entrevista por pautas apresenta certo grau de estruturação, já que se guia por uma relação de

pontos de interesse que o entrevistador vai explorando ao longo de seu curso. As pautas devem

ser ordenadas e guardar certa relação entre si. O entrevistador faz poucas perguntas directas e

deixa o entrevistado falar livremente à medida que refere às pautas assinaladas. As entrevistas

por pautas são recomendadas sobretudo nas situações em que os respondentes não se sintam à

vontade para responder a indagações formuladas com maior rigidez.

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À medida que o pesquisador conduza com habilidade a entrevista por pautas e seja dotado de

boa memória, poderá, após seu término, reconstruí-la de forma mais estruturada, tornando

possível a sua análise objectiva. (GIL, 2008:113).

2.3.5. Entrevista estruturada

A entrevista estruturada desenvolve-se a partir de uma relação fixa de perguntas, cuja ordem e

redacção permanece invariável para todos os entrevistados, que geralmente são em grande

número. (GIL, 2008:113).

Quando a entrevista é totalmente estruturada, com alternativas de resposta previamente

estabelecidas, aproxima-se do questionário. Alguns autores preferem designar este procedimento

como questionário por contato direto. Outros autores (Goode e Hatt, 1969; Nogueira, 1968;

Trujillo Ferrari, 1970), por sua vez, vêem neste procedimento como uma técnica distinta do

questionário e da entrevista, e o designam como formulário.

2.3.6. Entrevistas face a face e por telefone

As entrevistas tradicionalmente têm sido realizadas face a face. Essa tem sido a característica

mais considerada para distingui-la do questionário, cujos itens são apresentados por escrito aos

respondentes.

Nas últimas décadas vem sendo desenvolvida outra modalidade: a entrevista por telefone. Até

meados da década de 60, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, essa modalidade de

entrevista foi encarada com cepticismo e mesmo desaconselhada pelos estudiosos de

metodologia de pesquisa. A principal razão para essa relutância era a alta probabilidade de vieses

na amostragem, posto que parcela, significativa da população não tinha acesso ao telefone. Mais

recentemente, porém, as entrevistas por telefone passaram a ser mais aceitas como procedimento

adequado Sobretudo nos Estados Unidos, onde já para cada grupo de 100 pessoas há mais de 60

telefones.

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2.3.7. Entrevistas individuais e em grupo

Essas entrevistas são muito utilizadas em estudos exploratórios, com o propósito de proporcionar

melhor compreensão do problema, gerar hipóteses e fornecer elementos para a construção de

instrumentos de colecta de dados. Mas também podem ser utilizadas para investigar um tema em

profundidade, como ocorre nas pesquisas designadas como qualitativas.

2.3.8. Vantagens e Desvantagens da entrevista.

Vantagens Desvantagens

Pode ser utilizada com todos os segmentos da

população: analfabetos ou alfabetizados.

Há maior flexibilidade, podendo o entrevistador

repetir ou esclarecer perguntas, formular de

maneira diferente; especificar algum significado,

com garantia de estar compreendido.

Dá oportunidade para a obtenção de dados que não

se encontram em fontes documentais e que sejam

relevantes e significativos.

Dificuldade de expressão e

comunicação de ambas as partes.

Incompreensão, por parte do

informante, do significado das

perguntas, da pesquisa, que pode levar a

uma falsa interpretação.

Ocupa muito tempo e é difícil de ser

realizada.

2.4. Inquérito

Inquérito é conjunto de actos diligências destinadas a apurar alguma coisa. É um processo em

que se tenta descobrir alguma coisa de forma sistemática.

O inquérito é uma técnica de investigação que permite a recolha de informação directamente de

um interveniente na investigação através de um conjunto de questões organizadas segundo uma

determinada ordem. Estas, podem ser apresentadas ao respondente de forma escrita ou oral. É

uma das técnicas mais utilizadas, pois permite obter informação, sobre determinado fenómeno,

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através da formulação de questões que reflectem atitudes, opiniões, percepções, interesses e

comportamentos de um conjunto de indivíduos (TUCKMAN, 2000:517).

2.4.1. Importância do inquérito

Facilita a obtenção de informação adicional, cria maior valor para enfrentar a concorrência,

identificar oportunidades ou aumentar o retorno do seu investimento

Pode medir o grau de satisfação, a identificação de perfis e conhecimento de reclamações, a

identificação de características e interesses, a sim como pode servir para testar novidades,

acompanhar uma determinada acção, estudo do clima social.

2.4.2. Vantagens e desvantagens do inquérito

Vantagens Desvantagens

Pode ser abrangido um grande número de respondentes;

Uma grande variedade de informação pode ser recolhida

Pode ser usado para estudar momentos e comportamentos passados;

Estão relativamente livres de vários tipos de erros

Dependem da motivação, honestidade e

capacidade de resposta dos inquiridos;

Não são apropriados para estudar fenómenos

sociais complexos.

2.5. Tipos de inquérito

2.5.1. Inquérito por entrevista

Tem como principal objectivo ficar a conhecer a opinião do inquirido no que respeita a matéria

da entrevista. Este tipo de inquérito tem alguns problemas essenciais como sendo a influência do

entrevistador sobre o entrevistado, porque pode modificar as suas respostas por este se sentir

constrangido ou pouco a vontade; as diferenças que existem entre ambos, que, mais uma vez,

podem ser motivos de desvios nas respostas dadas pelo entrevistado e as sobreposição de canais

de comunicação podendo levar a uma ma compreensão das questões ou problemas

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2.5.2. Inquéritos auto administrados

É um tipo de inquérito que, não requer um grande número de entrevistador, pode ser ministrados

em grande número, num só lugar e num curto espaço de tempo, exige rapidez de ministrarão e

analise.

2.5.3. Questionário ou inquérito auto-administrado

O inquérito por questionário é uma técnica de recolha de dados mais simples e acessível, utiliza-

se para conhecer as atitudes, opiniões, as preferências ou os comportamentos que quem

questiona pretende entender e estudar. (FERREIRA, 1998).

É constituído por perguntas ordenadas de determinada ordem. Tem como objectivo ficar a

conhecer a opinião dos inquiridos no que respeita a matéria da entrevista. Neste tipo de inquérito,

as questões formuladas são de vital importância, pois os inquiridos não poderão esclarecer

dúvidas no momento da resposta, também o aspecto gráfico e muito importante pois pode ou não

cativar o inquirido e aumentar ou diminuir a taxa de resposta do mesmo. Os canais de

comunicação mais abtuais nos inquéritos por questionário são o correio, o portador a telemática

por exemplo “fax”

A aplicação de um inquérito por questionário possibilita uma maior sistematização dos

resultados fornecidos, permite uma maior facilidade de análise bem como reduz o tempo que é

necessário despender para recolher e analisar os dados.

2.5.6. Inquéritos ministrados por um pesquisador,

Este tipo de inquérito é vantajoso na medida em que exibe, menos questões mal entendidas e

respostas impróprias; menos respostas incompletas ou deixadas em branco, maior taxa de

resposta

2.6. Questionário

Questionário é um instrumento de colecta de dados, constituído por uma série ordenada de

perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador. Em geral, o

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pesquisador envia o questionário ao informante, pelo correio ou por um portador; depois de

preenchido, o pesquisado devolve-o do mesmo modo.

O questionário é um meio útil e eficaz para recolher informação num intervalo de tempo

relativamente curto (RICARDO ARTURO, 2001).

Um questionário é um instrumento que visa obter informações da população em estudo de uma

maneira sistemática e ordenada (TOMÁS GARCÍA, 2003).

2.5.5. Processo de elaboração

A elaboração de um questionário requer a observância de normas precisas, a fim de aumentar sua

eficácia e validade. Em sua organização, devem-se levar em conta os tipos, a ordem, os grupos

de perguntas, a formulação das mesmas e também tudo aquilo que se sabe sobre percepção,

estereótipos, mecanismos de defesa, liderança etc." (Augras,1974:143). O pesquisador deve

conhecer bem o assunto para poder dividi-lo, organizando uma lista de 10 a 12 temas, e, de cada

um deles, extrair duas ou três perguntas. O processo de elaboração é longo e complexo: exige

cuidado na selecção das questões, levando em consideração a sua importância, isto é, se oferece

condições para 202 a obtenção de informações válidas. Os temas escolhidos devem estar de

acordo com os objectivos geral e específico.

O questionário deve ser limitado em extensão e em finalidade. Se for muito longo, causa fadiga e

desinteresse; se curto demais, corre o risco de não oferecer suficientes informações. Deve conter

de 20 a 30 perguntas e demorar cerca de 30 minutos para ser respondido. É claro que este

número não é fixo: varia de acordo com o tipo de pesquisa e dos informantes. Identificadas as

questões, estas devem ser codificadas, a fim de facilitar, mais tarde, a tabulação.

2.5.6. Classificação das perguntas

Quanto à forma, as perguntas, em geral, são classificadas em três categorias: abertas, fechadas e

de múltipla escolha.

a) Perguntas abertas. Também chamadas livres ou não limitadas, são as que permitem ao

informante responder livremente, usando linguagem própria, e emitir opiniões. Possibilita

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investigações mais profundas e precisas; entretanto, apresenta alguns inconvenientes: dificulta a

resposta ao próprio informante, que deverá redigi-la, o processo de tabulação, o tratamento

estatístico e a interpretação. A análise é difícil, complexa, cansativa e demorada.

Exemplos:

1) Qual é sua opinião sobre a legalização do aborto?

…………………………………………………………………………………………………

………………………

b) Perguntas fechadas ou dicotómicas.

Também denominadas limitadas ou de alternativas fixas, são aquelas que o informante escolhe

sua resposta entre duas opções: sim e não.

Exemplos:

1) Os sindicatos devem ou não formar um partido político?

1. Sim ( )

2. Não

b) Perguntas de múltipla escolha.

São perguntas fechadas, mas que apresentam uma Série de possíveis respostas, abrangendo

várias facetas do mesmo assunto. Perguntas com mostruário (perguntas leque ou cafeteiras). As

respostas possíveis estão estruturadas junto à pergunta, devendo o informante assinalar uma ou

várias delas. Têm a desvantagem de sugerir respostas. (Explicitar, quando se deseja uma só

resposta.)

Exemplos:

1) Qual é, para você, a principal vantagem do trabalho temporário? (Escolher apenas uma

resposta)

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1. Maior liberdade no trabalho ( )

2. Maior liberdade em relação ao chefe ()

3. Variações no serviço ( )

4. Poder escolher um bom emprego para se fixar ()

Vantagens e desvantagens do questionário.

Vantagens Desvantagens

Economiza tempo, viagens e obtém grande

número de dados.

Atinge maior número de pessoas simultaneamente.

Obtém respostas mais rápidas e mais precisas.

Grande número de perguntas sem respostas;

Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas;

A dificuldade de compreensão, por parte dos

informantes, leva a uma uniformidade

aparente.

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3. Conclusão

A observação constitui elemento fundamental para a pesquisa. Desde a formulação do problema,

passando pela construção de hipóteses, colecta, análise e interpretação dos dados, a observação

desempenha papel imprescindível no processo de pesquisa. É, todavia, na fase de colecta de

dados que o seu papel se torna mais evidente. A observação é sempre utilizada nessa etapa,

conjugada a outras técnicas ou utilizada de forma exclusiva. Por ser utilizada, exclusivamente,

para a obtenção de dados em muitas pesquisas, e por estar presente também em outros momentos

da pesquisa, a observação chega mesmo a ser considerada como método de investigação.

Depois de feito o trabalho o grupo conclui ainda que por dentro da observação existe lã formas,

métodos, estratégias, técnicas que facilitam um estudante ou pesquisador a exercer uma

determinada pesquisa seja ela feita na escola e ou em um outro sitio.

Portanto, supõe que se tenha a realidade de cada escola antes de visita-la saber com que alunos

vou me deparar com, com que professores, com membros da escola “y” irei me deparar com elas

e para tal deve passar uma leitura na observação como técnica de recolha de dados.

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4. Referencias bibliograficas

Brito, C. (1994) Gestão Escolar Participada: Na Escola Todos Somos Gestores. Lisboa:

Texto Editora.

Carmo, H. & Ferreira, M. (1998). Metodologia da Investigação. Lisboa: Universidade

Aberta.

Estrela, A. (1984). Teoria e Prática de Observação de Classes – Uma estratégia de

formação de professores. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica.

Gil, Antônio Carlos, 1946 Como elaborar projetos de pesquisa/Antônio Carlos Gil. - 4.

ed. - São Paulo :Atlas, 2002

http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos//info/

95/95.html,2009-11-28

http://www2.fcsh.unl.pt/edtl/verbets/l/inquerito.htm.2010.01.28

Lakatos, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica 1 Marina de Andrade

Marconi, Eva Maria Lakatos. - 5. ed. - São Paulo : Atlas 2003.

Toscamo, acompanhamento do professor principiante em sala de aula. Escola Superior

De Educação João De Deus 2012.

Tuckman, B. (2000). Manual de Investigação em Educação. 2ª Edição. Lisboa: Fundação

Calouste Gulbenkian.

www.forma-te.com/.../4506-metodologia-de-investigacao.html 2010-01-28