Guerra Árabe-Israelense & Revolução Iraniana

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Um breve introdução ao conflito palestino (Guerra Árabe-Israelense) e à Revolução Iraniana.

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A Questão da Palestina

A região da Palestina é o território histórico de dois povos: judeus e palestinos. Os

judeus ocuparam a região há mais de 4 mil anos, mas se espalharam pelo mundo

devido à repressão sofrida durante os Impérios Romano e Otomano. Os palestinos

ocuparam a região por um período continuo de 2 mil anos.

1918O Império Otomano alia-se à Alemanha e sai

derrotado da 1ª Guerra Mundial. Seu território

é dividido entre França e Reino Unido, que fica

com a região da Transjordânia.

1922O Reino Unido divide a região em Palestina e Transjordânia,

restringindo o assentamento judeu à Palestina. A indicação

de que os britânicos quererem criar ali uma nação para os

judeus faz com que aumente a migração vinda da Europa.

1947A Grã-Bretanha anuncia sua intenção de repassar o mandado da

Palestina para a ONU. No mesmo ano, a ONU aprova um plano que

divide o território em dois estados. Os judeus, massacrados na Europa

pelo regime nazista na 2ª Guerra Mundial, aceitam a proposta, mas os

árabes a rejeitam.

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1967Na Guerra dos Sete Dias, Israel vence Egito, Síria,

Jordânia e Iraque, expandindo seu território e

conquistando o Sinai, a Faixa de Gaza, a

Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as Colinas de

Golã (até então território da Síria.

Cronologia do Conflito - I

1948Israel declara sua independência em relação

ao Reino Unido. No mesmo ano, Líbano, Síria,

Iraque, Egito, Transjordânia (Jordânia) e árabes

locais atacam o no Estado judeu, na 1ª Guerra

árabe-israelense, que dura 13 meses.

1956Israel invade a Península do Sinai, território do Egito, com o apoio

da França e do Reino Unido, que tinham interesses econômicos

no canal de Suez. Por conta da pressão dos EUA e da URSS, no

ano seguinte Israel retira seu Exército do Sinai.

1973Na Guerra de Yom Kippur, a Síria e o Egito atacam Israel nas Colinas

de Golã e no Sinai. Jordânia, Iraque e outras nações árabes dão

apoio às ofensivas. Após duas semanas de guerra, o Exército de

Israel consegue afastar as tropas agressoras.

1978Egito e Israel assinam o acordo de Camp David. Os

israelenses se comprometem a deixar o Sinai em

troca de paz e de negociações futuras sobre a

Faixa de Gaza e a Cisjordânia. No ano seguinte, o

Egito se trona o primeiro país árabe a reconhecer

a Estado de Israel oficialmente.

1949Após a 1ª Guerra árabe-israelense, Israel

faz acordo com países vizinhos. O

território palestino é dividido em 3 partes:

o Estado de Israel, a Cisjordânia, sob

responsabilidade da Jordânia, e a Faixa

de Gaza, sob responsabilidade do Egito

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1994Israel retira sua presença militar de Jericó e da

cidade de Gaza.

Cronologia do Conflito - II

1982Israel invade o Líbano para remover

forças da OLP (Organização para a

Libertação da Palestina, criada em

1964 com o objetivo de substituir o

Estado de Israel por um Estado da

Palestina independente), depois de

violações de um cessar-fogo

negociado no ano anterior.

Em 1981, Israel bombardeou a sede

da OLP em Beirute. A 1ª guerra do

Líbano acaba no ano seguinte,

com a retirada das tropas

israelenses.

1988O Conselho Nacional da Palestina proclama o Estado da Palestina

independente, mas não é reconhecido pela ONU. O Paquistão é o

primeiro país a reconhecer o Estado da Palestina.

1987Começa a 1ª Intifada, revolta popular palestina que se espalhou

pela Cisjordânia e pela faixa de Gaza, e que contou com resposta

das forças israelenses. O braço em Gaza de um movimento

muçulmano do Egito se separa, criando o grupo Hamas.

1ª Guerra do Líbano

1982

1993É assinado o Tratado de Oslo, segundo o qual

Israel se compromete a devolver partes da

Cisjordânia e da Faixa de Gaza em troca de

um acordo de paz. O acordo também criou a

Autoridade Nacional Palestina, que ficaria

responsável por administrar sua parte do

território.

2000Israel oferece aos palestinos soberania em áreas da

Cisjordânia e da Faixa de Gaza; porém, exige

soberania completa em todos os locais sagrados. A

disputa por Jerusalém intensifica o impasse e, assim,

não há acordo. Explode a segunda Intifada.

Autoridade

Nacional

Palestiniana

Jericó

Gaza

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Atualidade

► A pacificação na região não se concretizou.

► Diversas barreiras foram construídas ao longo das fronteiras

de Israel para dificultar a ação de grupos terroristas

palestinos.

► Mais de 3 milhões de palestinos querem voltar para sua

terra mas são impedidos por Israel.

► Continuam os ataques suicidas contra israelenses.

► Israel não aceita Jerusalém como capital da Palestina.

► Várias pessoas, incluindo crianças, morrem todos os dias,

dos dois lados.

► A Cisjordânia não tem autonomia total.

► A Faixa de Gaza continua sendo uma região de grande

tensão.Um foguete disparado por um civil na Faixade Gaza para o sul de Israel, janeiro de 2009.

Uma explosão causada por um ataque aéreoisraelense na Faixa de Gaza durante o conflito de2008-2009 entre Israel e Gaza, janeiro de 2009

Trechos do Muro de Fronteira da Cisjordânia.

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Uma Introdução ao Irã

A maior parte do território do Irã, localizado entre o mar Cáspio e ogolfo Pérsico, no Oriente Médio, é formada por platôs desérticos. Aonorte, na região das montanhas Elburz, estão as áreas mais férteis.

A economia baseia-se na exploração de petróleo – é o segundo maisimportante produtor da região, atrás da Arábia Saudita.

O marco do período moderno é o golpe de Estado de 1921, em queo general Reza Khan derruba o sultão Kajar, coroando-se xá em1926 com o nome de Reza Shah Pahlevi. Um decreto real, em 1935,muda o nome do país de Pérsia para Irã.

Durante a II Guerra Mundial, o Irã é ocupado por britânicos esoviéticos. O xá abdica em favor do filho, Mohammad Reza Pahlevi.

Visão Panorâmica de Teerã, capital do Irã.A Torre Azadi é um dos principais símbolos de Teerã.

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A Revolução Iraniana - I

A Revolução Iraniana, ou Revolução Islâmica do Irã, começou como um movimentopopular pela democratização e terminou com a criação de um Estado Islâmico. Oepisódio transformou completamente a estrutura social do país e foi um dos momentos quemarcaram o século 20.

Antes da revolução, o Irã era governado pelo xá (rei) Reza Pahlevi. O poder eraconcentrado dentro de seu círculo de amigos e aliados pró-Ocidente. A desigualdadeentre ricos e pobres se aprofundou nos anos 1970. Críticas à política econômica e ao estiloautoritário do xá estimularam a oposição ao seu regime.

O xá estava no poder desde 1941, com uma curta interrupção em 1953 quando teve queabandonar o país. Retornou no mesmo com a ajuda de uma operação da CIA, batizada deOperação Ajax.

As principais vozes da oposição se concentraram na figura do aiatolá Ruhollah Khomeini,um clérigo xiita que vivia exilado em Paris. Ele prometeu reformas sociais e econômicas,receitando uma retomada de valores religiosos tradicionais muçulmanos.

No final dos anos 70, uma série de protestos violentos contra o regime de Pahlevi tomou asruas do Irã. A instabilidade aumentou com uma onda de greves gerais, que abalaramtambém a economia iraniana. Em janeiro de 1979, o xá deixou Teerã para um período de“férias”. Nunca mais voltou.

Mohammad Reza Shah Pahlavi em 1973.

Aiatolá Ruhollah Khomeini.

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A Revolução Iraniana - II

Em sua última decisão antes de fugir, o xá indicou o primeiro-ministro Shahpur Bakhtiarcomo governante do Irã durante a sua ausência. Bakhtiar tentou conter a ondaoposicionista e não autorizou o aiatolá Khomeini a formar um novo governo.

Em 1º de fevereiro de 1979, o aiatolá Khomeini voltou ao Irã de seu exílio na França.A instabilidade política e social aumentou. Em várias cidades, ocorreram enfrentamentosentre militantes pró-Khomeini e a polícia e manifestantes a favor do regime.

Em 11 de fevereiro, tanques tomaram as ruas de Teerã entre rumores de golpe militar.Mas, com o passar do dia, ficou claro que o Exército não estava interessado em tomar opoder. Os revolucionários tomaram a principal estação de rádio da capital e declararam:“Esta é a voz da revolução do povo do Irã!”.

O primeiro-ministro Bakhtiar renunciou. Dois meses mais tarde, Khomeini teve umaenorme vitória num referendo. Ele declarou a criação de uma República Islâmica e foiescolhido como perpétuo líder supremo político e religioso do Irã.

Foram reintroduzidos os castigos corporais para quem violasse os preceitos da sharia(sexo fora do casamento, adultério, consumo de álcool) e a pena de morte foi aplicadanão só aos defensores do xá, como também em prostitutas, homossexuais e marxistas.

Desembarque do Aiatolá Ruhollah Khomeini em 1º de Fevereiro de 1979.

Protestos contra o Xá em Teerã.

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