Guerra Cisplatina

6
A guerra da Cisplatina ou ca Brasil) foi um conflito ocorrid da Prata , no período de 1825 a atual República Oriental do U Guerra do Brasil ou Guerra C Foi o primeiro de quatro confl supremacia sul-americana, ten Uruguaia e o último a Guerra Platinas , na História das Relaç O termo Cisplatina (cis, aquém indica a localização geográfica castelhano era conhecida como no atual Uruguai. Localizada na entrada do estuá estratégica, já que quem a con o rio, acesso aos rios Paraná e Bandeira da Província Cisplat Antecedentes A região era disputada pelas c Colônia do Santíssimo Sacram tratados territoriais, dos quais Tratado de Santo Ildefonso (17 decidido a posse do território a Tratado de Badajoz (1801) . Na posse espanhola, com a ind constituiu-se em território daq Carlos Frederico Lecor , coman a coroa portuguesa, na Guerra de ocupação, com a fundação elites Orientais. Em 31 de julh Brasil e Algarves pelo príncip A anexação foi justificada, à é a rainha Carlota Joaquina , teri ampanha da Cisplatina (língua espanhola : Gue do entre o Império do Brasil e as Províncias Unid a 1828 , pela posse da Província Cisplatina , a reg Uruguai . Na historiografia argentina é denominad Contra o Império do Brasil. litos armados internacionais em que o Brasil luto ndo o segundo sido a Guerra do Prata , o terceiro do Paraguai . Juntos, integram o conjunto das Qu ções Internacionais do Brasil . m, da parte de cá de + platina, relativa ao rio da a do território da antiga província, a Leste daque o Província Oriental del Río de la Plata, constit ário do Rio da Prata, a Província Oriental era um ntrolava tinha grande domínio sobre a navegação e Paraguai , e via de transporte da prata andina. tina coroas de Portugal e da Espanha desde a fundaçã mento (1680 ), pelos portugueses, sendo objeto de os principais foram o Tratado de Madrid (1750) 777) também chamado Tratado dos Limites, por aos espanhóis, e o dependência da Províncias Unidas do Rio da Pra quele país até 1816 quando foi invadida pelo gen ndante da Divisão de Voluntários Reais do Prínc a contra Artigas . Ali desenvolveu uma inteligente das Escolas Mútuas do Método Lancaster e o ap ho de 1821 , foi incorporado ao Reino Unido de P pe-regente português, com o nome de Província C época, pelos alegados direitos sucessórios que su ia sobre a região. erra del das do Rio gião da da como ou pela a Questão uestões Prata ), ele rio; em tuindo-se ma área o em todo ão da e vários ) , o r ter ata , neral cipe , para e política poio às Portugal, Cisplatina . ua esposa,

description

Historia Rio Grande do Sul - trabalho escolar

Transcript of Guerra Cisplatina

  • A guerra da Cisplatina ou campanha da CisplatinaBrasil) foi um conflito ocorrido entre o da Prata, no perodo de 1825 a atual Repblica Oriental do UruguaiGuerra do Brasil ou Guerra Contra o Imprio do Brasil

    Foi o primeiro de quatro conflitos armados internacionais em que o Brasil lutou pela supremacia sul-americana, tendo o segundo sido a Uruguaia e o ltimo a Guerra do ParaguaiPlatinas, na Histria das Relaes Internacionais do Brasil

    O termo Cisplatina (cis, aqum, da parte de c de + indica a localizao geogrfica do territrio da antiga provncia, a Leste daquele rio; em castelhano era conhecida como no atual Uruguai.

    Localizada na entrada do esturio do Rio da Prata, a Provncia Oriental era uma rea estratgica, j que quem a controlava tinha grande domnio sobre a navegao em todo o rio, acesso aos rios Paran e

    Bandeira da Provncia Cisplatina

    Antecedentes A regio era disputada pelas coroas de Colnia do Santssimo Sacramentotratados territoriais, dos quais os principais foram o Tratado de Santo Ildefonso (1777)decidido a posse do territrio aos espanhis, e o Tratado de Badajoz (1801).

    Na posse espanhola, com a independncia da constituiu-se em territrio daquele pas at Carlos Frederico Lecor, comandante da a coroa portuguesa, na Guerra contra Artigasde ocupao, com a fundao das Escolas Mtuas do elites Orientais. Em 31 de julhoBrasil e Algarves pelo prncipeA anexao foi justificada, poca, pelos alegados direitos sucessrios que sa rainha Carlota Joaquina, teria sobre a regio.

    campanha da Cisplatina (lngua espanhola: Guerra del ) foi um conflito ocorrido entre o Imprio do Brasil e as Provncias Unidas do Rio

    a 1828, pela posse da Provncia Cisplatina, a regio da Repblica Oriental do Uruguai. Na historiografia argentina denominada como

    Guerra Contra o Imprio do Brasil.

    Foi o primeiro de quatro conflitos armados internacionais em que o Brasil lutou pela americana, tendo o segundo sido a Guerra do Prata, o terceiro a

    Guerra do Paraguai. Juntos, integram o conjunto das Questes Histria das Relaes Internacionais do Brasil.

    aqum, da parte de c de + platina, relativa ao rio da Prataindica a localizao geogrfica do territrio da antiga provncia, a Leste daquele rio; em

    omo Provncia Oriental del Ro de la Plata, constituindo

    Localizada na entrada do esturio do Rio da Prata, a Provncia Oriental era uma rea estratgica, j que quem a controlava tinha grande domnio sobre a navegao em todo

    e Paraguai, e via de transporte da prata andina.

    Bandeira da Provncia Cisplatina

    A regio era disputada pelas coroas de Portugal e da Espanha desde a fundao da Colnia do Santssimo Sacramento (1680), pelos portugueses, sendo objeto de vrios tratados territoriais, dos quais os principais foram o Tratado de Madrid (1750)

    to Ildefonso (1777) tambm chamado Tratado dos Limites, por ter decidido a posse do territrio aos espanhis, e o

    Na posse espanhola, com a independncia da Provncias Unidas do Rio da Pratase em territrio daquele pas at 1816 quando foi invadida pelo general

    , comandante da Diviso de Voluntrios Reais do PrncipeGuerra contra Artigas. Ali desenvolveu uma inteligente poltica

    de ocupao, com a fundao das Escolas Mtuas do Mtodo Lancaster e o apoio s 31 de julho de 1821, foi incorporado ao Reino Unido de Portugal,

    prncipe-regente portugus, com o nome de Provncia CisplatinaA anexao foi justificada, poca, pelos alegados direitos sucessrios que sua esposa,

    , teria sobre a regio.

    Guerra del Provncias Unidas do Rio

    , a regio da argentina denominada como

    Foi o primeiro de quatro conflitos armados internacionais em que o Brasil lutou pela , o terceiro a Questo

    Questes

    rio da Prata), indica a localizao geogrfica do territrio da antiga provncia, a Leste daquele rio; em

    del Ro de la Plata, constituindo-se

    Localizada na entrada do esturio do Rio da Prata, a Provncia Oriental era uma rea estratgica, j que quem a controlava tinha grande domnio sobre a navegao em todo

    desde a fundao da ), pelos portugueses, sendo objeto de vrios

    Tratado de Madrid (1750), o , por ter

    Provncias Unidas do Rio da Prata, quando foi invadida pelo general

    Diviso de Voluntrios Reais do Prncipe, para . Ali desenvolveu uma inteligente poltica

    e o apoio s Reino Unido de Portugal,

    Provncia Cisplatina. ua esposa,

  • O conflito Alimentando pretenses de recuperar o territrio da Provncia Oriental ou Cisplatina as Provncias Unidas do Rio da Prata ajudaram os patriotas orientais (uruguaios), liderados por Juan Antonio Lavalleja, a que se levantassem contra a dominao brasileira na regio. Para esse fim, os argentinos ofereciam-lhes apoio poltico, alm de suprimentos de boca e de guerra. O conflito acabou eclodindo em 1825, quando lderes militares orientais, como Lavalleja e Fructuoso Rivera proclamaram a independncia da regio. Lavalleja desembarcou com suas foras na praia da Agraciada e, com o apoio da populao, declarou a incorporao da Provncia Oriental s Provncias Unidas do Rio da Prata. Em resposta, em 10 de dezembro, o governo imperial brasileiro declarou guerra s Provncias Unidas, que retriburam a declarao de guerra em 1 de janeiro de 1826.

    Foras oponentes

    O Brasil tinha uma significativa vantagem populacional em relao aos seus inimigos. A populao brasileira era de 4,5 milhes de pessoas (incluindo 1,1 milho de escravos), enquanto que a populao das Provncias Unidas era de 600.000 (150.000 na provncia de Buenos Aires) e a do Uruguai, 60.000.1 O tamanho da populao, entretanto, no era uma medida adequada da fora dos pases. Muitos brasileiros estavam fisicamente e emocionalmente afastados do conflito. Nas Provncias Unidas, somente os portenhos estavam interessados na luta. Apesar da maioria dos uruguaios terem lutado com os portenhos, alguns se aliaram aos brasileiros.

    Tanto o Brasil quanto as Provncias Unidas tinham dificuldades em criar exrcitos nacionais. A espinha dorsal do Exrcito Brasileiro, que havia lutado no Uruguai entre 1811 e 1821, era portuguesa. Depois que o Brasil proclamou sua independncia em 1822, as tropas portuguesas em Montevidu retornaram Europa em maro de 1824, sendo substitudas por tropas brasileiras recm recrutadas. A partir de 1822, o Imprio Brasileiro comeou a criar um exrcito nacional com as unidades brasileiras que j existiam, mas ainda havia muito a se fazer.

    O efetivo da tropa, entretanto, caiu muito alm do que era necessrio, obrigando o governo a determinar o recrutamento forado. John Armitage escreveu que:

    Apesar de detestarem a vida militar, [os camponeses livres] ero agarrados como

    malfeitores, manietados, mettidos a bordo de immundas embarcaes, e

    mandados para as agrestes campinas do sul, soffrer os rigores de hum clima

    inhospito, e a tactica de hum inimigo desapiedado. Grande numero adoecia e

    morria na viagem2

    Diante da dificuldade de recrutar brasileiros para servir no exrcito, mercenrios foram recrutados na Alemanha e Irlanda, mas essas tropas no ofereciam ajuda imediata.3

  • O Exrcito Brasileiro de 1826Oriental do Uruguai: 2.500 em espalhados em guarnies ao longo dos rios lugares. Muitos desses 6 mil homens eram recrutas locais.

    As Provncias Unidas tambm tiveram problemas para levantar um exrcito. O Juan de las Heras, governador da Provncia de Buenos Aires levantou um exrcito de 800 homens sob o comando do General Uruguay, na Argentina. A nata da fora humana da cidade havia sido enviada costa oeste da Amrica do Sul para enfrentar os realistas, e as provncias do intetinham o mesmo entusiasmo com a guerra contra o Brasil quanto os portenhos e no enviaram tropas.

    Embora a populao uruguaia fosse pequena comparada s do Brasil e das Provncias Unidas, o pas teve menos dificuldade em levantar um exrcito. A maioria dos uruguaios vivia nas plancies do interior eram apropriados para servir como cavalaria irregular. Armitage descreveu o tpico homem do

    Armado unicamente com as

    todos [os gachos] so soldados

    esto sempre promptos a entr

    As marinhas eram outra questo. Apesar do Inglaterra, a Marinha do Brasilmercenrios ingleses, irlandesesUm tero dos oficiais da Marinha do Brasil era ingls. A marinha sofria por falta de oficiais juniores. Em 1826, a Marinha do Brasil possua um dezoito brigues e bergantins, alm de umas vinte e cinco embarcaes inferiores.

    Batalha de Juncal, 1865.

    A Marinha de Buenos Aires era inferior brasileira. Inicialmente, consistia nas brigues General Belgrano (14 canhescanhoneiras. Tambm foram comprados e equipados alguns navios mercantes, sendo o mais importante a corveta Comrcio de LimaAs Provncias Unidas tambm compraram h algum tempo a frigata O'Higginscorveta Independencia (28 canhes); e a corveta

    1826 contava com 10.000 homens, 6.000 deles na Banda : 2.500 em Montevido, 1.100 em Colnia do Sacramento

    espalhados em guarnies ao longo dos rios Uruguai e Negro, e o restante em outros lugares. Muitos desses 6 mil homens eram recrutas locais.

    As Provncias Unidas tambm tiveram problemas para levantar um exrcito. O , governador da Provncia de Buenos Aires levantou um exrcito de

    800 homens sob o comando do General Martn Rodriguez perto de Concepcin del . A nata da fora humana da cidade havia sido enviada costa

    para enfrentar os realistas, e as provncias do interior no tinham o mesmo entusiasmo com a guerra contra o Brasil quanto os portenhos e no

    Embora a populao uruguaia fosse pequena comparada s do Brasil e das Provncias Unidas, o pas teve menos dificuldade em levantar um exrcito. A maioria dos

    do interior eram apropriados para servir como cavalaria irregular. Armitage descreveu o tpico homem do front:

    Armado unicamente com as bolas e os laos, e com a inseparvel faca enfiada no

    soldados por hbito; e animados pelo esprito de nacionalidade

    esto sempre promptos a entrar em luta

    eram outra questo. Apesar do Lorde Cochrane ter voltado para a Marinha do Brasil, criada por ele e integrada principalmente por 1.200

    irlandeses e norte-americanos, permaneceu praticamente intacta. Um tero dos oficiais da Marinha do Brasil era ingls. A marinha sofria por falta de

    , a Marinha do Brasil possua um navio de linha, seis , alm de umas vinte e cinco embarcaes inferiores.

    A Marinha de Buenos Aires era inferior brasileira. Inicialmente, consistia nas brigues canhes) e General Balacre (14 canhes) e algumas poucas

    . Tambm foram comprados e equipados alguns navios mercantes, sendo o Comrcio de Lima, que se tornou a 25 de Mayo (28 canhes).

    As Provncias Unidas tambm compraram trs belonaves chilenas que estavam no O'Higgins (44 canhes), renomeada para Buenos Aires

    (28 canhes); e a corveta Chacabuco (20 canhes). Os navios

    Banda mento, 1.100

    , e o restante em outros

    As Provncias Unidas tambm tiveram problemas para levantar um exrcito. O caudilho , governador da Provncia de Buenos Aires levantou um exrcito de

    Concepcin del . A nata da fora humana da cidade havia sido enviada costa

    rior no tinham o mesmo entusiasmo com a guerra contra o Brasil quanto os portenhos e no

    Embora a populao uruguaia fosse pequena comparada s do Brasil e das Provncias Unidas, o pas teve menos dificuldade em levantar um exrcito. A maioria dos

    do interior eram apropriados para servir como cavalaria

    enfiada no cinto,

    esprito de nacionalidade,

    ter voltado para a , criada por ele e integrada principalmente por 1.200

    icamente intacta. Um tero dos oficiais da Marinha do Brasil era ingls. A marinha sofria por falta de

    , seis fragatas, , alm de umas vinte e cinco embarcaes inferiores.

    A Marinha de Buenos Aires era inferior brasileira. Inicialmente, consistia nas brigues (14 canhes) e algumas poucas

    . Tambm foram comprados e equipados alguns navios mercantes, sendo o (28 canhes).

    que estavam no dique Buenos Aires; a

    (20 canhes). Os navios

  • zarparam de Valparaso em 25 de maio de 1826; o Buenos Aires, entretanto, naufragou no Cabo Horn aps uma tempestade, causando a perda de 500 vidas, e o Independencia encalhou, com perda total. Mais da metade dos cinqenta e seis oficiais eram norte-americanos e britnicos. O comrcio regional estava crescendo e o potencial para prmios em dinheiro era grande. Por isso, encorajar os corsrios era fcil.

    Estratgias iniciais

    O Brasil esperava que a demonstrao de seu poderio naval antes do incio das hostilidades moderasse as aes dos portenhos e que os mesmos desistiriam de seu apoio aos uruguaios. A partir de abril de 1825, o Brasil comeou a enviar significativos reforos sua pequena esquadra no Rio da Prata. O comando foi dado ao vice-almirante Rodrigo Ferreira Lobo.

    Essa demonstrao de fora falhou no intuito de deter a guerra, ento o Brasil esperou que um bloqueio a Buenos Aires persuadisse os portenhos. O bloqueio do porto de Buenos Aires, entretanto, se mostrou uma misso muito difcil. As guas imediatamente anteriores enseada eram muito rasas para as belonaves brasileiras mais pesadas, e o canal de acesso enseada era estreito e tempestuoso. Alm disso, havia poucos pontos de referncia distinguveis no mar para auxiliar na navegao. Por essas mesmas razes, o bombardeio de Buenos Aires seria extremamente difcil.

    A estratgia inicial das Provncias Unidas era furar o bloqueio atravs de rpidas incurses contra os bloqueadores utilizando belonaves menores e mais geis. As belonaves portenhas de pequeno calado zarparam de Buenos Aires, tentando atrair os bloqueadores brasileiros para guas rasas, onde deveriam encalhar. Uma vez encalhados, eles podiam ser atacados com sucesso por belonaves menores. O plano de Buenos Aires tambm consistia garantir suprimentos aos gachos uruguaios, aproveitando sua grande motivao de lutar contra as tropas brasileiras de ocupao.

    Desenrolar da guerra

    Operaes do Imprio Brasileiro em fevereiro de 1827.

  • Para apoiar as foras de Juan Antonio Lavalleja, um exrcito argentino atravessou o Rio da Prata, estabelecendo acampamento em Durazno, iniciando uma invaso do territrio brasileiro pelo general Carlos Maria de Alvear (1826). O visconde de Barbacena, no comando das tropas imperiais, deu combate aos argentinos na batalha de Ituzaing.

    Em apoio ao Exrcito Brasileiro, o imperador Pedro I enviou uma esquadra para bloquear o esturio do rio da Prata, assim como o porto de Buenos Aires. A Argentina revidou, atacando o litoral do Rio Grande do Sul. Contudo, a presso da Marinha do Brasil conseguiu, com o tempo, estrangular o comrcio argentino.

    O Imprio Brasileiro iniciou a ofensiva terrestre a partir do final de 1826, por meio da concentrao de tropas no sul do pas. Essas tropas eram formadas, em sua maioria, por voluntrios e por algumas unidades de mercenrios europeus.

    A dificuldade do imperador em reunir foras para o conflito deveu-se, em grande parte, ao fato de que seu governo estava enfrentando poca vrias rebelies populares e levantes militares nas provncias do recm-independente Brasil (inclusive na capital Rio de Janeiro).

    A falta de tropas atrasou em muito a capacidade de resposta brasileira ao apoio de Buenos Aires ao levante no Sul. Por volta de 1826, esse apoio no era mais somente poltico e logstico: j havia a convocao de tropas para lutar contra o Imprio.

    A guerra foi marcada por diversos encontros de pequena monta e por escaramuas de grupos armados de ambos os lados. Estes encontros em nada contriburam para a soluo do impasse poltico e militar.

    Somente as batalhas de Sarandi e Passo do Rosrio se constituram em encontros militares de maior vulto. Em ambas, o exrcito imperial foi derrotado. Contudo, graas falta de recursos humanos e logsticos tambm por parte das Provncias Unidas como da Banda Oriental, para explorarem estas vitrias, elas foram de pouco proveito.

    A guerra prosseguiu, por terra e mar, com vantagem para as foras imperiais, que derrotaram as foras republicanas na decisiva Batalha de Monte Santiago (1827).

    Na primeira metade do ano seguinte, Fructuoso Rivera reconquistou para a Provncia Oriental (e para as Provncias Unidas) o Territrio dos Sete Povos das Misses que havia passado ao Imprio Portugus em 1801 (ver Tratado de Badajoz 1801).

    Aps esta vitria dos argentinos e orientais, dado o impasse em terra (Montevidu e Colnia do Sacramento, as duas maiores cidades do Uruguai permaneceram sob o controle do Brasil durante todo o conflito), o bloqueio naval brasileiro (que impunha consequncias econmicas severas s Provncias Unidas4 ), os altos custos para os beligerantes da continuao da guerra, a presso britnica para que um acordo fosse firmado, alm da precariedade militar e poltica dos pases em conflito, a paz comeou a ser negociada, com a mediao da Frana e da Gr-Bretanha.

    Desse modo, o Imprio do Brasil e a Repblica das Provncias Unidas do Rio da Prata, pela Conveno Preliminar de Paz, assinada em 27 de agosto de 1828, no Rio de

  • Janeiro, renunciaram s suas conquistas e reconheceram como Estado independente a Provncia Oriental, que passou a se chamar Repblica Oriental do Uruguai.

    Consequncias

    O Juramento dos Treinta y Tres Orientales, 1877.

    A perda da Provncia Cisplatina foi um motivo adicional para o crescimento da insatisfao popular com o governo de D. Pedro I. Na realidade, a guerra era impopular desde o incio, pois para muitos brasileiros representava aumento de impostos para o financiamento de mais um conflito.

    Quando o Imprio do Brasil assinou o acordo pela independncia da regio, muitos utilizaram isto como argumento para tornar ainda mais impopular o governo, alegando que o imperador havia depauperado os cofres pblicos e sacrificado a populao por uma causa perdida.

    Entretanto, a guerra da Cisplatina no foi uma causa direta para a abdicao do imperador, em 1831. Ela se insere dentro de uma conjuntura que concorreu para a sua queda. Entre as causas da abdicao, sem dvida, o estilo centralizador de governar foi o principal.