GUERRA DOS CEM ANOS
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GUERRA DOS CEM ANOS
A expressão Guerra dos Cem Anos identifica uma série de conflitos armados, registrados de forma intermitente, durante o século XIV e o século XV
(1337-1453, de acordo com as datas convencionais), envolvendo a França e a
Inglaterra. A longa duração desse conflito explica-se pelo grande poderio dos ingleses de um lado e a obstinada resistência francesa do
outro. Ela foi a primeira grande guerra européia que provocou profundas transformações na vida econômica, social e política da Europa Ocidental.
• A guerra dividiu-se por quatro períodos:
O primeiro entre 1337 e 1364O segundo entre 1364 e 1380O terceiro entre 1380 e 1422O quarto entre 1422 e 1453.
O QUE FOI A GUERRA DOS CEM ANOS
Foi uma disputa pela rica região de Flandres, onde havia manufatura de la e sucessoes
dinasticas, provocaram conflito entre a Franca e a Inglaterra.
NO PLANO POLITICO
A principal causa da guerra foi de ordem política. Após a morte do rei francês Carlos IV, em 1328,
Eduardo III, o rei da Inglaterra, reivindicou o trono francês. Na verdade, Eduardo III era
sobrinho de Carlos IV por parte de mãe. No entanto, os franceses alegaram que a sucessão
não podia ocorrer a partir de um descendente de linhagem materna. Desta forma, proclamaram como rei Filipe de Valois, primo de Carlos IV.
Após a fracassada tentativa de golpe, Eduardo III declarou guerra aos franceses.
NO PLANO ECONOMICOO interesse econômico também explica esse desgastante
confronto. Nesse período, os monarcas preocupavam-se em fortalecer seu poder político através da
cobrança de impostos. Foi a partir dessa situação que ingleses e franceses disputaram o controle fiscal sobre a próspera região de Flandres. Por um lado, os ingleses buscavam controlar Flandres pelo fato de fornecer a lã
utilizada pelos seus tecelões. No entanto, a França exercia o controle político na região por causa de
antigos vínculos feudais.
JOANA D´ARCJoana d'Arc (1412-1431), chamada a 'Donzelade Orléans', heroína
nacional e santa padroeira da França. Uniu a nação em um momento crítico e deu um rumo decisivoà guerra dos Cem Anos
em favor da França.Em plena guerra dos Cem Anos, Joana convenceu Carlos VII de que tinha a missão divina de salvar a França.Desse modo, ela foi posta à frente de tropas, com as quais conduziu o exército francês a uma
vitória decisiva sobre os ingleses em Patay. No ano 1430, dirigiu uma operação militar contra os ingleses em Compiègne, perto de Paris, onde foi capturada e levada perante
um tribunal eclesiástico, em Ruán, que a julgou por heresia e bruxaria; em 30 de maio de 1431, ela foi enviada à fogueira na
praça do Mercado Velho. Vinte e cinco anos depois de sua morte,a Igreja revisou seu caso e a declarou inocente. Foi canonizada em 1920pelo papa Benedito
XV.
CONSEQUENCIAS DA GUERRA DOS CEM ANOS
1. O conflito deixou um saldo de milhares de mortos em ambos os lados, e uma devastação sem precedentes nos territórios e na produção agrícola francesa.
1. No plano político e social, a Guerra dos Cem Anos contribuiu para a Dinastia de Valois, apoiada pela burguesia, fortaleceu o poder real francês, abrindo caminho para o chamado absolutismo, por vários motivos:> Liquidou com as pretensões inglesas sobre territórios na França;> Os feudos do rei inglês, na França, passaram para o domínio da coroa francesa;> O longo período de guerras enfraqueceu bastante a nobreza francesa, porque, à medida que os nobres morriam, seus feudos iam passando para o domínio do rei, debilitando o sistema feudal.> Construção de uma identidade nacional entre os franceses;> Tornou possível a criação de algumas instituições de governo centralizadas.> A cavalaria entrou em decadência.
CONSEQUENCIAS DA GUERRA DOS CEM ANOS
> Atrasou a expansão marítimo-comercial norte-francesa o que lhe custaria a perda de grande parte do mundo para os países ibéricos, razão pela qual a França foi o único dos grandes países expansionistas a ter impacto e influência demográfica desprezível nas Américas em contraste com países menores tais como Portugal (ao contrário da França, a Inglaterra e posteriormente a Holanda conseguiram recuperar o tempo perdido, inclusive superando os países ibéricos no hemisfério leste e maior parte da América Setentrional).
CONSEQUENCIAS DA GUERRA DOS CEM ANOS
3. No plano das relações internacionais da Europa no período, o conflito se liga ainda a outros episódios como a Guerra Civil de Castela, os confrontos na Sicília entre a França e o reino de Aragão e mesmo o chamado Papado de Avignon.
FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS
Forma de organização política que dá origem aos Estados nacionais europeus, a partir do século X, como decorrência do renascimento comercial e urbano e da crise do feudalismo. Caracteriza-se pelo fortalecimento do poder real, que passa a se estender por todo o país. A formação das monarquias nacionais européias é um processo lento e desigual, marcado por revoluções, guerras civis, disputas territoriais e conflitos com a Igreja.
FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS
• Com o surgimento das cidades e o enfraquecimento da influência da nobreza, a figura do rei ganha importância. Ele passa a centralizar o poder político e a estender sua soberania sobre toda a nação – definida na Idade Média como unidade lingüística, religiosa, cultural e histórica dentro de determinado território. O monarca procura se sobrepor também ao poder do papado, limitando os privilégios da Igreja, como isenção de impostos, tribunais próprios e direito de intervir nos assuntos nacionais.
Mercantilismo: a prática econômica do absolutismo
Podemos definir o mercantilismo como sendo a política econômica adotada na Europa durante o Antigo
Regime. Como já dissemos, o governo absolutista interferia muito na economia dos países. O objetivo
principal destes governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um rei, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional. Podemos citar como
principais características do sistema econômico mercantilista: Metalismo, Industrialização,
Protecionismo Alfandegário, Pacto Colonial, Balança Comercial Favorável.