GUERRA FRIA 3º ano

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GEOGRAFIA GERAL PROFº ROBERTO GUERRA FRIA Ao final da 2ª Guerra, as potências vencedoras realizaram duas conferências (YALTA e POTSDAM) que acabaram por estabelecer em linhas gerais as áreas de influência soviética e norte-americana, iniciando um período de relações internacionais bipolarizadas. A conferência de Bretton Woods criou os mecanismos econômicos e financeiros, utilizados como instrumentos de recuperação e estabilidade do mundo no Pós-guerra. Entretanto a rápida expansão socialista na Europa exigiu um plano de recuperação econômica mais consistente desenvolvido pelo governo norte-americano (Plano Marshall). O crescimento das divergências entre Leste e Oeste determinou o desenvolvimento da corrida armamentista, que se cristalizou com a criação da OTAN (Organização Tratado Atlântico Norte), organização militar comandada pelos Estados Unidos, aliando diversos países capitalistas da Europa ocidental. Em 1949 a União Soviética realizou seu primeiro teste nuclear bem sucedido, equilibrando acorrida armamentista. , em 1955, formou-se o Pacto de Varsóvia, organização militar semelhante à OTAN, que congregava diversos países da Europa Oriental. Na China depois de uma longa guerra civil, as forças revolucionárias sob liderança de Mao Tsé-Tung, derrubam o governo nacionalista de Chiang Kaishek, cujas tropas refugiaram-se na ilha de Formosa, onde instalou, com apoio norte-americano, um regime capitalista. O agravamento das relações Leste-Oeste, é ampliado com a Guerra da Coréia, em que os Estados Unidos, que apoiavam o Sul, enfretaram as tropas invasoras do Norte, apoiadas pela China e União. Soviética. A morte de Stálin abriu espaço para conversações de paz, que culminaram no tratado Pan Mujon, encerrando o conflito e dividindo o país em Coréia do Norte (socialista) e Coréia do Sul (capitalista). Pouco depois Nikita Kruschev assumiu o governo soviético; promovendo profundas reformas internas (desestalinização), e estabelecendo uma aproximação com bloco capitalista e os países do 3º mundo, caracterizando as novas relações internacionais (Coexistência Pacífica). Ao final da década de 50, Cuba mergulhou em um processo revolucionário sob o comando de Fidel Castro, derrubando a ditadura pró-americana de Fulgêncio Batista, reativando a Guerra Fria, que culminou com a frustrada Invasão da Baia dos Porcos (1961) e a Crise dos Mísseis (1962). Com o objetivo de conter a crescente evasão de pessoas residentes nos países da “Cortina de Ferro”, em 1961, é construído o Muro de Berlim, dificultando o acesso à Berlim Ocidental, transformando a cidade no símbolo mais ostensivo da Guerra Fria. Na América Latina, as sucessivas conquistas da classe trabalhadora, somadas aos efeitos políticos da Revolução Cubana, estimularam a aliança entre a burguesia nacional e o capital estrangeiro. A polarização ideológica acarretou o esgotamento do modelo populista, dando lugar a uma sucessão de golpes militares e o estabelecimento de governos autoritários entre os anos 60 e 80. Na década de 60 um dos destaques foi a corrida espacial, também reflexo da Guerra Fria. Inicialmente liderada pelos soviéticos, que realizaram em 1961, o primeiro vôo espacial tripulado. Pouco depois, os americanos equipararam-se aos soviéticos, através do projeto Apolo, que culminou com a chegada do homem à Lua. Na União Soviética, as reformas de Kruschev ganharam forte aposição da burocracia interna, agravado pela intensificação dos conflitos com a China. Em 1964, Kruschev foi derrubado e subistituído por Leonild Brejnev, que retomou a política de centralização e burocratização, bem como ampliou as divergências com o bloco capitalista. Em 1968, tropas do pacto de Varsóvia invadiram a Tchecoslováquia, então governada por Alexandre Dubcek, que realizava uma política de reformas internas liberalizantes (“Primavera de Praga”) com o propósito de reduzir a influência soviética no país. Nos Estados Unidos, após o assassinato do presidente John F. Kennedy, em 1963, assumiu Lyndon Johnson, que ampliou a ofensiva contra o comunismo, envolvendo, completamente o país na Guerra do Vietnã. Internamente, agravaram-se os conflitos raciais, como conseqüência da luta pelos direitos civis, estendida aos anos 70 e 80, como o movimento feminista e gay. A partir de 1973, após nova derrota dos exércitos árabes contra Israel na Guerra do Yon Kippur (1973), a OPEP iniciou uma rápida elevação dos preços do petróleo, dando início à Crise do Petróleo, reflexo da união árabe contra o apoio internacional a Israel, que havia ocupado territórios árabes desde a

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GEOGRAFIA GERAL – PROFº ROBERTO

GUERRA FRIA

Ao final da 2ª Guerra, as potências vencedoras realizaram duas conferências (YALTA e POTSDAM) que acabaram por estabelecer em linhas gerais as áreas de influência soviética e norte-americana, iniciando um período de relações internacionais bipolarizadas. A conferência de Bretton Woods criou os mecanismos econômicos e financeiros, utilizados como instrumentos de recuperação e estabilidade do mundo no Pós-guerra. Entretanto a rápida expansão socialista na Europa exigiu um plano de recuperação econômica mais consistente desenvolvido pelo governo norte-americano (Plano Marshall). O crescimento das divergências entre Leste e Oeste determinou o desenvolvimento da corrida armamentista, que se cristalizou com a criação da OTAN (Organização Tratado Atlântico Norte), organização militar comandada pelos Estados Unidos, aliando diversos países capitalistas da Europa ocidental. Em 1949 a União Soviética realizou seu primeiro teste nuclear bem sucedido, equilibrando acorrida armamentista. , em 1955, formou-se o Pacto de Varsóvia, organização militar semelhante à OTAN, que congregava diversos países da Europa Oriental. Na China depois de uma longa guerra civil, as forças revolucionárias sob liderança de Mao Tsé-Tung, derrubam o governo nacionalista de Chiang Kaishek, cujas tropas refugiaram-se na ilha de Formosa, onde instalou, com apoio norte-americano, um regime capitalista. O agravamento das relações Leste-Oeste, é ampliado com a Guerra da Coréia, em que os Estados Unidos, que apoiavam o Sul, enfretaram as tropas invasoras do Norte, apoiadas pela China e União. Soviética. A morte de Stálin abriu espaço para conversações de paz, que culminaram no tratado Pan Mujon, encerrando o conflito e dividindo o país em Coréia do Norte (socialista) e Coréia do Sul (capitalista). Pouco depois Nikita Kruschev assumiu o governo soviético; promovendo profundas reformas internas (desestalinização), e estabelecendo uma aproximação com bloco capitalista e os países do 3º mundo, caracterizando as novas relações internacionais (Coexistência Pacífica). Ao final da década de 50, Cuba mergulhou em um processo revolucionário sob o comando de Fidel Castro, derrubando a ditadura pró-americana de Fulgêncio Batista, reativando a Guerra Fria, que culminou com a frustrada Invasão da Baia dos Porcos (1961) e a Crise dos Mísseis (1962). Com o objetivo de conter a crescente evasão de pessoas residentes nos países da “Cortina de Ferro”, em 1961, é construído o Muro de Berlim, dificultando o acesso à Berlim Ocidental, transformando a cidade no símbolo mais ostensivo da Guerra Fria. Na América Latina, as sucessivas conquistas da classe trabalhadora, somadas aos efeitos políticos da Revolução Cubana, estimularam a aliança entre a burguesia nacional e o capital estrangeiro. A polarização ideológica acarretou o esgotamento do modelo populista, dando lugar a uma sucessão de golpes militares e o estabelecimento de governos autoritários entre os anos 60 e 80. Na década de 60 um dos destaques foi a corrida espacial, também reflexo da Guerra Fria. Inicialmente liderada pelos soviéticos, que realizaram em 1961, o primeiro vôo espacial tripulado. Pouco depois, os americanos equipararam-se aos soviéticos, através do projeto Apolo, que culminou com a chegada do homem à Lua. Na União Soviética, as reformas de Kruschev ganharam forte aposição da burocracia interna, agravado pela intensificação dos conflitos com a China. Em 1964, Kruschev foi derrubado e subistituído por Leonild Brejnev, que retomou a política de centralização e burocratização, bem como ampliou as divergências com o bloco capitalista. Em 1968, tropas do pacto de Varsóvia invadiram a Tchecoslováquia, então governada por Alexandre Dubcek, que realizava uma política de reformas internas liberalizantes (“Primavera de Praga”) com o propósito de reduzir a influência soviética no país. Nos Estados Unidos, após o assassinato do presidente John F. Kennedy, em 1963, assumiu Lyndon Johnson, que ampliou a ofensiva contra o comunismo, envolvendo, completamente o país na Guerra do Vietnã. Internamente, agravaram-se os conflitos raciais, como conseqüência da luta pelos direitos civis, estendida aos anos 70 e 80, como o movimento feminista e gay. A partir de 1973, após nova derrota dos exércitos árabes contra Israel na Guerra do Yon Kippur (1973), a OPEP iniciou uma rápida elevação dos preços do petróleo, dando início à Crise do Petróleo, reflexo da união árabe contra o apoio internacional a Israel, que havia ocupado territórios árabes desde a

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Guerra dos Seis Dias (1967). No plano internacional, o período caracterizou-se por um refluxo da Guerra Fria, identificado como Détente. Nesse contexto, em 1972 o presidente americano Richard Nixon visitou a China e a União Soviética, onde foi assinado o primeiro tratado de limitação de armas estratégicas (SALT 1), início da busca de uma política de desarmamento. Na Europa, os últimos redutos do fascismo foram eliminados com a Revolução do Cravos, em Portugal (1974), e a morte do generalíssimo Franco na Espanha (1975), abrindo espaço para independência das últimas colônias européias na África. Em 1975, terminou o mais longo e sangrento conflito da Guerra Fria, com a derrota norte-americana no Vietnã. Entretanto, a região não se pacificou, originando novos conflitos que envolveram os interesses sino-soviéticos e norte-americanos no Sudeste Asiático. No final dos anos 70, destacou-se a atuação do governo do presidente americano Jimmy Carter, que promoveu a política de defesa dos direitos humanos, ao mesmo tempo em que retomava o confronto com a União Soviética, como conseqüência da invasão do Afeganistão, em 1979. Os interesses geopolíticos americanos na região (Oriente Médio) já estavam ameaçados, com a queda do xá Reza Pahalevi, do Irã e a ascensão do grupo nacionalista e fundamentalista xiita. Também na América Central os interesses americanos foram abalados com a queda do ditador Anastácio Somoza na Nicarágua em 1979, quando os guerrilheiros sandinistas tomaram o poder. Esse novo regime recebeu o apoio cubano-soviético, estimulando movimentos revolucionários nas regiões vizinhas e desencadeando uma contra-revolução financiada pelos Estados Unidos.

O FIM DA GUERRA FRIA

A construção de uma aliança entre as grandes potências ocidentais e as monarquias do mundo árabe inicia uma verdadeira cruzada contra o fundamentalismo Islâmico, onde destacou-se a Guerra do Irã-Iraque (1980-88) que consolidou o poder de Saddam Hussein, transformando o Iraque na maior potência militar do Golfo Pérsico. Outro resultado decorrente dessa contraditória relação entre governo americano e grupos políticos árabes foi a fracassada intervenção soviética no Afeganistão. No transcorrer das décadas de 70/80, o fator econômico tornou-se o principal definidor das relações internacionais e das decisões políticas. Tanto que, em lugar da prioridade social, reergueu-se o primado da

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economia de mercado e o fim dos tradicionais controles estatal-nacionais, visando a uma maior integração capitalista numa economia cada vez mais globalizada. Os países mais desenvolvidos iniciaram reformas do Estado (Neoliberais), com o objetivo de reduzirem seus gigantescos déficits fiscais. Entretanto o governo norte americano sob liderança do partido republicano (Reagan Bush), intensifica a corrida armamentista com o projeto Guerra nas Estrelas e a Guerra do Golfo. Privatizações, leis de mercado, eficiência produtiva, reengenharia administrativa, desregulamentação, intercâmbio financeiro internacionalizado, passaram a integrar o novo modelo Neoliberal, que se constituiu no principal pilar da Nova Ordem Internacional. Os centros dinâmicos da ordem capitalista globalizada ganharam impulso na concentração, acelerada de capitais, no rápido progresso tecnológico e no desenvolvimento de mega-empresas transnacionais, paralelamente agravaram-se os problemas sociais, com o crescente desemprego estrutural e a ampliação das ondas migratórias, procedentes das áreas mais pobres, acarretando um crescente xenofobismo. Na China, a morte de Mao Tse-tung (1976), acelerou as mudanças econômicas, sem que o centralismo político fosse abandonado. O novo líder do partido comunista Deng Xiaoping comandou as reformas, que possibilitaram a abertura econômica do país e o grande fluxo de capital estrangeiro. Na América Latina a forte redução dos fluxos de capital para a região, agravada pela moratória sobre a dívida externa, promoveu o fim do ciclo de ditaduras militares e a redemocratização do continente. A hegemonia norte-americana no continente, por sua vez, não foi ameaçada, preservada através da aliança com os novos governos democráticos da região ou por intervenções militares, como as invasões de Granada, em 1983, e do Panamá, em 1989. Na URSS o governo Gorbatchev implementou a reestruturação da economia (Perestroika), buscando recuperar a capacidade de crescimento da economia. Para enfrentar os obstáculos políticos iniciou o processo de abertura (Glasnost), transformando a sociedade na base de apoio para a concretização das reformas econômicas de caráter liberal. No plano internacional, a glasnost determinou a reaproximação dos países socialistas com o mundo ocidental e a queda dos regimes socialistas da região. A queda do Muro de Berlin (1989) simbolizou o fim da Guerra Fria, e permitiu a reunificação das duas Alemanhas. O enfraquecimento do partido comunista provocado pela Glasnost, abriu espaço para o ressurgimento do nacionalismo, sufocado pela Guerra Civil (1917/21) e pelo longo período de governo stalinista. As repúblicas bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia) tiveram a autonomia reconhecida pelo poder central. Ainda em 1991, presidente russo Boris Yeltsin aproveitou-se do enfraquecimento político de Gorbatchev e, juntamente com outras lideranças, assinou o Acordo de Minsk, proclamando a extinção da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Durante o processo de derrocada do socialismo, vários países da Europa Oriental mergulharam em profunda crise política com desdobramentos militares. A Tchecoslováquia se fragmentou em duas novas repúblicas independentes, e a Iugoslávia mergulhou numa sangrenta guerra civil, que resultou na fragmentação do país e colocou em risco a estabilidade européia, o que resultou na intervenção das tropas da OTAN. O agravamento dos problemas ambientais nas últimas décadas do século XX determinou a necessidade de encontrar formas de reduzir o impacto do desenvolvimento econômico sobre o meio ambiente. A conferência do Rio de Janeiro de 1992, através de um plano de ação conhecida como agenda 21, estabeleceu propostas para um modelo de desenvolvimento sustentado. Na Nova Ordem Mundial, a divisão ideológica Leste (comunista) Oeste (capitalista), substituída por uma visão claramente econômica entre o mundo rico (norte) e o mundo pobre (sul) com disparidades crescentes.

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TESTES DE VESTIBULARES 01. (UFF) Com o final da 2a. Guerra Mundial, iniciou-se um novo período na história da humanidade. Vencido o perigo nazista, enfrentaram-se as duas forças hegemônicas do pós-guerra: os Estados Unidos da América, campeões do capitalismo, e a URSS, campeã do socialismo. A Guerra Fria foi o resultado óbvio dessas tensões e disputas. Entretanto, ao mesmo tempo em que socialismo e capitalismo disputavam o predomínio na produção e nos mercados, a revolução tecnológica avançava como conseqüência, até mesmo, da concorrência entre esses dois países. A corrida espacial foi um dos aspectos dessa concorrência. Ao lado da política e da economia, passou a existir o desejo do bem-estar e do conforto – mostrar onde se vivia melhor era fundamental. Esse desejo fez com que rapidamente se transferissem para o cotidiano dos homens os resultados práticos das inovações de guerra. Mais conforto, novas comodidades, alterações nos comportamentos sinalizaram um novo tempo, um novo século. Cai o império soviético. Hoje, no mundo globalizado, o conhecimento humano não tem fronteiras nem limites: DNA, genoma, clonagem, novas tecnologias para comunicação evidenciam o progresso no século XXI.

No contexto do pós-2a. Guerra Mundial, constata-se, entre outros aspectos, que:

a) A tecnologia incorporou-se à vida dos homens, tornando quase impossível imaginar-se que alguém sobreviva sem um telefone e uma televisão. Essa ânsia por novidades levou às disputas nucleares entre EUA e URSS que culminaram com o desastre de Chernobyl; b) A disputa, mostrada na TV, entre duas empresas que buscam conquistar usuários da telefonia ilustra o quanto esse setor evoluiu. O mesmo progresso que permitiu, nos últimos 50 anos, a indiscutível evolução dos meios de comunicação, também possibilitou a eliminação da pobreza, reduziu as doenças e transformou as cidades em áreas despoluídas; c) Inovações tecnológicas levaram o homem à Lua e melhoraram as condições de vida no planeta. No entanto, a falta de controle sobre as pesquisas científicas realizadas na antiga URSS conduziu a certos exageros, como o desastroso desenvolvimento da engenharia genética; d) A ditadura da técnica e da objetividade implantou-se no mundo pós-2ª Guerra. De um lado, para fazer com que o holocausto fosse esquecido e, de outro, para viabilizar a constituição de formas universais de controle político e econômico que não deram certo porque a URSS foi derrotada pelo capitalismo; e) A Guerra Fria representou para o século XX mais do que a mera disputa entre dois modos diferentes de vida; indicou, também, o momento em que as inovações tecnológicas e as transformações nas ciências passaram a se integrar no cotidiano dos homens. Tal integração trouxe novidades que revolucionaram o mundo como, por exemplo, as observadas nos campos da comunicação e da informática.

02. (UEG) Quando entramos em contato com a Segunda Guerra Mundial, a primeira lembrança que vem à mente é a de perplexidade e horror, tanto em função da experiência nazifascista como em razão das bombas nucleares lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Acerca do quadro apresentado pelo mundo após o fim da Segunda Guerra Mundial (1946-50), é correto afirmar que:

a) A URSS, isolada em relação à política mundial, não manteve as posições conquistadas durante o conflito, impossibilitando a expansão do sistema socialista em escala mundial; b) Os países do Terceiro Mundo, fortalecidos pela redefinição do quadro econômico mundial, garantiram a sua participação como membros efetivos do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU); c) Os Estados Unidos da América asseguraram a sua hegemonia econômica e política sobre a Europa, compensando a perda de sua influência na América Latina, seduzida pela ideologia comunista da União Soviética; d) A Europa devastada em termos de vidas e de bens materiais experimentava uma profunda crise ideológica e moral. O apoio norte-americano, por meio do Plano Marshall, foi essencial no processo de reconstrução européia.

03. (PUC-RJ) Em junho de 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada por cinqüenta países com o propósito, entre outros, de zelar pela segurança internacional e evitar novos conflitos. Com relação à estrutura e funções da ONU, é correto afirmar que:

I. O Conselho de Segurança, órgão mais importante da ONU, funciona como um poder executivo, pelo qual passam todas as decisões, sendo constituído por cinco membros permanentes com direito a veto e dez membros eleitos com mandato de dois anos e sem direito a veto. II. A ONU pode mobilizar tropas, constituir exércitos e realizar intervenções militares para preservar os interesses de seus membros. O exemplo mais recente foi o ataque contra o Iraque para depor o governo de

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Saddam Hussein. III. A ONU mantém uma Assembléia Geral com representantes de todos os países membros. Este é um fórum de discussão para os principais problemas políticos, econômicos e humanitários que afetam a segurança mundial. IV. A ONU mantém uma série de órgãos especializados, subordinados ao Conselho de Segurança, dentre os quais se destaca o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Assinale: a) Se somente I e II estão corretas. b) Se somente I e III estão corretas. c) Se somente I, III e IV estão corretas. d) Se somente II e III estão corretas. e) Se todas as afirmativas estão corretas.

04. (PUC-MG) A leitura da charge abaixo, publicada durante os anos oitenta do século XX, permite afirmar que:

a) a Organização do Tratado do Atlântico Norte não mais garantia a segurança da Europa frente a um confronto militar; b) o poder de confronto nuclear entre Estados Unidos e União Soviética encontrava-se visivelmente desequilibrado; c) as conseqüências de uma guerra nuclear entre as duas superpotências seriam desastrosas para o continente europeu; d) os Estados Unidos exibiam sua superioridade militar como forma de afirmar sua hegemonia no cenário internacional. 05. (UFF) Com o final da 2a. Guerra Mundial, iniciou-se um novo período na história da humanidade. Vencido o perigo nazista, enfrentaram-se as duas forças hegemônicas do pós-guerra: os Estados Unidos da América, campeões do capitalismo, e a URSS, campeã do socialismo. A Guerra Fria foi o resultado óbvio dessas tensões e disputas. Entretanto, ao mesmo tempo em que socialismo e capitalismo disputavam o predomínio na produção e nos mercados, a revolução tecnológica avançava como conseqüência, até mesmo, da concorrência entre esses dois países. A corrida espacial foi um dos aspectos dessa concorrência. Ao lado da política e da economia, passou a existir o desejo do bem-estar e do conforto – mostrar onde se vivia melhor era fundamental. Esse desejo fez com que rapidamente se transferissem para o cotidiano dos homens os resultados práticos das inovações de guerra. Mais conforto, novas comodidades, alterações nos comportamentos sinalizaram um novo tempo, um novo século. Cai o império soviético. Hoje, no mundo globalizado, o conhecimento humano não tem fronteiras nem limites: DNA, genoma, clonagem, novas tecnologias para comunicação evidenciam o progresso no século XXI.

No contexto do pós-2a. Guerra Mundial, constata-se, entre outros aspectos, que:

( ) a tecnologia incorporou-se à vida dos homens, tornando quase impossível imaginar-se que alguém sobreviva sem um telefone e uma televisão. Essa ânsia por novidades levou às disputas nucleares entre EUA e URSS que culminaram com o desastre de Chernobyl; ( ) a disputa, mostrada na TV, entre duas empresas que buscam conquistar usuários da telefonia ilustra o quanto esse setor evoluiu. O mesmo progresso que permitiu, nos últimos 50 anos, a indiscutível evolução dos meios de comunicação, também possibilitou a eliminação da pobreza, reduziu as doenças e transformou as cidades em áreas despoluídas; ( ) inovações tecnológicas levaram o homem à Lua e melhoraram as condições de vida no planeta. No entanto, a falta de controle sobre as pesquisas científicas realizadas na antiga URSS conduziu a certos exageros, como o desastroso desenvolvimento da engenharia genética; ( ) a ditadura da técnica e da objetividade implantou-se no mundo pós-2ª Guerra. De um lado, para fazer com que o holocausto fosse esquecido e, de outro, para viabilizar a constituição de formas universais de controle político e econômico que não deram certo porque a URSS foi derrotada pelo capitalismo; ( )a Guerra Fria representou para o século XX mais do que a mera disputa entre dois modos diferentes de vida; indicou, também, o momento em que as inovações tecnológicas e as transformações nas ciências passaram a se integrar no cotidiano dos homens. Tal integração trouxe novidades que revolucionaram o mundo como, por exemplo, as observadas nos campos da comunicação e da informática.