Trabalho de Artes :Análise da Obra Guerra e Paz- Cândido Portinari
Guerra & Paz - Candido Portinari
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Em 1952, a Organização das Nações Unidas encomendou ao
Brasil uma obra de arte para ser doada ao prédio da organização
em Nova York.
Artista prestigiado na época, CANDIDO PORTINARI foi
convidado pelo governo brasileiro para ser o autor dessa obra.
Dentre os três temas sugeridos, Portinari escolheu
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
Portinari iniciou os trabalhos em 1952 e passou 4 anos fazendo
cerca de 180 estudos (esboços, desenhos, pinturas) para os murais.
A pintura dos painéis - de 14 metros de comprimento e que pesam
mais de uma tonelada cada - levou 9 meses para ser realizada.
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
Em 1956, Guerra & Paz ficou pronta.
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
“Quando os painéis foram finalizados, houve um grande
clamor popular para que eles não fossem embora para os
EUA sem antes dar uma chance ao público brasileiro de
vê-los”.
(João Candido Portinari, filho do pintor)
Assim, em fevereiro de 1956, os painéis foram expostos no Theatro
Municipal do Rio de Janeiro.
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
Essa foi a única vez que Portinari viu sua obra montada, já que não
pôde comparecer à inauguração oficial dos murais na sede da
ONU, em 1957, devido a sua ligação com o Partido Comunista.
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
No painel GUERRA, Portinari retrata principalmente as
consequências geradas pela guerra: a dor, a tristeza, a opressão.
Não há metralhadoras ou tanques. Uma imagem se repete ao longo da pintura: a mãe com o filho morto ao colo.
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
“O sofrimento humano é representado pelo
sofrimento máximo da humanidade que é o da
mãe que perde o filho.” (João Candido)
No painel PAZ, Portinari relembra sua infância em uma fazenda do interior de São Paulo.
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
Crianças brincando, a colheita no campo, animais livres são as imagens retratadas na obra.
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
“É uma mensagem de amor e
esperança.” (João Candido)
Entre 1957 até 2010, os painéis ficaram expostos na entrada da Assembléia Geral das Nações, lugar de acesso restrito ao público.
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
“Você tem um grande grito brasileiro pela paz mundial, contra
a violência, contra a injustiça social e está num espaço que o
público não tem acesso, não pode ver”. (João Candido)
Em 2007, João Candido
Portinari, filho do pintor,
soube que o prédio da
ONU em Nova York iria
entrar em reforma. As
obras de arte teriam
que ser retiradas. Surgiu
a ideia , então, de
trazer Guerra & Paz
para ser exposta no
Brasil. A ONU exigiu que
os painéis fossem
também restaurados.
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
Antes da restauração, Guerra & Paz voltou a ter contato com o público brasileiro, em dezembro de 2010. O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, 54 anos depois, recebeu novamente os painéis.
Em 12 dias, mais de 40 mil pessoas foram conferir o que Portinari considerava a grande obra de sua vida.
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
Os painéis sofreram as consequências normais do longo tempo
em que ficaram expostos na ONU. A poeira impregnou-se na tinta
e a luz solar desbotou a pintura. Assim, para resgatar o seu
aspecto original, a obra foi submetida a um meticuloso processo
de limpeza e de recuperação das cores.
Fotos e reproduções: Projeto Portinari
“Nós devemos auxiliar a
obra de arte a atravessar
o tempo, a história, com
todas as suas
características físicas e
estéticas” (Claudio
Teixeira, restaurador)