Guia Aditivos

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    cidos OrgnicosAminocidosEnzimasMicromineraisVitaminas

    Guiade

    Aditivos

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    Av. Paulista, 1313 - 8 andar - sala 814Edifcio FIESP - CEP 01311-200 - So Paulo - SP - BrasilFone/Fax +55 (11) 3541 [email protected] - www.alimentacaoanimal.org.br

    DIRETORIA DE ADITIVOS NUTRICIONAISdo SINDICATO NACIONAL DA INDSTRIADE ALIMENTAO ANIMAL

    Mario Srgio Cutait

    Daniel Bercovici

    Flavia Ferreira de Castro

    Antonio Chagas Lima, DSMAriovaldo Zanni, BASFCeclio Toshiro Setani, SUMITOMODieter Suida, NOVUSEduardo Nogueira, AJINOMOTOKarin Oliveira, BASFLeandro Hackenhaar, DEGUSSAMarcio Ceccantini, ADISSEOMarco Aurlio Costa, ZINPROPieter Kommerij, ADMRodrigo Camargo Balieiro, PRODUQUMICARoger Solito, NOVUS

    Iniciativa

    Presidente

    Diretor Setorial

    de Aditivos Nutricionais

    Coordenadora Tcnica

    e de Qualidade

    Colaboradores

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    PginaExpediente ..................................................................................................... 5

    IntroduoImportncia ................................................................................................... 9Ingredientes-chave ........................................................................................ 9Segurana ..................................................................................................... 10Meio ambiente ............................................................................................... 10Tendncias mundiais na produo animal ...................................................... 10Pontos a serem avaliados na adoo de aditivos ............................................ 10Regulamentao ............................................................................................ 11Boas Prticas de Fabricao .......................................................................... 13Biotecnologia ................................................................................................. 14

    cidos OrgnicosDefinio ....................................................................................................... 17Caractersticas ............................................................................................... 17Funes ........................................................................................................ 18Ingredientes-chave ........................................................................................ 20Melhoria no meio ambiente ............................................................................ 20

    AminocidosDefinio ....................................................................................................... 21Lista de Aminocidos ..................................................................................... 21Importncia dos Aminocidos Industriais ....................................................... 22Ingredientes-chave ........................................................................................ 22Melhoria do Meio Ambiente ............................................................................ 22Reduo de Custos ........................................................................................ 23

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    PginaProduo ....................................................................................................... 24Mtodo de anlise ......................................................................................... 24

    EnzimasDefinio ....................................................................................................... 29Lista de Enzimas ............................................................................................ 29Importncia das Enzimas adicionadas ............................................................ 30Ingredientes-chave ........................................................................................ 31Melhoria do Meio Ambiente ............................................................................ 31Reduo de Custos ........................................................................................ 31Produo ....................................................................................................... 31Mtodo de anlise ......................................................................................... 32

    MicromineraisSistema de produo ..................................................................................... 33Funes Fisiolgicas ..................................................................................... 33Fontes e aplicaes ....................................................................................... 36Metais pesados ............................................................................................. 37

    VitaminasDefinio ....................................................................................................... 39Importncia ................................................................................................... 39Por que suplementar com vitaminas sintticas? ............................................. 40Produo ....................................................................................................... 40Aplicao ...................................................................................................... 40Regulamentao ............................................................................................ 44Segurana na utilizao ................................................................................. 44Consideraes Gerais .................................................................................... 44

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    Importncia

    O mercado brasileiro de microingredientes movimenta anualmente cerca de 400milhes de dlares e est totalmente inserido e integrado cadeia de ingredientes ealimentos para animais cujo faturamento anual de 8,4 bilhes de dlares.

    Uma caracterstica comum aos aditivos que so especialidades qumicas que,uma vez adotadas pelo mercado, tendem a ser consideradas comocommodities. Dentro do mercado globalizado, a indstria brasileira garante aqualidade de seus produtos de acordo com normas pr-estabelecidas pelo Minist-rio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento - MAPA.

    Essas regras permitem o livre comrcio para produzirmos alimentos seguros paraanimais, bem como a produo de protena animal para o mercado interno e exter-no. Somos deficientes na produo de aditivos, mas contamos com forte produonacional de aminocidos, microminerais e enzimas e j participamos do mercadoexportador mundial, com grande potencial de crescimento.

    Ingredientes-chave

    O desenvolvimento e a intensificao da produo animal exigem altas concentra-es de nutrientes, os quais as matrias-primas agrcolas no conseguem suprir.

    As pesquisas nos permitiram o desenvolvimento de tecnologias de produo deaditivos competitivas que oferecem ganhos reais de produtividade e melhoria naqualidade dos alimentos.

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    gerar, quais os custos dirios da sua utilizao e se o aditivo escolhido tem proce-dncia e est devidamente registrado no MAPA.

    As empresas associadas ao SINDIRAES seguem a Regulamentao Brasilei-ra e Internacional, alm das orientaes do Codex Alimentarius da FAO/OMS,do Programa BPF e respeitarem o Cdigo Interno de tica.

    Regulamentao

    O conceito de microingredientes utilizado no setor da produo animalcostumeiramente se aplicava categoria de aditivos nutricionais da legislao in-ternacional (Cfe. Reg. 1831/2003 de 22/09/2003 do Parlamento Europeu).

    Entretanto, a partir de nova regulamentao do MAPA, a Instruo Normativa No.13de 30/11/04, segundo orientaes do Codex Alimentarius, as categorias de aditivospassam a ser:

    Aditivos nutricionaisa. vitaminas, provitaminas, e substncias quimicamente definidas de efeitos simi-

    lares;b. oligoelementos ou compostos de oligoelementos (microminerais);c. aminocidos, seus sais e anlogos;d. uria pecuria e seus derivados.

    Aditivos tecnolgicosa. adsorventes;b. aglomerantes;c. antiaglomerantes;d. antioxidantes;e. antiumectantes;f. conservantes;g. emulsificantes;h. estabilizantes;i. espessantes;

    Segurana

    Os aditivos aqui detalhados (vitaminas, enzimas, minerais, cidos orgnicos eaminocidos) so fundamentais para o crescimento e a manuteno da sade ani-mal, conseqentemente, para a alimentao e sade humana.

    A produo destes aditivos por via qumica ou biolgica deve garantir a ausncia decontaminantes ou agentes patognicos. Estas substncias so perfeitamenterastreveis, desde que sua origem seja conhecida e a responsabilidade tcnica so-bre as mesmas garantida pelo fabricante e/ou importador.

    Meio ambiente

    O uso de aditivos na rao animal diminui a poluio ambiental, pois proporciona omelhor aproveitamento das matrias-primas que a compe. Consequentemente, omelhor ajuste da dieta resulta na reduo da excreo de componentes, como fs-foro e nitrognio, que podem tornar-se contaminantes de solo, gua e ar.

    Tendncias mundiais na produo animal

    Adequada remunerao aos trabalhadores da agricultura; Adequao das instalaes onde ficam os animais; Atualizao dos criadores/produtores; Rastreabilidade dos alimentos; Bem-estar dos animais; Biossegurana.Os aditivos modernos consideram estas tendncias.

    Pontos a serem avaliados na adoo de aditivos

    Ao escolher um aditivo, deve-se avaliar de que forma o produto atua, quando oproduto age, quais os benefcios podem trazer, quais os efeitos negativos podem

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    Boas Prticas de Fabricao

    O Brasil o maior exportador de carnes do mundo graas competitividade, quali-dade e sanidade de seus produtos. O melhor desempenho do setor produtivo edos resultados de exportao deve-se, tambm, aos cuidados da cadeia produtivae do setor de alimentao animal em garantir a rastreabilidade e segurana do pro-duto, condies essenciais para atender o consumidor global e competir no merca-do internacional de carne.

    o que recomendam as Boas Prticas de Fabricao, cuja implementao temcomo objetivo incentivar a indstria a buscar a evoluo da qualidade dos produtosoferecidos ao mercado consumidor, aumentando a confiabilidade e a seguranados alimentos, permitindo a demonstrao pblica do comprometimento das em-presas produtoras, bem como o integral cumprimento de todas as normas legais edaqueles de setores especficos em mercados potenciais para exportao.

    O MAPA publicou em 01 de fevereiro de 2003 a Instruo Normativa No.01 quetrata dos requisitos higinico-sanitrios para a produo de alimentos para animais.Anteriormente a esta, o SINDIRAES publicou o Manual de BPF para Estabeleci-mentos de Produtos para Alimentao Animal em novembro de 2002, apresentadode modo pioneiro e bem recebido nas ltimas 3 reunies do ANIMAL FEEDINGTASK FORCE do Codex Alimentarius - FAO. No mesmo ano foi lanado o Programade Certificao de Boas Prticas de Fabricao SINDIRAES, que inclui certificaode HACCP ou APPCC - ANLISE DE PERIGOS E PONTOS CRTICOS DE CONTRO-LE, alm de Rastreabilidade, com Metodologia para Auditoria e Critrios Especficosnos Segmentos RAES COMERCIAIS, PET FOOD, SUPLEMENTOS MINERAIS,PREMIX E INGREDIENTES.

    j. gelificantes;k. regulador da acidez;l. umectantes

    Aditivos sensoriaisa. corante e pigmentantes;b. aromatizantes;c. palatabilizantes

    Aditivos zootcnicosa. enzimas;b. probiticos;c. prebiticos;d. simbiticos;e. nutracuticos;f. cidos orgnicos;g. promotores de crescimento e/ou eficincia alimentar

    Anticoccidianos

    Esta regulamentao de registro e uso responsvel de aditivos em alimentos paraanimais, compatvel com a legislao internacional e as diretrizes do CodexAlimentarius da FAO/OMS, visa garantir ao setor e s autoridades governamentais,o efetivo controle sobre o uso de aditivos, assegurando ao consumidor a garantiade segurana alimentar de nossos produtos, tanto para o consumidor interno quan-to para exportao.

    O Sindiraes, que membro ativo do Codex Alimentarius da FAO e associado International Feed Industry Federation - IFIF, bem como parceiro da American FeedIndustry Association tem como meta na atual gesto, em trabalho participativo como MAPA, MDIC e MF/DINOM, a reviso da classificao no Sistema Harmonizado -S.H. de todas as mercadorias utilizadas pelo setor, a abertura de novas posies noCaptulo 23 do S.H., permitindo a rastreabilidade dos produtos importados pelosetor, e em especial urgncia, a reduo de alquotas de importao de Matrias-Primas sem Produo Nacional.

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    Os produtos obtidos atravs de fermentao, cujas tecnologias podem ou no em-pregar Organismos Geneticamente Modificados (OGM), como os aminocidos,enzimas e vitaminas no devem ser considerados OGM ou Derivados de OGM, apartir do momento que possuem caractersticas distintas e aferidas como:

    So substncias quimicamente definidas, conhecidas e reconhecidamente se-guras Recognized as Safe

    No so OGM e no contem o microorganismo utilizado na produo Os eventos biotecnolgicos so especficos de cada produto e fabricante sendo

    fiscalizados no local de produo e avaliados quanto sua biossegurana

    As substncias em questo so perfeitamente rastreveis.

    A implantao do Programa BPF tem como metas: A preveno e no a reao Evitar contaminao, seja esta contaminao a presena de substncias ou

    agentes estranhos de origem biolgica, qumica ou fsica que se considere in-desejveis aos produtos, nociva ou no para a sade animal, humana e do am-biente

    Evitar condies de multiplicao de microorganismos ou formao de toxinas Garantir a rastreabilidade um passo frente e um passo atrs Garantir maior controle sobre o processo, evitando erros e perdas em todas as

    etapas da produo, diminuindo custos e evitando no-conformidades Garantir credibilidade e segurana

    E trabalha os seguintes aspectos: MATRIAS PRIMAS EDIFICAES E INSTALAES EQUIPAMENTOS E UTENSLIOS HIGIENIZAO HIGIENE PESSOAL FABRICAO IDENTIFICAO, ARMAZENAMENTO, TRANSPORTE (ingredientes, insumos e

    produto acabado) CONTROLE DE PRAGAS GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE RASTREABILIDADE

    Biotecnologia

    De acordo com a Lei Brasileira 11105 de 24/03/05, Art. 3 Pargrafo 2. no seinclui na categoria de derivado de OGM a substncia pura, quimicamente definida,obtida por meio de processos biolgicos e que no contenha OGM, protenaheterloga ou ADN recombinante.

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    Definio

    Os cidos orgnicos so substncias que contm uma ou mais carboxilas em suamolcula. Em geral, quando o termo cido orgnico utilizado em nutrio animal,refere-se a cidos fracos de cadeia curta, que produzem menor quantidade de prtonspor molcula ao se dissociarem.Os cidos orgnicos apresentam efeitos fisiolgicos relacionados com o sistemaimune, com o esvaziamento gstrico e motilidade intestinal, absoro de minerais egua. So constituintes naturais de diversos alimentos, ocorrem no trato digestivo eprodutos do metabolismo intermedirio dos animais.O uso de cidos orgnicos na dieta animal, diferente do que muitos imaginam, no um novo conceito, eles foram usados por pesquisadores na dcada de 1960,como uma forma de controlar a diarria ps-desmama em leites. Pesquisas futu-ras demonstraram a relao entre reduo no nmero de bactrias hemolticas e areduo do pH estomacal.

    Caractersticas

    Os cidos orgnicos apresentam diferentes formas fsicas, os cidos fumrico, c-trico e srbico esto sob a forma de p, enquanto o HMTBA, frmico, propinico, eactico so lquidos, os trs ltimos, devido a sua caracterstica corrosiva, so dedifcil manuseio, sendo necessrio o uso de materiais especiais de alta resistnciapara o seu manuseio.Uma forma de facilitar o seu manuseio utiliz-los em forma de sais, que esto soba forma de p, facilitando o seu manuseio e a sua incluso na dieta, alm da funocida, eles tambm so fontes de nutrientes tal como o clcio.

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    Podem ser utilizados como conservantes, antifngicos, palatabilizantes,bacteriostticos, catalisadores enzimticos.

    Nome Funo

    cido Frmico Ao bactericida na rao e alta ao na reduo dacapacidade tampo.

    cido Actico Ao antilevedura na rao.

    cido Propinico Ao antifngica na rao.

    cido Lctico Ao bactericida na rao, na preservaoantibacteriana no intestino delgado, na estimulaodas secrees pancreticas, no crescimento das c-lulas intestinais e mediana ao na reduo da capa-cidade tampo.

    cido Butrico Ao na estimulao das secrees pancreticas eno crescimento das clulas intestinais.

    cido Fumrico Ao bacteriosttica na rao e alta ao na reduoda capacidade tampo.

    cido Ctrico Baixa ao bactericida na rao, mediana ao na re-duo da capacidade tampo.

    cido Srbico Excelente ao bactericida e antifngica na rao ena preservao antibacteriana no intestino delgado.

    cido Benzico Ao bactericida, antifngica e antilevedura na raoe na preservao antibacteriana no intestino delgado.

    Acido de HMTB (HMTBA) Ao bactericida, antifngica antilevedura na rao ena preservao antibacteriana no intestino delgado.Alm de ser precursor de L-metionina

    Funes

    Os cidos orgnicos so de grande valia em nutrio animal por sua capacidade emreduzir o pH dos alimentos, favorecendo a sua conservao, exercem uma influn-cia positiva a nvel digestivo e metablico, melhorando os rendimentos produtivosdos animais, alm de serem excelentes fontes de energia.

    Conforme podemos verificar na tabela abaixo, os cidos orgnicos possuem algu-mas diferenas no seu poder de acidificao.

    Nome pKa

    cido Actico 4,75

    cido Ctrico 3,1 / 5,9 / 6,4

    cido Frmico 3,75

    cido Ltico 3,83

    cido Mlico 3,4 / 5,1

    cido Fumrico 3,02 / 4,4

    cido Propinico 4,87

    cido Tartrico 3,0 / 4,4

    HMTBA 3,86

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    Ingredientes-chave

    Os cidos orgnicos, quando adicionados s raes, reduzem o pH da dieta, eassim, o pH do trato gastrintestinal. Dessa forma, eles corrigem os aumentos do pHresultantes da reduo da secreo cida gstrica e dos efeitos ligadores de cidosdos ingredientes alimentares. Atuando dessa forma, os cidos ajudam a criar umambiente intestinal favorvel ao desenvolvimento dos microorganismos probiticosdo intestino e inibem o desenvolvimento de microorganismos patognicos.Os cidos orgnicos estimulam a atividade das enzimas digestivas pela reduo dopH.

    Melhoria no meio ambienteOs cidos orgnicos so produtos presentes na natureza, ajudam na absoro deminerais, diminuindo os excessos na formulao e diminuindo a excreo dos mes-mos, dessa forma, diminuem a contaminao ambiental.

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    Definio Os aminocidos so as unidades bsicas da protena, nutriente fundamental da ali-mentao. Eles so encontrados em todos os alimentos, de origem animal ou vege-tal, que contenham protenas. Alguns exemplos de alimentos ricos em aminocidosso o leite, a carne, o ovo e derivados de soja.

    As protenas so formadas pela seqncia dos aminocidos, como as palavras soconstitudas pelas letras do alfabeto. So vinte os principais aminocidos que for-mam as protenas, sendo que dez deles so essenciais para os animais, e obrigato-riamente devem ser fornecidos atravs do alimento.

    Lista de Aminocidos

    Essenciais No Essenciais

    Arginina, Histidina, Isoleucina, Alanina, cido Asprtico,Leucina, Lisina, Metionina, cido Glutmico, Asparagina,Fenilalanina, Treonina, Cistina, Glicina, Glutamina*,Triptofano, Valina Prolina, Serina, Tirosina

    *condicionalmente essencial

    Os aminocidos contidos nas protenas so utilizados pelo organismo animal apsa digesto, ou seja, aps a ciso da cadeia protica. Os aminocidos so utilizadosem uma grande variedade de funes no organismo, mas existe uma que predomi-na sobre as outras: a sntese protica.

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    Em geral, o uso dos aminocidos industriais disponveis no mercado, permite redu-zir o excesso de protena das dietas em 2 a 5 pontos percentuais e cada pontorepresenta 10% a menos de nitrognio excretado, o que tambm interfere positiva-mente nos nveis de amnia no ar, melhorando o ambiente sanitrio dos animais.De fato, suprir as exigncias em um aminocido limitante somente atravs de ingre-dientes ricos em protena, o alto teor protico da dieta traz um excesso de aminocidose assim gera um excedente de nitrognio que excretado no ambiente. Como autilizao dos aminocidos industriais possibilita-se ajustar o suprimento fino emaminocido limitante, isto reduz o aporte excessivo de protena.

    Reduo de Custos

    A adio dos aminocidos industriais e/ou seus anlogos viabiliza a menor inclusode ingredientes ricos em protena (farelo de soja) e ricos em energia (leos e gordu-ras), substituindo-as por fontes de carboidratos como milho e sorgo. O resultado a reduo dos custos das raes, as quais representam de 60 a 70% dos custos deproduo das aves e sunos.

    Custo Relativo de Dietas Formuladas com Aminocidos Industriais (AA).

    O exerccio do nutricionista-formulador consiste em ajustar o aporte de nutrientess necessidades do animal para o seu desenvolvimento e bem estar com o menorcusto. O uso dos aditivos permite uma nutrio mais precisa, acertando os mni-mos requeridos e tambm evitando o excesso de nutrientes. Quando o contedo dadieta no suficiente para suprir as necessidades do animal em um dos aminocidos,este aminocido chamado de primeiro limitante. Seguindo a mesma lgica, onutricionista determinara o segundo, o terceiro, o quarto,... aminocido limitante.

    Geralmente, em dietas convencionais, metionina, lisina, treonina e triptofano estoentre os quatro primeiros aminocidos limitantes e, por este motivo, sodisponibilizados na forma industrial. Em aves o primeiro aminocido limitante ametionina e em sunos, geralmente, a lisina. Com o uso de aminocidos industri-ais, possvel se fazer um ajuste fino da dieta, melhor atendendo os requerimentosdo animal, evitando o aporte excessivo de aminocidos (protena) e viabilizandoredues de custos.

    Importncia dos Aminocidos Industriais

    Ingredientes-chave

    medida que a produo de protena (leite, ovo e carne) se torna mais eficiente,buscando uma melhor qualidade dos produtos, as exigncias em aminocidos dosanimais se elevam. O melhoramento gentico, associado com a reduo de conver-so alimentar e aumento de produo de carne magra, assim como as melhorias demanejo, resultaram no aumento da densidade nutricional em aminocidos. Em al-guns casos, as necessidades s podem ser atendidas com o uso de aminocidosindustriais. A formulao de dietas prticas para aves um caso clssico, poisutilizando apenas alimentos convencionais, sem a suplementao de fontes demetionina sinttica e/ou de seus anlogos, no possvel atender s necessidadesde metionina destes animais.

    Melhoria do Meio Ambiente

    Os aminocidos contribuem significativamente para melhoria do meio ambiente.

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    Dietas formuladas seguindo recomendaes das Tabelas Brasileiras 2005, a base de milho, farelo desoja, leo de soja, aminocidos e seus anlogos, premix vitamnico e mineral.Frangos fmeas desempenho mdio (22 a 33 dias) - Sunos fmeas desempenho mdio (70 a 100kg)

    110

    100

    90

    80

    70

    60

    100

    75

    10096

    AVES SUNOS

    Sem inclusode aminocidosindustriais

    Com inclusode aminocidosindustriais

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    Produo

    Os aminocidos e anlogos so produzidos industrialmente por trs vias: fermentao sntese qumica extrao por hidrlise protica

    Por vias de fermentao e de extrao se produzem os aminocidos de forma L-isomero, enquanto por sntese qumica se produzem os aminocidos D,L-ismerose seus anlogos. Os aminocidos industriais se encontram na forma livre. Nos ltimos cinqenta anos, vrios aminocidos foram disponibilizados pela industriapara a alimentao animal como a D,L metionina e anlogo (HMTBA), a L-lisina, a L-treonina e o L-triptofano.

    Como a sntese protica exige aminocidos na forma L-ismero, as formas D-ismeroe anloga necessitam ser convertidas pelo organismo.

    Mtodo de anlise Os aminocidos livres so analisados por Cromatografia lquida. Esta tcnica per-mite separar os aminocidos por cromatografia de troca inica e quantific-los porfotocolorimetria aps colorao de Ninidrina. Para a dosagem de aminocidos con-tidos nas matrias-primas necessrio aplicar tratamento prvio de hidrolise cida,para liber-los da cadeia protica.

    Por metodologia NIRS se pode estimar o contedo das matrias-primas emaminocidos aps calibrao usando como referncia os resultados da cromatografialquida.

    Funes e aplicaes dos aminocidos (ver tabela nas pginas 26 e 27)

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    Produo Aminocidos e Anlogos Frmula Qumica

    Fermentao L-Lisina NH3 (CH2)4 CHNH3COOH

    L-Treonina CH30H (CH)2 NH3COOH

    L-Triptofano C11 H12 N2 O2

    L-Glutamina H2N CO (CH2)2 CHNH3COOH

    * No representam nveis de incluso mnimos e mximos

    Sntese Qumica DL-Metionina CH3 S CH2 CH2 CH (NH2) COOH

    Hidroxi Anlogo de Metionina CH3 S (CH2)2 CHOHCOOHHMTBA

    HMBI CH3S-(CH2)2-CH(OH)-COO-CH-(CH3)2

    Funes Biolgicas Espcie Animal Nveis de Incluso Medios(kg/ton)*

    Elemento estrutural das protenas, Aves 0,20 - 4,00nucleotdeos e componente das enzimas. Sunos 0,50 - 6,00Importncia na formao dos colgenos Ruminantes 1,00 - 5,00e tecidos sseos

    Importante elemento estrutural da protena Aves 0.10 - 1,00com funes de estabilizao destas Sunos 0,50 - 2,00estruturas Ruminantes 0,50 - 3,00

    Elemento estrututal da protena, Aves 0,10 - 0,50precursor da serotonina que atua Sunos 0,10 - 1,00diretamente no apetite animal Ruminantes 0,10 - 1,00

    Precursor na sntese de aminocidos, Aves 0,50 - 10,0nucleotdeos, cidos nuclicos, fonte Sunos 0,50 - 10,0energtica de clulas de proliferaorpida e com funo na manutenoda integridade da mucosa intestinal

    Elemento estrutural das protenas, enzimas Aves 0,90 - 3,50e precursor da cistena e dos peptdeos Sunos 0,18 - 1,80glutation como iniciador da biosntese Ruminantes 5,00-20,00g/cab/diaprotica como doador do grupo metil

    a. Precursor da metionina, elemento Aves 1,00 - 4,00estrutural das protenas, enzimas Sunos 0,20 - 2,00precursor da cistena e dos peptdeos Ruminantes 5,00 - 20,00g/cab/diaglutation como iniciador da biosnteseprotica como doador do grupo metilb. Funo acidificante comao antibacteriana e antifngica.

    Precursor na sntese de aminocidos, Ruminantes 1g a 40g/cab/dianucleotdeos, cidos nuclicos, fonteenergtica de clulas de proliferao rpida,com alto valor by-pass no rmem.

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    Definio

    Enzimas so protenas de alta complexidade molecular, que sob condies espec-ficas de umidade, temperatura e pH atuam sobre os substratos tambm especfi-cos.As enzimas esto presentes em todas as reaes biolgicas, agindo como umcatalisador, isto , possibilitando a reao e acelerando-a, a tal ponto que algumasreaes ocorrem a 10

    6 (10.000.000 vezes) mais rapidamente.

    Alm disto, ao completar o ciclo da reao, a molcula de enzima no perde aatividade, voltando a atuar sobre uma nova reao da mesma forma. Por esta razo,as quantidades de enzimas requeridas so muito pequenas para incorporao a umsubstrato.

    Lista de Enzimas

    Existe um enorme nmero de enzimas divididas em classes (Oxidoreductases,Transferases, Hidrolases, Lyases, Isomerases, Ligases). Para a nutrio animal uti-liza-se exclusivamente as Hidrolases, e estas por sua vez esto divididas segundotabela na prxima pgina:

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    Classe Nome (Exemplos) Funo

    Phosphatases Fitases Responsveis pela liberao do fsforodo cido ftico dos vegetais, melhorandoa absoro deste e diminuindo a necessi-dade de adio do fosfato rao

    Glycosidades Xylanases, Melhoram a viscosidade da rao,(Carbohydrases) Beta-glucanases, alm de tornarem digerveis partes

    Mananases, dos vegetais que antes eramCelulases, indigerveis, melhorando, deste modo,Alfa-galactosidases, a digestibilidade da rao.Amilases

    Proteases Metaloprotease Permitem um melhor aproveitamento dealguns tipos de protenas, melhorandoa absoro dos aminocidos,aumentando a digestibilidade geraldo alimento.

    As enzimas utilizadas podem ser enzimas j produzidas naturalmente, comoproteases, a fim de suprirem determinadas deficincias, ou melhorarem adigestibilidade de determinados ingredientes; podemos utilizar de enzimas no pro-duzidas pelos animais, como as xylanases, que permitem a digesto de certossubstratos dos ingredientes das rao anteriormente no digeridos, e melhoram adigesto geral dos alimentos, permitindo a maior utilizao de ingredientes menosnobres.

    Importncia das Enzimas adicionadas

    Elas esto presentes na produo de raes, detergentes, cosmticos, alimentoshumanos, papel, e vrios outros processos.

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    Na rea de alimento para animais, as enzimas comearam a ser mais utilizadas nosltimos 15 anos quando se desenvolveram as tecnologias de produo por fermen-tao, que tornaram seus custos compatveis com os benefcios que aportam aproduo animal.

    Ingredientes-chaveO uso de enzimas possibilita hoje um melhor aproveitamento dos ingredientes deuma rao, melhorando em 2 a 3% a converso alimentar desta rao em carne,seja de frango ou de sunos, so capazes de degradar substncias antinutritivas,suplementar enzimas endgenas.Apesar das enzimas comerciais estarem presentes no mercado h vrios anos,apenas nos ltimos anos, se passou a avaliar melhor suas potencialidades, tornan-do-se de largo uso.

    Melhoria do Meio AmbienteO uso de fitases e carbohidrolases permite uma reduo da excreo de P (fsforo)e N (nitrognio) respectivamente, da ordem de 30% e 5%. Isto faz com que emregies mais densamente povoadas por animais, o uso de enzimas seja uma ne-cessidade do ponto de vista ecolgico, a fim de se evitar problemas de eutrofizaodas guas, ou de sua contaminao por nitratos.

    Reduo de CustosO uso de enzimas representa hoje uma economia da ordem de 1 a 2% dos custos darao, sendo um fator de vantagem competitiva para os que j a utilizam.

    Produo

    As enzimas podem ser produzidas atravs de: Processos de Isolamento de material vegetal ou de origem animal; Processos de fermentao com base em fungos ou bactrias;

    Os sistemas de produo por fermentao tm sido muito mais desenvolvidos, umavez que conseguem produtos mais uniformes, estveis, e a um custo mais atraente.

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    Mtodo de anlise Diferentemente das anlises de outros compostos, que podem ser medidos atravsda anlise de suas concentraes qumicas nos produtos, as enzimas devem seranalisadas do ponto de vista de suas atividades catalisadoras.Especialmente as carbohidrolases podem ser analisadas pela capacidade de muda-rem a viscosidade de um determinado substrato em determinado tempo. J as fitasesapesar de serem analisadas atravs de suas atividades de liberao do fsforo ftico,tambm apresentam diferenas em funo das condies de anlises (pH e tempe-ratura) de cada produtor do mercado.Deste modo, e em funo da enorme variedade de enzimas disponveis, cada pro-dutor tem a partir destes sistemas, desenvolvido seus prprios mtodos de anli-ses, para verificarem as atividades das enzimas com que trabalham.

    Sistema de produo

    Os sistemas de produo de microminerais variam em relao aos tipos de sais:inorgnicos, orgnicos; e tambm com a origem das matrias-primas: metlica oumineral.

    Na sua grande maioria a produo dos microminerais direcionada para os produ-tos inorgnicos: sulfatos, xidos e carbonatos.

    A produo dos microminerais na forma orgnica uma ligao de uma molculainorgnica com uma orgnica (aminocidos, peptdeos, leveduras, protenas etc).A frao orgnica pode ser obtida por: hidrlise parcial ou total de uma protenautilizando-se cidos, enzimas ou sntese de aminocidos.

    As etapas que compe os processos so: moagem, reduo, acidulao,centrifugao, evaporao, oxidao, quelatizao, filtragem, secagem entre ou-tras. Para cada tipo de mineral produzido h um sistema de produo especfico,cada qual com sua peculiaridade.

    Funes Fisiolgicas

    Zinco (Zn)Importante papel no funcionamento normal do organismo, sendo um constituinteespecifico da anidrase carbnica, enzima que atua no equilbrio cido-bsico. Atuatambm como catalisador de vrias enzimas, estando envolvido com a snteseprotica e o metabolismo dos carboidratos e da vitamina A, mantendo as concen-traes normais desta vitamina no sangue, mobilizando-a do fgado. Sendo um

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    constituinte da anidrase carbnica, o zinco importante na calcificao dos ossose na formao da casca do ovo. um dos constituintes da insulina que favorece asua ao hipoglicmica. Participa da pigmentao dos tecidos, associado a melanina.Atua na manuteno da integridade das gnadas masculinas, plo, ossos e olhos.

    Mangans (Mn)O mangans essencial para o desenvolvimento da matriz orgnica do osso, ativador de uma serie de enzimas incluindo a arginase, tiaminase, enolase,carnosinase glicil-leucina-dipeptidase, prolinase intestinal e necessrio para afosforilao oxidativa na mitocndria, sntese de cidos graxos, etc.

    Cobre (Cu)Papel essencial na hematopoiese, toma parte na composio de diversas enzimascom funes oxidativas no organismo. Favorece a absoro intestinal do ferro, apigmentao dos pelos e da l, participa na mineralizao dos ossos, formao emanuteno da integridade do sistema nervoso central bem como na manutenoda integridade do miocrdio, podendo a sua deficincia provocar fibrose do mscu-lo cardaco em bovinos e, em as, o aneurisma da aorta.

    Ferro (Fe)Sendo indispensvel para a constituio da hemoglobina, o ferro representa papelfundamental na hematopoiese, necessitando do concurso do cobre e do cobalto. Oferro um elemento de primeira importncia, pelo fato de entrar processos oxidativos,tais como o transporte de oxignio via hemoglobina, a utilizao do oxignio nosmsculos atravs da mioglobina, e a respirao celular, onde par ticipam oscitocromos, a catalase e a peroxidase.

    Cobalto (Co)O papel fisiolgico do cobalto tem sido deduzido das conseqncias de sua carn-cia. Com diminuio da fecundidade e a parada do crescimento. Nos ruminantes oestado de carncia est relacionado com a impossibilidade da sntese da vitaminaB12 pelos microorganismos do rmen. Tambm em outras espcies a carncia decobalto leva a uma falha na sntese das cobalaminas no intestino. Este aspecto danecessidade em cobalto, sntese da vitamina B12, j bem conhecido sem, no en-

    tanto, englobar todo papel fisiolgico do elemento que parece ter uma atividadetissular prpria.

    Iodo (I)As funes do iodo no organismo animal so aquelas desempenhadas pelo hormnioda tireide (tiroxina), visto que o iodo um componente essencial deste hormnio.A tiroxina essencial para o crescimento, o desenvolvimento e a maturao fsico-mental, provocando a deficincia deste hormnio na fase de crescimento, ocorre ocretinismo em seres humanos. A funo principal da tiroxina controlar a intensi-dade do metabolismo, determinando o nvel do metabolismo basal. A tiroxina aindaapresenta outras funes, como estimular o desenvolvimento e a maturao doesqueleto por atuar na hipfise, estimulando a secreo do hormnio do cresci-mento e tambm potencializando a ao deste hormnio, a tiroxina influencia aindao funcionamento neuromuscular.

    Selnio (Se)O selnio um dos exemplos mais marcantes dos microelementos minerais cujaessencialidade indiscutvel, porm seus limites entre os nveis essenciais e aque-les txicos so bastante estreitos. De modo geral, sua carncia resulta em retarda-mento do crescimento, estados patolgicos e morte, entretanto que sua carnciase traduz por perda de apetite, atrofia do corao e morte. O selnio apresentainterao com a vitamina E e com os aminocidos sulfurados. Em muitos casos avitamina E reduz a necessidade do selnio, ocorrendo o mesmo ao oposto. Entre-tanto, embora apresentem esta interao, ambos tm funes metablicas especi-ficas, afora o papel antioxidante.

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    Fontes e aplicaes

    As fontes de microminerais mais utilizadas no mercado nacional so:

    Inorgnicas xido e sulfato de zinco; xido e sulfato de mangans; xido, carbonato e sulfato de cobre; Sulfato e carbonato de cobalto; Sulfato de ferro; Iodato de clcio; Iodato de potssio; Selenito de sdio.

    Orgnicas Complexo metal aminocido Quelato metal aminocido Metal proteinado Complexo Metal Polissacardio

    Os microminerais disponveis na forma orgnicos so o Zn, Mn, Cu, Fe, Co, Cr e oSe.

    So destinados a todas as espcies animais, devendo-se sempre consultar um pro-fissional especializado para melhor orientao.

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    Metais pesados

    O termo metais pesados se generalizou de forma equivocada. Por definio, metalpesado todo elemento com densidade maior que 6g/cm3 como, por exemplo,ferro, cobre, zinco entre outros. Significando que sua densidade no determina se oelemento txico ou no.

    Alguns elementos que h pouco tempo eram considerados txicos, so atualmenteutilizados em escala industrial na alimentao animal por conta de estudos cientfi-cos que comprovaram seus benefcios.

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    Definio

    Vitaminas so substncias orgnicas naturais indispensveis para as funes vitaisem humanos e animais.

    Eles so essenciais para o crescimento, sade e desempenho e podem serdisponibilizadas na dieta uma vez que os animais no so capazes de sintetiz-lasem quantidades suficientes.

    As vitaminas esto disponveis em 2 grandes grupos:

    LIPOSSOLVEIS HIDROSSOLVEIS

    A, D, E, K3 Complexo B,Vitamina C e outras

    Importncia

    A falta de vitaminas pode acarretar Retardo no crescimento Comprometimento da fertilidade Baixa resistncia imunolgica

    Por outro lado, a adio de vitaminas em nveis alm das exigncias nutricionaismnimas pode trazer benefcios potenciais assegurando a sade animal sob condi-es prticas de produo.

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    Por que suplementar com vitaminas sintticas?

    O suprimento de protena animal para suprir a sociedade moderna depende de mo-delos de produo que aliam gentica, nutrio, sade e economia. As exignciasde produtividade, evoluo gentica e a variabilidade do contedo de vitaminas nosingredientes exigem aportes extras de vitaminas na dieta.

    Produo

    A vitaminas usadas nas dietas animais so produzidas industrialmente por proces-sos qumicos ou fermentao microbiolgica, dependendo de cada tipo.

    Elas so idnticas s vitaminas ocorridas na natureza e exercem a mesma funo epossuem os mesmos efeitos benficos.

    Uma vez que algumas vitaminas so suscetveis a vrios fatores aos quais so ex-postas durante a produo como umidade, temperatura, luz, elas podem ser produ-zidas estabilizadas ou protegidas garantindo a sua atividade biolgica.

    Aplicao

    Os requerimentos de vitaminas variam de espcie para espcie, dependendo daidade e da fase de produo, garantindo as necessidades dirias.

    Importncia e funes das vitaminas (ver tabela nas pginas 42 e 43)

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    Importncia e funes das vitaminas

    Vitaminas Funes Biolgicas

    Vitamina A Formao e proteo da pele e membranas mucosas, regulaoRetinol de crescimento, fortalecimento do sistema imunolgico

    Beta-caroteno Regulao da funo produtiva, ao oxidanteProvitamina A

    Vitamina D3 Essencial no metabolismo de clcio e fsforoColecalciferol

    Vitamina E Regulao do metabolismo muscular, funo e desenvolvimentoTocoferol regulado das gnadas, ao anti-oxidante, aumento da imunidade,

    melhor cicatrizao de ferimentos

    Vitamina K3 Importante na coagulao do sangueMenadiona

    Vitamina B1 Metabolismo de carboidratos reguladores, importante para funoTiamina normal do tecido nervoso e msculo cardaco

    Vitamina B2 Co-enzima do metabolismo de protena e gorduraRiboflavina

    Vitamina PP ou B3 cido nicotnico e nicotinamida so envolvidos em numerosascido Nicotnico reaes metablicas. So essenciais para o funcionamento

    da pele e sistema digestivo.

    Vitamina B4 Colina um componente da lecitina, consequentemente,Colina essencial para o metabolismo de gordura

    Vitamina B5 Envolvida no metabolismo de protena, carboidrato e gorduracido Pantotnico

    Vitamina B6 Funo central no metabolismo de protenas, gorduras e carboidratosPiridoxina

    Vitamina B9 Ativo no metabolismo de protena e cido nuclico (DNA),cido Flico Envolvido na formao de clulas vermelhas

    Vitamina B12 Essencial para a formao normal do sangue, crescimentoCianocobalamina e metabolismo de protena

    Vitamina C Melhor resistncia do corpo a stress e infeces, antioxidantecido Ascrbico

    Vitamina H Envolvido em sries inteiras de funes metablicasBiotina

    Sintomas de deficincia

    Alteraes patolgicas da pele e membranas mucosas, prejuzos fertilidade e ao crescimento

    Prejuzos fertilidade

    Distrbios no metabolismo de clcio e fsforo, amolecimento e deformao de ossos,raquitismo, afinamento de cascas dos ovos

    Esterilidade, tendncia ao aborto, atrofia muscular

    Aumento da coagulao do sangue em hemorragias por rompimento de veias,diminuindo injrias

    Queda do crescimento, desenvolvimento pobre e disordens nervosas, perda de apetite

    Crescimento retardado, baixa converso alimentar e diarria

    Alteraes de pele e desordens do sistema gastro-intestinal, crescimento retardado,distrbio no crescimento de penas, reduzida eclodibilidade de ovos,

    Distrbios no metabolismo de gordura com fgado gorduroso, m-formaode articulaes e ossos com crescimento retardado

    Alteraes na pele, pelos, membranas e mucosas, distrbios gastro-intestinais

    Crescimento retardado, desenvolvimento reduzido, Inflamao de pele, quedana produo de ovos e eclodibilidade reduzida

    Pigmentao anormal do sangue, crescimento retardado,Baixa eclodibilidade de ovos, alta mortalidade fetal

    Pobre ganho de peso, crescimento retardado, baixa converso alimentar, anemia

    Incremento na suscetibilidade de infeces, hemorragia espontnea de mucosas emembranas, enfraquecimento da casca do ovo, reduo na absoro de ferro

    Crescimento retardado, inflamao de pele, rachadura de patas e solas,distrbio no crescimento de pelos

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    Regulamentao

    O Brasil possui uma regulamentao especifica para registro e comercializao devitaminas e demais aditivos, o Decreto 76986, cuja atualizao est sendo elabora-da, devendo entrar em consulta publica ainda no ano de 2005 e pelas InstruesNormativas e Portarias Complementares.

    H 2 grandes organismos Internacionais que regulamentam o uso de aditivos: oFDA para o EUA e o Conselho Diretivo da Comunidade Europia. Todas as vitaminasacima listadas esto aprovadas por estes dois organismos.

    Segurana na utilizao

    As vitaminas tm mostrado sua eficincia como suplementos alimentares h dca-das. O seu uso continuado garante o funcionamento normal do metabolismo ani-mal.

    Em geral vitaminas so consideradas substncias de alto grau de seguridade tantoem sua produo como aplicao. Apenas as vitaminas A e D3 em doses extrema-mente altas e muito acima do recomendado podem ter efeitos no desejados.

    Consideraes Gerais

    Recomendao de utilizar apenas produtos de origem controlada e idnea, que aten-dam legislao de segurana e qualidade, e que possibilitem rastreabilidade dosprodutos para alimentao animal.

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    Claudio Souza Produo Grfica Ltda.

    Grfica So Jos(17) 3232 9800 - S. J. Rio Preto - SP

    10.000 exemplares, julho, 2005Todos os direitos reservados.

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