Guia Bixo da Estatística da UFSCar

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GUIA DO BIXO ESTATÍSTICA

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Ano de 2012

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GUIADO

BIXO

ESTATÍSTICA

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BEM VINDOS BIXOS EBIXETES

Gostaria de parabenizara bixara-da, em nome do Centro Acadêmico da Estatística (CAEst), por ter entrado na melhor das Federais. Assim como todo o departamento, recebemos vocês de braços abertos, pois sabe-mos que chegar até aqui não foi fácil e continuar no curso também não será, mas com certeza essa parte é bem mais prazerosa e rec-ompensa todo esforço que tiveram.

Aproveitem ao máximo esses anos que passarão voando e dos quais vocês, com certeza, sentirão falta!

“VEM CURTIR A FEDERAL, A MELHOR DO MEU BRASIL!!!”

Nicholas (Cholas 010)Presidente do Centro Acadêmico

OLÁ PESSOAL

Sejam todos bem vindos ao De-partamento de Estatística da UFSCar!

O Departamento de Estatística conta hoje com o curso de Bachare-lado em Estatística que completa 36 anos aqui na UFSCar. Conta também com um curso de pós-graduação: mestrado e doutorado em Estatísti-ca. Os docentes atuam em diversas áreas da estatística e são altamente qualificados. Para este semestre con-tamos com mais um docente que foi contratado.

Recentemente o curso passou por uma mudança na grade curricu-lar. A nova visão do profissional que queremos formar fez com que nos-sos formandos se destacassem no mercado de trabalho. E vocês agora farão parte da comunidade de es-tatísticos formados aqui na UFSCar.

No período que passaremos jun-tos esperamos que a convivência seja agradável e proveitosa! Que exista interação entre alunos, pro-fessores e funcionários. Queremos participar desta nova fase na vida vocês!

Teresa CristinaChefe do Departamento

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HOJE É DIA DE ALEGRIA, QUE CERTAMENTE FICARÁ MARCADO NA MEMÓRIA DE VOCÊS

É o primeiro dia de uma nova fase de suas vidas.É um momento novo, cheio de desafios, mas que no final trará muitas rec-

ompensas: novas amizades, novos horizontes, experiências mil que enriquecerão suas vidas e que se transformarão em lembranças que jamais esquecerão.

Com certeza o Curso de Estatística foi uma ótima escolha. O Estatístico é hoje um profissional muito bem conceituado e requisitado no mercado de trabalho.

Segundo reportagem recente do “The Wall Street Journal” o Estatístico está entre as três melhores profissões atuais nos EUA. No Brasil, a situação não é diferente. Segundo o CONRE (Conselho Regional de Estatística) há falta de Es-tatísticos no mercado, tanto que apenas metades das vagas postadas por aquele conselho foram preenchidas.

O Estatístico formado pela UFSCar goza de muito prestígio. Nossos forman-dos estão bem empregados e conseguem se firmar com destaque neste competitivo mercado de trabalho.

A Coordenação do Curso está sempre aberta para ouvir e apoiar os alu-nos e também para intermediar o diálogo destes com os Professores. Numa constante preocupação com a atualização do curso, estamos agora ratifi-cando a implantação do novo projeto pedagógico iniciado em 2006.

O reconhecimento do curso não é só feito pelo mercado de trabalho. Hoje contamos com um grupo PET – Programa Especial de Treinamento, com apoio da CAPES. Além do Departamento de Estatística ser responsável por uma Pós-Graduação com Mestrado e Doutorado.

Enfim, sejam bem-vindos ao curso de Estatística da UFSCar.

José Carlos FogoCoordenador do Bacharelado em Estatística

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Parabéns bixos e bixetes! Entrar na Fedral não é nada fácil. E não só entraram numa ótima universidade, como também num dos melhores cursos de estatística do país. Mas se preparem: a trajetória até o diploma é um teste de esforço e superação pessoal. Problemas e dificuldades em disciplinas, sau-dades de casa, sentir-se confuso... Faz parte. Lógico que também vão descontraír muito, seja em festas, barzinhos, churrascos, ou mesmo juntando a galera para cozinhar na casa de alguém.

Logo no início, eu tive contato com muitas pessoas diferentes. Todos sempre simpáticos, os veteranos me receberam muito bem e estavam sempre dispostos a ajudar com o que fosse preciso. No pedá-gio e na semana da calourada já me sen-

tia parte do pessoal da estatística. Ao longo do semestre, as amizades começaram a aparecer, e tenho certeza de que muitas dessas pessoas serão meus amigos para a vida toda.

Muitos estão vindo de fora, certo? São Carlos, ou Sanca para a maioria, tem parte de sua estrutura voltada a atender as ne-cessidades dos estudantes. Aproveitem a cidade, a UFSCar, os anos de graduação! Se dediquem, curtam as festas, conheçam pessoas novas, vão à TUSCA, TUFSCar e façam tudo o que suas liberdades deix-arem, mas também aprendam o máximo que conseguirem. Será uma das melhores épocas de suas vidas. Boa sorte!

Natália (Nat 011)

Sejam bem vindos a melhor fase da vida de vocês, a vida universitária! Não sei o que levou cada um de vocês a escolher Estatís-tica, mas tudo bem, até hoje eu tenho dúvi-das sobre o que ME levou a escolher o curso.

Por falar em dúvida, essa vai ser uma palavra muito constante nos anos que estão por vir: dúvidas de cálculo, proba-bilidade e inferência, dúvidas de por que vocês escolheram um curso que aparentemente não serve para nada, mas, podem acreditar, lá pelo 3º ano ele vai servir pra MUITA coisa!

A vontade de desistir provavelmente vai cutucar vocês em algum momento, mas, re-spirem fundo, porque eu posso dizer: Vale à pena!

Sejam pró-ativos! Vocês não estão mais no colegial e, agora, têm que ir atrás do conhecimento: vão sempre ao departa-mento, perguntem, olhem os murais! Sejam simpáticos com os veteranos, eles sabem ex-atamente pelo que vocês estão passando e vão poder ajudar e, se vocês forem antipáti-

cos, podem acreditar, será pior pra vocês! Aproveitem a semana da calourada, é a melhor hora de conhecer a sua turma e seus veteranos. Vão a todas as festas, cantem o hino, odeiem o CAASO, incorporem o espírito de estar na Federal. Vocês estão em um curso difícil sim, mas isso não é motivo para perder a parte mais gostosa de estar ai, en-tão, saibam conciliar.

Hoje, formada, eu vejo o quanto aprendi com a vida “São Carlense”, com os profes-sores e com os amigos. Cada momento te ensina alguma coisa e, talvez, vocês só vão perceber que aprenderam depois de muito tempo.

Aproveitem cada minuto, porque parece clichê, mas passa muito rápido e quando vocês pararem pra pensar já estarão jogan-do o capelo pra cima na colação de grau!

Boa sorte a todos!Da veterana 08 que talvez vocês nunca

vejam.

Hayala (Pretinha 08)

NOVA FASE DE SUAS VIDAS!

BIXOS E BIXETES,

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Localizada no centro geográfico do Estado de São Paulo, a cidade de São Carlos possui características especiais que a tornam um lo-cal de destaque sob vários aspectos. O clima ameno, com temperatura média anual de 19,6 ºC, somado às altitudes médias entre 800 e 1.000 metros, faz de São Carlos um local muito agradável, com inúmeras cachoeiras, curiosas formações geológicas e belíssimas paisagens.

Quem escolheu morar em São Carlos pode ter certeza que fez uma boa escolha! A cidade se destaca em várias áreas e é uma das principais cidades do Estado de São Paulo.

Localizada a cerca de 240 km da capital, recebe o título de Capital da Tecnologia devido seu vigor acadêmico, tecnológico e industrial.

Além disso, São Carlos apresenta grande concentração de cientistas e pesquisadores: um pesquisador doutor (PhD) para cada 180 habit-antes. Para se fazer uma comparação, no Bra-sil a relação é de um doutor para cada 5.423 habitantes.

Graças aos centros de pesquisas, São Car-los também ostenta outra importante marca: a média anual de registros de 14,5 patentes por 100 mil habitantes. No país essa relação é de 3,2 patentes por 100 mil habitantes.

Segue um roteiro completo para aqueles que adotarão São Carlos como sua nova ci-dade:

AlimentaçãoPara se alimentar, os estudantes podem

optar pelos restaurantes por quilo (que estão sempre perto do campus), pelo RU (instalado dentro da Universidade), pelas marmitex e até mesmo preparar seu próprio rango.

O custo de alimentação mensal fica en-tre R$ 120,00 e R$200,00, variando muito de acordo com o local onde o estudante faz suas refeições.

TransportePelo fato de os estudantes morarem fora

dos bairros onde ficam os Campi, existe um custo com transporte, ou seja, os ônibus. Muitos

possuem carro, mas para aqueles que irão de-pender de transporte público para se locomov-er, estima-se um custo mensal de R$ 105,00 com transporte, considerando o preço da tarifa a R$ 2,65 e que o estudante irá pegar 2 vezes o ônibus por dia (indo de segunda à sexta para a UFSCar). Existe, também, o desconto para quem possui a carteirinha da empresa. Sendo assim, o preço fica R$ 1,33 e, fazendo os mesmos cálcu-los acima a estimativa de gasto com transporte mensal fica em R$ 54,00.

DiversãoNa cidade o estudante vai encontrar uma

variedade de lugares para se divertir. Fora isso, inúmeras festas universitárias agitam a cidade e toda a região. O melhor de tudo é que além de contar com uma série de coisas para se fazer, o custo é baixo. Para aqueles que desejam curtir os momentos de folga, estima-se um custo mé-dio de R$ 100,00 por mês. Para aqueles que não querem aproveitar São Carlos somente durante a noite, indicamos alguns Pontos Turísti-cos como a Fazenda Yolanda, Represa do Broa (Itirapina) e o Parque Ecológico.

E para quem gosta de aventuras, a ci-dade de Brotas, considerada um dos par-aísos do Ecoturismo fica à apenas 45 km de São Carlos.

Moradia Para morar em São Carlos, os

estudantes encontram muitas opções. Para aqueles que desejam morar sozinhos, o ideal é alugar um apartamento pequeno ou uma kitnet; já para aqueles que desejam morar em uma república, é só juntar a galera, pois a oferta de casas também é muito grande.

O aluguel de um apartamento pequeno ou de uma kitnet está na faixa dos R$ 500. O custo para alugar uma casa com 3 dormitórios é em torno de R$ 800, um pouco mais elevado, porém poderá haver mais gente para repartir o custo no final do mês.

Confira abaixo um resumo do Custo do Es-tudante que quer morar em São Carlos.

SÃO CARLOS, A CAPITAL DA TECNOLOGIA

O que rola em São CarlosMoradia Transporte Alimentação Diversão TotalR$ 500,00 R$ 54,00 R$ 120,00 R$ 100,00 R$ 774,00

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Criada em 1968, a UFSCar foi a primei-ra, e até hoje é a única, Universidade Fed-eral do interior do Estado de São Paulo. Em março de 1970, ela recebia seus primeiros 96 alunos para os cursos de Licenciatura em Ciências, hoje já extinto, e Engenharia de Materiais, pioneiro na América Latina. Entre a assinatura do decreto presidencial que a criou, em 1º de dezembro de 1968, e o início das aulas, uma comissão formada na Prefeitura Municipal de São Carlos co-ordenou os trabalhos para implantação do Campus.

Avaliadas as possibilidades, a Fazenda Trancham, situada às margens da rodovia Washington Luís, foi apontada como a pro-priedade adequada para receber a UF-SCar. Assim, as instalações da antiga fa-zenda foram adaptadas para receber a administração, salas de aula e laboratórios.

A UFSCarCom ensino público, gratuito e de qual-

idade, a Federal se preocupa com a quali-dade de seu corpo docente: 99,26% são doutores ou mestres. Em sua maioria, os

professores desenvolvem atividades de ensino, pesquisa e extensão em regime de dedicação exclusiva.

A Universidade possui três campi: o principal fica em São Carlos e tem 645 hectares de extensão, sendo 105 mil m² de área construída. Distante 94 km de São Carlos (e 170 km da capital) está o campus de Araras. O campus possui 230 hectares, sendo 25 mil m² em áreas construídas. Já o campus de Sorocaba, o mais novo e localizado próxima ao km 100 da rodovia João Leme dos Santos (SP-264), tem cerca de 700 mil m².

Programas Sociais

Para alunos que apresentam di-ficuldades socioeconômicas e não tem como se manter na Universi-dade a UFSCar oferece auxílios tais como moradia estudantil, bolsa ali-mentação, entre outros. Vamos ver as principais bolsas oferecidas pela

UFSCar.- Bolsa atividade: tem como obje-

tivo auxiliar o aluno em despesas para o desenvolvimento de suas atividades acadêmicas e tem seu regulamento apro-vado pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão. A bolsa tem duração de quatro meses e a jornada é de 8 (oito) hora se-manais. As atividades serão desenvolvidas em unidades e setores da UFSCar.

- Bolsa moradia: compreende ao alu-no o direito de ocupar uma vaga na mo-radia estudantil nos campi da UFSCar ou, se necessário, em imóveis alugados sob responsabilidade da mesma.

- Bolsa Alimentação: Possibilita o direito a refeição gratuita no Restaurante Univer-sitário.

- Bolsa FAF: é administrada pela direto-ria do FAF, sendo que cabe ao DeSS (De-partamento de Serviço Social), por solici-tação desta diretoria, apenas a realização do processo seletivo e o encaminhamento dos resultados ao FAF. A bolsa consiste em um auxílio financeiro, cujo valor é definido pelo FAF.

O direito à bolsa alimentação e a bol-sa moradia expira ao final das férias sub-sequentes ao 2º período letivo.

A História da UFSCar

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Em 30 de abril de 1976 foi criado o Curso de Graduação em Bacharelado em Estatística, sendo o primeiro exame vestibular realizado no mês de julho do mesmo ano, com o ofereci-mento de 30 (trinta) vagas.

Em 20 de dezembro de 1982, o Curso foi reconhecido pelo MEC, tendo o Parecer do Conselho Federal de Educação de número 570/82.

O curso de Bacharelado em Estatística da UFSCar implementou em 2006 uma nova es-trutura curricular, mais moderna e atual. Den-tre outras alterações, você poderá obter um número limitado de créditos em atividades ex-traclasses diferentes das tradicionais disciplinas em salas de aula.

A duração do curso é 4 anos (8 semestres), em período integral, podendo ser cursado em no mínimo 3 anos e em um máximo de 7 anos.

O curso tem uma fundamentação teórica forte aliada às atividades práticas. O aluno pode, de acordo com suas aptidões, optar por uma (ou mais) ênfases. Uma ênfase é formada por um específico conjunto de disciplinas que propi-ciam ao aluno a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos em uma determinada área de aplicação de métodos estatísticos. As ênfases oferecidas atualmente pelo curso são: Análise de Riscos e Finanças (RF), Qualidade e Confiabilidade (QC), Saúde e Meio Ambiente (MFA) e Estatísticas Sociais (ES).

Mas afinal, o que é Estatísticae o que faz um Estatístico?

A Estatística é a ciência (isso mesmo, uma ciência, já faz tempo que a estatística não é mais um “ramo” da Matemática) que tem como objetivo resolver problemas envolvendo dados relacionados com a maioria das áreas do conhecimento. Em termos mais formais, Es-tatística é um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa que entre outros tópicos envolve o planejamento do experimento a ser realizado, a coleta qualificada dos dados, a inferência, o processamento, a análise e a disseminação das informações.

O Estatístico é a pessoa responsável não

só por reunir, organizar e avaliar números, grá-ficos, percentuais e tabelas, mas também pelo planejamento do experimento a ser realizado, a coleta dos dados e seu processamento. Os re-sultados finais dessas pesquisas podem resolver inúmeros problemas ou, no mínimo, fornecer caminhos para a solução.

Como saber qual é o melhorcurso de Estatística no Brasil?

Quem acaba de ingressar num curso na Universidade deve estar, nesse momento, se perguntando se fez a escolha certa, se vai gos-tar do curso e se vai se identificar com a profis-são que tão cedo na vida teve que eleger. Por isso é tão importante que a Universidade desde cedo dê ao aluno uma idéia sólida sobre as habilidades que ele deverá ter ou desenvolver para exercer a profissão que escolheu e um bom panorama das opções que o formando terá das diversas áreas em que poderá atuar usando aquilo que aprendeu em seu curso.

Algumas Universidades ainda não têm essa preocupação, e muitas vezes o aluno tem que esperar até mais ou menos o 3² ou 4² ano para poder ter uma idéia real sobre sua futura profis-são, e tudo aquilo de que ela trata. É o caso de Universidades que priorizam a formação teórica, mais matemática do que aplicada, como Uni-camp e a USP.

Outras Universidades procuram dar essa idéia ao aluno desde cedo, logo no começo do

O Curso de Estatística na UFSCar

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curso, como é o caso da UFSCar, que ofer-ece inclusive ênfases no curso que, só por seus nomes, já pas-sam uma boa idéia do que se tratam.

Ninguém está querendo, aqui, dizer que uma Universidade é melhor que a outra, apenas que elas têm prioridades diferentes.

E a sua prioridade, qual é? Ela coincide com o propósito da UFSCar? O que você procura nesse curso? Se você quer conhecer, desde cedo, na prática, seu campo de atuação e sair do curso efetiva-mente preparado para o mercado de trabalho, e não somente para uma pós-graduação, en-tão você está no lugar certo.

Como é o campo de trabalhopara um Estatístico?

A área de atuação do estatístico é muito ampla. Não é um absurdo dizer que em todos os lugares, desde um hospital até um banco, a presença de um estatístico é imprescindível. Seguem alguns depoimentos de estatísticos que trabalharam (ou ainda trabalham) em algumas das áreas que o estatístico pode trabalhar.

Área de IndústriaEstatístico no Controle de Qualidade“O espaço do estatístico na indústria tem

aumentado nos últimos anos, mudando um pouco o foco no mercado de trabalho. No ramo industrial diversas técnicas estatísticas podem ser aplicadas. Com a pouca experiência que tive nesta área já apliquei técnicas tais como análise descritiva, séries temporais, planejamento, entre outras, mas a que mais se destacou foi o Controle Estatístico de Processo, que é o foco na ênfase de Qualidade e Confiabilidade, dis-ponível no curso. Um fator importante que pode ajudar muito na carreira inicial dentro da indús-tria são os trabalhos extracurriculares, pois dão experiência e segurança ao tomar decisões em uma análise. Um segundo fator é o bom relacionamento com pessoas que não são do ramo estatístico, pois na maior parte do tempo o estatístico é solicitado para realizar projetos com

outros setores o que torna toda a teoria ao longo do curso muito im-portante.”

Caroline Godoy - Formada em Estatística na UFSCar em 2009 - Estágio na Faber Castell de São Carlos de 01 de julho a 31 de dezembro de 2009.

Estatística na Agropecuária“Em 2008 iniciei um estágio de

aproximadamente três semestres na Embrapa Pecuária Sudeste onde tive a oportunidade de aprender e aplicar alguns conhecimentos e ferramentas estatísticas no setor

agropecuário. Na primeira etapa do estágio colaborei com projetos como “Alternativas tec-nológicas para produção de leite em pastagens de alfafa” onde definimos grupos a serem com-parados, elaboramos bancos de dados, discuti-mos sobre as metodologias de análise estatística além da constante necessidade de pesquisas relacionadas. Numa segunda etapa, para minha felicidade, tive a oportunidade de participar de um projeto sobre sistemas silvipastoris e acom-panhar quase todas as etapas de um experi-mento, desde o delineamento experimental, a coleta, classificação e condensação dos dados, apresentação dos mesmos através de gráficos e tabelas, até a análise e interpretação final. Bom, esses eram apenas alguns projetos separados, pois a extrema necessidade e a grande dificul-dade que pesquisadores de outras áreas têm na interpretação desses dados, tabelas e grá-ficos faz com que um profissional de estatística seja extremamente solicitado. De acordo com o edital da Embrapa de 2009 um pesquisador na área de estatística com mestrado e douto-rado ganha em torno de R$ 7.300,00 e um bacharel em torno de R$ 5.300,00.

Estagiar na área me trouxe, além da imensa satisfação, a oportunidade de acompanhar as várias etapas de uma pesquisa estatística, visu-alizar de perto as mudanças e evoluções das amostras, participar de cursos, congressos e seminários, conviver com profissionais de outras áreas e principalmente me fez reconhecer o quão amplo é o campo e a necessidade de um estatístico em diversas áreas.”

Jakelline Furtado de Oliveira - Graduanda em Estatística na UFSCar - Estágio na Embra-pa São Carlos em 2008.

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Estatísticas Sociais“Em tese é o ramo da estatística que avalia

todos os fatores que se referem à população em geral. O conhecimento das transformações de uma realidade social, econômica e ambi-ental de uma sociedade é o objetivo estudado por essa parte da estatística, assim seu uso é dado para formulação e avaliação de políticas publica. A estatística social envolve métodos es-tatísticos para o planejamento de uma pesquisa, a coleta dos dados, o filtro e a interpretação dos resultados visando uma resposta mais especifi-ca e direta para o problema proposto.

O campo de trabalho para um estatístico é muito abrangente, nos dias atuais o profissional dessa área não encontrará dificuldades em se estabelecer na profissão; na área social prin-cipalmente. O órgão mais conhecido que tra-balha com esse ramo é o IBGE, que promove pesquisas ligadas a demografia do Brasil. Há também a possibilidade de se trabalhar com consultorias estatísticas.

O profissional dessa área terá um grande contato com o publico, e ao interpretar dos dados recolhidos será possível tirar conclusões sobre as características das fontes donde estes foram retirados. Um “estatístico formado gan-hará em media 4000 atuando nessa área.”

R.L.

Estatística na Área Financeira“Trabalho na área de Analytics em um Ban-

co. Essa área é responsável pelo acompanha-mento e desenvolvimento de todos os modelos estatísticos utilizados na avaliação de riscos de produtos como cartões de crédito e emprésti-mos oferecidos pela Financeira. Com essas ferramentas as áreas de riscos podem tomar decisões assertivas para concessão de crédito. Também somos responsáveis por difundir a cultura de Analytics, dando cursos de SAS, Data Mining e utilização de modelos para homoge-neizar os conhecimentos básicos na empresa e garantir a utilização correta destas ferramentas.

Um conhecimento fundamental é a utili-zação dos softwares estatísticos para manipu-lação dos dados, principalmente SAS e SPSS. Também é muito importante saber Data-Mining, amostragem, análise bivariada, análise multivari-ada (modelagem estatística) e árvores de de-cisão. Quanto às habilidades para um estatístico,

acredito que a inovação é um grande difer-encial. Pois, essa característica aliada ao nosso conhecimento da Estatística pode produzir in-formações que redirecionam as estratégias da empresa. O estatístico dever ser questionador, deve se expressar com clareza, fazer apresen-tações e ser ótimo tecnicamente.

O salário em média é: R$ 5000 a R$ 8000 --> São Paulo, para o Estatístico SR, prin-cipalmente no segmento financeiro e industrial. A estatística é de grande importância para a instituição financeira onde trabalho. Por isso, aqui foi criada uma área de Analytics onde 70% dos profissionais são formadas em Estatística. Somos responsáveis por disponibilizar e difundir ferra-mentas para tomada de decisão em crédito. O “mercado para estatístico na área financeira está bastante aquecido e crescente, somos muito requisitados e valorizados.”

Cleise Caetano Pessoa - Formada em Es-tatística na UFSCar em 2000

Passada a difícil decisão, a vida dos forman-dos é bem diferente. A princípio uma correria para ir a todos os processos seletivos, um dia em São Paulo, outro em São Carlos, outro em algum outro lugar no interior, mas, o bom é que quase sempre temos algum veterano que já trabalha na empresa em que iremos fazer a entrevista, e este faz um esforço absurdo para colocar al-guém conhecido sob seu domínio, não sei se por maldade ou por amizade, mas aqui o que não vale é a intenção, e sim trabalhar.

Na maioria dos casos o destino do está-gio é mesmo São Paulo e há um coleguismo quase que paternalista dos veteranos para com os formandos, eles se preocupam com ‘seus bixos’ e sempre acabam achando um cantinho para que ninguém fique em um lugar ruim. Com o tempo os amigos bixos formandos se unem e conseguem formar uma república própria, e por sua vez, abrigam por algum tempo as próxi-mas gerações.

Para os formandos também há novidades, novo mundo, oportunidades e amizades, pois nesta hora realmente vemos as pessoas que nos ajudam sem pedir nada em troca, e para não perder o costume, sem dinheiro, pois até ser efetivado temos, em muitos casos, um zero a zero bravo, mas extremamente compensador.

sa moradia expira ao final das férias subse-quentes ao 2º período letivo.

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O QUE AINDA POSSO FAZER PELA UNIVERSIDADE, JÁ QUE JÁ ESTOU DENTRO DELA?!

Esse texto será sobre o que ainda temos para fazer dentro do curso além de ESTUDAR. Pois bem, você acabou de sair do seu cursinho ou do seu terceirão e tenho

certeza que não foi muito agradável aquela rotina de estudos. Mas acalme-se, tenho uma notícia: “Prepare-se! Pois o clima aqui dentro é muito pior”.

Estamos brincando. Em termos. Nós já sabemos que é horrível se matar de estudar todo dia.

Na universidade você não precisa fazer isso exatamente. Mas o curso é sério, e é necessária uma certa dedicação e at-enção nas aulas. Acredite que valha a pena faltar uma festa ou outra para passar a noite estudando para uma prova que está próxima.

Não vamos negar que existem aqueles alunos que levam a coisa à sério até demais e passam o dia todo estudando cada vírgula do curso. Bom, é uma escolha, mas é apenas um conselho não fazer isso. Uma pessoa, no mínimo um pouco organizada, consegue levar tudo numa boa: as festas, as provas, e os trabalhos extras

Existem várias atividades que um aluno da Estatística pode fazer no campus, além das bolsas atividade e coisas do tipo. Mas não tente fazer todas, será muito desgastante, recomendamos que se você não “puxar” nenhuma matéria e não pegar nenhuma bolsa que possa ocupar seu tempo extra tente alguma outra forma de contribuir para a “movimentação” no campus. Geralmente essas atividades extras são gerenciadas e or-ganizadas por pequenas instituições dentro da universidade. Iremos citar as mais importantes, sem muitos detalhes, apenas para fazer uma in-trodução e, no decorrer de sua vida universitária, poderá conhecer mais e até mesmo fazer parte de alguma(s) dela(s).

- Gaia: é o grupo ambiental da UFSCar, ele é ligado mais diretamente ao departamento de Biologia. É o Gaia que é responsável pelas famosas canecas da UFSCar e, provavelmente, irá te entregar uma dessas por esses dias.

- Atlética: esse é o grupo mais voltado para quem gosta de esportes e, até mesmo, festas. É o responsável pelos torneios intercurso, seleção para montagem dos times oficiais e responsável, também, pela TUSCA, que é a famosa Taça Universitário de São Carlos, onde há dias de festas e jogos entre as universidades, em especial entre a XUSP e a UFSCar. Lembre-se desde já você deve se acostumar com a frase XUPA CAASO,

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O QUE AINDA POSSO FAZER PELA UNIVERSIDADE, JÁ QUE JÁ ESTOU DENTRO DELA?!

isso mesmo com X, qualquer pessoa que você ver vestida de amarelo pelas ruas de São Carlos, pode gritar XUPA CAASO!!!

A TUSCA ocorre por volta de agosto/setembro, mas no início do ano haverá o Tusquinha, no qual é um torneio entre os bixos da XUSP e da FEDERAL.

Esse ano, e talvez pelos próximos, não haverá mais o CORSO, que abria os dias da TUSCA e era uma longa pas-

seata atrás de um trio elétrico. Nos anos anteriores houve mortes e a prefeitura baniu esse tão querido dia do

nosso calendário festivo.

“Depois da minha família e dos estudos, que deve ser a base de sustentação de cada um, diria que o basquete é minha vida. Grande parte do meu desenvolvi-mento, crescimento e principalmente das minhas melhores amizades foram conquistados no Basquete. Para aque-les que me conhecem e tiveram oportunidade de conviver comigo podem confirmar. “Eu amo o Bas-quete”. Acho que participar da equipe da Federal é uma experiência que se carrega pelo resto da vida. As com-petições, as medalhas, as vitórias, as amizades e estar ali representando a sua faculdade é mágico. O esporte em geral proporciona momentos in-esquecíveis dentro da Federal e quem tiver oportunidade de conhecer um

pouquinho disso tudo com certeza sairá satisfeito e perceberá que realmente é

um momento único.” Larissa 09

- Bateria: dentro da atlética, existe tam-bém a BATERIA. É um grupo de alunos que tocam

instrumentos para “agitar as festas”. São também responsáveis pelos Hinos da federal. Existem ensaios

semanais e coisas do tipo.

“Pronto, entrei na faculdade, mas e agora?A universidade pública não é vantajosa apenas pelo fato de

ter o tal nome no currículo, é por proporcionar aos seus estudantes diversos tipos de atividades extracurriculares: esportes, artes e a BATERIA.

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A Bateria UFSCar completa, agora em 2012, 11 anos de existência. Começou com os chamados arruaceiros, batucando coisas sem ritmo e sentido, com o tempo foi ganhando experiência, aprimorando, e hoje está entre as 10 melhores do estado.

Tocar pela universidade não é apenas a baqueta e o instrumento, é sentir a torcida se animando com o ritmo, é sentir o time melhorar o rendimento com a confiança que passa uma bateria e o seu apoio, é dar o sangue (em certas vezes literalmente).

Além do mais, nada paga a experiência que tu ganha e muito menos as amizades ou as “amizades” que tem a fazer.

Mais duas coisinhas: NÃO é preciso saber tocar, entrei sabendo nada, penei MUITO pra aprender, me zoavam

MUITO pela descoordenação, mas um pouco de esforço não mata ninguém.NÃO atrapalha os estudos, isso vai de você, se você se permitir atrapalhar, meus pêsames,

todo compromisso tem as suas responsabilidades.Então vai deixar essa oportunidade passar ou vai ficar só olhando?FEDERAL JOGA, EU VOU!!! “

Bruno Maranho (Saltinho 010)

- Orquestra Experimental: não é muito bem um grupo, mas é uma ótima forma de se passar o tempo para os bixos que tocam algum instrumento clássico ou não-clássico. A orquestra é justamente chamada experimental pois inova colocando outros instrumen-

tos musicais dentro de uma orquestra, como contrabaixo elétrico, teclados e outros. O de-partamento responsável é o Departamento de Artes e Comunicação, que fica próximo à agência do Banco do Brasil.

- DCE: esse é o Diretório Central de Es-tudantes. Ele é responsável, em grande parte, pelos movimentos estudantis dentro do cam-pus. Muita gente diz que o pessoal do DCE é composto apenas pela galera da Sociais, e que eles só sabem discutir política, mas não é verdade. As vezes ela viajam um pouco, afinal nunca vamos entendê-los, somos das EXATAS (!), mas são pessoaS com boas intenções.

Dentro do Departamento de Estatís-tica possuímos dois Centros de Estudos, que nos oferecem estudarmos na prática a Estatística. São eles:

O Centro de Estudo do Risco é um laboratório de pesquisa emergente do Departamento de Estatística (DEs-CCET) da UFSCar, criado em 2004, cujo objetivo principal é agregar pesquisadores envolvidos no estudo, proposição de procedimentos estatísticos e análise de dados de risco. A criação do CER foi, em parte, ditada pela necessidade da centralização das pesquisas em análise es-

tatística de dados de risco que vêm sendo desenvolvidas individualmente ou em co-autoria pelos pesquisadores que estão agregados no CER, e em parte, devido a dependência cada vez maior das organizações em relação à formalização e teste de seus produtos, fazendo o estudo e a análise do risco, por meio de procedimentos estatísticos adequados, tornar-se um pré requisito indispensável.

O CER é coordenado pelo Prof. Dr. Francisco Louzada-Neto - DEs-UFSCar e conta atual-mente com a participação de vários professores do Departamento de Estatística da UFSCar bem como professores e pesquisadores de outros Departamentos e Universidades, inclusive

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pesquisadores de outros países, alunos de doutorado, mestrado e iniciação científica. Empresa Júnior é uma associação civil sem fins lucrativos, for-

mada e gerida unicamente por universitários, que tem por objetivo capacitar os alunos e atuar como fator de desenvolvimento local por meio de projetos sociais, oferecendo serviços de alta qualidade a baixo custo aos clientes. A E.J.E. é uma empresa júnior de Plane-jamento e consultoria, vinculada ao Departamento de Estatística

(DES) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Nas atividades ligadas à execução de projetos, os professores do Departamento de Estatística da UFSCar fornecem auxílio e orien-tação para um bom desempenho, e consequentemente encontrar a melhor solução para os problemas de nossos clientes, fazendo uso de diversas ferramentas estatísticas. Como atual presidente da Empresa júnior de Estatística da UFSCar, destaco o fato de ser de grande im-portância para o mercado de trabalho a participação do aluno na E.J.E., principalmente pela experiência adquirida e o desenvolvimento aprendido. Profissionais do mercado de trabalham valorizam o aluno com este diferencial adquirido na faculdade, facilitando a entrada do uni-versitário em grandes empresas. Além disso, o aluno pode ter contato com a parte prática do curso, analisando e desenvolvendo projetos para os clientes da empresa, que vão desde alunos de mestrado e doutorado, até empresas no geral.

Malubia Raja Ferreira (Ex-Presidente da EJE jan2011/jul2011)

Além desses dois Centros de Estudos, o aluno também pode iniciar suas ativi-dades profissionais em outros projetos, como:

- Iniciação Científica: Projeto de pesquisa, de cunho teórico ou prático, a ser desenvolvido sob orientação de um docente. É destinado para alunos com bom desempenho acadêmico, no 2º ou 3º ano de curso e tem duração mínima de um ano. Há possibilidade de bolsa de estudo através de órgãos como CNPq e FAPESP.

- Treinamento: Projeto de trabalho de cunho aplicado. O aluno, sob orientação de um do-cente, participa de um projeto que envolve a aplicação prática de métodos e técnicas vistas durante o curso. Tem duração mínima de 6 meses e recebe bolsa de estudo proveniente da Pró-Reitoria de Graduação da UFSCar.

- Monitoria: O aluno aprimora os seus conhecimentos auxiliando outros alunos em uma determinada disciplina, sob a orientação do professor responsável pela mesma. É necessário o aluno apresentar bom desempenho para que possa candidatar-se a monitor da mesma.

Tem duração de um semestre e é remunerada com bolsa proveniente da UFSCar. Usualmente o DEs conta com 1 ou 2 bolsas a cada semestre.

- PET: O Programa PET do Curso de Bacharelado em Estatística da UFS-Car iniciou suas atividades em junho 2006 tendo como primeiro e segundo tutores, respectivamente, os professores Jorge Oishi e Pedro Ferreira Filho, am-bos do Departamento de Estatística. A proposta de criação do Grupo PET

Estatística teve origem com o novo Projeto Pedagógico do Curso de Estatística implantado a partir do inicio de 2006. Essa proposta teve como objetivo realizar um conjunto de pesqui-sas de campo por amostragem, visando à criação de indicadores sociais para monitorar a qualidade de vida do município de São Carlos, SP. A expectativa do Grupo era formar profis-sionais que pudessem contribuir em todas as fases de um trabalho de pesquisa social, além desenvolver conhecimentos tais como aprender a ter iniciativa, ser proativo, saber trabalhar em equipe, respeito aos outros, ética profissional e pessoal etc. Foram realizadas pesquisas na cidade de São Carlos investigando temas como Saúde, Educação, Meio Ambiente, Con-sumo de Energia, Segurança e Habitação. A partir de 2010 o plano de Trabalho do Grupo foi redirecionado incorporando um novo conjunto de atividades, visando uma maior interação e participação na consolidação do Projeto Pedagógico do Curso de Estatística, sem deixar de lado a temática de construção de indicadores sociais. Dentre as atividades atuais do grupo podem ser destacadas: minicursos, seminários, Programa PET-Visita, Programa PET Recebe Ex-Petianos, monitorias, participação em congressos, entre outros.

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- Cada operador de telemar-keting faz e recebe, em média, 20 mil ligações por ano e fica 1300 horas ao telefone para dar conta de tudo isso.

- Mulheres com irmãos mais velhos têm menos chances de ter filhos.

- Loiras tingidas fazem mais sexo.

- Mais de 90% das pessoas cutucam o nariz em público.

- No mundo, cada pessoa con-some, em média, 5 litros de álcool puro por ano. O equivalente a 125l de cerveja ou 45l de vinho ou 12,5l de vodca.

- Quanto mais as pessoas vão a cultos religiosos, maior seu sa-lário – quem reza muito ganha até 9,1% a mais.

- Infecções auditivas podem danificar as conexões nervosas en-tre a língua e o cérebro. Isso pode deixar os alimentos mais gostosos e faz a pessoa comer mais (ela pode ficar até 30% mais gorda).

- Crianças que tiveram algum tipo de complicação pós parto, e por isso tiveram que ficar sozinhas na incubadora, têm até 3 vezes menos risco de sofrer depressão.

- 4% da riqueza mundial é o suficiente para suprir as necessi-dades básicas do mundo.

-175 dias era o tempo que uma pessoa a correr sem parar (9,5 Km/h) demoraria a dar uma volta

a Terra. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 km. Na circun-ferência de Júpiter, essa mesma tarefa levaria 1.935 dias ou mais de 5 anos.

- 60 milhões - O número esti-mado de pessoas entre os 15 e os 24 anos em todo mundo que an-dam à procura de trabalho, mas não o encontram.

- 7 minutos é o tempo médio em que uma pessoa normal de-mora a adormecer.

- 5 tacadas é a esperança média de vida de uma bola de baseball na MLB.

- 28% da África é selvagem e não explorada.

- A American Airlines econo-mizou US$ 40.000 em 1987 eli-minando uma azeitona de cada salada servida na primeira classe.

- Em média há 3 telefones por cada 100 pessoas no mundo.

- -128,6 ºC foi a mais baixa tem-peratura alguma vez registrada, em 21 de Julho de 1983 na Antarctica.

- Uma pessoa pisca os olhos aproximadamente 25 mil vezes por dia.

- Os destros vivem em média 9 anos a mais do que os canhotos.

- Se gritares durante 8 anos, 7 meses e 6 dias, a energia lib-ertada é igual à necessária para aquecer uma xícara de café.

- O seu coração bate mais de 100.000 vezes por dia!

CURIOSIDADES A História da Estatística

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Estatística é encarada, atual-mente, como uma ciência ca-paz de obter, sintetizar, prever e tirar inferências sobre dados. Porém no século XVII em Ingla-

terra a estatística era a «Aritmética do Estado» (Political Arithmetic), consistindo basicamente na análise dos registros de nascimentos e mortes, originando mais tarde as primeiras tábuas de mortalidade. Ao longo da Idade Média e até ao século XVIII a estatística foi puramente descritiva, coexistindo duas escolas: a escola descritiva alemã, cujo representante mais conhecido é o economista G. Achenwall (1719-1772), professor na Universidade de Got-tingen, considerado pelos alemães como o pai da estatística, e a escola dos matemáticos sociais que procura-vam traduzir por leis a regularidade observada de certos fenômenos, de caráter econômico e sociológico. Embora esta escola procurasse fun-damentar a formulação de previsões com base em leis sugeridas pela ex-periência, a estatística confundia-se, praticamente, com a demografia à qual fornecia métodos sistemáticos de enumeração e organização. Na reali-dade, a necessidade sentida, em todas as épocas, de conhecer, numérica e quantitativamente, a realidade política e social tornou a análise demográfica uma preocupação constante.

John Graunt (1620-1674), juntamente com William Petty (1623-1687), autor de Political Arithmetic, e o astrônomo Ed-mond Halley (1656-1742) são os princi-pais representantes da escola inglesa,

que dá um novo impulso à estatística, fazendo-a ultrapassar um estádio pu-ramente descritivo: analisam-se os dados na procura de certas regulari-dades, permitindo enunciar leis e fazer previsões.

No entanto, a estatística para ad-quirir o estatuto de disciplina cientí-fica, e não puramente ideográfica ou descritiva, teve que esperar pelo de-senvolvimento do cálculo das proba-bilidades, que lhe viria a fornecer a linguagem e o aparelho conceitual permitindo a formulação de con-clusões com base em regras indutivas. Data do século XVII o início do estudo sistemático dos problemas ligados aos fenômenos aleatórios, começando a se manifestar a necessidade de instru-mentos matemáticos, aptos a analisar estes tipos de fenômenos, em todas as ciências que colocam o problema do tratamento e interpretação de um grande número de dados. Pode datar-se dos fins do século XIX o desenvolvi-mento da estatística matemática e suas aplicações, com F. Galton (1822-1911), K. Pearson (1857-1936) e W. S. Gosset (1876-1936), conhecido sob o pseudôn-imo de Student, sendo lícito afirmar-se que a introdução sistemática dos métodos estatísticos na investigação experimental se fica a dever, funda-mentalmente, aos trabalhos de K. Pear-son e R. A. Fisher (1890-1962). A partir de Pearson e Fisher o desenvolvimento da estatística matemática, por um lado, e dos métodos estatísticos aplicados, por outro, têm sido tal que é praticamente impossível referir nomes.

CURIOSIDADES A História da Estatística

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O Google guarda cerca de 4 peta bytes de dados. A capacidade de um HD dobra a cada dois anos. US$ 12 bil-hões são gastos por ano com pesqui-sas que geram informações capazes de aumentar em até 100% o lucro de uma empresa. Dois milhões de pes-soas vão ler esta matéria. Menos de 500 virarão estatísticos. O que você está esperando?

1 - Dá para trabalhar onde você

quiserO que beisebol tem a ver com

política? Ambos são regidos por números e, muitas vezes, a imensidão de dados disponíveis sobre os dois temas não é usada como deveria. No beisebol, por exemplo, os analistas tendem a olhar para a quantidade de rebatidas e não se fixam em da-

dos sobre a qualidade do golpe ou a frequência com que um batedor chega à base, bem mais relaciona-dos a vitórias. Em pesquisas políticas, costuma-se concentrar em dados muito específicos, ignorando a leitu-ra do todo, que pode dar indicativos mais ricos. Essa é a visão de Nate Silver, um economista americano de 31 anos, que depois de revolucionar a vida dos fãs de beisebol com o site Pecota - o mais preciso sistema de previsão de desempenho de atletas e times -, revolucionou o cenário das pesquisas políticas na última eleição presidencial americana ao dizer onde e como Obama venceria Hillary Clin-ton nas primárias, e acertar na mosca.

Silver é um exemplo do novo es-tatístico: alguém que sabe conjugar, projetar e interpretar todos os dados

6RAZÕESPARAACREDITARQUEAESTATÍSTICAÉAPROFISSÃODOFUTURO

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já disponíveis para tirar conclusões reveladoras. Observando o compor-tamento dos números, Silver previu quem ganharia a Liga de beisebol americano e quem seria o presidente seguinte dos EUA.

Usando a mesma lógica, o ana-lista de dados americano David Coapaken desenvolveu um conjunto de equações capaz de prever, com o roteiro em mãos, o rendimento de filmes. Até então, a média de ac-erto das previsões era de um terço. Coapaken conseguiu dobrar esse índice.

A estatística também serviu para que Oren Etzioni, professor de ciência da computação da Universidade de Washington, se vingasse das compan-hias aéreas. Depois de descobrir que havia pagado mais que o seu vizinho de poltrona pelo mesmo bilhete de avião, construiu o Farecast.com, um site que, além de ajudar o usuário a encontrar a passagem mais barata, projeta futuras altas e baixas, para que ele saiba qual é - o melhor mo-mento de comprar. Os 115 indicadores usados na análise funcionam. Pague US$ 10 e confirme: se o site errar, dá de volta a diferença da passagem. Quanto vale um serviço como esse? A Microsoft acaba de comprar o Farecast.com por US$ 115 milhões.

A estatística é a arte de torturar os números até que eles confessem. E

eles sempre confessam”, diz Abraham Laredo Sicsú, do Departamento de In-formática e Métodos Quantitativos da FGV. Onde há números para serem analisados, há necessidade de um estatístico.

2 - O próximo Einstein será um

estatístico O geneticista, Craig Venter se-

quenciava organismos isolados. Mas, com máquinas de alta velocidade e computadores capazes de ana-lisar os dados gerados, passou a es-tudar ecossistemas inteiros. Em 2003, descreveu o oceano. Em 2005, começou a sequenciar o ar. Tudo o que se sabe sobre as milhares de novas espécies descobertas são es-tatísticas: sequências que, sendo difer-entes das já existentes no banco de dados, pressupõem novos seres. Ain-da assim, Venter trouxe mais avanços à biologia que qualquer cientista da sua geração.

Essa é a nova forma de fazer ciência. Em vez de imaginar hipóte-ses para serem provadas, será mais fácil coletar dados e mais dados, jogá-las em um megaprocessador e deixar que os números revelem expli-cações, teorias e relações que, talvez, nunca houvessem sido cogitadas. Na nova ciência, onde os números são abundantes, os dados não precisam de contexto: eles falam por si. E os

6RAZÕESPARAACREDITARQUEAESTATÍSTICAÉAPROFISSÃODOFUTURO

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grandes cientistas serão os que con-seguirem enxergar a partir deles.

3 - Sobra informaçãoEstamos na era mais medível da

história: só o Google processa 1 peta-byte de informação a cada 72 minu-tos (1 petabyte são 1.000 terabytes e 1 terabyte são 1.000 gigabytes). Essa gigantesca quantidade de dados dis-poníveis, unida a ferramentas estatísti-cas capazes de triturar tantos números, oferece uma nova maneira de com-preender o mundo. E ganhar dinheiro.

Empresas que conseguem inter-pretar e comercializar dados estão crescendo a uma velocidade estron-dosa. A Acxiom é uma delas. Com 35 milhões de pesquisas por ano, ela sabe dizer se você é casado, que carro tem, que revistas lê, se tem cão, gato, passarinho ou para onde viajou nas férias. São mais 850 terabytes de dados, que categorizam as pessoas em códigos de 13 dígitos e as colo-cam em um dos 70 tipos de estilo de vida. “Estrela Cadente”, por ex-emplo, é alguém com 36 a 45 anos, casado, sem filhos, que acorda cedo, corre, vê reprises de Seinfeld e viaja para o exterior. Dados que podem ser preciosos para bancos, fábricas de iogurte, produtoras de filmes porno ou qualquer empresa que queira deci-frar a cabeça dos consumidores para lucrar o máximo possível com eles.

Na era do petabyte o desafio não é mais armazenar dados, é dar sen-tido a eles.

4 - Falta gente Gente que saiba transformar

um amontoado de dados em infor-mações relevantes passou a valer ouro. Para atrair estudantes, as em-presas oferecem regalias raras no mundo corporativo, como flexibilidade de horários e remuneração diferen-ciada. “Um estagiário pode ganhar bolsa de R$ 1.500 por mês”, diz Danilo Castro, gerente executivo da PageP-ersonnel, empresa de recrutamento.

Mesmo assim, a procura por cur-sos de estatística é muito baixa. Na FUVEST, o principal vestibular do país, a concorrência não passa de 5 can-didatos por vaga (no curso de engen-haria, a relação é de 15 para 1). Faltam profissionais no mercado. “As empre-sas procuram especialistas, mas não temos quem indicar”, diz Dóris Fontes, coordenadora geral do Conselho Re-gional de Estatística do Sudeste. Ela participa de feiras de vestibular, instrui professores e distribui material inform-ativo para mostrar que, numa era em que tudo vira dado numérico, o futuro de um estatístico é promissor.

No Brasil, há 1.806 vagas em cur-sos de graduação em estatística. Mas isso não significa que 1.806 entrem no mercado todo ano. Na UFPE, por ex-emplo, de 30 pessoas que ingressam no curso, apenas 3 se formam. Seg-undo Dóris, o índice de evasão é alto porque muitos alunos chegam sem a base necessária para o aprofun-damento em cálculo. Quem supera essa barreira costuma se dar bem. Grandes empresas estão montando times de Ph.Ds. para experimentar no-vas técnicas de mineração de dados, modelagem estatística e coleta. É o caso da ACNielsen, que, segundo a

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consultora Ana Carolina Diniz Lui, man-tém um centro de excelência global dedicado a adaptar e atualizar con-stantemente suas metodologias.

Para concluir: um recém-formado ganha de R$ 2 mil a R$ 3.500. Se além de números o profissional for comunicativo e tiver conhecimentos em gestão, esses valores dobram em 3 anos.

5 - Sobrevive a crises Quando o cenário econômico vai

mal, contratam-se ainda mais estatís-ticos. Em 2008, a procura por es-tatística subiu 8 vezes em relação a 2007. “Eles entram com a missão de remapear o cenário das empresas, ajudar a planejar os remanejamentos, detectar onde se podem cortar cus-tos etc.”, diz Danilo Castro, da PageP-ersonnel.

Muitos estatísticos cobram suas consultorias por hora. A remuneração média, nesse caso, varia de R$ 50 a R$ 400. Mas, quando a empresa está desesperada, o cachê sobe. “Uma consulta médica pode ser cara. Mas, se você estiver com câncer, paga o preço que for”, diz Abraham Laredo Sicsú. Por câncer entenda-se crise. A empresa que quiser recuperar o fôlego a todo custo, acredite, não vai economizar no médico-estatístico.

6 - Todo mundo entendeO avanço técnico permitiu o que

Ana Carolina, da ACNielsen, considera o maior dos motivos da ascensão da estatística: a sua popularização. “As decisões serão cada vez mais ba-seadas em dados, em qualquer que

seja a área”, diz. “Munido de um diag-nóstico e de um prognóstico estatís-ticos, é possível tomar uma decisão sabendo em que terreno se está pisando.”

Um modelo matemático não é infalível. Mas a mente humana falha muito mais. Isso porque tendemos a superestimar eventos extraordinários em detrimento de acontecimentos comuns. Quer ver: você tem mais medo de andar de carro ou de avião? A maioria das pessoas respon-deria avião, simplesmente porque de-sastres aéreos são mais impression-antes, ainda que esteja comprovado que carro mata muito mais gente por ano.

“A mente humana tende a sofrer de várias falhas cognitivas que dis-torcem nossa capacidade para fazer previsões precisas. (...) Quando mon-tamos uma crença ao redor de algo, tendemos a nos aferrar a ela. Se no-vas evidências aparecem, deixamos de lado provas que nos contradizem e focamos as que apoiam nossas crenças preexistentes”, diz lan Ayres, em seu livro Super Crunchers.

Já os números provam, demon-stram, argumentam. Diante deles, empresas descobrem como e para quem vender. E consumidores, sem tempo e saturados de informação, assimilam melhor o que é transmitido com gráficos e números.

Além disso, a maneira de apre-sentar essas informações está cada vez mais aperfeiçoada, alimentando o círculo virtuoso da estatística: quan-to mais se compreendem os dados, mais se quer saber.

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DE OLHO NOS NÚMEROS

Não é só o IBGE e os institutos de pesquisa que em-pregam estatísticos. Esses profissionais têm sido contratados por empresas para trabalhar em diferentes departamentos como:

- Recursos humanos - A responsabilidade do estatístico é calcular e projetar, por exemplo, os gastos futuros com pla-nos de saúde e previdência privada.

- Departamento financeiro - Sua expertise ajuda a ana-lisar os números da companhia e os processos de produção para tentar reverter prejuízos ou melhorar os resultados.

- Departamentos de produção - O desafio é aperfeiçoar os processos produtivos, medindo, entre outras variáveis, a produtividade de uma máquina por hora, além de avaliar a qualidade dos produtos, checando informações sobre itens fabricados com defeitos.

AGRADECIMENTOS

Primeiro, queremos agradecer a você, futuro estatístico, que conseguiu chegar até o final desta cartilha. Pode ter parecido cansativa, mas ela irá lhe ajudar muito durante sua vida acadêmica.

Seguindo, gostaríamos de agradecer aos ex- compo-nentes do Centrinho que criaram o “corpo” dessa cartilha em 2007 a qual apenas atualizamos e colocamos algumas coisas novas.

Também gostaríamos de agradecer à Coordena-doria do curso e a todos os professores que sempre nos dão o apoio que precisamos.

Lembrando que qualquer dúvida sobre o campus, o cur-so ou qualquer outra coisa, é só perguntar para qualquer veterano ou professor, informe-se!