Guia básico – como trabalhar com instrumentos volumétricos ...

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F I R S T C L A S S · B R A N D Guia básico – como trabalhar com instrumentos volumétricos. Informação Medições volumétricas

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F I R S T C L A S S · B R A N D

Guia básico – como trabalhar com instrumentos volumétricos.

I n formaçãoMedições vo lumétr icas

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In t roduçãoMedições volumétricas tem um papel fundamental no laborató-rio. O usuário deve determinar o grau de exatidão requerido para cada medição. Com base nisso, é possível escolher o instrumento volumétrico apropriado.Medições confiáveis requerem a utilização de instrumentos pre-cisos e um manuseio apropriado. Para proporcionar um melhor entendimento sobre instrumentos volumétricos e sua utilização, este folheto explica os termos mais importantes para sua classifi-cação e manuseio, e ilustra os mesmos utilizando os equipamen-tos BRAND para laboratório como exemplos.O folheto “Informação sobre Medições Volumétricas” foi desenvol-vido para dar ao leitor uma visão rápida dos instrumentos volumé-tricos. Não é sua intensão substituir os manuais de operação dos instrumentos de manuseio de líquidos descritos. Por tanto, leia os manuais de operação fornecidos com estes instrumentos antes do uso – para sua segurança e sucesso.

Por favor nos contate se tiver outras perguntas sobre o tema me-dições volumétricas.

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Conteúdo

n Trabalho com Instrumentos Volumétricos

Menisco de um líquido 10

Vertido e tempo de espera 11

Pipetas, geral 12

Manuseio de pipetas 13

Manuseio de balões volumétricos 15

Manuseio de provetas graduadas e de mistura 15

Manuseio de buretas 16

Manuseio de picnômetros 17

Trabalho com auxiliares de pipetagem 18

n Trabalho com Instrumentos de Manuseio de Líquidos

Dispensação com dispensadores para frascos 22

Titulação com buretas digitais 24

Pipetagem com pipetas de interface de ar 25

Pipetagem com pipetas de deslocamento positivo 29

Dispensação com repipetadores 30

n Monitoramento dos Instrumentos de Medição

Procedimento para teste volumétrico 34

Software de calibração 36

Serviço de calibração 36

n Instrumentos volumétricos BLAUBRAND® USP

n Diretivas IVD

n Limpeza dos equipamentos de laboratório

n Informações de segurança

n Instrumentos volumétricos – uma visão geral

6n Fabricação de Instrumentos Volumétricos em Vidro

Da matéria prima ao instrumento final de precisão 6

Identificação dos instrumentos volumétricos 8

Classificação da exatidão dos instrumentos volumétricos 9

32n Definição de Exatidão

40n Gestão da Qualidade

37n Certificado de Conformidade e calibração

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A medição volumétrica de líquidos é uma operação de rotina no laboratório. Então, instrumentos volumétricos como balões volumétricos, pipetas volumétricas, pipetas graduadas, provetas e buretas são equipamentos usuais. Estes podem ser fabricados em vidro ou plástico. Os fornecedores ofere-cem instrumentos volumétricos em uma ampla variedade de qualidades. Copos becker graduados, Erlenmeyers, funis de decantação e afins não são instrumentos volumétricos! Não são precisamente calibrados e a escala serve somente como uma aproximação.Uma seleção de instrumentos volumétricos está descrita a seguir:

Ins t rumentos Vo lumétr icos – uma v isão gera l

Para attender a demanda crescente das medições volumétricas no laboratório, como testes em série, novos dispositivos estão constantemente sendo criados, por ex. para dispensação, pipetagem e titulação. Usualmente, os instrumentos criados por diferentes fabricantes para um propósito em par-ticular são mais ou menos similares nos princípios funcionais. Entretanto, diferenças significativas aparecem quando se trata dos detalhes de con-strução e design.A seleção de instrumentos de manuseio de líqui-dos BRAND ilustra a variedade de instrumentos disponíveis.

Ins t rumentos vo lumétr icosv idro/p lás t ico

Inst rumentos de manuse io de l íqu idos

Pipeta monocanal de interface de ar

Pipeta multicanal de interface de ar

Pipeta de desloca-mento positivo Repipetador manual Repipetador eletrô-

nico

Dispensador para frasco Bureta digitalDispensador para

frasco

Pipetas volumétricasBalões volumétricos Pipetas graduadas Provetas Buretas

Instrumentos Volumétricos

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Instrumentos Volumétricos de Vidro · Fabricação

Fabr icação de Ins t rumentos Vo lumétr icos de V idro

Cascos

O resultado é uma estabilidade mecânica ótima, um requisito para que o volume seja manti-do constante mesmo frente a qualquer flutuação de tempera-tura. Portanto, os instrumentos volumétricos BLAUBRAND® e SILBERBRAND podem ser aquecidos até 250 °C em fornos de secagem ou esteri-

Da matér ia pr ima ao ins t rumento de prec isão f ina l

Cascos para provetas

Calibração

Todo instrumento volumétrico de vidro é individualmente cali-brado na BRAND, isto é, o ins-trumento é exatamente preen-chido com uma quantidade de-finida de água, e uma mar-ca de calibração é aplicada no ponto inferior do menisco. No caso de instrumentos gradua-dos, duas marcas de calibração são feitas.Sistemas controlados por com-putador garantem a precisão máxima em uma linha de pro-dução totalmente automatiza-da. “Processos Estatísticos de Controle" (PEC) garantem a produção de instrumentos vo-lumétricos com o menor desvio da capacidade nominal (exati-dão) e dispersão mais estrei-ta dos valores individuais (coe-ficiente de variação).

Calibração de pipetas graduadas

Calibração “por vertido” (TD, Ex):

A quantidade de líquido vertido do instrumento corresponde ao volume impresso no instru-mento, o resíduo líquido que permanece no instrumento foi levado em conta na calibração.Estes instrumentos incluem por ex. pipetas graduadas e volumétricas, e buretas.

Calibração “a conter” (TC, In):

A quantidade de líquido contido no instrumento corresponde ao volume impresso no instrumen-to, Estes instrumentos incluem por ex. provetas, balões volu-métricos e capilares até 200 μl.

Temperatura de referência

A temperatura de referência padrão, isto é, a temperatura na qual instrumentos volumétri-cos vão conter ou verter seus volumes é de 20 °C.Se o ajuste ou calibração for realizada em temperaturas dife-rentes da padrão, os valores de medição correspondentes de-vem ser corrigidos.

Observação:

Devido ao pequeno valor do coeficiente de expansão do vi-dro, a temperatura de referên-cia tem pouca influencia no uso prático já que desvios de medi-ção resultantes da expansão de volume do instrumento de me-dição são geralmente menores que o limite de erro.

Instrumentos volumétricos podem ser calibrados tanto “a conter”(“In) ou “por vertido” (“Ex”).

Os tipos de vidro utilizados são: vidro alcalino (ex., AR-GLAS®) para pipetas volumétricas e graduadas e vidro borossili-cato (ex. Vidro Borossilicato 3.3) para balões volumétricos, provetas e buretas. Estes tipos de vidro atendem os requeri-mentos estritos de resiliência química e mecânica. Cascos de alta qualidade e um rigoroso teste estatístico das caracterís-ticas de qualidade requeridas são as bases da produção de instrumentos volumétricos de alta qualidade. Por exemplo, o estresse térmico no casco de vidro deve ser eliminado por um processo de aquecimento e resfriamento controlado.

lização sem resultar qualquer alteração do volume.Entretanto, como em qualquer instrumento de vidro, deve-se notar que o aquecimento des-contínuo ou mudanças bruscas de temperatura produzem estresse térmico, que pode resultar em quebra.

Então: Sempre coloque os ins-trumentos de vidro em fornos de secagem e esterilização não aquecidos. No final do período de secagem ou esterilização, deixe os instrumentos resfriar lentamente dentro dos fornos de secagem ou esterilização desligados. Nunca aqueça instrumentos volumétricos em placas de aquecimento.

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Instrumentos Volumétricos de Vidro · Fabricação

Silk-screening

A calibração é seguida da impressão das marcas e inscri-ções. A BRAND usa estênceis elásticos para todas as pipetas graduadas, buretas, provetas graduadas e provetas com tampa. Estes estênceis podem ser esticados para coincidir precisamente com as marcas de calibração, de forma que a precisão da medição é mantida em todos os volumes interme-diários.

A pipetas são adicionalmente marcadas com anéis “código de cor” na sua extremidade superior, o que torna fácil a identificação clara de pipetas de volumes similares. Os pa-drões industriais da ISO 1769 definem os códigos de cor para diferentes volumes nominais.

Queima

A queima ou recozimento da tinta de impressão é a última etapa na conversão do casco até o instrumento volumétrico acabado. Um processo de recozimento cuidadosamente controlado, juntamente com as tintas de qualidades especial-mente produzidas é condição fundamental para graduações duráveis. Este processo envol-ve aquecimento e resfriamento graduais dos instrumentos volumétricos. Dependendo do tipo de vidro este processo atinge temperaturas de 400 a 550 °C.

Impressão automática em balões volumétricos

Provetas graduadas com impressão antes da queima

Garantia da Qualidade

Na BRAND a garantia de Qua-lidade é assegurada através de testes contínuos durante a produção e testes estatísticos na inspeção final (para infor-mações detalhadas, veja a pág. 39).

Esmalte azul:

Alto contraste, ótima combina-ção de resistência e legibilida-de. O esmalte azul é utilizado nos instrumentos volumétricos BLAUBRAND® (classe A/AS).

Esmalte branco:

O esmalte branco é utilizado em instrumentos volumétricos SILBERBRAND (classe B).

Impressão âmbar por difusão:

A tinta se difunde na superfí-cie do vidro e somente pode ser removida por abrasão. É utilizada em instrumentos volumétricos que estão expos-tos a condições de limpeza particularmente agressivas. A impressão por difusão âmbar é utilizada em instrumentos volumétricos BLAUBRAND® ETERNA (classe A/AS) assim como instrumentos volumétri-cos SILBERBRAND ETERNA (classe B).

Tintas de impressão

A BRAND utiliza tintas de alta qualidade fabricadas especialmente para instrumentos volumétricos de vidro.

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Instrumentos volumétricos de vidro · Fabricação

Ident i f icação de ins t rumentos vo lumétr icos

A seguinte informação também pode ser adicionada:

l país de origem

l Limite de erro

l Marca registrada do fabricante (aqui: BLAUBRAND®)

l Norma, por ex. ISO 648

l Número de lote

A rotulação abaixo deve ser impressa em cada instrumento volumétrico:

n Capacidade nominal

n Símbolo de unidade: ml ou cm³

n Temperatura de calibração: 20 °C

n Calibração: Ex ou In

n Classe: A, AS ou B

n Tempo de espera (se necessário): No formato “Ex + 5s”

n Nome do fabricante ou logomarca

Norma

Classe “A”, o mais alto Grau de qualidade,

“S” para vertido rápido

País de origem

Marca registrada BRAND para instrumentos volumétricos classe A e AS

Fabricante

Volume nominal

Limite de erro

H é o símbolo de certificação em conformidade da BRAND de acordo com 'Eichordnung', a

norma Federal Alemã de Pesos e Medidas e a norma DIN 12600.

Temperatura de referência(20 °C), Tempo de espera (5 seg.),

Calibração (TD, EX = por vertido)

Unidade de volume

Exemplo:Pipeta volumétrica BLAUBRAND®

Número de lote

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Instrumentos volumétricos de vidro · Fabricação

Class i f icação quanto a exat idão

Instrumentos volumétricos estão geralmente disponíveis em duas classes de exatidão:

Não existe um material uni-versal que atenda todos os re-querimentos dos laboratórios. A decisão de utilizar vidro ou plástico é guiada pela aplicação e design do produto, após con-siderar as propriedades espe-cíficas do material e aspectos econômicos. Os instrumentos volumétricos plásticos sobres-saem por sua alta resistência frente a quebra e baixo peso. PP, PMP e PFA são materiais comprovados.A exatidão de pipetas volumé-

Classe A/ASOs instrumentos volumétricos das classes A e AS possuem limites de erro idênticos, conforme estabelecido pela DIN EN ISO. Geralmente isto se refere somente aos instrumentos volumétricos de vidro. As exceções são os balões volumétricos de plástico BRAND fabricados em PFA e PMP, e provetas fabricadas em PMP, as quais atendem os mais altos requerimentos e portanto correspondem a classe A. Para os instrumentos volumétricos classe AS, calibrados por vertido (TD, Ex), o “S” adicional signifi-ca vertido rápido.O uso dos instrumentos volumétricos classe A tem se tornado prática comum.O risco de entupimento em pipetas e buretas é pequeno devido a ampla abertura da ponta. O comportamento da dispensação de líquidos diversos é compensado pela observação do tempo de espera definido (veja “Vertido e tempo de espera” na página 11).

Classe BOs instrumentos volumétricos classe B estão disponíveis em vidro ou plástico. Instrumentos classe B geralmente possuem o dobro dos limites de erro da classe A/AS. Para classe B, instrumentos de medição calibrados por vertido (TD, Ex), não possuem tempo de espera especificado.

Classe A/AS

n Designa sempre o mais alto grau de exatidão

n 'S' significa vertido rápido (pipetas e buretas)

n Apenas classe A/AS são marcação DE-M

n Graduação: As marcações longas se

estendem por pelo menos 90 % do perímetro do tubo ou estão presentes como marcas anelares.

Escolha de instrumentos volumétricos – vidro ou plástico?

Proveta graduada em PMP, classe A

tricas, pipetas graduadas, ba-lões volumétricos e prove-tas graduadas em PP corres-pondem aos limites de erro da classe B. PMP e PFA também são utilizados para instrumen-tos de medição que corres-pondem aos limites de erro da classe A, por ex. balões volu-métricos (PMP/PFA) e prove-tas graduadas (PMP). Devido a sua alta pureza, o PFA é prefe-rencialmente utilizado em apli-cações para análise de traços.

Classe B

n Geralmente o dobro dos limites de erro da classe A/AS

n Graduação: As marcas longas se esten-dem por cerca de 20 – 40 % do perímetro do tubo.

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Instrumentos Volumétricos de Vidro · Medição do volume

T raba lho com Ins t rumentos Vo lumétr icos

O termo menisco descreve a curvatura na superfície do líquido.O menisco pode se curvar para cima ou para baixo. A curvatura se desenvolve como função da interação de forças de adesão e coesão.

Se as moléculas de líquidos são atraídas mais fortemente pela parede do vidro (adesão) do que pelas próprias molécu-las do líquido (coesão), o me-nisco se curva para baixo, ou côncavo; a borda da superfície do líquido é levemente eleva-da. Este é o caso, por ex. de soluções aquosas.

Se o diâmetro da pipeta é su-ficientemente estreito – como em capilares – a adesão é forte o bastante para puxar não somente a borda mas também todo o nível do líquido (efeito capilar).

O ajuste correto do menisco é um pré-requisito para uma medição volumétrica exata.

No caso de um menisco cônca-vo, o volume deve ser lido no ponto mais baixo do nível do líquido. O ponto mais baixo do menisco deve tocar a borda su-perior da marca de graduação.

No caso de um menisco con-vexo, o volume deve ser lido no ponto mais alto do nível do líquido. O ponto mais alto do menisco deve tocar na borda inferior da marca de gradua-ção.

A franja de Schellbach é uma linha fina azul no centro de uma franja branca. As franjas de Schellbach são impressas na parte traseira dos instrumentos volumétricos para melhorar a legibilidade. A refração da luz forma duas pontas de seta no menisco. O ponto de leitura é no encontro das duas pontas de seta.

Se a força de coesão de um fluido é mais forte que a força de adesão da parede do vidro, um menisco com curvatura para cima (convexo) é formado. Isto acontece com o mercúrio, por exemplo.

Menisco côncavo em uma pipeta graduada.

Menisco convexo em uma pipeta graduada.

Ajuste do menisco

Menisco do l íqu ido

Aparência de um menisco na franja de Schellbach de uma bureta.

Leitura do menisco

Para ajustar do menisco sem erro de paralaxe, o instrumento volumétrico deve ser mantido na posição vertical e os olhos do observador devem estar na mesma altura do menisco. Nesta posição a marca anelar é visualizada como uma linha.

O menisco aparece escuro e com visualização mais fácil em frente a um fundo claro e com um pedaço de papel escuro mantido imediatamente abaixo da marca anelar de graduação.

Observação importante:

A temperatura do líquido e do ambiente durante o uso é im-portante. Enquanto a expansão do vidro de um instrumento de vidro é desprezível, a expansão do líquido em diferentes tem-peraturas deve ser levada em conta. Para minimizar os erros de volume tanto quanto possí-vel, os volumes de todos os lí-quidos que entram em contato uns com os outros, devem ser medidos a uma temperatura comum (predominante no dia). Especialmente na preparação de soluções padrão, por exem-plo, a pipetagem das amostras e a titulação devem ser feitas na mesma temperatura.Diferenças significantes de temperatura entre o instrumen-to de medição e o líquido tam-bém devem ser evitadas.

Marca anelar/ graduação

Menisco

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Instrumentos Volumétricos de Vidro · Medição do volume

Tempos de ver t ido e espera

Tempo de vertido

O tempo de vertido é defini-do como o período de tempo requerido para a queda livre do menisco (escoamento da água por gravidade) da marca superior de volume até atingir a marca do volume inferior ou a ponta. Está conectado ao tempo de espera definido para os instrumentos volumétricos classe AS.

O tempo de espera começa quando o menisco para na marca de volume inferior ou na ponta. Durante o tempo de es-pera, o líquido residual continua a fluir pela parede do vidro.

Em instrumentos volumétricos para vertido de líquidos (calibrados por vertido, TD, Ex), o volume ver-tido é sempre menor que o volume contido no instrumento de medição. Isto se deve ao fato de um certo volume de líquido permanecer como um filme na superfície interna do instrumento. O volume deste filme de líquido depende do tempo de vertido e deve ser levado em conta ao calibrar instru-mentos de medição.

Possíveis erros de volume:

O volume vertido de um pipeta ou bureta fica menor se a ponta estiver quebrada (menor tempo de vertido), ou aumenta se a ponta não estiver limpa e o fluxo do líquido é impedido (maior tempo de vertido). Da mesma forma, o volume aumenta se o líquido residual na ponta após a pipetagem é assoprado por engano. (para o manuseio apropriado de pipetas, veja a pág. 13).

Exemplos de tempos de vertido e espera para diferentes classes (pipeta volumétrica 25ml)

Tempo de espera para classe AS:O tempo de espera de 5 s estabelecido para pipetas volumétricas e graduadas é o tempo após o qual o menisco visivelmente entra em repouso na ponta, e deve ser observa-do antes da ponta poder ser removida da parede interna do recipiente de coleta.O tempo de espera de 5 s deve estar indicado na pipeta pelo fabricante (veja pág. 8).

Tempo de espera

Classe A (marcação DE-M)

Tempo de vertido 25-50 seg. (sem tempo de espera)

Classe AS (marcação DE-M)

Tempo de vertido 15-20 seg. + tempo de espera de 5 seg.

Classe B

Tempo de vertido 10-50 seg. (sem tempo de espera)

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Instrumentos Volumétricos de Vidro · Manuseio

T raba lho com Ins t rumentos Vo lumétr icosPipetas , gera lPipetas são instrumentos volumétricos para a medição de líquidos e são geralmente calibradas “por vertido”. Durante o processo de fabricação, elas são calibradas individualmente e fornecidas com uma ou mais marcas de calibração. Se distinguem entre pipetas volumétricas e graduadas (calibra-das por vertido, TD, Ex) e capilares descartáveis até 200 μl (calibrados a conter, TC, In).

Pipetas volumétricas

n Calibração: Classe AS: “Ex + 5 s” Classe B: “Ex”

n Geralmente maior exatidão do que as pipetas graduadas

n Modelos de pipetas volumé-tricas: O modelo mais impor-tante é a pipeta volumétrica com 1 marca (esgotamento total). Menos comum é o modelo com 2 marcas (esgo-tamento parcial).

Pipetas volumétricas também são chamadas de pipetas de volume único.

Pipetas graduadas

n Calibração: Classe AS: 'Ex + 5 s' Classe B: 'Ex'

n A escala permite a leitura de volumes parciais

n Tipos de pipetas graduadas:

Tipo 2 – volume nominal no topo, esgotamento total também para volumes parciais

Tipo 1 – volume nominal na extremidade inferi- or, esgotamento parcial para todos os volumes

Tipo 3 – volume nominal na parte inferior, esgo- tamento total apen- as para o volume nominal

Pipetas capilares Por ex. BLAUBRAND® intraMark

n Calibradas a conter (TC, In)

n Uma marca anelar

n Volume limitado por uma ex-tremidade e a marca anelar

Pipetas capilares Por ex. BLAUBRAND® intraEnd

n Calibradas a conter (TC, In)

n Sem marca anelar

n Volume limitado pelas duas extremidades (capilares extremo a extremo)

Pipeta volumétrica com 1 marca

Pipeta graduada tipo 2,volume nominal no topo

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Instrumentos Volumétricos de Vidro · Manuseio

Manuse io de p ipetas

Tipo 1 e tipo 3

Ao utilizar pipetas graduadas do tipo 1 ou tipo 3 (ponto zero no topo), o menisco deve:

1.) Primeiramente ser ajustado no ponto zero e então deve correr até um pouco acima do volume parcial desejado.

2.) Após o tempo de espera de 5 s, o menisco deve ser ajustado uma segunda vez.

Enchimento

1. Encha a pipeta com um auxi-liar de pipetagem até aprox. 5mm acima da graduação de-sejada.

2. Remova qualquer líquido re-manescente da ponta da pi-peta com um lenço.

3. Ajuste o menisco.

4. Remova qualquer gota de lí-quido aderida a ponta.

Vertido

5. Segure a pipeta verticalmen-te. Verta o líquido com a pon-ta da pipeta em contato com a superfície interna inclinada do recipiente coletor.

6. Quando o menisco estabilizar na ponta, o tempo de espera de 5 s começa (somente classe AS).

7. Após o tempo de espera, arrastar a ponta da pipeta para cima sobre a parede interna do recipiente por aprox. 10 mm para remover o líquido residual.

Pipetas calibradas “por vertido” (“TD, EX”)

Pipetagem correta com pipetas volumétricas (aqui: volume nominal 25 ml) e pipetas graduadas tipo 2, classe AS (aqui: volume parcial 3 ml)Dispositivo auxiliar: auxiliar de pipetagem (veja pág. 18)

Esgota-mento parcialponto zero no topo

Esgota-mento totalponto zero no topo

Tipo 3

Ajuste do menisco2 vezes

Ajuste do menisco2 vezes

Tipo 1

Ajuste do menisco1 vez

Ajuste do menisco1 vez

Tipo 2

Trabalhar com pipetas gradua-das tipo 2 é muito mais rápido e simples. Com os tipos 1 e 3 existe o risco de que o ajuste pela segunda vez, sempre necessário, leve a um excesso de líquido liberado, e que a amostra tenha que ser prepa-rada novamente (assim como em pipetas volumétricas de 2 marcas).

Esgota-mento total,volume nominal no topo

Pipeta volu-métrica1 marca

Observação:O líquido residual que ainda permanece na ponta da pipeta já foi le-vado em conta durante a calibração e não deve ser descartado no recipiente, com sopro por exemplo.

Encher a pipeta

Secar a ponta Ajustar o menisco

Verter

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Instrumentos Volumétricos de Vidro · Manuseio

Manuse io de p ipetas

Pipetas calibradas “a conter” (TC, In)

Capilares são pipetas com um diâmetro interno muito estreito. Podem ser carregadas tanto com um auxiliar de pipetagem como por ação capilar. Após esvaziar, o capilar deve ser repeti-damente rinsado com o meio de diluição.

Pipetagem correta com pipetas capilaresDispositivo auxiliar: auxiliar de pipetagem (veja pág. 18)

Enchimento

n Aspirar o líquido exatamente até a marca desejada.

n Segurar a pipeta horizontal-mente e secar cuidadosa-mente com um lenço.

Vertido

n Para esvaziar capilares, deve-se assoprar o líquido com um auxiliar de pipeta-gem, e rinsar duas ou três vezes com o meio de diluição (requerido devido a calibra-ção “a conter”).

n Capilares extremo a extremo são frequentemente coloca-dos diretamente na solução de diluição e lavados por agitação.

Suporte com capilar ex-tremo a extremo

Preencha capilar

Limpar Entregar

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Instrumentos Volumétricos de Vidro · Manuseio

Manuse io de ba lões vo lumétr icos

Balões volumétricos, classe A e B, são calibrados a conter (TC, In), e principalmente utilizados para preparar diluições exatas e soluções padrão.

Métodos analíticos modernos requerem balões volumétri-cos de pequena capacidade. Balões volumétricos pequenos (até aprox. 50 ml) tendem a tombar facilmente devido ao seu alto centro de gravidade e a sua pequena área de base. Balões volumétricos trapezoi-dais são muito mais estáveis. O centro de gravidade é menor, e a sua base é mais que duas vezes maior comparada à do balão volumétrico regular equivalente.

Como preparar uma solução volumétrica com um balão volumétrico:

1. Insira a quantidade exatamente pesada da substância, ou rinse uma solução padrão concentrada.

2. Encha o balão volumétrico até aproximadamente a metade. Agite o frasco para dissolver e misturar o conteúdo.

3. Adicione água destilada ao balão até um pouco abaixo da mar-ca anelar.

4. Complete o volume restante, utilizando um frasco lavador ou pipeta, até o menisco atingir exatamente a marca anelar.

Importante: o menisco deve ser lido na altura dos olhos. A parede do balão não deve ser molhada acima da marca.

5. Tampe e agite invertendo o balão para misturar.

Manuse io de provetas graduadas e com tampa

Provetas graduadas

Provetas graduadas, classe A e B, são instrumentos de me-dição que são calibrados a con-ter (TC, In), isto é, eles indicam o volume exato contido.

Provetas com tampa podem ser utilizadas para o preparo de soluções padrão e diluições, assim como os balões volumé-tricos.

n Após a medição de várias porções de líquidos, os mes-mos podem ser misturados por agitação diretamente na proveta com tampa.

Manuseio:

n Encha com o líquido.

n Ajuste o menisco à marca requerida (leitura ao nível dos olhos!).

n A parede da proveta não deve estar molhada acima da marca.

n O volume indicado é a quan-tidade de líquido contida.

Provetas com tampa

As provetas com tampa são calibradas a conter (TC, In), assim como as provetas gra-duadas. São fabricadas com juntas esmerilhadas e forneci-das com tampa.

Observação:No laboratório, provetas gra-duadas são frequentemente utilizadas como instrumentos de medição calibrados por vertido (TD, Ex). Medições com água mostram que o volume dis-pensado é reduzido em apro-ximadamente o limite de erro da proveta graduada devido ao resíduo úmido. Pré-requisito: O líquido deve ser vertido lenta-mente de uma vez, e para ter-minar a dispensação a proveta deve ser mantida inclinada por mais 30 s.

Observação: Quando dois líquidos são misturados, pode ocorrer uma alteração de volume.

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Bureta com torneira lateral

Bureta automáticatipo Pellet

Bureta automáticatipo Dr. Schiling

Instrumentos Volumétricos de Vidro · Manuseio

Manuse io de buretas

Buretas são instrumentos volumétricos calibrados por vertido (TD, Ex) que são utilizados para titulação em análises volumétricas.

Tipos de buretas:

Observação sobre o tempo de espera:Em comparação com as pipetas, o manuseio de buretas é dife-rente durante a utilização prática e na calibração. Usualmente, o volume de uma titulação é menor que o volume nominal, e a so-lução padrão é adicionada gota a gota nas proximidades do ponto de mudança de cor para evitar adição em excesso.

Na prática o tempo requerido para esta titulação gota a gota é igual ou maior do que o tempo de espera estabelecido. Como resultado, não é necessário aguardar o tempo de espera de 30 s durante o uso rotineiro para buretas classe AS.

Manuseio

1. Rinse a bureta com a solução padrão a ser utilizada e posicione de forma que o tubo fique na posição vertical. Certifique-se de que a solução esteja homogênea, isto é, não deve haver turbi-dez, floculação ou precipitados presentes.

2. Encha a bureta um pouco acima da marca zero. Para purgar a torneira, deixe sair o líquido até a capacidade nominal. Se uma bolha de ar persistir, segure a bureta em posição inclinada e bata levemente com o dedo próximo ao local onde se encontra a bolha.

3. Encha novamente com o titulante até aprox. 5mm acima da marca zero. A parede da bureta não deve estar molhada acima deste nível.

4. Drene o líquido até exatamente o ponto zero. Importante: O menisco deve ser lido na altura dos olhos (nível livre de para-laxe). Buretas automáticas: Encha até aprox. 5 mm acima da marca zero. O líquido é ajustado automaticamente após a libe-ração do ar.

5. Seque qualquer gota aderida a ponta da bureta.

6. Abra a torneira e lentamente adicione o titulante à amostra (contendo o indicador). A torneira não deve tocar a parede do recipiente. Mantenha a agitação do recipiente da amostra en-quanto adicionar o titulante, ou utilize um agitador magnético. Para melhor visualização da mudança de cor, posicione o reci-piente sobre uma superfície branca. Quando ocorrer a mudan-ça de cor, feche a torneira. A titulação está terminada.

7. Faça a leitura do volume ao nível dos olhos. O tempo de espe-ra requerido (classe AS: 30 s) já foi satisfeito no processo de titulação. Este deve ser levado em conta somente durante a calibração do instrumento.

8. Qualquer gota remanescente na ponta da bureta deve ser re-colhida contra a parede do recipiente e rinsada. Ela é parte do volume titulado.

n Antes de cada nova titulação, ajuste o ponto zero e inicie a ti-tulação deste ponto.

Adicionalmente às buretas, os seguintes equipamentos são ne-cessários nas titulações: balões volumétricos, pipetas volumétri-cas e frascos Erlenmeyer.

Calibração

Classe AS: 'Ex + 30 s'Classe B: 'Ex'

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Manuseio

1. Determine o peso do picnômetro vazio e seco.

2. Encha o picnômetro com o líquido, evitando bolhas. Aprox. 1/3 da junta esmerilhada deve estar coberta.

3. Em um banho termostático, ajuste a temperatura do picnôme-tro e conteúdo a 20 °C.

4. Alinhe a tampa e o termômetro do picnômetro de acordo com a marca, e insira cuidadosamente. O tubo capilar é preenchido e o líquido transborda.

5. Seque cuidadosamente as superfícies externas da tampa e do capilar lateral, assim como do picnômetro, com um lenço.

ATENÇÃO: Nenhum líquido deve ser extraído do capilar. O líquido amostra

deve estar exatamente no mesmo nível da extremidade supe-rior do capilar.

6. Determine o peso do picnômetro cheio.

Calcule a densidade a partir da massa (peso) e do volume do lí-quido na temperatura de referência de 20 °C. O volume está gra-vado no picnômetro. A equação é:

Densidade (p) = Massa (m)/Volume (V)

Leve em conta o empuxo do ar na pesagem.

Picnômetrocom tampa

Picnômetro com termômetro e capi-lar lateral

(recomendado para líquidos com alta pressão de vapor)

Instrumentos Volumétricos de Vidro · Manuseio

Manuse io de p icnômetros

Picnômetros são utilizados principalmente para determinar a densidade de líqui-dos de viscosidade moderada. Não são instrumentos volumétricos, entretanto, são calibrados "a conter" da mesma forma que balões volumétricos.

Tipos de picnômetros

Observação: Picnômetros calibrados sempre possuem um número de identifi-cação único gravado em todas as peças. Somente use as partes com o mesmo número.

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Auxiliares de pipetagem motorizados

Auxiliares de pipetagem motorizados são ideais para a pipetagem de longas series (ex. para cultivo celular).

Ex. accu-jet® pro BRAND

O controle variável da velocidade do motor e um sistema de válvu-las especial permitem uma operação com alta sensibilidade para pipetas de 0,1 a 200 ml.

Uma válvula de retenção integrada na conexão com o filtro mem-brana efetivamente protege contra a penetração de líquidos. Para proteção contra a corrosão, uma compensação ativa de pressão desvia os vapores para fora.

A escolha do modo de dis-pensação é determinada pela aplicação. No laboratório ana-lítico, o modo “vertido livre” é frequentemente preferido para que se obtenha a exatidão volumétrica requerida. Para atingir a exatidão indicada nas pipetas, é necessário deixar o líquido escorrer livremente, e observar o tempo de vertido e de espera. Entretanto em microbiologia, a exatidão volu-

métrica é menos significante. Neste caso o vertido rápido e uniforme de soluções nutrien-tes, etc. são de maior impor-tância. Então o modo “vertido forçado” é preferido neste campo de aplicação.

Manuseio

A pipetagem é controlada através de dois grandes botões:

Vertido do líquido: livre ou forçado?

Instrumentos Volumétricos de Vidro · Auxiliares de pipetagem

Traba lho com aux i l ia res de p ipetagem

Encher

Para encher a pipeta, pressione o botão superior. A taxa de enchimento varia continuamente pela pressão no gatilho.

Tipos de auxiliares de pipetagem:

n Auxiliares de pipetagem motorizados

n Auxiliares de pipetagem manuais

Auxiliares de pipetagem são indispensáveis no trabalho com pipetas. Pipetagem com a boca ou tubo e bocal não é permitida.

Um auxiliar de pipetagem deve ser utilizado sempre para este fim. Desta forma o risco de lesão é reduzido significativamente.

Vertido

A taxa de esvaziamento va-ria pela pressão no gatilho.

Escolha:

Vertido livre

ou

Vertido forçado

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A

S

E

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Instrumentos Volumétricos de Vidro · Auxiliares de pipetagem

Atenção!

O auxiliar de pipetagem não deve ser armazenado no estado vazio, para que nenhum líquido seja aspirado para seu interior!

Auxiliares de pipetagem manuais

Auxiliares de pipetagem manuais são usados em séries de pipeta-gem menores, principalmente em laboratórios químicos.

Manuseio

1. Insira a parte superior da pipeta.

2. Pressione ‘A’ e aperte a pera (para criar pressão negativa)

3. Pressione ‘S’ para aspirar o líquido logo acima da marca desejada

4. Pressione ‘E’ para verter o líquido até a marca desejada ou esvaziar a pipeta

O macro é compatível com a faixa completa de pipetas volumétri-cas e graduadas de 0,1 a 200 ml. O sistema de válvulas especial

Manuseio

Gere pressão negativa

Aperte a pera de sucção.

Enchimento

Mova a alavanca de pipetagem para cima.Quanto mais para cima a alavanca for pressionada, mais rápido a pipeta encherá.

Ajuste de menisco/ dispen-sação por “vertido livre”

Pressione a alavanca de pipe-tagem levemente para baixo. O menisco desce - solte a alavanca, o menisco para.Para descarregar a pipeta, pressione a alavanca completa-mente para baixo. Para atender a exatidão classe A, não sopre o líquido residual!

Sopro

Ao pipetar meios viscosos em “vertido livre”, a ponta da pipeta frequentemente não esvazia completamente. Nestes casos, sopre qualquer resíduo rema-nescente pressionando o bulbo de borracha do macro controla-dor de pipetagem.

permite um fácil ajuste do menisco. Um filtro membrana hidrofóbi-co protege o sistema contra a penetração de líquido.

ex. macro controlador de pipetagem BRAND

Pera de pipetagem

O auxiliar de pipetagem clássico para pipetas volumétricas e graduadas.

Sopro

Para soprar meios viscosos, a saída lateral deve ser fechada e a pera comprimida.

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Instrumentos Volumétricos de Vidro · Auxiliares de pipetagem

Auxiliares de pipetagem manuais para pipetas de volumes pequenos, até 1 ml

Auxiliares de pipetagem especiais foram desenvolvidos para estas pipetas. Elas são utilizadas na área médica com capilares, pipetas de diluição de sangue e pipetas para glicose em sangue até no máximo 1 ml.

Ex. Micro controlador de pipetagem BRAND

Manuseio

Manuseio

Enchimento / Vertido

Gire o botão para encher ou verter o líquido. Pipetas cali-bradas a conter (TC, In) devem ser rinsadas várias vezes com a solução de diluição.

Ejetar

O botão ejetor grande permite a expulsão de pipetas usadas sem contato manual.

Dispensação por “vertido livre”

Para dispensar líquidos de pipetas calibradas por vertido (TD, Ex), pressione o botão de liberação de ar (observe o tempo de espera necessário).

Pipetagem utilizando a boca ou tubo com boca não são permitidas. Um auxiliar de pipetagem deve sempre ser utilizado nestes casos. Isto reduz significativamente o risco de infecção ou lesão.

Enchimento

Gire o botão para trás até que o líquido alcance a marca desejada.

Dispensação

Pipetas calibradas “a conter”: Gire o botão para frente até que o líquido seja dispensado. Rinse a pipeta pelo menos três vezes com a solução de diluição.

Pipetas calibradas “por vertido”: Para “vertido livre” pressione o botão de liberação de ar até que o líquido tenha sido dispensado (observe o tempo de espera necessário).

Adaptar a pipeta

Sempre insira a extremidade curta da pipeta, isto é, segure próximo ao código de cor da pipeta e cuidadosamente insira no adaptador.

Ex. micro-classic controlador de pipetagem BRAND

Devido ao seu desenho angular, é especialmente indicado para trabalho sob o microscópio em laboratórios IVF e laboratórios clínicos.

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Instrumentos de Manuseio de Líquidos

A sempre crescente demanda pela qualidade em resultados analíticos, e o aumento do número de amostras a serem processadas resultam na necessidade por instrumentos volumétricos que auxiliem o trabalho rotineiro de preparo de amostras com a máxima eficiência possível. Os fabricantes de equipa-mentos de laboratório tem respondido a esta necessidade desenvolvendo instrumentos especializados de manuseio de líquidos. Estes aparelhos representam um avanço sobre os instrumentos volumétricos tradicionais fabricados em vidro ou plástico, e permitem um trabalho eficiente com um grau superior de precisão além da facilidade de operação.Os instrumentos de manuseio de líquidos da maioria dos fabricantes tem um princípio de operação similar, entretanto os detalhes de desenho e materiais utilizados diferem bastante de um fabricante para o outro. Nas páginas seguintes, explicaremos os princípios funcionais e aplicações de alguns dos instrumentos de manuseio de líquidos mais comuns, utilizando instrumentos fabricados pela BRAND como exemplo.

Traba lho com Ins t rumentos de Manuse io de L íqu idos

Dispensette® seripettor® Titrette® Transferpette® S(manual)

Transferpette® S -8/-12(manual)

Transferpettor HandyStep®

(manual)HandyStep® electronic

Dispensador para frascos

Bureta digital para frascos

Dispensador para frascos

Micropipeta de inter-face de ar monocanal

Micropipeta de inter-face de ar multicanal

Micropipeta de deslo-camento positivo Repipetador Repipetador

Transferpette® electronic Transferpette®-8/-12 electronic

Micropipeta de inter-face de ar monocanal

Micropipeta de inter-face de ar multicanal

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Dispensadores para frascos com pistão flutuante

Este Sistema não requer anel selo de pistão e é portanto muito durável e de manutenção amigável. O pistão encaixa no cilindro de dispensação sem contato. Pistão e cilindro são separados por uma lacuna de milésimos de milímetro de distância e preenchidas com líquido. Este filme de líquido atua como lubrificante que proporciona um movimento muito suave do pistão.

Instrumentos de manuseio de líquidos · Dosificação

Dos i f icação com d ispensadores para f rascos

Princípio de funcionamento dos dispensadores para frascos

Definição de “dosificação”: O termo “dosificação” significa a dispensação de quantidades definidas.

Na dosificação rápida e precisa de reagentes, os dispensadores para frascos são amplamente em-pregados. Eles podem ser montados diretamente em frascos comerciais de laboratório, diretamente ou por meio de adaptadores. Não é mais necessário transferir ou decantar reagentes (com provetas graduadas). Dispensações em série são particularmente facilitadas.

Distinguimos os dispensadores para frascos entre pistão flutuante e pistão com anel selo raspador.

Através de um movimento do pistão para cima, uma quanti-dade definida de líquido é aspi-rada do frasco reagente para o cilindro do dispensador. Com um movimento subsequente do pistão para baixo, o líquido é

liberado através de um sistema de válvulas e de um tubo de dosificação.Não há a necessidade de ajus-tar um menisco ou aguardar o tempo de espera.

Faixa de aplicação

Para dispensar reagentes agressivos, isto é, ácidos concentrados como H3PO4, H2SO4, bases como NaOH, KOH, soluções salinas, assim como muitos solventes orgâni-cos: Dispensette® III.

Para dispensar solventes orgânicos, como hidrocarbone-tos fluorados ou clorados (ex. triclorotrifluoretano e dicloro-metano), ácidos concentrados como HCl e HNO3, assim como ácido trifluoracético (TFA), tetrahidrofurano (THF) e peróxidos:

Dispensette® Organic.Não indicado para dispensar ácido fluorídrico (HF).

Materiais

Dependendo dos requerimen-tos, as partes que entram em contato com o líquido são fabricadas com vários materiais especialmente resistentes, por ex. cerâmica, platina-irídio, tântalo, ETFE, PFA.

Ex. Dispensette® BRAND

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Instrumentos de manuseio de líquidos · Dosificação

Ex. seripettor® BRAND

O desenho do sistema permite a reposição do cartucho de dosificação completo. As maiores forças de operação durante o enchimento são minimizadas pela atuação de uma mola com elevação automática.

Dispensadores para frasco de pistão com anel selo raspador

Adicionalmente ao princípio de operação “pistão flutuante”, instrumentos de pistão com anel raspador também são utilizados. Frequentemente é reportado que estes sistemas requerem maiores forças de operação e que a fricção pode danificar os selos.

Ao escolher um dispensador para frascos, as características de segurança do instrumentos devem sempre ser levadas em conta. Por exemplo, ele reduz o risco de lesão devido a que-bra de vidro?Como ele evita respingos aci-dentais quando o instrumento é purgado? Como o contato com o meio é minimizado quando o tubo de dosificação é fechado?

Segurança sempre em primeiro lugar!

Da mesma forma, a compati-bilidade do dispensador com o meio a ser dispensado deve ser verificada pelo usuário. Estas informações geralmente podem ser encontradas nos manuais de operação no capítulo “Fun-ções e Limitações de Uso”. Em caso de dúvida contate direta-mente o fabricante. Informação sobre manutenção e monito-ramento dos instrumentos de medição também são encontra-das no manual de operação.

Com respeito ao monitora-mento dos instrumentos de medição de acordo com a ISO e diretrizes BPL, a exatidão dos instrumentos volumétricos

Monitoramento dos instrumentos de medição / Calibração

A faixa de aplicação inclui a dispensação diária e ro-tineira de bases, ácidos de baixa concentração, tampões biológicos, meios para cultivo celular, detergentes biológicos e solventes polares.

deve ser verificada regular-mente e os mesmos devem ser recalibrados se necessário (veja pág. 33).

Faixa de aplicação e materiais

O dispensador seripettor® pro é adequado para a dosificação de ácidos como HCl concen-trado, solventes polares como acetona, óleos essenciais e meios sensíveis a luz UV. Diferentemente do dispensador seripettor®, válvulas feitas de materiais quimicamente mais resistentes são utilizadas neste instrumento.

Este exemplo reflete um dispensador de preço econômico para dosificação simples na faixa de 0,2 a 25 ml.

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Instrumentos de Manuseio de Líquidos · Titulação

T i tu lação com buretas d ig i ta is para f rascos

Ex. Titrette® BRAND nos volumes 10 ml, 25 ml, e 50 ml

Definição de “titulação”: Titulação é um método volumétrico utilizado para a análise quantitativa de uma substância dissolvida.

Leitura do volume

O volume dispensado pode ser lido diretamente no display da bureta digital. Não há erro de leitura de menisco.

Com um movimento subse-quente do pistão para baixo, o líquido é liberado lentamente, e adicionado à amostra através do tubo de dosificação até o término da titulação, ex. pela mudança de cor.

Princípio de funcionamento das buretas digitais para frascos

Buretas digitais para frascos são montadas diretamente no frasco reservatório. Através de um movimento do pistão para cima, o líquido é aspirado do frasco reagente para dentro do cilindro.

O pistão se move quando os botões giratórios são movimen-tados, o que faz o líquido ser aspirado ou dispensado. A par-te eletrônica do instrumento re-conhece automaticamente pela direção da rotação, se uma as-piração ou titulação está sendo realizada.O líquido pode ser aspirado ra-pidamente, e dispensado de forma muito exata, lentamen-te, gota a gota. Uma válvula de recirculação torna possível o retorno do líquido de volta ao frasco durante a purga. Des-ta forma, as bolhas de ar po-dem ser removidas sem perda de meio. O instrumento pode ser desmontado facilmente no laboratório para limpeza ou ma-nutenção.

Faixa de aplicação

Utilizada em muitas aplicações para soluções aquosas ou não (ex. KOH alcoólico) até 1M.

Materiais As partes que entram em con-tato com o líquido são feitas de vários materiais especialmente resistentes, ex. vidro borossili-cato, PTFE, platina-irídio, Al2O3 cerâmica.

Como titular? Uma porção definida de amostra (líquido com quantidade desconhecida de material dissolvido, ex. ácido acético) é colocada em um Erlenmeyer com o auxílio de uma pipeta volumétrica.Após diluição com água, 3 gotas de solução de indicador são adicionadas. Então, com agitação continua, um titulante adequado de concentração conhecida (ex. NaOH 0,1M) é adicionado de uma bureta até mudança de cor do indicador que sinaliza o ponto final da titulação.Utilizando a equação química e o volume do titulante utilizado, a quantidade da substância dissolvida na amostra pode ser calculada.

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Haste da pipeta

Ponteira descartável

Coluna de ar

Reagente

Instrumentos da Manuseio de Líquidos · Pipetagem

Pipetagem com p ipetas de in ter face de ar

O movimento para cima e para baixo do pistão dentro da pipeta cria uma pressão negativa ou positiva da coluna de ar. Como resultado o líquido

é aspirado para dentro da pon-teira ou expelido. A coluna de ar (interface de ar) mantém o líquido separado do pistão.

Princípio de funcionamento

Ex. Transferpette® S BRAND

Micropipetas manuais monocanal

Na rotina do laboratório e em pesquisa, precisão e funcionalidade são padrões normalmente esperados para pipetas de interface de ar operadas por pistão.

Aspirar o reagente

1. Pressione o botão de pipeta-gem até o primeiro estágio. Segure a pipeta verticalmen-te e mergulhe a ponteira no líquido.

Expulsar a ponteira

Pressione o ejetor de ponteira.

Definição de “pipetagem”: Pipetagem é a tomada exata de líquidos com subsequente dispensação em uma única vez.Uma pipeta de interface de ar é utilizada para líquidos aquosos na faixa de microlitro a mililitro. É operada pelo princípio de interface de ar.

Benefícios

O instrumento não é molhado, o líquido somente entra em contato com a ponteira. Pontei-ras são utilizadas somente uma vez, o que elimina qualquer

arraste. Isto é particularmente importante em aplicações nas quais condições estéreis são necessárias, ou nenhum arras-te é permitido.

Com respeito ao monitoramen-to de instrumentos de medição de acordo com as diretrizes ISO e BPL, os instrumen-tos volumétricos devem ser calibrados regularmente (ex. verificados) e ajustados se necessários (pág. 33).

Calibração

Dispensar o reagente

1. Posicione a ponteira da pipeta contra a parede do recipiente e pressione o botão de pipetagem lentamente até o primeiro estágio e segure nesta posição.

2. O golpe de sopro esvazia a ponteira completamente: pressione o botão de pipeta-gem até o segundo estágio e arraste a ponteira sobre a parede do recipiente por aprox. 10 mm.

Operação

2. Deixe o botão de pipetagem retornar lentamente a sua posição inicial para que o líquido seja aspirado.

Faixa de volume

Profundidade de imersão

em mm

Tempo de espera

em s

0,1 μl - 1 μl 1 - 2 1

> 1 μl - 100 μl 2 - 3 1

> 100 μl - 1000 μl 2 - 4 1

> 1000 μl 3 - 6 3

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Instrumentos de Manuseio de Líquidos · Pipetagem

Micropipetas manuais multicanal

Ex. Transferpette® S -8/-12 BRAND

Expulsar a ponteira

Pressione o ejetor de ponteira.

Áreas de aplicação

n Diagnóstico clínico

n Análise de alimentos

n Imunologia

n Bioquímica

n Cultura de células

Técnicas analíticas

n Imunofluorescência (IF)

n Radioimunoensaio (RIA)

n Enzimaimunoensaio (EIA, ELISA)

n Diluição de cultura de células

Estas pipetas também seguem o princípio de interface de ar. Elas permitem que 8 ou 12 operações de pipetagem sejam feitas simultaneamente.

A tecnologia de microtitulação requer pipetagem em placas de microtitulação de 8 x 12 cavidades (placas de 96 poços) com espaçamento padronizado. Esta tecnologia permite por ex. a detecção de quantidades muito pequenas de proteínas.Este método somente pode ser aplicado eficientemente com pipetas multicanal.Pipetas multicanal são ideais para a transferência eficiente de amostras, diluições em série e para a lavagem de placas de microtitulação.

Operação

Aspirar o reagente

1. Pressione o botão de pipetagem até o primeiro estágio. Mergulhe a ponteira 2 a 3 mm no líquido.

2. Deixe o botão de pipetagem retornar lentamente a sua posição inicial para que o líquido seja aspirado.

Dispensar o reagente

1. Posicione as ponteiras da pipeta contra a parede do recipiente e pressione o botão de pipetagem lentamente até o primeiro estágio e segure nesta posição.

2. O golpe de sopro esvazia a ponteira completamente: pressione o botão de pipetagem até o segundo estágio e arraste as pon-teiras sobre a parede do recipiente por aprox. 10 mm.

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Botões de programa

Botão de expulsão de ponteira

Botão de pipetagem

O padrão para as pipetas eletrônicas mono e multicanal, deve in-cluir um design prático, distribuição de peso balanceada, software intuitivo além de uma clara e facilmente compreensível documen-tação técnica.

Micropipetas eletrônicas mono e multicanal

Ex. Transferpette® electronic mono e multicanal BRAND

Instrumentos de Manuseio de Líquidos · Pipetagem

Ergonomia e Esforço

Operações intensivas e repetitivas realizadas com instrumentos mecânicos sem um design ergonô-mico apropriado resultam em estresse prolongado e podem levar um grande número de problemas musculares, conhecidos como LER (lesão por esforço repetitivo). Particularmente expostas ao risco estão as áreas do pescoço, ombros, braços e dedos. Por este motivo, no trabalho em laboratório frequentemente aparecem, entre outros problemas, tendinites e síndrome do túnel do carpo. Espe-cialmente com micropipetas, a necessidade de operação livre de fadiga é fundamental.

Princípio de operação

Pressionar o botão de pipe-tagem inicia o mecanismo de aspiração ou dispensação (incluindo o sopro). O pistão da pipeta é movido por um motor, aspiração e dispensação são

controlados por um micropro-cessador.Vários programas de pipetagem podem ser selecionados com os botões de controle.

Operação

Dispensar o reagente

Posicione o botão de pipe-tagem outra vez, e o líquido será dispensado. O sopro é realizado automaticamente! Durante este processo, arraste a ponteira sobre a parede do recipiente por aprox. 10 mm.

Expulsão da ponteira

Pressione o ejetor de ponteira.

Aspirar o reagente

Mergulhe a ponteira no rea-gente e pressione o botão de pipetagem uma vez – o volume escolhido será aspirado.

Vantagens das pipetas eletrônicas

A combinação do controle por motor e a ergonomia das pipe-tas permite uma operação sem estresse e sem fadiga.Ela também reduz a exigência sobre os dedos ao realizar sé-ries longas que de outra forma aumentariam ainda mais o risco de LER!

Uma vantagem adicional é a excução de programas de pipetagem como o modo pipe-tagem em eletroforese (com a indicação precisa no display do volume dispensado) e o modo de dosificação, os quais não são possíveis com pipetas manuais.

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Programas de pipetagem da micropipeta Transferpette® electronic

Capacidade da bateria

Símbolo seta para “aspirar”

Programa

Volume pipe-tado

Instrumentos de Manuseio de Líquidos · Pipetagem

Os programas de pipetagem

O display

Funções adicionais

Pipetagem

Programa padrão. Um volume previamente ajustado é aspirado e então liberado.

Dosificação

Programa para dosificação de líquidos em séries com alíquotas iguais. Um volume é aspirado e liberado parcialmente em etapas.

Pipetagem em Eletroforese

Programa para trabalhos em gel de eletroforese. Um volume determinado de amostra é aspirado. Durante a dispensação, o volume dispensado é monitorado continuamente, permitindo ao usuário parar a dispensação e evitar encher demasiadamente os poços das amostras. A pipeta informa o volume exato dispensado para garantir a exatidão no cálculo da quantidade de amostra. O modo GEL também pode ser utilizado para microtitulação.

Pipetagem Reversa

Programa especial para pipetar líquidos de grande viscosidade, alta pressão de vapor ou meios formadores de espuma.Para um volume selecionado, o volume de sopro é adicionalmente aspirado. Este volume permanece na ponteira após a dispensação para prevenir escoamento indefinido, respingos, ou formação de espuma ou bolhas.

Mistura de amostras

Programa para mistura de líquidos. A amostra é aspirada e liberada repetidas vezes, enquanto que o número de ciclos de mistura aparece no display.

Dependendo da qualidade e do design, as pipetas eletrônicas podem oferecer outras funções específicas do instrumento, adicionais aos programas de pipetagem. A Transferpette® electronic, por exemplo, oferece um programa para simplificar e agilizar a calibração do instrumento assim como uma função de renovação da bateria.

O quê “reversa” significa?

A utilização dos estágios na ordem reversa para medir um volume. Com pipetas mecâni-cas é feito conforme segue:Para aspirar o reagente, pres-sione o botão de pipetagem até o segundo estágio e deixe retornar a posição original. Então pressione até o primeiro estágio para dosificar o volume escolhido.

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Operação (similar às pipetas de interface de ar)

Meios com alta viscosidade, como soluções de proteínas altamente concentradas, óleos, resinas e gorduras.

Faixa de aplicação

Ex. Transferpettor BRAND

Cilindro de vidro

Pistão de desloca-mento positivo

Reagente

Pipetas de deslocamento positivo são ideais para aplicações difíceis onde as pipetas de interface de ar atingem seus limites físicos. São adequadas também para meios de viscosidade muito baixa ou muito alta, alta pressão de vapor, ou com tendência a formar espuma.

Instrumentos de Manuseio de Líquidos · Pipetagem

Diferentemente das pipetas de deslocamento de ar, o pistão da pipeta de deslocamento positivo fica em contato direto com o líquido a ser pipetado. O pistão móvel desliza pelos capilares e pelas ponteiras, deixando suas paredes limpas até a última gota a qual pode ser observada ao deixar o orifício da ponteira. Este prin-cípio sempre produz resultados reprodutíveis, independente-mente das propriedades físicas

Princípio funcional

do líquido. Não é necessá-rio descartar a ponteira ou capilar após cada operação de pipetagem, já que um resíduo mínimo de umidade pode ser negligenciado na maioria das aplicações. Se o arraste é uma preocupação, como em aplica-ções infecciosas ou radioativas, uma pipeta de interface de ar com ponteiras descartáveis deve ser utilizada.

Meios com tendência a forma-ção de espuma como soluções de tensoativos.

Meios com alta pressão de vapor como, álcoois, éter e hidrocarbonetos.

Benefícios

Alta exatidão e velocidade de operação. As ponteiras e capi-lares são reutilizáveis. A leitura do menisco não é necessária na pipetagem.

Aspirar o reagente

Pressione o pistão até o primeiro estágio. Mergulhe a ponteira no reagente e lenta-mente deixe o pistão retornar para aspirar o reagente.

Dispensar o reagente

Posicione a ponteira/capilar contra a parede do recipiente e pressione o botão para baixo até o segundo estágio. As pi-petas de deslocamento positivo não tem sopro!

Ajuste de volume

Selecione o volume desejado girando o botão de ajuste.

Pipetagem com p ipetas de des locamento pos i t i vo

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0.1 0.5 1 1.25 2.5 5 10 12.5 25 50

1 2 10 20 25 50 100 200 250 500 1000 49

1.5 3 15 30 37.5 75 150 300 375 750 1500 32

2 4 20 40 50 100 200 400 500 1000 2000 24

2.5 5 25 50 62.5 125 250 500 625 1250 2500 19

3 6 30 60 75 150 300 600 750 1500 3000 15

3.5 7 35 70 87.5 175 350 700 875 1750 3500 13

4 8 40 80 100 200 400 800 1000 2000 4000 11

4.5 9 45 90 112.5 225 450 900 1125 2250 4500 10

5 10 50 100 125 250 500 1000 1250 2500 5000 9

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Dos i f icação com rep ipetadores

Repipetador manual

Ex. HandyStep® BRAND

Combinações disponíveis com Ponteiras de deslocamento positivo (Ponteiras-PD) BRAND de diferentes tamanhos

Passos e faixas de volume

A distribuição de líquidos é uma das atividades mais comuns e importantes em laboratórios médicos, farmacêuticos e biológicos. As técnicas mais comuns são pipetar e dosificar.Dosificação é a dispensação repetida de quantidades idênticas de líquido. Os dosificadores descri-tos neste capítulo eliminam a necessidade de recarga após cada passo – uma grande economia de tempo em comparação com a pipetagem. Sendo a dosificação uma técnica muito comum, o design ergonômico dos equipamentos tem papel fundamental.Trabalhos de dosificação no laboratório são raramente realizados por sistemas completamente au-tomatizados que não requerem intervenção manual. Geralmente repipetadores são utilizados nestes trabalhos de rotina.

Tipos de repipetadores:

n Repipetadores manuais

n Repipetadores eletrônicos motorizados

O repipetador simplifica a pipetagem em série pois aspira o meio em uma única vez e dispensa passo a passo. Com apenas um enchimento, até 49 passos de 2 μl a 5 ml podem ser dispen-sados, dependendo do tamanho da Ponteira-PD. Os volumes e números de passos são resultados da combinação entre o ajuste no botão de seleção (1-5) e do tamanho da ponteira utilizada.As ponteiras-PD BRAND estão disponíveis em 10 tamanhos diferentes, estéreis ou não. Ponteiras compatíveis de outros fabricantes também podem ser utilizadas.

Princípio de funcionamento

Com repipetadores manuais, o volume dispensado em cada passo resulta do comprimento do golpe, definido pelo número de passos em uma cremalhei-ra, e do tamanho da ponteira. Então, somente um número limitado de passos de dosifica-ção já definidos está disponível.

Nenhum volume intermediário pode ser selecionado. Uma grande vantagem destes aparatos é sua robustez; sua desvantagem é a operação fatigante.Repipetadores trabalham conforme o já provado desloca-mento positivo. Então, mesmo

meios difíceis com alta pressão de vapor, alta viscosidade ou tendência a formação de espu-ma não são problemas para os repipetadores.De acordo com a faixa de volu-me, o repipetador pode utilizar Ponteiras-PD de diferentes tamanhos.

Instrumentos de Manuseio de Líquidos · Dosificação

Tamanho da ponteira (ml)

Volume (μl)

Pas

sos

Aju

ste

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31

Instrumentos de Manuseio de Líquidos · Dosificação

Repipetadores eletrônicos motorizados

Ex. HandyStep® electronic BRAND

Dosificação automática O instrumento calcula o inter-valo médio entre os três pri-meiros passos de dosificação e continua a trabalhar neste ritmo automaticamente.

Pipetagem Trabalha como uma pipeta de deslocamento positivo. Um volume predefinido é aspirado e dispensado.

Modos de trabalho disponíveis:

O tamanho das Ponteiras-PD BRAND é codificado no pistão. Após inserir a ponteira, o tama-nho é automaticamente reco-nhecido e mostrado. Isto previ-ne erros, e o volume a ser dis-

Ergonomia e design

Trabalhos repetitivos com aparatos manuais podem ocasionar uma variedade de problemas muscula-res, os quais afetam particularmente o pescoço, ombros, braços e dedos. Uma operação sem fadiga é então um requerimento crucial para repipetadores, já que são usados quase que exclusivamente para dosificações em série.Um design ergonômico é indispensável para uma performance sem estresse em operações de pipe-tagem longas, na mesma posição de trabalho.

Em comparação com os repipetadores manuais, os quais permi-tem somente um número limitado de ajustes, os repipetadores eletrônicos permitem a seleção contínua de volumes intermediá-rios, como 1,01 ml.

pensado e o programa de ope-ração desejado podem ser fa-cilmente selecionados. Quando uma nova Ponteira-PD for in-serida, todos os ajustes do ins-trumento são mantidos.

Dosificação modo padrão

Um volume predefinido é dis-pensado repetidamente.

Princípio de funcionamento

Aspiração e dispensação são controladas por um único botão. O pistão dentro da pon-teira é guiado por um motor, com um microprocessador que controla o volume e o número de passos. O design ergonômico pro-

porciona uma operação sem fadiga. O pistão raspa a parede deixando a ponteira comple-tamente limpa, proporcionan-do resultados precisamente reprodutíveis sem a influencia de uma interface de ar. As ponteiras de deslocamento

positivo permitem a dispensa-ção de meios de alta densida-de, alta pressão de vapor ou volatilidade, ou com tendência a formar espuma.

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32

Exatidão

Prec isão def in idaO que "Limite de Erro, Exatidão, Coeficiente de Variação e Precisão" significam em medições volumétricas?

Baixa exatidão:Os resultados estão longe docentro.

Baixa reprodutibilidade:Os resultados estão muito dispersos.

Resultado:Estes instrumentos volumétri-cos são de baixa qualidade.

Boa exatidão: Os resultados estão distribuí-dos regularmente ao redor do centro.

Baixa reprodutibilidade: Não há grandes erros, mas os resultados estão muito disper-sos.

Resultado: Todas os desvios têm a "mes-ma" probabilidade. Os ins-trumentos volumétricos cujos valores ultrapassam os limites de erro devem ser retirados.

Baixa exatidão: Apesar de todos os resultados estarem muito próximos entre si, a meta (valor nominal) não foi alcançada.

Boa reprodutibilidade: Todos os resultados estão muito próximos entre si.

Resultado: Produção mal controlada, com variação sistemática. Os ins-trumentos volumétricos cujos valores ultrapassam os limites de erro devem ser retirados.

Boa exatidão: Todos os resultados estão mui-to próximos do centro, ou seja, do valor nominal.

Boa reprodutibilidade: Todos os resultados estão muito próximos entre si.

Resultado: Os instrumentos volumétricos tem um mínimo desvio siste-mático e estreita dispersão. O limite de erro permitido não é alcançado. Estes instrumentos devem ser mantidos.

Representação gráfica de precisão e exatidão

O alvo abaixo representa a faixa de volume ao redor do valor nominal que está no centro. Os pontos pretos são os valores obtidos de diferentes medidas de um volume definido.

Para descrever exatidão, o termo "Limite de Erro" é usado para materiais volumétricos de vidro, enquanto para equipamentos de manuseio de líquidos os termos estatísticos "Exatidão [%]" e "Coeficiente de variação [%]" foram estabelecidos.

➌ Coeficiente de variação (CV)O coeficiente de variação (CV) indica até que ponto os valores medidos em várias medições aproximam-se uns do outros, cha-mado de desvio aleatório. O coeficiente de variação está definido como desvio padrão em %, em relação ao valor médio.

➋ Exatidão (E)A exatidão ( E ) indica até que ponto os valores medidos aproxi-mam-se do valor nominal, ou seja, o desvio sistemático. Exatidão é definida como a diferença entre valor médio ( V

_) e o valor espe-

cificado (Vespecif), em relação ao valor especificado em %.

➊ Limite de ErroO termo "Limite de Erro" (LE), nos padrões correspondentes, define o desvio máximo permitido do volume especificado.

➎ Limite de Erro de E e CVUma boa estimativa para o Limite de Erro (LE) do instrumento, ex. para o volume nominal (Vnominal), pode ser calculada usando valores para exatidão e coeficiente de variação.

➏ Precisão (reprodutibilidade)Indica a proximidade dos resultados, em unidades de volume, entre os diferentes valores individuais numa série de medições.

➍ Volumes parciaisE e CV estão relacionados ao volume nominal (VN). Estes valores indicados em % devem ser convertidos em volumes parciais (VP). Por outro lado, não é feita a conversão para os volumes parciais se E e CV são indicados em unidades de volume (p. ex., ml).

(de forma analóga para CVP [%] )

LE ≥ Vreal - Vnominal LE ≥E% + 2CV%

100 %· VN

E [%] = V - Vnominal

Vnominal

· 100s · 100

VCV [%] =

VN

VP

EP [%] = · EN%

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33

Laboratórios de análises devem verificar e documentar a exatidão dos instrumentos de medição uti-lizados para alcançar resultados de análises confiáveis. Esta exigência é especialmente aplicada aos laboratórios que trabalham segundo as diretivas BPL, que estão acreditadas segundo DIN EN ISO/IEC 17 025 ou certificados segundo DIN EN ISO 9001.Todos estes padrões e diretivas requerem a disponibilidade de instruções escritas que descrevem o procedimento de controle em detalhes. Os limites de erro ou exatidão e coeficiente de variação também devem ser definidos, e deve haver instruções de como proceder se os limites aceitáveis forem excedidos.

Todos os instrumentos que são utilizados para confirmar a qualidade assegurada do produto estão sujeitos ao monitoramento.

Tempo e frequência do mo-nitoramento A exatidão dos instrumentos e a medição da incerteza devem ser conhecidas e documen-tadas antes de sua admissão para o uso. Além disso, o instrumento deve ser testa-do novamente em intervalos definidos (veja DIN EN ISO 10012). Motivo: A performance dos instru-mentos de medição pode ser afetada, por ex., pelo uso de reagentes agressivos e da ma-neira e frequência de limpeza. Já que a exatidão requerida depende fortemente das circunstâncias de cada aplica-ção, o usuário deve determinar os intervalos para teste de rotina. Intervalos típicos para instrumentos de manuseio de líquidos estão entre 3 e 12 meses, e para instrumentos volumétricos de vidro, a cada 1-3 anos.

Procedimentos de teste Instrumentos volumétricos são testados gravimetricamen-te. Instrumentos de manuseio de líquidos são realizados de acordo com a ISO 8655; e no caso de instrumentos volumé-tricos de vidro, a ISO 4787 é aplicada.Várias influências devem ser consideradas ao realizar os tes-tes. Por este motivo a BRAND disponibiliza o Procedimento de Operação Padrão (POP), que inclui detalhes das instruções de teste, para cada tipo de ins-trumento volumétrico. O pro-cedimento de teste é descri-to passo a passo. Para facilitar ainda mais, a BRAND oferece um software que realiza os cál-culos, armazena em um banco de dados, e imprime o relatório detalhado do teste.

Tempo necessário para teste O controle dos aparatos de medição não pode ser a princi-pal ocupação em um laborató-rio; deve ser limitado a um pe-ríodo razoável. Há uma deman-da por procedimentos simples, rápidos e baratos a serem se-guidos.A combinação das instruções de teste (POP), do software de calibração EASYCAL™ es-pecialmente desenvolvido em conjunto com instrumentos vo-lumétricos fornecidos com um certificado de lote ou individual é a melhor opção para minimi-zar o tempo necessário para este procedimento.

Monitoramento de instru-mentos marcação DE-M Instrumentos volumétricos cer-tificados em marcação DE-M com a DIN 12600 também es-tão sujeitos aos procedimentos de controle. Não há uma dire-tiva clara se tais instrumentos devem passar por testes ini-ciais ou não. O usuário é res-ponsável por responder esta questão.Entretanto, para garantir a se-gurança, o teste inicial de uma amostragem randômica é reco-mendado. Este teste irá docu-mentar o estado inicial em rela-ção aos testes subsequentes.Outra opção seria adquirir os instrumentos volumétricos com certificado do fabricante.

Calibração

Calibração no sentido mais estrito consiste em determinar o volume atual dosificado.

O procedimento de calibração deve ser rápido e simples, eliminando potenciais fontes de erro. Por este motivo, a BRAND disponibiliza instruções de teste detalhadas, sem cus-to, para cada tipo de instru-mento volumétrico.

Ajuste é a correção do desvio do valor medido para o valor nominal.

Ajuste

Dependendo do fabricante, o ajuste dos instrumentos de ma-nuseio de líquidos é geralmente efetuado girando um parafuso de ajuste. Após o ajuste, uma nova calibração é necessária. Este procedimento deve ser re-petido até que o volume esteja dentro dos limites.

Contro le dos Ins t rumentos de Medição

Termos ut i l i zados no cont ro le de aparatos de medição

Quais ins t rumentos devem ser moni torados?

Controle dos Instrumentos de Medição

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Controle dos Instrumentos de Medição

Proced imento para tes te vo lumétr ico

1. Verifique o tipo de instrumento e capacidade nominal.2. Leia o número de série.3. Se o instrumento estiver sujo, desmonte e limpe se necessá-

rio (veja manual de operação).4. Verifique se existem danos (carcaça, haste da ponteira,

ejetor, pistão, selos).5. Deixe a micropipeta Transferpette® na sala de teste por, pelo

menos, 2 horas para acondicionar o instrumento à tempera-tura ambiente.

1. Insira uma ponteira nova.2. Rinse previamente a ponteira uma vez com o líquido de teste

(água destilada/deionizada).3. Segure a pipeta com o líquido na posição vertical e observe

por aprox. 10 segundos se uma gota se forma na ponteira. Certifique-se de que a ponteira não esteja sendo aquecida, por ex. pelo sol.

Descarte o líquido. No caso de volumes menores (aprox. < 50 μl) nenhuma gota se forma devido à tensão superficial. Uma dica para verificar vazamento em pipetas de volumes pequenos: Descarte uma pequena gota da ponteira cheia para que um pequeno colchão de ar (bolha de ar) esteja presente no líquido. Se durante a observação, a bolha de ar cair, existe um vazamento.

1. Determine a temperatura do líquido para teste.2. Insira um ponteira nova.3. Condicione o instrumento: aspire e descarte o líquido de

teste cinco vezes. Isto irá aumentar a exatidão do teste.4. Insira uma nova ponteira e rinse previamente uma vez.5. Posicione o recipiente de pesagem na balança e tare.6. Remova o recipiente de pesagem da balança.7. Dispense o líquido de teste no recipiente de pesagem, pres-

sionando o botão de pipetagem até o segundo estágio para esvaziar a ponteira completamente.

8. Posicione o recipiente na balança. Leia e anote o valor.9. Tare a balança novamente.

10. Repita os passos 2. a 9. dez vezes. Anote os valores obtidos a 100%, 50% e 10% do volume nominal no relatório de teste.

Preparo:

Valores obtidos por teste gravimétrico apenas indicam a massa (peso) do volume pipetado. Para obter o volume pipetado, os valores devem ser multiplicados por um fator de correção, que leva em consideração a temperatura (veja abaixo). Para todos os instrumen-tos de manuseio de líquido BRAND instruções de teste detalhadas estão disponíveis para download em www.brand.de.

ex. Micropipeta Transferpette® volume variável, 20-200 μl

Recomendamos a calibração da Transferpette®, como descrito abaixo, uma vez a cada 3-12 meses. Dependendo da frequência de uso e do meio pipetado, intervalos de teste menores devem ser defi-nidos pelo usuário.

Teste gravimétrico:

Teste funcional:

V– =

200,2 +199,6 +199,49 + ... + 199,19

10 · 1,0032

V– = 199,513 · 1,0032

V– = 200,1514

V– = x– · Z

V– =

x 1 + x2 + x3 +... + x10

n · Z

E [%] = 0,076

E [%] = V– - VVespecif.

VVespecif. · 100

E [%] = 200,1514 - 200

200 · 100

Temperatura °C

Fator z ml/g

18 1,00245

18,5 1,00255

19 1,00264

19,5 1,00274

20 1,00284

20,5 1,00294

21 1,00305

21,5 1,00316

22 1,00327

22,5 1,00338

23 1,00350

23,5 1,00362

24 1,00374

24,5 1,00386

25 1,00399

25,5 1,00412

26 1,00425

Extraído da tabela “Fator Z para Instrumentos Liquid Handling”

Valores do teste gravimétrico a21.5 °C (Z = 1.0032)

Volume testado (μl): 200,0000

Valor especificado (mg):

199,3620

x1200,2000

x2199,6000

x3199,4900

x4199,7000

x5199,7000

x6199,2900

x7199,3500

x8199,4100

x9199,2000

x10199,1900

Um volume médio (x) dos valores pesados é calculado dividindo a soma das pesagens pelo número de pesagens. Esta massa média é então multiplicada por um fator de correção (Z, unidade μl/mg) para resultar no volume (V) dispensado. O fator Z combina a densidade da água na temperatura de teste e os efeitos da pres-são atmosférica. Para uma temperatura típica de 21,5º C e uma pressão atmosférica de 1013 mbar (hPa), Z = 1.0032 μl/mg.

1. Cálculo do volume médio:2. Cálculo da exatidão:

A

B

C

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Observação:

Para verificar volumes parciais, o valor E nominal [%] e CV nominal [%] os quais estão relacionados ao volume nominal V nominal devem ser convertidos.

Para um volume parcial de 20 μl isto significa:

O cálculo de CVparcial é análogo

4. Cálculo do coeficiente de variação:

1. Revise o manual de ope-rações para garantir que o instrumento esteja operan-do corretamente.

2. Siga o guia de resolução de problemas no manual de operações .

3. Recalibre o instrumento de acordo com o manual de operações.

O resultado para o exemplo calculado é: O quê fazer se o instrumento exceder os limites de erro:

Resultados do teste gravimé-trico

⇒ Esta pipeta atende as especificações!

Se os valores calculados de Exatidão (E [%]) e Coeficien-te de Variação (CV [%]) são menores ou iguais aos limites de erro, o instrumento está calibrado para operar dentro das especificações.

3. Cálculo do desvio padrão necessário para a determinação do coeficiente de variação:

Controle dos Instrumentos de Medição

s = Z · (x1 - x

– )2 + (x2 - x– )2 + (x3 - x

– )2 + ... + (x10 - x– )2

n - 1

s = 1,0032 · (200,2 - 199,51)2 + (199,6 - 199,51)2 + (199,49 - 199,51)2 + ... + (199,19 - 199,51)2

9

s = 1,0032 · 0,8393

9

s = 0,306

CV [%] = s · 100

V–

CV [%] = 0,306 · 100

200,1514

CV [%] = 0,153

E20 μl[%] = 5%

E20 μl[%] =VN

V20 μl

· EN [%]

E20 μl[%] =200 μl

20 μl· 0,5%

Volume testado: (μl) 200,0000

Volume médio: (μl) 200,1514

E [%] 0,076

CV [%] 0,153

E [%] especificado* 0,600

CV [%] especificado* 0,200

* Limites de erro no manual de operação

Se mesmo seguindo estes passos o instrumento não atender as especificações, retire o mesmo de serviço e contate o fabricante para obter ajuda.

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O software de calibração EASYCAL™ facilita o monito-ramento dos aparatos de medi-ção para as BPL e DIN EN ISO 9001, tanto de instrumentos de manuseio de líquidos como de instrumentos volumétricos de vidro e plástico.O software é amigável. Após determinar o tipo de instrumen-to a ser testado, todos os da-dos necessários são inseridos passo a passo na tela de “Re-gistro de dados de medição”.Duas opções estão disponíveis para a entrada dos resultados de pesagem:Entrada manual, ou Importação direta da balança via cabo, se-

O monitoramento de aparatos de medição conforme as BPL e DIN EN ISO 9001 não é exatamente direto. Equações complexas facilmente levam a erros de cálculo, e a documentação dos resultados pode ser cansativa. Para facilitar esta tarefa entediante, alguns fabricantes desenvolveram softwares de calibração especiais.

por ex. software de calibração EASYCAL™ BRAND

guida de avaliação automática.Após a definição dos limites de erro o EASYCAL™ realiza to-dos os cálculos automatica-mente. Ao pressionar um bo-tão, um relatório de teste deta-lhado pode ser impresso. To-dos os resultados são armaze-nados em um banco de dados. O histórico de testes mantém o registro de todos os instrumen-tos testados, facilitando o mo-nitoramento ao longo do tem-po. Os intervalos de teste de-terminados em relação às ins-truções de teste (POP) podem ser definidos individualmente.

Controle de forma simples

O EASYCAL™ realiza todo os cálculos e gera uma documen-tação completa, automatica-mente. Tudo o que você preci-sa é uma balança analítica, um computador, uma impres-sora (opcional) e o software EASYCAL™.

n Adequado para instrumentos de todos os fabricantes

n Especificações armazenadas de um grande número de instrumentos

n Teste de acordo com ISO 4787, ISO 8655, etc.

Impressão do relatório

Uma versão demo do soft- ware pode ser encontrada para download na internet (www.brand.de) ou pode ser solicitada em CD-ROM sem custo.

Serv iço de ca l ib ração para ins t rumentos de manuse io de l íqu idos

A calibração pode ser um procedimento demorado. Por este moti-vo a BRAND oferece um serviço de calibração completo incluindo o ajuste de instrumentos e, se necessário, reparo.

Controle dos Instrumentos de Medição

Sof tware de ca l ib ração

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Certificado de calibração oficial

Este certificado é emitido pelo “Eichamt’, o Gabinete de Pesos e Medidas, e é aceito na Alemanha além de muitos outros países. Ambos, instrumento e certificado, apresentam um número de série individual e o ano de emissão.

Cert i f i cados de ca l ib ração

Certificado de lote Todos os instrumentos e certi-ficados de um lote de produto apresentam o mesmo número de lote. O certificado registra o valor médio, o desvio padrão e a data de emissão.

Certificado individual Tanto instrumento como certi-ficado apresentam um número de série individual, além do nú-mero de lote. O certificado re-gistra o volume medido, a in-certeza de medição e a data de emissão.

Cert i f i cado de per formanceUm Sistema de garantia da Qualidade organizado de acordo com a DIN EN ISO 9001 dá ao fabricante o direito de emitir certifica-dos de performance, ou certificados de qualidade do fabricante.Certificados de qualidade do fabricante estão disponíveis como certificados individuais ou de lote.Todos os resultados do controle de qualidade são documentados e arquivados por um período de, no mínimo, 7 anos. Se o número de série ou de lote é conhecido, os resultados individuais da data de produção podem ser acessados a qualquer momento.

Certificado de calibração DAkkS O Serviço de Calibração Alemão (DKD) foi fundado em 1977 como uma instituição comum do governo e da indústria. Este serviço verifica a conformidade de equipamentos de medição utilizados nos laboratórios industriais e de pesquisa, além de instituições que realizam testes com padrões nacionais adminis-trados pelo PTB (Instituto federal Alemão de Física e Metrologia). Devido a requerimentos legais a acreditação DKD posteriormente foi transformada a Acreditação DAkkS (Deutsche Akkreditierun-gsstelle GmbH), iniciando em 2010.O certificado de calibração DAkkS documenta oficialmente, em um alto nível, a rastreabilidade dos resultados de medição aos padrões nacionais e internacionais, incluindo unidades SI, como requerido pelos grupos de padrões DIN EN ISO 9001 e ISO/IEC 17025 para o monitoramento dos instrumentos de medição.A maior diferença entre os serviços de calibração técnicos e os laboratórios DAkkS é a determinação exata e confiável da respec-tiva incerteza de medição, garantida por laboratório acreditado e supervisionada pelo DAkkS.Os certificados de calibração DAkkS são apropriados onde calibrações por laboratório acreditado são requeridas, onde calibrações do mais alto nível são necessárias e para calibração de padrões de referência, além de instrumentos utilizados para comparar medidas.O DAkkS é membro da International Laboratory Accreditation Cooperation (ILAC). Um acordo multilateral assegura o reconhe-cimento obrigatório do certificado de calibração DAkkS em muitos países. Este certificado é emitido em vários idiomas.

Declaração de conformidade e Calibração

Dec laração de conformidade e Ca l ib ração

Declaração de conformidade

Tipos de certificados:

n Declaração de conformidade

n Certificado de performance (certificado do fabricante)

n Certificado de calibração (certificação Eichamt, DAkkS)

Marca DE-M Todos os instrumentos volumétricos BLAUBRAND® possuem a marca DE-M. O fabricante BRAND usa esta marca para certificar a conformidade do instrumento com a legislação Alemã de Medição e Calibração. Esta marca “DE-M” está impressa diretamente sobre os instrumentos. A BRAND lista todos os equipamentos de teste utilizados em cada certificado de lote ou individual.

Quem certifica a conformidade? A marca DE-M significa: conformidade de um instrumento com a legislação Alemã de Medição e Calibração. O procedimento para a marcação DE-M está descrita na legislação Alemã de Medição e Calibração de Dezembro de 2014.Com a marca DE-M, o fabricante declara que o instrumento em questão atende os requerimentos da legislação Alemã de Medição e Calibração e padrões aplicáveis. A marca DE-M geralmente é impressa diretamente no instrumento e na embalagem de qual-quer produto consumível associado.

Legislação de Medição e Calibração e a marca DE-M

Para que instrumentos volumétricos estejam prontos para uso em áreas legalmente regulamentadas como a médica e farmacêu-tica (manufatura de produtos medicinais), a legislação Alemã de Medição e Calibração de Dezembro de 2014 exige a marca DE-M no lugar da calibração oficial. O mesmo se aplica a acessórios volumétricos relevantes (ex. ponteiras para pipetas operadas por pistão).

Símbolo de conformidade

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Marcação DE-M

Todos os instrumentos volumé-tricos BLAUBRAND® são mar-cação DE-M.Com o símbolo DE-M a BRAND, como fabricante, certifica que os instrumentos são fabricados conforme "Mess und Eichverord-nung", o órgão federal alemão de regulamentação sobre pesos e medidas. Este símbolo está impresso diretamente sobre os instrumentos de acordo com a norma DIN 12 600.

A BRAND informa todos os equipamentos de teste utiliza-dos em cada certificado de lote e individual.

Certificado de lote USP

O valor médio mais o desvio pa-drão para o lote, assim como a data de emissão, são documen-tados no certificado (número de lote: ano de fabricação/lote).

Certificado individual USP

O volume medido, a medida da incerteza, e a data de emissão são documentados no certifica-do (número de série individual: ano de fabricação/lote/número consecutivo do instrumento).

Ins t rumentos vo lumétr icos BLAUBRAND® USPEmpresas que produzem produtos farmacêuticos para o mercado americano e por este motivo audi-tadas por agências americanas como a FDA (Food and Drug Administration) são obrigadas a aten-der os requerimentos da USP (United States Pharmacopeia).A USP atual descreve no capítulo 31 que os limites de erro para Classe A especificados nas normas ASTM são requeridos nos instrumentos volumétricos de vidro.Estes limites de erro estão listados em tabelas para balões volumétricos, pipetas volumétricas e bure-tas. Para pipetas graduadas até 10 ml (incluso), os limites de erro estão mencionados no texto.

Limites de erro

Os instrumentos volumétricos de vidro BRAND são fabricados de acordo com a norma DIN EN ISO atual. Visto que os requeri-mentos de construção definidos nas normas DIN EN ISO dife-rem das normas ASTM, limites de erro diferentes resultam para cada instrumento de medição.A BRAND confirma em cada certificado USP fornecido com cada instrumento de medição USP que os limites de erro Classe A correspondente aos padrões da norma ASTM são atendidos.

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Diretiva IVD

Impl icações e consequênc ias

D i re t i va IVD

Marca CE O símbolo CE é a marca oficial requerida pela Comunidade Eu-ropeia. Mostra ao usuário que o produto cumpre os requerimen-tos fundamentais de segurança e ambientais conforme defini-do pelas chamadas Diretivas Europeias O fabricante coloca o símbo-lo no produto e elabora uma declaração de conformidade, garantindo o cumprimento do produto com as diretivas e requerimentos técnicos. Os produtos para diagnóstico BRAND pertencem à classe de produtos para diagnóstico in vitro (IVD). Entre eles encon-tram-se:

– câmaras de contagem para células sanguíneas

– lamínulas de vidro para hematócritos

– pipetas capilares descartáveis

– capilares para micro hematócrito

– massa vedante para hematócrito

– frascos de amostra para analisadores

– coletores para urina

– recipientes para amostras de fezes

– tubos criogênicos

– ponteiras de pipeta

– ponteiras PD

– Transferpette® micropipetas

– HandyStep® pipetas repetitivas

Diretiva IVD da UE Em 7 de Dezembro de 1988, a diretiva da UE para “Dispo-sitivos Médicos para Diagnós-tico in-vitro” (Diretiva IVD) foi publicada no Jornal Oficial da Comunidade Europeia e foi efetivada em 7 de Junho de 2000.

O que se entende por "pro-dutos para diagnóstico"? Entende-se por "produtos para diagnóstico" qualquer instru-mento, aparato, dispositivo, material ou outro item, inclusive o software, destinado pelo fabricante para utilização em seres humanos, com a finalida-de de:

n diagnóstico, prevenção, monitoramento, tratamento, ou alívio de doença, lesão ou deficiência

n investigação, substituição ou modificação da anatomia ou de um processo fisiológico

n controle de concepção.

Não pertencem a estes produ-tos os agentes farmacológicos ou imunológicos regulamenta-dos pela lei sobre medicamen-tos.

O que se entende por "Pro-dutos para Diagnóstico in vitro (IVD)"? Entende-se por "produtos para Diagnóstico in vitro" qualquer produto utilizado em testes in vitro de amostras procedentes do corpo humano, incluindo doações de sangue e tecidos. Estes dispositivos podem ser: reagentes, substâncias para calibração ou controle, equipa-mentos, instrumentos, sistemas ou também recipientes para amostras, se forem destinados especificamente pelo fabricante para diagnóstico in-vitro. IVD são principalmente utilizados para proporcionar informação

n relativa a um estado fisiológi-co ou patológico

n relativa a uma anomalia congênita

n para monitorar medidas terapêuticas

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Gestão da Qual idadeA gestão da Qualidade é indispensável. Idealmente, deve estar pronta já na etapa de projeto, e deve acompanhar o design do produto, desenvolvimento e processo de fabricação. Garante a maior segurança possível no trabalho com equipamentos de laboratório, e a confiabilidade nos resultados das análises.

Gestão de Qual idade na BRAND

Gestão da Qualidade

A gestão de qualidade resumidamente descrita para instrumentos de ma-nuseio de líquidos e instrumentos volumétricos BLAUBRAND®

A gestão de qualidade BRAND começa na etapa de criação de um produto e acompanha seu desenvolvimento até que ele esteja pronto para a produção em série. O controle constante ao longo de todo o processo de fabricação resulta em materiais volumétricos com o menor des-vio do valor nominal (exatidão) possível e com uma dispersão mínima dos valores individuais (coeficiente de variação). A etapa final deste Controle Estatístico de Processo é uma amostragem randômica dos produtos conforme a norma DIN ISO 3951.

O sistema de gestão de qua-lidade realizado na BRAND e certificado segundo a DIN EN ISO 9001 é uma combinação do monitoramento do processo e de amostragens randômicas. O nível de qualidade aceitável (NQA) é menor ou igual a 0.4, i.e., os valores limites são cumpridos com uma certeza estatística de, no mínimo, 99.6%.

Todos os instrumentos de medição utilizados no controle de qualidade são controlados regularmente e se referem aos padrões nacionais do PTB (Instituto Federal de Física e Metrologia). A gestão de qua-lidade, de acordo com a norma DIN EN ISO 9001, é a base para a emissão de certificados de calibração (por ex., os certi-ficados de performance).Todos os resultados são do-

cumentados e arquivados por 7 anos. Se o número do lote ou número serial é conheci-do, cada resultado de teste específico na data de produção pode ser rastreado. Como a BRAND produz instrumentos volumétricos marcação DE-M, a qualidade dos produtos é au-tomaticamente supervisionada pelo “Eichamt”, Secretaria de Estado de Pesos e Mediadas Alemão. Os requerimentos para monitoramento de instrumentos de medida, rastreabilidade aos padrões nacionais e qualifica-ção profissional são integral-mente cumpridos.

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Limpeza

L impeza de equ ipamentos de laboratór ioLimpeza à mão e à máquina

Método de fricção É o método mais conhecido, consiste na fricção de um pano ou uma esponja embebida em solução de limpeza. Os instrumentos de laboratório nunca devem ser limpos com detergentes ou esponjas ab-rasivas pois podem danificar a superfície.

Instrumentos de laboratório em vidro Com instrumentos de vidro, limpezas prolongadas em solu-ções alcalinas em temperaturas superiores a 70 °C devem ser evitadas. Especificamente em instrumentos volumétricos este tratamento pode levar a varia-ções de volume por desgaste do vidro e à destruição da gra-duação.

Limpeza à máquina A limpeza de instrumentos de laboratório na lavadora é mais suave com o material que a limpeza por banho de imersão. Os instrumentos somente en-tram em contato com a solu-ção detergente durante as re-lativamente curtas fases de en-xágue, quando a solução deter-gente é jateada sobre os ins-trumentos.

n Instrumentos de laboratório leves não serão agitados e danificados pelo jato se fo-rem fixados por redes.

n Os instrumentos de labo-ratório ficam mais protegi-dos contra rachaduras se os cestos da lavadora forem re-cobertos por uma camada plástica.

Limpeza em análise de traços Para minimizar traços de metais, colocar os equipamen-tos de laboratório em HCl 1N ou HNO3 1N à temperatura ambiente por não mais de 6 horas. (Vidrarias são normal-mente colocadas em solução HNO3 1N em ebulição, por 1 hora). Depois são rinsadas com água destilada. Para minimi-zar contaminação orgânica, equipamentos de laboratório podem ser primeiramente limpos com bases ou solventes como álcool.

Os instrumentos de laboratório em vidro e ou plástico podem ser limpos em banho de imersão, ou em máquina lavadora de laboratório. Os instrumentos de laboratório devem ser limpos imediatamen-te após sua utilização, a baixa temperatura, com curto tempo de ação e com baixa alcalinidade. Os instrumentos de laboratório que tenham entrado em contato com substâncias infecciosas devem ser primeiramente limpos e se necessário, esterilizados por vapor. Desta maneira se evita incrustações de sujeira e danos ao instrumento por resíduos químicos eventualmente aderidos.

Observação: Os instrumentos de laboratório utilizados devem ser desinfetados antes de limpos caso haja perigo de ferimentos durante a limpeza.

Banho ultrassônico No banho ultrassônico, é possí-vel limpar instrumentos de vidro e também de plástico. Entre-tanto, o contato direto com as membranas vibratórias deve ser evitado.

Método de banho de imersão No método de banho de imer-são, os instrumentos de labora-tório são imersos na solução de limpeza por 20-30 minutos em temperatura ambiente, então são enxaguados com água corrente e finalmente com água destilada. Somente em casos de resíduos muito resistentes, deve-se elevar a temperatura do banho e prolongar o tempo de ação.

Instrumentos de laboratório em plástico Os instrumentos de plástico, com sua superfície lisa e não umectante podem ser limpos geralmente sem dificuldade sob baixa alcalinidade. Os instru-mentos de laboratório em po-liestireno e em policarbonato, por ex. os tubos de centrífuga, somente devem ser limpos à mão com detergente neutro.Limpezas prolongadas, mesmo com detergentes ligeiramente alcalinos, afetam a resistência. Deve-se comprovar em cada caso a resistência química do plástico.

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L impeza cu idadosa

Informação

Limpeza

Para tratar cuidadosamente os instrumentos de laboratório, limpar imediatamente após o uso, a baixa temperatura, com curto tempo de ação e com baixa alcalinidade.Material volumétrico de vidro não deve ser exposto a períodos de imersão prolongados acima de 70 °C em meios alcalinos, pois isto pode levar a variações de volume por desgaste de vidro e à destruição da graduação.

A 70 °C, uma solução de sódio hidróxido 1N pode corroer uma camada de aprox. 0,14 μm da superfície de Boro 3.3 (vidro borossilicato 3.3) em 1 hora. No entanto, a 100 °C se

Desin fecção e es ter i l i zação

Desinfecção

Instrumentos de laboratório que tenham entrado em conta-to com materiais infecciosos ou organismos geneticamente mo-dificados devem ser desinfe-tados antes da reutilização ou descarte, isto é, devem ser tra-zidos a uma condição no qual eles não sejam mais um risco. Portanto os instrumentos de la-boratório devem ser tratados, por exemplo, com detergentes desinfetantes. Caso necessá-rio, e apropriado, os materiais devem ser posteriormente es-terilizados (autoclavados).

Esterilização por vapor

Esterilização por vapor (auto-clavação) é definida como des-truição ou inativação irreversí-vel de todos microrganismos reprodutíveis sob exposição de vapor saturado a 121 ºC (2 bar) de acordo com a DIN EN 285. Para um procedimen-to de esterilização correto, fa-vor contatar o encarregado da esterilização.

Observações sobre a esterilização

n Uma esterilização por vapor eficaz somente ocorre quando o vapor é saturado e possui livre acesso aos pontos contamina-dos.

n Para evitar sobrepressão, os recipientes sempre devem estar abertos.

n Os instrumentos contaminados reutilizáveis devem ser profun-damente limpos antes de serem esterilizados por vapor. De outro modo, os resíduos se incrustarão durante a esterilização e os microrganismos não serão eliminados eficazmente por es-tarem protegidos pelos resíduos. Além disso, qualquer resíduo pode danificar as superfícies devido às altas temperaturas.

n Nem todos os plásticos são resistentes à esterilização por vapor. O policarbonato por ex., perde sua resistência. Tubos de centrífuga em policarbonato não podem ser esterilizados por vapor.

n Durante a esterilização (autoclavação), equipamentos plásticos não devem sofrer tensões mecânicas (por ex. não empilhar). Para evitar deformação, copos becker, frascos e provetas devem ser autoclavados na posição vertical.

Resistência térmica

Todo o material volumétrico reutilizável BLAUBRAND® e SILBERBRAND pode ser aquecido na estufa de secagem ou de esterilização até 250 °C, sem ocorrer variações de volume. Entretanto, como ocorre com todos os instrumentos de vidro, o aquecimento irregular ou uma mudança brusca de temperatura provocam tensões térmicas que podem levar à ruptura.Assim:

n Colocar o material de vidro sempre na estufa de secagem ou de esterilização fria e então aquecer lentamente.

n Após o término do tempo de secagem ou de esterilização, deixar esfriar o material lentamente na estufa desligada.

n Nunca aquecer material volumétrico sobre uma placa de aque-cimento.

n Observar a temp. máxima de uso para materiais de plástico.

elimina aprox. 1,4 μm ou mais. Por isso, evite temperaturas de limpeza superiores a 70 °C e prefira detergentes ligeiramen-te alcalinos.

Ataque alcalino ao vidro Boro 3.3 em função do pH a 100 °C. Tempo de ataque: 3h.

Ataque alcalino ao vidro Boro 3.3 em função da temperatura, calculada a partir das perdas de peso. Concentração (NaOH) = 1 mol/l.Tempo: 1h.

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Informações de Segurança

In formações de Segurança

Manipu lação de substânc ias per igosas

Manipular substâncias perigosas, como produtos químicos, materiais infectados, tóxicos ou radioa-tivos e organismos modificados geneticamente, exige alta responsabilidade de todas as pessoas envolvidas, a fim de proteger as pessoas e o meio ambiente. Observar atentamente as regras de segurança do laboratório, das associações profissionais, dos institutos encarregados da proteção do meio ambiente, da proteção contra radiações e da eliminação de resíduos. Igualmente devem-se observar os padrões técnicos amplamente reconhecidos (por ex. DIN ou ISO).

n Os instrumentos de labo-ratório enviados para repa-ro devem ser limpos e este-rilizados, se necessário. Ins-trumentos com contamina-ção radioativa devem ser descontaminados de acor-do com as normas de prote-ção contra radiação. Os ma-teriais volumétricos em vidro (por ex. balões, provetas, etc.) não devem ser repara-dos em caso de dano. Expo-sição ao calor, pode ocasio-nar tensões no vidro (risco elevadíssimo de ruptura), ou um processo descontrolado de resfriamento pode causar variações permanentes de volume.

n Não é admissível cortar as provetas danificadas. Isto di-minui a distância entre a di-visão limite superior e o bico, conforme definido pela nor-ma DIN, resultando em um aumento do risco de produ-tos químicos serem derra-mados e assim a seguran-ça operacional não está mais garantida.

n Os resíduos devem ser eli-minados de acordo com as normas e leis locais. Isto também é válido para mate-riais descartáveis. Essa eli-minação não deve causar perigo para seres humanos nem para o meio ambiente.

n Equipamentos de laborató-rio devem ser eliminados de acordo com os materiais de que são fabricados, e em es-tado limpo, de acordo com as normas em vigor.

Favor observar que as vidra-rias de laboratório não são recicláveis.

n Antes de utilizar instrumen-tos de laboratório, o usuá-rio deve comprovar que são adequados e que funcionam corretamente.

n Sempre segurar as pipetas próximo à sua extremidade de sucção e inserir com cui-dado a pipeta no controlador de pipetagem até firmar com segurança. Não usar força. Vidro quebrado pode causar lesão!

Normas de segurança importantes

n Não aquecer instrumentos volumétricos, como prove-tas e balões sobre placas de aquecimento.

n Reações exotérmicas, como a diluição ácido sulfúrico ou dissolução de hidróxidos al-calinos devem sempre ser feitas sob agitação e refri-geração, e utilizando reci-pientes adequados como frascos Erlenmeyer – e nun-ca um balão volumétrico ou uma proveta graduada!

Trabalho com vidro

Ao trabalhar com vidro, deve-se levar em consideração as limita-ções com relação às mudanças de temperatura, choque térmico e estresse mecânico. Deve-se tomar medidas rígidas de precaução:

n Instrumentos de vidro nunca devem ser expostos a mu-danças bruscas de tempe-ratura. Nunca retire os ins-trumentos ainda quentes da estufa de secagem e colo-que sobre uma superfície fria ou úmida.

n Para aplicações sob pres-são, use somente instru-mentos com esta finalidade. Por exemplo, somente apli-car vácuo a kitazatos e des-secadores após confirmar o perfeito estado dos mes-mos.

n No caso de uso frequente, os equipamentos de labora-tório devem ser examinados quanto a eventuais avarias, especialmente instrumentos sujeitos a pressão ou vácuo (por ex. dessecadores, kita-zatos, etc.).

n Os perigos de trabalhar com produtos de laboratório ava-riados nunca deve ser su-bestimado (por ex. cortes, queimaduras, risco de infec-ção). Se um reparo profis-sional não for possível, des-carte o produto.

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Para sua anotações.

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®

®

Índ ice de marcas reg is -t radas

accu-jet®, BLAUBRAND®, BRAND®,

Dispensette®, EASYCAL™, HandyStep® S,

seripettor®, Titrette®, Transferpette®

assim como as logomarcas escritas ou

em imagem apresentadas aqui são mar-

cas da BRAND GMBH + CO KG, Aleman-

ha.

As marcas, os termos registrados, os símbo-

los ou as representações de outras empresas

utilizadas nesta publicação, ocorrem mera-

mente para referência, sem pretensão de uso.

Outras marcas mencionadas são propriedade

de seus respectivos donos.

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