Guia de Desempenho de Edificações Habitacionais

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Transcript of Guia de Desempenho de Edificações Habitacionais

  • BRASLIA | 2013

  • GUIA ORIENTATIVO PARA ATENDIMENTO NORMA ABNT NBR 15575/2013Braslia, DF Abril de 2013

    FICHA CATALOGRFICA

    Jos Carlos Martins - Vice Presidente da CBIC

    Prof. Dr. Ercio Thomaz - IPTDr. Carlos Pinto Del Mar (Consultor CBIC e Conselheiro Jurdico do Secovi-SP)

    Gergia Grace Bernardes - CBICAlessandra Beine - CBICAlexandre Arajo Bertini - Sinduscon-CE / UFCCarlos Ely - CBICDionyzio Klavdianos - Sinduscon-DFIvanor Fantin Jnior - Sinduscon-PRJos Maria V.P. Paula Soares - Sinduscon-NOR / PRJos Ramalho Torres - Sinduscon-CE / NUTECMaria Henriqueta Alves - CBICRenato de Sousa Correia - Ademi-GO e Sinduscon-GORoberto Lira - Sinduscon-RioRoberto Matozinhos - Sinduscon-MGSheila Marcon de Mesquita - Sinduscon-MT

    Gadioli Cipolla Comunicao

    Coordenao Geral

    Texto TcnicoTexto Jurdico

    Grupo GestorCoordenao tcnicaMembros

    Cmara Brasileira da Indstria da Construo - CBICSCN - Quadra 01 - Bloco E - Edifcio Central Park - 13 Andar

    CEP 70.711-903 - Braslia/DFTelefone: (61) 3327-1013 | E-mail: [email protected]

    Cmara Brasileira da Indstria da Construo C172d Desempenho de edicaes habitacionais: guia orienta vo para atendimento norma ABNT NBR 15575/2013./Cmara Bra- sileira da Indstria da Construo.Fortaleza: Gadioli Cipolla Co- municao, 2013. 308p.:il. 1.Edicao Habitacional-Guia 2.Habitao-Qualidade da Produ- o 3.Construo Civil-Norma Tcnica I.Mar ns,Jos Carlos I

    2 Edio

    I. Ttulo CDD: 624.07

  • 444

  • Apresentao

    55

  • 666

    Apresentao

    APRESENTAO

    Prezado Leitor

    As sociedades modernas passam atualmente por intensas transformaes que abrangem a organizao social, os modelos econmicos, o desenvol-vimento tecnolgico, o aproveitamento racional de recursos e o respeito natureza. Nesse quadro de mudanas, que i uenciaro todo o futuro do planeta e dos nossos semelhantes, que foram desenvolvidos, na dcada passada, os textos da normalizao brasileira de desempenho de habita-es. Previsto para entrar em vigor em maro de 2010, o texto original de excelente qualidade no todo - apresentava algumas exigncias aqum das expectativas da sociedade, e outras com certa dissonncia em relao atual capacidade econmica do pas.

    Assim sendo, h pouco mais de dois anos, e em consenso com rgos governa-mentais, associaes de pro!ssionais, universidades, instituies tcnicas e setor produtivo, a Cmara Brasileira da Indstria da Construo - CBIC solicitou Associao Brasileira de Normas Tcnicas a reviso de to importante conjun-to normativo, no que foi prontamente atendida. Aps quase dois anos de trabalhos de reviso, com participao jamais vista em Comisses de Estudos de normas tcnicas no Brasil, chegando a se veri!car reunies com a presena de mais de 120 ativos participantes, a norma ABNT NBR 15575 Edi!caes Habitacionais Desempenho entra o!cialmente em vigor a partir de julho de 2013, sendo consenso que o referido conjunto normativo (Partes 1 a 6) cons-

  • 7Nesse contexto, e como contribuio ao conjunto da cadeia produtiva e pr-pria sociedade, a CBIC dispe a presente publicao contendo resumo dos diferentes critrios de desempenho, exemplos de disposies construtivas

    -la dos critrios de desempenho, o guia apresenta ainda dados tcnicos/rela-o de produtos para os quais j foi realizada caracterizao tecnolgica (de-sempenho mecnico, isolao acstica e outros) e relao de universidades, institutos, empresas de servios tecnolgicos e laboratrios de ensaios com capacitao tcnica e operacional para realizar anlises previstas no referido conjunto normativo.

    Objetiva-se, dessa forma, colocar disposio de consumidores e produtores de habitaes um guia prtico que funcionar como leitura complementar

    -mo de materiais e de nossos processos produtivos, balizando ainda de forma melhor as relaes de consumo. Pretende-se atualizar periodicamente tal pu-blicao, reunindo nmero cada vez maior de informaes tcnicas sobre pro-dutos e capacidade tcnica-laboratorial implantada no pas.

    Paulo Safady Simo Presidente da CBIC

    que propugnam pelo desenvolvimento da construo brasileira.

    titui importante e indispensvel marco para a modernizao tecnolgica da construo brasileira e melhoria da qualidade de nossas habitaes.

  • PELA MELHORIA DA QUALIDADE DA HABITAO

    Um trabalho intenso que se prolongou por mais de dois anos resulta agora na -

    caes Habitacionais - totalmente revisada, contribuindo para a modernizao tecnolgica da construo brasileira.

    A partir de 19 de julho esta Norma Brasileira estar em vigor e, certamente,

    02) foi enorme, mas enfrentado com persistncia pelos membros da Comisso de Estudo composta por representantes da cadeia produtiva e de instituies

    O Sinduscon-SP, que responde pela Secretaria Tcnica do ABNT/CB-02, somou foras com a Cmara Brasileira da Indstria da Construo (CBIC), mobilizando

    avanado no setor.

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    ABNT

  • Pedro Buzatto Costa Presidente da ABNT

    Para os consumidores, esta Norma ir ao encontro do que procuram na hora de adquirir seu imvel, j que buscam conforto, estabilidade, vida til adequada

    To importante quanto oferecer uma Norma Brasileira sociedade, promover a sua disseminao, de forma que a sua utilizao seja a mais ampla possvel. Ento temos a CBIC, de novo, tomando a iniciativa de publicar o Guia Orientati-vo para Atendimento s Normas de Desempenho, para que os conhecimentos contidos sejam aplicados adequadamente.

    O Guia vem ao encontro dos objetivos da ABNT e refora a importncia da difuso das melhores prticas. Com essa publicao a CBIC demonstra o alto grau de maturidade da engenharia e da arquitetura nacional e a conscincia de seu papel na defesa da qualidade da habitao no Brasil.

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    SENAI

    O CAMINHO DA EVOLUO

    Depois de dcadas de baixo investimento em infraestrutura e em habitao, o pas reencontrou sua rota de progresso na construo civil.

    Com a evoluo tecnolgica e a busca incessante por reduo de custos, to-dos os setores industriais brasileiros tiveram que se adequar a essa realidade, e na construo civil no foi diferente. Para tanto, o desa!o promover con-dies de viabilidade para investimentos em mquinas, processos produti-vos e quali!cao de mo de obra; com vista sustentabilidade da indstria da construo civil.

    A norma de desempenho NBR 15575 estabelece parmetros, objetivos e quan-titativos que podem ser medidos. Dessa forma, buscam-se o disciplinamento das relaes entre os elos da cadeia econmica (rastreabilidade), a diminuio das incertezas dos critrios subjetivos (percias), a instrumentao do Cdigo de Defesa do Consumidor, o estmulo reduo da concorrncia predatria e um instrumento de diferenciao das empresas.

    Avaliar o desempenho dos sistemas construtivos um avano para o setor e constitui o caminho para a evoluo de todos que compem a cadeia da construo civil.

    O Servio Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) tem como grande desa!o criar estrutura tcnica e tecnolgica em todo o territrio nacional. O objetivo atender com qualidade as necessidades dos clientes que buscam garantia da padronizao dos seus sistemas e conformidade do seu produto !nal, por meio dos laboratrios da REDE SENAI de METROLOGIA e com acredi-tao do INMETRO.

    preciso somar esforos para mellhorar a qualidade das habitaes brasilei-ras, otimizar o uso dos recursos, compatibilizar e, consequentemente, valo-rizar o projeto.

    Robson Braga de Andrade Presidente da CNI

  • O SENAI um dos cinco maiores complexos de educao profissional do mundo, o maior da Amrica Latina. So mais de 800 unidades fixas e mveis distribudas por todo o pas, com cursos que formam tcnicos qualificados, tecnlogos e profissionais especializados para 28 reas da indstria brasileira. Alm da prestao de consultoria ao setor produtivo, abrangendo inovao, pesquisa aplicada e servios tcnicos e tecnolgicos.

    A meta do SENAI para 2014 formar 4 milhes de profissionais por ano. At l, sero 23 institutos de inovao e outros 63 de tecnologia, levando conhecimento e diversos servios s mais diferentes reas da indstria.

    acesse: www.senai.brIniciativa da CNI - Confederao

    Nacional da Indstria

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    Caixa Econmica Federal

    GUIA ORIENTATIVO ABNT 15575

    A discusso sobre o tema qualidade e desempenho acontece h mais de uma dcada, mas somente agora encontra ambiente propcio para o seu encami-nhamento, com o crescimento do mercado da construo civil e o amadureci-mento da cadeia produtiva, fazendo com que neste intervalo, entre a entrada em vigor do texto original da Norma de Desempenho em 2010 e a publicao atual, houvesse avanos signi!cativos tanto na quali!cao e aprimoramento de seu contedo, quanto no envolvimento e resoluo consensual dos agen-tes interessados e na adequao realidade do pas, levando em conta o seu estgio tcnico e de desenvolvimento scio-econmico.O conjunto normativo NBR 15.575 Edi!caes Habitacionais Desempenho, traz como novidade o conceito de comportamento em uso dos componentes e sistemas das edi!caes, sendo que a construo habitacional deve atender e cumprir as exigncias dos usurios ao longo dos anos, promovendo o ama-durecimento e melhoria da relao de consumo no mercado imobilirio, na medida em que todos os partcipes da produo habitacional so incumbidos de suas responsabilidades; projetistas, fornecedores de material, componente e/ou sistema, construtor, incorporador e usurio.Com isso, aguardada uma mudana de cultura na engenharia habitacional, pas-sando pelos processos de criao, edi!cao e manuteno, que tero que ter um olhar mais criterioso, desde a concepo, passando pela de!nio de projeto, ela-borao de plano de qualidade do empreendimento e de um manual abrangente de operao, uso e manuteno da edi!cao, contendo as informaes necess-rias para orientar estas atividades, na espera de uma produo mais quali!cada.E toda mudana que signi!ca um avano na qualidade da produo habita-cional muito bem vinda para o aprimoramento dos nossos procedimentos e refora a preocupao com o desempenho e a qualidade que a CAIXA, como lder de mercado na concesso de crdito imobilirio, j tem h tempos e sua efetividade acompanhada atravs dos seus normativos e critrios desenvol-vidos a partir da expertise adquirida ao longo da sua histria.A CAIXA, assim como o mercado, o meio tcnico e as associaes de pro!ssio-nais, esperam que a aplicao desta norma implique numa melhoria da quali-dade das construes, representando um novo marco, de!nindo, no momento, o limite mnimo esperado para a produo habitacional brasileira, tendendo a evoluir para condies de qualidade intermediria e superior, conforme o decor-rer do tempo e a autorregulao do mercado que passar a adotar a evoluo da melhoria da qualidade como um diferencial, expurgando os maus fornecedores, diminuindo a ilegalidade, alm de bene!ciar toda a populao.

    Clvis Marcelo Dias Bueno Gerente NacionalGN Gesto Padronizao e Normas TcnicasCaixa Econmica Federal

    Milton Anauate Gerente ExecutivoGN Gesto Padronizao e Normas TcnicasCaixa Econmica Federal

  • Fundos de Investimento no contam com garantia do administrador, do gestor, de qualquer mecanismo de seguro ou do Fundo Garantidor de Crdito FGC. Rentabilidade passada no representa a garantia de rentabilidade futura. Leia o prospecto e o regulamento antes de investir. A metodologia utilizada e os prmios recebidos pela CAIXA entre os anos de 2004 e 2012 podem ser obtidos no Guia Exame de Investimentos Pessoais do ano relativo premiao.

    PARA A CAIXA, ODO RAS LEI OPODE SERI VES IDO .

    EU SOUINVESTIDOR

    LUCAS DIAS, comissrio de bordoe investidor dos Fundos da CAIXA.

    Voc tambm pode ser um investidor. S precisa de R$ 10,00 para comear. E no importa se voc grande, mdio ou pequeno investidor. Na CAIXA, voc tem as melhores taxas e pode contar com umaequipe premiada por 8 anos seguidos como uma das melhores gestoras de Fundos de Investimento pela revista Exame. Fale com um gerente da CAIXA.

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    SAC CAIXA 0800 726 0101Informaes, reclamaes, sugestes e elogios

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    Banco do Brasil

    O DILOGO CONSTRI A INOVAO E O SUCESSO

    com imensa satisfao que o Banco do Brasil apia o Guia CBIC Normas de Desempenho - que est alinhado com o nosso compromisso de contribuir com desenvolvimento e pro!ssionalizao da construo civil brasileira.Alm de ser referncia para avaliao da qualidade das edi!caes, a norma de desempenho traz extraordinria oportunidade de comparao ao consumi-dor !nal, que ter sua disposio uma classi!cao desenvolvida aps amplo trabalho da Comisso de Estudos da ABNT, que contou com a participao expressiva de todos os agentes da cadeia da construo civil na elaborao e reviso do texto normativo; com esta classi!cao o consumidor poder esco-lher sua casa avaliando o nvel de desempenho do imvel.Ao veri!carmos o resultado desse trabalho, que prope um salto de qualidade, conforto e segurana na construo civil nacional, inevitvel a comparao com caminho trilhado pelo Banco do Brasil neste mercado. A preocupao da CBIC em convidar todos os agentes da cadeia da construo civil para apoiar a difuso do guia nos remete ao trabalho realizado pelo BB, quando da sua entrada no ramo de !nanciamentos imobilirios.Nosso modelo de negcio foi concebido aps longo estudo e inmeras reu-nies junto aos mais diversos agentes do segmento da construo civil, onde o BB procurou entender as necessidades de toda a cadeia de produo, dos entes pblicos e da sociedade.Com base nesse conhecimento tivemos um rpido aprendizado do mercado e passamos a oferecer portflio completo de produtos, com solues em crdito imobilirio para a Administrao Pblica, Construtoras, Incorporadoras e ao consumidor !nal, que sonha com a aquisio da casa prpria.Hoje, com apenas 4 anos de atuao, os nmeros apresentados pelo BB no mercado de crdito imobilirio comprovam que o dilogo constante com seus parceiros, prtica promovida pela CBIC e pelo BB, o caminho do sucesso.Fechamos o ano de 2012 com a liberao de R$ 11,35 bilhes em emprstimos imobilirios, apresentando um crescimento de 75% frente ao valor contratado em 2011. Em seu primeiro ano de atuao na Faixa 1 do Programa Minha Casa Minha Vida, mais de 50 mil unidades habitacionais foram contratadas pelo BB. Somando este resultado s mais de 64 mil unidades contratadas nas Faixas 2 e 3 do Programa, o banco superou a expectativa do Governo Federal e encerrou o ano de 2012 com mais de 114 mil unidades habitacionais.Tudo isto nos d a convico de que tanto a CBIC como o Banco do Brasil esto no caminho certo, e a publicao que voc tem em mos a sntese deste movimento.Parabns CBIC pela elaborao do guia!

    Gueitiro Matsuo Genso Diretor de Crdito Imobilirio do Banco do Brasil

  • Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 00016$&0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678'HFLHQWH$XGLWLYRRXGH)DOD0800 729 0088

    bompratodos.com.br

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    Solues em crdito imobilirio para quem constri. Bom pra sua empresa, bom pra quem quer a casa prpria, bom pra todos.

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  • APOIO

    APOIOS

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    APOIO TCNICO APOIO ESPECIAL

    APOIOS INSTITUCIONAIS

    ABECIP

    APOIOS GOVERNAMENTAIS

    Ministrio doDesenvolvimento, Indstria

    e Comrcio Exterior

    Ministrio daCincia, Tecnologia

    e InovaoMinistrio das

    Cidades

  • ASSOCIADOS CBIC

    ASSOCIAESACONVAP - Associaco das Construto-ras do Vale do ParaibaADEMI-AL - Associao das Empresas do Mercado Imobilirio de AlagoasADEMI-BA - Associao de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobilirio da BahiaADEMI-DF - Associao de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobilirio do Distrito Federal

    ADEMI-ES - Associao de Empresas do Mercado Imobilirio do Estado Es-prito Santo

    ADEMI-GO - Associao das Empre-sas do Mercado Imobilirio de Gois

    ADEMI-PE - Associao das Empresas do Mercado Imobilirio de Pernambuco

    ADEMI-RJ - Associao de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobilirio do Rio de JaneiroADEMI-SE - Associao dos Dirigen-tes das Empresas da Indstria Imobi-liria de Sergipe

    AELO - Associao das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Ur-bano no Estado de So Paulo

    AEOPE - Associao das Empresas de Obras de Pernambuco

    ANEOR - Associao Nacional das Empresas de Obras Rodovirias

    APEOP-PR - Associao Paranaense dos Empresrios de Obras Pblicas

    APEOP-SP - Associao Paulista de Empresrios de Obras PblicasASBRACO - Associao Brasiliense de ConstrutoresASEOPP - Associao Sergipana dos Em-presrios de Obras Pblicas e Privadas

    Total: 17

    SINDICATOSSINDUSCON-AL - Sindicato da Indstria da Construo do Estado de AlagoasSINDUSCON-AP - Sindicato da Inds-tria da Construo Civil do AmapSINDUSCON-AM - Sindicato da Indstria da Construo Civil do AmazonasSINDUSCON-AC - Sindicato da In-dstria da Construo Civil do Estado do AcreSINDUSCON-BA - Sindicato da Indstria da Construo do Estado da Bahia

    SINDUSCON-CE - Sindicato da Inds-tria da Construo Civil do CearSINDUSCON-DF - Sindicato da Indstria da Construo Civil do Distrito FederalSINDUSCON-ES - Sindicato da Inds-tria da Construo Civil no Estado do Esprito SantoSINDICOPES - Sindicato da Indstria Da Construo Pesada no Estado do Esprito SantoSINDUSCON-GO - Sindicato da Inds-tria da Construo no Estado de GoisSINDUSCON-MA - Sindicato das In-dstrias da Construo Civil do Estado do MaranhoSINDUSCON-MG - Sindicato da In-dstria da Construo Civil no Estado de Minas GeraisSICEPOT-MG - Sindicato da Indstria da Construo Pesada no Estado de Minas GeraisSINDUSCON-TAP - Sindicato da In-dstria da Construo Civil do Trin-gulo Mineiro e Alto ParanabaSINDUSCON-JF - Sindicato da Indus-tria da Construo Civil de Juiz de ForaSINDUSCON-MS - Sindicato Intermu-nicipal da Indstria da Construo do Estado de Mato Grosso do SulSINDUSCON-MT - Sindicato das In-dstrias da Construo do Estado de Mato GrossoSINDUSCON-PA - Sindicato da Inds-tria da Construo do Estado do ParSINDUSCON-JP - Sindicato da Inds-tria da Construo Civil de Joo PessoaSINDUSCON-PR - Sindicato da Indstria da Construo Civil no Estado do ParanSICEPOT-PR - Sindicato da Indstria da Construo Pesada do Estado do ParanSECOVI-PR - Sindicato da Habitao e CondomniosSINDUSCON-NORTE/PR - Sindicato da Indstria da Construo Civil do Norte do ParanSINDUSCON-NOR/PR - Sindicato da Indstria da Construo Civil da Re-gio Noroeste do ParanSINDUSCON-OESTE/PR - Sindicato da Indstria da Construo Civil do Oeste do ParanSINDUSCON-PE - Sindicato da Inds-tria da Construo Civil no Estado de PernambucoSINDUSCON-PI - Sindicato da Inds-tria da Construo Civil de TeresinaSINDUSCON-RIO - Sindicato da In-dstria da Construo Civil no Estado do Rio de JaneiroSINDUSCON-RN - Sindicato da Inds-tria da Construo Civil do Estado do Rio Grande do Norte

    SINDUSCON-RS - Sindicato da Inds-tria da Construo Civil no Estado do Rio Grande do SulSICEPOT-RS - Sindicato da Indstria da Construo de Estradas, Pavimen-tao e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado do Rio Grande do SulSINDUSCON-CAXIAS - Sindicato da Indstria da Construo Civil de Caxias do SulSINDUSCON-PELOTAS - Sindicato das Indstrias da Construo e Mobi-lirio de Pelotas e RegioSINDUSCON-SM - Sindicato da Inds-tria da Construo Civil de Santa MariaSINDUSCOM-SL - Sindicato das In-dstrias de Construo e do Mobili-rios de So LeopoldoSINDUSCON-NH - Sindicato das In-dustrias da Construo Civil, de Ola-rias, Ladrilhos Hidrulicos, Produtos de Cimento, Serrarias e Marcenarias de Novo HamburgoSINDUSCON-RO - Sindicato da In-dstria da Construo Civil do Estado de RondniaSINDUSCON-PVH - Sindicato da In-dstria da Construo Civil e Mobili-rio de Porto VelhoSINDUSCON-RR - Sindicato da In-dstria da Construo Civile do Esta-do de RoraimaSINDUSCON-BNU - Sindicato da Inds-tria da Construo Civil de BlumenauSINDUSCON-JOINVILLE - Sindicato da Indstria da Construo Civil de JoinvilleSINDUSCON-ITAPEMA - Sindicato das Indstrias da Construo Civil de ItapemaSINDUSCON/ITAJA-SC - Sindicato da Indstria da Construo Civil dos Mu-nicpios da Foz do Rio ItajaSINDUSCON-BC - Sindicato da Indstria da Construo de Balnerio CamboriSINDUSCON-SP - Sindicato da Inds-tria da Construo Civil de Grandes Estruturas no Estado de So PauloSECOVI-SP - Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locao e Admi-nistrao de Imveis Residenciais e Comerciais de So PauloSINDUSCON-SE - Sindicato da Indstria da Construo Civil do Estado de Sergipe

    Total: 49

    17

    ASSOCIADOS CBIC

    ASSECOB - Associao dos Empresriosda Construo Civil da Baixada Santista

    SINDUSCON-Oeste/SC - Sindicato daIndstria da Construo de Artefatos deConcreto Armado do Oeste de Santa Catarina

    SINDUSCON-TO - Sindicato da Indstriada Construo Civil do Estado do Tocantins

  • 181818

  • 19

    Em primeiro lugar, deve-se esclarecer que o presente guia no substitui, to-tal ou parcialmente, a norma ABNT NBR 15575, de consulta obrigatria para pro!ssionais e empresas que defendem o desenvolvimento da construo brasileira. Essa norma pode ser adquirida on-line junto ABNT, pelo link: http://www.abntcatalogo.com.br/

    Prembulo

  • 20

    Prembulo

    PREMBULO

    A norma NBR 15575 foi redigida segundo modelos internacionais de normali-zao de desempenho. Ou seja, para cada necessidade do usurio e condio de exposio, aparece a sequncia de Requisitos de Desempenho, Critrios de Desempenho e respectivos Mtodos de Avaliao. O conjunto normativo compreende seis partes:

    Parte 1: Requisitos gerais; Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais; Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos; Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedaes verticais internas e externas; Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas; e Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitrios.

    Cada parte da norma foi organizada por elementos da construo, percor-rendo uma sequncia de exigncias relativas segurana (desempenho mecnico, segurana contra incndio, segurana no uso e operao), habi-tabilidade (estanqueidade, desempenho trmico e acstico, desempenho lumnico, sade, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto ttil) e sustentabilidade (durabilidade, manutenibilidade e ade-quao ambiental).

    organizado por disciplinas. O documento tem como foco subsidiar o en-tendimento e decises de fornecedores, projetistas, construtoras e usurios. Via de regra no so detalhados os respectivos mtodos de avaliao, en-volvendo s vezes modelos numricos relativamente complexos, detalhados mtodos de ensaios laboratoriais etc. Todavia, para os leitores que julgarem necessrio conhecer detalhes dos mtodos de avaliao, ou mesmo confron-tar-se com o texto completo da ABNT, aps o ttulo de cada exigncia de desempenho, reportam-se os itens correspondentes das diferentes partes da norma NBR 15575, como:

  • 21

    RESISTNCIA A IMPACTOS DE CORPO MOLE

    significando que o assunto contemplado pelo Requisito 7.3. da Parte 2, Critrio 7.4.1 da Parte 4, Requisito 7.4.3 da Parte 4, Critrio 7.3.1 da Parte 5 da norma e assim por diante.

    Para todos os critrios includos na norma NBR 15575, foi estabelecido um patamar mnimo (M) de desempenho, que deve ser obrigatoriamente atin-gido pelos diferentes elementos e sistemas da construo. Para alguns cri-trios so indicados outros dois nveis de desempenho, intermedirio (I) e superior (S), sem carter obrigatrio e relacionados em Anexos Informati-vos, presentes nas diferentes partes da norma.

    Nesse sentido, o presente Guia faz consideraes tendo em conta as exi-gncias mnimas, seguindo-se informaes complementares sobre os n-veis intermedirio e superior quando for o caso, marcando-se com fundo colorido patamares de desempenho I e S facultativos.

    Para balizamento do leitor e orientao ao desenvolvimento dos projetos, sempre que possvel, so apresentados valores de referncia para diferen-tes elementos ou sistemas construtivos. Ressalte-se que tais valores so apenas indicativos, devendo ser confirmados por ensaios ou clculos, po-dendo muitas vezes no serem representativos. Por exemplo, valores de isolao acstica indicados para lajes de concreto armado com espessura de 10 cm podem atender ao respectivo critrio para pequenos vos, situa-o que pode se inverter para vos maiores. Algumas vezes, verificam-se variaes importantes entre valores informados por diferentes fontes / au-tores, o que se explica por imprecises nos mtodos de anlise e variaes nas propriedades dos materiais considerados nos diferentes casos.

    Finalmente, ressalte-se que as exigncias dos usurios das habitaes en-volvem diversos outros elementos e sistemas (condicionamento de ar, gs combustvel, telecomunicaes, elevadores, segurana e automao pre-dial, etc) que no foram contemplados no atual estgio da normalizao brasileira. Para as fundaes, no momento, foram consideradas suficientes as exigncias registradas na norma NBR 6122 Projeto e execuo de fun-daes, o mesmo ocorrendo em relao norma NBR 5410 Instalaes eltricas de baixa tenso.

    REQ 7.3 - PT 2 CRIT 7.4.1 - PT 4 CRIT 7.4.3 - PT 4 CRIT 7.3.1 - PT 5

  • Sumrio

    SUMRIO

    1.

    2. Incumbncias

    3. Requisitos gerais de desempenho

    4. Desempenho estrutural

    5. Segurana contra incndio

    6. Segurana no uso e operao

    7. Funcionalidade e acessibilidade

    8. Conforto ttil e antropodinmico

    9. Desempenho trmico

    10. Desempenho acstico

    11. Desempenho lumnico

    12. Estanqueidade gua

    13. Durabilidade

    14. Manutenibilidade / gesto da manuteno predial

    15.

    APNDICE: ESCLARECIMENTOS DE NATUREZA JURDICA

    ANEXOS:Anexo A: VUPs sugeridas para diversos elementos e componentes da construo

    Anexo B: Diretrizes sugeridas para o estabelecimento de prazos de garantia

    Anexo C: Gesto da manuteno predial

    Anexo D: Referncias normativas

    Bibliografia

    Anexo E: Relao de laboratrios / capacitao para ensaios de desempenho

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  • ndice

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    ndice

    1 - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

    2 - Incumbncias ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    3 - Requisitos gerais de desempenho --------------------------------------------------------------------------------3.1 - Implantao da obra ------------------------------------------------------------------------------------------------3.2 - Sade, higiene e qualidade do ar ------------------------------------------------------------------------

    3.2.1 - Condies gerais de salubridade / atendimento a Cdigo Sanitrio -------------------------------------------------------------------------------------- 3.2.2 - Teor de poluentes ---------------------------------------------------------------------------------------- 3.2.3 - Estanqueidade a gases e insetos sistemas prediais de esgoto 3.2.4 - Riscos de contaminao do sistema de gua potvel -------------------

    3.3 - Adequao ambiental ----------------------------------------------------------------------------------------------3.3.1 - Disposies gerais -------------------------------------------------------------------------------------- 3.3.2 - Racionalizao do consumo de gua -------------------------------------------------- 3.3.3 - Risco de contaminao do solo e do lenol fretico --------------------- 3.3.4 - Utilizao e reuso de gua -----------------------------------------------------------------------

    4 - Desempenho estrutural ----------------------------------------------------------------------------------------------------4.1 - Exigncias gerais de segurana e utilizao ----------------------------------------------------4.2 - Estabilidade e resistncia do sistema estrutural --------------------------------------------4.3 - ----------------4.4 - Deslocamentos admitidos e limites de falhas para vedaes verticais ----------4.5 - Impactos de corpo mole ----------------------------------------------------------------------------------------

    4.5.1 - Estrutura e vedaes verticais externas comfuno estrutural - edifcios multipiso -------------------------------------------------

    4.5.2 - Estrutura e vedaes externas estruturais - casas trreas ------------4.5.3 - Vedaes externas sem funo estrutural - edifcios multipiso4.5.4 - Vedaes externas sem funo estrutural - casas trreas ------------4.5.5 - Vedaes internas com ou sem funo estrutural - casas trreas, sobrados e edifcios multipiso -----------------------------------------------4.5.6 - Revestimento interno das vedaes verticais externas em multicamadas (por exemplo, drywall revestindo alvenaria internamente) ---------------------------------------------------------------------------4.5.7 - Pisos e coberturas acessveis ------------------------------------------------------------------4.5.8 - Resistncia a impactos de corpo mole de tubulaes aparentes

    4.6 - Impactos de corpo duro -----------------------------------------------------------------------------------------

    28

    38

    424447

    474849495151525353

    565859616465

    66676868 69

    69707171

  • ndice

    24

    4.6.1 - Impactos de corpo duro - exterior da estrutura e vedaes verticais4.6.2 - Impactos de corpo duro - interior da estrutura e vedaes internas4.6.3 - Impactos de corpo duro - pisos -------------------------------------------------------------4.6.4 - Impactos de corpo duro - telhados ------------------------------------------------------4.6.5 - Impactos de corpo duro - tubulaes aparentes ----------------------------

    4.7 - Aes atuantes em parapeitos e guarda-corpos -------------------------------------------4.8 - Resistncia / capacidade de suporte de peas suspensas -------------------------

    4.8.1 - Capacidade de paredes suportarem peas suspensas ------------------4.8.2 - ---------------------------------------4.8.3 - Tubulaes suspensas -------------------------------------------------------------------------------

    4.9 - Aes transmitidas por portas s paredes internas ou externas --------------4.10 - Solicitaes em pisos e coberturas -------------------------------------------------------------------

    4.10.1 - Cargas concentradas em pisos e coberturas acessveis --------------4.10.2 - Cargas concentradas em vigas, caibros ou trelias das coberturas4.10.3 - Ao do vento em coberturas -------------------------------------------------------------

    4.11 - Atuao de sobrecargas em tubulaes --------------------------------------------------------4.11.1 - Tubulaes enterradas ----------------------------------------------------------------------------4.11.2 - Tubulaes embutidas ---------------------------------------------------------------------------4.11.3 - Altura manomtrica mxima ---------------------------------------------------------------4.11.4 - Sobrepresso mxima no fechamento de vlvulas de descarga 4.11.5 - Sobrepresso mxima quando da parada de bombas de recalque ------------------------------------------------------------------------------------------------

    5 - Segurana contra incndio ----------------------------------------------------------------------------------------------5.1 - ----------------------------------------5.2 - ----------------------------------5.3 - Equipamentos de extino, sinalizao e iluminao de emergncia5.4 - Facilidade de fuga em situao de incndio ---------------------------------------------------5.5 - Desempenho estrutural em situaes de incndio --------------------------------------

    5.5.1 - Resistncia ao fogo de elementos estruturais e de compartimentao --------------------------------------------------------------------------5.5.2 - Resistncia ao fogo de sistemas de cobertura ---------------------------------5.5.3 - Resistncia ao fogo de entrepisos --------------------------------------------------------

    5.6 - 5.6.1 - Reao ao fogo - faces internas e miolo de paredes ---------------------5.6.2 - Reao ao fogo - fachadas ----------------------------------------------------------------------5.6.3 - Reao ao fogo - faces internas de coberturas --------------------------------5.6.4 - Reao ao fogo - faces externas de coberturas -------------------------------5.6.5 - Reao ao fogo - face inferior do sistema de piso --------------------------5.6.6 - Reao ao fogo - face superior do sistema de piso ------------------------

    7172727373747676787979808080818282838383

    83

    84 86 87 88 89 89 91 92 92 94 97 97 97 99 100 101

  • ndice

    25

    5.6.7 - Reao ao fogo - prumadas atravessando pavimentos -----------------5.7 - Selagem corta-fogo em shafts, prumadas e outros ----------------------------------------5.8 - Selagem corta-fogo em tubulaes de materiais polimricos -----------------5.9 - Registros corta-fogo nas tubulaes de ventilao ----------------------------------------5.10 - Prumadas enclausuradas ------------------------------------------------------------------------------------------5.11 - Prumadas de ventilao permanentes ---------------------------------------------------------------5.12 - Prumadas de lareiras, churrasqueiras, varandas gourmet e similares5.13 - Escadas, elevadores e monta-cargas -------------------------------------------------------------------5.14 - Reserva de gua para combate a incndio -------------------------------------------------------5.15 - Combate a incndio com extintores -------------------------------------------------------------------

    6 - Segurana no uso e na operao ------------------------------------------------------------------------------------------6.1 - Segurana na utilizao dos sistemas prediais -------------------------------------------------6.2 - Segurana na utilizao das instalaes ---------------------------------------------------------------6.3 - Segurana na utilizao de pisos -------------------------------------------------------------------------------

    6.3.1 - --------------------------------------------------6.3.2 - Segurana na circulao sobre pisos internos e externos -------------

    6.4 - Segurana na utilizao e manuteno de coberturas ------------------------------------6.4.1 - Risco de deslizamento de componentes da cobertura ---------------------6.4.2 - Guarda-corpos em coberturas acessveis aos usurios ---------------------6.4.3 - Aes em platibandas e vigas de fechamento ------------------------------------------6.4.4 - Segurana no trabalho em coberturas inclinadas ----------------------------------6.4.5 - Possibilidade de caminhamento de pessoas sobre a cobertura6.4.6 - Aterramento de coberturas metlicas ------------------------------------------------------------------

    6.5 - Segurana contra choques, queimaduras, exploses e intoxicaes na utilizao de aparelhos das instalaes hidrossanitrias -----------------------------

    6.5.1 - Aterramento das instalaes, aquecedores e eletrodomsticos6.5.2 - Corrente de fuga em equipamentos -----------------------------------------------------------------------6.5.3 - Temperatura de utilizao nas instalaes de gua quente ----------6.5.4 - Dispositivos de segurana em aquecedores eltricos de acumulao ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------6.5.5 - Dispositivos de segurana em aquecedores de acumulao a gs -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------6.5.6 - Instalao de equipamentos a gs combustvel --------------------------------------

    6.6 - Segurana contra ferimentos na utilizao de metais e louas sanitrias

    7 - Funcionalidade e acessibilidade -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------7.1 - P direito mnimo ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------7.2 - Disponibilidade mnima de espaos para uso e operao da habitao7.3 - Funcionamento das instalaes de gua --------------------------------------------------------------------------------7.4 - Funcionamento das instalaes de esgoto --------------------------------------------------------------------------

    102102103103104104104105106106

    108110112113113114116116117117 118119120

    120120120121

    121

    122122123

    124126126127128

  • 26

    ndice

    7.5 - Funcionamento das instalaes de guas pluviais ---------------------------------------------------7.6 - mobilidade reduzida ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------7.7 - Ampliao de unidades habitacionais evolutivas -----------------------------------------------------

    8 - Conforto ttil e antropodinmico ----------------------------------------------------------------------------------------------------------8.1 - Planicidade dos pisos ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------8.2 - Adequao ergonmica de dispositivos de manobra -------------------------------------------8.3 - Fora necessria para o acionamento de dispositivos de manobra ---------8.4 - Adaptao ergonmica de acionadores de louas e metais sanitrios

    9 - Desempenho trmico -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------9.1 - -------------------------------------------------------

    9.1.1 - Transmitncia trmica de paredes externas ------------------------------------------------9.1.2 - Capacidade trmica de paredes externas ------------------------------------------------------9.1.3 - Transmitncia trmica de coberturas -----------------------------------------------------------------

    9.2 - Avaliao do desempenho trmico por simulao computacional ---------9.2.1 - Valores mximos de temperatura no vero --------------------------------------------------9.2.2 - Valores mnimos de temperatura no inverno ----------------------------------------------

    9.3 Aberturas para ventilao de ambientes de permanncia prolongada

    10 - Desempenho acstico ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------10.1 - Conceituao geral --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------10.2 -

    10.2.1 - 10.2.2 - ---------10.2.3 - Som areo - ensaio de laboratrio - mtodo de preciso -----------10.2.4 - -------------------------

    10.3 Critrios de desempenho acstico --------------------------------------------------------------------------------------10.3.1 - Isolao sonora de paredes entre ambientes - ensaios de campo 10.3.2 - Isolao sonora de paredes entre ambientes ensaio de laboratrio ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------10.3.3 - Isolao sonora das fachadas e da cobertura - ensaios de campo10.3.4 - Isolao sonora de fachadas - ensaio de laboratrio -----------------------10.3.5 - Isolamento de rudo areo de entrepisos e coberturas acessveis10.3.6 - Isolao a rudos de impacto de pisos e coberturas acessveis

    10.4 - Isolao a rudos provocados por equipamentos hidrossanitrios -------

    11 - Desempenho lumnico ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------11.1 - Nveis requeridos de iluminncia natural - processo de simulao ------ 11.2 - Medio in loco: nveis requeridos de Fator de Luz Diurna (FLD) -----------11.3 - ----------------------------------------------------------------------

    128

    128129

    130132133133133

    134139141141144146150151151

    152154157157158158159159159 160163164167168169

    172 174175175

  • 27

    ndice

    12 - Estanqueidade gua -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------12.1 - Estanqueidade gua de pisos -------------------------------------------------------------------------------------------------

    12.1.1 - Estanqueidade de pisos sujeitos umidade ascendente -----------12.1.2 - Estanqueidade de pisos de reas molhadas ---------------------------------------------

    12.2 - Estanqueidade gua de fachadas e de paredes internas --------------------------12.2.1 - Estanqueidade gua de chuva de paredes de fachada -------------12.2.2 - Estanqueidade de paredes em reas molhadas umidade

    ----------------------------------------------------------------------------------------------12.2.3 - Estanqueidade de fachadas e paredes internas em reas molhveis ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    12.3 - Estanqueidade gua de coberturas ----------------------------------------------------------------------------------12.3.1 - Impermeabilidade de telhas -------------------------------------------------------------------------------------12.3.2 - Estanqueidade gua de coberturas --------------------------------------------------------------12.3.3 - Estanqueidade das aberturas de ventilao --------------------------------------------12.3.4 - Captao e escoamento de guas pluviais ------------------------------------------------ 12.3.5 - Estanqueidade de coberturas com sistema de impermeabilizao

    12.4 - Estanqueidade gua de instalaes hidrossanitrias ------------------------------------12.4.1 - Estanqueidade dos sistemas de gua fria e gua quente -----------12.4.2 - Estanqueidade gua de peas de utilizao ----------------------------------------12.4.3 - Estanqueidade das instalaes de esgoto e de guas pluviais12.4.4 - Estanqueidade gua das calhas ------------------------------------------------------------------------

    13 - Durabilidade -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------13.1 - ------------13.2 - -----------------------------13.3 - Comportamento de pisos molhados e molhveis sob ao da umidade13.4 - Resistncia a agentes qumicos de pisos de reas secas ----------------------------------13.5 - Resistncia a agentes qumicos de pisos molhados e molhveis -----------13.6 - Resistncia ao desgaste por abraso de pisos ------------------------------------------------------------13.7 - Ao de calor e choque trmico em paredes de fachada ------------------------------13.8 - Estabilidade da cor de telhas e outros componentes das coberturas

    14 - Manutenibilidade / gesto da manuteno predial -----------------------------------------------------------14.1 Manual de uso, operao e manuteno -----------------------------------------------------------------------14.2 Gesto da manuteno predial -------------------------------------------------------------------------------------------------

    15 - --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Apndice: Esclarecimentos de natureza jurdica --------------------------------------------------------------------

    Anexo A: VUPs sugeridas para diversos elementos e componentes da construo Anexo B: Diretrizes sugeridas para o estabelecimento de prazos de garantia Anexo C: Gesto da manuteno predial ------------------------------------------------------------------------------------------------- Anexo D: Referncias normativas (Normas tcnicas a serem consultadas para aplicao da NBR 15575) -------------------------------------------------------------------------------------------------- ABibliografia

    nexo E: Relao de laboratrios / capacitao para ensaios de desempenho

    176179179180181183 184 184 185 186 187 189 189 190 190 190 191 191 191192196202207208209209210211

    212 214217

    218222

    234238 242

    258 272304-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

  • 282828

  • 1Ao contrrio das normas tradicionais, que prescrevem caractersticas dos pro-dutos com base na consagrao do uso, normas de desempenho de!nem as propriedades necessrias dos diferentes elementos da construo, indepen-dentemente do material constituinte. No primeiro caso, deve-se utilizar o pro-duto em atendimento s suas caractersticas. No segundo, deve-se desenvol-ver e aplicar o produto para que atenda s necessidades da construo.

    29

    DEFINIES E CONCEITOS

  • DEFINIES E CONCEITOS1

    DEFINIES E CONCEITOS

    Para familiarizao dos termos utilizados no presente guia, so apresentadas a seguir as principais de!nies e conceitos que aliceram o conjunto normativo, estabelecendo-se, quando for o caso, comentrios. Recomenda-se leitura atenta dos conceitos a seguir hierarquizados, sendo que a listagem das de!nies em ordem alfabtica pode ser encontrada nas Partes 1 a 6 da norma ABNT NBR 15575.

    DESEMPENHOComportamento em uso de uma edi!cao e de seus sistemas.

    COMENTRIO

    O desempenho da mesma edi!cao poder variar de um local para outro e de um ocupante para outro (cuidados diferentes no uso e na manuten-o, por exemplo). Ou seja, variar em funo das condies de exposio.

    CONDIES DE EXPOSIO; Conjunto de aes atuantes sobre a edi!cao habitacional, incluindo cargas gravitacionais, aes externas e aes resultantes da ocupao.

    NORMA DE DESEMPENHOConjunto de requisitos e critrios estabelecidos para uma edi!cao habita-cional e seus sistemas, com base em requisitos do usurio, independentemen-te da sua forma ou dos materiais constituintes.

    COMENTRIO

    A norma 15575 aplica-se a edi!caes habitacionais com qualquer nme-ro de pavimentos. O texto normativo apresenta as ressalvas necessrias no caso de exigncias aplicveis somente para edi!caes de at cinco pavimentos. A norma no se aplica a:

    t obras j concludas / construes pr-existentes;

    303030

  • t obrBTFNBOEBNFOtPOBEaUBEBFOtrBEBFNWJHPSEBOPrNB

    t prPKFtosprotocPMBEPTOPTrHPTcPNQFtFOtFTataEataEBFOtrBEBFNWJHPSEBOPrNB

    t obrBTEFrFforNBTPVretrofit

    t

    RETROFITRFNPEFMaPPVatVaMJzaoEPFEJGDJooVEFsJTtFNBs,atraWsEBJOcorporaPEFOoWastFDOoloHJasFcoOcFJtos,OPrNBMNFOtFWJTaOEPWalorJzaoEoJNWFl

    NORMA PRESCRITIVACPOjVOtoEFrFRVJTJtosFcrJtrJosFTtBCFlFDJEPsparaVNproEVtooVVNprocF-

    REQUISITOS DE DESEMPENHO -

    rFRVJTJtPTEPVTVrJo.

    USURIO

    CrITRIos de desempenho

    ESPECIFICAES DE DESEMPENHO---

    COMPONENTE-

    tFMIBfPMIBEFQPrta).

    31

  • DEFINIES E CONCEITOS1

    323232

    ELEMENTOParte de um sistema com funes espec!cas. Geralmente composto por um conjunto de componentes (por exemplo, parede de vedao de alvenaria, pai-nel de vedao pr-fabricado, estrutura de cobertura).

    SISTEMAMaior parte funcional do edifcio. Conjunto de elementos e componen-tes destinados a atender uma macrofuno que o define (por exemplo, fundao, estrutura, pisos, vedaes verticais, instalaes hidrossanit-rias, cobertura).

    CUSTO GLOBALCusto total de uma edi!cao ou de seus sistemas, determinado consideran-do-se, alm do custo inicial, os custos de operao e manuteno ao longo da sua vida til.

    FALHAOcorrncia que prejudica a utilizao do sistema ou do elemento, resultando em desempenho inferior ao requerido.

    PATOLOGIAO mesmo que Manifestao Patolgica.

    MANIFESTAO PATOLGICAIrregularidade que se manifesta no produto em funo de falhas no pro-jeto, na fabricao, na instalao, na execuo, na montagem, no uso ou na manuteno bem como problemas que no decorram do envelheci-mento natural.

    AGENTES DE DEGRADAOTudo aquilo que age sobre um sistema, contribuindo para reduzir seu desem-penho (sol, chuva, aes dos usurios da edi!cao etc).

    DEGRADAOReduo do desempenho devido atuao de um ou de vrios agentes de degradao.

    DURABILIDADECapacidade da edi!cao ou de seus sistemas de desempenhar suas funes ao longo do tempo, sob condies de uso e manuteno especi!cadas no Ma-nual de Uso, Operao e Manuteno.

  • 33

    COMENTRIO

    O termo durabilidade expressa o perodo esperado de tempo em que um produto tem potencial de cumprir as funes a que foi destinado, num patamar de desempenho igual ou superior quele prede!nido. Para tanto, h necessidade de correta utilizao, bem como de realizao de manutenes peridicas em estrita obe-dincia s recomendaes do fornecedor do produto, sendo que as manutenes devem recuperar parcialmente a perda de desem-penho resultante da degradao, conforme ilustrado na Figura 1.

    Desempenho

    Manuteno

    Vida til com manuteno

    Vida til semmanuteno

    Tempo

    Desempenhorequerido

    T 1 T 2T 0

    Figura 1: Recuperao do desempenho por aes de manuteno (Fonte NBR 15575-1)

    MANUTENO

    MANUTENIBILIDADEGrau de facilidade de um sistema, elemento ou componente de ser mantido ou recolocado no estado no qual possa executar suas funes requeridas, sob

    -dies determinadas, procedimentos e meios prescritos.

    Conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacida-de funcional da edi!cao e seus sistemas constituintes a !m de atender s necessi-dades e segurana dos seus usurios.

  • DEFINIES E CONCEITOS1

    343434

    MANUAL DE USO, OPERAO E MANUTENODocumento que rene as informaes necessrias para orientar as atividades de conservao, uso e manuteno da edi!cao e operao dos equipamentos.

    Nota: Tambm conhecido como manual do proprietrio, quando aplicado para as unidades autnomas, e manual das reas comuns ou manual do sndi-co, quando aplicado para as reas de uso comum.

    INSPEO PREDIAL DE USO E MANUTENOAnlise tcnica, atravs de metodologia espec!ca, das condies de uso e de manuteno preventiva e corretiva da edi!cao.

    OPERAOConjunto de atividades a serem realizadas em sistemas e equipamentos com a !nalidade de manter a edi!cao em funcionamento adequado.

    VIDA TIL - VUPerodo de tempo em que um edifcio e/ou seus sistemas se prestam s ati-vidades para as quais foram projetados e construdos, com atendimento dos nveis de desempenho previstos nesta Norma, considerando a periodicidade e a correta execuo dos processos de manuteno especi!cados no respec-tivo Manual de Uso, Operao e Manuteno (a vida til no pode ser con-fundida com prazo de garantia legal ou contratual)

    Nota: Interferem na vida til, alm da vida til de projeto, das caractersticas dos materiais e da qualidade da construo como um todo, o correto uso e operao da edi!cao e de suas partes, a constncia e efetividade das opera-es de limpeza e manuteno, alteraes climticas e nveis de poluio no local da obra, mudanas no entorno da obra ao longo do tempo (trnsito de veculos, obras de infraestrutura, expanso urbana, etc.). O valor real de tempo de vida til ser uma composio do valor terico de Vida til de Projeto devi-damente in"uenciado pelas aes da manuteno, da utilizao, da natureza e da sua vizinhana. As negligncias no atendimento integral dos programas de-!nidos no Manual de Uso, Operao e Manuteno da edi!cao, bem como aes anormais do meio ambiente, iro reduzir o tempo de vida til, podendo este !car menor que o prazo terico calculado como Vida til de Projeto.

    VIDA TIL DE PROJETO - VUPPerodo estimado de tempo para o qual um sistema projetado a !m de aten-der aos requisitos de desempenho estabelecidos nesta Norma, considerando o atendimento aos requisitos das normas aplicveis, o estgio do conhecimento

  • 35

    no momento do projeto e supondo o atendimento da periodicidade e correta

    de Uso, Operao e Manuteno (a VUP no pode ser confundida com tempo de vida til, durabilidade, prazo de garantia legal ou contratual).

    COMENTRIO

    PRAZO DE GARANTIA CONTRATUALPerodo de tempo, igual ou superior ao prazo de garantia legal, oferecido vo-luntariamente pelo fornecedor (incorporador, construtor ou fabricante) na for-

    produto. Este prazo pode ser diferenciado para cada um dos componentes do produto a critrio do fornecedor.

    PRAZO DE GARANTIA LEGAL Perodo de tempo previsto em lei que o comprador dispe para reclamar dos vcios (defeitos) veri na compra de produtos durveis. Na Tabela D.1 desta Norma so detalhados prazos de garantia usualmente praticados pelo setor da construo civil, correspondentes ao perodo de tempo em que elevada a probabilidade de que eventuais vcios ou defeitos em um sistema, em estado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de ano-malias que repercutam em desempenho inferior quele previsto.

    FORNECEDOROrganizao ou pessoa que fornece um produto, por exemplo, fabricante, distribuidor, varejista ou comerciante de um produto ou prestador de um servio ou informao.

    A VUP uma estimativa terica de tempo que compe a vida til.

    processos de manuteno, cuidados na utilizao do imvel, alteraes no clima ou no entorno da obra, etc. A VUP dever estar registrada nos projetos das diferentes disciplinas, assumindo-se que ser atendida a VUP mnima prevista na norma quando no houver indicao. No item 13 do presente guia indicam-se prazos de vida til de projeto sugeridos na norma NBR 15575.

    Poder ou no ser atingida em funo da e!cincia e constncia dos

  • DEFINIES E CONCEITOS1

    363636

    INCORPORADORPessoa fsica ou jurdica, comerciante ou no, que, embora no efetuando a construo, compromisse ou efetive a venda de fraes ideais de terreno, ob-jetivando a vinculao de tais fraes a unidades autnomas, em edi!caes a serem construdas ou em construo sob regime condominial, ou que me-ramente aceita propostas para efetivao de tais transaes, coordenando e levando a termo a incorporao e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega em certo prazo, preo e determinadas condies das obras concludas.

    CONSTRUTORPessoa fsica ou jurdica, legalmente habilitada, contratada para executar o empreendimento, de acordo com o projeto e em condies mutuamen-te estabelecidas.

    EMPRESA ESPECIALIZADAOrganizao ou pro!ssional liberal que exerce funo na qual so exigidas quali!cao e competncia tcnica espec!ca.

    ESTADO DA ARTEEstgio de desenvolvimento de uma capacitao tcnica em um determinado momento, em relao a produtos, processos e servios, baseado em descober-tas cient!cas, tecnolgicas e experincias consolidadas e pertinentes.

    INOVAO TECNOLGICAAperfeioamento tecnolgico, resultante de atividades de pesquisa, aplicado ao processo de produo do edifcio, objetivando a melhoria de desempenho, qualidade e custo do edifcio ou de um sistema.

    P-DIREITODistncia entre o piso de um andar e o teto desse mesmo andar.

    RUNACaracterstica do estado-limite ltimo por ruptura ou por perda de estabilida-de ou por deformao excessiva.

    DIA TPICO DE PROJETO DE VERODe!nido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variveis: tempera-tura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento, radiao solar inciden-te em superfcie horizontal para o dia mais quente do ano, segundo a mdia do perodo dos ltimos 10 anos. A Tabela A.2 da NBR 15575-1 apresenta os dados para algumas cidades.

  • 37

    DIA TPICO DE PROJETO DE INVERNODe!nido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variveis: tem-peratura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento, radiao solar incidente em superfcie horizontal para o dia mais frio do ano segundo a mdia do perodo dos ltimos 10 anos. A Tabela A.3 da NBR 15575-1 apre-senta os dados para algumas cidades.

    ABSORTNCIA RADIAO SOLARQuociente da taxa de radiao solar absorvida por uma superfcie pela taxa de radiao solar incidente sobre esta mesma superfcie (ABNT NBR 15220-1).

    CAPACIDADE TRMICAQuantidade de calor necessria para variar em uma unidade a temperatura de um sistema em KJ/(m2.K), calculada conforme ABNT NBR 15220-2:2005, subseo 4.3.

    TRANSMITNCIA TRMICATransmisso de calor em unidade de tempo e atravs de uma rea unitria de um elemento ou componente construtivo; neste caso, dos vidros e dos com-ponentes opacos das paredes externas e coberturas, incluindo as resistncias

    dois ambientes. A transmitncia trmica deve ser calculada por meio do mto-do de clculo da NBR 15220-2 ou determinada pelo mtodo da caixa quente protegida conforme ABNT NBR 6488.

  • 383838

  • 2Para que se atinja e se mantenha o desempenho pretendido durante o prazo de vida til de projeto, a norma estabelece incumbncias para incorporadores, construtores, projetistas, usurios e outros. Suprime algumas inde!nies que existiam, como por exemplo a responsabilidade sobre os levantamentos neces-srios em terrenos com passivo ambiental.

    39

    INCUMBNCIAS

  • B) Recomenda-se que os Manuais de Uso, Operao e Manuteno registrem os correspondentes prazos de Vida til de Projeto (VUP) e, quando for o caso, os prazos de garantia oferecidos pelo construtor ou pelo incorporador, recomendando-se que esses prazos sejam iguais ou maiores que os apresen-tados no item 13 deste guia Anexo D da Norma NBR 15575 1.

    INCUMBNCIAS2

    INCUMBNCIAS

    De acordo com a norma NBR 15575, o processo das habitaes, nas suas di-ferentes fases, requer aes concretas dos diferentes intervenientes visando a atingir e manter os nveis de desempenho pretendidos, registrando-se no Apndice ESCLARECIMENTOS DE NATUREZA JURDICA do presente guia as incumbncias de incorporadores, projetistas, usurios e outros. A seguir, apre-senta-se resumo das principais incumbncias, recomendando-se entretanto a atenta leitura do mencionado apndice.

    INCORPORADORA) Salvo conveno escrita, da incumbncia do incorporador, de seus prepos-tos e/ou dos projetistas envolvidos, dentro de suas respectivas competncias,

    do projeto, devendo o incorporador, nesse caso, providenciar os estudos tcni-cos requeridos e prover aos diferentes projetistas as informaes necessrias.

    implantao da obra, contaminao do lenol fretico, presena de agentes agressivos no solo e outros passivos ambientais.

    B) nveis de desempenho (Mnimo, Intermedirio ou Superior) para os diferentes elementos da construo e/ou para a obra como um todo.

    CONSTRUTORA) Ao construtor, ou eventualmente, ao incorporador, cabe elaborar os Manuais de Uso, Operao e Manuteno, bem como proposta de modelo de gesto da manuteno, em atendimento respectivamente s normas NBR 14037 e NBR 5674, que devem ser entregues ao usurio da unidade privada e ao condomnio

    FORNECEDOR DE INSUMO, MATERIAL, COMPONENTE E/OU SISTEMACaracterizar o desempenho do componente, elemento ou sistema fornecido, de acordo com a norma NBR 15575, o que pressupe fornecer tambm o prazo de vida

    40

  • til previsto para o produto, os cuidados na operao e na manuteno, etc. Podem tambm ser fornecidos resultados comprobatrios do desempenho do produto com base em normas internacionais ou estrangeiras compatveis com a NBR 15575.

    PROJETISTAOs projetistas devem estabelecer e indicar nos respectivos memoriais e dese-nhos a Vida til de Projeto (VUP) de cada sistema que compe a obra, espe-

    venham a atender ao desempenho requerido. Para que a VUP possa ser atingida, o projetista deve recorrer s boas prticas de projeto, s disposies de normas tcnicas prescritivas, ao desempenho demonstrado pelos fabricantes dos pro-dutos contemplados no projeto e a outros recursos do estado da arte mais atual.

    -ver publicado o desempenho de seu produto, compete ao projetista solicitar

    forem considerados valores de VUP maiores que os mnimos estabelecidos na NBR 15575, esses devem constar dos projetos e/ou memoriais de clculo.

    USURIO-

    poder pblico alteraes na sua destinao, nas cargas ou nas solicitaes previstas nos projetos originais. Cabe ainda realizar as manutenes preventivas e correti-vas de acordo com o estabelecido no Manual de Uso, Operao e Manuteno do imvel, redigido de acordo com a norma ABNT NBR 14037, efetuando a gesto e registro documentado das manutenes de acordo com a norma ABNT NBR 5674.

    41

  • 424242

  • 3A Parte 1 da norma trata das interfaces entre os diferentes elementos da cons-truo e do seu desempenho global, como por exemplo no caso do desem-

    gerais sobre estabilidade, durabilidade, segurana no uso e na ocupao, de-sempenho lumnico, etc.

    43

    REQUISITOS GERAIS

    penho trmico, onde in!uem simultaneamente fachadas, cobertura, etc. Esta-

  • REQUISITOS GERAIS DE DESEMPENHO3

    REQUISITOS GERAIS DE DESEMPENHO

    O conjunto normativo NBR 15575 compreende a Parte 1 Requisitos Gerais at a Parte 6 - Requisitos para os sistemas hidrossanitrios. A Parte 1 debrua-se principalmente sobre as interfaces entre os diferentes elementos e sistemas, procurando focar o desempenho da construo como um todo. A seguir so apresentadas as exigncias de ordem geral, registrando-se a correspondncia entre a itemizao do presente guia e os itens da norma 15575.

    3.1 - IMPLANTAO DA OBRAA NBR 15575 estabelece que, para edifcaes ou conjuntos habitacionais com local de implantao de!nido, os projetos devem ser desenvolvidos com base nas caractersticas geomorfolgicas do local, avaliando-se convenientemente os riscos de deslizamentos, enchentes, eroses e outros. Devem ainda ser con-siderados riscos de exploses oriundas do con!namento de gases resultantes de aterros sanitrios, solos contaminados, proximidade de pedreiras e outros, tomando-se as providncias necessrias para que no ocorram prejuzos se-gurana e funcionalidade da obra.

    Os projetos devem ainda prever as interaes com construes existentes nas proximidades, considerando-se as eventuais sobreposies de bulbos de pres-so, efeitos de grupo de estacas, rebaixamento do lenol fretico e descon!na-mento do solo em funo do corte do terreno. Do ponto de vista da segurana e estabilidade ao longo da vida til da estrutura, devem ser consideradas as con-dies de agressividade do solo, do ar e da gua na poca do projeto, prevendo-se, quando necessrio, as protees pertinentes estrutura e suas partes.

    COMENTRIOS

    Sobretudo nas regies metropolitanas e na periferia das grandes cidades, h grande di!culdade na obteno de terrenos adequados, existindo reas remanescentes muito escarpadas, com passivos ambientais ou outros pro-blemas. At o estabelecimento da NBR 15575, havia certa inde!nio de responsabilidades relativas a obras executadas sobre solos contaminados, em reas de risco e outros. Pela NBR 15575, !ca de!nida que tal respon-sabilidade compete pessoa fsica ou jurdica responsvel pelo fato do

    ITEM 6.3 - PT 1

    444444

  • produto (edi!cao isolada, conjunto habitacional etc), ou seja, empresas incorporadoras, companhias pblicas de habitao e congneres. Todavia, essas sempre podero contratar tcnicos ou empresas especializadas nos levantamentos necessrios, !rmando contratos onde !que devidamente registrado o compartilhamento ou delegao de responsabilidades, mas sem nunca ocorrer o vcuo. Vale recordar que, de acordo com a norma NBR 14037, o manual deve conter informaes sobre termos de compen-sao ambiental, quando houver, ou outras condicionantes ambientais es-tabelecidas na fase de projeto e obteno do Auto de Concluso do Imvel.

    RECOMENDAES

    vital o conhecimento e a familiarizao dos empreendedores e tcnicos com o local da obra, procurando-se conhecer antecedentes relativos presena de indstrias, aterros sanitrios e outros. A ocorrncia de nmero signi!cativo de mataces no terreno, a necessidade de descontaminao do solo e a de exten-sas contenes, por exemplo, devem obrigatoriamente compor a engenharia !nanceira do empreendimento, podendo comprometer sua viabilidade caso no sejam convenientemente considerados. Consultas prefeitura local, r-gos ambientais, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e construtores ou projetis-tas que atuam no local da obra sempre podem trazer informaes importantes.

    Devem ser providos os levantamentos topogr!cos, geolgicos e geotcnicos necessrios, executando-se terraplenagem, taludes, contenes e outras obras de acordo com as normas aplicveis (NBR 8044, NBR 5629, NBR 11682, NBR 6122 etc). Recomenda-se aplicar lista de veri!cao dos riscos passveis de estarem presentes no entorno da obra, conforme exemplo apresentado na Tabela 1.

    45

  • Tabela 1 - Riscos/agentes de risco relativos implantao da obra

    Agentes de risco

    H risco?

    Providncia recomendada pelo analistaSim No

    Enchentes / sistema de drenagem urbana

    Eroso

    Deslizamentos

    Presena de solos colapsveis

    Presena de solos expansveis

    Dolinas / piping / subsidncia do solo

    Crateras em camadas profundas

    Ocorrncia signi!cativa de mataces

    Descon!namento do solo

    Argilas moles em camadas profundas

    Rebaixamento do lenol fretico

    Sobreposies de bulbos de presso

    Efeitos de grupo de estacas

    Vendavais

    Tremores de terra

    Vibraes decorrentes da terraplenagem

    Vibraes por vias frreas / autoestradas

    Proximidade de aeroportos

    Rota de aeronaves

    Antiga presena de aterro sanitrio

    Antiga presena de indstria perigosa

    Atmosferas agressivas

    Chuvas cidas

    Contaminao do lenol fretico

    Pedreira nas proximidades

    Indstria de explosivos prxima

    Posto de gasolina / depsito combustveis

    Linhas de alta tenso areas ou enterradas

    Redes pblicas de gs, adutoras, etc

    Danos causados por obras prximas

    Danos causados a obras vizinhas

    Analista:

    Assinatura:

    Local e data:

    REQUISITOS GERAIS DE DESEMPENHO3

    46

  • 3.2 - SADE, HIGIENE E QUALIDADE DO AR3.2.1 - CONDIES GERAIS DE SALUBRIDADE / ATENDIMENTO A CDIGO SANITRIO

    A construo habitacional deve prover condies adequadas de salubridade aos seus usurios, di!cultando o acesso de insetos e roedores e propiciando nveis aceitveis de material particulado em suspenso, micro-organismos, bactrias, gases txicos e outros. Gases de escapamento de veculos e equi-pamentos no podem invadir reas internas da habitao. Para tanto, a NBR 15575 estabelece que deve ser atendida a legislao em vigor, incluindo-se normas da ANVISA, Cdigos Sanitrios e outros.

    RECOMENDAES

    Na ausncia de normas ou cdigo sanitrio estadual ou municipal no local da obra, ou sempre que o sistema construtivo inovador destinar-se a localidades no de!nidas, sugere-se obedecer no projeto e na construo, dentre outros, ao Cdigo Sanitrio do Estado de So Paulo (Lei N. 10.083, de 23 de setembro de 1998 acesso http://www.mp.sp.gov.br/). Veri!car particularmente que:

    t A construo deve ser executada com materiais que no favoream a reteno de umidade e a proliferao de fungos, algas, bactrias etc. A implantao da obra no terreno, a localizao, tipo e dimenses das aberturas de portas e janelas devem favorecer a insolao, a ventilao e a renovao de ar dos ambientes;

    t O sistema de exausto ou ventilao de garagens internas deve per-mitir a sada dos gases poluentes gerados por veculos e equipamentos sem contaminar os ambientes internos;

    t Coberturas, fachadas e janelas devem propiciar estanqueidade a poeiras e aerodispersides, de forma que sua concentrao no exceda aquela veri!cada no ambiente externo;

    t Os ambientes internos no devem apresentar umidade anormal que favorea o desenvolvimento de fungos e a ocorrncia de doenas bron-correspiratrias;

    t Coberturas, pisos externos e outros no devem propiciar empoamen-tos de gua que favoream o desenvolvimento de larvas, moscas, mos-quito da dengue ou outros;

    47

    ITEM 15 - PT 1

  • t Depsitosdelixodevemapresentarpisoseparedesestanqueselav-veiscPNQPrUBTvenUJMBEBTFUrBODBEBTDIavF

    t Pisos,paredes,ticosdecoberturaseoutroselementosdacPOTUSVPnodevemapresentarfrestasouOJDIPTquefaciliteminfestaoporin-setosavFTFroedores;

    t SFBTNPMIBEBTEBDPOTUSVPEFWFNTFSQSPWJEBTEFQJTPTMBWWFJTcomcaimentosvoltadosnadireoderalosouparaoambienteexterOPIBCJUBo.Pisoslavveis,peassanitrias,tamposdepiasdeco[JOIBTouCBOIFJros, tanquesde lavar roupaeoutrosnodevemapresenUBSporPTPVGrFTUBTPOEFQPTTBNTFEFTFnvolvFSHFrNFTFCBctrJBT

    t InstalaesdeHuapotveldevemobedecerTrespectivasnormastc-nicasbrasileiras, trabBMIBOdo semprecompressopositiva.TubulaeTenterradasdevemsempretraCBMIBremcotasuperioraeventuaistubula-esdeesHoto.Asparedesdostubos,reHistroseoutrosnodevemapre-sentarQorosouDavidadesRVFGavoreamBQroliferaodFHFrmes;

    t InstalaesdeFTHPtodevemserprojetadaseexecutadasdeacorEPcom asnormas tcnicasbrasileiras correspondentes, com BEFRVBEPTsistemasdeventilaoeselosIEricos,disposiodecaixasdeHPrdurBFDBJYBTEFJOTQFoTFNriscPEFretorOPEFFTQVNBFtc;

    t NaslocalidadessemredespblicasdeFTHPto,osconjuntosIBCJUBDJP-naisecPOEPNOJPTdevemserprovidosdeminiestaesdetratamentPdeFTHPtos,CJPEJHFTtoresououtros,cPOTUSVEPTeoperadosdeacorEPcomasrespectivasnormastcnicasquetratamdoprojeto,construoFoperBPEFTJTtFNBTEFUBORVFTTQUJcos;

    t OManualdeUso,OperaoeManutenodo imveldeve indicarBperJPEJDJEBEFFBforNBEFMJNQF[BmanutenoEFQJTPsralos,dep-sitosdelixoeoutroscompartimentos,repinturadeparedesinternasFEFGBDIBEBsNBOVtFOPEFtFMIBEPsFtc.

    3.2.2 - TEOR DE POLUENTESEquipamentosacionadosaHsnaturalouGLP,particularmenteaquecedoresdFacumulao,devemapresentarcondiesdequeimadeformaqueosambien-tFTnoapresentemteordFCO2superiorBFdFCOsuperioraQQm.

    REQUISITOS GERAIS DE DESEMPENHO3

    48

    CRIT 15 .5.1 - PT 6

  • 49

    CRIT 15 .5.1 - PT 6

    CRIT 15 .1.1 - PT 6

    CRIT 15.2.1 - PT 6

    CRIT 15.2.2 - PT 6

    CRIT 15.3.1 - PT 6

    CRIT 15.4.1 - PT 6

    COMENTRIOS

    O Manual de Uso, Operao e Manuteno do imvel deve indicar a perio-dicidade e a forma de manuteno dos equipamentos alimentados por gs combustvel, incluindo regulagens, limpeza de bicos queimadores e outros. A concentrao de gases no ambiente estar relacionada com as aberturas de ventilao da edi!cao e respectivas taxas de renovao de ar, deven-do os equipamentos a gs atender s respectivas normas tcnicas e serem instalados de acordo com todas as disposies das concessionrias locais e das normas tcnicas brasileiras para projeto e execuo de redes de gs, instalao de aquecedores etc (NBR 8130, NBR 13103, NBR 15923 etc).

    3.2.3 - ESTANQUEIDADE A GASES E INSETOS SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTOO sistema de esgotos sanitrios deve ser projetado de forma a no permitir a retrossifonagem ou quebra do selo hdrico em condies normais e continua-das de utilizao.

    COMENTRIOS

    O sistema predial de esgoto e ventilao deve atender norma NBR 8160: Sistemas prediais de esgoto sanitrio Projeto e execuo, sen-do integrado por tubulaes e todos os demais componentes em aten-dimento s respectivas normas tcnicas brasileiras, particularmente no que concerne ao dimensionamento de sifes, ralos sifonados e outros. Caixas de gordura e de inspeo devero ser hermeticamente fechadas, recomendando-se rejuntamento das tampas com massa podre a !m de facilitar as operaes de inspeo e limpeza.

    3.2.4 - RISCOS DE CONTAMINAO DO SISTEMA DE GUA POTVELO sistema de gua fria deve ser preservado contra o risco de contaminaes, observando-se os seguintes cuidados:

    A) Deve haver total separao fsica de qualquer outra instalao que conduza "udos;

  • REQUISITOS GERAIS DE DESEMPENHO3

    505050

    B) Tubos e componentes da instalao do sistema de gua fria no po-dem transmitir substncias txicas gua ou contamin-la por meio de metais pesados;

    C) Tubos e componentes de instalao aparente devem ser fabricados com material lavvel e impermevel para evitar a impregnao de sujei-ra ou desenvolvimento de bactrias ou atividades biolgicas;

    D) Tanques de lavar roupa, pias de cozinha, lavatrios, vlvulas de escoa-mento e outros no devem permitir a estagnao / empoamento de gua;

    E) Tubos e componentes enterrados devem ser protegidos contra a ao de roedores e entrada de insetos, corpos estranhos e lquidos que pos-sam contaminar a gua potvel;

    F) No pode haver risco de re"uxo ou retrossifonagem de gua encami-nhada para as peas sanitrias, nem risco de retrossifonagem da gua de reservatrios domiciliares para a rede pblica.

    RECOMENDAES

    t Os sistemas prediais de gua fria, gua quente, guas pluviais, es-goto e ventilao devem atender s respectivas normas ABNT (NBR 5626, NBR 7198, NBR 10844 e NBR 8160), sendo integrados por tubu-laes e todos os demais componentes em atendimento s respecti-vas normas brasileiras;

    t A contratao e recebimento de projetos dos sistemas prediais devem ser feitas com base em listas de veri!cao criteriosamente elaboradas, recomendando-se adotar as diretrizes apresentadas no Anexo A - Parte 6 da norma de desempenho e/ou o Manual de Escopo de Projetos e Servios de Instalaes Prediais Hidrulica, publicao do SECOVI SP (http://www.secovi.com.br);

    t O controle de recebimento das instalaes prediais deve ser executa-do com base em listas de veri!cao aderentes s exigncias dos res-pectivos projetos, inspees de soldas e emendas, provas de carga de acordo com as respectivas normas, etc;

    t As paredes de reservatrios enterrados de gua potvel no devem entrar em contato direto com o solo. Todos os reservatrios de gua

  • 51

    devem contar com tampas hermticas e a possibilidade de livre acesso para operaes de manuteno e limpeza;

    t Diferenas de cota entre tubos de alimentao e de descarga (ladro) de reservatrios de gua potvel devem impedir totalmente o risco de re-trossifonagem. Tubos de limpeza de reservatrios devem garantir a total possibilidade de completo escoamento da gua contida no reservatrio;

    t O Manual de Uso, Operao e Manuteno do imvel deve indicar a periodicidade e a forma de limpeza / manuteno de reservatrios de gua, caixas de gordura e outros.

    3.3 - ADEQUAO AMBIENTAL3.3.1 - DISPOSIES GERAIS

    Em funo do estado da arte do conhecimento na rea, e da prpria disponi-bilidade de legislaes espec!cas, a NBR 15575 no estabelece requisitos e critrios espec!cos de adequao ambiental, observando que os empreen-dimentos e sua infraestrutura (arruamento, drenagem, rede de gua, gs, esgoto, telefonia, energia) devem ser projetados, construdos e mantidos de forma a minimizar as alteraes no ambiente.

    RECOMENDAES

    De forma geral, a norma estabelece as seguintes indicaes:

    t A implantao do empreendimento deve considerar os riscos relacio-nados no item 3.1 (Tabela 1 anterior), bem como possibilidade de as-soreamento de vales ou cursos dgua, lanamentos de esgoto a cu aberto e outros;

    t Que os empreendimentos sejam construdos mediante explorao e consumo racionalizado de recursos naturais, com a menor degradao ambiental, menor consumo de gua, de energia e de matrias-primas;

    t Utilizar madeiras cuja origem possa ser comprovada mediante apre-sentao de certi!cao legal ou proveniente de plano de manejo apro-vado pelos rgos ambientais;

    ITEM 18 - PT 1

  • REQUISITOS GERAIS DE DESEMPENHO3

    525252

    t Recorrer ao uso de espcies alternativas de madeiras, conforme dire-trizes gerais da Publicao IPT N 2980, Madeiras Uso sustentvel na construo civil;

    t Durante a construo, implementar um sistema de gesto de resduos no canteiro de obras, nos moldes das resolues CONAMA 307 e 448, de forma a minimizar sua gerao e possibilitar a segregao de maneira adequada para facilitar o reuso, a reciclagem ou a disposio !nal em locais espec!cos;

    t Que os projetistas avaliem junto aos fabricantes de materiais, compo-nentes e equipamentos os resultados de inventrios de ciclo de vida de seus produtos, de forma a subsidiar a tomada de deciso na avaliao do impacto provocado ao meio ambiente.

    t Os projetos devem privilegiar solues que minimizem o consumo de energia, a utilizao de iluminao e ventilao natural e de sistemas alternativos de aquecimento de gua;

    t A economia de energia eltrica deve tambm ser considerada para aparelhos e equipamentos utilizados durante a execuo da obra e no uso do imvel (guinchos, serras, gruas, aparelhos de iluminao, eletro-domsticos, elevadores, sistemas de refrigerao etc).

    3.3.2 - RACIONALIZAO DO CONSUMO DE GUARecomenda-se dispor os sistemas hidrossanitrios com aparelhos economiza-dores de gua, ou seja, torneiras com crivos e/ou com fechamento automti-co e outros. As bacias sanitrias devem ser de volume de descarga reduzido (VDR), de acordo com as especi!caes da norma NBR 15097-1.

    CRIT 18.1.1 - PT 6

    CRIT 18.1.2 - PT 6

  • 53

    COMENTRIOS

    Dispositivos planejados para reduo do consumo no devem pre-judicar o bom funcionamento das peas e aparelhos. Temporiza-dores mal regulados, por exemplo, podem fazer com que o usurio recorra a acionamentos sucessivos, minimizando ou mesmo anu-lando a potencial economia de gua. Com relao a chuveiros e duchas, para evitar banhos prolongados, alguns pases adotam a prtica de reduzir o dimetro dos ramais de descarga na rea do box do chuveiro, provocando o afogamento do ralo depois de 5 ou 6 minutos de banho.

    3.3.3 - RISCO DE CONTAMINAO DO SOLO E DO LENOL FRETICOA norma estabelece que no deve haver risco de os sistemas prediais de esgo-tos contaminarem o solo ou o lenol fretico, sendo que os sistemas prediais de esgoto sanitrio devem estar ligados rede pblica ou a um sistema lo-calizado de tratamento e disposio de e"uentes, atendendo s normas NBR 8160, NBR 7229 e NBR 13969.

    COMENTRIO

    Os projetos devem prever a possibilidade de ocorrncia de recalques de aterros e outras anomalias, tomando-se as providncias necessrias para que no provoquem a ruptura de tubulaes de esgoto, redundan-do na contaminao do solo e do lenol fretico.

    3.3.4 UTILIZAO E REUSO DE GUAA norma estabelece que as guas servidas provenientes dos sistemas hi-drossanitrios devem ser encaminhadas s redes pblicas de coleta e, na in-disponibilidade dessas, deve-se utilizar sistemas que evitem a contaminao do ambiente local.

    Recomenda ainda que as instalaes hidrossanitrias privilegiem a ado-o de solues que minimizem o consumo de gua e possibilitem o seu

    CRIT 18.2.1 - PT 6

    REQ 18.4.1

    CRIT 18.4.2 - PT 1

  • REQUISITOS GERAIS DE DESEMPENHO3

    54

    reuso, reduzindo a demanda e minimizando o volume de esgoto condu-zido para tratamento.

    Com relao ao reuso de gua para destinao no potvel, a norma estabe-lece que sejam atendidos os parmetros indicados na Tabela 2 a seguir.

    Tabela 2 - Parmetros de qualidade de gua para usos no potveis (Fonte: Tabela 8, pgina 39 da NBR 15575 Parte 1)

    Parmetro Valor

    Coliformes totais Ausncia em 100 mL

    Coliformes termotolerantes Ausncia em 100 mL

    Cloro residual livreI 0,5 mg/L a 3,0 mg/L

    Turbidez < 2,0 uTII, para usos menos restritivos

    < 5,0 uTCor aparente (caso no seja utilizado nenhum corante,

    ou antes da sua utilizao) < 15uHIII

    Deve prever ajuste de pH para proteo das redesde distribuio, caso necessrio

    pH de 6,0 a 8,0 no caso de tubulao deao carbono ou galvanizado

    NOTA: Podem ser utilizados outros processos de desinfeco alm do cloro,tal como a aplicao de raio ultravioleta e aplicao de oznio.

    I No caso de serem utilizados compostos de cloro para desinfeco.II uT a unidade de turbidez.

    III uH a unidade Hazen.

  • 55

  • 565656

  • 4As normas de projeto e execuo de estruturas enfocam normalmente a esta-bilidade e segurana da construo frente a cargas gravitacionais, ao do vento e a outras. As normas de desempenho incluem ainda aes decorrentes do uso e ocupao do imvel, por exemplo resistncia de pisos e paredes aos impactos de corpo mole e corpo duro, capacidade de paredes e tetos supor-tarem cargas suspensas etc.

    57

    DESEMPENHO ESTRUTURAL

  • DESEMPENHO ESTRUTURAL

    So considerados na NBR 15575 os estados limites ltimo - ELU (para-lisao do uso da construo por runa, deformao plstica excessiva, instabilizao ou transformao da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hiposttico) e os estados limites de utilizao ELS. Estes im-plicam no prejuzo/comprometimento da utilizao da obra por fissura-o ou deformaes excessivas, comprometimento da durabilidade da estrutura ou ocorrncia de falhas localizadas que possam prejudicar os nveis de desempenho previstos para a estrutura e os demais elementos e componentes da edificao, incluindo as instalaes hidrossanitrias e demais sistemas prediais.

    4.1 - EXIGNCIAS GERAIS DE SEGURANA E UTILIZAOSob as diversas condies de exposio (peso prprio, sobrecargas de utiliza-o, ao do vento e outras), a estrutura deve atender, durante a vida til de projeto, aos seguintes requisitos:

    A) No ruir ou perder a estabilidade de nenhuma de suas partes;

    B) Prover segurana aos usurios sob ao de impactos, vibraes e ou-tras solicitaes decorrentes da utilizao normal da edi!cao, previs-veis na poca do projeto;

    C) No provocar sensao de insegurana aos usurios pelas deforma-es de quaisquer elementos da edi!cao, admitindo-se tal requisito atendido caso as deformaes se mantenham dentro dos limites esta-belecidos nesta Norma;

    D) No repercutir em estados inaceitveis de fissuras de vedaes e acabamentos;

    E) No prejudicar a manobra normal de partes mveis, tais como portas e janelas, nem repercutir no funcionamento anormal das instalaes em face das deformaes dos elementos estruturais;

    F) Atender s disposies das normas NBR 5629, NBR 11682 e NBR 6122 relativas s interaes com o solo e com o entorno da edi!cao.

    ITEM 7.1 - PT 2

    DESEMPENHO ESTRUTURAL4

    585858

  • 59

    4.2 - ESTABILIDADE E RESISTNCIA DO SISTEMA ESTRUTURALCom relao ao projeto e execuo das estruturas convencionais, incluindo estrutras das coberturas, a NBR 15575 remete s normas brasileiras corres-

    NBR 8681 (Aes e segurana nas estruturas), NBR 6123 (Foras devidas ao

    6118 (Projeto de estruturas de concreto), NBR 14931 (Execuo de estruturas de concreto), NBR 9062 (Projeto e execuo de estruturas de concreto pr-moldado), NBR 8800 (Projeto de estruturas de ao e de estruturas mistas de ao e concreto de edifcios), NBR 7190 (Projeto de estruturas de madeira), NBR 15961 (Alvenaria estrutural Blocos de concreto), NBR15812 (Alvenaria estrutural Blocos cermicos), etc.

    Para estruturas e materiais no cobertos pelas normas citadas, ou sempre que a modelagem matemtica do comportamento conjunto dos materiais e componentes que constituem o sistema no for conhecida e consolidada por experimentao, a NBR 15575 indica que, para edifcios habitacionais de at cinco pavimentos, a resistncia do sistema estrutural deve ser estabelecida por meio de ensaios destrutivos e do traado do correspondente diagrama carga x deslocamento conforme Figura 2, seguindo-se procedimento detalhado no Anexo A da Parte 2.

    REQ 7.2 - PT 2

    CRIT 7.2.1 - PT 2

  • 606060

    R

    Desl. Limitede Servio

    Desl. ltimo Deslocamento

    Ru3Ru2Ru1Ru3Ru2Ru1

    Rsk

    Ruk

    Figura 2 Gr!co carga x deslocamento para determinao de Rud e RSd por meio de ensaios (Fonte: NBR 15.575-2)

    COMENTRIOS

    A NBR 15575 admite algumas simpli!caes relativas ao dimensiona-mento das estruturas:

    Nota 1 - Para efeitos do estado-limite ltimo, podem ser desprezadas as solicitaes devidas retrao por secagem, onde aplicvel, caso os materiais apresentem ndices de retrao livre em corpos de prova de laboratrio inferiores a 0,06 %;

    Nota 2 - Para efeitos do estado-limite ltimo, podem ser desprezadas as solicitaes devidas variao de temperatura, caso sejam empre-gados materiais com coe!cientes de dilatao trmica linear 105/C. Para comprimentos em planta inferiores a 30 m, levar em considerao somente para valores acima de 2 x 105/C;

    Nota 3 - Para efeitos do estado-limite ltimo, podem ser desprezadas as solicitaes devidas variao da umidade relativa do ar, caso sejam empregados materiais que, no aumento da umidade relativa de 50 % para 100 %, estabilizam-se com expanso no superior a 0,1 %. Da mes-ma forma, o efeito da variao da umidade pode ser desprezado para

    DESEMPENHO ESTRUTURAL4

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    estruturas cujos componentes foram protegidos com sistemas de im-permeabilizao que atendam aos requisitos da norma NBR 15575.

    Para casas trreas e sobrados, cuja altura total no ultrapasse 6,0 m (desde o respaldo da fundao de cota mais baixa at o teto do andar superior, noh necessidade de atendimento s dimenses mnimas dos componentes estruturais estabelecidas nas normas de projeto estrutural anteriormente indicadas), resguardada a demonstrao da segurana e estabilidade e dos demais requisitos de desempenho estabelecidos na norma NBR 15575.

    analisado, pode ser aceito o atendimento aos respectivos Eurocdigos, em sua ltima verso, ou a demonstrao da estabilidade e da segu-rana estrutural atravs de clculos ou ensaios conforme o Anexo A da NBR 15575 Parte 2.

    No dimensionamento de pilares, paredes e outros elementos estruturais devem ser consideradas todas as cargas acidentais passveis de atuarem, incluindo aes dinmicas (impactos) previstas na NBR 15575 e s vezes no contempladas nas correspondentes normas de estruturas. O proje-to das paredes, por exemplo, deve prever a instalao de cargas suspen-sas advindas de prateleiras, despensas, armrios de cozinha e outros, s vezes com cargas considerveis. O projeto da cobertura deve considerar eventuais sobrecargas de equipamentos, como por exemplo conden-sadores, sistemas de aquecimento solar e outros. O projeto da produ-o, ou documento equivalente, deve indicar a forma de montagem ou execuo segura dos telhados, impermeabilizaes, antenas e outros dispositivos instalados sobre a cobertura. O Manual de Uso, Operao e

    como as respectivas cargas admitidas em cada equipamento.

    4.3 DESLOCAMENTOS E ESTADOS DE FISSURAO DO SISTEMA ESTRUTURALSob a ao de cargas gravitacionais, temperatura, vento (NBR 6123), recalques diferenciais das fundaes (NBR 6122) ou quaisquer outras solicitaes pas-sveis de atuarem sobre a construo, conforme norma NBR 8681, os compo-nentes estruturais no podem apresentar:

    t Deslocamentos maiores que os estabelecidos nas normas de projeto estrutural anteriormente mencionadas ou, na falta de norma brasileira es-

    REQ 7.3 - PT 2

    CRIT 7.3.1 - PT 2

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    DESEMPENHO ESTRUTURAL4

    expectativas com relao a deformaes ao longo do tempo;

    t Fissuras com aberturas maiores que os limites indicados nas NBR 6118,

    ou ainda abertura superior a 0,6 mm em qualquer situao.

    Tabela 3 - Deslocamentos-limites para cargas permanentes e cargas acidentais em geral (Fonte: Tabela 1 pgina 7 da NBR 15575 Parte 2)

    Razo da limitao Elemento Deslocamento-limite Tipo de deslocamento

    Visual / insegurana psicolgica

    Pilares, paredes, vigas, lajes (componentes visveis) L/250 ou H/300

    (1)

    Caixilhos, instalaes, veda-es e acabamentos rgidos (pisos, forros, etc.)

    L/800aps a instalao da carga correspondente ao elemento em anlise (parede, piso, etc.)Divisrias leves, acabamentos L/600

    em vedaes

    Paredes e/ou acabamentos rgidos L/500 ou H/500

    (1) Distoro horizontal ou vertical provocada por variaes de temperatura ou ao do vento, distoro angular devida ao recalque de fundaes (deslocamentos totais)

    Paredes e acabamentos L/400 ou H/400 (1)

    H - a altura do elemento estrutural.L - o vo terico do elemento estrutural.(1) - Para qualquer tipo de solicitao, o deslocamento horizontal mximo no topo do edifcio deve ser limitado a Htotal/500 ou 3 cm, respeitando-se o menor dos dois limites.Nota - No podem ser aceitas falhas, a menos aquelas que estejam dentro dos limites previstos nas normas

    Tabela 4 - Flechas mximas para vigas e lajes - cargas gravitacionais permanentes e acidentais (Fonte: Tabela 2, pgina 8 da NBR 15575 Parte 2)

    Parcela de carga permanente sobre vigas e lajesFlecha imediata (1) (3)

    Sgk Sqk Sgk +0,7 Sqk Sgk + 0,7 SqkParedes monolticas, em alvenaria ou painis unidos ou rejuntados com material rgido

    Com aberturas (2) L/1 000 L/2 800 L/800 L/400

    Sem aberturas L/750 L/2 100 L/600 L/340

    Paredes em painis com

    leves, gesso acartonado

    Com aberturas (2) L/1 050 L/1 700 L/730 L/330