Guia de espécies - Árvores do Concelho de Cascais.

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GUIA DE ESPÉCIES ÁRVORES DO CONCELHO DE CASCAIS

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Saiba mais sobre as árvores do concelho de Cascais, os locias onde as podemos encontrar, principais características e onde as podemos encontrar.

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GUIA DE ESPÉCIES

ÁRVORESDO CONCELHO

DE CASCAIS

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ÍNDICE

5 Alfarrobeira

6 Ameixoeira-dos-jardins

7 Amoreira

8 Araucária-da-ilha-de-Norfolk

9 Carvalho-alvarinho

10 Casuarina

11 Choupo-branco

12 Choupo-negro

13 Cipreste-comum

14 Cipreste-de-Monterey

15 Eucalipto

16 Figueira-da-Austrália

17 Freixo

18 Ginkgo

19 Grevílea

20 Jacarandá

21 Ligustro

22 Lódão-bastardo

23 Mélia

24 Nespereira

25 Olaia

26 Paineira

27 Palmeira-da-Califórnia

28 Palmeira-das-Canárias

29 Pimenteira-bastarda

30 Pinheiro-de-alepo

31 Pinheiro-manso

32 Plátano

33 Salgueiro-chorão

34 Sobreiro

35 Tamariz

36 Tília-prateada

37 Tipuana

38 Zambujeiro

39 Glossário

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CopaPode chegar aos 10 metros de altura.É muito ampla e densa e tem os ramoscaídos.

TroncoTem o tronco curto e irregular, com uma casca acinzentada.

FolhasSão perenes ou persistentes (ou seja, mantêm-se na árvore todo o ano), compostas, parapinuladas, de cor verde mais ou menos intensa.

FloresSão muito pequenas e em cachos. A sua cor é verde-arroxeada e o período de fl oração é entre agosto e novembro.

FrutosO fruto é a alfarroba, que tem entre 10 e 30 centí-metros de comprimento e 1,5 e 3 centímetros de largura. Inicialmente as alfarrobas são verdes, mas quando atingem a maturidade tornam-se casta-

nho-escuras. Os frutos só aparecem no exemplar feminino a partir dos 15 anos. Onde podemos vê-la em Cascais?Em Cascais, as alfarrobeiras são espontâneas nos bosques do concelho. Podemos encontrar esta ár-vore, por exemplo, na Biblioteca Municipal de São Domingos de Rana, no Bairro das Caixas (Cascais) e na entrada do viveiro da Ribeira dos Mochos (Cascais).

CuriosidadesA alfarrobeira é uma árvore muito cultivada por causa do seu fruto, que serve para alimentar o gado e culinária, nomeadamente como substituto do chocolate.Pensa-se que as suas sementes foram usadas, no antigo Egito, para a preparação de múmias.A semente da alfarrobeira foi, durante muito tem-po, uma medida utilizada para pesar diamantes.A unidade quilate (Carat) era o peso de uma se-mente de alfarroba, que se pensava ter sempre o mesmo peso. Hoje em dia sabe-se que não é ver-dade.

ALFARROBEIRACeratonia siliqua

ORIGEMRegião Mediterrânica

FAMÍLIALeguminosas

FOLHAGEMPersistente

FOLHA TRONCO

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CopaA copa é arredondada e tem um tamanho médio, podendo chegar aos 8 metros de altura.

TroncoO tronco tem uma casca castanho-escura, com pontuações (lentículas) e fendas pequenas (fi ssuras) à superfície.

FolhasTem folhas caducas, avermelhadas com 4 a 6 centímetros de comprimento.

FloresAs fl ores são solitárias, de cor branca-rosada, com 5 pétalas. Têm entre 1,5 e 2 centímetros de diâmetro. O período de fl oração é do fi m do inverno ao início da primavera.

FrutosEste tipo de ameixoeira produz pequenas drupas (ou ameixas) em forma de globo.

Têm cor vermelha-escura, entre 2 e 3,5 centímetros e são amargas. Onde podemos vê-la em Cascais?Podemos encontrar exemplares na Av. de Sintra (Cascais), e isoladamente nos vários parques e jardins do concelho: Jardim da Parada (Cascais), Parque Marechal Carmona (Cascais) e Parque Morais (Parede). Esta espécie é muito usada como ornamental nas várias freguesias.

CuriosidadesMuito plantada em jardins e via pública pela sua folhagem avermelhada e pelas fl ores rosa-pálido. Suporta bem a poluição, doenças e secas.Frutos comestíveis de elevado valor energético, tónicos depurativos e laxantes.Existe uma variedade desta espécie com o nome Pissardi em homenagem ao jardineiro que a introduziu em França.

AMEIXOEIRA-DOS-JARDINSPrunus cerasifera

ORIGEMPenínsula BalcânicaCrimeia

FAMÍLIARosáceas

FOLHAGEMCaduca

CopaTem uma copa ampla e difusa, com ramos compridos e torcidos.

TroncoÉ curto, rugoso, com numerosas bossas. A casca, quando está seca, ganha um tom castanho-alaranjado e muitas fendas pequenas.

FolhasTem folhas caducas, entre 6 e 20 centímetros, alternas e dentadas. São verde-brilhante e ásperas na página superior, apresentando um tom mais claro e pelos curtos na página inferior.

FloresPlanta dióica, com fl ores dispostas em forma cilíndrica. As espigas masculinas têm até 3 centímetros, e as femininas até 2 centímetros. Período de fl oração entre julho e agosto.

FrutosOs frutos desta árvore são drupas compostas, chamadas amoras. Têm um formato cilíndrico, e inicialmente são vermelhos, tornando-se pretos quando maduros. Medem entre 1 e 2 centímetros de comprimento e têm a polpa carnuda e agridoce.

Onde podemos vê-la em Cascais?Na antiga moagem em Carcavelos, junto ao Centro Comunitário é possível conhecer um exemplar já com uma certa idade e, infelizmente, muito debilitado devido à constante procura dos seus frutos e folhas. O centro da Amoreira (Alcabideche), nomeadamente, o Beco do Morais está coberto de excelentes exemplares.

CuriosidadesA Morus alba L. difere da Morus nigra L., essencialmente pelos seus frutos de cor branca-rosada em madura, de sabor pouco doce ou quase insípido.É uma árvore originária do Norte da Índia e Ásia Central até à China.As folhas desta espécie são as preferidas pelos produtores de bichos-da-seda.Embora hoje no nosso país seja cultivada apenas como árvore ornamental, no século XVIII foi cultivada intensamente entre nós a mando do Marquês de Pombal, para fomentar a produção de seda.É uma espécie muito usada na medicina chinesa, com propriedades diuréticas e laxativas.

AMOREIRAMorus nigra

ORIGEMIrão, Transcaucásia

(Arménia,Geórgia e Azerbaijão)

FAMÍLIAMoráceas

FOLHAGEMCaduca

FOLHA TRONCO

FOLHA TRONCO

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CopaPode chegar aos 50 metros de altura. O seu formato faz lembrar pirâmides, e os ramos são simétricos e horizontais ao longo do tronco.

TroncoÉ cinzento-escuro. Com o passar do tempo, torna-se rugoso e marcado com cicatrizes por causa dos ramos mais velhos.

FolhasTêm entre 5 e 8 milímetros de comprimento. São de cor verde-escura e cobrem completamente os ramos da árvore.

FloresÉ uma árvore gimnospérmica. As espigas masculinas abrigam os grãos de pólen, enquanto as espigas femininas contêm os óvulos.

FrutosSão pinhas em formato oval, que têm entre 10 e 12 centímetros de comprimento. Demoram 12 meses a amadurecer.

Onde podemos vê-la em Cascais?Estão espalhadas por vários quintais dos munícipes de Cascais, e nos principais parques públicos do concelho. Podemos encontrar esta árvore, por exemplo, no Parque Marechal Carmona (Cascais), no Parque Morais (Parede) e na Quinta da Alagoa (Carcavelos).

CuriosidadesA madeira é usada na construção naval, especialmente em mastros de grande dimensão, uma vez que o tronco da árvore é bastante longo. Os pinhões desta espécie são comestíveis.O nome científi co desta araucária, heterophylla, signifi ca “diferentes folhas” e provém da variação das folhas entre as plantas jovens e as adultas.

ARAUCÁRIA-DA-ILHA-DE-NORFOLKAraucaria heterophylla

ORIGEMIlha de NorfolkRegião Oeste da Austrália

FAMÍLIAAracauriáceas

FOLHAGEMPersistente

CopaÉ alta e larga, com um formato irregular que pode chegar aos 45 metros de altura.

TroncoÉ alto e largo. A casca é clara e lisa nas árvores jovens, tornando-se mais gretada e castanho-escura conforme se torna mais velha.

FolhasSão caducas e simples. Têm cor verde na página superior e são pálidas na página inferior. Tornam-se castanho-alaranjadas no outono, e têm entre 5 a 19 centímetros de comprimento, com saliências desiguais.

FloresAs fl ores masculinas são espigas pendentes que medem entre 5 e 13 centímetros e têm cor verde-amarelada. As fl ores femininas são avermelhadas, em grupos de 2 ou 3 fl ores pequenas e arredondadas. Período de fl oração entre março e maio.

FrutosSão bolotas castanhas-claras, ovais e com 15 a 40 milímetros de comprimento. Amadurecem e caem entre setembro e outubro.

Onde podemos vê-lo em Cascais?Nasce naturalmente no Parque Natural de Sintra-Cascais. É também bastante comum nos espaços verdes públicos do concelho. Podemos encontrar bons exemplares do carvalho-alvarinho na Costa da Guia (Cascais), Aldeia de Juzo (Cascais), Quinta dos Ingleses e no Pinhal do Junqueiro (Carcavelos).

CuriosidadesEsta árvore também é conhecida por carvalho comum.A sua madeira é de alta qualidade, rija, pesada e resistente à humidade.Por isso costuma ser usada no fabrico de móveis e barcos.O termo robur, usado no nome científi co da árvore, signifi ca grande dureza e solidez, características da madeira desta espécie.Na Península Ibérica, o carvalho representa a força e a resistência. Por isso a sua folha é o símbolo usado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e pela Quercus.O atum era grande apreciador das bolotas do carvalho-alvarinho que chegavam ao mar, a tal ponto que, havendo abundância destes frutos, haveria abundância de atum.

CARVALHO-ALVARINHOQuercus robur

ORIGEMEuropa

Ásia (Eurásia)

FAMÍLIAFagáceas

FOLHAGEMCaduca

FOLHA TRONCO

FOLHA TRONCO

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CopaIrregular ou em forma de coluna e pode atingir os 30 metros de altura.

TroncoTem a casca lisa, de cor branca ou acinzentada. As árvores mais velhas têm manchas escuras e fen-das.

FolhasCaducas, em forma oval nos ramos baixos, os ra-mos mais altos estão divididos em lóbulos. A cor das folhas é verde-escura na página superior e branca na página inferior. Têm entre 6 e 12 centí-metros de comprimento.

FloresÉ uma árvore dióica, ou seja, as fl ores masculinas formam amentilhos de cor avermelhada. São maio-res e menos densas do que as fl ores femininas, que são amarelo-esverdeadas. Período de fl oração en-tre março e abril.

FrutosSão pequenas cápsulas avermelhadas. A frutifi ca-ção dá-se em junho.

Onde podemos vê-lo em Cascais?Podemos encontrar diversos exemplares do chou-po-branco no Bairro das Caixas (Parede), ou nas Galerias Valmor, na Madorna.

CuriosidadesO choupo-branco diferencia-se dos outros porque a página inferior da sua folha é branca, e não ver-de.É uma árvore de crescimento rápido, a sua madei-ra é utilizada no fabrico de fósforos e colheres de pau.A sua casca pode ser usada em usos medicinais, como antipirético (para fazer diminuir a tempera-tura corporal).A plantação desta árvore nos arruamentos é de evitar, porque as suas raízes deformam com facili-dade os passeios e rebentam facilmente por toiça.

CHOUPO-BRANCOPopulus alba

ORIGEMPenínsula Ibérica

Norte de ÁfricaEuropa Central

Ásia

FAMÍLIASalicáceas

FOLHAGEMCaduca

CopaÉ alta (tem até 35 metros de altura e 1 metro de diâmetro na base) e bastante irregular.

TroncoTem a casca cinzenta nos ramos novos e castanho-escuro nos mais velhos.

FolhasSão perenes, escamiformes, fazendo lembrar escamas. À primeira vista, são parecidas com as folhas dos pinheiros.

FloresSão unissexuais. As masculinas estão dispostas em cachos terminais e as femininas em cachos laterais.

FrutosEm forma de globo. Têm até 2,4 centímetros de diâmetro e parecem-se com uma pinha.

Onde podemos vê-la em Cascais?Podemos encontrar casuarinas ao longo dos separadores centrais que existem no Bairro do Rosário (Cascais).Na Quinta dos Lombos, em Carcavelos, podemos observar várias árvores em cortina abrigando um campo de Beach Voley. Também no Estoril, usou-se esta espécie como quebra-ventos numa faixa na Rua Almada Negreiros.

CuriosidadesA casuarina adapta-se a vários ambientes e é usada como ornamental e principalmente como cortina quebra-ventos.As cinzas da sua madeira são usadas para fabrico de sabão e o material que se retira da casca (chamado extrativo) pode ser utilizado para tingimento.

CASUARINACasuarina equisetifolia

ORIGEMNordeste da AustráliaIndonésiaÍndiaMalásia

FAMÍLIACasuarináceas

FOLHAGEMPersistente

FOLHA TRONCOFOLHA TRONCO

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CopaÉ muito alta e estreita. Os seus ramos são eretos, e podem chegar aos 30 metros de altura.

TroncoÉ muito fi no e direito. A casca é castanha-averme-lhada e as fendas são pouco profundas.

FolhasTem folhas que fazem lembrar escamas muito pe-quenas, enfi adas umas nas outras. Essas folhas têm entre 0,5 e 1 milímetro de comprimento e a sua cor é verde-escura.

FloresSão amarelas-esverdeadas e pequenas (4 e 8 mílí-metros de comprimento), fazendo lembrar pinhas em miniatura. As fl ores masculinas aparecem na extremidade dos ramos, enquanto as fl ores fe-mininas podem aparecer em cones solitários ou em grupo. O período de fl oração é entre março e maio.

FrutosSecos e duros, em formato de esferas com as faces achatadas. O tamanho ronda os 25 a 40 milímetros de comprimento. O fruto é verde, mas ao amadu-recer torna-se cinzento-amarelado. O período de frutifi cação é entre março e maio.

Onde podemos vê-lo em Cascais?Quase todos os cemitérios de Cascais (como o da Guia, Estoril ou São Domingos de Rana) têm ciprestes. Mas também podemos encontrá-los no Bairro da Escola Técnica da Parede (há um par de ciprestes de grande porte) e no Alto dos Moinhos (Cascais).

CuriosidadesO cipreste é o símbolo da vida eterna. Diz-se que o facto de ser usualmente plantado perto dos ce-mitérios deve-se à forma da copa desta árvore, que faz lembrar uma vela. Assim, os ciprestes estariam a velar os mortos. A utilização em cemitérios cris-tãos remonta aos tempos do império romano.

CIPRESTE-COMUMCupressus sempervirens

ORIGEMRegião Egeia

GréciaTurquia

FAMÍLIACupressáceas

FOLHAGEMPersistente

CopaIrregular, em formato oval ou de coluna (depen-dendo da variedade). Pode chegar aos 30 metros de altura.

TroncoCurto e direito. A casca é castanha-acinzentada, tornando-se escura e ganhando fendas com a ida-de.

FolhasSão caducas, verde-claras brilhantes, com 10 centí-metros de comprimento. Têm uma forma mais ou menos triangular, com margens fi nas e dentadas.

FloresProduz fl ores femininas pequenas, dispostas em amentilhos fi nos e compridos. Têm 5 centímetros e são verde-amareladas. As fl ores masculinas têm entre 6 e 7 centímetros e são de cor castanha-aver-melhada. Floração em março.

FrutosSão verdes, muito pequenos e em forma de botão, e têm entre 4 e 6 milímetros. Quando estão maduros, abrem-se e libertam sementes cobertas de algodão que embora desagradável não tem qualquer efeito alergénico. O período de frutifi cação é entre abril e maio.

Onde podemos vê-lo em Cascais?Podemos ver choupos-negros um pouco por todo o concelho, nomeadamente no Jardim Luís Lopes Qua-dros (Carcavelos), no Bairro Conde Monte Real (São Domingos de Rana) e na Costa da Guia (Cascais).

CuriosidadesNigra vem do latim e signifi ca negro, ou seja, re-fere-se à cor enegrecida da casca destes choupos quando já são antigos.Esta é uma árvore que cresce rapidamente, apre-senta muita resistência à poluição e não precisa de muitos cuidados. A madeira é leve, por isso pode ser usada para fabricar celulose e embalagens. A casca desta árvore tem propriedades medicinais.

CHOUPO-NEGROPopulus nigra

ORIGEMEuropa

FAMÍLIASalicáceas

FOLHAGEMCaduca

FOLHA TRONCOFOLHA TRONCO

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CopaÉ muito alta (pode chegar aos 65 metros), larga e ampla. A forma é irregular.

TroncoÉ alto e liso. A sua casca é acastanhada e costuma desprender-se nas suas partes mais altas.

FolhasO adulto tem as folhas longas e estreitas, de cor verde-escura. São compridas (entre 10 e 30 centí-metros), com margens inteiras, e fazem lembrar foices. As folhas jovens são verde-claras e de forma ovada.

FloresSão pequenas e amarelas, e costumam estar iso-ladas em suportes (chamados pedúnculos) muito curtos. O período fl oral é entre junho e outubro.

FrutosTêm uma cápsula ou cobertura lenhosa com qua-tro lados, e o seu tamanho varia entre 1,5 e 3 cen-tímetros.

Onde podemos vê-lo em Cascais?Existem excelentes exemplares de eucaliptos no Parque Marechal Carmona (Cascais). Alguns exemplares, mais antigos, podem ser vistos pon-tualmente em diversos lugares, como em frente ao Centro de Congressos do Estoril e ao lado do mer-cado de Cascais. Mas também podemos encontrar esta árvore um pouco por todo o lado, principal-mente em terrenos baldios.

CuriosidadesO eucalipto foi introduzido em Portugal no século XIX para ser usado no abastecimento de lenha e drenagem de pântanos.Entretanto, tornou-se na espécie mais cultivada no país, uma vez que é uma matéria-prima importante no fabrico de pasta de papel.Durante as horas mais quentes, nos dias de verão, as folhas do eucalipto orientam-se paralelamente aos raios solares para perderem menos água por evaporação, por isso não se deve usar como árvore de sombra.O mel de eucalipto é de excelente qualidade.

EUCALIPTOEucalyptus globulus

ORIGEMTasmânia

FAMÍLIAMirtáceas

FOLHAGEMPersistente

CopaQuando jovem tem ramos muito direitos e eretos, abertos e em forma de pirâmide. Pode chegar aos 25 metros de altura. Com o passar do tempo, a copa ganha um formato achatado.

TroncoÉ castanho-avermelhado e escamoso, com fi ssuras (pequenas fendas). Tem muitos ramos, que são robustos, muito direitos nas árvores jovens e mais afastados nas velhas.

FolhasTêm forma de escamas com 2 a 5 milímetros de comprimento. Quando esfregamos as folhas umas nas outras, exalam um agradável cheiro a limão.

FloresÉ uma árvore gimnospérmica, com fl ores amarelas que libertam polén em junho. FrutosProduz frutos chamados gálbulas, que têm entre 2 e 4 centímetros de diâmetro. Têm a forma de

globos, e são de cor verde-brilhante, tornando-se castanhos com o passar do tempo. Estes frutos têm entre 8 a 14 escamas curtas.

Onde podemos vê-lo em Cascais?Está presente em zonas espaçosas onde possa ele-var a sua enorme copa.Podemos vislumbrar excelentes exemplares na Quinta dos Ingleses (Carcavelos), no espaço en-volvente do Casino Estoril e um pouco por todo o concelho. Na Av. dos Bombeiros Voluntários (Esto-ril) há um exemplar que é uma árvore classifi cada de interesse público pelo ICNF.

CuriosidadesEsta é uma espécie bem adaptada ao clima medi-terrânico devido às semelhanças com o clima de origem (Califórnia).O cipreste-de-Monterey é muito utilizado para fa-zer sombra, e com muito interesse ornamental em parques e jardins.

CIPRESTE-DE-MONTEREYCupressus macrocarpa

ORIGEMEstados Unidos da AméricaEstado da Califórnia

FAMÍLIACupressáceas

FOLHAGEMPersistente

FOLHA TRONCO FOLHA TRONCO

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CopaÉ larga, densa e escura, com ramos grossos e raízes aéreas. Pode chegar aos 60 ou 70 metros de altura no seu local de origem.

TroncoCurto, grosso e ramifi cado. A sua base alarga-se desde o solo. A casca do tronco é cinzenta, com muitas ranhuras.

FolhasSão persistentes, simples, alternas e estão direcio-nadas para cima. O limbo é elíptico e em formato oval. As folhas são verde-escuras na página supe-rior e têm uma tonalidade ferrugenta e pálida na página inferior.

FloresProduz fl ores fechadas num receptáculo carnudo.

FrutosTêm até 1,8 centímetros de comprimento. Surgem na extremidade dos ramos, geralmente aos pares,

reunidos em esferas. Esta árvore produz frutos quase todo o ano, mas estes caem continuamente.

Onde podemos vê-la em Cascais?Existem vários exemplares de fi gueira-da-Austrália no Parque Marechal Carmona (Cascais), sendo um deles uma árvore classifi cada de interesse público. Pontualmente encontramos a fi gueira-da-Austrália em alguns espaços do concelho. Podemos ver com maior frequência a fi gueira comum e a árvore da borracha, que pertencem ao mesmo género.

CuriosidadesEsta é uma árvore usada no nosso país com inte-resse ornamental. Impressiona pelas suas raízes aéreas e pelos contrafortes, que estrangulam as árvores rivais mais próximas.A fi gueira-da-Austrália não deve ser plantada per-to de edifícios ou construções, devido ao seu forte desenvolvimento ao longo dos anos.

FIGUEIRA-DA-AUSTRÁLIAFicus macrophylla

ORIGEMAustrália

FAMÍLIAMoráceas

FOLHAGEMPersistente

FOLHA TRONCO

CopaAlta e irregular, podendo chegar aos 25 metros de altura. Os seus ramos são erguidos.

TroncoTem um tronco alto e direito. A casca é cinzenta e tem fi ssuras profundas e estreitas, tornando-se verrugosa nas árvores mais velhas.

FolhasCaducas, ou seja, caem todos os anos. São também compostas e têm um número ímpar de folíolos (fo-lhas imparipinuladas). A sua cor é verde, e o com-primento varia entre os 5 e os 25 centímetros, com 5 a 13 folíolos, em forma de lança e com margens fi namente serradas.

FloresFazem lembrar cachos pequenos, amarelo-esver-deados. O período de fl oração é entre abril e maio.

FrutosSão pequenas sâmaras de cor amarelo-pardo. Têm forma de lança, com uma asa retorcida que faz lembrar um saca-rolhas. O freixo produz frutos em setembro.

Onde podemos vê-lo em Cascais?Podemos encontrar freixos ao longo das várias ri-beiras do concelho, mas também em certos espa-ços verdes como na Rua Viana do Castelo (Rebel-va) ou na Av. Melvin Jones (Parede).

CuriosidadesPor ser muito elástica, a madeira desta árvore é usada em cabos de utensílios.A sua folhagem é um ótimo alimento para o gado, quando a árvore está no seu meio natural (margens de ribeiras e rios). Esta é das primeiras árvores ca-ducas a ter folhas, sendo considerado um sinal do início da primavera.

FREIXOFraxinus angustifolia

ORIGEMEuropa

Ásia MenorCáucaso

FAMÍLIAOleáceas

FOLHAGEMCaduca

FOLHA TRONCO

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CopaTêm copas em forma de cone ou de pirâmides, que podem chegar aos 37 metros de altura.

TroncoÉ reto, com casca cinzenta-clara que pode tornar-se escura. A casca é áspera e tem muitas fi ssuras.

FolhasTem folhas com muitas fendas, parecendo-se com a forma de um feto. Têm geralmente 15 a 30 centímetros de comprimento, com o lado inferior branco-acinzentado. As suas folhas são perenes (mantêm-se na árvore todo o ano).

FloresSão de cor laranja-ouro, e têm entre 8 e 15 centí-metros de comprimento. O formato faz lembrar ca-chos. O período de fl oração é entre maio e junho.

FrutosSão cápsulas achatadas, de cor negra quando ama-durecem. Têm uma ponta recurvada na extremida-

de. Cada fruto tem geralmente duas sementes. O período de frutifi cação é entre setembro e janeiro.

Onde podemos vê-la em Cascais?Todo o concelho de Cascais está coberto de greví-leas nos seus arruamentos, principalmente nas no-vas urbanizações. Podemos encontrar esta árvore no centro de Cascais, nomeadamente na Av. 25 de Abril, na Av. Infante Dom Henrique, no Alto de Bi-cesse e em diversas urbanizações recentes, como a do Pau Gordo (Estoril).

CuriosidadesÉ uma árvore de rápido crescimento, resistente ao frio e ao calor.Apesar de ter uma madeira de boa qualidade, é plantada principalmente pelo seu interesse orna-mental, por causa das suas fl ores e folhas.A grevílea é muito usada como quebra-vento em plantações de café por todo o mundo.

GREVÍLEAGrevillea robusta

ORIGEMNorte da Queenslândia

Austrália

FAMÍLIAProteáceas

FOLHAGEMPersistente

FOLHA TRONCO

CopaA ramifi cação é aberta, sendo a copa piramidal nos exemplares masculinos e mais horizontal nos fe-mininos. Pode alcançar os 35 metros de altura.

TroncoÉ largo, com a casca espessa e cinzenta, lisa nas árvores jovens e fendilhando com a idade.

FolhasSão únicas entre as plantas de semente, tendo forma de leque com nervuras radiais. Têm entre 5 e 10 cm, por vezes divididas em dois lóbulos. No outono a folhagem adquire uma vistosa e forte co-loração amarela.

FloresÉ uma espécie dióica. Nas árvores masculinas as fl ores são amarelas, em cachos com 6-8 centíme-tros de comprimento. Nas femininas, as fl ores são também amarelas, mas solitárias e em forma de bolsa. A fl oração ocorre, usualmente, em abril.

FrutosÉ uma drupa, ou seja, carnudo com apenas uma semente sendo esta aderente ao endocarpo. Tem

cerca de 2-3 cm de diâmetro. A polpa é comestível. Frutifi ca por volta do mês de outubro. Onde podemos vê-lo em Cascais?A maioria das árvores existentes no concelho de Cascais são jovens como os exemplares que se po-dem encontrar junto ao Tribunal de Cascais e no Parque Urbano de Outeiro de Polima (São Domin-gos de Rana).

CuriosidadesÉ considerada um “fóssil vivo”, pois é a única espé-cie ainda viva representante de uma antiga ordem de gimnospérmicas já extintas. Já existia há mais de 150 milhões de anos.As suas folhas possuem uma variedade de proprie-dades medicinais, nomeadamente as relacionadas com o funcionamento cerebral.Esta espécie ganhou grande notoriedade por ter sido um dos poucos seres vivos a sobreviver ao bombardeamento atómico em Hiroshima, sinal da sua elevada resistência à poluição e a doenças.Nas cidades deve preferir-se a plantação de exem-plares masculinos, pois o fruto, que apenas é pro-duzido pelos exemplares femininos, tem um chei-ro muito desagradável.

GINKGOGinkgo biloba

ORIGEMChina

FAMÍLIAGinkgoáceas

FOLHAGEMCaduca

FOLHA TRONCO

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CopaTem a copa larga e arredondada, com formato ir-regular e ramos levantados, pode chegar aos 15 metros de altura.

TroncoÉ pouco largo e tem a casca castanha-escura e ru-gosa.

FolhasSão grandes, recompostas em 80 a 150 folhas pe-quenas, chamadas folíolos de cor verde-amarelada. Algumas folhas não caem no inverno (marcescente).

FloresSão pequenas (até 6 centímetros de comprimento), piramidais, de cor azul-violeta. Estão alinhadas em pequenos cachos nos extremos dos ramos. O pe-ríodo fl oral é entre maio e junho, podendo haver uma segunda fase em setembro e outubro.

FrutosSecos e achatados, que estão em cápsulas em for-ma de “castanhola”. Têm entre 5 e 8 centímetros

de comprimento, sendo a largura variável. Os fru-tos são, ao início, de cor verde, tornando-se mais escuro com a maturação. Perduram muito tempo na árvore antes de se abrirem ao meio, libertando as minúsculas sementes que voam e se dispersam com o vento.

Onde podemos vê-lo em Cascais?Podemos encontrar o jacarandá como árvore de ar-ruamento junto ao Jardim dos Passarinhos (Monte Estoril) e na Praceta Évora (Rebelva). O Jardim Visconde da Luz, em Cascais, tem um exemplar belíssimo.

CuriosidadesÉ uma das poucas árvores a ter o mesmo nome co-mum em todos os idiomas do mundo. Distingue-se pela volumosa fl oração roxa que aparece na árvore antes da folhagem.Produz boa madeira para marcenaria.O óleo da casca do jacarandá é usado para comba-ter a dor de dentes.

JACARANDÁJacaranda mimosifolia

ORIGEMAmérica do SulArgentinaBolíviaBrasil

FAMÍLIABignoniáceas

FOLHAGEMMarcescente

CopaArbusto ou pequena árvore de copa densa e arre-dondada que pode alcançar os 6 metros de diâme-tro e 8 metros de altura.

TroncoTem casca cinza e lisa nos exemplares jovens, fi -cando escura e com fi ssuras irregulares nos indiví-duos mais velhos.

FolhasSão persistentes, contudo em anos de muito frio podem perder muitas folhas. Têm 4 a 8 centímetros de comprimento, de forma ovada a lanceolada.Folhas glabras (sem pelos) de cor verde-escuro brilhante com nervura central bem visível, mas a página inferior tem cor verde de tom mais pálido.

FloresO período de fl oração é entre a primavera e o iní-cio do verão. Produz numerosas fl ores pequenas, esbranquiçadas, dispostas em pequenos cachos de 6 a 15 centímetros de comprimento na terminação dos ramos. São fl ores hermafroditas. Consegue-se observar 4 pétalas.

FrutosSão pequenas drupas arredondadas com aproxi-madamente 5 milímetros de diâmetro, dispostas em cacho, de cor azul escuro-arroxeado quando amadurecem. Frutifi ca no verão e os frutos perma-necem na árvore durante muito tempo. Mancham o pavimento quando são pisados. Onde podemos vê-lo em Cascais?Podemos observar alinhamentos desta espécie na Avenida Gago Coutinho (São João do Estoril), Avenida Costa Pinto (Cascais) e Avenida de Sintra (Cascais).

CuriosidadesÉ essencialmente usada como planta ornamental e pode também ser conduzida em forma de sebe.O género Ligustrum é também muito usado como bonsai.Ligustrum deriva de ligar, o termo deve-se à fl exibili-dade dos ramos mais jovens que serviam para ligar, atar.

LIGUSTROLigustrum japonicum

ORIGEMEste Asiático

JapãoCoreia

FAMÍLIAOleáceas

FOLHAGEMPersistente

FOLHA TRONCOFOLHA TRONCO

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CopaTem uma copa muito arredondada e fechada, com ramos fl exíveis, e pode chegar aos 30 metros de altura.

TroncoÉ largo, forte, e a casca é lisa e cinzenta.

FolhasSão simples, caducas, de cor verde-escura, em for-ma de ponta de lança. As folhas têm entre 1,5 e 6 centímetros de comprimento e as suas margens são serradas.

FloresSão muito pequenas, têm poucas pétalas e cálices muito salientes. De cor amarela, estão dispostas em pequenos grupos dispersos nas extremidades dos ramos. A fl oração ocorre em maio.

FrutosSão pequenas bagas, com 9 a 12 milímetros de di-âmetro, verde-escuras e pendentes. Começam por

ter cor verde, depois avermelhada, e quando ama-durecem fi cam negras. O período de frutifi cação ocorre em setembro, e o fruto permanece depois da queda da folha.

Onde podemos vê-lo em Cascais?A zona antiga da vila de Cascais está arborizada com exemplares do lódão-bastardo, tal como a Ala-meda da Escola Secundária Fernando Lopes Gra-ça (Parede). Também podemos encontrar ótimos exemplares no Largo da Escola Velha (Bicesse).

CuriosidadesÉ uma árvore resistente à poluição. A sua madeira é utilizada para produção de tonéis, remos e cabos para ferramentas.Os bichos-da-seda podem alimentar-se com as fo-lhas do lódão-bastardo.É também conhecida por ginginha-do-rei devido aos seus frutos comestíveis e doces.Do seu tronco extrai-se um corante amarelo.

LÓDÃO-BASTARDOCeltis australis

ORIGEMSul da EuropaNorte de África

FAMÍLIAUlmáceas

FOLHAGEMCaduca

CopaTem a copa semi-arredondada, densa e pequena, até 15 metros de altura.

TroncoÉ curto e apresenta muitas fendas. Tem uma cor cinzento-escura.

FolhasTem folha caduca, alterna com numerosas folhas serradas. A sua cor é verde-escura e brilhante.

FloresSão numerosas, muito bonitas, perfumadas e lisas. O período de fl oração é entre maio e junho.

FrutosRedondos, carnudos e têm entre 0,6 e 1,8 centíme-tros. São amarelos e têm uma semente dura. Onde podemos vê-la em Cascais?As mélias podem ser encontradas como árvores de rua, por exemplo, na Av. Dom Pedro I (Cascais), mas também em espaços verdes como o Jardim Lopes Quadros (Carcavelos).

CuriosidadesA madeira desta árvore serve para fazer casas, móveis e papel. As suas variedades tóxicas têm propriedades inseticidas. As folhas e frutos, quan-do secos, podem ser usados para proteger roupas armazenadas contra insetos. Têm também proprie-dades medicinais.

MÉLIAMelia azedarach

ORIGEMEste da Ásia

FAMÍLIAMeliácea

FOLHAGEMCaduca

FOLHA

FOLHA

TRONCO

TRONCO

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CopaBastante densa, ampla e arredondada. Pode chegar aos 10 metros de altura.

TroncoPouco grosso (na maioria dos casos, o seu diâme-tro chega apenas até aos 25 centímetros). Quando jovem, a casca do tronco é lisa, mas torna-se esca-mosa com a idade.

FolhasSão perenes e têm entre 10 e 25 centímetros. São verde-escuras, reluzentes na página superior e acinzentadas ou acastanhadas na página inferior.

FloresSão vistosas e perfumadas, com 1 centímetro de diâmetro. As fl ores são brancas, têm cinco pétalas e crescem em cacho. O período de fl oração é entre o outono e o início do inverno.

FrutosSão as nêsperas. Têm o formato de globos e são de cor amarela ou laranja. São frutos carnudos e

doces, que medem entre 3 e 6 centímetros. Ama-durecem no fi nal do inverno e início da primavera, e têm uma ou mais sementes.

Onde podemos vê-la em Cascais?As nespereiras estão presentes em muitos espa-ços verdes, quer privados quer públicos. Podemos admirar bons exemplares na Rua Viana da Mota (São Pedro do Estoril) e na Quinta da Carreira (São João do Estoril).

CuriosidadesA fruta da nespereira, para além de ser comestível, é também usada para fazer geleias e compotas.As nêsperas são ainda usadas para fazer licor, e apresentam propriedades medicinais, tais como a eliminação de toxinas, tratamento de estados febris, problemas digestivos e combate à retenção de líquidos.A nespereira, sendo de fácil crescimento, é muito usada com interesse ornamental. Precisa de espe-cial atenção porque é uma espécie invasora devido à fácil propagação das suas sementes.

NESPEREIRAEriobotrya japonica

ORIGEMChina

FAMÍLIARosáceas

FOLHAGEMPersistente

CopaÉ arredondada, irregular, que pode ir até aos 10 metros de altura, com ramos erguidos.

TroncoFino e baixo. A sua casca é castanho-escura e lisa.

FolhasTem folhas grandes, simples, com 7 a 12 centíme-tros de comprimento. São de cor verde-clara e têm forma de coração.

FloresPequenas, cor-de-rosa, com 1 a 2 centímetros de comprimento, em grupos de 3 a 6 fl ores inseridas nos ramos e nos troncos. O período de fl oração é entre abril e maio.

FrutosSão vagens espalmadas, com cerca de 8 centíme-tros de comprimento, avermelhadas e com semen-

tes pretas. O período de frutifi cação é em setem-bro, mas os frutos permanecem muito tempo na árvore.

Onde podemos vê-la em Cascais?Podemos encontrar olaias isoladamente em di-versos locais no concelho, como por exemplo na Alameda da Guia, Bairro de São João (Rebelva) e na Igreja e Biblioteca Municipal de São Domingos de Rana.

CuriosidadesEsta é uma árvore muito utilizada para decoração pela sua beleza e vistosas fl ores.Os botões fl orais podem ser consumidos em sala-da, “à guisa de alcaparras”.É chamada de “Árvore-de-Judas”, pois diz-se que foi nesta árvore que Judas Iscariotes se enforcou após ter traído Jesus.

OLAIACercis siliquastrum

ORIGEMEuropa Meridional

Ásia Ocidental

FAMÍLIALeguminosas

FOLHAGEMCaduca

FOLHA TRONCO

FOLHA TRONCO

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CopaÉ aberta, com folhas grandes em forma de leque, viradas para fora.

Tronco (espique)Único, de cor cinzenta, podendo medir até 1 metro de diâmetro. O tronco tem marcas mais salientes do que as cicatrizes das folhas. Está coberto por restos de folhas mortas na parte superior, forman-do uma saia. Se forem removidas, o tronco (espi-que) fi cará compacto, embora irregular.

FolhasTêm um caule ou pecíolo que pode medir aproxi-madamente 2 metros. É composto por uma ven-toinha de pequenas folhas, com cerca de 1,5 ou 2 metros de comprimento.

FloresSão brancas e amarelas, e projetam-se externamen-te e frequentemente para baixo da coroa de folhas. O período de fl oração é entre julho e agosto. FrutosTêm formato de esferas, e medem até 1 centímetro

de comprimento. São de cor negra, pouco carnu-dos e contêm uma única semente.

Onde podemos vê-la em Cascais?Podemos encontrar este tipo de palmeira um pou-co por todo o concelho, mas mais concentrado jun-to à costa. Temos vários exemplares ao longo do paredão do Estoril e no parque do Casino Estoril. Os parques mais conhecidos do concelho e muitos dos separadores e rotundas são embelezados pela Washingtonia fi lifera.

CuriosidadesAs palmeiras não são consideradas árvores, mas sim plantas vasculares, porque não têm crescimen-to secundário, apenas desenvolvendo um tronco sem ramifi cações.O seu nome é, por um lado, uma homenagem ao primeiro presidente dos Estados Unidos da Améri-ca (George Washington) e, por outro, uma referên-cia aos grandes fi lamentos que as folhas exibem e que caracterizam esta espécie.Os seus frutos eram muito apreciados pelas tribos nativas da Califórnia.

PALMEIRA-DA-CALIFÓRNIAWashingtonia fi lifera

ORIGEMSul da Califórnia

Noroeste do México

FAMÍLIAArecáceas

FOLHAGEMPersistente

CopaTem tamanho médio, que na fase adulta pode che-gar aos 20 metros, apresenta-se com uma copa bas-tante ampla e globosa.

TroncoCinzento-esverdeado com estrias fotossintéticas e fortes espinhos rombudos, muito afi ados nos ra-mos mais jovens. Apresenta uma espécie de alar-gamento na base do tronco, daí o apelido de “barri-guda”. A partir dos 20 anos, os espinhos costumam cair na parte mais baixa do tronco.

FolhasSão compostas, palmadas e caem na época de fl o-ração.

FloresSão grandes, com cinco pétalas rosadas com pintas vermelhas e bordas brancas. Existe uma variedade menos comum com fl ores brancas/amarelas. A fl o-ração é intensa e ocorre no verão e outono.

FrutosA sua maturação ocorre durante os meses de agos-to e setembro com a árvore totalmente despida da sua folhagem. As cápsulas verdes, quando madu-ras, rebentam e expõem as sementes envoltas em fi bras fi nas e brancas que auxiliam a sua dissemi-nação.

Onde podemos vê-la em Cascais?Podemos apreciar uns belos exemplares de painei-ras nas traseiras da Igreja dos Navegantes (Largo Dr. Passos Vella) e também no jardim junto ao Centro de Saúde de São Domingos de Rana.

CuriosidadesA madeira da paineira é bastante leve, mole e pou-co resistente e é utilizada na confeção de calçado, caixotaria, celulose, canoas e artesanato. A paina (pluma que envolve as sementes) foi muito utiliza-da no passado para enchimento de travesseiros e colchões. O seu rápido crescimento, rusticidade e beleza ornamental faz com que seja bastante utili-zada em praças e jardins.

PAINEIRACeiba speciosa

ORIGEMAmérica do Sul

FAMÍLIABombacáceas

FOLHAGEMCaduca

FOLHA

FOLHA

TRONCO

TRONCO

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CopaÉ em forma de coroa, que pode chegar aos 20 me-tros de altura, esta árvore tem longas e enormes folhas erguidas e viradas para fora em direções opostas umas das outras.

Tronco (espique)É largo e direito, de cor castanho-acinzentado e com fortes saliências, pois é formado pelas várias camadas de folhas antigas, cujas bases não caíram e endureceram com o crescimento da árvore, fi can-do sobrepostas.

FolhasVerde-escuras, rijas e muito compridas. Têm até 7 metros de comprimento, em forma de lança, dividi-das em folíolos (folhas pequenas). Fazem lembrar autênticas penas gigantes de ave.

FloresTem fl ores muito pequenas, alaranjadas, agrupa-das em cachos pendentes e longos (com cerca de 2 metros). O período de fl oração é entre março e abril. FrutosSão carnudos e assemelham-se a pequenas tâma-ras cor-de-laranja, com cerca de 3 centímetros. Têm formato oval e estão agrupados em enormes

cachos redondos e apertados. A frutifi cação (pro-dução de frutos) da palmeira-das-Canárias dá-se entre junho e agosto.

Onde podemos vê-la em Cascais?Podemos encontrar estas palmeiras um pouco por todo o concelho, em particular no Paredão do Es-toril, Casino do Estoril e no Passeio Dom Luís, em Cascais. Infelizmente a sobrevivência desta espé-cie está gravemente ameaçada devido à praga do escaravelho da palmeira.

CuriosidadesAs palmeiras não são consideradas árvores, mas sim plantas vasculares, porque não têm cresci-mento secundário, ou seja, apenas desenvolvem um tronco sem ramifi cações.Existem um pouco por todo lado, tendo a sua uti-lização sido incrementada na década de 50 por se identifi car com destinos turísticos exóticos.Antes era usada em quintas como símbolo de ri-queza colonial.Um aspeto curioso é o facto de o seu tronco, uma vez formado, não engrossar.Da sua seiva pode elaborar-se mel e vinho de pal-ma. Das suas folhas jovens podem fazer-se sala-das.

PALMEIRA-DAS-CANÁRIASPhoenix canariensis

ORIGEMIlhas Canárias

FAMÍLIAArecáceas

FOLHAGEMPersistente

CopaPode atingir 10 metros de altura e a sua forma é irregular e com os ramos pendentes.

TroncoGrosso e curto com casca acastanhada, muito ru-gosa com a idade.

FolhasPerenes, verde-esbranquiçadas, 10 a 20 centíme-tros de comprimento, divididas em várias folhas.

FloresSão pequenas, unisexuais, brancas em cacho. O pe-ríodo de fl oração é entre setembro e novembro.

FrutosEsféricos com 2 a 4 milímetros de diâmetro, cor-de-rosa ou vermelho. O período de frutifi cação é entre dezembro e janeiro.

Onde podemos vê-la em Cascais?A pimenteira está presente nas escolas Ibn Muca-na (Alcabideche), Fernando Lopes Graça (Parede), nº1 da Galiza na Igreja da Parede, ou na Praça João Martinho de Freitas (Cascais).

CuriosidadesA sua resina usa-se como medicamento e os frutos moídos servem como pimenta. A árvore é plantada como quebra-vento, para sombra e também como ornamental. Também é utilizada na medicina tra-dicional.

PIMENTEIRA-BASTARDASchinus molle

ORIGEMZona costeira

do Peru e do Chile

FAMÍLIAAnacardiáceas

FOLHAGEMPersistente

FOLHA TRONCO

FOLHA TRONCO

Page 16: Guia de espécies - Árvores do Concelho de Cascais.

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CopaPouco densa, irregular, cor clara e pode alcançar os 20 metros de altura.

TroncoTortuoso, grosso, com casca altamente fi ssurada na base do tronco e de cor cinzento-pálido.

FolhasPersistentes com 2 agulhas de 5 a 14 centímetros de comprimento, com duração de mais ou menos 2 anos agrupadas nas pontas dos ramos como “pin-cel”. São de cor verde-amarelado.

FloresFlores masculinas dispostas em infl orescências (maneira como as fl ores estão dispostas numa planta) amarelo-avermelhadas, de forma oblonga (alongada) e as fl ores femininas de cor rosa-violá-ceas. O período de fl oração é entre março a maio.

FrutosPinha castanha, brilhante com 5 a 14 centímetros de comprimento e cerca de 3 centímetros de diâ-metro, geralmente solitários, que permanecem nos ramos depois de libertadas as sementes.

Onde podemos vê-lo em Cascais?O Pinus halepensis é o pinheiro mais comum no concelho, pois adaptou-se muito bem aos ventos salgados. Encontramo-lo disperso em todas as freguesias e agrupado em pinhais, como o dos Ro-tários (Cascais), do Junqueiro (Carcavelos) e o de Santa Maria (Estoril).

CuriosidadesOs troncos servem para postes de construção, cercas e lenha. É plantada mais para fi ns de prote-ção dos solos do que para produção devido à má conformação do tronco. É resistente ao frio, vento salgado e à seca.

PINHEIRO-DE-ALEPOPinus halepensis

ORIGEMBacia Mediterrânica

FAMÍLIAPináceas

FOLHAGEMPersistente

CopaTem a copa robusta, que pode ter até 30 metros de altura. Tem um formato abobadado, que faz lem-brar um guarda-sol.

TroncoÉ muito alto e direito. A casca é castanha-acin-zentada, e vai soltando placas, deixando marcas vermelho-alaranjadas.

FolhasTêm o formato de agulhas e cor verde-escura. São perenes (mantêm-se na árvore todo o ano), com 10 a 20 centímetros de comprimento, rijas e fi nas, agrupadas em pares.

FloresSão muito pequenas, parecendo pinhas em minia-tura, muito alinhadas e encaixadas nos extremos mais jovens dos ramos. As fl ores masculinas têm cor amarela e as fl ores femininas são verdes. O pe-ríodo de fl oração é entre março e maio.

FrutosSão pinhas solitárias, com formato oval, de cor verde quando jovens, tornando-se castanhas com a maturação. Estas pinhas são revestidas por esca-mas que protegem as sementes (pinhão). Precisam de 3 anos para amadurecer, libertando os pinhões no outono.

Onde podemos vê-lo em Cascais?Podemos encontrar o pinheiro-manso desde a Quinta da Marinha (Cascais) até ao Pinhal do Jun-queiro (Carcavelos).

CuriosidadesÉ uma espécie emblemática do Mediterrâneo, muito cultivada pela madeira e o pinhão que produz. Esta árvore, pela forma e densidade da copa, é das espé-cies mais indicadas em Cascais para dar sombra e abrigo a aves que muitas vezes aí constroem os seus ninhos. As naus que dobraram o Cabo da Boa Espe-rança foram feitas com madeira de pinheiro-manso da zona de Alcácer do Sal, tendo o próprio Bartolo-meu Dias escolhido os exemplares a usar.

PINHEIRO-MANSOPinus pinea

ORIGEMZona ocidental

da bacia do Mediterrâneo

FAMÍLIAPináceas

FOLHAGEMPersistente

FRUTO TRONCO

FOLHA TRONCO

Page 17: Guia de espécies - Árvores do Concelho de Cascais.

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CopaAlta, podendo chegar aos 25 metros de altura, com formato esférico, irregular e amplo.

TroncoÉ largo e tem a casca lisa, geralmente castanho-clara, cheia de manchas esbranquiçadas e arre-dondadas.

FolhasSão caducas (caem anualmente), simples, largas e têm 5 lobos (ou saliências). Têm cor verde-amare-lada e fazem lembrar uma mão, com entradas pro-fundas e relevos pontiagudos.

FloresTem fl ores muito pequenas, verdes, agrupadas em formato de esferas com pedúnculo (ou suporte) comprido. O período de fl oração é entre abril e junho.

FrutosProduz frutos secos, piramidais, rematados na base por um penacho de pelos. Onde podemos vê-lo em Cascais?Podemos encontrar exemplares de plátanos já com alguma idade nas ruas principais de Parede e Carcavelos. No Jardim Visconde da Luz (Cascais), também há belos exemplares. Existem plátanos na ribeira de Caparide (freguesia de São Domingos de Rana) que estão classifi cados como árvores de interesse público pelo ICNF.

CuriosidadesÉ uma árvore muito resistente à poluição, a sua madeira é dura e resistente, por isso é procurada para várias aplicações.Devem plantar-se em áreas amplas, pois devido ao grande porte da árvore adulta, necessita de bastan-te espaço para crescer.

PLÁTANOPlatanus x hispanica

ORIGEMIndefi nida

FAMÍLIAPlatanáceas

FOLHAGEMCaduca

CopaÁrvore de tamanho médio que pode alcançar os 20/25 metros de altura. A copa arredondada é for-mada pelo conjunto de ramos longos e fl exíveis, que chegam a tocar no solo.

TroncoÉ tortuoso, com casca grossa e apresenta fendas longitudinais irregulares.

FolhasParecem-se com uma lança de 4 a 10 centímetros de comprimento, serrilhadas, com a página supe-rior verde intensa e com a inferior mais clara e com pelos. Perde as folhas no inverno ainda que, por ve-zes, persistem na árvore até irromperem as novas.

FloresSão pequenas e sem pétalas de cor amarelo-esver-deado durante a primavera. São plantas dióicas, isto é, têm fl ores masculinas e femininas em árvo-res separadas.

FrutosÉ uma cápsula cónica pequena, que ao abrir liberta numerosas sementes cobertas de pelos que pro-movem a disseminação. Onde podemos vê-lo em Cascais?É uma árvore ripícola, ou seja localiza-se prefe-rencialmente nas margens dos cursos de água e é cultivada em áreas de infl uência marítima. Pode-mos encontrá-lo nos vários jardins e ribeiras do concelho, entre eles o Visconde da Luz (Cascais) e a Quinta do Lameiro (Parede).

CuriosidadesA casca contém salicina e atua como excitante, adstringente e antidiarréica, é muito utilizada na medicina popular para neutralizar a febre.Na tradição cristã uma lenda diz que o salgueiro-chorão dobrou as suas ramas para esconder nelas a Virgem Maria e o Menino Jesus na fuga para o Egito. Árvore cultivada como ornamental, a sua madeira pode ser utilizada para a produção de pas-tas celulósicas e no fabrico de móveis rústicos.

SALGUEIRO-CHORÃOSalix babylonica

ORIGEMChina

FAMÍLIASalicáceas

FOLHAGEMCaduca

FOLHA TRONCO

FOLHA TRONCO

Page 18: Guia de espécies - Árvores do Concelho de Cascais.

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CopaTem uma copa larga e arredondada, de formato ir-regular. Pode chegar aos 20 metros de altura.

TroncoÉ grosso e largo. A sua casca é castanha, fl exível e muito resistente ao fogo.

FolhasPequenas e simples, de cor verde-escuro na página superior e acinzentada na página inferior. As fo-lhas têm entre 2,5 a 10 centímetros de comprimen-to e as suas margens são serradas.

FloresAs masculinas surgem dispostas em cachos de 5 a 6 centímetros. As femininas aparecem isoladas ou em pequenos grupos. O período de fl oração é entre abril e outubro.

FrutosSão bolotas secas e cilíndricas, que têm entre 2 e 4,5 centímetros de comprimento e cor castanho-amarelado. Estas bolotas são revestidas por uma

cúpula que parece um carapuço. O período de fru-tifi cação (produção de frutos) é no outono.

Onde podemos vê-lo em Cascais?O sobreiro é uma espécie autóctone, surgindo espontaneamente no Parque Natural de Sintra-Cascais. Também o podemos ver nos espaços ver-des urbanos do concelho, como na Costa da Guia (Cascais), na Escola Secundária Ibn Mucana (Alca-bideche), no Complexo Multiserviços da Câmara Municipal de Cascais (Adroana).

CuriosidadesÉ do tronco do sobreiro que se extrai a cortiça, nor-malmente de nove em nove anos.A cortiça é um ótimo isolante do frio, calor e som, sendo por isso usada em inúmeros materiais de isolamento na construção de edifícios.Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo. A maior parte dessa cortiça é usada para fabrico de rolhas de garrafas.É com essa fi nalidade que o sobreiro é cultivado desde a antiguidade.

SOBREIROQuercus suber

ORIGEMEuropa MediterrânicaNorte de África

FAMÍLIAFagáceas

FOLHAGEMPersistente

CopaIrregular, que pode ter entre 2 e 4 metros de altura. Os seus ramos são largos e fl exíveis.

TroncoPode variar entre o castanho-púrpura e o castanho-negro.

FolhasSão pequenas, caducas, e têm entre 1,5 e 2 milíme-tros. Têm uma coloração verde-cinza, mas na pri-mavera e verão são azuladas.

FloresPequenas, com 5 pétalas brancas e cor-de-rosa. Es-tão dispostas em forma de cacho, são pouco den-sas e têm entre 5 a 8 milímetros de diâmetro. O período de fl oração é entre junho e agosto.

FrutosSão cápsulas secas, que contêm pequenas sementes. Onde podemos vê-lo em Cascais?Podemos encontrar esta árvore junto à costa de Cascais, nomeadamente ao longo do paredão do Estoril, na Pedra do Sal (São Pedro do Estoril) e nas várias urbanizações junto ao mar.

CuriosidadesExistem dezenas de espécies pertencentes a este género, como o Tamarix africana, Tamarix cana-riensis, etc.A Praia do Tamariz, situada no Estoril, tem esse nome provavelmente por causa do género Tama-rix.O tamariz é usado em barreiras, vedações irregula-res, jardins à beira-mar, corta-ventos e bonsais.

TAMARIZTamarix gallica

ORIGEMSudoeste Europeu

FAMÍLIATamaricáceas

FOLHAGEMCaduca

FOLHA TRONCO

FOLHA TRONCO

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CopaAmpla, em formato de pirâmide ou de abobada, e pode chegar aos 30 metros de altura.

TroncoTem um tronco largo e pouco alto, com casca cinzenta-esverdeada-escura, com fendas longitu-dinais.

FolhasCaducas e podem chegar aos 11 centímetros de comprimento. São redondas, serradas e verde-es-curas. Têm pelos na página superior, que ganham uma cor prateada e pêlos densos na página infe-rior.

FloresTem fl ores agrupadas em cimeiras, com 6 a 10 pe-ças de cor branca, muito aromáticas. O período de fl oração é entre julho e agosto.

FrutosTêm um formato oval, e medem entre 0,6 e 1,2 cen-tímetros. São ligeiramente pentagonais, ou seja, têm 5 lados verrugosos à superfície, apresentam uma cor verde-pálida.

Onde podemos vê-la em Cascais?É possível contemplar excelentes exemplares de tília-prateada na Praça do Junqueiro (Carcavelos) e no Jardim da Parada (Cascais). É usada como ár-vore de arruamento na Costa da Guia (Cascais).

CuriosidadesA infusão das fl ores tem propriedades calmantes e existem mesmo árvores que são plantadas apenas para a colheita da fl or.A madeira da tília-prateada é muito boa para escul-turas e marcenaria.Para os germânicos, as tílias eram árvores sagra-das com poderes mágicos que protegiam os guer-reiros.

TÍLIA-PRATEADATilia tomentosa

ORIGEMEuropa OrientalNorte da Anatólia(Turquia)

FAMÍLIATiliáceas

FOLHAGEMCaduca

CopaAlta, podendo chegar aos 25 metros de altura. Os seus ramos são descaídos e o formato é irregular.

TroncoÉ muito forte e bastante retorcido. A sua casca é escura, quase negra.

FolhasSão compostas, de cor verde-amarelada, com cer-ca de 4 centímetros. Têm 11 a 21 pares de folíolos ovais, com margens inteiras.

FloresPequenas, de cor amarelo-dourado, agrupadas em cachos. O período de fl oração é entre junho e agos-to.

FrutosVagens de cor verde-clara, tornando-se castanhas com o amadurecimento. Cada vagem possui uma asa larga e membranosa de 5 centímetros de com-

primento e, na maior parte dos casos, uma só se-mente. O período de frutifi cação é entre outubro e novembro. Onde podemos vê-la em Cascais?Encontramos a tipuana plantada um pouco por todo o concelho, mas podemos admirar um belo exemplar no Largo do Colégio, no centro de Cas-cais e no Bairro da Escola Técnica (Parede). O Bair-ro de São João, na Rebelva, tem diversos exempla-res de excelente porte.

CuriosidadesEmbora seja uma árvore de folha caduca, tem fo-lhas durante quase todo o ano, porque a sua cadu-cidade é tardia e as novas nascem logo no início da primavera.Não se aconselha a plantação da tipuana perto de edifícios, porque as suas raízes são bastante agres-sivas para as infraestruturas.

TIPUANATipuana tipu

ORIGEMAmérica do Sul

FAMÍLIALeguminosas

FOLHAGEMCaduca

FOLHA FOLHATRONCO TRONCO

Page 20: Guia de espécies - Árvores do Concelho de Cascais.

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CopaLarga e arredondada, atingindo no máximo 10 me-tros de altura. A casca é cinzenta e com a idade, ganha cavidades.

TroncoCurto, irregular e grosso. Tende a retorcer-se à me-dida que envelhece.

FolhasPersistentes, de cor verde-acinzentada e escura. São brilhantes na página superior e cinzentas es-branquiçadas, na página inferior. São menores do que as folhas da oliveira.

FloresSão muito pequenas, de cor branca e em cachos. O período de fl oração é entre abril e junho.

FrutosSão azeitonas, de menores dimensões do que as azeitonas da oliveira. Quando brotam têm cor verde, e ao amadurecer ganham um formato oval

e o corpo torna-se carnudo e negro. O zambujeiro frutifi ca no fi m do verão. As pequenas azeitonas levam quase um ano a amadurecer.

Onde podemos vê-lo em Cascais?Esta é uma espécie autóctone que podemos encon-trá-la em qualquer local baldio e de pouca inter-venção. Há zambujeiros, por exemplo, no Pinhal dos Rotários (Cascais) e do Junqueiro (Carcave-los), e um pouco por todos os espaços verdes do concelho.

CuriosidadesO zambujeiro ou oliveira-brava é uma espécie es-pontânea em Portugal.Na antiguidade, os vencedores dos jogos olímpi-cos eram condecorados com ramos de zambujeiro.A lenha desta árvore é um ótimo combustível e produz um excelente carvão.O azeite que se produz a partir dos seus pequenos frutos é uma preciosidade e pode ser utilizado para fi ns culinários e medicinais.

ZAMBUJEIROOlea europaea var. sylvestris

ORIGEMRegião Mediterrânica

FAMÍLIAOleáceas

FOLHAGEMPersistente

FOLHA TRONCO

GLOSSÁRIO

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Agulha | Folha rija, estreita e longa, pertence às coníferas (pinheiros, abetos e cedros).

Alterna | Têm apenas uma folha em cada nó.

Amentilho | Agrupamento de fl ores.

Árvore | Planta lenhosa de grande porte dividida em três partes principais: raízes, tronco e copa.

Árvore de interesse público | São árvores classifi cadas por lei que, pelo seu porte, desenho, idade e raridade se distinguem.

Autóctone | Espécie originária de determinado local.

Bolota | Fruto do carvalho (Quercus).

Cacho | Tipo de fl ores com um pé curto.

Caduca (folha) | Tem queda de folha durante uma parte do ano, deixando a árvore sem folhas.

Cápsula | Fruto seco que liberta as sementes.

Casca | Camada exterior do tronco.

Colunar | Em forma de coluna.

Composta | Folha que se divide em pequenas folhas chamadas folíolos.

Copa | Conjunto de ramos e folhas.

Dióica | Espécie que possui sexos separados em indivíduos diferentes.

Espécie | Indivíduos com características comuns e semelhantes que se podem reproduzir entre si.

Espiga | Conjunto de fl ores.

Espique | Caule geralmente cilíndrico e desprovido de ramos, terminando num tufo de grandes folhas (por exemplo, o caule das palmeiras).

Família | Grupo taxonómico entre a ordem e o género. Na botânica, o nome em latim das famílias termina em “aceae”.

Flor | Órgão reprodutor.

Floração | Fenómeno que envolve o processo de desenvolvimento das fl ores.

Folha | Órgão da planta onde se realiza a fotossíntese e a respiração.

Folíolo | Parte individual de uma folha composta.

Fotossíntese | Processo que transforma energia luminosa em energia química.

Fruto | Estrutura onde as sementes estão protegidas enquanto amadurecem.

Género | Grupo taxonómico entre a família e a espécie; inclui uma ou mais espécies.

Gimnospérmica | Planta que tem sementes mas que não produz frutos (ex.: pinheiros).

Glabra | Folha com superfície lisa, sem pelos.

Globoso | O mesmo que esférico.

Hermafrodita | Flor que tem órgãos reprodutivos femininos e masculinos.

Infl orescência | Grupo de fl ores no mesmo caule.

Imparipinulada | Diz-se de uma folha composta que tem folíolos em ambos os lados e que termina em número ímpar.

Limbo | Parte principal da folha.

Lobada (folha) | Dividida em porções arredondadas.

Longevidade | Tempo de vida atingido pela árvore.

Mácula | Mancha.

Monóica | Possui os dois sexos no mesmo indivíduo.

Marcescente | Folha que não se desprende dos ramos depois de seca.

Oposta | Plantas que têm duas folhas em cada nó.

Página | Face da folha; pode ser inferior (quando está na parte de baixo da folha) ou superior (quando está na parte de cima).

Paripinulada | Diz-se de uma folha composta que tem folíolos em ambos os lados e que termina em número par.

Pecíolo | Pé da folha.

Pedúnculo | Pé da fl or ou do fruto.

Perene (folha) | A árvore mantém-se com folhas todo o ano.

Persistente (folha) | O mesmo que perene.

Pubescente (folha) | Superfície coberta de pelos.

Raiz | Órgão da planta que tipicamente se encontra abaixo da superfície do solo. Tem duas funções prin-cipais: fi xação da árvore ao solo e absorção de água, nutrientes e outras substâncias.

Recompostas (folha) | Folha formada por diversas folhas compostas em torno de um eixo central.

Ritidoma | Parte da casca das plantas formada por tecidos mortos.

Sâmara | Fruto seco com um prolongamento em forma de asa.

Semente | Estrutura reprodutora que contém uma planta embrionária e uma reserva alimentar.

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Serrada | Folha cujo recorte do limbo aparenta dentes agudos e inclinados.

Simples (folha) | Não composta.

Taxonomia | Ciência que classifi ca e denomina os seres vivos.

Toiça | Parte do tronco que permanece no solo depois de a árvore ser abatida.

Tronco | Caule mais ou menos grosso que suporta o peso dos ramos que dele partem.

Unissexual | Plantas que têm fl ores apenas de um sexo.

Vagem | Fruto das leguminosas.

Variedade (var.) | Alguns botânicos consideram uma divisão da subespécie, outros o mesmo que sub-espécie.

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