GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

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GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR METODOLOGIA SENAI DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

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METODOLOGIA SENAI DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNIRobson Braga de AndradePresidente

Diretoria de Educação e Tecnologia – DIRETRafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor de Educação e Tecnologia

Serviço Social da Indústria – SESIEduardo Eugenio Gouvêa VieiraPresidente do Conselho Nacional

SESI – Departamento NacionalRobson Braga de AndradeDiretor

Rafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor-Superintendente

Paulo Mól JúniorDiretor de Operações

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAIRobson Braga de AndradePresidente do Conselho Nacional

SENAI – Departamento NacionalRafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor-Geral

Julio Sergio de Maya Pedrosa MoreiraDiretor-Adjunto

Gustavo Leal Sales FilhoDiretor de Operações

Instituto Euvaldo Lodi – IELRobson Braga de AndradePresidente do Conselho Superior

IEL – Núcleo CentralPaulo Afonso FerreiraDiretor-Geral

Gianna Cardoso SagazioSuperintendente

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© 2019. SENAI – Departamento NacionalOs direitos de reprodução e de adaptação desta guia são reservados ao SENAI – Departamento Nacional 2019, inclusive a reprodução por procedimento mecânico ou eletrônico.

SENAI/DNUnidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

FICHA CATALOGRÁFICA

S491m

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. Guia de Operacionalização do Ensino Superior. / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Brasília : SENAI/DN, 2019.

49 p. : il. ; 21cm.

ISBN 978-85-505-0330-1

1. Perfil Profissional. 2. Desenho Curricular. 3. Prática Pedagógica.

I. SENAI. Departamento Nacional. II. Título.

CDU: 377

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialDepartamento Nacional

SedeSetor Bancário NorteQuadra 1 – Bloco CEdifício Roberto Simonsen70040-903 – Brasília – DFTel.: (61) 3317-9000Fax: (61) 3317-9994http://www.senai.br

Serviço de Atendimento ao Cliente – SACTels.: (61) 3317-9989/[email protected]

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................9

1 PERFIL PROFISSIONAL ............................................................................................................................... 13

1.1 Pesquisas e Elaboração de Estudos Técnicos .............................................................................. 13

1.2 Formação de Equipes de Trabalho – Comitê de Especialistas do SENAI (CES)....................... 13

1.3 Identificação e definição dos participantes do Comitê Técnico Setorial (CTS) ...................... 15

1.4 Preparação Técnica e Metodológica: formulários para uso no CTS ......................................... 17

1.5 Sistema de Itinerários Nacionais .................................................................................................... 18

2 DESENHO CURRICULAR ............................................................................................................................ 29

2.1 Seleção de Estudos Técnicos e Publicações ................................................................................. 29

2.2 Definição das equipes de trabalho – Comitê de Especialistas do SENAI ................................ 29

2.3 Definição de Módulos e Unidades Curriculares .......................................................................... 30

2.4 Definição das cargas horárias dos Módulos e das Unidades Curriculares .............................. 32

3 PRÁTICA PEDAGÓGICA ....................................................................................................................... 35

3.1 Situações de Aprendizagem ........................................................................................................... 35

3.2 Elaboração de Planos de Situações de Aprendizagem (SAs) .................................................... 35

3.3 Planejamento Docente e Suporte Pedagógico ........................................................................... 42

3.4 Planos de Ensino e Planos de Aula ................................................................................................ 43

4 ESTRATÉGIAS DE OPERAÇÃO ................................................................................................................... 45

4.1 Sensibilização dos Novos Alunos ................................................................................................... 45

4.2 Valor/Preço do Curso ....................................................................................................................... 45

4.3 Registros Acadêmicos: frequência e avaliações .......................................................................... 46

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................. 47

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APRESENTAÇÃOO presente documento é parte integrante da Série Metodologia SENAI de Educação

Profissional, iniciativa desenvolvida pelo SENAI/DN para a elaboração de propostas de

formação profissional nos níveis inicial, técnico e superior.

Este guia tem por objetivo fornecer informações sobre as atividades da organização

operacional, técnica e metodológica para a realização de um Comitê Técnico Setorial (CTS),

fórum técnico-consultivo constituído por especialistas técnicos de diferentes setores da

sociedade, para a definição de Perfis Profissionais nacionais ou regionais e para a reali-

zação das etapas subsequentes de Desenho Curricular e Prática Pedagógica, tendo por

foco as especificidades de aplicação da Metodologia SENAI de Educação Profissional

no Ensino Superior (ES).

PERFIL PROFISSIONAL

DESENHO CURRICULAR

PRÁTICA PEDAGÓGICA

ESTRATÉGIAS DE OPERAÇÃO

Este guia foi organizado com base nas práticas adotadas pelos Departamentos Regionais

(DRs) do SENAI para aplicação da Metodologia SENAI de Educação Profissional no Ensino

Superior. As práticas apresentadas retratam o esforço do SENAI na busca da sistemati-

zação das atividades de aplicação da metodologia, considerando as experiências vividas

pelas equipes técnicas do Ensino Superior do SENAI. Portanto, as indicações feitas neste

documento são passíveis de ajustes, adaptações, complementações e/ou atualizações,

considerando as características, experiências e/ou peculiaridades regionais, reconhecidas

como necessárias ao trabalho a ser realizado nas três fases de aplicação da metodologia,

bem como na operacionalização dos cursos derivados.

Ao reconhecer que a proposta de condução da Metodologia SENAI de Educação Profis-

sional está alicerçada em processos consolidados de construção coletiva, este guia busca

apresentar, em grandes linhas, o que necessita ser feito, gerando um nível adequado de

flexibilidade em relação a como as atividades podem ser realizadas.

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O formato adotado para o guia possibilita a sua utilização por Colaboradores do Ensino

Superior SENAI que possuam diferentes níveis de conhecimento e de experiência em

relação à Metodologia SENAI de Educação Profissional. O guia fornece informações

básicas aos principiantes ao mesmo tempo em que permite aos colaboradores mais

experientes uma rápida seleção de informações.

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O Perfil Profissional é constituído pelas competências profissionais e pelo contexto de trabalho da ocupação. Expressa as funções e os níveis de desempenho que se espera que o trabalhador alcance.

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1 PERFIL PROFISSIONAL

1.1 PESQUISAS E ELABORAÇÃO DE ESTUDOS TÉCNICOS

A definição de um Perfil Profissional exige a utilização de informações técnicas para subsidiar

as atividades que serão realizadas durante um Comitê Técnico Setorial (CTS). Em virtude

do tempo exigido para a pesquisa e elaboração de informações técnicas, recomenda-se

que o trabalho seja iniciado pela Coordenação-Geral do Projeto nos meses que antecedem

as etapas de organização e realização de um CTS, de modo que as informações possam

ser utilizadas ao longo das etapas subsequentes.

Nas Referências, são relacionadas algumas sugestões de possíveis fontes a serem consi-

deradas durante a pesquisa e elaboração de estudos técnicos:

Mais do que um estudo de prospecção tecnológica que visa levantar os impactos

derivados da difusão de determinadas tecnologias, a curto, médio e longo prazos,

em áreas tecnológicas específicas, verificou-se a importância da realização e uti-

lização de estudos mais complexos. Deve-se considerar, para tanto, as tendências

ou narrativas de desenvolvimento tecnológico e social diante das especificidades

dos setores produtivos local, regional e global, as visões de futuro derivadas e as

diversas possibilidades de atuação profissional do egresso do Ensino Superior.

Recomenda-se também que as informações sejam disponibilizadas com antecedência aos

especialistas técnicos que participarão das atividades do CTS, de forma que eles possam

se apropriar adequadamente delas.

1.2 FORMAÇÃO DE EQUIPES DE TRABALHO – COMITÊ DE ESPECIALISTAS DO SENAI (CES)

Esse comitê é composto por:

Especialistas técnicos do SENAI, que atuam na docência de cursos de graduação,

pós-graduação e/ou extensão na área/segmento tecnológico em estudo. Devem

possuir formação e experiência profissional relacionadas e/ou compatíveis com os

Perfis Profissionais a serem descritos.

Especialistas de Educação Profissional do SENAI, que atuarão como Coordenadores

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Operacional ou Metodológico do Comitê. Devem ter amplo domínio da Metodologia

SENAI de Educação Profissional e capacidade de conduzir as discussões que serão

estabelecidas.

Orientações para composição do CES: os Especialistas Técnicos devem ser convidados das

Unidades Operacionais e/ou dos Departamentos Regionais (DRs) que possuem oferta de

cursos na área e/ou segmento tecnológico em foco.

O número de Especialistas Técnicos, vinculados ao Ensino Superior, não deve ser

inferior a quatro, assim como o número de Especialistas de Educação Profissional

não deve ser inferior a dois.

A Coordenação Metodológica deve ser exercida por Especialistas de Educação Pro-

fissional formados nos programas de capacitação de Coordenadores Metodológicos

e Curriculistas do SENAI.

Idealmente, a Coordenação Metodológica e a Operacional devem ser exercidas por

pessoas diferentes.

O CES deve ser formado por representantes do corpo docente do curso, contemplando as

principais especialidades técnicas que compõem o Núcleo Docente Estruturante (NDE). Para

os casos em que, na formação de CES, não seja possível envolver os NDEs das diferentes

regiões, em decorrência do número de componentes, sugere-se considerar, pelo menos,

o Coordenador do Curso, representando o NDE.

Recomenda-se que as equipes de trabalho, responsáveis

pela definição de um Perfil Profissional, sejam também

responsáveis pela definição do Desenho Curricular.

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1.3 IDENTIFICAÇÃO E DEFINIÇÃO DOS PARTICIPANTES DO COMITÊ TÉCNICO SETORIAL (CTS)

A definição de um Perfil Profissional exige a realização de um Comitê Técnico Setorial

(CTS) composto por especialistas técnicos do SENAI, vinculados ao Ensino Superior, e por

especialistas técnicos de empresas, sindicatos (patronal e trabalhadores), associações

e/ou órgãos de classe, meio acadêmico e poder público, distribuídos em categorias e

quantitativos definidos pela Metodologia SENAI de Educação Profissional. Esta estabelece

também que os participantes do comitê possuam profundo conhecimento técnico e/ou

experiência profissionais nas áreas relacionadas ao CTS.

No entanto, é importante repensar a composição dos CTSs formados para a

discussão dos Perfis Profissionais de nível superior, levando em conta a diver-

sidade de contextos ou campos de trabalho que poderão empregar e/ou atuar

esse profissional.

1. PERFIL PROFISSIONAL

Um Designer de Moda, por exemplo, não tem a sua atuação restrita às empresas de

confecção/produção do vestuário. Tal profissional pode ser absorvido também por uma

empresa de pesquisa/consultoria de tendências e até em uma agência de comunicação.

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16 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

A identificação dos participantes de um CTS é realizada pela Coordenação-Geral do Projeto e

leva em consideração, além de categorias e quantitativos definidos pela metodologia (MSEP,

2019, p. 40 e 41), a origem geográfica dos participantes, de forma a garantir a representação

do maior número possível de Unidades da Federação (UF) e/ou minimamente daquelas

onde são desenvolvidas atividades industriais e educacionais do SENAI relacionadas à área

temática do CTS.

A identificação dos participantes externos é realizada pela Coordenação-Geral do Projeto

com base em pesquisas avulsas na internet e/ou sites de associações, órgãos de classe

e sindicatos. Também contempla indicações efetuadas por áreas ou setores do Depar-

tamento Nacional (DN) e pelos DRs (em especial daqueles diretamente envolvidos na

organização do CTS). A definição final dos participantes externos do CTS é realizada pela

Coordenação-Geral do Projeto com o aval da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e/

ou das Federações Estaduais.

Todas as informações relacionadas aos participantes são armazenadas em uma planilha

de contatos, com colunas e filtros que permitem a seleção e a classificação dos dados:

origem da indicação, UF, origem do convidado (interno ou externo), tipo de participação

(Integrante do Comitê, Observador, Coordenação Metodológica ou Coordenação Ope-

racional), tipo de representação (Ensino Superior SENAI, empresas, sindicato patronal,

sindicato dos trabalhadores, associações e/ou órgãos de classe, meio acadêmico e poder

público) e setor/área. Além desses dados, são registrados na planilha o nome e o site da

organização e, quando estão disponíveis, os dados cadastrais do especialista técnico

indicado para participar do CTS: nome completo, cargo, endereço de correspondência,

cidade, CEP, telefone fixo, telefone celular, RG e CPF (documentos exigidos para serviços

de traslados e reservas de hospedagem).

Quando os dados cadastrais não estiverem disponíveis, estes são preenchidos e/ou com-

plementados durante a atividade de realização dos convites aos participantes do CTS.

Recomenda-se que a identificação, o contato preliminar e a definição dos participantes

do CTS sejam feitas com no mínimo dois meses de antecedência da data de realização

do comitê. Essa medida visa criar melhores condições para a realização dos convites aos

participantes e para a disponibilização de informações e estudos que serão utilizados

para subsidiar os trabalhos do comitê, assim como assegurar mais tempo para a

assimilação das informações enviadas.

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1.4 PREPARAÇÃO TÉCNICA E METODOLÓGICA: FORMULÁRIOS PARA USO NO CTS

A Coordenação Metodológica é responsável pela preparação dos formulários do Perfil

Profissional, de Registro Técnico do CTS e de Validação da Proposta do Perfil Profissional,

documentos que serão utilizados durante as atividades do CTS.

Estes documentos estão disponíveis para download a partir da Sistema de Itinerários

Nacionais (SIN) do SENAI. Outra opção é empregar os formulários on-line, por meio do SIN.

Recomenda-se que o formulário do Perfil Profissional seja preliminarmente construído

e, na medida do possível, preenchido pela Coordenação Metodológica com o apoio de

especialistas técnicos do SENAI durante a etapa de Alinhamento Técnico e Metodológico

(ênfase especial para Competências Técnicas e de Contexto de Trabalho) como forma de

dar fluência aos trabalhos e, também, otimizar o tempo do CTS. Recomenda-se também

que, durante o preenchimento, sejam revistas as orientações da Metodologia SENAI de

Educação Profissional, em especial aquelas relacionadas aos padrões de redação exigidos

(atenção especial para seleção de verbos) e recomendações gerais, como a não utilização/

adoção de metodologias específicas para preenchimento dos formulários (por exemplo, o

ciclo do PDCA).

Para o Ensino Superior, ao considerar as diversas possibilidades de atuação dos

egressos dos cursos de graduação, será necessária a elaboração de um documento

de contexto de trabalho que contemple as possibilidades de inserção no mundo

do trabalho, dependendo das configurações nacionais ou locais.

O preenchimento prévio do formulário do Perfil Profissional permite antecipar e resolver

situações que exigiriam prolongados debates durante a realização do CTS, situação que pode-

ria representar riscos em termos de cumprimento do tempo previsto na agenda de trabalho.

Também possibilita que a Coordenação Metodológica se aproprie, com mais profundidade,

de especificidades técnicas relacionadas à formação profissional em questão, visando criar

melhores condições para a condução dos debates do CTS. O preenchimento preliminar não

significa, em hipótese alguma, o engessamento ou a definição final da estrutura ou das

competências constitutivas do Perfil Profissional, mas, tão somente, uma forma de facilitar

a condução dos trabalhos, assegurar a sintonia com os princípios da Metodologia e otimizar

o tempo durante o CTS. Quaisquer indicações preliminares do Perfil Profissional poderão

ser ajustadas pelo Comitê Técnico Setorial, desde que sejam coerentes tecnicamente do

ponto de vista da Metodologia.

1. PERFIL PROFISSIONAL

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18 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Para facilitar as atividades de registro do CTS, recomenda-se, ainda, a criação, a partir do

formulário do Perfil Profissional, de formulários específicos para o registro técnico das

informações obtidas em cada fase da metodologia de criação do Perfil Profissional.

O documento de Validação da Proposta do Perfil Profissional é aquele que oficializa a

aprovação da estrutura e do conjunto de informações que constituem o Perfil Profissional.

Deve fazer referência aos dados que identificam e caracterizam a ocupação, à composição

do CTS, ao trabalho realizado e ao prazo de validade do Perfil Profissional para aprovação

e assinatura, tornando-se o documento oficial que avaliza as informações contidas no

Perfil Profissional e autoriza o uso do documento pelo SENAI para elaboração do Desenho

Curricular e do Plano de Curso.

1.5 SISTEMA DE ITINERÁRIOS NACIONAIS

O acesso ao módulo de CES e CTSN no SIN é feito pelo endereço eletrônico https://itinerario.senai.br/, clicando no ícone referente ao CTSN e CES na área administrativa do site.

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A página “Comitês por Área” exibirá os Comitês que estiverem criados e liberados.

É necessário clicar na seta abaixo da palavra “Ação” para exibir os Comitês.

Dessa forma, será exibida a área tecnológica cadastrada. Na sequência, deve-se clicar

na seta abaixo da palavra “Ação” para exibir o “Segmento Tecnológico do Comitê” e as

opções de ações:

1. PERFIL PROFISSIONAL

Visualizar as ocupações do Comitê

Estrutura Inicial das Ocupações

Finalizar as Atividades do CTSN

Gerar um DOC de Perfil e Desenho

Gerar um PDF do Perfil Profissional

Participantes do Comitê

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20 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Para iniciar o registro das atividades do CES, deve-se clicar no ícone referente à “Estrutura

Inicial das Ocupações”.

ESTRUTURA INICIAL DAS OCUPAÇÕES

Todas as ocupações já existentes na área serão exibidas lado a lado.

Para cadastrar uma nova ocupação, clicar no ícone “+ NOVA OCUPAÇÃO” e digitar o nome

da nova ocupação.

Para definir a Estrutura Inicial da NOVA OCUPAÇÃO, é preciso preencher os três campos

utilizando a janela de digitação.

1. Digitar as Atividades que os profissionais realizam hoje, no campo indicado.

2. Digitar as Atividades que os profissionais deveriam realizar, no campo indicado.

3. Digitar as Atividades que os profissionais realizarão no futuro, no campo indicado.

Para cada atividade digitada, deve-se clicar no ícone “+”.

Observações:

• Atividades: é importante que seja informada, pelo menos, uma atividade por

ocupação.

• Impressão: é possível imprimir o trabalho em qualquer estágio em que se encon-

trar, a fim de fazer verificações, clicando no ícone “Imprimir”.

• Excluir: clicar na respectiva janela e, depois, clicar em excluir.

• Editar: clicar duas vezes sobre a atividade e ela será liberada para edição. Para

salvar, digitar “Enter” ou clicar fora da caixa de texto da atividade.

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Depois de incluir todas as atividades, elas devem ser agrupadas por afinidade, criando as

“Categorias” que serão usadas para definir as Funções do Perfil Profissional da ocupação.

Isso é feito clicando nas bandeiras e atribuindo cores às atividades.

Após todo o preenchimento – a partir do brainstorming de todas as perguntas de referência

– e agrupamento das atividades por afinidade, deve-se clicar em “Finalizar” para

prosseguir.

Serão exibidas todas as ocupações da área, inclusive as que foram criadas pelo CES. Após

a finalização da etapa “Estrutura Inicial da Ocupação”, a segunda Etapa pode ser iniciada.

1. PERFIL PROFISSIONAL

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22 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

FUNÇÕES E SUBFUNÇÕES

Para redigir as Funções, deve-se clicar no ícone “Funções e Subfunções”.

Será exibido o título da Ocupação e o Eixo Tecnológico.

1. Normalmente é feita a importação das Atividades que foram agrupadas por cores

na Estrutura Inicial das Ocupações para redigir as funções.

2. Também, pode-se importar uma Função de outra ocupação.

3. Para redigir a Função, deve-se utilizar o campo de edição.

Após a redação ser concluída, selecionar o texto e clicar em “Criar Função”. A função

redigida será exibida no campo seguinte, referente a “Funções”.

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Para redigir as Subfunções, deve-se clicar na Função, e o campo de Subfunções será exibido.

1. Deve-se utilizar a caixa de texto para redigir a Subfunção.

2. Em seguida, clicar em adicionar.

O mesmo processo deve ser realizado para incluir as Subfunções de cada função elencada

na Ocupação. Para concluir essa etapa, clicar em “Finalizar”.

COMPETÊNCIA GERAL E PADRÕES DE DESEMPENHO

Para redigir a Competência Geral e os Padrões de Desempenho para as Subfunções,

deve-se clicar no ícone “Perfil Profissional – Unidade de Competência”.

A página a ser exibida contemplará o título da Ocupação, o Eixo Tecnológico, a Área

Tecnológica e o Segmento Tecnológico. Os demais campos devem ser preenchidos.

1. PERFIL PROFISSIONAL

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24 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Para isso:

1. Clicar duas vezes para habilitar o campo de edição e redigir a Competência Geral.

Ao concluir a redação da Competência Geral, clicar fora da caixa de texto.

2. Redigir os Padrões de Desempenho utilizando a caixa de texto disponível.

3. Clicar em adicionar, após redigir cada Padrão de Desempenho.

4. Selecionar um Padrão de Desempenho e clicar em “Excluir”.

O mesmo processo deve ser realizado para incluir os Padrões de Desempenho por Sub-

função, para cada Função elencada na Ocupação.

Para concluir essa etapa, clicar em “Finalizar”.

GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

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CONTEXTO DE TRABALHO

Para consolidar o contexto de Trabalho, clicar no ícone “Perfil Profissional – Contexto

de Trabalho”.

A página a ser exibida contemplará o título da Ocupação, o Eixo Tecnológico e os campos

para preenchimento das Competências Socioemocionais e os demais tópicos do Contexto

de Trabalho, que deverão ser preenchidos a partir das informações e análises do “Estudo

de Mercado e Tendências Tecnológicas”.

1. PERFIL PROFISSIONAL

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26 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Para redigir as Competências Socioemocionais, deve-se:

1. Clicar na caixa de texto.

2. Redigir a Competência Socioemocional que se deseja incluir e, em seguida, clicar

em “Adicionar”.

3. Há a opção de selecionar uma Competência Socioemocional já cadastrada no SIN.

4. Caso seja necessário excluir alguma competência socioemocional redigida, basta

selecionar e clicar em “Remover Itens”.

O mesmo processo deve ser realizado para incluir as informações para os demais campos

do contexto de trabalho:

• Meios de produção: aqui devem ser incluídos máquinas, equipamentos, instru-

mentos, ferramentas, materiais e softwares empregados numa indústria da área

e/ou segmento tecnológico em estudo. Não se trata de descrever a infraestrutura

que a escola deve ter, mas de descrever o que será usado por um profissional

quando estiver atuando em uma empresa industrial. Aqui vale destacar os meios

de produção inovadores para atender aos requisitos do Instrumento de Avaliação

de Cursos Presenciais e a distância do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

• Métodos e Técnicas de trabalho: aqui devem ser listados os métodos e as técnicas

empregados por um profissional quando estiver atuando numa empresa indus-

trial. Todo tipo de atuação baseada em normas, procedimentos e boas práticas,

que sejam relevantes ao exercício eficiente da ocupação, deve ser listada aqui.

Condições de trabalho: são várias as categorias de características do ambiente

de trabalho que podem ser descritas neste tópico: tipo de ambiente em que se

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trabalha, tipo de relacionamento hierárquico, regime de contratação, regime

de trabalho, riscos profissionais inerentes à ocupação, etc. Devem ser listados

os mais relevantes para caracterizar a(s) ocupação(ões) em estudo.

• Evolução da ocupação: as categorias deste campo permitem registrar os resultados

da prospectiva organizacional e tecnológica, a fim de indicar os rumos de cada

ocupação da área em estudo. Aqui são registradas as informações do Painel de

Especialistas tocante a Atividades que tendem a se tornar importantes, que

tendem a perder importância e novas.

• Formação Profissional relacionada à Ocupação: ao saber que um curso nunca seria

capaz de proporcionar o desenvolvimento de todas as capacidades requeridas

pelo mercado de trabalho, este campo permite que sejam listadas as formações

complementares que agregam capacidades aos alunos. Os cursos de segurança do

trabalho (inclusive cursos de Norma Regulamentadora – NR), de aperfeiçoamento

profissional em alguma tecnologia ou processo de trabalho, de investimento

pessoal (eneagrama, liderança, idioma estrangeiro, mediação de conflitos) são

exemplos dessa Formação Profissional relacionada à Ocupação.

• Identificação das Ocupações Intermediárias: em Perfis Profissionais de maior

complexidade, normalmente associados a cursos de nível tático (cursos técnicos)

ou estratégico (cursos superiores), é comum que uma ou mais Funções podem

constituir-se em ocupações completas, reconhecidas pelo mercado e com possi-

bilidade de certificação. Essas Qualificações Técnicas ou Tecnológicas, se forem

identificadas, devem ser descritas neste campo, associadas à(s) Função(ões) e à

codificação CBO correspondentes.

De acordo com o Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação presencial e

a distância do Inep/MEC, é preciso prever a presença de tópicos, como: mecanismos

inovadores para regulação, planejamento e gestão; previsão de acessibilidade meto-

dológica com linguagem inclusiva e acessível com recursos inovadores; ambientes com

configurações espaciais que oportunizem diferentes situações de aprendizagem a partir

de recursos inovadores; disponibilidade de equipamentos, softwares atualizados, acesso

estável à internet e à rede sem fio; recursos tecnológicos comprovadamente inovadores;

planejamento e melhoria contínua.

Para concluir essa etapa, clicar em “Finalizar”.

1. PERFIL PROFISSIONAL

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No processo de elaboração do Desenho Curricular é realizada a transposição das informações do mundo do trabalho para o mundo da educação, traduzindo pedagogicamente as competências do Perfil Profissional.

Page 29: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

29.

2 DESENHO CURRICULAR

2.1 SELEÇÃO DE ESTUDOS TÉCNICOS E PUBLICAÇÕES

A definição de um Desenho Curricular exige a seleção de estudos técnicos e publicações

para subsidiar os trabalhos que serão desenvolvidos pelos especialistas. A seleção é

realizada pela Coordenação Metodológica com a participação dos especialistas técnicos,

docentes do Ensino Superior, que serão envolvidos na definição do Desenho Curricular.

Nas Referências, estão relacionadas algumas sugestões de estudos técnicos e publicações.

Recomenda-se também que as informações sejam disponibilizadas com antecedência aos

Colaboradores do SENAI que participarão das reuniões de definição do Desenho Curricular,

de forma que esses possam se apropriar adequadamente delas.

2.2 DEFINIÇÃO DAS EQUIPES DE TRABALHO – COMITÊ DE ESPECIALISTAS DO SENAI

Os especialistas técnicos a serem convidados a integrar as equipes de trabalho

para a fase de Desenho Curricular devem ser colaboradores do Ensino Superior

do SENAI com profundos conhecimentos e/ou experiência profissional na área

temática relacionada ao Desenho Curricular, ou demais modalidades que atendam

ao requisito citado.

É desejável que também possuam uma boa compreensão da Metodologia SENAI de

Educação Profissional (Perfil Profissional + Desenho Curricular + Prática Docente). Os

Especialistas Técnicos são responsáveis pela definição do Desenho Curricular a partir das

orientações fornecidas pelo Coordenador Metodológico.

Esse grupo – tal como o que compõe o Comitê de Especialistas do SENAI na fase

de Perfil Profissional – deve ser composto pelos membros do NDE do curso.

Para os casos em que não seja possível envolver os NDEs das diferentes regiões,

sugere-se considerar, pelo menos, o Coordenador do Curso, representando o NDE.

Tal sugestão faz-se necessária em decorrência do número de componentes para

a formação das equipes de trabalho nas fases de Perfil Profissional (Comitê de

Especialistas do SENAI, realização de CTSN e elaboração de Perfis Profissionais)

e de Desenho Curricular de cursos que compõem os Itinerários Nacionais.

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30 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Recomenda-se que as equipes de trabalho, responsáveis

pela definição de um Desenho Curricular, sejam as

mesmas que participaram da definição do Perfil

Profissional.

2.3 DEFINIÇÃO DE MÓDULOS E UNIDADES CURRICULARES

No Desenho Curricular, as etapas de definição dos Módulos que integram a oferta for-

mativa e de definição das Unidades Curriculares relativas aos Módulos – considerando os

critérios e as recomendações contidas na Metodologia SENAI de Educação Profissional

– são, normalmente, realizadas em paralelo.

Os Módulos, conjuntos didáticos pedagógicos sistematicamente organizados para o

desenvolvimento de competências profissionais, têm a sua origem nas Funções do Perfil

Profissional, considerando seu conjunto de Subfunções e respectivos Padrões de Desem-

penho. O processo de definição dos Módulos que integram a oferta formativa deve,

ainda, englobar as saídas intermediárias anteriormente identificadas, as quais devem

possuir correspondência com Módulos, além de considerar a classificação proposta pela

Metodologia SENAI de Educação Profissional: Módulo Básico e/ou Introdutório e Módulos

Específicos. Estes são definidos com base nas funções do Perfil Profissional, considerando

os critérios estabelecidos pela Metodologia SENAI de Educação Profissional. O Módulo

Básico e/ou Módulo Introdutório são estruturados com base nas Capacidades Básicas,

enquanto os Módulos Específicos devem contemplar as Capacidades Técnicas descritas

por ocasião da Análise do Perfil Profissional. Todos os Módulos (Básico e/ou Introdutório

e Específicos) devem contemplar Capacidades Socioemocionais, geradas a partir das

Competências socioemocionais do Perfil Profissional (MSEP, 2019, p. 57 a 65) e descritas

por ocasião da Análise do Perfil Profissional.

As Unidades Curriculares caracterizam-se como Unidades Pedagógicas que articulam os

conteúdos formativos, numa visão interdisciplinar, com vistas ao desenvolvimento das

competências indicadas no Perfil Profissional. Para cada Unidade Curricular, os conteúdos

formativos são compostos por Capacidades Básicas – Módulo Básico e/ou Introdutório – ou

Capacidades Técnicas – Módulos Específicos – e por Capacidades Socioemocionais, além

de conhecimentos associados.

GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Page 31: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

3131 2. DESENHO CURRICULAR

A definição das Unidades Curriculares é realizada a partir dos resultados obtidos na

fase de Análise do Perfil Profissional. As Subfunções, com seus respectivos Padrões de

Desempenho e o conjunto de capacidades por eles gerados, são uma referência a ser

considerada na definição das Unidades Curriculares dos Módulos Específicos – uma ou

mais Subfunções podem gerar uma Unidade Curricular de Módulo Específico. Assim,

como forma de assegurar a ideia de unidade e de processo, é recomendável que todas

as Capacidades Técnicas geradas a partir dos Padrões de Desempenho de uma mesma

Subfunção integrem a mesma Unidade Curricular.

No que se refere às Unidades Curriculares Eletivas (chamadas disciplinas nas regulamen-

tações1 ) que compõem os cursos de graduação, cabe tratá-las, no Desenho Curricular, como

meio de desenvolvimento de capacidades básicas e técnicas que permitam a ampliação

da atuação profissional do egresso, considerando outras áreas de atuação, tecnologias

emergentes, aprofundamento em conhecimentos de fronteira, entre outros.

Em relação às Unidades Curriculares optativas (chamadas disciplinas nas regulamen-

tações2), é importante estruturar a oferta considerando a possibilidade de mobilidade

nacional no SENAI, pensando, inclusive, na interdisciplinaridade necessária ao Perfil

Profissional que está sendo formado.

É necessário incluir a estratégia para a oferta da Unidade Curricular de Libras como

optativa ou obrigatória, conforme diretrizes das Instituições de Educação Superior (IESs).

Para elaboração das Unidades Curriculares citadas, é necessário o alinhamento com o

Perfil Profissional. Ao fazer a análise do Perfil, deve-se levar em conta as possibilidades

de oferta e alinhá-las às capacidades básicas e técnicas necessárias ao desenvolvimento

das competências que compõem o Perfil.

Para os cursos de extensão, também vale o mesmo procedimento acima, devendo

considerar, igualmente, a necessidade de contemplar o percentual mínimo referente à

curricularização da extensão.

Conforme Resolução nº 7/2018, art. 2º:

As diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira regulamentam as atividades acadêmicas de

extensão dos cursos de graduação, na forma de componentes curriculares para os cursos, de acordo com

o perfil do egresso estabelecido nos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs) e nos demais documentos

normativos próprios.

1 Ver legislação vigente.

2 Ver legislação vigente.

Page 32: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

32 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

2.4 DEFINIÇÃO DAS CARGAS HORÁRIAS DOS MÓDULOS E DAS UNIDADES CURRICULARES

Para que não haja prejuízo no processo de desenvolvimento das capacidades no percurso

formativo do aluno, é possível aproximar a operacionalização do currículo estruturado

em Unidades de Competência/Curriculares dos currículos estruturados em disciplinas.

Para tanto, cabe observar a carga horária das UCs, considerando a carga horária total do

semestre, visando ao alinhamento com o praticado no mercado nacional e internacional.

Exemplo 1: para 400h no semestre, UCs de 32h, 48h, 64h ou 128h.

Exemplo 2: para 350h no semestre, UCs de 35h, 70h, 105h ou 140h.

No que se refere às atividades de extensão, conforme Resolução nº 7/2018, art. 4º, “devem

compor, no mínimo, 10% (dez por cento) do total da carga horária curricular estudantil

dos cursos de graduação, as quais deverão fazer parte da matriz curricular dos cursos”.

Para os cursos com 20% e 40% em Educação a Distância (EaD), na matriz curricular, seria

importante prever essas possibilidades nas UCs.

GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Page 33: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR
Page 34: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

A Prática Pedagógica evidencia a concretização dos resultados oriundos da construção dos Perfis Profissionais e dos Desenhos Curriculares dos cursos ministrados pelo SENAI.

Page 35: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

35

3 PRÁTICA PEDAGÓGICA

3.1 SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM

Em um curso superior, deve-se elaborar uma situação de aprendizagem para conduzir

a prática pedagógica, considerando a diversidade de conhecimentos e as capacidades

desenvolvidas ao longo de um mesmo módulo – isso é um desafio.

Nas Situações de Aprendizagem, é importante trabalhar também a diversidade

de estratégias de ensino, tradicionais e novas, conforme a sua adequação ao

tipo de capacidade, habilidade ou atitude que se pretende desenvolver em cada

módulo/unidade do curso. Deve-se sempre privilegiar o emprego de tecnologias

educacionais informatizadas.

3.2 ELABORAÇÃO DE PLANOS DE SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM (SAS)

O registro do planejamento das Situações de Aprendizagem (SAs) pode ser feito em

formulário padronizado pela faculdade ou pelo DR do SENAI. O importante é não omi-

tir – nem no planejamento, nem nos registros dos Planos de Ensino – as informações

indispensáveis, listadas a seguir.

Para o planejamento de SAs, recomenda-se seguir estas etapas:

a) Seleção de Capacidades e seus respectivos Conhecimentos.

b) Escolha da Estratégia de Aprendizagem Desafiadora.

c) Descrição do Desafio, Contexto e Resultados esperados da Situação Desafiadora.

d) Definição das Estratégias de Ensino.

e) Definição dos Recursos Didáticos e Ambientes Pedagógicos.

f) Proposição dos Critérios de Avaliação.

g) Seleção e elaboração dos Instrumentos de Avaliação.

Page 36: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

36 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

A sequência de etapas apresentada a seguir (MSEP, 2019, p. 135) assegura que o planeja-

mento será feito com coerência e que cada etapa permite validar e consolidar a anterior.

SELEÇÃO DE CAPACIDADES E SEUS RESPECTIVOS CONHECIMENTOS

• Esta deve ser sempre a etapa inicial. Ela assegura que o planejamento será com

base nas Capacidades que os alunos devem desenvolver e demonstrar e não num

rol de Conhecimentos que ele deve aprender.

• O docente deve consultar a ementa de sua Unidade Curricular e definir quais

Capacidades serão desenvolvidas nesta SA.

• IMPORTANTE: TODAS as Capacidades deverão ser desenvolvidas. Se não forem

numa única SA, o docente deve planejar mais de uma SA, a fim de promover o

desenvolvimento de todas as Capacidades.

• Os critérios para seleção das Capacidades para uma SA são:

º Afinidade entre as Capacidades – o que facilitaria que fossem abordadas juntas.

º Complexidade das Capacidades – o que permite definir uma gradualidade no

desenvolvimento das Capacidades.

º Sequenciamento – o que permite definir uma ordem para o desenvolvimento

das Capacidades.

º Objetivo – o que deve ser demandado do aluno, tendo em vista as Capacidades

previstas para a presente Unidade Curricular (mais detalhes em: MSEP, 2019,

p. 137).

ESCOLHA DA ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM DESAFIADORA

• Desafiar os alunos é a estratégia adotada pelo SENAI para motivar a aprendi-

zagem e tornar a experiência de aprendizagem significativa.

• As quatro estratégias desafiadoras prescritas pela MSEP são:

º Pesquisa aplicada: deve ser escolhida quando as Capacidades da ementa da

Unidade Curricular indicam que os alunos devem aprender a buscar respostas

novas, trabalhar com autonomia, sintetizar informações, desenvolver e

apresentar conclusões, etc.

º Situação-problema: a escolha por essa estratégia deve ser feita se as Capa-

cidades selecionadas da ementa indicarem que os alunos devem aprender a

resolver problemas, reparar defeitos, otimizar processos, substituir peças,

executar controle dimensional, etc.

Page 37: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

3737 3. PRÁTICA PEDAGÓGICA

º Estudo de caso: há autores que afirmam que o Estudo de Caso é a estratégia

mais adequada para os Cursos Superiores. Independentemente disso, o Es-

tudo de Caso deve ser escolhido quando as Capacidades selecionadas para a

SA indicarem que os alunos devem ser capazes de desenvolver análise crítica,

comparar dados, correlacionar informações – tendo por base referenciais

padronizados – e emitir julgamento de valor, etc.

º Projetos: as capacidades que apontam para dimensionamento, cálculo,

desenho, modelagem, prototipagem, montagem, documentação, testes,

etc. podem ser mais facilmente desenvolvidas pelos alunos se o docente

optar por esta estratégia desafiadora.

• ATENÇÃO: deve haver uma única Estratégia Desafiadora na SA.

• ATENÇÃO: a Estratégia escolhida deve assegurar:

º que o aluno desenvolva as Capacidades selecionadas; e

º que o aluno possa demonstrar que desenvolveu as Capacidades (mais deta-

lhes em: MSEP, 2019, p. 114 e ss).

DESCRIÇÃO DO DESAFIO, CONTEXTO E RESULTADOS ESPERADOS DA SITUAÇÃO

DESAFIADORA

• Depois de escolhida a Estratégia que melhor permite que os alunos desenvol-

vam e demonstrem as Capacidades que foram inicialmente selecionadas, é

hora de escrever o Desafio.

Page 38: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

38 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

• CUIDADO: um Desafio mal escrito pode levar os alunos a falharem no seu

desenvolvimento ou na solução do Desafio.

• Para Escrever o Desafio, o docente deve considerar o(a):

º nível da ocupação (operacional, tática ou estratégica);

º nível do curso (aperfeiçoamento, qualificação, técnico, tecnológico);

º maturidade do aluno (adolescente, jovem, adulto);

º experiência profissional do aluno na área do curso;

º etapa da formação em que o aluno se encontra (calouro, veterano, forman-

do); e

º “estado da arte” da tecnologia empregada na ocupação.

• Para Contextualizar o Desafio, o docente deve:

º SEMPRE contextualizar uma situação real de trabalho; e

º NUNCA a contextualizar na aula ou na escola.

• Para Dimensionar o Desafio, o docente deve equilibrar:

º Complexidade (dimensão objetiva).

º Dificuldade (dimensão subjetiva).

º Apresentação (tipos e quantidades dos dados fornecidos aos alunos).

• Os Resultados Esperados – que devem evidenciar que as capacidades requeri-

das foram desenvolvidas – devem ser sempre listados, enumerados e descritos

com detalhes (mais detalhes em: MSEP, 2019, p. 138).

DEFINIÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE ENSINO

• As intervenções do docente (porque as Estratégias de Ensino têm esse papel)

no processo de aprendizagem devem ser planejadas considerando:

º a adequação em relação às capacidades selecionadas;

º a coerência com a estratégia de aprendizagem desafiadora proposta;

º a carga horária disponível;

º a infraestrutura requerida; e

º os requisitos de acessibilidade para pessoas com deficiência (PCDs) e com

necessidades específicas.

• A MSEP descreve várias Estratégias de Ensino relacionando-as a estes critérios

de escolha:

º Exposição Dialogada.

º Atividade Prática.

Page 39: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

3939 3. PRÁTICA PEDAGÓGICA

º Trabalho em Grupo.

º Dinâmica de Grupo.

º Visita Técnica.

º Ensaio Tecnológico.

º Workshop.

º Seminário.

º Painel Temático.

º Gamificação.

º Sala de Aula Invertida.

º Design Thinking.

• IMPORTANTE: não é preciso se limitar a estas, mas sempre se deve selecionar

a Estratégia considerando os critérios já descritos.

• IMPORTANTE: nas escolha por uma estratégia, é melhor privilegiar as que são

aplicadas com o apoio de recursos didáticos informatizados, pois isso dinamiza

a aula, amplia os espaços de desenvolvimento das aulas para além da sala de

aula e permite um envolvimento dos alunos por se tratar de uma ferramenta

mais familiar para eles (mais detalhes em: MSEP, 2019, p. 120 e ss).

DEFINIÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS E AMBIENTE PEDAGÓGICOS

• Os Recursos Didáticos devem ser definidos tendo por base:

º que seu uso deve favorecer o desenvolvimento das Capacidades e a apren-

dizagem dos Conhecimentos escolhidas para a SA;

º que eles são suporte para as atividades de ensino e de aprendizagem;

º a aproximação do aluno com a realidade do mundo do trabalho;

º que despertem o interesse, a curiosidade e a criatividade dos alunos; e

º que permitam a sistematização, a visualização ou a concretização dos con-

teúdos formativos.

• ATENÇÃO: preferir o uso de recursos com base em Tecnologias da Informação.

• Os Ambiente Pedagógicos devem ser escolhidos tendo em vista:

º que favoreçam diferentes estratégias e técnicas de ensino;

º a possibilidade de aproveitamento por alunos com diferentes modos de

aprender;

º a flexibilidade no atendimento às demandas e necessidades individuais e

de parcerias;

Page 40: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

40 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

º usar outros espaços de aprendizagem, além dos ambientes escolares;

º reconhecer a complexidade da sociedade e do mundo do trabalho; e

º a possibilidade de abordagens interdisciplinares e integradoras (mais deta-

lhes em: MSEP, 2019, p. 140-141).

PROPOSIÇÃO DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Os Critérios de Avaliação são definidos pelo docente para caracterizar o desem-

penho de cada Capacidade escolhida para SA. Para a definição desses critérios,

o docente deve atentar-se para que:

º sejam elaborados a partir das capacidades selecionadas para a estratégia

de aprendizagem desafiadora;

º indiquem desempenhos profissionais observáveis e avaliáveis;

º possibilitem emitir juízo sobre o desempenho do aluno em relação ao re-

sultado esperado;

º definam parâmetros objetivos, que evitam diferentes interpretações quanto

ao que será observado e ao que se espera do aluno;

º considerem as características de mensuração, objetividade, granularidade

e transparência na sua formulação;

º podem focar tanto as características de produtos quanto as de processos; e

º podem ser descritos em forma de escalas de cotejo (dicotômicos) ou de

rubricas (gradual) (mais detalhes em: MSEP, 2019, p. 129- a 133 e 141).

Page 41: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

4141 3. PRÁTICA PEDAGÓGICA

SELEÇÃO E ELABORAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

• ATENÇÃO: o planejamento dos Instrumentos de Avaliação faz parte da SA.

A avaliação deve ser planejada como parte integrante dos processos de ensino

e de aprendizagem.

• ATENÇÃO: a elaboração dos Instrumento de Avaliação NÃO faz parte da SA.

Sua elaboração em paralelo com o planejamento da SA assegura sua aderência

aos processo de ensino e de aprendizagem.

• No planejamento e na elaboração dos Instrumentos de Avaliação, o docente

deve atentar para que:

º sejam baseados nas Capacidades a serem avaliadas;

º sejam adequados aos Critérios de Avaliação estabelecidos;

º considerem as especificidades dos desempenhos a serem avaliados nos

domínios cognitivo, psicomotor e afetivo;

º respeitem o tempo e a infraestrutura requeridos para sua aplicação;

º permitam a conversão dos resultados para notas ou conceitos; e

º sejam acessíveis às PcDs e com necessidades específicas.

• A MSEP descreve os seguintes Instrumentos de Avaliação que, apesar disso,

são apenas exemplos e não devem limitar o planejamento docente:

º Fichas de Observação.

º Relatórios.

º Portfólios.

º Provas Objetivas.

º Provas de Respostas Construídas (com itens dissertativos ou de respostas

abertas).

º Provas Práticas.

º Autoavaliações (mais detalhes em: MSEP, 2019, p. 126 a 129 e 142).

• Como a MSEP permite, seria interessante focar aqui nos critérios do Instru-

mento de Avaliação dos Cursos de Graduação Presencial e a Distância quanto:

º à promoção de oportunidades alinhadas ao perfil do egresso, pressupondo-

-se práticas exitosas ou inovadoras;

º à articulação entre as necessidades locais e regionais, com planejamento de

ações inovadoras alinhadas ao mundo do trabalho;

º à articulação entre os componentes curriculares e os percursos de formação,

apresentando elementos comprovadamente inovadores;

Page 42: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

42 GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

º à garantia de acessibilidade metodológica e instrumental;

º às atividades no campo da prática com atividades práticas inovadoras para

a gestão da IES com escolas de Educação Básica; e

º ao acesso a materiais didáticos e recursos didáticos que propiciam experiên-

cias diferenciadas de aprendizagem.

3.3 PLANEJAMENTO DOCENTE E SUPORTE PEDAGÓGICO

O planejamento docente e o acompanhamento pedagógico são dois aspectos indissociáveis

e de extrema relevância para a efetiva aplicação da MSEP no Ensino Superior (ES). As

estratégias para que essas atividades sejam implantadas devem estar em sintonia com

a especificidade de cada faculdade e do DR. Todavia, ao considerar as boas práticas já

desenvolvidas, seguem-se sugestões de estratégias a serem adotadas:

• Fixação no horário do professor de uma carga horária extraclasse comum, a ser

cumprida em mesma data e horário por todos, para o planejamento docente,

elaboração de situações de aprendizagem, treinamentos e capacitações.

• Organização de semanas pedagógicas semestrais, em que sejam feitas avaliações

do trabalho realizado no semestre anterior, compartilhamento do planejamento

ou situações de aprendizagem desenvolvidos para o semestre seguinte, testagem

de atividades de avaliação, capacitações sobre temas relacionados à MSEP, etc.

• Estruturação de coordenações pedagógicas capazes de: sensibilizar o corpo

docente sobre como a formação por competência se aplica à sua área de conheci-

mento ou curso; dar suporte ao corpo docente em seu planejamento pedagógico,

orientando-os sobre estratégias e técnicas mais recentes e apropriados ao desen-

volvimento das capacidade e competências requeridas para o Perfil Profissional a

ser formado; fazer uma intervenção pedagógica sempre que for identificado que

os objetivos de desenvolvimento de capacidades e competências requeridos não

estão sendo alcançados.

Page 43: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

4343 3. PRÁTICA PEDAGÓGICA

3.4 PLANOS DE ENSINO E PLANOS DE AULA

Considerações sobre Planos de Ensino:

• O planejamento de uma Unidade Curricular de um curso – de qualquer nível ou

estratégia de oferta – deve ser registrado num Plano de Ensino.

• O Plano de Ensino é o documento em que se registram todas as ações que um

docente deve executar nos diversos ambientes de aprendizagem, dentro e fora

da escola.

• Elaborar o Plano de Ensino é de responsabilidade e competência do docente.

• O Plano de Ensino para cursos presenciais é composto de:

º um Plano de (uma ou mais) Situações de Aprendizagem; e

º um Plano de Aula.

• O Plano de Ensino para cursos a distância é composto apenas pelo Plano de (uma

ou mais) Situações de Aprendizagem.

Considerações sobre Planos de Aula:

• O Plano de Aula deve detalhar:

º as capacidades e os conhecimentos a serem desenvolvidos em cada aula;

º as estratégias, as atividades, os recursos e os ambientes pedagógicos a serem

utilizados em cada aula;

º as cargas horárias destinadas a cada atividade; e

º os resultados esperados, os critérios de avaliação e os tipos de instrumentos

de avaliação.

• Nos cursos de EaD, o Plano de Ensino NÃO possui desdobramento em Planos de Aula.

Page 44: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

As Estratégias de Operação dos cursos do Ensino Superior do SENAI seguem os pressupostos metodológicos da MSEP e fatores de execução fundamentais para a atratividade e manutenção de estudantes em nossas Faculdades.

Page 45: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

45

4 ESTRATÉGIAS DE OPERAÇÃO

4.1 SENSIBILIZAÇÃO DOS NOVOS ALUNOS

Ao considerar as diferentes origens dos alunos, recomenda-se um acolhimento ou sensi-

bilização dos alunos sobre as especificidades da MSEP e sua aplicação ao Ensino Superior.

4.2 VALOR/PREÇO DO CURSO

A oferta por módulos pode onerar o custo do curso para o aluno. Nesse sentido, é impor-

tante uma análise da viabilidade financeira e econômica do curso, podendo utilizar o valor

médio pago pelos alunos por unidades curriculares ou horas-aulas

EXEMPLO DA FACULDADE SENAI/CETIQT

Até o ano de 2018, os pagamentos dos cursos da Faculdade SENAI CETIQT eram

realizados por meio do Sistema de Créditos. Cada disciplina equivalia a determinado

número de créditos, que era multiplicado por um valor variável, conforme o curso e o

ano de ingresso do aluno. Esse sistema possibilitava aos alunos “montar sua própria

mensalidade”, pois o valor a ser pago era estipulado com base nas disciplinas escolhidas

e nos respectivos números de créditos delas.

A partir de 2019, por causa das novas matrizes curriculares dos Cursos de Graduação

em Engenharia Química e Design de Moda, que foram redesenhadas por meio

da Metodologia SENAI de Educação Profissional, as Gerências de Educação e de

Planejamento e Finanças propuseram uma nova forma de precificação/cálculo do

valor da mensalidade dos cursos.

Para tanto, foi realizado um levantamento do custo total do novo curso, dividido pela

quantidade de horas do curso, a fim de chegar a um valor fixo por hora. Paralelamente,

foi calculado o ticket médio pago pelos alunos, em cada faixa de crédito, e os valores

pagos por semestre.

Page 46: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR 46

4.3 REGISTROS ACADÊMICOS: FREQUÊNCIA E AVALIAÇÕES

Apesar de a MSEP não prever a retenção do aluno por questões relacionadas ao percentual

de frequência e, sim, destacar o desenvolvimento das capacidades/competências requeridas

para o Perfil Profissional do egresso, recomenda-se considerar a exigência de presença em

pelo menos 75% das horas letivas de cada UC.

No que se refere às avaliações, é importante evitar o estabelecimento de semanas fixas de

provas, pois a avaliação, conforme determina a metodologia, deve ser por competência e

contínua; recomenda-se, no entanto, períodos ou marcos de lançamento de notas visando

atender à legislação vigente.

Segundo a lei do estágio, por exemplo, é necessário informar o período de avaliação. Como

lidar com essa questão? Realizar planejamento antecipado e disponibilizar o cronograma

do curso com datas previstas para avaliações.

A partir da comparação entre esses valores (pagos anteriormente) e o novo valor

proposto, estabeleceu-se um percentual de redução para cada faixa de crédito. Tal

percentual foi aplicado como bolsa fixa para o aluno até o final do curso. Com isso,

garantiu-se que a nova forma de cobrança não impactasse no ticket médio pago por

alunos antigos, evitando evasão por esse motivo.

GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Page 47: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

47

REFERÊNCIASBRASIL. Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Portaria Ministerial nº 397, de 9

de outubro de 2002.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais. 2011.

______. Ministério da Educação. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT). Disponível

em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct>. Acesso em: 10 set. 2019.

______. Ministério da Educação. Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia

(CNCST). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option= com_docman&view=-

download&alias=98211-cncst-2016-a&category_slug=outubro-2018-pdf-1&Itemid=30192>.

Acesso em: 10 set. 2019.

______. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Bacharelados

CNE/CES.

SENAI. Metodologia SENAI de Educação Profissional. Departamento Nacional. Brasília:

SENAI-DN, 2019.

______. Itinerário Nacional de Educação Profissional – relacionado ao Perfil Profissional.

______. Estudos Prospectivos de Ocupações Industriais.

______. Estudos de Tendências.

______. Estudos de Características da Ocupação.

Page 48: GUIA DE OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia

SENAI/DN Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor-Geral

DIRETORIA DE OPERAÇÕES – DO Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações

Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP Felipe Esteves Pinto Morgado Gerente Executivo de Educação Profissional e Tecnológica

Gerência de Educação Profissional e Tecnológica Deusa Carvalho Gerente de Educação Profissional e Tecnológica

Gerência de Tecnologias Educacionais Luis Eduardo Leão Gerente de Tecnologias Educacionais

Alessandra Aparecida Campos – PRAna Paula Gava – MSBárbara Yadira Mellado Pérez – MTCláudia Lopes Maia – PBClaudio Luis Magalhães Fernandes – SPCleunisse Rauen De Luca Canto – SCDécio Campos da Silva – UNIEPFrancisca Rangélia Camelo Coelho – UNIEPIldemar Oliveira Sales – GO Jefferson da Silva – UNIEPLeandro Cassol – RSLigia Fatima Xavier – MGMarcelo Ramos – CETIQTMércia da Silva – CETIQTMichael Eberle Siemeintcoski – SCNelson Massaia Borsi Junior – UNIEPSandro Portela Ormond – UNIEP

Elaboração

Superintendência de Relações Públicas Ana Maria Curado Matta

Superintendente de Relações Públicas

Walner de Oliveira

Produção Editorial

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DIRETORIA DE SERVIÇOS CORPORATIVOS – DSC Fernando Augusto Trivellato Diretor de Serviços Corporativos

Área de Administração, Documentação e Informação – ADINF Maurício Vasconcelos de Carvalho Gerente Executivo de Administração, Documentação e Informação

Alberto Nemoto Yamaguti Normalização

________________________________________________________________

Danúzia Queiroz Revisão Gramatical

Icomunicação Projeto Gráfico e Diagramação

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