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  • www.rededesementesdocerrado.org.br

    Projeto Semeando o Bioma CerradoEdifcio Finatec, Bloco H - Campus UnB

    Cep: 70.910-900 - Braslia/DFTelefone: (61) 3348-0423

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    Guia do observador de rvores no Cerrado

  • Braslia, 2011

    Guia do observador de rvores no Cerrado

  • Diretoria Da reDe De SementeS Do CerraDo (2010 2012)

    PresidenteMaria Magaly Velloso da Silva Wetzel

    Vice-PresidenteCellia Maria R. F. Maury

    SecretriaRegina Clia Fernandes

    tesoureiraCarmen Regina M. A. Correia

    Conselho ConsultivoAna Palmira SilvaManoel Cludio da Silva JniorAlba Evangelista RamosJos Carlos Sousa Silva

    Conselho FiscalSarah Christina Caldas OliveiraGermana Maria Cavalcanti Lemos ReisAntonieta Nassif SalomoLuiz Cludio Siqueira Jorge

    Coordenador do Projeto Semeando o Bioma CerradoJos Rozalvo Andrigueto

    equipe tcnicaManoel Cludio da Silva JniorAlba Orli de Oliveira Cordeiro Cssia Beatriz Rodrigues MunhozLauana Costa Nogueira

    FotosManoel Cludio da Silva Jnior

    ilustraesZenilton Gayoso

    Projeto Grfico, diagramaoCt. Comunicao

    Direitos autorais reservados Rede de Sementes do Cerrado.Permitida a reproduo total ou parcial, desde que citada a fonte.

  • sumrio

    AGRADECiMENtO 4

    APRESENtAO 5Bioma Cerrado 5Coleta de material botnico 10Como coletar plantas? 10Lista do Material de Campo 10Ficha dendrolgica 11Coleta do material botnico 11Montagem da exsicata no herbrio 11

    GUiA PARA O PREENCHiMENtO DA FiCHA DENDROLGiCA 13

    LitERAtURA 43

    ENGENHARiA FLOREStAL - DENDROLOGiA - FiCHA DENDROLGiCA 44

    CHAVES DENDROLGiCAS 47

  • 4Semeando o Bioma Cerrado

    AGrADECimENTo A Rede de Sementes do Cerrado uma instituio jurdica de direito privado, sem fins lucrativos - Organiza-o da Sociedade Civil de interesse Pblico - OSCiP, regida por estatuto prprio e sediada em Braslia. tem por finalidade a conservao, o manejo, a recuperao, a promoo de estudos e pesquisas, e divulgao de informaes tcnicas e cientficas do Bioma Cerrado. A Rede de Sementes do Cerrado mantm contratos de cooperao e colaborao com a Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuria - Embrapa, Centro de Referncia em Conservao da Natureza e Recupe-rao de reas Degradadas - CRAD/UnB, Universidade Federal de Gois - UFG, Oca Brasil, Associao dos Amigos das Florestas - AAF, Fundao de Empreendimentos Cientficos e Tecnolgicos - FINATEC, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuria e Abastecimento do Distrito Federal - SEAPA/DF, Eco Cmara, instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Distrito Federal - Braslia Ambiental - iBRAM, instituto Federal de Braslia - iFB, entre outros.Nestes ltimos anos a Rede de Sementes do Cerrado vem desenvolvendo trabalhos de recuperao de nascentes no Distrito Federal em parceria com iBRAM/SEAPA e com Park Show Publicidade e Eventos Ltda. tambm vem realizando cursos de capacitao de pequenos agricultores, levantamento de dados do Rio So Francisco e participao em Feira de Sementes do ndios Kras. No ano de 2010 a Rede de Sementes do Cerrado participou da Seleo Pblica de Projetos do Programa Petrobras Ambiental com o Projeto Se-meando o Bioma Cerrado. Este foi contemplado com recursos financeiro, patrocinado pela Petrobras dentro do Programa da Petrobras Ambiental, para desenvolver aes entre janeiro de 2011 a dezembro de 2012.Dentre as vrias aes deste projeto est previsto a realizao de 24 cursos visando a capacitao de pes-soas para o exerccio das atividades em seis reas temticas: Identificao de rvores do Bioma; Seleo e Marcao de rvores Matrizes; Coleta e Manejo de Sementes, Beneficiamento, Embalagem e Armaze-namento de Sementes; Produo de Mudas de Espcies Florestais e Viveiros: projetos, instalao, manejo e comercializao. Para cada curso realizado est prevista a elaborao de uma Cartilha ou Guia com as informaes bsicas dos temas.A Rede de Sementes do Cerrado agradece ao Professor Manoel Cludio da Silva Junior e equipe, pela elaborao do Guia do Observador de rvores no Cerrado. A excelncia do contedo deste Guia temos absoluta certeza que contribuir tanto para os curiosos observadores de rvores como para os alunos, professores, pesquisadores e profissionais que estudam as plantas e se dedicam na conservao deste recurso natural, principalmente em se tratando do Cerrado, o mais rico Bioma Brasileiro.

    Maria Magaly V. da Silva WetzelPresidente da Rede de Sementes do Cerrado

    Jos Rozalvo Andrigueto Coordenador do Projeto

  • 5 Guia do observador de rvores no Cerrado

    AprEsENTAo

    Estudar e aprender com a natureza atividade fascinante que o homem pode empreender. A delicadeza de algumas e a rusticidade de outras confere a inmeras espcies ampla capacidade de habitar ambientes diversos. As rvores encantam e fascinam muitos de ns com a habilidade da admirao e reflexo.O sol nasceu para todos !!! Mas a sombra s para quem planta rvores !!! verdade, estamos cercados de belezas naturais pouco admiradas ou mesmo percebidas por aqueles sempre apressados. Dentre outras tantas plantas, as rvores atraem nossa ateno pelo seu porte, impo-nncia, longevidade, sombra, arquitetura, folhagem, flores e frutos. A dendrologia visa, atravs do treina-mento do olhar criar oportunidades para a observao das mincias, pura tecnologia, que encantam os olhos.Atravs do GUia Do oBSerVaDor De rVoreS no CerraDo pretende-se incentivar o olhar diferen-ciado, reservado s pessoas que admiram plantas e gostariam de atuar na conservao deste importante recurso natural. Mais do que discorrer sobre a cincia de identificao a dendrologia trata de estimular a prtica e a curiosidade sobre esses fascinantes seres vivos.

    BiomA CErrADo

    Como a vegetao do entorno da sua morada?

    Com certeza voc percebe algumas caractersticas prprias desse ambiente.O Bioma que compe a regio em que vivemos o Cerrado. temos o privilgio de conviver em um dos mais exclusivos e ricos ecossistemas do mundo. A lista mais atual inclui 12.356 espcies vasculares, desde as samambaias at as rvores. Esta regio est extremamente ameaada pelo falta de informao de seus prprios moradores sobre suas riquezas e potencialidades.O Cerrado ocupa grande parte do Brasil (Figura 1).

  • 6Semeando o Bioma Cerrado

    Figura 1. Localizao geogrfica do Cerrado (rosa) no Brasil (fonte: IBGE, 1992).

    Devido a sua grande extenso inclui diferentes tipos de formaes que, de maneira simplificada, se dife-renciam em formaes florestais onde predominam as rvores, formaes savnicas, com rvores espa-lhadas no terreno sobre um tapete de herbceas e as campestres, onde raramente se encontram rvores. Se caminhamos permanentemente na sombra estamos em ambientes florestais, onde predominam as rvores. Se em nossa caminhada a sombra e o sol se alternam estamos em ambientes savnicos, onde rvores e ervas se alternam. E se caminhamos permanentemente no sol estamos em ambientes campes-tres, onde as ervas predominam.Um esquema sobre estas formaes apresentado na Figura 2A (Ribeiro & Walter 2008) e a imagem des-sas formaes est na Figura 2B (Fonte Google Earth).

  • 7 Guia do observador de rvores no Cerrado

    Formaes Florestais

    Mata Ciliar Mata de Galeria

    Mata Seca Cerrado

    Cerrado

    Campo Sujo

    Campo Limpo

    Campo Rupestre

    Vereda

    Parque de Cerrado

    Palmeiral

    Denso Tpico Ralo Rupestre

    Formaes Savnicas

    Bioma Cerrado

    Formaes Savnicas

    Formaes Campestres

    Cerrado Sentido Amplo

    Cerrado Sentido Restrito

    Figura 2. Esquema das principais fitofisionomias do Cerrado (Fonte: Ribeiro & Walter 2001) (A) e imagem area de reas naturais do Cer-rado com diferenas nas coberturas por rvores (B) (Fonte Google Earth).

    (a)

    (B)

  • 8Semeando o Bioma Cerrado

    Figura 3. Fitofisionomias florestais, savnicas e campestres tpicas do Cerrado.

    Voc seria capaz de reconhecer as espcies que ocorrem nesses ambientes?

    Qual o nome delas?

    Vejamos uma destas...

    Voc reconhece a espcie Maria-preta???

    e a Murta ???

    Ambas se referem a mesma rvore (Figura 4)!

    Figura 4. Espcie de maria-preta (Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg.)

    Por que isso acontece? Dois nomes para a mesma planta!

    isso acontece, pois o nome popular dado s plantas pode ser diferente de acordo com a regio em que encontrada. Os moradores de diferentes regies reconhecem e usam as plantas de diferentes maneiras, assim as chamam de diferentes maneiras. Para padronizar o nome das plantas usamos o nome cientfico que nico e padronizado para cada es-pcie, este poder ser utilizado em qualquer lugar do mundo sem qualquer confuso. Os nomes Kunth e O. Berg. se referem s pessoas ou aos autores que descreveram a planta e lhe deram o nome at agora reconhecido pela cincia.

    Vereda Campo limpoMata de galeira Cerrado tpico

  • 9 Guia do observador de rvores no Cerrado

    Assim, o nome cientfico da Maria-preta ou Murta :Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg.

    Para se dar nomes cientficos para as plantas deve-se utilizar um sistema binomial de nomenclatura em latim. O latim foi selecionado por ser lngua morta no sujeita a variaes na atualidade. No sistema binomial de nomenclatura o primeiro nome dado ao gnero, o segundo nome o epteto especfico. Em conjunto os dois formam o nome da espcie.

    Blepharocalyx salicifolius

    Gnero +

    Epteto especfico

    Nome cientfico para a espcie

    Pode lhe parecer incomum o nome Blepharocalyx salicifolius, entretanto este tem seu significado dentro de um contexto de parentesco entre as plantas.blepharos = clios + calyx = clice, clice ciliado. O clice a parte mais externa da flor, aquele que envolve e protege a flor, o boto, antes que esta se abra. O nome salicifolius: salix = salix + (Latim) folium = folhas, folhas pendentes como em Salix sp. (Salicaceae), uma rvore por ns conhecida como Choro, por ter suas folhas pendentes.

    Plantas parentes, tal como ns, pertencem a uma mesma famlia. No caso o Blepharocalyx salicifolius per-tence a famlia Myrtaceae e tem como parentes mais conhecidos a goiaba (Psidium guajava), a pitanga (Eugenia uniflora) a cagaita (Eugenia dysenterica), os araas (muitas espcies) e o eucalipto (Eucalyptus grandis).Todo nome cientfico deve estar destacado nos textos em itlico ou sublinhado.Pronto, j compreendemos a importncia dos nomes populares e cientficos das espcies. Vamos aprender agora como coletar plantas para a sua correta identificao.

  • 10Semeando o Bioma Cerrado

    ColETA DE mATEriAl BoTNiCo

    Coletores de sementes e produtores de mudas de espcies nativas devem garantir aos seus clientes ou compradores a origem e identidade botnica de seus produtos as mudas e as sementes florestais. Para isso importante a identificao segura da planta.

    Como ColETAr plANTAs?

    O primeiro passo obter o material vegetal que permita a observao das partes importantes para a iden-tificao. Com esse material bem coletado ser possvel utilizar a ficha dendrolgica que ser apresentada em seguida.

    (a)

    (B)

    Figura 5. Ramo com frutos de jatob (Hymenaea stigonocarpa) no campo (A). Exsicata, planta prensada, desidratada e costurada em cartolina para ser depositada em herbrios (B).

    Os herbrios so como bibliotecas onde, no local de livros, so guardadas plantas desidratadas que so catalogadas segundo sua famlia e espcie. As plantas ali depositadas servem para comparaes e con-sultas posteriores. Ou seja, aps coletar uma planta voc deve ir ao herbrio e compar-la com a coleo e, assim, obter a identidade da amostra coletada. Esta a forma correta de se obter o nome cientfico de plantas. Antes de ir ao campo o coletor dever separar algumas ferramentas e materiais que auxiliam a coleta do material botnico para a posterior montagem das exsicatas. A boa montagem do material botnico e essen-cial para a correta identificao das plantas.

    lisTA Do mATEriAl DE CAmpo

    podo canivete (ou faco) fita crepe caneta (pincel ou lpis) sacos plsticos pequenos

    sacos plsticos grandes (saco de lixo)

    jornal papelo alumnio

    prensa fichas de campo cordas resistentes

  • 11 Guia do observador de rvores no Cerrado

    FiChA DENDrolGiCA

    Para a coleta de sementes ou marcao das matrizes, o coletor dever preencher a ficha de campo para a identificao da espcie coletada.

    ColETA Do mATEriAl BoTNiCo

    Aps preencher a ficha de identificao no campo o prximo passo a coleta do material botnico. Este consiste de um ramo com cerca de 20 a 40 cm de com-primento que contenha parte representativa da planta com caractersticas importantes para a identificao da espcie, como folhas, frutos e flores.Este ramo deve ser coletado com auxlio de podo (te-soura de alta poda) ou tesoura de poda manual. Aps ser coletado o material deve receber um nmero de co-leta (Ex. 01), que ser registrado na ficha dendrolgica e em tira de fita crepe para ser colada ao ramo.A amostra deve ento ser colocada em folha de jornal para o processo de prensagem (Figura B).

    moNTAGEm DA ExsiCATA No hErBrio

    Para a conservao do material coletado este dever ser devidamente preparado em forma de exsicatas (Figura 7). As plantas coletadas e prensadas no campo devem passar por processo de secagem no campo ou no her-brio. As plantas verdes ou hidratadas apodrecem e perdem suas caractersticas devido ao ataque de fun-gos e insetos. O material seco e desidratado retarda o apodrecimento e aumenta sua longevidade. A pren-sagem e secagem adequada do material botnico fundamental para a correta identificao da espcie.A prensa para a secagem do material botnico montada como um sanduiche onde as plantas so en-volvidas em folhas de jornal dobradas com dimenses aproximadas de 30x40 cm. Cada amostra botnica colocada dentro de uma folha de jornal e esta deve ser colocada entre duas folhas de papelo. Cada amostra deve ser envolvida por duas folhas de alumnio corrugado. Este sanduche de plantas levado para secagem. Os jornais em contato com a planta retiram a umidade excessiva da amostra. Os papeles ajudam na prensagem, para manter a amostra plana. O alumnio corrugado promove a circulao do ar quente entre as amostras e assim acelera e uniformiza a secagem das amostras. O material botnico coletado deve ter suas folhas arrumadas de forma que ambas as faces estejam expos-tas para cima (Figura 8). Isto facilita a posterior visualizao das duas faces da folha para a correta identifi-cao da espcie. Amostras com folhas desarrumadas e amassadas no se prestam para a identificao.

    Figura 6. Coleta e prensagem de material botnico no campo.

  • 12Semeando o Bioma Cerrado

    Figura 7. Exsicata depositada no herbrio da Reserva Ecolgica do IBGE.

    Figura 8. Esquema de montagem de prensas para preparao de exsicatas.

    A ordem da montagem do sanduche deve ser: alumnio, papelo, jornal com material botnico, papelo, alumnio, papelo, jornal com material botnico e assim por diante at que seja montado todo material cole-tado. O contato direto do alumnio com o jornal pode provocar queimaduras na amostra botnica.Em seguida utilizam-se prensam de madeira e cordas para prender e prensar as amostras no sanduche. As cordas servem para amarrar e apertar todo este material que ser levado para a estufa onde ocorrer sua secagem.

    Material devidamente coletado e prensado:podemos iniciar o preenchimento da

    FICHA DENDROLGICA

  • 13 Guia do observador de rvores no Cerrado

    GuiA pArA o prEENChimENTo DA FiChA DENDrolGiCA

    Caracterizao do fuste - ao se observar uma rvore a primeira ateno dada ao seu tamanho em rela-o s demais plantas. As rvores atingem maiores alturas e maiores dimetro no seu tronco. Para conhecer o potencial de crescimento de rvores seguem algumas informaes interessantes: a maior rvore j conhecida alcanou cerca de 122m de altura, foi um exemplar de Eucalyptus regnans

    (Myrtaceae) na Austrlia. infelizmente soube-se do seu tamanho apenas aps seu abate. o maior dimetro j registrado de cerca de 25m em Adansonia sp. (Malvaceae) o Baob Africano.

    H comentrios que j foi medido uma rvore de baob com 39m de dimetro mas no h comprovao deste fato.

    a mais velha rvore Taxus baccata, possivelmente com 9.000 anos est na Esccia. H, entretanto, outras com at 6.000 anos como Adansonia digitata (Malvaceae) e Tilia cordata (Malvaceae). Alguns arbustos parecem ser mais longevos, acredita-se que Larrea sp. (Zygophyllaceae) nos desertos da Ca-lifrnia e Lomatia tasmanina (Proteaceae) na tasmnia possam ter cerca de 11.000 anos de existncia.

    Assim, as rvores impressionam por seu porte e longevidade. Para serem altas as rvores precisam de troncos (eixo principal) grandes e resistentes que transportem a gua e os minerais (seiva bruta) das razes para a copa. O tronco pode ser formados por uma nica gema quando recebem o nome de monopodial ou por mltiplas gemas chamado simpodial. O crescimento monopodial mais comum em palmeiras e gimnospermas e o simpodial mais comum nas angiospermas.

    Crescimento monopodial

    Crescimento simpodial

  • 14Semeando o Bioma Cerrado

    Assim, uma rvore a acumulao de ramos, cada qual com capacidade mais ou menos indefinida de crescimento. A combinao de troncos e ramos com crescimento monopodial ou simpodial gerou um grupo de 23 modelos de crescimento que, at ento, incluiu a grande maioria da espcies de rvores.Ao se deparar com rvores o olhar se direciona para o tronco. Diz-se fuste a poro do tronco que se esten-de do solo at a primeira bifurcao na copa. Abaixo esto os principais tipos de fuste conhecidos:

    a) reto b) abaulado c) tortuoso

    As bases do tronco podem, tambm, contribuir para a identificao de rvores. Algumas dos principais tipos de bases esto abaixo:

    bases com sapopemas bases cilndricas

  • 15 Guia do observador de rvores no Cerrado

    base acanalada razes escora

    As bases cilndricas so as mais comumente encontradas entre as rvores. Estas refletem o crescimento regular do cmbio (meristema secundrio). As demais representam o crescimento irregular do cmbio.A casca morta ou ritidoma a camada mais externa no tronco das rvores. Pode apoiar a identificao das espcies. Abaixo esto definidos alguns tipos comuns de ritidomas conhecidos. A classificao envolve cor e aspecto.cor - geralmente varia em tonalidades do cinza ao castanho mas algumas espcies apresentam cores muito distintas.

    Amarelo Vermelho Variegado

  • 16Semeando o Bioma Cerrado

    aspecto: liso - apresenta superfcie sem cicatrizes foliares, deiscncias (desprendimento de partes), fendas, fissuras, lenticelas ou rugosidades. Cascas lisas so raras dentre as rvores, principalmente aquelas do Cerrado. spero - apresenta superfcie com cicatrizes foliares, deiscncias (desprendimento de partes), fendas, fissuras, lenticelas ou rugosidades irregulares, sem padro consistente e com aspecto de desorganizao.com acleos ou espinhoscom depresses - resultado do desprendimento de placas grandes ou pequenas que do aspecto carac-terstico, com manchas ou cores distintas do ritidoma que permaneceu preso ao tronco.com placas lenhosas - resultado do desprendimento de placas grandes ou pequenas sem produzir man-chas ou cores distintas do ritidoma que permaneceu preso ao tronco.escamoso - caracterizado pelo desprendimento de escamas ou placas angulares (quadradas ou retangu-lares) ou irregulares definidas por cortes verticais esparsos na casca. Distingue-se do ritidoma laminados pelas placas com bordos no recurvados.estriado - apresenta linhas superficiais de colorao distinta.fissurado ou fendido - apresenta sulcos ou depresses e consequentemente cristas ou elevaes, retilne-as ou sinuosas, contnuas ou descontnuas, mais profundas que as estrias, no sentido do comprimento do tronco (longitudinal). As fissuras so depresses que resultam do crescimento em dimetro da casca morta (cmbio cortical) em rvores que no desprendem a casca morta ou ritidoma. Algumas vezes se salientam cristas elevadas, sulcos profundos, descontnuos ou no, sinuosos ou no e tambm a colorao do veio (fundo da depresso) como caracterstica distintiva em alguns casos. A descrio de fissuras ainda pode incluir a profundidade do sulco, distncia entre eles (esparsas ou no), largura e a forma das cristas (aguda, cncava, convexa ou plana).laminado - caracterizado pelo desprendimento de lminas ou placas de espessura fina. Distingue-se do ritidoma escamoso pelas placas com as bordos recurvados. As lminas podem ser papirceas, rgidas ou coriceas.lenticelado - caracterizado pela presena de lenticelas que, quando em grande densidade, denominado verrucoso. O aspecto, a colorao, a densidade e a disposio (esparsas, em linhas verticais ou horizon-tais) das lenticelas contribuem para a identificao de algumas espcies.reticulado - resultante de fissuras nos sentidos vertical e horizontal que do aparncia quadriculada ao ritidoma.rugoso - apresenta a superfcie acidentada, com dobras e anis (que podem ou no circundar o tronco), cicatrizes foliares ou lenticelas, acleos ou espinhos.verrucoso - com ndulos que se assemelham a verrugas.deiscncia:deiscente - apresenta algum tipo de desprendimento, de tamanhos e formas distintas, deixa ou no depres-ses resultantes da cicatrizao da queda de placas. Se o desprendimento for em lminas, diz-se ritidoma laminado. Se o desprendimento for em placas, diz-se ritidoma escamoso. As lminas geralmente se enro-lam ou apresentam bordas recurvadas.indeiscente - que no apresenta qualquer tipo de desprendimento.

  • 17 Guia do observador de rvores no Cerrado

    Liso Cicatrizes de folha Acleos

    Lenticelas Placas lenhosas e depresses Papirceo

    Laminado Reticulado Verrucoso

  • 18Semeando o Bioma Cerrado

    Fissurado Laminado Estriado

    CoPa - parte area da rvore com galhos, ramos, folhas, flores e frutos. Sustentada pelo tronco que co-necta a copa com as razes. responsvel pela fotossntese, transpirao e reproduo da planta. Oferece abrigo e alimento para inmeros seres que nela convivem.

  • 19 Guia do observador de rvores no Cerrado

    Porte - baixo, mdio ou grande. Esta classificao deve ser adequada para cada comunidade arbrea no cerrado. rvores no cerrado sentido restrito mais espaadas no terreno, no competem fortemente por luz e apresentam crescimento desproporcional do sistema radicular, avaliado em 3:1, trs partes de sis-tema radicular para uma parte do sistema areo. Esta estratgia reflete a necessidade de alcanar maior suprimento de gua que aumenta com o aumento da profundidade dos solos. Nas formaes florestais as rvores esto em maior nmero no terreno e portanto mais altas em resposta a maior competio por luz.Formas - arredondadas, leque, colunar, cnica, umbela, clice, espalhada e irregular.Sombra - densa, mdia e rala

    ramoS quanto a textura podem ser classificados como lenhosos ou herbceos. Deve-se observada a cor, a presena de lenticelas, espinhos, acleos, pilosidade etc. A seco transversal dos ramos pode aju-dar na identificao de algumas espcies e/ou famlias. Ramos quadrangulares ocorrem em Bignoniaceae, Lamiaceae e Verbenaceae. Ramos alados, com cristas ou arestas podem ocorrer em Lauraceae, Fabaceae e Lythraceae.O ramos podem ser pilosos, glabros, lenticelados, esfoliantes, com cicatrizes de folhas, com espinhos, com acleos, com seco transversal cilndrica ou angulosas.

    Ramos pilosos e com cicatrizes de folhas Ramos glabros e lenticelados Angulosos

    Ramos com Acleos Ramos com espinhos Ramos esfoliantes

  • 20Semeando o Bioma Cerrado

    Caracterizao da folha - apndice lateral responsvel pela fotossntese. Composta por lmina ou limbo, pecolo, bainha e estpulas. Qualquer dessas partes pode faltar.

    Composio (FOLHA)

    SIMPLES - folha cuja lmina foliar no tem divises. Com margens inteiras ou com recortes. Quando com margens recortadas podem se assemelhar a folhas compostas e so denominadas lobadas, palmadas, partidas etc. (ex.: a maioria da espcies arbreas).

    ComPoStaS - folha simples modificada, pode ter lmina foliar com uma diviso em fololos ou pinas, ou com duas ou trs divises em fololos e folilulos. No primeiro caso, so denominadas pinadas, no segundo bipinadas e no terceiro tripinadas.pinadas - folha semelhante a uma pena, cuja lmina foliar dividida em mais de trs fololos dispostos ao longo da raque. A insero do primeiro par de fololos define o comprimento do pecolo e o incio da raque. Recebe tambm a denominao de paripinada ou imparipinada de acordo com o nmero de fololos por folha. (ex.: tpicas em Fabaceae).

    paripinada - a folha termina em dois fololos opostos, indicando que o nmero total de fololos par. (ex.: tpicas em Fabaceae).imparipinada - a folha termina em um fololo, indicando que o nmero total de fololos mpar. (ex.: tpicas em Fabaceae-Papilionoideae).

    bipinada - tem a lmina foliar dividida em mais de trs fololos (1a diviso) e os fololos divididos em folilulos (2a diviso) dispostos ao longo da raque e raquola respectivamente. A insero do primeiro par de fololos define o comprimento do pecolo e o incio da raque. A insero do primeiro par de folilulos define o com-primento do pecilulo e o incio da raquola. Recebe tambm a denominao de paripinada ou imparipina-da de acordo com o nmero par ou mpar de fololos por folha. (ex.: tpicas em Fabaceae- Caesalpinioideae ou mimosoideae).

    paribipinada - folha que termina com dois fololos dispostos na poro final da raque, indicando nmero par de fololos.imparibipinada - folha que termina em um fololo, indicando nmero mpar de fololos.

    tripinada - muito raramente em rvores, as folhas tm a lmina foliar dividida em trs nveis (ex.: Moringa oleifera, Moringa).digitada - com mais de trs fololos que se inserem na parte terminal do pecolo, resultando em aparncia de dedos na mo. (ex.: tpicas em Tabebuia spp., Ceiba spp., Vitex spp.).bifoliolada - tem a lmina foliar dividida em dois fololos que se inserem na parte terminal do pecolo (ex.: Hymenaea spp. Jatob e Bauhinia spp. Pata-de-vaca).trifoliolada - a folha se divide em trs fololos que se inserem na parte terminal do pecolo (ex.: Caryocar spp. Piqui e Tabebuia roseoalba, ip-branco). Quando esses fololos se subdividem uma ou duas vezes em trs folilulos, a folha dita bi- ou triternada.

  • 21 Guia do observador de rvores no Cerrado

    a) folhas simples b) Compostas digitadas c) bifolioladas

    d) trifolioladas e) compostas-paripinadas f) imparipinadas

    g) compostas-bipinadas

  • 22Semeando o Bioma Cerrado

    eXSUDao - qualquer lquido liberado em ferimentos ou cortes nas plantas. Sua consistncia pode ser fluida, quando escorre rapidamente, pegajosa, quando se assemelha a goma, ltex ou resina, ou ainda viscosa, densa e grossa como gelatina, sem ser pegajosa. A colorao e o volume da exsudao so caractersticas auxiliares na identificao das rvores, e podem variar com a exposio ao ar e com as es-taes do ano. Geralmente, o volume reduzido na estao seca. comum a mudana na colorao por oxidao quando em contato com ar.Em campo aconselhvel como o primeiro teste que consiste em se destacar uma folha para a verificao da exsudao, que, se presente, indica espcies das famlias: Anacardiaceae, Apocynaceae, Euphorbia-ceae, Clusiaceae, Moraceae, Sapotaceae dentre outras.Geralmente se diz que a exsudao escassa (lenta) quando forma apenas gotas no local do ferimento, ou abundante (rpida) quando todo o ferimento rapidamente coberto pelo lquido exsudado.opaca - no transparente, com variaes de cores, leitosa (mais comum), avermelhada, alaranjada.Hialina transparente, com variaes de tonalidades, avermelhada, alaranjada.

    Hialina Opaca alaranjada Opaca - leitosa

  • 23 Guia do observador de rvores no Cerrado

    Caracterize a folha, fololo ou folilulo das espcies dentro dos seguintes padres:

    Simetria

    a) Considere a lmina foliar: 1 Simtrica 2 Assimtricab) Considere apenas a base: 1 Simtrica 2 Assimtrica

    a)1 a)2 b)1 b)2

    FormaS - refere-se forma do contorno da lmina de folhas, fololos ou folilulos. Na natureza, so muitas e contnuas as variaes de forma das folhas. A cada variao de forma atribudo um nome de acordo com a figura geomtrica mais parecida. H casos de difcil associao com qualquer figura geomtrica. H quatro formas bsicas e suas respectivas subdivises que so estabelecidas com base na relao entre o comprimento e a largura da lmina (C/L):

    Oblonga Elptica Ovada Obovada

  • 24Semeando o Bioma Cerrado

    OBLONGAS: a folha geralmente alongada com as margens mais ou menos paralelas, com as seguintes subdivises:

    (C/L)=(Relao entre comprimento/largura) (C/L)

    1 Lineares 10/1 4 Largo-oblongas 1,5/12 Estreito-oblongas 3/1 5 Muito-largo-oblongas 1,2/1 ou (-)3 Oblongas 2/1

    ELPTICAS: a maior largura encontra-se aproximadamente no meio da folha. As margens podem ser con-vexas ou uma combinao de convexa e cncava, com as seguintes subdivises:

    (C/L)=(Relao entre comprimento/largura) (C/L)

    1 Muito-estreito-elpticas 6/1 5 Suborbiculares 1,2/12 Estreito-elpticas 3/1 6 Orbiculares 1/13 Elpticas 2/1 7 Esferides 0,75/1 ou (-)4 Largoelpticas 1,5/1

  • 25 Guia do observador de rvores no Cerrado

    oVaDaS: a maior largura encontra-se aproximadamente no tero superior da folha. Assim, a base da folha mais larga que o pice, com as seguintes subdivises:

    (C/L)=(Relao entre comprimento/largura) (C/L)

    1 Lanceolada 3/1 4 Largo-ovada 1,2/12 Estreito-ovada 2/1 5 Muito-largo-ovada 1/1 ou (-)3 Ovada 1,5/1

    oBoVaDaS: a maior largura da folha encontra-se aproximadamente no tero superior da folha. Assim, o pice mais largo que a base, com as seguintes subdivises:

    C/L C/L1 Estreito-oblanceolada 6/1 ou (+) 4 Largo-obovada 1,2/12 Oblanceolada 3/1 5 Muito-largo-obovada 1/1 ou (-)3 Estreito-obovada 2/1

  • 26Semeando o Bioma Cerrado

    FormaS eSPeCiaiS - no diretamente associadas a formas geomtricas simples.

    oDoreS - Caracterstica de interpretao pessoal. A experincia, entretanto, do exerccio de cheirar plan-tas em geral converge para um consenso. importante o hbito de cheirar principalmente as folhas amas-sadas para que se crie um sistema prprio de avaliao. Algumas rvores tm cheiros caractersticos que podem auxiliar na identificao das espcies, principalmente nas famlias Annonaceae, Burseraceae, Chloranthaceae, Lamiaceae, Lauraceae, Magnoliaceae, Monimiaceae, Myrtaceae, Rutaceae, Siparunace-ae, Verbenaceae, dentre outras.Em geral, diz-se agradvel ou desagradvel dentre os cheiros: adocicado, alho, aromtico, canela, ctrico, cravo, ftido, frutas, gengibre, incensos, ltex, perfumado, pungente, remdio, resinas, pimenta, temperos, vernizes etc.

    FILOTAXIA (FOLHA) - estudo da disposio das folhas nos ramos. Segue rgida orientao primria, ge-neticamente definida. A disposio das folhas nos ramos estratgica para criar ngulos adequados entre a lmina e o feixe de luz incidente e, consequentemente, reduzir o sombreamento entre folhas no mesmo ramo.Os padres geomtricos regulares da disposio das folhas nos ramos podem ser analisados em detalhe, e geralmente se mantm na mesma famlia:

    b1) alterna - folha disposta de maneira alternada ao longo dos ramos.b1.1) dstica - disposio das folhas em um s plano ao longo dos ramos.b1.2) espiralada - disposio das folhas em vrios planos ao longo dos ramos.

  • 27 Guia do observador de rvores no Cerrado

    b1.1) filotaxia alterna-dstica b1.2) filotaxia alterna-espiralada

    b2) oposta - diz-se de folhas inseridas aos pares, no mesmo plano, uma oposta outra.b2.1) dstica - disposio das folhas em um s plano ao longo dos ramos.b2.2) oposta cruzada ou decussada - diz-se de pares sucessivos de folhas que,na sua insero, formam ngulo prximo de 90.

    b2.1) filotaxia oposta-dstica b2.2) filotaxia oposta-cruzada

    b3) verticilada - trs ou mais folhas originam-se no mesmo nvel do ramo. O nmero de folhas por verticilo deve ser anotado.

    b3) filotaxia verticilada

  • 28Semeando o Bioma Cerrado

    A filotaxia original pode ser alterada por toro ou alongamento diferencial de pecolos, crescimento dife-rencial das folhas, atividade dos pulvinos, toro dos interndios ou uma combinao de vrios desses pro-cessos, resultando em orientao secundria, que pode, por exemplo, produzir simetria radial em ramos de filotaxia oposta, mudando os ngulos de 90 para 65 entre pares sucessivos.

    PILOSIdAdE (FOLHA/FOLOLOS/FOLiLULOS) - refere-se presena ou no de pelos na superfcie da planta. Em relao posio os pelos so mais comumente encontrados nas nervuras. Quando presentes na lmina foliar so mais frequentes na face abaxial ou inferior e menor frequentes na face adaxial ou superior.O pelo a unidade da pilosidade. Os pelos podem ser simples ou muito complexos, bfidos, escamoso, estrelados, glandulares etc. O uso de lupa necessrio para tal classificao.

    Pilosas- superfcies com pelos.adaxial- face superior da lmina foliar.abaxial- face inferior da lmina foliar.spero- com sensao desagradvel ao toque.Velutino- com pelos curtos, rgidos e em grande densidade, sensao macia, veludo, ao toque.

    Pulverulento- superfcie coberta com pelos que se quebram e formam grnulos, ou com cutcula que se desprendem ao toque.Glabras- superfcies sem pelos.

    pilosa pilosa glabra

    PECOLOS (FOLHAS) - haste que une a lmina da folha ao galho, ramo, raque ou tronco.peciolada - folha com pecolo.

  • 29 Guia do observador de rvores no Cerrado

    PECILuLOS (FOLOLOS OU FOLiLULOS) - haste que une a lmina do fololo raque ou do folilulo (folhas bipinadas ou tripinadas) raquola.

    peciolulado - fololo ou folilulo com pecilulo.sssil - folha sem pecolo ou fololo ou folilulo sem pecilulo.pecolo ou pecilulo alado - a base da folha ou fololo se prolonga ou o pecolo oupecilulo se apresentam com extenses laminares.pulvino - dilatao na base ou no pice dos pecolos. Mudanas na turgidez dostecidos no pulvino permitem movimentos, tpicos nas dormideiras (Mimosa spp.).pulvnolo - dilatao na base ou no pice dos pecilulos. Mudanas na turgidez dostecidos no pulvnolo permitem movimentos, tpicos nas dormideiras (Mimosa spp.).cilndrico (pecolo ou pecilulo) - quando apresenta o corte transversal circular.acanalado (pecolo ou pecilulo) - quando apresenta reentrncia ao longo do seucomprimento.

    Outras caractersticas como cor, comprimento, dilataes, pilosidade e cicatrizes deixadas no ramo, galho, raque ou raquola pelo seu desprendimento auxiliam na identificao de rvores.

    TIPOS dE PECOLOS Ou PECILuLOSnormal - sem quaisquer espessamentos ou excrescncias.Com pulvino - espesso, inflado.alado - com expanses laminares laterais.Sssil - sem pecolo ou pecilulo.

    Pecolo normal Pecilulo com pulvino

  • 30Semeando o Bioma Cerrado

    Pecolo alado Folha sssil ou sem pecolo

    Pecilulo com pulvnulo Pecolo longo e flexvel

    raqUe (FOLHAS COMPOStAS PiNADAS OU BiPiNADAS) - eixo principal em folhas compostas pinadas ou bipinadas onde se inserem os fololos. a continuao do pecolo aps a insero do primeiro fololo. tambm o eixo principal em inflorescncias.

    cilndrica - quando apresenta o corte transversal circular.acanalada - quando apresenta reentrncia ao longo do seu comprimento.alada - com expanses laminares laterais.

    raque cilndrica raque acanalada raque alada, com glndulas

  • 31 Guia do observador de rvores no Cerrado

    PiCeS - referem-se ao ngulo formado pelas margens, na poro apical das folhas, fololos ou folilulos; aproximadamente os 25% da poro terminal da lmina foliar.

    a) Agudo - quando a folha termina em ponta no prolongada; as margens formam ngulo < 90o.b) acuminado - margens marcadamente cncavas. Curva ou longo acuminadas.c) atenuado - margens retilneas ou ligeiramente cncavas, terminam em pice estreito e longo.d) obtuso - margens de retas a convexas que formam ngulo > 90o.e) arredondado - margens formam arco suave na altura do pice.f) mucronado - pice termina em pequena ponta, prolongamento da nervura principal.g) retuso - pice ligeiramente invaginado.h) Emarginado - pice amplamente invaginado. O recorte mais profundo que quando retuso.i) truncado - pice reto que termina abruptamente como se tivesse sido removido.j) outros tipos.

    a) b) c) d)

    e) f) g) h)

    i)

  • 32Semeando o Bioma Cerrado

    BaSeS - referem-se ao ngulo formado pelas margens na poro basal das folhas, fololos ou folilulos; aproximadamente os 25% da lmina foliar prximo ao pecolo. A classificao pode ser simtrica com suas subdivises listadas abaixo ou assimtricas que no so subdivididas.

    a) aGUDa - Margem formando um ngulo menor que 90o.

    a1) - normal - bases com as margens curvas terminam no pecolo sem mudana na direo.a2) - Cuneada - as margens retas formam uma cunha em ngulo < 90o.a3) - decurrente: margens estendem-se em pequeno ngulo ao longo do pecolo.

    a1 a2 a3

    b) obtusa - margens formando um ngulo bem superior a 90o.c) arredondada - margens formam arco suave na altura da base.d) truncada - base reta que termina abruptamente como se tivesse sido cortada.e) cordada - base com margens levemente reentrantes.f) lobada - base com margens profundamente reentrantes, pequena ou largamente arredondada.g) sagitada - com os dois lobos pontiagudos.h) peltada - pecolo inserido no interior da lmina foliar. i) outros.

    c) d) e) f)

  • 33 Guia do observador de rvores no Cerrado

    g) h)

    marGenS - (folha, fololo ou folilulo). A margem pode ser inteira, ou seja, sem recortes, ou ento com diversos padres de recortes.

    a) inteira: contnua ou lisa sem projees acentuadas.b) Lobada - limbo foliar com recortes que no chegam a atingir a metade (1/2) da distncia entre a nervura central e a margem, ou lobuladas quando dotadas de pequenos lobos.

    b1)-Pinatilobada: quando as reentrncias dispem-se ao longo da nervura central.b2)-Palmatilobada: quando as reentrncias dispem-se em torno de um limbo arredondado.

    b1) b2) Sterculia striata (malvaceae)

    c) Fendida - limbo com recortes acentuados ultrapassando a metade da distncia entre a nervura central e a margem.

    c1) Pinatifendida: quando as reentrncias se dispem ao longo da nervura central.c2) Palmatifendida: quando as reentrncias dispem-se em torno de um limbo arredondado.

  • 34Semeando o Bioma Cerrado

    c1) Grevilea banksii (Proteaceae) c2) Caryca papaya (Carycaceae)

    d) Dentada - margem com recortes pontiagudos pouco profundos. Os dentes so perpendiculares (= 90) em relao nervura central da folha. As denticuladas apresentam recortes menores.e) Serreada - margem com recortes pontiagudos pouco profundos. As serras so inclinadas em ngulo < 90 em relao nervura central da folha. As serrilhadas apresentam recortes menores.f) Crenada - os pices dos recortes so arredondados. As crenuladas com recortes so menores.g) erosa - quando os recortes irregulares.h) revoluta - margem enrolada ou dobrada para baixo. Aplica-se s folhas com margens inteiras ou no.i) involuta - margem enrolada ou dobrada para cima. Aplica-se s folhas com margens inteiras ou no.j) Ciliada - com pelos nas margens.

    serreada crenada revoluta ciliadaIlex sp. (Aquifoliaceae) Citrus limonis (rutaceae) Gomidesia sellowiana Terminalia argentea (Combretaceae) (Myrtaceae)

  • 35 Guia do observador de rvores no Cerrado

    Estpulas - pares de pequenas folhas modificadas localizadas na base dos pecolos. Podem ter a funo de proteo das gemas e/ou percepo de variaes no fotoperodo. Podem ser livres ou fundidas parcial ou totalmente ao pecolo, ou fundidas entre si (concrescidas). Sua cor, forma (lanceoladas, triangulares), posio (intrapeciolares ou interpeciolares), tamanho, textura etc. so importantes caracteres no auxlio para a identificao de rvores nas famlias: Araliaceae, Celastraceae, Chrysobalanaceae, Erythroxylace-ae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Salicaceae, Malpighiaceae, Moraceae, Ochnaceae, Rubiaceae, Salicaceae, Sapindaceae e Vochysiaceae. Em muitas espcies as estpulas so caducas e deixam cicatrizes de est-pulas.

    1) intrapeciolares - estpulas da mesma folha fundidas (concrescidas) e localizadas entre o pecolo e o ramo.2) interpeciolares - estpulas de duas folhas opostas, fundidas (concrescidas) e localizadas nas axilas das folhas.estipelas - pequenas lminas que ocorrem na base dos fololos de espcies com folha composta.

    Axilares em folhas alternas Axilares em folhas alternas Axilares em folhas opostas

    estipela interpeciolares somente interpeciolares somente em folhas opostas em folhas opostas

  • 36Semeando o Bioma Cerrado

    textura ou consistncia

    membrancea - fina e semitransparente, assemelha-se a uma membrana.Cartcea - com consistncia de papel, opaca.Coricea - com consistncia de couro, rgida dura e grossa.

    Colorao - caracteriza-se a colorao nas duas faces, superior (adaxial) e inferior (abaxial):concolor - as duas faces com tonalidade semelhante.discolor - as duas faces com tonalidades distintas.

    folhas discolores

    Glndulas (nectrios extraflorais) - clulas ou conjunto de clulas (rgos) que secretam alguma exsu-dao. Geralmente servem para atrair e estabelecer relaes, principalmente com insetos. Podem tambm servir para repelir herbvoros.

    apicais dispostas no pice da lmina foliar.marginais dispostas nas margens inteiras ou recortadas da lmina foliar. Nas margens recortadas podem ser encontradas nos lobos ou nas reentrncias.

    laminares distribudas na lmina foliar.basais na base da lmina foliar.peciolares nos pecolos.na raque raque das folhas compostas.na raquola dispostas na raquola das folhas bipinadas.

    nas nervurasnas axilas das nervuras

  • 37 Guia do observador de rvores no Cerrado

    Domcias - domus = casa, estruturas que alojam animais. Resultantes da coevoluo entre plantas e ani-mais. Podem ser caulinares, peciolares e na lmina foliar ocorrem principalmente na face inferior, nas axilas das nervuras 1as com 2as ou 2as com 3as. Se apresentam, mais frequentemente, na forma de tufos de pelos, criptas (cryptos = escondido) ou bolsas.

    tufos de pelos criptas

    Nervao abaxial e adaxial

    nervura - dutos ou veias de transporte das seivas (bruta e elaborada) nas folhas das plantas. Servem tam-bm para conferir rigidez e sustentao da lmina foliar. Seu arranjo nas folhas exibe padres includos em um sistema de classificao que inclui:

    nervura central (primria, principal ou mediana) - aquela que divide a folha em duas partes (simtri-cas ou no). As folhas podem ocorrer com uma ou mais nervuras primrias.nervuras secundrias - originam-se na nervura primria. Podem terminar nas margens (craspe-ddroma) ou antes das margens (campddroma). Podem ser retas, mais ou menos paralelas, ou arqueadas.nervuras intersecundrias - originam-se na nervura primria, entre duas secundrias. Podem ser mais curtas ou atingir as margens e geralmente so menos proeminentes que as secundrias.nervuras tercirias - originam-se nas nervuras secundrias.nervao pinada - com uma nica nervura primria (principal, mediana ou central) da qual se origi-nam as nervuras secundrias.nervuras marginais - a margem da folha uma nervura.nervuras submarginais (coletoras) - nervuras paralelas s margens, geralmente formadas pelas se-cundrias que no chegam s margens da folha se curvam para cima e se conectam com a prxi-ma nervura marginal (broquiddroma). o tipo mais comum dentre as espcies tratadas nesse livro.nervuras quaternrias - e de nveis superiores necessitam de lupa para serem observadas. Geral-mente com aspecto reticulado.

  • 38Semeando o Bioma Cerrado

    tipos principais: salientes - onde se colocam acima da superfcie das folhas; impressas, ou sulcadas - onde se colocam abaixo da superfcie das folhas e formam um sulco; imersas - onde no se apresentam salientes ou impressas e sim inseridas na espessura da folha.

    Salientes impressas

    Salientes e imersas Salientes e imersas

  • 39 Guia do observador de rvores no Cerrado

    Venao oU nerVao - distribuio das nervuras no limbo da folha ou fololo.tipos1) PinaDaS: com uma nervura principal da qual partem as secundrias.1.1) Craspeddroma: com as nervuras 2as nas margens.

    a) - Simples: todas as nervuras 2as e suas ramificaes terminam nas margens. (Fig. 41)b) - Semicraspeddroma: as nervuras 2as se ramificam e uma destas termina namargem. (Fig. 42)c) - mista: algumas nervuras 2as terminam na margem e outras no. (Fig. 43)

    a) simples b) semicraspeddroma c) mista

    1.2) Campiddroma: as nervuras 2as no terminam nas margens.

    a-Broquiddroma: as nervuras 2as antes de alcanarem as margens se curvam ese juntam umas s outras. (Fig. 46)b-Eucampiddroma: as nervuras 2as antes de atingirem as margens, curvam-se no sentido do pice, podem at se ramificar mas no atingem as margens. (Fig. 47)c-Reticuldroma: as nervuras 2as perdem a sua caracterizao e formam reticulados de nervuras de vrias ordens. (Fig. 48)d-Claddroma: as nervuras 2as ramificam-se livremente nas proximidades das margens. (Fig. 49)

    a) broquiddroma b) eucampddroma c) reticuldroma d) claddroma

  • 40Semeando o Bioma Cerrado

    2) Com duas ou mais nervuras principais.

    2.1) Paraleldroma: duas ou mais nervuras 1as paralelas partem da base para o pice. (Fig. 45)

    Paraleldroma

    2.2) Campildroma: as nervuras 1as se curvam rumo s margens e ento se dirigem para o pice. Mantm o paralelismo com as margens. As nervuras 2as so pouco visveis. (Fig. 58)

    Campildroma

    2.3) - Actindroma: trs ou mais nervuras primrias partem de ponto comum edivergem rumo s margens. (Fig. 50, 51, 52, 53, 54, 55 e 56)

    desenvolvimento:Perfeito: as nervuras principais atingem mais de 2/3 da distncia base-pice.

    Marginal: as nervuras principais atingem as margens (Fig. 50 e 51).Reticulada: as nervuras principais se ramificam antes de atingir as margens (Fig. 52 e 53)

  • 41 Guia do observador de rvores no Cerrado

    Marginal reticulada-supra-basal reticulada-basal

    imperfeito: as nervuras principais atingem menos de 2/3 da distncia base-pice. (Fig. 54, 55 e 56)Marginal: as nervuras principais atingem as margens (Fig. 54).Reticulada: as nervuras principais se ramificam antes de atingir as margens (Fig. 55)Flabelada: as nervuras principais se distribuem entre os lobos da folha. (Fig. 56)

    Posio:Basal: as nervuras principais se originam nas bases das folhas. (Fig. 50 e 52)Supra-basal: as nervuras principais se originam acima da base. (Fig. 51 e 53)

    2.4) Palinactindroma: as nervuras primrias podem ter um ou mais pontos de divergncia acima do ponto comum. (Fig. 57)

    2.5) - Acrdroma: duas ou mais nervuras primrias ou secundrias bemdesenvolvidas formam arcos que convergentes rumo ao pice da folha. (Fig. 41)

    desenvolvimento:Perfeito: as nervuras principais atingem mais de 2/3 da distncia base-pice. (Fig. 59, 60)imperfeito: as nervuras principais atingem menos de 2/3 dessa distncia. (Fig. 61, 62)

    Basais Suprabasais

  • 42Semeando o Bioma Cerrado

    Posio:Basal: as nervuras principais se originam nas bases das folhas. (Fig. 59)Supra-basal: as nervuras principais se originam acima da base. (Fig. 60)

    Adaptado de - Hickley, L. J.; 1973. Classification of the architeture of dicotyledoneus leaves. Amer. J. Bot. 60(1): 17 33.

  • 43 Guia do observador de rvores no Cerrado

    liTErATurA

    Gonalves, E. G. Morfologia vegetal. Organografia e dicionrio ilustrado de morfologia de plan-tas vasculares. Nova Odessa, SP. Ed. Plantarum. 416p.

    Heywood, V. H. 1985. Las plantas con flores. Barcelona, Editorial Revert. 332p.Hickley, L. J. 1973. Classification of the architeture of dicotyledoneus leaves. Amer. J. Bot.

    60(1): 17 33.Marchiori, J. N. C.,1996. Elementos de Dendrologia. Santa Maria. UFSM. 158p.Marchiori, J. N. C.,1996. Dendrologia das gimnospermas. Santa Maria. UFSM.Marchiori, J. N. C. 1997. Dendrologia das angiospermas: Leguminosas. Santa Maria. Ed. UFSM.

    199p.Marchiori, J. N. C. 1997. Dendrologia das angiospermas: das Magnoliceas s Flacourticeas.

    Santa Maria. Ed. UFSM. 271p.Marchiori, J. N. C. 1997. Dendrologia das angiospermas: Myrtales. Santa Maria. Ed.Pinheiro, A. L. & Almeida, E., 1994. Fundamentos de taxonomia e dendrologia tropical.Viosa,

    UFV. v. 1. 72p.Pinheiro, A. L. & Almeida, E., 2000. Fundamentos de taxonomia e dendrologia tropical. Viosa,

    UFV. v. 2. 188p.Ribeiro, J. E. L. S. et.al. 1999. Flora da Reserva Ducke. Manaus, iNPA. 798p.Ribeiro, J.F; Walter, B.M.T. Fitofisionomias do Bioma Cerrado. In: Sano, S.M.; Almeida, S.P.

    (Ed.). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: Embrapa Cerrado, 1998, p. 89-166.Silva Jnior, M. C. et al. 2005. 100 rvores do cerrado - Guia de Campo. Braslia, Rede de Se-

    mentes do Cerrado. 278p.Silva Jnior, M. C. Pereira. B. A. S. 2009. + 100 rvores do cerrado Matas de Galeria - Guia de

    Campo. Braslia, Rede de Sementes do Cerrado. 280p.Silva Jnior, M. C. Lima, R. M. C. 2010. 100 rvores urbanas - Braslia - Guia de Campo. Bras-

    lia, Rede de Sementes do Cerrado. 292p.Sousa, V. C; Lorenzi, H. Botnica sistemtica. Guia ilustrado para a identificao das famlias

    de Angiospermas da flora brasileira baseado em APG II. Nova Odessa, SP. Ed. Plantarum. 640p.

  • 44Semeando o Bioma Cerrado

    EngEnharia FlorEstal - DEnDrologia - Ficha DEnDrolgica

    Nome Cientfico __________________________________________________________ Data ___/___/___

    Famlia _____________________________ Nome PoPular ____________________________________

    Caracterizao do Fuste - ( ) Crescimento Monopodial ( ) Crescimento Simpodial( ) Reto ( ) Abaulado ( ) Tortuoso ( )Protuberncias ( ) Sapopemas ( ) Base Cilndrica ( ) Base Achatada ( ) Base acanalada

    Caracterizao do Ritidoma ou CascaCor do ritidoma ________________________________________________________________________________________1 - ( ) ritidoma liso2 - ( ) ritidoma rugoso ( ) cicatrizes foliares ( ) cicatrizes de galhos ( ) rugosidades3 - ( ) ritidoma spero ( ) com acleos ( ) com espinhos ( ) lenticelados4 - ( ) ritidoma com placas lenhosas5 - ( ) ritidoma escamoso6 - ( ) com depresses7 - ( ) ritidoma laminado ( ) lminas papirceas ( ) lminas coriceas8 - ( ) ritidoma reticulado 9 - ( ) ritidoma fissurado ( ) fissuras contnuas ( ) fissuras descontnuas ( ) sinuosas10 - ( ) ritidoma fendido11 - ( ) ritidoma estriado

    Caracterizao da Copa e dos Ramos Terminaiscopa - globosa ( ) cnica ( ) leque ( ) irregular ( ) pendente ( ) colunar ( ) taa ( ) umbelada ( ) - cor:____________________________________________________________________________________________ramos - pilosos ( ) glabros ( ) / lenticelados ( ) / esfoliantes / cicatrizes de folhas ( ) - cor:____________________________________________________________________________________________

    Caracterizao da Folha

    ComPosio (folha)1 - ( ) folha SimpleS2 - ( ) folhaS CompoStaS 2a - ( ) DigitaDaS No De fololoS:__________ 2b - ( ) bifoliolaDaS 2C - ( ) trifoliolaDaS 2D - ( ) piNaDaS ( ) pari- ( ) impari-/ fololoS:_____________________________ DiSpoSio:________________2e - ( ) bipiNaDaS ( ) pari- ( ) impari-/ fololoS:__ foliluloS:________________ DiSpoSio:_____/_____2f - ( ) tripiNaDaS ( ) pari- ( ) impari-/ fololoS:__ foliluloS:___ foliluloS:__ DiSpoSio:___/___/___

    exsudao: ( ) leitoSa ( ) hialiNa ( ) abuNDaNte ( ) eSCaSSa ( ) auSeNte obS. _______________ComPrimeNto (C) (Cm) _____________ largura (l) (Cm) _______________ relao C/l ________________________

  • 45 Guia do observador de rvores no Cerrado

    Forma (folha/fololo/folilulo) (relao ComprimeNto / largura)( ) elPiCa: ( ) orbiCular (1/1) ( ) SuborbiCular (1,2/1) ( ) largo-elptiCa (1,5/1) ( ) elptiCa (2/1) ( ) eStreito-elptiCa (3/1) ( ) muito-eStreito-elptiCa (6/1) Obs. __________________________________________( )obloNga: ( ) largo-obloNga (1,5/1) ( ) obloNga (2/1) ( ) liNear (10/1) ( ) eStreito-obloNga (3/1) ( ) muito-largo-obloNga (1,2/1 ou meNoS) Obs. _________________________________________________________( ) obovada: ( ) muito-largo-obovaDa (1/1) ( ) largo-obovaDa (1,2/1) ( ) oblaNCeolaDa (3/1) ( ) eStreito-obovaDa (2/1) ( ) eStreito-oblaNCeolaDa (6/1 ou maiS) Obs.____________________________________( ) ovada: ( ) muito-largo-ovaDa (1/1) ( ) largo-ovaDa ( ) ovaDa (1,5/1) ( ) eStreito-ovaDa (2/1) ( ) laNCeolaDa (3/1) obS.__________________________________________________________________________odores: _______________________________________________________________________________________________Filotaxia (folha)1 - ( ) folhaS alterNaS ( ) eSpiralaDaS ( ) DStiCaS obS. ____________________________2 - ( ) folhaS opoStaS ( ) CruzaDaS ( ) DStiCaS obS. __________________________3 - ( ) folhaS vertiCilaDaS No De folhaS por vertiCilo______________

    Pilosidade (folha/fololoS/foliluloS)( ) Pilosas ( ) adaxial ( ) abaxial Obs. ________________________________________________________( ) spero ( ) Veluitno ( ) Pulverulento Obs. ___________________________________________________( ) Glabras Obs. _____________________________________________________________________________________Pecolos (folha) ( ) Peciolada:_________cm ( ) pulvino ( ) pice ( ) base ( ) folha sssilPecilulos (fololos) ( ) Peciolulada:______________cm ( ) pulvnolo ( ) fololos ssseis (folilulos) ( ) Peciolulada: ______________cm ( ) pulvnolo ( ) folilulos ssseisraque (folhas compostas) ( ) cilndrica ( ) alada ( ) acanalada Obs. _________________________________________________________________________________________Margens: ( ) inteiras ( ) ciliadas ( ) crenadas ( ) crenuladas ( ) dentadas ( ) denticuladas( ) lobadas ( ) pinado-lobadas ( ) lobuladas ( ) palmadas ( ) serreadas ( ) serrilhada( ) sinuadas ( ) onduladas ( ) involutas ( ) revolutas. Obs. _____________________________________

    pices: ( ) acuminados ( ) agudos ( ) arredondados ( ) atenuados ( ) emarginados ( ) mucronados ( ) obtusos ( ) retusos ( ) truncados. Obs._______________________________________

    Bases: ( ) agudas ( ) arredondadas ( ) cordadas ( ) cuneadas ( ) decurrentes ( ) lobadas ( ) obtusas ( ) sagitadas ( ) truncadas ( ) assimtricas. Obs.__________________________

    Estpulas: (folha) ( ) interpeciolares ( ) intrapeciolares - axilares Obs. _________________________________

    Textura: ( ) coricea ( ) cartcea ( ) membrancea Obs. ________________________________________

    Colorao: ( ) concolor ( ) discolor Cor : __________/_______________

    Glndulas: ( ) laminares ( ) peciolares ( ) marginais ( ) basais ( ) apicais ( ) raque ( ) raquola ( ) nas nervuras ( ) nas axilas das nervuras Obs. _____________________________________

  • 46Semeando o Bioma Cerrado

    domcias: posio:__________________________ Criptas: posio:____________________________________________________

    Nervao adaxial: ( ) salientes ( ) 1a ( ) 2a ( ) 3a Obs.__________________________ ( ) impressas ou sulcadas ( ) 1a ( ) 2a ( ) 3a Obs.___________________________ ( ) imersas ( ) 1a ( ) 2a ( ) 3a obs.___________________________

    Nervao abaxial: ( ) salientes ( ) 1a ( ) 2a ( ) 3a Obs.________________________ ( ) impressas ou sulcadas ( ) 1a ( ) 2a ( ) 3a Obs._________________________ ( ) imersas ( ) 1a ( ) 2a ( ) 3a .obS._________________________

    tiPos:1 - ( ) PiNada CamPddroma - 1a - broquiDDroma ( ) 1b euCampDDroma ( ) 1c - retiCulDroma( ) 1d - ClaDDroma ( )2 - ( ) PiNada CrasPeddroma - 2a - SimpleS( ) 2b - SemiCraSpeDDroma( ) 2C - miSta ( )3 - ( ) Nervao aCrdroma - ( ) 3a - baSal ( ) perfeita ( ) imperfeita ( ) 3b SuprabaSal ( ) perfeita ( ) imperfeita4 - ( ) aCtiNdroma obS. ________________________________________________________________________________5 - ( ) Paraleldroma obS. _____________________________________________________________________________6 - ( ) CamPildroma obS.______________________________________________________________________________7 - ( ) PaliNaCtiNdroma obS. ___________________________________________________________________________

    n de pares de nervuras secundrias: ___________________________________________________________________

    observaes ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

  • 47 Guia do observador de rvores no Cerrado

    ChAvEs DENDrolGiCAs

    As chaves dendrolgicas foram elaboradas principalmente para a identificao de material vivo no campo. Sua elaborao incluiu caracteres simples e de fcil visualizao, apesar do seu carter subjetivo e pes-soal (Pinheiro & Almeida 2000). As chaves dendrolgicas apresentadas so dicotmicas e, sempre que possvel, incluem caracteres registrados nas imagens. A forma dicotmica oferece ao usurio, em cada item, duas alternativas opostas. Cada alternativa remete o usurio a um novo item que contm duas outras alternativas opostas. Desta forma, percorrendo a chave, o usurio segue confirmando ou no a presena dos caracteres, e chega ao item final que sugere a identidade da espcie em observao. A confirmao dessa identidade pode, ento, ser feita mediante consulta descrio dendrolgica e fotos representativas de cada rvore.

    Exemplo:

    1. a - ritidoma sem fissuras ............................................................................................ 2 b - ritidoma com fissuras ........................................................................................... 32. a - margens inteiras ................................................................................................. 12 b - margens serreadas; pecolos longos e folhas pendentes (Foto 8.4) ..................................................................................................................................... Plenckia populnea

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