Guia do viajante aereo

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1 Las casas & Topper

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Las casas & Topper

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GUIA DO VIAJANTEAÉREO

2008

Guilherme Topper e Thiago Las Casas

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Índice

Escolhendo o destino1 10

Data da Viagem2 17

Verificando documentação3 26

Fazer a reserva4 37

Escolhendo a companhia aérea5 63

Comprando a passagem6 81

Um mês antes de partir7 88

Uma semana antes8 104

Dia da viagem9 116

Introdução 06

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Embarque doméstico11 139

Atrasos e cancelamentos12 150

No avião13 159

Em conexão14 182

Na chegada15 194

Adaptação ao destino16 202

Dia do retorno17 206

Mala perdida18 212

Problemas no check-in19 218

Códigos da aviação civíl20 229

No check-in10 125

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Direitos do consumidor22 234

Organizações da aviação civíl no mundo

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Curiosidades23 236

Traduções24 240

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Viagens foram feitas para serem aproveitadas. Feitas para trazerem conhe-cimento e sabedoria. Para proporcionarem momentos eternos de alegria e recorda-ções. Para te assoprarem bons negócios e crescimento na carreira. Para tirarem a distância que possa te impossibilitar de conviver todo dia com pessoas que ama. Com tudo que escrevemos a seguir, que-remos garantir que a paz e a tranqüilida-de também reinem nos momentos em que estiver em aeroportos e aviões, cruzando os céus do Brasil e do mundo para chegar aonde quer ir. As empresas aéreas têm operações extremamente complexas, integradas por redes mundiais e funcionando todos os minutos do ano, em todo o mundo. Nós, clientes, nos vimos obrigados a compre-ender esta complexidade ou observar, atô-nitos, toda vez que algo dá errado e não entendemos o porquê. Não é uma tarefa simples, tampou-co fácil lembrar de todos os detalhes de

Introdução

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uma viagem de avião antes de estarmos no aeroporto, prontos para decolar, lidando com todas as emoções que uma viagem pode gerar e sem saber quais as opções que temos e como resolver problemas que de repente surgem. Para piorar, não bastasse tamanha complexidade, o setor é extremamente dinâmico. Regras deixam de ser regras e permissões e exceções são abolidas da noite para o dia. E mudanças ocorrem qua-se diariamente! A menos que trabalhe com isso, é virtual-mente impossível se manter atualizado em todos os detalhes. Para se ter uma idéia, enquanto fazíamos a pesquisa sobre a franquia de bagagem, houve mudanças no mundo duas vezes em um único mês. Enfim, este guia prático busca serinformativo, divertido, e o seu melhor auxí-lio para lembrar de todos os detalhes para uma viagem tranqüila e enriquecedora, in-dependente do motivo que o leva a viajar. E mais importante ainda: ser uma fonte de inspiraçãoparaviajaraindamais,afinal,ojogo é bem mais divertido quando se co-nhece as regras.

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Devemos acrescentar que nosso maiordesafioaoescreverfoijustamentealinguagem. Qual linguagem seria a ideal? Devemos ser didáticos? Devemos usar lin-guagemjovem?Culta?Enfim,decidimospor jornalística. Casual, descomprometida, acessível,divertidaedefácilleitura.Afinal,é um guia prático. Nosso objetivo é que você o carregue em suas viagens, e tenha acesso rápido a questões que possam promover seu bem-estar, ou minimize qualquer estresse que possa ter (tomara que nunca tenha). E que tenha uma ótima viagem!

guilherme topper e thiago las casas

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Agradecemos a Antônio José Novaes, Fernanda Lima, Fre-derico Novaes, Liane Boe-mer de Mesquita e Ana Isabel Azevedo pela dedicação e paciência ao prestarem suas opiniões à respeito do livro.

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Escrever sobre a escolha de um destino não é o tema principal deste guia prático. Mas, uma boa viagem depende da escolha perfeita do destino certo. Por esta razão, decidimos dedicar uma atenção ao assuntoeprovidenciardicasbásicas.Afi-nal, nosso foco é o bem-estar – a viagem aérea bem sucedida. Vamos então passar rapidamente sobre alguns aspectos indispensáveis na escolha do destino, que vão além da bele-za do lugar ou de sua vontade de conhe-cer um país. Trata-se de fatores esqueci-dos na hora de escolher, que em alguns casos, esquecer estes detalhes provocam decepção, quando deveria ser diversão ou trabalho.

Clima

Já pensou em conhecer as mara-vilhas caribenhas? Mar azul, transparente - único e especial! Talvez mergulhar nas

Escolhendo o destino1

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águas de Cancun, com visibilidade de mer-gulho de 50 metros, uma das maiores do mundo. Mas, que tal fazer isso na época errada e passar vários dias de medo, se escondendo e fugindo dos furacões? Pois esse é um pesadelo que você vai querer evitar. Durante dois meses do ano ocorre a temporada dos furacões no Caribe. Por coincidência, durante esta épo-ca os preços dos pacotes turísticos são reduzidos para atrair os desavisados e melhorar a ocupação dos hotéis e vôos. Portanto, olho aberto! O mesmo ocorre naquela maravi-lhosa visita ao Taj Mahal, a peregrinação para conhecer o Sai Baba Hindu. Viajar para a Índia é uma experiência fabulosa para alguns e chocantes para outros. Mas, experimente fazer o passeio na época das monções, e sua viagem penderá muito para o lado ruim. As monções, que estudamos nas aulas de geografia, são um período degrandes chuvas. A umidade vinda do ocea-noÍndicoficaretida,represada,sempoderatravessar os colossais Montes do Hima-

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laia. É um chuveiro ligado sobre sua cabe-ça, por dois meses. Nada agradável. QuetalvisitaroCanadá?Asenormesflo-restas, as cidades-modelo? Um país se-dutor, com seus dois idiomas nativos e enorme extensão de terra virgem e deso-cupada. A região dos grandes lagos, e as esplêndidas cataratas do Niagara, fonte da lendária“quedadebarril”cinematográfica.Mas, fazer isso durante o inverno rigoroso é pedir uma aventura radical. As cataratas enormes estarão congeladas, assim como os lagos. A temperatura comum é de -30ºc, algo absurdamente frio para nós tupini-quins. Muitas histórias assustadoras ilus-tram a intensidade do frio canadense. Uma comissária da Varig, no início dos vôos ao país, lavou os cabelos e saiu para passear, sem secá-los. Algum tempo depois teve de voltar pelo frio insuportável e perceber que seus cabelos “já eram”, congelados e que-brados. Então, fique de olho no clima dodestino que pretende visitar antes de ir, mesmo que os preços estejam bem mais atraentes nestes períodos desfavoráveis

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ao turismo. Isto induz alguns de nós a cair nocontodovigárioefilmarnossaprópriaversão de Férias Frustradas.

Hemisférios e as estações do ano.

Um fato sabido por muitos, mas es-quecido nas horas importantes é a época do ano. Ir durante o verão brasileiro para a Inglaterra, achando que estará salvo do frio do inverno, é o segredo para conseguir o oposto. Lembre-se que as estações do ano são invertidas nos hemisférios Sul e Nor-te. Nosso verão é o inverno inglês. Esse é mais um dos motivos da facilidade com que algumas pessoas caem no conto do preço mais barato. Conhecer os países nórdicos durante as férias de verão é pedir para congelar o traseiro. Falando dos nórdicos, se você tem o sonho de conhecer os países escandi-navos, onde populam loiras e loiros, tome ainda mais cuidado para não se dar mal. Lá o sol se põe às 16 horas em certas épocas do ano, e quanto mais próximo do pólo, a noite (ou o dia) podem durar seis meses

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inteiros!

Festas populares

Conhecer um país durante festivais pode ser uma experiência dúbia. As festas populares podem ser únicas, cheias de gente e euforia. Um prato cheio para curti-ção e azaração. Ir a Blumenau durante a “Oktober-fest” é um evento e tanto. Mas se você não bebe e vai para conhecer a arquitetura germânica, bom, talvez esteja no momento errado por lá. Quem já esteve em Cannes e Nice, na França, pode dizer que viu um dos mais belos lugares do Mediterrâneo! Mas ir por lá na época do festival de cinema é um tanto quanto enervante! Grupos de tietes gritando nas portas de hotel, atores provo-cando arrastões. Muita gente pelas ruas. Pode até passar pelo constrangimento de ser confundido com alguém famoso. Mas, se o seu objetivo é tirar cas-quinha dos famosos, a escolha é campeã. Portanto, pense bem se o motivo da via-

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gem é realmente conhecer o lugar, ou o festival. Se o objetivo for o lugar, melhor fugir correndo de festivais e eventos de re-nome, pois os preços batem no teto e o estresse pode sair de controle. Promoções de companhias aéreas e baixa temporada.

Vale a pena viajar de momento. Pro-moções do tipo ida-e-volta por quase nada, são o convite para aventura. Sim, exige es-pírito de aventura. Mas, pegar a mochila paracurtirumfinaldesemanaemalgumcanto do país, é muito especial! Boas re-cordações surgem destas experiências inesperadas. Então, aproveite o impulso do preço mais barato, e viva uma aventura definaldesemana. Já nos vôos internacionais, a coisa muda de figura, e com razão!A burocra-cia fala mais alto e todo cuidado deve ser tomado para não passar por apertos. Um conselho, porém, é buscar por datas quan-do os aviões costumam estar vazios e os preços melhores. Exemplo é a noite de na-tal ou de ano novo. Quem quer fazer con-

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tagem regressiva da virada com estranhos no avião, certo? Oalertaquefizemossobrepreçoseépocas ruins de viagem pode às vezes ser interessante, se você não tiver outra for-ma de conseguir “patrocinar” seu passeio. Viagens na baixa temporada são sempre uma opção, não precisa ser na época de furacões, mas pode ser no meio termo. O fato é que na alta temporada os preços são restritivos para o viajante que quer econo-mizar.

Outros meios de transporte

É importante, ou melhor, muito im-portante você planejar bem sua viagem caso utilize também outros meios de trans-porteparachegaraodestinofinal.Sevocêpretende pegar um navio, um trem ou um ônibus após o desembarque do vôo, nun-ca escolha horários apertados, com pouca margem de erro. Escolha horários que o permita ter folga para realizar todos os pro-cedimentos nos aeroportos e contar com possíveis atrasos nos vôos.

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Dias críticos

Escolher a data de viagem: uma eta-pa indispensável para qualquer viajante. Mas, é comum ao viajante de primeira via-gem não considerar importante a escolha da data. Escolhe apenas de acordo com a vontade; “ah, quero chegar lá na sexta à noite!”. Mas a escolha da data, na verda-de, pode ser a diferença entre uma viagem calma ou uma viagem de estresse. A causa dessa diferença está no “congestionamen-to”. Os congestionamentos dos vôos podem ser causados por vários motivos, na maioria dos casos os principais pontos a serem levados em conta são; o dia da semana, horários do rush do aeroporto, fe-riados, época do ano, feiras, convenções ou eventos de porte. Os mais relevantes, pois sempre de-vem ser considerados, são os “dias-chave” da semana e os “horários do rush”, quando

Data da viagem2

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o trânsito de passageiros pelos aeroportos pode dobrar em comparação com outros dias e horários. Nos vôos domésticos os dias con-gestionados são fáceis de perceber, pois são bastante lógicos. Imagine que os exe-cutivos fazem suas malinhas e pegam seus laptops e saem logo pela manhã de segun-da para pegar seus aviões, e como seria de se esperar, na sexta à noite, retornam para casa. É nestes horários, de segunda e sexta, que o aeroporto está sempre com passageiros de sobra circulando. Costuma ser o dia do estresse também para quem trabalha no aeroporto. Aos domingos à noite e sábados pelamanhã,tambémpodemosverumflu-xo maior de pessoas. Tanto de executivos evitando o exagero de segunda e sexta, quanto turistas voltando ao trabalho, ou aproveitandoofinaldesemana. Nos vôos internacionais, é bom evitar os mesmos dias da semana, acres-centando quinta à noite, data eleita pelos executivos em retorno a seus países de origem.

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Os executivos internacionais costu-mam escolher quintas à noite para data de retorno, para poder trabalhar em suas ma-trizes na sexta e apresentar seus relatórios de trabalho realizado durante a semana, a seus superiores. Então, tenha em mente ao escolher de sua data de viagem, evitar os dias críti-cos da semana, em especial nos horários de rush. Busque se informar sobre a lota-ção dos vôos para data escolhida. Veja se há um movimento incomum ou qual dia da semana costuma estar mais cheio. Uma simples pergunta pode sanar estas dúvidas e evitar complicações no dia da viagem. Nas datas de maior movimento, é comum passageiro “sobrando”. O famoso “overbooking” que tanto assombra as man-chetes dos jornais sem assunto. Na verda-de o dito overbooking não é nada de outro mundo, um monstro que vai devorar sua viagem ou coisa do tipo. De fato é bem fácil evitar ser vítima da “sobra”. A primeira coisa é escolher com critério a data de viagem. Pensar bem se é necessário enfrentar os aeroportos nos

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dias críticos. Buscar evitar as segundas pela manhã e sextas à noite a todo custo. Se for à segunda ou sexta, tente ir à tar-de. Óbvio, nem sempre é possível evitar os aeroportos em momentos críticos. Nes-tes casos, ainda podemos evitar “sobrar”. Basta chegar mais cedo. O mais cedo pos-sível. Chegar duas horas antes, em vôos domésticos, é infalível. Os que sobram no overbooking são os “retardatários”, che-gando muito em cima da hora do vôo. Nos vôos internacionais, chegar quatro horas antes também é infalível. É chegar o quanto antes ao aero-porto, e ir direto ao check-in. A chance de haver problemas com estas precauções simples, é mínima! Contratempos? Sem-pre há casos imprevisíveis, a exemplo de cancelamento do vôo e fechamento de ae-roportos, que veremos mais adiante.

Overbooking

Sim. Este é o motivo para os maio-res ataques de fúria nos aeroportos. Não é para menos! Você planeja sua viagem,

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faz a reserva, compra a passagem, pega dinheiro no banco, prepara as malas, pede pro primo te levar ao aeroporto, já conse-gue sentir o clima de estar no destino, e vem um sujeito e te diz que talvez você não vá? As companhias aéreas têm per-missão dos órgãos que regulamentam a aviação civil, em todo o mundo, para fazer mais reservas naquele vôo que o número de assentos disponíveis no avião. E, em escala menor, vender mais passagens que o número de assentos do vôo. A razão para isso são os passageiros que fazem reser-vas, ou mesmo compram passagens, e não aparecem no aeroporto para embarcar (o termo usado na aviação para os passa-geiros que não aparecem para embarque é no show). As companhias aéreas buscam sempre 100% de ocupação em todos os seus vôos. E podemos dizer que 95% dos vôos em overbooking não costumam apre-sentar problemas, pois os passageiros que estavam “sobrando” são compensados por aqueles que não vieram ao aeroporto, e re-cebem seus assentos para embarque.

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Os “ataques de fúria” costumam ocorrer em 5% dos vôos que todos os pas-sageiros do vôo estão no aeroporto. Sim-plesmente, falta lugar. Não há viagem de avião com gente em pé, no corredor! Vere-mos mais adiante o que fazer, e o que es-perar da empresa aérea, nesta situação.

Feriados, Época do ano, Feiras, Even-tos e Convenções

Viajar em feriados, ou “feriadões” exige cuidado especial. Pense nas estra-das para a praia no início e volta de feriado. Os aeroportos sofrem do mesmo proble-ma. Todo mundo querendo viajar no mes-mo dia para curtir ao máximo os poucos dias de folga.O primeiro cuidado para escolher viajar de avião no feriado é a compra da passa-gem com antecedência. No ano novo, por exemplo, para conseguir preços acessí-veis, a compra da passagem deve ser com seis meses de antecedência para conse-guir lugar. Em feriados menos importantes, podemos comprar de três a dois meses

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de antecedência. Esperar mais é abusar da sorte e do bolso. Quanto mais perto da data pretendida, maior o valor da tarifa e menor a chance de encontrar lugar, como veremos melhor no Capítulo 4. Por exemplo, se a compra da pas-sagem dois meses antes sai por um valor, na véspera do feriado a mesma tarifa facil-mente dobra. E ainda assim, se tiver sorte de achar passagem. Uma semana antes do feriado é bem possível não encontrar disponibilidade de lugar. Mas, feriados nem sempre são as únicas datas para se preocupar. Festi-vais como o de Cinema de Gramado ou a Festa do Boi Bumbá em Parintins exigem o cuidado da compra com antecedência. Em Parintins, por exemplo o cuidado deve ser ainda maior, pois não há alternativas de transporte. Perder a chance é perder o passeio. A compra deve ser feita de dois a três meses de antecedência, como em feriados. A soma de feriado e festival, como o carnaval no Rio, é o prato cheio para ter problemas com a viagem. É indispensável planejar o passeio nestes casos. Não fazer

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a compra com antecedência simplesmente impossibilita o passeio.Se você planeja ir a um simpósio profis-sional, ou algo do gênero, recomendamos também um cuidado maior. É comum a compra da passagem na última hora, pois não se espera a falta de lugar, mas muitas vezes são centenas de pessoas fazendo a mesma coisa. As empresas não prevêem deman-da extra de jogos de futebol relevantes, corridas ou encontros políticos, tornando maior o risco da falta de lugar para os “re-tardatários”. Eventos mundiais, a exemplo de Olimpíadas, Copas mundiais esportivas, congressos da ONU, etc. exigem a mesma atenção, mas normalmente as empresas aumentam a disponibilidade de vôos, em-bora ainda haja riscos com falta de dispo-nibilidade de lugar e valor de tarifas. Outro período que requer atenção são a alta e baixa estações turísticas, nor-malmente relacionada a estação do ano. É comum o viajante a negócios, acostumado aos vôos, esquecer deste detalhe. Comprar a passagem para o Rio Grande do Sul, por exemplo, durante o ano, não

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requer cuidados extras, mas durante o in-verno, a alta estação turística, os preços sobem e a disponibilidade diminui, exigindo maior antecedência na compra de bilhetes aéreos. O mesmo se aplica a cidades lito-râneas no verão.

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A menos que você pretenda visitar os países vizinhos de nuestros hermanos, que graças ao Mercosul e aos acordos in-ternacionais basta levar seu RG com as-sinatura de criança, foto irreconhecível e bordas rasgadas, na maioria das viagens internacionais você precisará mesmo do seu passaporte. Passaporte é um documento pesso-al e intransferível. Emitido pela autoridade de um Estado para permitir o trânsito de seus cidadãos por países onde são manti-das relações diplomáticas. Possui caracte-rísticasdesegurançaqueprevinemfalsifi-cação e fraude e é o principal documento do viajante aéreo. Sozinho ele pode não ser suficiente,mas ele é válido emqual-quer lugar do mundo, ou ao menos com quem o Brasil tem relações diplomáticas. No Brasil, o passaporte é emitido pela Polícia Federal. Vale a pena consultar qual o posto emissor de passaporte mais perto de você. Uma boa fonte para a pes-quisa é www.dpf.gov.br/passaporte. Neste

Verificando documentação3

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site você também terá acesso a todos os requisitos e documentos necessários para a emissão. Por ser um documento internacio-nal, todo passaporte, de qualquer lugar do mundo, tem prazo de validade. O passa-porte brasileiro é válido por 5 anos. En-tão, é vital que você verifique a validadeao iniciar o planejamento da viagem. Você não tem idéia de quantas pessoas felizes e contentes, que estão prontas para viajar, têm suas férias interrompidas no aeroporto porque o passaporte está expirado. Ou, ainda pior, passam reto ao avião, porque ninguém viu, e só descobrem que o documento não está válido quando che-gam ao destino. E aí, não tem choro nem vela, é deportação imediata. E dispensa comentar o tempo e dinheiro perdidos, além da frustração de passar por uma ex-periência destas. Caso você tenha parentes nascidos no exterior, e boa parte de nós tupiniquins tem, é possível que você consiga naciona-lidade do país de onde vieram seus paren-tes. Quase sempre o benefício é dado, no máximo, a quem tinha avós nascidos no

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exterior. Mas se você, por exemplo, tem uma avó italiana, vale a pena contatar a embaixada italiana no Brasil e tentar obter a segunda nacionalidade. Ao ter a dupla cidadania, neste caso, ser brasileiro e “italiano”, você terá autori-zação da Itália para emitir passaporte ita-liano. E te garantimos uma coisa: possuir nacionalidade de países do 1º mundo faci-lita muito as coisas em imigrações mundo afora e diminui bastante a chance de preci-sar tirar um “visto” ou ser deportado. Uma curiosidade: alguns países possuem regras para a adoção de nomes próprios. No Japão, apenas podem ser re-gistrados cidadãos com nomes tradicional-mente japoneses. Portanto, uma brasileira que obtenha dupla nacionalidade japone-sa, chamada Letícia, terá que mudar seu nome no registro japonês, para Yoko ou Massae. Ok, agora que já possui um passa-porte em mãos, talvez até dois, é hora de explicar porque escrevemos, no início do capítulo, que sozinho ele pode não ser su-ficiente. A razão para isso é quemuitospaíses do mundo solicitam mais um docu-

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mento para permitir a entrada do visitante. E os motivos para isso são inúmeros, mas tem sua natureza nas relações diplomáti-cas entre países. Este documento solicitado em di-versos países é o visto. O visto é um do-cumentoquecertificaaopaísvisitadoquepessoas de sua confiança previamente“qualificaram”e“liberaram”ovisitanteparaviajar àquele país. Isto pode parecer “frio”, mas que a verdade seja dita em todos os momentos! O visto de entrada é emitido pelas embaixadas e consulados-gerais do país onde se quer visitar – e essas são as pes-soasdeconfiança.Eépossívelqueelesqueiram devassar sua vida para te dar o visto. Entre declarações de imposto de renda, históricos escolares e atestados de bons antecedentes criminais, pode ser até solicitada uma entrevista pessoal com o “candidato” a viagem antes de conseguir a aprovação. Visto é complicado por si só, pois há países que requerem visto de entrada para cidadãos de uns, mas não de outros. Mas, tem fatores que os tornam ainda mais

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complexos. Exemplo: você pode não pre-cisar de visto para entrar num país, caso sua viagem seja de lazer, mas ele poderá ser obrigatório em caso de viagem de estu-dos ou trabalho. Além disso, ele pode não ser obrigatório para viagens de duração atéummês,masseficarumdiaamais,ovisto deverá ser apresentado. Uma vez que as relações diplomá-ticas entre países são dinâmicas, fatos e acontecimentos recentes podem mudar re-gras de vistos de entrada. Países podem adotar a necessidade de vistos ou exintin-gui-los de um dia para o outro. Portanto, sempre contate a embaixada ou o consulado-geral do país onde quer visi-tar sobre a necessidade de vistos de entra-da, mesmo que conhecidos e queridos te digam que “para lá não precisa de visto”. Seguro morreu de velho, é o antigo ditado, eteucasopodesertãoespecíficoquesópra você seja necessário o tal visto. O visto é igual a um selo, preenchi-do com seus dados pessoais, e em alguns casos, sua foto. Ele está repleto de carac-terísticas de segurança, para evitar fraudes efalsificações.Emalgunspaíses,ovisto

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já é eletrônico, mas ainda é raro. Vistos também têm prazo de validade. Portanto, mesmo que já possua visto para entrar no país aonde quer ir, olhe a validade logo no início dos planos de viagem. E, natural-mente, para ter sua vida devassada, você paga mais taxas. Importante: só é possí-vel aplicar para um visto se teu passaporte tiver ao menos 6 meses de validade! Outro lembrete muito importante: verifiquecomaindamaiscuidadoaoviajarpara territórios pertencentes às Colônias. Alguns países do mundo não são indepen-dentes, e as regras das relações diplomá-ticas são ditadas pelo Estado que o admi-nistra, e podem diferenciar, inclusive, das regras criadas ao próprio Estado adminis-trador. Você pode saber que para a Fran-ça o turista brasileiro não precisa de visto para viagens de lazer de 90 dias, mas será que para Martinica ou Guadalupe, colônias francesas, é a mesma coisa? Mais um lembrete: um brasileiro que estudará na Universidade de Sorbonne, ao solicitar o visto de estudante às autoridades francesas, deverá informar se pretende re-alizar viagens de lazer para outros países

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europeus, caso contrário, poderá receber um visto que o impede de ultrapassar as fronteirasdaFrança.Enfim,sempreexpli-que à representação do país que visitará os seus planos de viagem, para evitar pro-blemas futuros e inconvenientes. Para viajar a Fernando de Noronha, por exemplo, há a TPA (Taxa de Preserva-ção Ambiental), que deve ser paga relativa ao número de dias em que permanecerá na ilha. A taxa é exponencial, e quanto mais tempofica,maiscaraelaé. Omá-ximo tempo de permanência permitido na ilha para visitantes é de 30 dias. Em alguns casos, outros documen-tos podem ser utilizados no lugar do visto. É o caso de cartão de residência, tempo-rário ou permanente, laissez-passez, entre outros. Todos estes documentos têm o va-lor equivalente ao do visto. Os únicos países para os quais o brasileiro poderá viajar somente com seu RG, sem necessidade de passaporte, são: Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chi-le e Peru. Mais um motivo pelo qual você deve buscar a representação do país aonde quer

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ir: alguns países exigem do visitante uma quantidade mínima de dinheiro em mãos para permitir a entrada. Agora, além de passaporte e visto válidos e dinheiro, alguns países também exigem do visitante declarações de boa saúde e caderneta de vacinas para permi-tir a entrada. A Índia, por exemplo, apenas permi-te a entrada de um brasileiro que possua vacina contra a febre amarela. A vacina é válida por 10 anos e o país exige que o visitante seja inoculado com uma antece-dência mínima de 10 dias a data prevista deentrarnopaís.Enfim,seucorpoprecisadeste tempo para desenvolver os anticor-pos combativos à doença. Portanto, nada de tomá-la ao chegar ao aeroporto para embarcar. Lembrete importante: o CertificadoInternacional de Vacinação (CIV) é emitido pela Anvisa . Mais informações sobre os cuidados que devem ser tomados antes de viajar em www.anvisa.gov.br/paf/viajantes/antes_viajar.htm. É importante que faça uma pesquisa com-pleta dos casos em que atestados de saú-

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de e vacinas são necessários para garantir uma viagem tranqüila. À parte de todas estas exigên-cias observadas até agora, ainda há do-cumentação de suporte necessária para a permissão de entrada ao destino e até seguro-saúde obrigatório ao viajante. São exemplos de documentos de suporte: os vouchersdehotel(umcertificadoqueas-segura crédito com futuras despesas em mercadorias e serviços emitido pelo hotel), carteira de motorista internacional, cartão de visita (em caso de viagens de negó-cios), carteira de membro de associação profissional,comprovantedematrículadeinstituição de ensino, entre tantos outros. Todos deverão ter as originais, em mãos, para apresentar às autoridades quando solicitados. Para finalizar este capítulo, quere-mos citar o bem-sucedido primeiro caso no mundo de extinção de fronteiras nacionais para estimular a livre circulação de pesso-as e mercadorias: a União Européia (UE). Há quase nenhuma burocracia para sair de um país e entrar em outro, por qualquer via de transporte. Naturalmente que para

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aproveitar ao máximo este benefício, você deve possuir alguma cidadania européia, de país que pertença à comunidade. No entanto, para os brasileiros há o schengen visa. O acordo de Schengen, apesar de distinto do acordo da EU, é uma conven-ção entre países europeus para permitir a livre circulação de pessoas pela Europa. Em 15 países da Europa não há burocra-cia para transpor fronteiras nacionais. Há ainda em alguns casos a possi-bilidade de obter um visto de trânsito. Ou seja, o país emite um visto que apenas permite ao passageiro permanecer por até 72h (pode variar) antes de embarcar para o país de destino. Desta forma, ele ficaem trânsito neste país até pegar o próxi-mo vôo. Consulte seu agente de viagens ou o departamento de reserva da empresa aérea para saber se este procedimento é aplicável. Aqui, oferecemos nosso primeiro check-list,alistadeverificaçãoqueteaju-da a lembrar de pesquisar tudo que é im-portante sobre documentação de viagem:

- Passaporte ou RG?

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- Qual a data de validade do seu(s) passaporte(s) atual(is)?

- Vistos de entrada ou trânsito?

- Cartão de residência para estran-geiros?

- Vacinas? Atestados de saúde?

- Seguro-saúde é obrigatório?

- Quantidade mínima de dinheiro?

- Documentos de suporte (cartão de visita, voucher de hotel, comprovante de matrícula, carteira de motorista)?

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Fazer a reserva4

Este capítulo é muito importante, eextenso!Nofimháumguiarápido,umchecklist que cobre todos os pontos que você deverá lembrar para uma reserva bem-feita.

Oi, qual o seu nome?

Para fazer uma reserva, a primeira coisa que deve fazer, por mais incrível que pareça, é escolher um nome! Sim, nós ex-plicamos o porquê. 1º caso: mulher recém-casada. O noivo se sentiu tão orgulhoso de passar seu sobrenome à noiva amada que ao fa-zer a reserva, 9 meses antes de casar, es-queceu de pensar que no passaporte dela ainda não constaria a mudança do nome assinada com choros de alegria e a pre-sença de tantas testemunhas. E ao chegar ao aeroporto descobre um erro considera-do grave pelas autoridades: o nome escrito na passagem difere do nome presente no documento. E dor de cabeça bem no co-

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meço da lua-de-mel! 2º caso: citamos no capítulo anterior que, em casos de dupla nacionalidade, al-guns países dispõem de regras para o re-gistro de nomes de seus cidadãos. Este caso é ainda mais sutil, porque gera a dú-vida no passageiro de qual nome deverá utilizar, entre os dois genuínos que possui. Enfim,anossasugestãoésemprefazerareserva com o nome escrito no passaporte que utilizará ao desembarcar no destino. Exemplo: um brasileiro, com dupla cidada-nia alemã, viajando para a Grécia, entrará no país utilizando o passaporte alemão, e não o brasileiro. Então, deve fazer a re-serva com o nome descrito no passaporte alemão. Curiosidade: todos aqueles que tra-balham com turismo adotaram o Código Fo-nético Internacional para soletrar palavras. Este código padronizou a soletração, mes-mo em países diferentes. As companhias aéreas e agências de viagem também o utilizam. Sabeadificuldadedeentender“C” de “casa” e “B” de “bola”? Muito bem, aqui está o Código Fonético Internacional:

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LETRA ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVXZY

CÓDIGO

AlfaBravoCharlieDeltaEcoFox-trotGolfHotelÍndiaJulietQuilômetroLimaMikeNovemberOscarPapaQuebécRomeoSierraTangoUniformVictorX-rayWhiskyYankee

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Com este código, ao soletrar “Al-meida” a alguém, você diria: “alfa-lima-mike-eco-índia-delta-alfa”, e assim, teria certeza que sua reserva foi feita certa. Em caso de nomes compostos, é possível escolher o 2º nome. Ex: Maria Carolina – nome: Carolina. Mas, é essencial que seja descrito o último sobrenome. Ex: Maria Carolina Santos da Silva – nome na reser-va: Carolina da Silva.

Os códigos são muito usados no setor. O volume de dados gerido por uma empresa aérea é gigantesco, e as compa-nhias usam códigos para diminuir o tama-nho das palavras, e assim economizar com a gestão do banco de dados. Para tudo há códigos, acrônimos e simplificações. To-das as companhias aéreas do mundo tam-bém possuem códigos alfanuméricos que as distinguem das outras. No capítulo 20, colocamos uma lista de códigos de empre-sas para sua curiosidade.

Para Donde Vás?

Depois de escolhidos o nome, o último sobrenome e o itinerário (termo da

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aviação para roteiro da viagem), é impor-tante ter a certeza que os aeroportos es-colhidos são as melhores opções para você. Por quê? Porque algumas cidades do mundo possuem mais de um aeroporto internacional, e isto faz muita diferença!

Imagina a confusão de um passa-geiro que viajará de Porto Alegre a Milão, fazendo conexão em São Paulo. Ele não perguntou e o agente que fez a reserva também não confirmou, mas o vôo quesaiu de Porto Alegre pousará em Congo-nhas, na zona sul da cidade, a 35 km do aeroportodeCumbica,queficaemGuaru-lhos, ao norte.

Além da apurrinhação da troca de aeroporto, saindo com malas atrás de um táxi ou ônibus para levá-lo, o vôo pode ter chegado a São Paulo no meio da hora de rush,chovendo,quepodemsignificarpre-ciosas 3 horas de trânsito e uma possível perda de vôo, tudo porque um “mero” deta-lhe passou batido durante a reserva.

Imagine tudo isso acontecendo em um país aonde você nunca tinha ido antes, e ainda sem falar nada do idioma local? Re-ceita de confusão. Por isso é vital em uma

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viagem aérea tranqüila, saber em quais aeroportos passará! Há uma lista dos có-digos de aeroportos do Brasil e do mundo no capítulo 20 – mais curiosidades!

Milhas e milhas de qualquer lu-

gar

Forneça o seu número de milha-gem/fidelidade,casoaempresaofereçaeste benefício. O número de milhagem não precisa ser, necessariamente, da em-presa aérea que utiliza no itinerário, decida qual gostaria de usar e pergunte ao agente se pode ser esse.

What’s up DOC ?

Tenha em mãos o passaporte e vis-to ou outro documento equivalente para a reserva, pois dados podem ser solicitados para o preenchimento no sistema. Para alguns países você tem que fornecer o en-dereço completo do local de permanência no destino, podendo ser o endereço do ho-tel ou da casa do amigo ou parente.

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Alô? Tem alguém em casa?

Também escolha o nome e o telefone de alguém próximo a você, para o caso de emergência. E é possível que te solicitem um número pessoal para contato, tanto no local de origem, quanto no local de destino, caso queiram entrar em conta-to com o passageiro.

Janela ou corredor, senhor?

Peçaaconfiguraçãodosassentosno avião e solicite seu assento de prefe-rência. Sobre dicas de como escolher o assento veja o Capítulo 13. Pedir a reser-va de assento é a principal medida contra overbooking. Descubra também o tempo de duração do vôo e o avião utilizado na rota.

Você é especial!

Durante o ato da reserva, solicite serviços especiais para maior conforto de sua viagem. Passageiros idosos ou porta-doresdedeficiênciaprecisamdeserviços

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que lhe oferecem conforto e que eles este-jam prontos no momento em que chegam ao aeroporto, a exemplo da cadeira de ro-das. Estes serviços não são cobrados pe-las companhias aéreas.

Por menores...

Menores desacompanhados de-vem ter o serviço de acompanhamento so-licitado no momento da reserva. Em caso deviagensinternacionaisfiqueatentoparaa necessidade de autorização de viagem assinado por ambos os pais, que deve ter firma reconhecida! Consulte os procedi-mentos com a Polícia Federal antes de ir ao aeroporto.

Em vôos comerciais, menores de cinco anos não podem ir desacompanha-dos. Deverá haver autorização de ambos os pais, se acompanhado por pessoa sem parentesco, ou do pai ausente, se de ape-nasumdospais.Afirmadeveserreconhe-cida em cartório. O serviço de menor de-sacompanhado é cobrado pelas empresas aéreas. Pesquise com antecedência os procedimentos corretos.

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Poucos vivem de luz

É também no ato da reserva que você deve solicitar refeições especiais, caso o vôo escolhido forneça alimentação. Passageiro de origem hebraica que deseja saborear a kosher ou um vegetariano que queira a certeza da opção de salada no menu, devem solicitar com antecedência à companhia aérea sua opção de preferên-cia. Pergunte as opções e o tempo neces-sário para prepará-las ao agente de reser-vas. Este serviço costuma ser gratuito.

Cães, Gatos & Cia.

Você ama seu bichinho de estima-çãoosuficienteparalevá-loemsuasvia-gens? Então, se informe muito sobre isso! Existe uma série de regras e condições para levar o bichano, portanto, os proce-dimentos são restritos, complicados e lon-gos. Incluem atestado de saúde, vacinas e uma gaiola especial, denominada kennel e, claro, o valor pago pelo serviço.

É essencial levantar a lista de pa-íses que NÃO aceitam o desembarque de

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animais de estimação como bagagem, a exemplo da Inglaterra. A vigilância sanitária inglesa não só não permite o desembarque de animais de estimação em aeroportos ingleses, mas também os ELIMINAM SU-MARIAMENTE, por meio de incineração. Devo comentar o destino do teu bichinho por causa do descuido? Para evitar até risco de morte, pergunte tudo ao agente de reservas e tenha cuidado em dobro com os planos de viagem, porque hotéis também têm restrições.

Enfim,algumascompanhiasaére-as aceitam animais de estimação na cabi-ne de passageiros em vôos internacionais. Nas demais, são todos transportados em uma parte especial climatizada do porão, chamada de bulk.

Mala sem alça

Com certeza você já pensava em nos perguntar qual a franquia de baga-gem? Boa pergunta! Simplesmente, não sabemos respondê-la, ao menos não mais! As regras têm mudado frequentemente.

Por acordos internacionais, exis-

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tiam 2 sistemas: o da franquia de bagagem que somava até 20 kg por passageiro, in-dependente do número de volumes. E ha-via o sistema de 64 kg por passageiro, di-vidido obrigatoriamente em 2 volumes de até 32 kg em cada.

Agora tem franquias de até 23 kg por passageiro, tem cobranças de volume a partir do segundo que carrega, tem isso, tem aquilo. É melhor perguntar à empresa aérea.

– Pode levar um só com 35 kg? - Pode! Mas é passível de cobrança de ex-cesso.

Mas, além do peso, o tamanho da bagageminfluenciaacobrançadoexces-so também. Pesquise sobre as dimensões máximas permitidas no volume despacha-do.

Consulte também o valor do ex-cesso. Ele pode ser bastante salgado!

Enfim, fique atento. Os procedi-mentos sobre bagagem despachada mu-dam constantemente.

Capitão Gancho e sua prancha

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Mais um detalhe essencial: os amantes de esportes radicais e esportes praticados com armas. O transporte de itens especiais, a exemplo de pranchas de surf,wakeboardearco-e-flechasãoregu-lamentados e variam de empresa a empre-sa. Informe quais itens deseja transportar no ato de reserva e pergunte os procedi-mentos necessários e qual o valor do ser-viço, que é pago.

Fique atento! Dependendo do ta-manho do avião, pranchas simplesmente não cabem no compartimento de carga. Tenha certeza que os vôos que pegará, in-clusive na conexão, admitem o transporte de itens especiais.

Veja mais detalhes no Capítulo 7.

Mercadorias Perigosas

Os órgãos que regulamentam a aviação civil internacional estipularam uma lista de mercadorias perigosas à seguran-ça do transporte aéreo, e alguns dos itens das listas são condicionados para embar-car, outros são expressamente proibidos.

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Vale a pena tirar dúvidas no ato da reserva, ou fazer uma pesquisa na internet sobre os itens proibidos para embarque no avião, para evitar constrangimentos ou pri-vações. Alguns itens você até pode des-pachar, mas nunca pode levá-los na mão, outros não pode nem despachar!

Veja mais detalhes no Capítulo 7.

Codeshare Eleédefinitivamenteumadasfon-

tes de intensa confusão dos passageiros no mundo da aviação. Codeshare vem do inglês, e pode ser traduzido por “comparti-lhamento de código”. Mas, o que realmen-tesignificaéumaaçãodemarketingquepromove um acordo operacional entre em-presas aéreas que as permitam comparti-lharem um mesmo vôo, uma mesma rota, um mesmo trecho. A companhia aérea que opera aquele vôo com seu avião e seu pessoal permite uma segunda companhia aérea a vender passagens a passageiros para voar naquele vôo, como se fosse o seu próprio. Este é o compartilhamento do vôo.

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As companhias aéreas buscam este tipo de acordo para alcançar um dos principais objetivos de toda empresa do setor: vôos com 100% de ocupação dos assentos. Para a segunda empresa aé-rea, o codeshare é importante para alcan-çar outro objetivo importante: maximizar o lucro ganhando comissão por passagens vendidas nos vôos de outras empresas.

O “código” contido na expressão se refere ao partilhamento do código in-ternacional da IATA, de duas letras, para definiraempresaaérea.NoBrasil,naépo-ca da falência da Varig, a TAM e a Varig operaram por dois anos nesta parceria de codeshare, onde os aviões, e a venda de lugares, foram partilhados.

Paraintensificaroacordoetrazermais benefícios ao passageiro, os benefí-cios referentes ao uso da milhagem podem ser convertidos em passagens gratuitas tanto em uma empresa, quanto na outra. Também podem ser utilizados para acesso àsfilaspreferenciaisnocheck-ineàsalaVIP em aeroportos. Normalmente, os co-deshares não permitem o uso de benefício de milhagem para upgrades.

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Mas, nem tudo é um mar de rosas, e os codeshares costumam ser fonte de muita confusão e incômodo ao passageiro na hora do embarque. A razão pra isso é queédifícil identificarumvôocodeshare,e não costuma ficar claro para o passa-geiro a diferença. E, de fato, não existe umaregraparaidentificarvôoscodeshare.Não considerem isso uma regra descrita pelos autores, porque é só um indício de codeshare, mas normalmente, vôos com números muito altos (vôo número 6.000, 7.000 e assim por diante) podem ser ope-rado por outra empresa aérea, não aquela em que foi comprada a passagem. Outra forma de identificar codeshare na passa-gem é olhar na cópia do bilhete eletrônico, abaixo do número de vôo, uma “pequena-quase-oculta” informação de “operado por companhia X”.

Mas, se informar durante a reserva é a melhor maneira de saber. Importante: pergunte onde deverá ser feito o check-in. Se deve ser feito na empresa em que com-prou, ou na empresa que viajará.

Outro ponto que gera confusão nas viagens aéreas é a hora de partida e a hora

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de chegada dos vôos. O problema princi-pal ocorre quando os vôos partem após a meia-noite. Se o vôo está marcado para a meia-noite e quinze (00h15min) do dia “13 de dezembro”, vá à noite do dia “12 de de-zembro” ao aeroporto para embarcar.

Tarifas e Regras

Acreditamos que você deve ter um curso-relâmpago nos fatores que influen-ciam o valor da tarifa em uma rota aérea.

Tarifa representa o valor cobrado pela empresa aérea pelo serviço de trans-porte entre dois aeroportos, isento das ta-xas aeroportuárias, de segurança, gover-namentais e serviços acessórios (excesso de bagagem e seguro de conteúdo de ba-gagem). No entanto, a tarifa não é igual para todos os assentos do mesmo vôo, e vamos explicar detalhado os porquês.

Grosso modo, a empresa aérea conclui que tal avião oferece 100 assen-tos. Então, na teoria a companhia sepa-ra estes 100 assentos em 10 lotes de 10 assentos cada e disponibiliza estes lotes à venda. Os primeiros 10 assentos serão

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vendidos pela menor tarifa possível, mas também pelo maior número de restrições. Vendido o primeiro lote, o 2º lote será um pouco mais caro, com um pouco menos de restrições, e assim prossegue até estar no último lote, que apresenta a tarifa mais cara, mas sem restrição.

Na aviação civil, quanto maior a an-tecedência, melhor, porque maior a chance de obter assentos “do primeiro lote”. Mas, tomara que seu planejamento funcione, porque se você quebrar uma restrição da tarifa, terá que pagar caro por isso, em for-ma de multa. A exceção é para “grandes feriados”, pois mesmo um ano antes da data a tarifa já é cara!

Esses diferentes lotes são repre-sentados (adivinhe?) por códigos – uma letra do alfabeto. Normalmente, “Y” repre-senta a tarifa cheia (mais cara) da classe econômica, “T” representa bilhete adquiri-do com milhagem, “B” a segunda mais cara da econômica, “F” para a primeira classe (First class) e assim por diante. Entretanto, cada empresa aérea tem sua hierarquia de códigos para os lotes de tarifas.

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Mudanças de data da viagem•

Mudança de rota e itinerário•

Pedido de reembolso•

Pedido de endosso•

Possibilidade de upgrades (pág. X) •

Data e hora limites para efetuar a com-•pra da passagem após a realização da reserva

Antecedência máxima à data do em-•barque para efetuar a compra da pas-sagem

Para que você entenda o pensa-mento de um analista da empresa aérea, aqui estão alguns princípios da construção tarifária do setor, que levam em conside-ração:

O avião utilizado: quanto maior o avião, •mais alto é seu preço, mais tripulantes e

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equipe em terra precisa, mais combus-tível consome, e requer mais cuidado com a manutenção, mais equipamen-tos de apoio, mais espaço nos portões e mais tempo em solo.

A distância entre os aeroportos, em mi-•lhas, que é a unidade-padrão do setor. Quanto maior a distância, mais alta a tarifa.

A moeda utilizada no país ou território •incluído na rota. Pois, um vôo brasileiro para Londres exige altos custos de ma-nutenção por causa do câmbio da libra esterlina.

Os impostos, taxas e contribuições co-•brados.

A forma de pagamento habitualmente •utilizada pelos clientes. A utilização de cartões de crédito aumenta o valor da tarifa.

Os benefícios oferecidos ao passagei-•ro. Desde refeições a sala VIP em ae-

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roportos,efilaspreferenciaisnobalcãode check-in.

O preço praticado pela concorrência.•

Opreçodatarifainfluenciamuitoasua decisão de compra. Então, as empre-sas costumam analisar.

Qual o valor máximo que o cliente está •disposto a pagar?

O cliente que utiliza a rota é de lazer ou •de negócios?

O que o cliente espera da prestação de •serviço da empresa?

Quantas classes de serviço são ofere-•cidas no vôo?

Tradicionalmente, há 3 níveis de serviços de companhias aéreas você po-derá optar por uma das classes:

Classe Econômica: tarifas mais baixas, •porém, assentos pouco confortáveis,

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com poucas alternativas para esperas em aeroportos, para alimentação e en-tretenimento durante o vôo.

Classe Executiva: mais cara que a clas-•se econômica, há alternativas para a espera em aeroportos, prioridade em filasnobalcãodecheck-in,prioridadena entrega de bagagens despachadas, opções mais variadas de alimentação e entretenimento durante o vôo.

Primeira Classe: tarifa bastante eleva-•da, luxoesofisticaçãonoserviçoofe-recido, opções ainda melhores que a classe executiva.

Há variações nos nomes dados às classes e quais são oferecidas no avião.

Upgrades

Oupgradevemdoinglês,edefinea substituição de uma classe de serviço no avião por outra considerada superior, mais confortável e luxuosa. O cliente pode op-tar por pagar a diferença ou usar milhas

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para conseguir seu upgrade, mas há algu-mas situações especiais em que a empre-sa oferece o benefício, que serão vistas no capítulo 10.

Passe a regua!

Enfim, depois de passar muitotempo ao telefone fazendo sua reserva, chegouahoradeconfirmá-laeencerrá-la.

Reconfirme todas as informaçõescom o agente. Especialmente, se todos os trechosestãoconfirmados,ouseestãoemlista de espera. Às vezes, você pensa que sua reserva está ok, efetua a compra da passagem, e somente no aeroporto desco-bre que sua reserva está em lista, e que você tanto pode embarcar, quanto não. Mas, até aí já fez planos de viagem, pagou hotel, agendou carro alugado, conseguiu folganotrabalho.Assim,nãodá!Confir-me todos os trechos ANTES de comprar a passagem, porque seus direitos apenas estarão garantidos se a reserva estiver confirmada.

Localizador

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Ao encerrar a reserva, será forne-cido um código, único, que identifica suaviagem em todo o sistema global da em-presa: o localizador. Trata-se de um códi-go, que pode ser alfabético ou alfanuméri-co, normalmente com 6 caracteres. Anote com cuidado seu localizador, e guarde-o com mais cuidado ainda. Ele será solicita-do caso queira fazer qualquer alteração na reserva, ou se decidir comprar a passagem algumas horas ou dias mais tarde.

Ele também pode ser chamado de PNR (Passenger Name Record), ou em português, histórico do nome do passagei-ro).

Checklist

ATO DA RESERVA

Confirmeseoagenteanotoucertoseu•nome e sobrenome

Informe o número de milhagem•

informe o itinerário•

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informe as datas de viagem•

Informe a classe de serviço escolhida•

Confirmeosaeroportos•

Confirmeasdatas•

Certifique-sequeostrechosestãocon-•firmadosnosistema

Confirme horário de saída e chegada•dos vôos

Pergunte o avião utilizado•

Pergunteaconfiguraçãodosassentos•no avião e reserve seu assento de pre-ferência

Pergunte a duração do vôo•

Confirmesehárefeições•

Confirmevalordatarifa•

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Confirmesetodasastaxasestãoinclu-•ídas e qual o seu valor

Questione sobre vôos codeshare•

Pergunte a franquia da bagagem•

Informe telefones de contato•

Informe nome e telefone de alguém •próximo, em caso de emergência

Tenha em mãos o número do passa-•porte (caso solicitado)

Tenha em mãos o endereço completo •no local de destino (caso solicitado)

Solicite serviços especiais (em caso de •portadoresdedeficiência)

Informe sobre itens especiais nas ba-•gagens (pranchas e skis, se houver)

Informe sobre menores desacompa-•nhados (se houver)

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Pergunte o procedimento para levar •animal de estimação (se o levar)

Anote o código do localizador (em in-•glês, locator)

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Escolhendo a companhia aerea5

Direto com a companhia aérea ou por meio de agências de viagens?

Quando decidimos por viajar, po-demos optar por duas possibilidades: comprar as passagens diretamente com a empresa aérea, ou procurar um agente de viagens / agência de turismo. Essa escolha pode ou não ser relevante. Vamos estudar um pouco esses casos.

Se você está em São Paulo e quer ir para Curitiba, é muito simples surfar na Internet e descobrir horários e preços, to-mar a decisão mais prática e efetuar a com-pra da passagem. Requer apenas alguma experiência de Internet e compras virtuais, além de tempo disponível. Nestes casos, uma agência seria desnecessária.

Quando porém, envolve um vôo do Rio de Janeiro a Manaus e de Manaus para Parintins, com troca de empresa e, por conseqüência, uma conexão, as coi-saspodemficarmaiscomplexas.

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O risco de um erro pode causar problemas. A escolha, no caso do exem-plo, de um vôo do Rio de Janeiro a Manaus deve ter “cronometrada” a chegada, de for-ma a viabilizar o embarque no segundo vôo, para Parintins. Um agente de viagens faria com facilidade esta operação, pela experiência de trabalho.

As diferenças de valor na maior parte das vezes é mínima, ou nula, na op-ção de fazer a compra pela agência. Na verdade, é possível que a agência descole preços melhores, com descontos de tarifa, por saber eleger melhores rotas, dias, em-presasetc.Valeapenaenfim, fazerumacotação, com uma agência.

Recomendamos ainda mais a op-ção por uso de uma agência no caso de vôos para países distantes, com conexões internacionais. O risco de errar com fuso horário, documentos de viagem, franquias de bagagem, taxas de embarque, entre outros fatores, sobe exponencialmente.

Porém, é possível fazer a compra diretamente, sem intermediários. Ainda é mais fácil quando se escolhe uma empre-sa com ampla malha viária. Por exemplo,

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precisa ir a Hong-kong? Será relativamen-te fácil comprar uma passagem pela Bri-tish Airways, com vôo São Paulo / Londres, Londres / Hong-Kong. É a mesma empresa aérea por todo trajeto, e a complexidade cai bastante nestes casos. Basta comprar os bilhetes.

Se comprar pela agência porém, o preço é basicamente o mesmo, pois quem paga o agente é a empresa aérea, com a vantagem de ter ajuda com as escolhas e ainda ser lembrado dos documentos e pre-cauções necessárias para viagem, a exem-plo de visto de trânsito ou vacina contra a febre amarela.

Nosso veredito é de que viagens curtas domésticas, ou trechos internacio-nais com os quais está acostumado a fa-zer, uma agência pode não fazer diferença, mas na maior parte dos casos vale a pena consultarumagentedesuaconfiança.

Vale salientar que tentar fazer so-zinho pode ser arriscado. Se você comprar passagens através de uma empresa aérea americana, por exemplo, vai precisar de visto americano. Sem ele, não vai poder transitar nos aeroportos de lá para reali-

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zar sua conexão ao Japão, por exemplo! E como saber quais os casos? O agente responde.

Qual Companhia Aérea?

Mesmo que você opte por fazer sua compra em uma agência de viagens, poderá escolher uma empresa em detri-mento de outras tantas. Existem muitos fatoresquepodeminfluenciarsuaescolha,e te ajudaremos enumerando alguns e ex-plicando sua importância.

Segurança

A preocupação mais constante dos viajantes é a segurança. Não estamos es-crevendo sobre bombas em sapatos ou lí-quidos perigosos, mas aquele velho medo de queda de aviões. Mas vale dizer que, por maisbatidoqueseja,oaviãoéinfinitamen-te mais seguro que diversos outros meios de transporte. Na verdade, é o segundo meio de transporte mais seguro, perdendo apenas para o elevador! No Brasil, tivemos mais de 1 milhão de vôos comerciais em

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2007, destes apenas um se acidentou. De 1990 até 2008, foram três apenas os aci-dentes com mais de 50 vitimas fatais.

O medo causado pelos acidentes aéreos é provocado pela mídia e a super exposição. Sempre nos choca a morte si-multânea de 200 pessoas. Mas, no trânsi-to é absurdo o número médio de mais de 20 mil vítimas anuais. Vale lembrar que no Brasil, nos últimos 20 anos morreram em acidentes aéreos quaisquer, 1.429 pesso-as ao todo!

Em vinte anos, apenas mil e qui-nhentas pessoas. Neste mesmo período, no trânsito, os números foram de mais de 400 mil vítimas.

Ou seja, a desproporção de tempo dedicado pela mídia aos acidentes aéreos é visível ao tempo dedicado aos acidentes de trânsito nas rodovias e cidades brasilei-ras. As horas e dias ininterruptos de trans-missão sobre o acidente da TAM em Con-gonhas em 2007, poderíamos até apostar, supera a soma do tempo de toda cobertura de acidentes de trânsito transmitidas na úl-tima década.

Por isso, quando embarcar em

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um avião, seja destemido. Você tem mais chance de morrer indo até a padaria.

A escolha de empresas baseada em fator de segurança é quase sem rele-vância. As empresas nacionais são, sem exceção, exemplares e tradicionais pelo mundo afora nas questões de segurança aérea.

Se estiver em dúvida, cheque a “lista negra” da União Européia. Nela cons-tam as empresas aéreas não recomenda-das por fatores de risco. No Brasil, a manu-tenção aeronáutica é imprescindível.

Obviamente, há empresas com mais carinho e zelo pela questão. Dedicam mais verba, tempo e treinamento em se-gurança. A extinta Viação Aérea Rio Gran-dense (Varig antiga) era premiada pelo mundo na questão de segurança, sendo seu antigo departamento de manutenção, com oitenta anos de experiência, utilizado por mais de trinta empresas ao redor do mundo.

Ainda hoje existe o despojo des-te departamento, sobre o nome de VEM, comprado pela TAP portuguesa no perío-do pré-falência. Atendendo empresas ao

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redor do mundo, incluindo antigas concor-rentes diretas da antiga Varig.

Seria prudente, entretanto, manter os olhos abertos apenas para os menores aviões, ou companhias regionais de pe-queno porte.

Pontualidade

Amanutençãodeaeronavesinfluiespecialmente em um fator importantíssi-mo – a pontualidade. Se não se dedicas-sem à segurança, empresas precisariam atrasar ou cancelar vôos, devido a proble-mas técnicos, algumas vezes inevitáveis, outras porém totalmente evitáveis com um esforço maior de manutenção.

Outro fator é o uso contínuo exces-sivo dos aviões, com pouco tempo de solo entre vôos. Pense que o avião que você embarcou pela manhã continuará em ou-tros vôos pelo Brasil no decorrer do dia. Se há um atraso de 10 minutos em cada vôo, aofinaldodia,esteaviãopodeestaratéuma ou duas horas fora do cronograma.

Por isso, cheque as empresas com maior pontualidade. Estatísticas podem ser

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encontradas na Internet.

Qualidade

Já quando o assunto é qualidade, é tudo bem diferente. Há muito contraste, inclusive dentro de uma mesma empresa aérea. Voar um mesmo modelo de avião, comconfiguraçõesdiferentes,podedeixarclaro ao viajante a diferença de qualidade.

Primeiramente, é muito relevante o espaçamento dos assentos nas aerona-ves. Principalmente para quem é grande e alto. Nada mais frustrante que embarcar, e ao sentar, descobrir que seu assento é terrivelmenteapertado,quase insuficientepara caber. Em um vôo de uma hora isso é suportável, mas estenda para três horas e seu humor e bem-estar escoam pelo ralo.

Também concordariam imediata-mente os gordinhos sobre a importância da largura dos assentos.

Mesmo que a estatura física do via-jante seja pequena, o espaço maior entre assentos torna a experiência de voar muito menos “claustrofóbica”.

Um avião, no ato da compra, pode

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ser“configurado”,etemmuitomaisopcio-naisqueumcarro.Essaconfiguraçãopodeincluir telas de cristal líquido individuais e assentos extras.

Querfiaçãopara terminaisdeali-mentação individuais (tomada para lap-tops)? Ainda bem que o ar condicionado é de série.

O fato determinante, porém, é que com freqüência aviões são comprados de “segunda mão”. Não por questões de economia de preço necessariamente, mas pela disponibilidade baixa no mercado de aeronaves “zero km”, com grande filade espera. Muitas vezes, é comprado um avião zero, mas é recebido outro “temporá-rio”, até ser fabricado o modelo pedido.

No entanto, comprar um avião usado, com configuração limitada, talvezdespadronize a frota de uma empresa aé-rea. O departamento de manutenção de empresas aéreas pode fazer adaptações, mas são restritas. Mexer com a rede de força por exemplo é muito delicado. Se não veio de fábrica, acessório muitas vezes não pode ser colocado depois, por questões de segurança.

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Com a alta da expansão e deman-da de transporte aéreo em nosso País, empresas aéreas foram obrigadas a diver-sificarsuafrotaconformeadisponibilidadede aviões no mercado. Por isso, sua expe-riência de voar em um Airbus 330 ou um MD-11, em um 737-800 ou 737-300, pode ser bem diferente, mesmo na mesma em-presa.

Outro fator relevante é o atendi-mento. Voar é o momento principal, mas é no check-in que o passageiro interage com mais intensidade junto à empresa aérea de sua escolha.

Sendo assim, o bom atendimento da equipe de terra é muito importante para sua experiência ser completamente satis-fatória. Ninguém quer ter uma mala mal etiquetada, mandada para Rio Grande do Norte em vez de Rio Grande do Sul. Ou ser atendido com nome trocado, ter os do-cumentos mal checados e ser deportado e outras tantas situações vexatórias.

A tripulação de vôo, sem sombra de dúvidas, pode também influenciar emmuito sua experiência. Uma comissária que derruba bebida em seu colo faz par-

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te das experiências não-desejadas, já um pouso suave e imperceptível vale a pena sentir.

Infelizmente, estes fatores também podem oscilar dentro de uma mesma em-presa. Mas a diferença entre as concorren-tes é grande. Recomendamos que pergun-te a amigos e conhecidos, quando não o próprio agente de viagens, suas experiên-cias de vôo, para saber a melhor escolha de atendimento a bordo.

Freqüências

Um ponto importante na escolha da empresa é o numero de vôos para um dado destino. Empresas com apenas um vôo por semana a certa localidade podem sair perdendo para uma empresa, que apesar da pior qualidade de serviço, faça vôos diários.

A mesma coisa ocorre com relação ao horário dos vôos. Um executivo que ne-cessita estar pela manhã em Brasília não pode pegar o vôo de uma empresa que saia ao meio-dia, descartando a escolha muitas vezes mais barata.

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Então, ao escolher, lembre de che-car a disponibilidade de vôos e horários, poisestepodeserofatordefinitivodasuaescolha.

Conexões

Como vimos anteriormente, nossas viagens podem exigir conexões no Brasil ou no exterior. Uma questão relevante na escolha da empresa aérea é a opção que exija menos conexões possíveis.

Conexões são cansativas e au-mentam muito a chance de dar alguma coisa errada. A começar pela possibilidade de um atraso nos vôos provocar a perda da conexão. Isso é muito comum em cone-xões curtas, onde o tempo entre a chega-da de um vôo e a decolagem do outro é de menos de uma hora.

Conexões também aumentam a chance de extravio de bagagem. A cada troca de aeronave, mais uma chance da bagagem se perder ou não chegar a tem-po. Em aeroportos muito movimentados, a bagagem pode demorar mais a chegar ao próximoavião, o suficienteparanãoem-

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barcar no mesmo vôo que você. Outro fator importante: A franquia

de bagagem nos vôos domésticos, é de 23 kg. Nos vôos internacionais, é de 2 ba-gagens de 64 kg, sendo cada uma com o máximo de 32 kg. Apesar de inúmeras variações de franquias existentes. Mas, o problema comum é o seguinte:

Você mora em Salvador e vai para Nova York com a empresa aérea Continen-tal, partindo de São Paulo. Na compra da passagem doméstica, encontra o vôo mais barato pela Gol, de Salvador para São Paulo.

Ao chegar ao Aeroporto de Salva-dor, suas bagagens de 64 kg são barradas pela atendente da Ocean Air, alegando que o peso é maior que o limite de 23 Kg. Você terá de pagar o peso de 41 kg a mais, sem choro. O mesmo ocorrerá no retorno ao Brasil.

Portanto, é muito mais interes-sante escolher empresas com alianças e acordos entre si, ou ir com a mesma em-presa,sepossível,ateodestinofinal.Sefosse uma conexão de dois vôos TAM, o problema com a bagagem não ocorreria. A

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mesma vantagem existiria se a Ocean Air tivesse alguma aliança ou acordo interna-cional com a Continental.

Programas de Milhagem

Os programas de milhagem, larga-mente usados ao redor do mundo, são na verdadeuma formade fidelizar o cliente.Milhagem vem de milhas , a unidade-pa-drão de distância nos países de coloniza-ção britânica. Esta escolha de nome seria mais entendível por “programa de quilo-metragem”, por nós, adeptos ao Sistema Internacional de Unidades.

Voe tantos quilômetros de avião com a gente e ganhe uma passagem. Grosso modo, esta é a lógica dos progra-mas. As empresas européias e americanas usam o sistema baseado em milhagens.

No Brasil, atualmente, temos o programa Smiles, herdado pela nova Varig , baseado em milhas acumuladas (basta saber quantas milhas seu vôo percorre) e o programa de Fidelidade TAM que é ba-seado em pontos, por trechos, e não em distância percorrida.

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São números diferentes de pontos, para trechos domésticos, ou internacio-nais, e por classe de serviço (econômica, executiva ou primeira classe). Em termos simples, de cada dez vôos nacionais, você ganha um.

Isso significa que a toda comprana TAM você “receberá” 10% de desconto. Afinal,acada10trechosvocêrecebeumde graça. Vale a pena colocar na ponta do lápis na hora de pesquisar diferenças de preço entre as empresas, se ela oferecer um programa de milhagem.

Mas, o programa só vale se você pretende viajar com certa freqüência ou fizer vôos internacionais, com acúmulogrande de pontos ou milhas. Ou se você gasta muito no cartão de crédito que tem o programa de milhagem de benefício. Caso contrário, não há vantagens de fato.

Para o viajante freqüente, há a oportunidade de tornar-se “VIP”. Ao tornar-se “VIP”, devido ao grande acúmulo de mi-lhas / pontos, o passageira goza de uma série de vantagens.

Há variações, mas entre as van-tagens há o aumento da franquia de ba-

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gagem, acesso a sala “VIP”, prioridade de embarque,prioridadedecheck-in(filaes-pecial) e o eventual complimentary upgra-de (prioridade de transferências gratuitas para classes de serviço superiores, em ca-sos especiais), assim como prioridade de reacomodação em outros vôos ou empre-sas aéreas em casos de cancelamentos ou grandes atrasos.

Alianças Mundiais

Vale dizer que as empresas aéreas costumam integrar alianças aéreas. Nestas alianças, os pontos e milhas acumulados peloclientedeumaempresasãounifica-dos para aproveitar benefícios em todas as empresas pertencentes àquela aliança, aumentando as vantagens pela escolha de um grupo em detrimento de outro. Estas alianças acima de tudo se baseiam na prá-tica de codeshare.

O codeshare surgiu na década de 90, fruto de uma aliança entre a American Airlines (EUA) e a Qantas (Austrália). Nes-ta prática, uma empresa podia vender lu-gares no avião da outra, como se fosse um

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vôo próprio. Depois desta experiência, sur-giram as demais alianças internacionais.

É muito comum a existência des-tes acordos. Mas, o cliente pode sair per-dendo com a falta de informação. Imagine comprar uma passagem em vôo de sua empresa preferida e descobrir na hora de embarcar que na verdade está embarcan-do em outra? Vale manter o olho aberto e se informar em caso de dúvida.

Decisão de compra

Lembrequenofinaldascontasaviagem aérea é apenas transporte. Chegar de um lugar a outro, na hora prevista, ín-tegro e com saúde. A praticidade fala mais alto.

Segurança é commodity na maio-ria dos casos. Sobram então questões de qualidade e preço. Qualidade importa mui-to nos vôos mais longos. Em vôos rápidos, vale mais a disponibilidade de horários e preços, alem de claro, a pontualidade da empresa aérea

Lembre também, que dedicar um tempo a planejar sua viagem com antece-

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dência, você terá em mãos os melhores preços e bastante disponibilidade de lu-gares e horários para poder priorizar pela qualidade!

Check-list: os critérios para a esco-lha da companhia aérea.

- Aeronave utilizada, classes de ser-viçoeconfiguraçãodeassentos.

- Preço x Programa de milhagem

- Preço x Refeições a bordo

- Freqüências diárias/semanais do vôo ao destino escolhido

- Disponibilidade de horários ao des-tino escolhido

- Conexões ou escalas?

- As empresas escolhidas possuem acordos operacionais, alianças mundiais ou codeshare?

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Comprando a passagem6

Bilhete eletrônico x bilhete de papel

Hoje em dia, os bilhetes de papel estão em extinção no setor de aviação ci-vil. Além da demanda por práticas ecolo-gicamente corretas, o custo com o controle dos bilhetes de papel é alto e a possibilida-de de fraude com bilhetes roubados é uma constante. Para substituí-lo, desde 1996 as empresas têm desenvolvido o bilhete eletrônico ou e-tkt. (contração, em inglês, de electronic ticket).

Sobre o bilhete eletrônico O bilhete eletrônico é hospedado no

sistema da empresa aérea. Para o passa-geiro, o maior benefício é não se preocupar com o bilhete depois de comprado. Você obtém um e-mail ou uma cópia em papel do seu bilhete, mas nem precisa levá-lo ao aeroporto. A única informação relevante para manter é o número do bilhete. Com

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o número, seu bilhete pode ser encontrado de qualquer computador da empresa, em qualquer lugar do mundo. Além do número do bilhete, guardando com carinho o loca-lizador você não precisa carregar nenhum outro documento da empresa aérea.

Reconfirmando a reserva antes de efe-tuar a compra

Feitas as cotações com seu agen-te de viagem, ou com as diferentes compa-nhias aéreas que disputam a sua preferên-cia ao destino escolhido, é hora de comprar a passagem. A compra da passagem é a etapa mais importante da viagem aérea, não apenas porque representa a hora do dinheiro deixar as suas mãos, mas tam-bém porque as empresas aéreas conside-

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ram na compra, a assinatura do contrato para o transporte aéreo. É aí que passam a valer todas as regras da tarifa acordadas pelo preço cobrado.

Mas, reforçamos: é essencial que se reconfirme toda a reserva, inclusivecertificando-sequetodosostrechosforamconfirmadosemsistema,antesdeefetuara compra.

Forma de pagamento

Os cartões de crédito são ampla-mente aceitos por todas as empresas aé-reas. Para aproveitar benefícios de par-celamento da passagem, cartão de crédito é a melhor opção, já que pagamento com cheques é bastante restrito. No entanto, pela internet é possível realizar débito em conta, e dependendo da empresa, oferece até financiamento bancário. Já entre asagências existe a possibilidade que as em-presas aéreas não oferecem, de emissão de boleto bancário com alguns dias para pagamento.

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Taxas de embarque

As taxas de embarque são tributos cobrados pelo serviço público de seguran-ça e administração dos aeroportos. Paga-se taxas de segurança aeroportuária, uso dos sanitários, iluminação, sinalização, en-tre outros. Todos os aeroportos no Brasil, e acreditamos que em todo o mundo, co-bram taxas dos passageiros.

Juridicamente, as taxas de embar-que são questionáveis no Brasil, porque pordefiniçãojurídicaeladeveserquantifi-cável, e é impossível medir quanto um pas-sageiro extraiu dos serviços de infra-estru-tura do aeroporto. Tampouco faz sentido o fato de a taxa de embarque internacional ser muito mais cara que a taxa domésti-ca, uma vez que a estrutura dos serviços é exatamente a mesma e imigração e recei-ta federal não são de responsabilidade do administrador aeroportuário.

Apesar de na maioria dos casos as taxasestaremincluídasnovalorfinalpagopelo bilhete, ocorre às vezes, de uma ou outra taxa não ter sido cobrada. Com o de-senvolvimento do bilhete eletrônico, estas

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falhas têm sido cada vez menos recorren-tes, no entanto, vale a pena checar com o agente responsável pela emissão de pas-sagem se realmente estão inclusas todas as taxas de embarque, de todos os países incluídos no itinerário.

Sobretaxa de combustível

Em resposta à escalada do preço do petróleo, as companhias aére-as passaram a cobrar uma sobretaxa dos passageiros para minimizar os prejuízos com a aquisição do combustível das aero-naves. Não há regulamentação, tampouco padronização, e cada empresa decide o valor a ser cobrado

Reembolso É importante comprar as passagens

apenas quando tiver certeza que viajará, porque a desistência torna o procedimento de reaver o dinheiro gasto uma verdadeira tortura. Primeiro, porque a maior parte das tarifas tem restrições ao reembolso, e ele vem cheios de multas e descontos, além

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de ser demorado e restrito. É demorado por tomar no mínimo 30 dias para ocorrer. É restrito porque só pode ser feito por meio da mesma forma de pagamento utilizada. Se usou um cartão de crédito, o reembolso será realizado no mesmo cartão.

Caso seja necessário o reembolso, entre em contato com o departamento de reservas da companhia aérea, seu agente de viagens ou a loja de passagens.

PTA

Os bilhetes eletrônicos estão ex-terminando os PTAs atualmente. PTA vem do inglês, e quer dizer Prepaid Ticketing Advice. O PTA é um procedimento para compra de passagem, no qual uma pessoa paga pelo bilhete para que outro passagei-ro possa voar de outro aeroporto.

O PTA era uma facilidade oferecida pelas empresas aéreas para evitar que o comprador tivesse que enviar a passagem pelo correio, por exemplo, ao passageiro que viajaria de outra cidade. O bilhete ele-trônico excluiu a necessidade do bilhete fí-sico, e agora ninguém mais precisa andar

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com o documento ou transportá-lo para uso..

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Confirmando documentos

Recomendamos que um mês an-tes da viagem cheque toda sua documen-tação. Separe uma bolsa ou pasta especial para mantê-los acondicionados de forma prática e segura.

Se precisar tomar vacinas, este seria o melhor momento. A vacina de febre amarela o deixa “baqueado” por alguns dias, vale tomar com antecedência. Aten-ção à caderneta de vacinação, tem sem-pre de ser a internacional. Escrita em in-glês, normalmente de coloração amarela.

Se estiver faltando documentos para viajar, providencie já! Alguns docu-mentos, a exemplo de visto e passaporte, podem não dar mais tempo para providen-ciar. Esperar é pedir para passar sufoco e estresse, muitas vezes em vão. Remarcar uma viagem pode sair muito caro, e até mesmo impossível sem dias de espera. Conhecemos casos de indisponibilidade

Um mês antes de partir7

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de remarcação por mais de um mês, estra-gando qualquer passeio.

Para os menores desacompanha-dos de responsável, lembramos que as autorizações têm de ser de ambos os pais, autenticadas em cartório, e é imprescind-ível que tenham menos de seis meses da data da viagem.

Planejando a Bagagem

Já é hora de decidir aquilo que você levará na viagem, especialmente se for a lazer ou internacional. Dependendo das escolhas, cabe cuidado especial e pe-culiar. Se for levar uma prancha de surf, um violão, um cachorro, produtos tóxicos ouinflamáveis,etc.

Vimos no Capítulo 4 que é necessário muitas vezes checar com a em-presa aérea, no ato da reserva, as pecu-liaridades de transporte e os cuidados es-peciais. Mas de todo jeito, a atenção maior é com a franquia de bagagem.

Cabe lembrar que bebês de colo (menos de 2 anos) não tem direito à fran-quia.

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Se você for passageiro “VIP” de alguma empresa aérea, pode receber “bô-nus”nafranquiadebagagem.Confiraan-tes de viajar, quais vantagens extras em relação à bagagem lhe confere seu cartão defidelidade/milhagem.

Você deve planejar sua “carga” le-vando em conta o limite de peso. Peque-nos excessos podem ser ignorados, mas querer levar 40 kg quando o limite é 23 kg, é bom se preparar para pagar o peso adicional. Se desejar fazer uma estima-tiva, pense que em média cada quilo custa 0,5% do valor da passagem econômica, tarifa “cheia” .

Se levar cinqüenta quilos a mais, pode pagar 25% do valor de sua passagem promocional. Algumas empresas limitam o “tamanho” dos excessos a um máximo, que normalmente é bem alto.

Bagagens frágeis não são de re-sponsabilidade da empresa aérea. Se você despachar uma TV 50”, cheia de adesivos de frágil e ela chegar destruída ao destino, sinto muito, a empresa lavará as mãos. Ju-ridicamente, não há muito que falar sobre isso, as empresas costumam levar a mel-

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hor. Pode-se fazer seguro da baga-

gem.Costumasercaroeexigeanotafis-cal no momento do despacho, para fazer a apólice. Recomendamos evitar materiais frágeis no despacho da bagagem.

É comum a concertistas, por exem-plo, pagar um lugar a mais no avião para seu instrumento, a exemplo do violoncelo. O mesmo vale para o seu computador lap-top (nos raros casos que for um desktop, compre as alças de transporte para levá-lo a bordo), evite despachá-lo.

Já tivemos a experiência de enviar objetos frágeis, e chegarem intactos. Mas também já vimos pranchas de surf chega-rem rachadas, ou laptops com HDs parti-dos. Vale a precaução. Se enviar, deixe bem ostensiva a fragilidade e embale bem.

Toda bagagem “especial” deve ter cuidado extra. São considerados “itens es-peciais”: bicicletas, wakeboards, botas de esqui,esquis,kite,windsurf,arco-e-flecha,caiaques, patins, varas de pescar, tacos de golfe, bote salva-vidas e bolas em geral (tem de estar vazias devido à mudança de

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pressão do vôo). Espadas, mesmo que ornamen-

tais, também devem ser levadas em con-sideração, pois não podem ir a bordo. En-tão precisam de embalagem especial para transporte no porão. Bicicletas normal-mente são aceitas como bagagem, mas os pneus devem estar vazios, pedais removi-dos e guidão alinhado ao garfo.

Alguns objetos podem ser co-brados, ou não aceitos, mesmo que dentro de sua franquia de bagagem, a exemplo do windsurf e a prancha de surf. Empresas que operam aeronaves de pequeno porte não carregam objetos assim, por causa da falta de espaço no porão da aeronave.

Outra dica, o limite de volumes é levado a sério. Não importa se são duas pesadas e uma quase vazia. O mesmo vale para a distribuição de peso. Uma de 50 e outra de 10 não são admitidas na maioria das empresas. Ou quer mesmo contar com a sorte de encontrar uma alma caridosa para te livrar dos excessos?

O melhor, em última análise, é pe-gar uma fita adesiva grande e “amarrar”duas malas pequenas, para virar uma só.

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Isto é meio primário, mas faz milagre com as mentes “quadradas” que implicam com o peso das bagagens. Pode também usar o “protec bag” nos aeroportos, e mandar empacotar 2 em 1. Assim três malas viram duas. Funciona na maior parte das vezes.

Toda empresa aérea recomenda o transporte de objetos de valor na bagagem de mão. Essa recomendação é para evi-tar furtos de bagagem e danos a objetos frágeis,aexemplodesuafilmadora.

Mantenha seu i-pod e sua máqui-nafotográficanabagagemdemão.Jóiastambém. Mesmo que consiga provar que tais itens estavam na bagagem na hora do despacho, o preço pago em caso de furto é muito pequeno.

É muito importante que cheque se há danos ou violação na mala assim que você pegá-la na esteira de desembarque. O código aeronáutico brasileiro alerta que “O recebimento da bagagem, sem protes-to, faz presumir o seu bom estado”.

A melhor coisa é evitar o problema. Só na justiça para resolver casos de baga-gem violada ou roubada, pois os prejuízos sempre ultrapassam os valores indeniza-

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tórios oferecidos pelas empresas.

A mala de mão

A mala de mão tem limite de peso de 5 kg em vôos domésticos e 10 kg para internacionais. As dimensões máximas são de 115 cm, devendo caber no compar-timento superior ou embaixo da poltrona da frente, e nunca nos corredores, no colo, no assento do lado etc.

Instrumentos musicais podem ser aceitos por bagagem de cabine desde que o volume se enquadre no peso e dimen-sões da franquia permitida para bagagem de mão.

Um cuidado moderno e indispen-sável são os objetos cortantes: tesouras, facas, alicates, canivetes, garfos, estiletes, navalhas, etc. Estes itens não podem ser transportados na mão em hipótese algu-ma. Devem ser despachados para não correr sério risco de perder seus produtos dehigieneconfiscadosduranteainspeçãode raio-x, na segurança.

Atualmente, há uma regra exigindo o despacho de qualquer líquido com mais

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de 100 mL para vôos internacionais. Isso mesmo! O seu creme especial de R$ 200 com 150 mL não poderá ser levado na mão, tem de ir na mala despachada. Caso con-trário eles vão apreendê-lo no embarque, sem choro.

Estão sujeitas a esta restrição ex-agerada as substâncias líquidas, incluindo gel, aerossol, pasta, creme, e similares na bagagem de mão. Todos os líquidos de-vem ser colocados em frascos com tampa e capacidade máxima de 100 ml, em uma embalagem (saco) plástica transparente vedada, com capacidade máxima de 1 litro, não excedendo as dimensões de 20 X 20 cm. Caso contrário, não podem ser transportados.

Os frascos devem ser acondi-cionados dentro da embalagem plástica transparente completamente vedada. Só permitem uma embalagem por pessoa. Deve apresentar na inspeção do raio-x, de forma visual, separada do resto da baga-gem de mão.

Conforme regulamentação inter-nacional, estes outros itens também não podem ser transportados como bagagem

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de mão; fósforos e isqueiro (para ser carre-gado junto de você); materiais magnéticos, oxidantes, radioativos, polimerizáveis, gases comprimidos, lâmpadas de Flash, armas de fogo, armas brancas, explosivos, munições e fogos de artifício, líquidos e sólidosinflamáveis.

Parafinalizar,escolhamalascomrodas. Elas podem te prevenir dores e desconfortos.

Mercadorias perigosas

Existe uma extensa lista de objetos que são considerados como não passíveis de despachar. Sabe aquela maravilhosa pinga de alambique que comprou para o seu amigo mexicano? Pode ser barrada se não apresentar a graduação alcoólica no rótulo.

São de transporte restrito:

Explosivos, armas, munições ou fogos •de artifícios.

Gases comprimidos (inflamáveis,•não-inflamáveis e/ou venenosos):

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aerossóis.

Líquidos inflamáveis: recarregadores•de isqueiros, tintas e dissolventes.

Sólidosinflamáveis:fósforo,artigosde•fácil ignição, combustão espontânea ou que ao contato com água emitam gas-es inflamáveis. Isqueiros de qualquertipo estão proibidos de embarcar em malas despachadas e ou de mão para os EUA.

Materiais oxidantes. •

Venenos e substâncias infecciosas.•

Material radioativo. •

Materiais Corrosivos, mercúrio (ter-•mômetros), ácido, pilhas. Materiais magnetizados e outros artigos perigo-sos.

Garrafas de oxigênio.•

Substâncias líquidas. Barômetros, •

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manômetros e fotômetros.

Há restrições ao gelo seco, na questão •de quantidade.

Escolhendo a mala

Malas de viagem podem fazer muita diferença no seu bem-estar. Escol-her a mala errada pode trazer vários prob-lemas: perda de pertences, dor na coluna, roubo, danos etc. Uma boa mala garante a integridade e evita contratempos. Vejamos o porquê.

As malas nos aeroportos costu-mam transitar em esteiras automáticas. Cansamos de ver estas inofensivas estei-ras “devorar” bagagens. Sabe aquela mala bem“gorda”,detecidofininho,quequaseparece um saco? Basta uma bordinha de tecido, uma alça, prender na esteira, e suas “entranhas” são jogadas para todos os lados. E lá se vai sua bagagem e parte de seus pertences.

Ou sua bela mala de zíper? Bas-ta uma caneta enfiada nomeio do zíperfechado e se consegue abrir e expor todo

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o conteúdo de sua mala para ser levado pelo ladrãozinho de bagagem. Depois bas-ta correr o fecho e pronto! Nem se perce-be o arrombamento. Não importa se tinha cadeado ou lacre.

Por isso as melhores malas são de “capa dura”, com mecanismo de trava, sem zíper. São talvez menos “maleáveis” para socar conteúdo, mas bem resistentes e seguras.

Se for levar uma mala com alças, tranque-as ou amarre-as na hora de despachar,evitandoficarempresasnaes-teira e rasgarem sua mala ao meio. É sim-ples, rápido e faz toda diferença.

Despachar sacolas é muito inse-guro. Se for o caso, enrole todo o pacote comfitaadesiva.Sacolassemprerasgamna esteira ou no manuseio dos operadores de bagagem. São fáceis de permitir o furto de conteúdo. Melhor levar caixas (cuidado com limite de volume ou restrições para o transporte de caixas).

Malas com puxador também são bastante práticas, mas fique de olho naqualidade da marca. Marca “desconheci-da” tem a qualidade muito baixa, e muito

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rápido quebra-se as rodinhas e estraga-se a trava do puxador. E malas com rodinhas, sempre! Mesmo uma mala leve pesa 5 kg. Carregá-la unilateralmente trará muito desconforto e possíveis dores. Rodas nas malas ajudam muito!

Depois de escolhida a mala, lem-bre de identificá-la com nome, endereço,telefone etc. Isso facilita muito a localiza-ção da mala, em caso de extravio.

Animais de estimação

Não é todo animal que pode ser le-vado no avião com você. Na verdade, só gato e cachorro, e não é em todos os casos. No restante das vezes, terá de despachar seu bichinho como carga, no setor de car-ga das empresas aéreas ou transportado-ras, com um procedimento especial e em separado de sua viagem. O seu cachorro ou gato, dependendo do tamanho e do tempo de vôo, pode ir para a cabine princi-pal, mas dentro de uma gaiola da qual não pode sair um momento sequer, e dopado pelo veterinário (com atestado de prova, a ser apresentado no check-in).

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Se for um animal grande, o des-tino é o porão da aeronave, em um com-partimento especial, onde será mantido o “clima” e “atmosfera”. O animal precisa de uma série de documentos, inclusive per-missão da empresa que você escolher. Não são todas as empresas que aceitam levar animais na cabine ou até mesmo no porão.

Um truque, ou cuidado especial, é avisar ao chefe-de-equipe (comissário principal), que há um animal vivo no porão, e pedir para avisar ao comandante. O motivoésimples:aequipequeficaráemterra é responsável por informar o coman-dante sobre a presença de um animal no porão. Mas, por erro interno, a informação pode não chegar ao comandante. Se isso ocorrer, a climatização não será ligada no porão, e isso faria seu pobre animalzinho não resistir ao frio e falta de oxigênio.

Estes erros são raros, mas a chance existe. Há uma vida em jogo. Avise!

Confirmando ou alterando a reserva

O sistema de informação de reser-

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va, nas empresas aéreas, pode “dar pau”. Ocorrem, eventualmente, erros no registro de sua reserva, e ela “cai”, ou seja, parte da informação é acidentalmente apagada do sistema. Desta forma, o passageiro não constará na listagem do vôo comprado.

Para impedir este problema, ligue paraconfirmarsuareservaeosdadosdeassento, refeições especiais, bagagem diferenciada, aeroportos de conexão etc. Se não tiver ainda se informado sobre uma refeição ou condição especial, aproveite a ligação.

Se precisar alterar a data da via-gem, este é o momento ideal para remar-car. A mudança normalmente implica em multa, como visto no capítulo 4. Essa mul-tapodeficaraindamaissalgadacasonãoesteja disponível a mesma tarifa que você comprou para a nova data. Você será cob-rado pela troca de tarifa também.

Quanto mais você demorar para remarcar, menos tarifas baratas estarão disponíveis,emaiscomplicadaficarásuasituação. Pode até mesmo dobrar o preço da passagem na remarcação “em cima do laço”.

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Cancelando a viagem

Se precisar cancelar a viagem, faça antes da saída do vôo marcado. Antes! Mais uma vez: antes! Tarifas promocionais implicam na famosa “taxa administrativa”, onde um valor ficará retido no cancela-mento da passagem. É como a multa de remarcação. Esta multa é BEM maior se cancelada a passagem após a saída do 1º vôo comprado.

Estes valores podem variar con-forme a tarifa e o trajeto, mas são sempre “salgadas”. Em casos de “super” promoção até inviabilizam o reembolso, é como jogar dinheiro no lixo.

Portanto, fiquedeolhonoato dacompra para restrições de tarifa se você está comprando sem estar muito certo se vai ou não.

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Oferecemos uma lista prática de itens que devem ser revistos ou realizados para ga-rantir uma viagem aérea tranqüila e com-pleta:

Bagagem

Pesquise o que é proibido para levar na •bagagem de mão .

Consulte problemas para desembarcar •com itens in natura: frutas, frutos do mar, verduras, amostras de madeira, laticínios etc.

Liste os itens considerados perigosos •para o transporte aéreo e substitua aqueles que não poderá levar por out-ros permitidos.

Separe as roupas sujas que quer levar •e as lave.

Uma semana antes8

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Não use as roupas limpas que quer le-•var.

Existem seguros de viagem que cobrem •o valor perdido em caso de extravio da bagagem. A Assist Card é a mais con-hecida, e também oferece assistência médica no destino durante a viagem. Vale a pena uma cotação se for uma pessoa que aprecie segurança. O valor pago pelas empresas aéreas em casos de extravio é bastante irrisório.

Vantagens de levar apenas mala de mão

Dá menos trabalho para carregar.•

Menor chance de furtos e roubos•

Acaba com o risco de ser cobrado ex-•cesso de bagagem.

Elimina o risco de ter sua mala perdida, •ao menos fora de seu controle.

Extingue o risco de ter amala danifi-•

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cada.

Mas, além disso:

Poderápediracessoàsfilaspreferenci-•ais no check-in.

Check-in é mais rápido•

Se o vôo for cancelado, é mais fácil a •reacomodação em outro vôo ou empre-sa aérea.

Caso teu vôo esteja atrasado, será mais •fácil acomodar em outro vôo.

Não precisará aguardar a bagagem no •desembarque, que chega a demorar mais de 1h, às vezes.

Mais fácil conseguir carona!•

Documentação

Tire cópia simples dos seguintes documen-tos:

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Passaporte1. RG2. Carteira de motorista3. Visto4. Vouchers de hotel5. Documentos de suporte6. Autorização para menores7. Reserva8. Bilhete eletrônico9.

Roupas

A primeira consideração impor-tante: qual o clima do destino na hora de chegada? Este é o grande “lance” para promover seu bem-estar!

Durante vôos longos (acima de 3 horas) recomendamos que viaje vestindo calça. Não apenas porque a maioria dos passageiros costuma se vestir melhor para viajar, o que torna a calça mais adequada, mas também porque a privacidade, caso você durma durante o vôo, impede que deixe “suas partes à mostra” durante o sono. Use roupas confortáveis! Lembre-se também que os sanitários são apertados

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em aviões, então evite usar roupas compli-cadas e difíceis de tirar. O ar condicionado do avião também está ligado no “super hiper frio”! Pense que na classe econômica ocobertorfornecidonãoésuficienteparamantê-lo aquecido. Leve agasalho. Use meias em bom estado de con-servação, para evitar constrangimento ao retirar o calçado. Aos homens, recomendamos usar roupa com muitos bolsos. Isto facilita o transporte dos diversos documentos de viagem. Além disso, já tratamos sobre os cri-térios de imigração dos países para a per-missão de entrada de visitantes, em vôos internacionais. Então, estar bem vestido auxilia na sua boa imagem e impressão. Pelo mesmo motivo, deixe em casa as roupas com dizeres ofensivos ou de cores vibrantes. É importante considerar o perfilda viagem. Viagens de negócios exigem roupas mais formais, ao contrário da infor-malidade das viagens de lazer. Também faz parte do perfil a duração da viagem.As malas preparadas para viagens de 15

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dias ou de 3 meses são exatamente iguais, partindo do preposto que poderá lavá-las. A propósito, não confunda viagens de turismo com viagens de lazer, pois é in-completo.Pordefiniçãoexiste turismodenegócios, que inclui congressos, feiras e convenções.Enfim,dizerqueopropósitoda sua viagem é turismo está, ainda, incor-reto. Quanto ao calçado: separe 2 pares. Um será usado durante a viagem, o outro vai para a mala. E mais o chinelo. Se a vi-agem for de negócios, serão necessários 3: um para o trabalho, um para eventos e jantares de trabalho e outro para possíveis passeios e até esportes que pratique du-rante a viagem. Para as mulheres, será um para cada situação. Escolha cores versáteis e nunca leve mais de 05 pares. Lembre de considerar o Tênis Pé Baruel caso tenha mau cheiro nos pés. E Importante: não leve calçados novos! Cos-tumamos andar mais ao viajar, só faltava levar um que machuque o pé! Para viagens de negócios, deixe em casa as roupas justas ou curtas. Escolha roupas sóbrias e discretas. Talvez seja es-

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sencial levar um ferro de passar portátil para garantir a boa aparência da roupa. Uma dica para substituir o ferro é pendurar as roupas amassadas no banheiro durante o banho quente. O vapor eliminará o problema! Outra dica legal é usar as etiquetas de bagagens das empresas aéreas para tirar “bolinhas e pêlos” das roupas! Sua cola é ótima para isso, sem estragar a roupa. E as roupas íntimas? Sempre con-sidere que o número de dias de viagem inclui o dia da partida, saindo de casa. Portanto, sempre leve um par de meias e roupa íntima a mais que o número de dias da viagem. Homens: escolha apenas cores de meias que combinem com os calçados que escolheu. Outra coisa importante para consid-erar é o local de estadia. Se for a um hotel, é mais fácil. Mas, se for à casa de amigos ou parentes, ou uma casa alugada, há mais itens que precisa levar. Por exemplo: deverá levar uma toalha para viagens de até uma semana, e duas para viagens por mais tempo que isso. Evite utilizar toalhas dos outros!

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Outro ponto: num hotel não há prob-lema dormir com sua roupa íntima ou mes-mo nu. Já na casa de parentes isto é de-saconselhado. Então, deverá levar pijama. Leve também todos os artigos de higiene, incluindo xampu, condicionador, perfume, sabonete, desodorante e pasta de dente. É incrível o quanto eles podem ser úteis du-rante sua estadia na casa dos outros. Em alguns casos, será necessário inclusive le-var roupa de cama. Outros fatores fundamentais, em caso de viagens de lazer, pois todas exi-gemroupasespecíficas:

Está frio ou calor?

É praia ou montanha?

Praticará esportes?

Curtirá a vida noturna?

Quanto às camisetas, blusas, saias ou bermudas, não leve uma para cada dia de viagem, a menos que sue muito! Po-demos te garantir que costuma se repetir

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roupas enquanto está viajando, principal-mente em climas frios. A única exceção à regra é para os fumantes, pois a fumaça impregna na roupa de tal jeito que é impos-sível usá-la de novo sem lavar. Lembre-se, levar tudo possível para qualquer situação não é sinal de pessoa sensata e precavida. Carregar malas é chato demais, às vezes não tem lugar para guardar tantas malas aonde você vai e você não usa nem metade do que leva. Portan-to, pense e planeje as atividades que fará no destino antes de arrumar a mala. Detalhe: estar na praia ou em algu-ma embarcação no mar são as situações em que precisa de menos roupas de to-das. Sungas, bermudas e biquínis são as peças mais usadas durante o dia, e mais repetidas também. Lugares frios, apesar das roupas volumosas, também favorecem malas menores, pois se utiliza a mesma ja-queta ou similar quase todos os dias, vari-ando apenas o que está embaixo dela. De qualquer maneira, cuidado com exageros! Não seja econômico demais nas roupas porque pode haver pequenos acidentes: uma bebida derrubada na roupa, barro,

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pó ou outras situações que se agarram na nossa roupa e não largam, para terminar com as opções do vestuário.Para reforçar o porquê de levar pouca rou-pa, outro lembrete: costumamos voltar de viagem com mais roupas do que fomos! Nada mais inspirador às compras que uma viagem! Quanto às cores e estilos, prefiracores neutras e roupas básicas que com-binem bastante! E que possam ser usadas noite ou dia! Se puder, leve muitas roupas de tecido que não amassem.

Aeroporto

Planeje um meio de transporte ao aero-•porto.

Pesquise o mapa do aeroporto para •identificaralocalizaçãodaempresa.

Certifique-seseovôoécodeshare.•

Descubra os limites alfandegários e de •duty free shop.

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Faça a declaração da Receita Federal •para artigos eletrônicos que levará, caso não tenha um posto no aeroporto onde embarcará.

Se levar animais de estimação, separe •os documentos necessários.

Ligue ao departamento de reservas da •empresaaéreaereconfirmeareserva.

Destino

Tenha moedas que são usadas no país •de destino .

Pesquise os meios de transporte pos-•síveis para sair do aeroporto.

Escreva na agenda o número de tele-•fone de parentes, polícia, consulados e embaixadas, hotel, meios de transporte e departamento de reserva da compan-hia aérea da cidade de destino.

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Saúde

Separe a caderneta internacional de •vacinas.

Em caso de gestantes, obtenha o at-•estado médico.

Consulte seu médico caso sofra de si-•nusite, rinite alérgica, dores de ouvido, enjôos ou outros distúrbios similares. Durante o vôo, o desconforto pode ser potencializado devido à mudança de temperatura e pressão atmosférica.

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Dia da viagem9

Este capítulo é composto exclusiva-mente de check-lists, para auxiliá-lo a lem-brar de ter tudo em mãos antes de sair de casa.

Roupas

Calçados•

Meias e/ou meia-calça•

Roupa íntima•

Ternos, tailleurs ou peças de gala. •

Camisetas, blusas e tops.•

Calças, bermudas, vestidos ou saias.•

Cintos e/ou gravatas•

Jaquetas, moletons, casacos, suéteres •e abrigos.

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Gorros, cachecóis e luvas.•

Higiene e beleza•Xampu 1. Condicionador 2. Sabonete 3. Pasta e escova de dente4. Protetor solar5. Protetor labial6. Hidratante7. Desodorante8. Perfume9. Cotonete10. Fio dental11. Repelente de insetos12. Maquiagem e removedor13. Aparelho e lâmina de barbear14.

Ziplocs, em caso de vôos internacio-•nais.

Toalha•

Pijama•

Óculos escuros•

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Chapéus e bonés•

Sungas, bermudas ou biquínis.•

Canga•

Roupa de cama•

Roupas especiais para a prática de es-•portes (tornozeleira, kimono, snorkel, neoprenesedryfits).

Acessórios (brincos, pulseiras, co-•lares).

Bolsas versáteis•

Artigos infantis•Fralda1. Lenços umedecidos2. Chupeta3. Brinquedos4. Talco e loção5. Creme anti-assadura6. Medicação7. Cobertor8.

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Pochete interna para carregar dinheiro •por baixo da roupa.

•Sacos para guardar roupa suja ou úmi-•da e isolar calçados na mala.

Baralho, canivete suíço ou lanterna.•

Cabides •

Obs. Imprima a tabela de tamanhos de roupas e calçados do destino aonde vai.

Aeroporto

Certificar-sedomeiodetransportees-•colhido ao aeroporto.

Preparar-se para estar no aeroporto •com a antecedência certa: 4h para vôos internacionais e 2h para vôos do-mésticos.

Anotar no papel a companhia aérea, •número do vôo, horário de saída, termi-nal e asa onde está localizado o balcão

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da empresa.

Verificar condições climáticas e pre-•visão meteorológica dos aeroportos uti-lizados nas rotas.

Assim que chegar ao aeroporto, ob-•servar se há filas na entrada daPolí-cia Federal, isto é importante, pois não há como fugir delas. Talvez você ten-ha que prosseguir imediatamente ao portão de embarque internacional após o check-in

Lembrar também de...

Separar o dinheiro do local de destino e •colocar na pochete interna, que é ama-rrada próximo à roupa de baixo.

Carregar na tomada os objetos eletrôni-•cos que serão utilizados durante o vôo paraevitarficarsembateria.

Documentação

Anotar o código do localizador e núme-•

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ro do bilhete eletrônico.

Separar1. Passaporte2. RG3. Carteira de motorista4. Visto5. Vouchers de hotel6. Documentos de suporte7. Autorização para menores8. Caderneta internacional de vacinas9. Cópia tirada dos documentos10.

Bagagem

Verificarcheck-listdasroupasantesde•fechar as malas.

Se tiver itens frágeis, garrafas e outros •vidros e eletrônicos, os posicione bem no centro da mala, com muita roupa em volta. Isto diminui a chance de eles chegarem quebrados.

Envolva todos os líquidos em ziplocs, •caso a embalagem quebre. Isto preve-nirá que o líquido suje e manche suas

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roupas.

Trancar com cadeado as malas, caso •as despache. A exceção é se o destino for os EUA. O TSA poderá livremente arrombar o seu cadeado em nome da segurança nacional. Não tranque suas malas se for aos EUA.

Colocar algumas mudas de roupa com-•pletas na bagagem de mão.

Tirar foto das malas fechadas para pos-•terioridentificação.

Marcar bagagem com fitas coloridas•quefacilitemaidentificaçãonaesteirade desembarque.

Identificar a mala com companhia•aérea, vôo, dia, seu nome e telefone.

Saúde

Separar remédios necessários.•

Separar Dramin para aumentar a •

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sonolência e curar o enjôo, se reco-mendado pelo seu médico.

Evitar bebidas alcoólicas, porque a mu-•dança de pressão atmosférica muda a oxigenação no sangue e aumenta muito o efeito embriagante da bebida alcoólica.

Colocar itens de higiene pessoal líqui-•dos em ziplocs, e lembrar que nenhum frasco pode possuir mais que 100ml na mala de mão.

Passar Tênis Pé Baruel nos pés.•

Levar atestado médico, em caso de •gestante.

Tomar bastante água durante o dia, o •ar que circula no avião é extremamente secoedanificaepeleeasviasrespi-ratórias e desidrata os passageiros.

Levar Colírio Moura Brasil, pois é pos-•sívelqueseusolhosfiquemirritadosevermelhos com o ar seco.

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Evitarusarlentesdecontato,prefiraos•óculos.

Levar loção ou spray hidratante para •combater a sensação de pele resseca-da durante o vôo.

Em vôos noturnos, levar escova e pasta •de dente e algo para o hálito matinal.

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No check-in10

Fazer check-in é o termo emprega-donaaviaçãoparadefiniroatodeaten-dimento e serviço ao cliente. É um evento indispensável para embarcar no avião. É no check-in que documentos são apre-sentados, malas despachadas e dúvidas sanadas. O check-in diverge em duas catego-rias: vôos domésticos e internacionais, as quais explicaremos separadamente. Ao chegar ao aeroporto, procure sua empresa aérea e busque realizar o check-in o quanto antes. Ao localizar sua empresa, repare que pode haver diversas filasdecheck-in. As divisões das filas costumamvariar de empresa para empresa e entre aeroportos. Podem ser entre internacio-nal e doméstico, classe de atendimento (1º classe, executiva e econômica), “VIP” (cartãodemilhagem/fidelidade),passage-iros com prioridade (gestantes, idosos etc.) e passageiros sem bagagem. São muito

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comunstambémfilasseparadasporvôos.Há ainda a opção de se fazer check-in virtual nos vôos domésticos da maioria das companhias aéreas, que veremos a seguir.

Vôo doméstico

Parafazerocheck-indirija-seàfilaapropriada (algumas empresas separam asfilasporvôo,outrasnão). No balcão de check-in, a 1ª atitude a ser tomada é apresentar os documen-tos de viagem ao agente, que é o nome do cargo dado aos colaboradores de com-panhias aéreas que trabalham em terra, ou seja, não trabalham voando em aviões. Tudo é simples quando se trata de vôo doméstico. O check-in costuma ser rápido se a reserva estiver bem-feita, dura-rá menos de um minuto. Apresente o RG e informe em qual vôo tem reserva, ou apre-sente a cópia da reserva ao agente. O agente verificará sua reserva,e dará o comando no sistema pra emitir cartão de embarque e etiqueta de baga-gem.

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Check-in virtual

Neste procedimento, você poderá fazer seu despacho por meio da Internet. Basta acessar o site de sua empresa aérea algumas horas antes do vôo e realizar o procedimento. Esta opção tecnológica ga-rante que você não será vítima de over-booking. Basta digitar suas informações e ser considerado atendido no vôo. Se houver bagagem, provavelmente terá que dirigir a um balcão especial, mais rápido, para despachar suas malas. A úni-ca exigência do procedimento é dispor de uma impressora para imprimir seu cartão de embarque.

Vôo internacional

Segurança/Security

Algumas companhias aéreas, espe-cialmente as americanas, realizam um pro-cedimento de segurança, um pré-check-in. Será muito útil a este procedimento de se-gurança você ter em mãos o localizador da

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reserva e o número do bilhete eletrônico. Durante o procedimento de segurança, o passageiro terá seus documentos analisa-dos para verificar a autenticidade, e teráuma série de perguntas feitas a respeito da bagagem, em busca de sinais de ter-rorismo, adulteração e adição involuntária doconteúdodamalaesinaisdeconflitospsicológicos do passageiro. É importante que estejam todos ospassageirospresentes, inclusivefilhospequenos, e apresentar ao agente todos os documentos de viagens, incluindo pas-saportes de dupla cidadania, documentos equivalentes ao visto, vouchers de hotel e documentos de suporte para verificação.Após a aprovação, o passageiro perman-ece em fila para ser atendido no balcãodo check-in. Se houver a solicitação de serviços especiais (cadeira de rodas), in-forme ao agente de segurança sobre a so-licitação.

Check-in

O check-in de vôos internacionais são mais complexos e demorados, pois

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incluem a análise dos documentos de viagem e o cumprimento das regulamen-tações governamentais específicas paracada país. É importante que você preste aten-ção ao uniforme dos colaboradores da em-presa aérea. Memorize os detalhes do es-tilo e da cor da camisa etc. Isto pode ajudar a localizá-los no portão de embarque para esclarecimento de dúvidas.

Pontos importantes

Bagagem

Durante o check-in, o item de maior importância é a etiqueta de bagagem. Antes que o agente libere sua bagagem despachada,verifiqueseaetiquetafoiim-pressacomseunomeeodestinofinalcor-retamenteesefoibemfixadanabagagem.Este passo simples impede, muitas vezes, a perda de malas. Sua bagagem despachada será analisada por raio-x. Por isso, é bom infor-mar ao agente itens frágeis, especiais, in-comuns que possam gerar confusão quan-

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do a bagagem for inspecionada. É importante estar com a mala de mão presente durante o check¬-in. Não a deixe fora com parentes ou amigos. Algu-mas empresas etiquetam a mala de mão para demonstrar que ela foi inspecionada por segurança, outras pesam a mala de mãoparaverificarseelaestáemconfor-midade com as regras da empresa.

Dicas

Certifique-sequeconstaseunúme-ro de milhagem na reserva e seu assento de preferência. Muitas vezes, o fato de ter chegado 4 horas antes do vôo possibilita que tenha seu assento de preferência di-sponível, caso não esteja pré-reservado. Pergunte se o vôo está vazio! Está? Então, pergunteseépossívelterumafileirainteirade assentos juntos vazios para você. A empresa não é obrigada a manter estes assentos vazios, mas o agente cer-tamente se esforçará para que você tenha afileiratoda,seissoforpossível. Aproveite também este momen-to para perguntar o horário de saída dos

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vôos. Muitas vezes, esta pergunta revela atrasos na saída do vôo. O mesmo princípio é aplicado ao perguntar o equipamento, o tipo de avião utilizado no vôo. Às vezes acontece da empresa precisar substituir um avião de úl-tima hora. Isto pode mudar radicalmente asconfiguraçõesdeassentoseosassen-tos disponíveis. Sempre chegue cedo para evitar surpresas desagradáveis. Caso precise fazer declaração da Receita Federal para um artigo eletrônico que esteja levando, ou passar na casa de câmbio para trocar reais por outras moe-das, deixe para fazer isso apenas depois de passar no check-in. Lembrete aos fumantes: dentro da área de embarque e nos aviões é proibido fumar, portanto, tenha seu último cigarro antes de entrar para a Polícia Federal.

Cartões de embarque

Antes de emitir o cartão de embarque, se houver pagamentos pendentes, o agente poderá cobrar por taxas de embarque ausentes na emissão do bilhete, bagagens

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especiais despachadas ou serviços extras, a exemplo de taxa de menores desacom-panhados. A emissão do cartão de embarque oferece outra grande oportunidade de checar tudo que foi feito na reserva. Peg-ueocartãoeverifiqueseunomeimpresso,o assento de sua preferência. O agente pode ser capaz de emitir cartões da con-exão,atéseudestinofinal,dependendodaempresa aérea do vôo seguinte. O número de milhagem deve estar também impresso no cartão, se não estiv-er, há grandes chances de ele não ter sido incluído. O cartão também indica o portão e o horário de embarque, e o horário de saída dos vôos. Peça confirmação doportão e do horário de embarque. Ao receber os cartões de embarque, principalmente se houver conexões, sepa-re o “joio do trigo”. Guarde, bem guardado, todos os cartões da conexão, a etiqueta da mala e o bilhete da volta, e mantenha em mãos o passaporte e o cartão de embarque do vôo imediato. Isto te ajuda a ganhar tempo depois.

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Lista de espera

Às vezes, você recebe seus cartões de embarque, e ele contém todas as in-formações, menos uma das mais impor-tantes:onúmerodoassento.Istosignificaque está em lista de espera. O motivo para isso são diversos, pode ser até o fato de seu trecho jamais ter sido confirmado nareserva, lembra? Ou então, você chegou mais cedo que o normal ao aeroporto, e pediu para entrar em lista de espera para tentar pegar um vôo mais cedo. Neste caso, a companhia aérea vai te pedir pra seguir um de dois procedimen-tos: aguardar no check-in até a hora de fe-chamento do vôo, por volta de 30 minutos antes, em vôos doméstico, e 1 hora antes da saída, no vôo internacional. A espera é paraverificarquantoslugareshásobrandono vôo, quantas pessoas tem na lista de espera,equemconsegueconfirmação. Aí, tem mais um motivo pra chegar cedo: quem chegou primeiro, estará no topo das listas de espera. Este é o procedimento mais comum, até porque sua bagagem só pode ser eti-

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quetadadepoisdaconfirmaçãodaida,en-tão eles pedem que aguarde no check-in até que seu assento esteja confirmado esua mala possa ser devidamente etiqueta-da. O outro procedimento é seguir ao portão de embarque. Não recomendamos este procedimento porque será impossível verificaraetiquetaeháoriscodenãohav-er tempo suficiente para receber o com-provante de bagagem das mãos do agente que a emitiu.

Overbooking

Muito bem, o que você ainda pre-cisa saber sobre overbooking é o que fazer quando você estiver passando por uma situação desta. A 1ª coisa que o agente da empresa fará, depois de te informar, é te colocar em lista de espera. Quando há risco real de overbooking, os agentes são informados pelos supervisores antes de começar o turno que devem buscar por voluntários. Veremos adiante quem eles são. No entanto, a companhia aérea só resolv-

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erá sua lamentável situação no fechamen-to do check-in. Será o momento quando eles avaliarão quantos assentos estão disponíveis no avião, quantos voluntários estão em lista de espera, e quanto pas-sageiros que querem viajar ainda estão sem assentos, e farão enfim o que deveser feito pra deixar todo mundo menos chateado. E pior, os assentos podem ser uma bagunça, você pode receber um assento nomeio domeio, e ainda ficar longe dapessoa com quem está viajando. A melhor maneira de evitar overbooking é escolher assento no ato da reserva e chegar cedo ao aeroporto.

Voluntários

Os voluntários são passageiros que tem assentos reservados na reserva confirmada,chegamcedoaocheck-inemdia de vôo lotado (tudo bem, você não é obrigado a saber qual dia estará lotado) e ao fazerem o check-in aceitam a condição de desistir desses assentos e viajar outro diaemtrocadeumacompensaçãofinan-

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ceira. Esta troca é negociada, e pode variar de US$ 200 a passar de US$ 1,000. Importante: a empresa aérea não vai con-tar notas de US$ 100 pra te entregar, não é assim! A moeda de troca são os vouch-ers, um “vale-empresa” pra ser utilizado na compra de passagens futuras na própria empresa. Mesmo assim, imagina que óti-mo negócio se você está viajando com a família,complanosflexíveisdeviagem,eplaneja sua viagem no meio da alta tempo-rada. Já vimos famílias de 4 pessoas que embarcaram apenas no 5º dia, após a data original! Foram 5 vezes ao aeroporto e se voluntariaram. E levaram US$ 13,000 em vouchers na bagagem! E se você pensa que os voluntários são largados à própria sorte ao saírem do aeroporto: pense de novo! Eles ainda ganham a diária do ho-tel pra aguardar para embarcar no próximo vôo, se ele só parte no dia seguinte. Pense nisso ao fazer planos de viagem.

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CHECK-LIST – CHECK-IN

Todos os passageiros devem estar pre-•sentes no check-in.

Verifique se a etiqueta de bagagem•está correta.

Informar itens incomuns ou frágeis na •mala.

Confirmarnúmerodemilhagem•

Pedir assento de preferência. Pergun-•tar se vôo está vazio para tentar obter umafileirainteiradeassentosvazios.

Questionar horário de saída do vôo e •equipamento utilizado.

Verificarinformaçõesnocartãodeem-•barque.

Guardar os cartões de embarque da •conexão, a etiqueta da mala e o bilhete de volta.

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Manter em mãos o documento de via-•gem e o cartão de embarque do vôo imediato.

Perguntar onde fica portão de em-•barque.

Memorize a cor e o estilo do uniforme •dos agentes da empresa aérea para localizá-los facilmente no portão de em-barque.

Fazer declaração na Receita Federal •de artigos eletrônicos que esteja levan-do na viagem.

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Embarque Doméstico11

Doméstico

Segurança

Cada dia que passa, mais chato e demoradoficapassarpelasegurança,maspor ser um passo necessário, aqui vão di-casparaacelerarasfilasnoraio-x(ah,setodosfizessemisso):

Tire tudo que possa “soar” o alarme •do detector de metais, que carregue nos bolsos, e coloque na bagagem de mão.

Tire acessórios de metal (anéis, corr-•entes) e coloque na bagagem de mão.

Se levar notebook, deixe aberto o zíper •do estojo, pronto para tirá-lo com rapi-dez.

Se observar que os agentes de segu-•

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rança estão pedindo a todos os pas-sageiros para retirarem cintos e sapa-tos, Deixe o cinto desafivelado e, sehouver, cadarços desamarrados para agilizar a remoção.

Portão de embarque

Fique muito atento ao portão de embarque do seu vôo. E não se garanta pelo que está impresso no cartão, porque os portões mudam BASTANTE durante a operação nos aeroportos.

A razão das mudanças são atra-sos. Atrasos de vôos que saem e que che-gam bagunçam o planejamento de portões nos aeroportos. A informação da mudança de portão muitas vezes se “perde no bar-ulho”,entãofiqueatento.

Os vôos doméstico deveriam ser embarcados 30 minutos antes da hora de decolagem, mas pelo excesso de aproveit-amento dos aviões, a aeronave costuma pousar meia hora antes. Então, o embarque só ocorre vinte a quinze minutos antes do fechamento de portas do avião.

Se perceber que o horário de saí-

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da se aproxima, mas não há movimenta-ção de embarque, busque um agente da empresa (lembra do uniforme?).

Corra para pegar o vôo. Não conte com a empresa aérea para esperar por você.

Internacional Polícia Federal

Todo passageiro que deixa o País deve passar pela inspeção de documentos da Polícia Federal. Se você é brasileiro, o procedimento é muito simples, salvo se estiver viajando com crianças menores, poisaverificaçãopodedemorarumpoucomais.

Se for estrangeiro que reside no País, terá que apresentar o formulário de imigração de saída e seu R.N.E. (Registro Nacional de Estrangeiro), o cartão de resi-dente. Se for estrangeiro não-residente, terá que apresentar o formulário de imigra-ção de entrada.

Paraagilizarasfilasdebrasileiros,mantenha seu passaporte aberto na pági-

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na da foto, e levante-o para deixar visível ao policial federal. Mesmo que você tenha dupla nacionalidade, apenas o passaporte brasileiro será apresentado ao policial fed-eral, a menos que ele o solicite.

Segurança

Depois da Polícia Federal, é hora de passar pela inspeção de segurança. Siga as mesmas dicas apresentadas para o vôo doméstico, para agilizar o procedi-mento.

Duty free shop

Apesar de nós brasileiros pegar-mos a mania de falar free shop, as lojas do aeroporto não tem nada de gratuito. O corretoédizerdutyfree,quesignificalivrede impostos. É um loja livre de impostos.

Apenas podem realizar compras no duty free os passageiros que chegam ou partem a uma cidade fora do País.

Citaremos um exemplo que gera confusão: um vôo que vem de Paris, pára no Rio de Janeiro e continua a Recife.

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Uma vez que ele chegou de Paris, o avião está estacionado na ala internacional. Os passageiros que embarcarem no Rio para ir a Recife deverão ir à ala internacional, mesmo que peguem um vôo doméstico. E então, ao desembarcarem em Recife pas-sam em frente ao duty free e entram, pen-sando que ganharam um benefício extra. Infelizmente, estes passageiros não po-dem usufruir da loja. A forma de controle existente para isso é a obrigatoriedade de apresentação do cartão de embarque in-ternacional, neste caso, o cartão de Paris a Recife, para poder comprar.

Consulte os limites vigentes de compra nos duty free shops, tanto na parti-da do Brasil, quanto na chegada do exte-rior, antes de começar a viagem.

Portão de embarque

Aplique o mesmo cuidado com o portão de embarque que instruímos no embarque doméstico. Para que o vôo in-ternacional saia no horário ele deve chegar um bom tempo antes para receber os trip-ulantes, que prepararão o avião para re-

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ceber os passageiros. Caso o vôo tenha refeições, receberá a visita de catering, o setor responsável pela preparação das refeições na aviação, para entregar a co-mida do vôo. O avião deverá ser abaste-cido, limpo, higienizado etc. E o embarque começa cerca de 45 min antes do vôo.

Em caso de mudança de portão, os agentes da empresa fazem anúncios de alerta pelos microfones es-palhados na área de embarque. Mas, você estava no duty free, no banheiro, dentro de lojas, enfim, fazendo qualquer outra coi-sa, até porque não é hora de embarque e vocênãoestáafimdeficaresperando.Denovo, seguro morreu de velho. De tempos em tempos, olhe os monitores informativos do aeroporto, localize o seu vôo e veja o portão de embarque.

Também recorde os detalhes do uniforme dos agentes para localizar facil-mente alguém da empresa aérea do seu vôo, e tirar dúvidas antes de embarcar.

Embarque

Entrar cedo no avião facilita en-

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contrar lugar para a mala de mão, identi-fica possíveis problemas com o assentoenquanto “dá para resolver”, e óbvio, evita a perda do vôo.

Na hora do embarque, tenha em mãos o passaporte e o cartão de em-barque. O embarque nas empresas aéreas costuma seguir um fluxo baseado em 2sistemas:númerodafileiradoassentoougrupos de embarque.

Seofluxoocorrerpelonúmerodafileira,primeirosãochamadospassageirosda 1ª classe e classe executiva e passage-iros com prioridade de embarque (idosos, portadoresdedeficiência,gestantesecomcrianças de colo), depois são chamados para embarque passageiros sentados da fila X a Y. Ex. foram chamados ao em-barquepassageirosdasfilas10a15.Seteu assento é 22C, aguarde serem chama-dasasfilas20a25.

Seo fluxo for por grupos de em-barque, a indicação do teu grupo estará impressa no cartão de embarque. Normal-mente, vai de grupos 1 a 6.

Esteja atento às chamadas de em-barque feitas pelo sistema de som, elas in-

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dicamqualogrupooufileirasestãosendochamadas no momento.

Após entrar no avião, guarde com carinho o canhoto do cartão de embarque, porque ele é sua garantia posterior de ter voado o trecho, e sua garantia a direitos.

Remota

Todos nós passamos por isso ao menos uma vez, alguns quase sempre. Remota é o nome dado para o embarque realizado em posição remota. É chamado de posição remota o local do estaciona-mento do avião, localizada longe do termi-nal de passageiros e com acesso somente pela pista.

O que ocorre em embarques na remota é a necessidade de ônibus para o transporte de passageiros até o avião, ou o cruzamento de vias de trânsito a pé.

Já ouvimos algumas vezes pas-sageiros subirem para o ônibus e ques-tionarem irrititadamente se eles iriam de ônibus até o destino, e a substituição não foi avisada antes! Não, naturalmente que não. Mas o embarque na remota pode ser

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muito chato, desorganizado e tumultuado.O maior problema da remota é que

na maioria das vezes, você não está soz-inho. Ou melhor, seu vôo não é o único a estar lá. Tem diversos outros vôos e ima-gina o que pode acontecer se você subir ao ônibus errado? Sim, você irá ao avião errado, e consequentemente...

Ouça com atenção a chamada de embarque, pergunte ao agente a quem en-tregar seu cartão de embarque se aquele é o vôo tal, da empresa tal, acomode-se no ônibus da melhor forma que conseguir, e esteja preparado: porque terá que subir as escadas para chegar à porta da aeronave.

Duplicidade de assentos

Às vezes acontece dentro do avião de você localizar seu assento e ter alguém sentado nele.

Primeiro: verifique seu cartão deembarque e tenha certeza que este assen-to está marcado para você.

Segundo:verifiqueseestácomocartão do vôo correto, pois às vezes pode ser o assento do vôo da conexão.

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Terceiro: comunique o erro, e peçaaopassageiroparaqueeleverifiqueo cartão de embarque dele por causa do assento. É uma situação comum os pas-sageiros confundirem os canhotos de em-barque com os vôos da conexão, que muito provavelmente terão assentos diferentes.

Quarto: se ambos estiverem com cartões de embarque impressos com o mesmo assento, para o mesmo vôo, chame a comissária de bordo.

Quinto: se o passageiro estiver em seu assento, criar caso e se recusar a sair, chame a comissária de bordo.

Sexto: se o passageiro reconhecer que estiver no seu assento, e pedir para trocar com o dele, o direito pelo assento é seu, mas use seu bom senso para decidir.

Perdeu o vôo? Simplesmente aconteceu! Você

esperou no portão que estava impresso no cartão, não ouviu chamada alguma, se dis-traiu, ninguém te procurou decentemente e quando se deu conta: era tarde demais! O avião já havia ido embora!

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Neste caso, use a memória para lembrar o uniforme da empresa, localize um agente da companhia aérea e deixe-o tomar as providências necessárias para reacomodá-lo em outro vôo. Mas esta situação é constrangedora, chata e mui-tas vezes te obriga a ter conexões difíceis em aeroportos não-planejados na viagem, sem dizer quando você avisou alguém pra ir te buscar. Evite esta situação se apre-sentando com antecedência ao portão de embarque correto.

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Atrasos e cancelamentos12

Depois do overbooking, atrasos e cancelamentos são o 2º motivo principal do pânico e do estresse nas viagens aéreas. De fato, existem milhares de coisas mel-hores para fazer na vida. Vamos separar o assunto:

Atrasos

Podemos adiantar uma coisa: não importa o quão importante você pen-sa que é, a companhia aérea não atras-ará o horário de saída só por sua causa. Primeiro, porque no Brasil o estaciona-mento de aviões no portão é pago por hora à administradora do aeroporto, se passar um único minuto, paga uma hora inteira a mais. E vou te dizer que não são R$ 10 por hora. Nem de perto!

Segundo, porque em diversos países do mundo há rankings de qualidade no serviço entre as companhias aéreas lo-cais, e pontualidade certamente é um dos

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critérios para subir ou descer no ranking. Terceiro, porque não é nada justo

com todos os outros 199 passageiros que já estão a bordo. A empresa aérea apenas vai atrasar um vôo se outros 15, 20 pas-sageiros, que não podem ser realocados em vôo algum, estiverem todos atrasados juntos. Ou algo assim.

Mas, atrasos no fechamento de portas relacionado a passageiros são raros. O motivo número 1 para atrasos e que dão grande dor de cabeça a todos é manutenção em aeronaves. Se o avião apresentar qualquer defeito, mínimo que seja, pode ser um limpador de pára-brisas inoperante, ele entra automaticamente em manutenção. Problemas mais complexos podem exigir horas de trabalho, e portanto, horas de espera.

Ao ocorrer manutenção você deve estar atento ao fato mais importante rela-cionado a atrasos: horário do vôo de con-exão ou horário de saída do outro meio de transporte (navio, trem ou ônibus) que uti-lizará para chegar ao destino.

Se tiver uma conexão, você precisa saber que hora o vôo estava previsto para

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desembarcar, e começar a calcular quanto tempo há de sobra para fazer a conexão, ou se este tempo já estourou. Caso seja impossível você chegar a tempo para a sua conexão, terá que contatar o agente da empresa para remarcar seu Itinerário.

E tão importante quanto: ele terá que substituir a etiqueta de bagagem tam-bém. É obrigação da empresa despachar a mala no mesmo vôo que o passageiro.

Outro fato importante: acima de 3 horas de atraso, a empresa aérea é obriga-da a fornecer refeição ao passageiro, em vôos com alimentação.

Se o vôo chegar a atrasar mais de 5h em vôos noturnos, a empresa pos-sivelmente optará por cancelar o vôo, en-viará gratuitamente todos os passageiros a um hotel nas redondezas do aeroporto e remarcará a saída do vôo para o dia seguinte.

O terceiro motivo para atrasos diz respeito à tripulação. Se a tripulação atrasa, certamente o vôo também. Mas, é raro eles atrasarem por culpa do trânsito ou de “livre e espontânea vontade”. O que ocorreàsvezeséopilotoficarseriamente

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doente de repente, ou ocorrer o chamado crew legality, ou algo que pode ser traduz-ido por legalidade da tripulação. Ocorre principalmente em aeroportos fora do país de origem da empresa.

Fruto de acordo entre sindicatos dos tripulantes e as companhias aéreas, a tripulação tem uma quantidade mínima obrigatória de horas para descanso entre vôos, que deve ser respeitada. Mas, igual a um efeito em cadeia, se o vôo atrasou para deixar o aeroporto de origem na noite anterior, e a tripulação chegou ao destino 5 horas mais tarde que o previsto inicial-mente, eles terão que cumprir o período de descanso. Isto significa que eles irãoao aeroporto para preparar o próximo vôo mais tarde que o previsto inicialmente.

Mesmo que já exista uma margem de tolerância na programação de horários da tripulação para “acomodar possíveis atrasos” sem impactar os próximos vôos em cadeia, às vezes, isto influencia ohorário de saída do seu vôo.

Enfim,omaisimportanteematra-sos-certifique-seque:

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suareservafoirefeitaatéodestinofi-•nal.

possui seus assentos de preferência.•

a milhagem está incluída•

sua bagagem foi reetiquetada para a •mesma rota.

Cancelamentos

Fonte de grande frustração, um vôocanceladopodesignificarradicaismu-danças nos planos da viagem. Quando uma empresa aérea cancela um vôo por problemas internos – um avião quebrado, greves, desorganização ou quaisquer mo-tivos internos – a empresa é obrigada a re-alocar você no primeiro vôo disponível.

Isto, às vezes, representa inclusive ser transferido para outra empresa aérea que chegue ao mesmo destino, ou a um aeroporto que não diste mais de 100 mil-has (160 km) do destino.

Ao chegar a sua vez de ser aten-

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dido, peça as opções disponíveis para re-fazer a rota, e escolha a mais apropriada para você.

Curiosidade: FIM (Flight Interrup-tion Manifest), igual ao voucher, é um cer-tificado; um vale de uma empresa aéreapara transporte de um passageiro seu em outra empresa aérea.

Com freqüência, FIM é a forma de pagamento da empresa que cancelou o vôo para a outra com a qual você viajará. O passageiro não deve desembolsar nada nestes casos, com exceção de taxas de embarque que não tenham sido incluídas ao bilhete original.

O FIM é a alternativa utilizada para todos os bilhetes que não podem ser en-dossáveis, segundo as regras da tarifa da passagem comprada.

Um fato importante: se o vôo for cancelado devido ao mau tempo, a exemplo de nevascas e furacões, em qualquer parte da rota, desde a origem até o destino, a empresa aérea o realocará em seu 1º vôo disponível.

Mas, ela NÃO se responsabilizará por estadia e alimentação, tampouco por

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realocação em vôos de outras empresas aéreas.

O mau tempo, assim como a in-terferência governamental (exemplo foi o governodosEUAinterrompertodoofluxoaéreo após os ataques terroristas de 11 de setembro) são consideradas variáveis in-controláveis pela empresa, e assim ela se isenta da responsabilidade.

Portanto, informe-se sobre o clima no local de destino e prepare um plano B caso haja indícios de mau tempo à vista.

Detalhe importante: quanto maior o avião, melhor ele “suporta” o mau tempo e maior o emprego da tecnologia para ofer-ecer conforto e segurança de vôo. Ou seja, a chance de um vôo em grandes aviões cancelar é sempre menor que a chance de pequenos aviões cancelarem saída devido ao mau tempo.

Aeroporto alternado

As empresas aéreas também pos-suem “planos B” em caso de problemas de mau tempo, ou problemas sérios com o avião em vôo ou o aeroporto onde estava

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programado pousar o vôo.Entre os problemas sérios com o

avião em vôo podemos citar um passage-iro que está correndo risco de morte devi-do a uma parada cardíaca ou uma turbina que cesse de funcionar. Apesar dos aviões modernos suportarem seguir viagem mes-mo sem todas as turbinas funcionais, o co-mandante pode chegar à conclusão que é melhor descer.

Entre os problemas sérios com o aeroporto podemos citar um avião que tenha escorregado na pista, pego fogo e interditado pousos e decolagens.

Nestes casos, os aviões que estão no ar são forçados a mudar a rota e pousar em outro aeroporto, o chamado aeroporto alternado.

Não há muito que fazer nesta situação. Não há dicas para dar. Apenas podemos garantir que a companhia aérea dará todo o suporte para que o passage-iro chegue ao seu destino final,mas istopode levar muitas horas, às vezes mais de um dia. Em outros casos, é possível que a empresa aérea contrate ônibus para levar ospassageirosatéodestinofinal,seeste

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estiver a menos de uma hora de viagem rodoviária.

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No avião13

Finalmente, a razão de ser da via-gem aérea: o avião. Nada mais exclusivo na “experiência-alvo” deste guia prático que estar na aeronave; a estrela do show, onde o glamour de viajar pelo mundo re-side.

Fazer um vôo doméstico talvez já tenha “caído no lugar comum” para muitos, tãobaratoqueficounosúltimosanos.Mas,a viagem internacional ainda exerce fas-cínio pelo glamour de poder visitar outras nações, mesmo do outro lado do globo, de forma tão rápida.

A mala de mão

É bastante comum pessoas se questionarem o motivo do limite de peso da mala de mão, que costuma ser de 5 kg nos vôos domésticos e 10 kg nos vôos in-ternacionais. A razão é simples.

Imagine você sentado, feliz e contente com sua mala de 20 kg dentro do

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avião, colocada no compartimento sobre sua cabeça. Agora, imagine uma turbulên-cia mais severa, o compartimento acima de sua cabeça se abrindo e essa mala caindo sobre você! Sim, o seu pescoço pode que-brar.

Outro fato, é que os aviões têm limite de peso para vôos seguros. Se todo passageiro levar uma mala de 20 kg de mão, um vôo com 200 passageiros teria 2 toneladas a mais que o esperado (10 kg extras por passageiro). É como se alguém tivesse despachado um carro sem avisar ninguém. 2 toneladas podem fazer um avião não decolar, ou pior, não conseguir frear ao pousar. Por isso, não arrisque co-locar sua vida e a de outros passageiros em risco.

A diferença de peso de 5 kg e 10 kg é pela maior capacidade do comparti-mento de bagagens do avião maior, mais usado em rotas internacionais. Em vôos in-ternacionais curtos, se o avião for menor, o limite de mala de mão é o mesmo de vôos domésticos.O fator definitivo é o tipo deavião, não se o vôo é domestico ou inter-nacional.

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Aparelhos eletrônicos

É complicado falar de regras para uso de equipamentos eletrônicos a bordo do avião. As regras são complexas e con-traditórias e variam de país a país, de em-presa a empresa.

Existem empresas aéreas que per-mitem o acesso à Internet no laptop através deconexãowireless(semfio),masoutrasque proíbem até uso de videogame portátil (VGP).

Aparelhos eletrônicos: laptops, i-pods, palm tops e VGPs, em geral, são permitidos durante o vôo de cruzeiro na maioria das empresas, mas nunca nos procedimentos críticos de decolagem e pouso.

O motivo dessas contradições é que, muitas vezes, a decisão sobre re-strições não é baseada em ciência experi-mental, mas em palpites teóricos. Faltam dados sérios sobre os efeitos reais de in-terferência.

Há dois motivos centrais para o re-ceio da interferência e do uso do aparelho

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celular em vôo. A onda de rádio emitida pelos telefones celulares pode afetar os sistemas de comunicação usados pelos pi-lotos, ou derrubar os sistemas de controle do avião.

A fonte do risco é que todo equi-pamento eletrônico emite radiação eletro-magnética. Alguns fazem isso de forma in-tencional - o celular que busca atingir uma estação retransmissora. Mas, a maioria emite radiação em baixos níveis de forma não-intencional.

A questão essencial é que quando dois aparelhos estão próximo um do outro, o pulso eletrônico de um pode causar in-terferência no outro e, teoricamente, mau funcionamento. E esta é uma situação que não se quer em um avião, onde pequenas falhas geram grandes catástrofes.

Dúvidas? Pergunte à empresa aérea que utilizará quais são as restrições de uso para aparelhos eletrônicos.

Vôo doméstico

Vôos domésticos são rápidos. Prin-cipalmente se você mora na região sul ou

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sudeste. A maioria dos vôos com origem e destino dentro destas regiões não passam de duas horas de viagem.

Basta se aventurar mais longe, como ir de Porto Alegre para Brasília (3h30m) ou de São Paulo para Manaus (3h30), que você descobre que vôos do-mésticos também podem ser longos. O cu-rioso é que são nos vôos demorados que a aviação faz toda diferença.

Fazer um vôo de São Paulo a Cu-ritiba demora 40 minutos de vôo, mais uns 20 minutos de taxiway , fora o tempo que você demora para chegar ao aeroporto (1 hora) , fazer o check-in (30 min) e esperar o embarque (45 min), depois esperar as malas no destino (30 min), e ir do aeropor-to em São José dos Pinhais (o aeroporto ficaforadeCuritiba)aoseuhotelnocentro(30 minutos). Todo este processo pode de-morar quase 5 horas. Pense que de carro o tempo entre São Paulo e Curitiba é de 5 horas. A vantagem de tempo passa a ser nula, mas o que vale é a segurança, a co-modidade e o conforto.

Agora pense da mesma forma, mas para viajar a Manaus. O tempo total

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deavião(comofizemosacima)deveficarem torno de 3 horas e meia mais 4 horas de procedimentos, somando 7,5 horas. De carro, demoraríamos em média 4 dias, ou melhor dizendo, 100 horas! Fica fácil ver o quão vantajoso é a viagem aérea neste caso.

A dica nos vôos domésticos curtos é levar uma revista ou jornal. A subida e descida da aeronave, a chamada altura de cruzeiro, demora metade do vôo. Então, vem o serviço de bordo, que pode incluir um sanduíche, mas costuma ser somente bebidas, no máximo uma barra de cereal.

Não costuma sobrar tempo para o cochilo ou abrir o laptop e trabalhar, por isto a leitura rápida é a opção para distração.

Nos vôos domésticos longos, o serviçodebordocostumasersofisticado,dependendo da empresa aérea utilizada. Conforme o horário do dia, e tempo de vôo, o lanche pode ser bem mais caprichado, com pratos quentes na hora do almoço e bons lanches em outros horários. Há tem-po de sobra para o cochilo, o laptop e uma leitura elaborada.

Pense que se o vôo é rápido, você

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pode agilizar seu desembarque se não despachar malas e pedir um assento de corredor, próximo à porta da frente.

Se o vôo for longo e durante o dia, sentar-se à janela pode propiciar uma distração incrível com as paisagens para observar. O sono também pode ser mais fácil na janela, sem o passageiro ao lado pedindo para você levantar para ele ir ao banheiro.

Vôo internacional

Os vôos internacionais, sem con-exões, podem durar de duas a cinco horas dentro da América Latina, de oito a onze horas para América do Norte, e de dez a quinze para a Europa. Isto é apenas para demonstrar que há bastante variação nest-es trechos.

Para os vôos internacionais cur-tos (até cinco horas), nossas dicas são idênticas às dos vôos longos domésticos. A diferença no vôo é pequena, salvo que há uma refeição reforçada, e é mais reco-mendável levar uma “distração” para as horas passarem mais rápido. Já nos vôos

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internacionais longos (acima de cinco hor-as) não há muita diferença de um vôo de doze horas, por exemplo. Normalmente, estes vôos longos são de saída noturna, e quatro horas a mais de vôo podem até garantir uma melhor noite de sono.

Após a decolagem, o avião precisa subir à altura de cruzeiro, que varia entre 33 e 45 mil pés (10 a 13 km). Quando o avião alcança esta altura começa o serviço de bordo.

Em média, leva uma hora após a decolagem para iniciar o serviço de bordo. Aproveite, enquanto espera, para retirar seus calçados e se adaptar ao seu assento e os comandos.

A refeição costuma ser oferecida em duas opções de pratos quentes. Na ex-ecutiva e primeira classe a oferta costuma ser maior.

A janta costumam durar uma hora, efinalizadascomadiminuiçãodas luzesde cabine.

Para dormir rápido, recomendamos que escolha um assento perto das extremi-dades da cabine, no início ou no fim.Ascomissárias costumam iniciar o serviço de

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bordo pelas pontas, permitindo que você inicie sua janta antes de quem está sen-tado na parte central da cabine. O quanto antesfinalizaro jantar,maiscedopoderádormir. Busque ir ao banheiro e alongar-se para dormir relaxado.

No entanto, a desvantagem de sen-tar muito nas pontas é o movimento de ida ao banheiro. Ele é constante durante toda a noite. Sentar muito perto deles é um con-vite ao distúrbio do sono. Pergunte onde ficamossanitáriosnoatodareserva.

Sentar mais à frente é o lugar perfeito para o vôo, com menor impacto na sensação de turbulência, atendimento rápido e sem banheiro por perto para inco-modar. Apenas torça para que, se houver bebês a bordo, (quase sempre acomoda-dos na 1ª fila), estejamde bomhumor emorrendo de sono.

É preferível corredor ou janela? Se você tem objetivo de dormir durante toda a viagem, a janela (ou assento no meio) é preferível, pois você não será acordado pelo vizinho pedindo para ir ao banheiro. Oopostovaleseforficaracordado,talvezqueira esticar as pernas e ir ao banheiro.

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Melhor sentar no corredor.Os aviões internacionais, normal-

mente, são divididos em3 fileiras de as-sentos. Dois nas laterais (ou três), e três (até cinco) no meio. É melhor sempre es-colher as laterais, quando se está sozinho ou em grupos. Preferível inclusive escolher duas laterais, uma atrás da outra, que sen-tar juntos nas cadeiras do meio.

Sevocêoptarporficaracordado,saiba que os aviões internacionais em vôos longos contam com opções de entreteni-mento.Sempreháfilmesdisponíveis,pro-gramas de TV especiais e canais de músi-ca divididos por ritmos. Às vezes, o fone de ouvido é pago, mas você pode levar o seu próprio, pergunte no ato da reserva. A programaçãodosfilmescostumaestardi-sponível durante todo o vôo, pergunte a um comissário enquanto aguarda a refeição.

Dependendo do avião e da classe, osfilmespodemser“rodados”emtelasdeprojeção espalhadas pela cabine ou em tel-as de LCD individuais nos assentos. Na 1ª classe ou classe executiva é possível que igual à tela, a escolha do filme seja per-sonalizada. Nestas classes perceba que

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você recebe de brinde um kit com itens de higiene pessoal, útil para o vôo, incluindo quase sempre tapa olho (bloqueador de luz), par de meias e protetor auricular, que valem a pena usar.

Após a sua noite de sono, você será acordado, em média, entre duas e uma hora antes da chegada para o café da manhã. A lógica é a mesma da janta, com possíveis escolhas de pratos quentes.

Após sua refeição matinal, é um bom momento para preencher os papéis de imigração e alfândega. Aproveite tam-bém para esticar as pernas e se alongar.

Se você nunca obteve a oportuni-dade de conhecer uma cabine de comando de avião, pergunte se há possibilidade de uma visita a um comissário. Não é todo co-mandante que gosta de ser incomodado, ainda mais com o medo de terrorismo, mas sempre vale a pena pedir, a experiência costuma ser única.

Prepare-se para o pouso lembran-do de guardar o livro que deixou na bolsa da poltrona antes de cair no sono, ou seu equipamento eletrônico que desligou antes de ir ao banheiro. É muito comum esquecê-

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los ao sair da aeronave.

Formulários de Imigração

Na maioria dos países é exigido o preenchimento de formulários de imigra-ção. Estes normalmente são entregues a bordo do avião, e variam de país a país. Questões comuns são:

Nome, data de nascimento, nacio-nalidade, data de validade e tipo do visto, data de emissão do passaporte, núme-ro do passaporte, endereço da estadia, quantidade de moeda local e estrangeira que leva, se há produtos in natura em sua bagagem, se é portador de alguma doença infecto contagiosa, etc.

Por ser passível de deportação, pense bem na hora de responder, pois uma mentirinha pode sair caro. Omitir uma maçã e omitir dez mil dólares na mala são coisas bem diferentes, mas ambos podem ser causa de deportação.

Desconfortos

Se sofrer de algum desconforto

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durante a viagem, talvez estas dicas pos-sam amenizar suas preocupações. E lem-bre-se que comissários são treinados para dar uma mão nestes momentos – não seja tímido. Em alguns casos, remédios básicos estão à disposição nas aeronaves.

Vamos tratar da importância do alongamento.Porficarhorassentado,sobefeitos de variação de pressão, sua circula-ção sanguínea é afetada. Esta é a principal razão de ser importante esticar as pernas quando tiver oportunidade.

Se você tiver trombose, cuidado redobrado. É imprescindível que você le-vante e se alongue nos vôos internacionais. Osanguetendeacircularcomdificuldadedurante longos períodos sentado, criando micro tromboses mesmo em pessoas sau-dáveis e sem histórico da doença.

O alerta geral é não beber bebidas alcoólicas nos aviões. Se beber, saiba que cada dose tomada em vôo tem seu efeito de “dopagem” multiplicado. Você não quer dar vexame a bordo, quer? O mesmo vale para bebidas tomadas antes de embarcar, portanto cuidado.

Durante o vôo, o ar pressurizado

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do avião é extremamente seco, faz mal para a pele, provocando ressecagem e desidratação. Por isso, se possível e aces-sível, use um creme hidratante para man-ter a pele protegida. Busque tomar água para manter a hidratação do corpo e evitar também efeitos do jet lag (veremos mais no Capítulo 16).

Turbulência

A turbulência é um fenômeno me-teorológico, onde correntes de ar em difer-entes direções provocam instabilidade at-mosférica. Voar em meio à turbulência é quase igual a andar em uma estrada cheia de buracos e valetas.

As turbulências são, acima de tudo, chatas. Causam mal estar (enjôo), dificultam o serviço de bordo dos comis-sários (imagine um chacoalho na hora de te servir um café bem quente?), impossi-bilita uma leitura relaxada etc.

O risco de um avião cair por tur-bulência é nulo, mas ainda assim existem perigos. Turbulências podem ficar bemviolentas, e causar lesões sérias se o pas-

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sageiro estiver sem cinto de segurança ou se um compartimento superior de baga-gem se abre.

Os aviões modernos podem des-viar das turbulências mais severas usan-do seus radares meteorológicos, também impedir a chance dos passageiros serem pegos desprevenidos.

Em casos muito raros e sérios, o avião pode despencar milhares de metros em apenas segundos. Foi o que aconte-ceu em um vôo, anos atrás, que estava se aproximando para pousar em Nova York e desceu vertiginosamente mais de seis mil metros. O avião pousou certo, mas os pas-sageiros que não estavam com o cinto de segurançaafiveladosofreramfraturas.

Omelhorafazeréficaratento.Seos pilotos sinalizarem alerta devido à tur-bulência,sigaainstruçãodeafivelarocin-to de segurança. Mas, permaneça calmo. Casos de turbulência forte são muito raros. Normalmente, são apenas “sacudidas de-sagradáveis”.

Para evitar passar mal, um con-selho campeão é sentar o mais próximo ao bico (frente) da aeronave possível. É

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lá que o avião menos “balança”. Em aero-naves longas, o passageiro da frente não sentenadaenquantoodaúltimafileiranãopára de trepidar sem parar. Este é um dos motivos da 1º classe e a classe executiva estarem na parte frontal do avião.

Enjôo

Ficar enjoado em vôos pode acon-tecer com qualquer um, especialmente em casos de turbulência forte e de estômago vazio ou muito cheio. Se você costuma ficar enjoado em carros e já sabe que achance de enjôo é grande, consulte seu médico sobre o Dramin.

Ele é recomendado também em vôos noturnos internacionais, pois o me-dicamento além de cortar efeitos de enjôo e prevenir que você passe mal, ainda pro-voca sono. Isso ajudará muito para dormir no avião.

Dores de ouvido

Qualquer pessoa que nunca tenha viajado de avião pode ser acometida por

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uma dor chata no ouvido. Isso ocorre pelas mudanças de pressão no tímpano. É ig-ual quando estamos subindo ou descendo uma serra ou uma montanha, ou pratican-do mergulho. Você pode tampar o nariz, fechar a boca e tentar empurrar o ar para fora. Faça devagar para não se machucar porque toda a pressão vai direto ao ouvido. Também, mascar chiclete durante o pouso e a decolagem é uma maneira de prevenir o incômodo.

Se a dor for muito forte, o que é raro, pode ser causado por “doencites” crônicas, gripes e resfriados. Esperamos que tenha consultado seu médico sobre os medicamentos corretos para tirar o desconforto.

AVIÕES EM USO

Aviões domésticos

Vamos aos fatos. Os aviões usa-dos em larga escala hoje pelas empresas aéreas nos vôos domésticos no Brasil são o Boeing 737 e o Airbus 320. Estes aviões têm variações de modelo que geram con-

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fusão ao viajante. Vamos quebrar um pou-co os mitos então.

Os Boeings, por exemplo, têm uma segunda série de três números na de-scrição do modelo (ex. 737-800). Após o modelo há a versão, 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700, 800 e 900, cada nova com melhorias perante a anterior. A primeira versão deste avião é da década de 60.

As versões 100 e 200 são muito an-tigas. As versões 300, 400 e 500 são “clás-sicas” e datam de 1984. Já as 600, 700, 800 e 900 são denominadas NG ou Nova Geração, com melhorias consideráveis de tamanho e tecnologia.

Os antigos aviões da Vasp, na sua maioria, eram 737-200. Na verdade, a Vasp, tinha o 737 em operação mais antigo do mundo. A primeira versão destes aviões, o 100, eram 39% menores em comprimento, em comparação ao seu irmão moderno – o 800.Menoseficientes,suasturbinasfinaseram muito barulhentas, consumindo bem mais combustível.

Os modernos 737-900 por sua vez contam com “winglets”, ou grandes pon-tas de asa dobrada para cima, de forma

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a diminuir a “turbulência de ponta de asa” e aumentar eficiência. Mas, o diferencialdestes aviões inclui em especial a chama-da “aviônica”, ou mais fácil ainda, os instru-mentos do avião.

Se entrarmos em uma cabine do pi-loto destes dois aviões, a do 737-100 será cheia de mostradores tipo “relógios”, já em um 737-900 haverá telas de cristal líquido com mapas digitalizados e radares meteo-rológicos indicando onde há turbulência e perigo.

O Airbus costuma ter variações de tamanho do avião, alcance e capacidade de passageiros, associadas à numeração 318, 319, 320 e 321. São todas variações do modelo 320.

A maior vantagem de aviões mais modernos é a economia de combustível e a segurança que eles representam. O fato, porém, é que na mão de bons pilotos os passageiros chegarão a seus destinos, indiferente da aeronave utilizada.

Aviões antigos, quando bem man-tidos, podem ser mais confortáveis ao pas-sageiro que aviões novos. Obviamente, se uma empresa aérea dedicar sua atenção à

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qualidade, os aviões modernos tem mais potencial para entretenimento.

Outro avião usado hoje em dia nos vôos domésticos é o Fokker-100, chama-dos de MK-28 pela Ocean Air, que tenta assim afastar o preconceito pela aero-nave. Na verdade ela é muito boa, embora pouco valorizada após o acidente da TAM em 1996. Na versão utilizada pela Ocean Air estes aviões receberam uma confor-távelconfiguraçãodeassentos.Agrandevantagem deste avião é poder operar em pequenos aeroportos sem complicações. OconselhoaovoarumMK-28éficarlongedasúltimasfileiras,porcausadobarulhoproveniente das turbinas.

Os aviões da família Embraer in-felizmente são muito pouco usados no País, apesar de ser sucesso internacional. O motivo principal é que embora as aero-naves sejam nacionais, as empresas de “leasing” são estrangeiras, transformando o valor do avião em dólar, o que aumenta a concorrência. A exceção é o “guerreiro” da aviação regional, o Brasília (ERJ-125). Avião para 25 passageiros, feito para op-erar em qualquer pista.

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Aviões internacionais

Os aviões internacionais são regi-dos pela mesma lógica dos aviões domés-ticos. Inclusive vôos internacionais curtos dentro da América do Sul usam muitas vezes os mesmos aviões dos vôos domés-ticos.

Os aviões internacionais intercon-tinentais são dominados pela Boeing e Air-bus, com poucas e eventuais exceções. As exceções são dominadas por aviões anti-gos russos em uso no oriente, ou pelos já não mais fabricados DC-9, DC-10 e MD-11.

Então, nosso interesse se volta aos aviões mais comumente usados no Brasil: os Airbus 330 e 340, os Boeing 747, 767 e 777, e o MD-11.

Os aviões A330 e B767 são semel-hantes em tamanho, autonomia e número de passageiros, embora os A330 tendem a ter sua fabricação mais recente, pois seu desenvolvimento começou uma década após o B767.

Os aviões Airbus 340 são concor-

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rentes do Boeing 777, ambos semelhantes em proposta, mas com uma diferença pe-culiar. Os A340 são dotados de quatro tur-binas enquanto seu concorrente apenas duas. Aqui neste caso a lógica se inverte do exemplo anterior, pois o B777 é uma década mais novo que o A340.

Já o MD-11 é uma melhoria de seu irmão bem mais velho, o DC-10. Ambos os aviões foram usados por um longo tempo no Brasil. Atualmente, apenas o MD-11 continua a ser usado, mas está em fase finaldesubstituiçãoporaviõesmaismod-ernos.

Ele é relativamente novo, lan-çado em 1990. De grande porte e para uma enorme quantidade de passageiros (até 450), foi concorrente direto do B777 e A340. Sua carreira acabou com a compra da empresa McDonnell Douglas pela Boe-ing. É a única aeronave trireatora (três tur-binas) de grande porte em uso no mundo.

O fator comum entre estes aviões é sua denominação de widebody . Isso é uma referência ao seu calado, ou largura. Contendo uma formatação de assentos 2x3x2 (dois nas laterais e três ao meio),

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3x4x3 ou 2x5x2, em vez dos comuns 3x3 (três em cada lateral) dos aviões usados em vôos curtos.

O Avião Boeing 747, apelidado de Jumbo, só vem ao Brasil nas bandeiras de empresas aéreas estrangeiras. Poucas empresas utilizam este avião para vôos ao País, por não haver ocupação de passage-irosquejustifiqueseuuso.Oconcorrentedeste avião é o recém-lançado Airbus 380, maior avião do mundo, já apelidado de Su-per Jumbo. Ele e o B747 são double-deck, ou seja, avião de dois andares.

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Em conexão14

Primeiro, vamos esclarecer a difer-ença entre escala, conexão e baldeação?

Para começar, baldeação não ex-iste na aviação! Baldeação é para trens, navios e metrôs. Não use este termo em viagens aéreas.

Escala é um aeroporto inter-mediário, entre a cidade de origem e a ci-dade de destino, onde ocorre embarque e desembarque de passageiros, carga e bagagens. Para ser considerada uma es-cala, os passageiros que viajam à cidade de destino devem permanecer dentro do avião enquanto estiver estacionado no aeroporto intermediário. Em outras pa-lavras, se o passageiro espera dentro do avião na parada, está fazendo uma esca-la.

Conexão é um aeroporto inter-mediário, entre a cidade de origem e a cidade de destino, onde ocorre apenas o desembarque de passageiros e bagagens. Para ser considerada uma conexão, todos

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os passageiros devem sair da aeronave e transitar pelo aeroporto, ou trocar de aero-porto, para pegar o próximo vôo que os le-varáaodestinofinal.

Então, podemos resumir: se o pas-sageiro desce do avião e se desloca até outro avião, está em conexão.

Uma vez que escalas não rep-resentam confusões ao passageiro, pois aguarda dentro da aeronave, o único as-sunto que merece atenção é a conexão. Dividido em 4 situações.

1ª situação

Conexão internacionalDestino Final Exterior

Ao desembarcar do avião em aeroportos intermediários no exterior, a primeira dúvida é: você tem os documen-tos necessários para entrar neste país?

Caso a resposta seja não, identi-fique-senaportadaaeronave,porqueumagente terá que acompanhá-lo até uma sala de trânsito, onde permanecem os passageiros que não podem desembarcar

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naquele país. Fique atento! Há países no mundo

que não aceitam passageiros em trânsito, a exemplo dos EUA, e obriga mesmo os passageiros em conexão a possuir os doc-umentos necessários para entrar naquele país.

Imigração

Caso a resposta para a pergunta dosdocumentosnecessáriossejaafirma-tiva, então o 1º passo é passar pela imigra-ção. Na imigração há a inspeção dos seus documentos de viagem. Deixe à mão pas-saporte, visto, vouchers e cartões de em-barqueparaapresentaraooficialdeimig-ração. Além disso, lembre-se do formulário de imigração.

Como já mencionamos, estar bem-vestido e apresentável faz muita diferença. Demonstrar estar relaxado e tranqüilo tam-bém, me parece que eles têm um sexto sentido apurado para captar sinais de ner-vosismo e estresse. E não te deixarão passarenquantosobrarumfiodedúvidasobre o motivo que te leva a estar no “país

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deles”. Coopere com as autoridades para seguir adiante o mais rápido possível.

Bagagem em conexão

Passada esta etapa, o passo seguinte é a maior fonte de dúvidas dos passageiros em conexão. Devo pegar minha mala na conexão ou ela irá direto aodestinofinal?Estaéumarespostadifí-cil de ser respondida, porque não só cada país tem uma regra, mas cada aeroporto e empresa aérea também têm suas próprias regras. O melhor é perguntar à empresa aérea.

QuantoaosEUA,podemosafirmarqual o procedimento a ser adotado. Sua bagagem SEMPRE será retirada para in-speção no 1º ponto de chegada ao país. Não importa se é Miami, Nova York, Los Angeles, Atlanta, Chicago ou Dallas. Você deve retirar sua mala para passar por alfândega.

A justificativa das autoridadesamericanas é que muitas vezes o aeropor-tododestinofinalsequeréinternacional,enão tem equipes de imigração e alfândega.

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Mesmoqueodestinofinalsejaaeroportointernacional, a ala em que vai desembar-car é doméstica, e tampouco tem equipes deimigraçãoealfândeganofluxodomés-tico.

O assunto da bagagem em con-exão continua logo após a alfândega.

Alfândega

Diversos países adotam um formu-lário de alfândega para o passageiro en-tregar preenchido.

Os agentes da alfândega estão interessados em tudo que diz respeito ao conteúdo da sua bagagem e ao que foi trazido do exterior, por isso a necessidade de recolher sua bagagem para inspeção.

Procedimentos de abertura de malas são freqüentes. Tenha a chave do cadeado em mãos, caso seja solicitada a abertura de sua mala. Coopere com as autoridades para rapidamente se livrar do procedimento!

Se algum item da sua bagagem for considerado inapropriado pelas leis do país,elepoderáserconfiscado.Porisso

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é tão importante a pesquisa de limites al-fandegários e a lista de itens proibidos de entrar no país. Respeite a lei.

Bagagem em Conexão 2 – a continu-ação

Passada a alfândega, o procedi-mento nos EUA é simples. Lembra que verificouseaetiquetaestavacorreta, im-pressa até o destino final? Muito bem,isso vai prevenir que tenha que fazer outro check-in. Tão logo passe pela alfândega, encontrará um balcão de bagagem em conexão da empresa aérea. Deixe suas malas ali e use os cartões de embarque da conexão para encontrar seu portão de embarque.

Caso esteja visitando um país que não requer que faça a alfândega no 1º pon-to de parada, você é um ser humano feliz! Siga direto ao portão de embarque.

Mas, se o agente da empresa aérea bateu o pé dizendo que havia a ne-cessidade de um novo check-in, sentimos muito. De duas, uma: ou você terá que trocar de aeroporto na conexão ou usará

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outro meio de transporte, e aí não existe serviço de transferência de bagagem entre aeroportos em lugar algum.

Enfim, ou você escolheu mal acompanhia aérea e uma não tem acor-do operacional com a outra, ou elas não aceitam transferência direta de bagagem despachada, talvez por não confiar umana outra.

Normalmente,quandoodestinofi-nal for um terceiro país, não deveria haver a necessidade de recolher a bagagem, no entanto, pergunte e tire a dúvida antes de fazer o check-in.

Enfim,selivroudabagagem?En-tão, siga ao portão de embarque e boa via-gem!

2ª Situação

Conexão InternacionalDestino final no Brasil

Ao embarcar no exterior com desti-no ao Brasil, interessa muito às autoridades brasileiras checar sua bagagem e seus documentos, enquanto as autoridades no

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exterior estão “felizes por se livrarem de você”. Ou seja, quase sempre, a mala que você despachou na cidade de origem, no exterior, não importa quantas conexões tenha, só será recolhida ao chegar ao Bra-sil.

Agora, este é outro ponto de grande dúvida dos viajantes aéreos: devo recolher minha mala no 1º ponto de parada noBrasil,ouapenasnomeudestinofinal?Primeiro, queremos esclarecer que o ponto que mais importa é se o aeroporto ao qual se destina é internacional e tem equipe de imigração e alfândega.

Se a resposta for negativa, então será obrigado a passar por imigração e alfândega no 1º ponto de parada.

Caso a resposta seja positiva, en-tão há um segundo ponto: seu vôo faz es-cala ou conexão no 1º ponto de parada no Brasil?

Se a resposta for escala: parabéns! Sórecolheráasmalasnodestinofinal.

Se for conexão, então sentimos muito. Deve recolher sua bagagem e pas-sar pela Polícia Federal e alfândega ao desembarcar.

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3ª Situação

Conexão DomésticaDestino final no Brasil

Normalmente, a conexão é feita com a mesma empresa aérea no País. Isto facilita bastante as coisas, pois a bagagem sai da origem etiquetada até o destinofinal,evocênãoteráquerecolhê-la no aeroporto intermediário. Apenas a veránodestinofinal.

Fique atento aos monitores e às instruções dos agentes em terra no aeroporto intermediário. Eles estão inter-essados em te ajudar a encontrar o vôo correto.

Caso você tenha que desem-barcar no aeroporto intermediário e fazer um novo check-in para chegar ao destino final:meuspêsames!Vocêescolheumalas empresas aéreas.

4ª Situação (e última)

Conexão domésticaDestino final no exterior

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Se você embarcou em algum aero-

porto brasileiro, e desembarcará em outro aeroporto brasileiro para seguir viagem ao exterior, seu procedimento é simples, se tiver escolhido bem a companhia aérea.

Já mencionamos antes, se utili-zou a mesma empresa ou empresas que possuam acordos operacionais, você será bem atendido. Caso contrário, terá o incô-modo de encontrar suas malas de novo, e enfrentar filas...de novo. Espero queao menos tenha escolhido vôos com boa diferença de tempo entre eles.

Quando a conexão é doméstica, ao desembarcar no aeroporto intermediário deve seguir direto à Polícia Federal para seguir viagem.

Caso tenha outra conexão, agora noexterior,éimportanteverificarsetemoscartões de embarque das conexões, com assentos marcados, e que sua bagagem está devidamente etiquetada até o destino final.

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Portão de embarque da conexão

Agora que tratamos do dilema da bagagem em conexão, em todas as suas versões, seguiremos ao portão de em-barque. Considerando que possui em mãos os cartões de embarque, mesmo que tenha se dirigido até o check-in para emiti-los, o mais importante na conexão é:

Observarosmonitoreseidentificaro portão de embarque correto do vôo e o horário de saída.

Com estas informações, você pode não apenas ir ao portão de embarque do vôo, mas também saber se há indícios de atrasos ou cancelamentos, aquela “mara-vilhosa rotina” de aeroportos.

Ao chegar ao portão de embarque, fiquesempreatentoparapossíveismudan-ças, e consulte um agente da empresa ou os monitores de tempos em tempos.

Perdeu a Conexão?

Afilada imigraçãoestavagigant-esca? A alfândega abriu todas as suas malas? Oportãoficavamuito longe? O

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aviãodemorouprapousar?Enfim,háumalista extensa de motivos para se perder uma conexão, mas e o que fazer depois?

Encontre um agente da empresa aérea •e informe que perdeu o vôo, ou mostre seu cartão de embarque, em dificul-dade de comunicação.

O agente deverá estar em frente a um •computador para alterar sua reserva para o 1º vôo disponível.

Pergunte sobre sua bagagem.•

Pegue o cartão de embarque e siga ao •portão correto.

Caso não haja mais vôo para aquele dia, a companhia aérea deverá se responsabilizar por alimentação, acomoda-ção em hotel e transporte até o horário do próximo vôo.

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Na chegada15

A chegada ao destino é um mo-mento especial. Costuma ser a hora de alegria, empolgação e alívio, e que somos tomados por um sentimento de “sonho re-alizado” do tipo: eu realmente estou aqui! Aproveite este sentimento tão único e es-pecial do viajante.

Quando voltamos para casa, o sen-timento não poderia ser mais contrastante, com aquela sensação de “o sonho acabou” e que estamos voltando para “a vida real”.

A chegada ao destino de viagem foi separada do retorno para casa, que é tratado em outro capítulo, exclusivo. Es-colhemos assim porque cada uma destas chegadas tem peculiaridades, ainda mais em vôos internacionais.

Viagem doméstica

Chegar ao destino em uma viagem domésticanãotemmistério.Éficaratentoao“fluxo”dospassageirosquedesembar-

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cam. Se você não conhece o aeroporto, deixe os apressados te “guiarem à saída”. Normalmente, há um agente à saída da porta do avião, no desembarque, para gui-ar os passageiros à saída.

Caso não haja agentes em vista e nenhum apressado à frente, observe as placas de sinalização que indicam as co-ordenadas. Por último, peça ajuda à tripu-lação do avião.

O que não pode é entrar na área de conexãooudescerofingerporengano.Ecuidado redobrado quando o desembarque for pela pista do aeroporto, com trânsito de equipamentos e veículos.

Ao chegar à área das esteiras de bagagem, procure nos monitores de tele-visão a indicação dos números de vôo, e localize a respectiva esteira rolante de bagagem do seu vôo. Se não lembrar o número, veja no canhoto do cartão de em-barque que recomendamos guardar ou no recibo da bagagem.

Espere o tempo necessário. Em dias de movimento no aeroporto, e depen-dendo de onde estacionou a aeronave do seu vôo, a bagagem pode demorar uma

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hora inteira para chegar. Ao esperar, se você for o último e

ainda nada de aparecer sua bagagem, é hora de falar com um agente da empresa. Sua bagagem pode ter sido extraviada. O mesmo ocorre se você perceber que sua mala foi violada ou danificada (faltandouma rodinha etc.). Nestes casos o agente a ser localizado trabalha no L.L. (Lost Lug-gage ), o departamento responsável por lidar com extravios de bagagem da em-presas aéreas. Falaremos sobre isso com mais detalhes no Capítulo 18.

Internacional

Chegar a um país estrangeiro pela primeira vez tem sua magia. Temos, porém, de ficar atentos.Descer do aviãonãoésuficienteparaestar“dentro”dopaísde destino. Antes disso, o 1º passo é a imi-gração.

Passar pela imigração pode ser uma experiência muito diferente de um país para outro. Entrar em Portugal, por exemplo, é uma experiência cordial, onde terás de responder perguntas básicas do

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tipo; Qual motivo da sua viagem? É sua primeira vez aqui? Quanto tempo pretende ficar?

Após estas respostas, seu pas-saporte e minuciosamente analisado, e se estiver tudo bem, ele é carimbado com o selo da imigração. Uma lembrança de suas andanças pelo mundo.

Em certos países, a exemplo dos EUA, a coisa pode ser bem diferente. Se houver alguma suspeita de você ser imi-grante ilegal, as perguntas podem ser muito mais cabeludas, a ponto de você passar por uma “sabatina” da imigração.

São comuns os casos de deporta-ção nos EUA e na Espanha.

A melhor coisa a fazer é preencher os documentos de imigração com sinceri-dade e sem contradições. Não tente inven-tar história, eles são treinados para detec-tar mentiras. Quando estiver de frente ao oficialdemigração,penseemcoisasboase aja naturalmente. Não seja cordial de forma forçada, ou esnobe como se não se importasse, seja apenas natural.

Em hipótese alguma perca a calma, oufiqueclaramenteirritadocomoficialde

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imigração. Responda apenas o que for perguntado, não se prolongue nas respos-tas, tentando ser detalhista ou puxar papo. Falar demais pode parecer suspeito. Re-sponda apenas o que lhe for perguntado com respostas curtas, diretas e sinceras.

O 2º passo é sua bagagem. Nos vôos internacionais, as informações no aeroporto de chegada sempre estarão em idioma local e em inglês, indicando onde você deverá se dirigir para retirar a baga-gem. Nos monitores estará o número do vôo, igual ao relatado na seção de vôo do-méstico, mas com informações em inglês para localizar a esteira onde serão coloca-das suas malas.

Ao pegar suas malas, cheque pe-los sinais de que ela é realmente sua, e sempre compare os números de etiqueta. Trocar de mala no exterior é uma dor de cabeça enorme.

Se houver alguns dos problemas de bagagem que já comentamos, a exem-plo de violações, danos ou possibilidade de extravio, busque um agente e explique a situação. Veremos mais a respeito de malas perdidas no Capítulo 18.

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O 3º passo é a alfândega. Mais in-formações, releia o Capítulo 14. De forma geral, apenas tenha em mente que essa é a última etapa burocrática de sua chega-da. Não seja desagradável com as auto-ridades, você ainda está passível de ser deportado ou preso.

Informações no aeroporto

Sempre aproveite para tirar dúvi-das nos aeroportos. Mesmo no Brasil, em vôos domésticos. Os aeroportos brasileiros costumam ter representantes da Embratur, um bom lugar para conseguir informações turísticas.

No exterior, é mais importante bus-car informações ainda no aeroporto. Em muitospaísesvocêpodeseveremdificul-dade para achar alguém que fale um idi-oma que você saiba para se comunicar, e que esteja disposto a te ajudar. Por isso, aproveite a presença de pessoas treinadas para informar, nos aeroportos.

Inclusive, caso não tenha pesqui-sado antes, você pode saber mais sobre os meios de transporte. É de suma importân-

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cia descobrir todas as formas de chegar a seu hotel ou local de estadia. Muitas cidades têm trem ou metrô conectado ao aeroporto, que é barato e rápido. Há tam-bém serviços de van e ônibus. Deixe o táxi para útimo recurso, ou se estiver com pres-sa, e com mais de 2 pessoas.

Efinalmente,aproveiteparatrocardinheiro pela moeda local. É muito impor-tante ter o dinheiro local disponível, para não ser enrolado no “câmbio de rua”. O câmbio dos aeroportos costuma ser razo-avelmente justo, sendo uma boa forma de você começar.

Para quem pegará alguém no aeroporto

Praticamente todos os sites de companhia aérea disponibilizam um dos mais importantes serviços ao passageiro: informação de horário de saída e chegada dos vôos online!

Se você tiver sido escalado para pegar alguém no aeroporto, peça ao pas-sageiro o número do vôo e visite o site da companhia aérea antes de sair de casa.

No site, você terá acesso à infor-

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mação exata do horário de saída do vôo e o horário previsto para a chegada. Assim, você saberá se houve atraso, ou mesmo se o vôo está adiantado, e será certeiro com o horário de chegada ao aeroporto.

E nem perca seu tempo ligando para a empresa aérea perguntando se a pessoa que foi buscar consta na lista de passageiros do vôo. Esta informação é tratadapor“ultra-mega-hiper-super”confi-dencial, e não será dada em hipótese al-guma.

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Adaptação ao destino16

Ao chegar, a primeira coisa a fazer é mudar o horário de seu relógio ao horário local. Melhor mesmo é mudar dentro do avião, antes de chegar. Os horários mu-dam apenas conforme você se desloca no eixo leste-oeste do planeta. À medida que vai para leste, ou para direita no mapa-múndi, o horário passa horas adiante, do contrário, você adianta as horas do relógio. Graças a isso, é possível decolar do Japão e chegar a Los Angeles antes do horário e dia de saída, literalmente voltando no tem-po! Uma preocupação que o viajante novato não costuma ter é a adaptação ao destino. E acreditem, esta adaptação pode ser indispensável para uma viagem feliz. O motivo principal para a importância da adaptação é o “jet lag ”, que afeta todo ser humano, mas com intensidades difer-entes. Esse “mal” pode ser muito severo e é provocado pela dessincronização do

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relógio biológico interno com horário do relógio externo. Osmédicosafirmamqueparacadahora de fuso horário mudado, um dia é necessário para adaptação. Então, se você está em um país cujo horário seja cinco horas mais tarde, cinco dias serão necessários para a sua recuperação. Ape-sar de variar de pessoa a pessoa, jovens tendem a se recuperar mais rápido. E lembre-se, um vôo de 9 horas para Nova York, dependendo da época do ano (horário de verão), pode apenas implicar em uma hora de diferença de fuso. Isto jus-tificanãoimportaraduraçãodovôo,massim as horas de diferença dos horários da origem e do destino. Pesquisas recentes indicam que mulheres são mais suscetíveis, e a in-cidência aumenta com a idade. Em alguns casos, pode inclusive levar a hospitaliza-ção. Para não sofrer com o jet lag, releia nossos conselhos do capítulo 13, que inclui dormir bem e tomar muito líquido para não se desidratar. Evite a todo custo o álcool durante o vôo. Se na véspera da viagem

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você planejar virar a noite em uma festa, recomendamos que não o faça. O efeito do jet lag aumenta com a “virada” de noite. É imprescindível para adaptar rápi-doficaracordadonoprimeirodianodes-tino, até o horário local certo de dormir. No dia seguinte acorde após 8 horas de sono, mesmo que queira dormir mais. Beba muito líquido novamente. Faça algum exercício leve. A comida deve ser leve durante os primeiros dias, é melhor evitar sair para festejar e beber todas se não estiver se sentindo 100%.Sintomas do jet lag podem incluir:

Desidratação•

Perda de apetite•

Náusea e estômago pesado•

Dor de cabeça e sinusite•

Desorientação e tontura (chão parece •tremer).

Insônia e padrões de sono erráticos.•

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Depressão suave •

Irritabilidade e mau humor•

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Dia do retorno17

Todo brasileiro é louco por produtos importados. Nós não nos conhecemos tão consumistas até o dia em que nos é apre-sentada uma 5ª avenida nova–iorquina, ou a Champs-Élysée parisiense, ou uma outlet em Orlando. Quando saímos do País, compramos “para valer”! É tudo tão mais barato sem a ridícula carga tributária brasileira, mesmo pagando em libra.Mas, tudo que é bom acaba rápido, e já é hora de voltar. Além do check-list apresentado no Capítulo 9, sugerimos maior atenção ao mapa do aeroporto, pois alguns aeropor-tos no mundo são simplesmente gigantes-cos, e têm 8, 9, 10 terminais. E também recomendamos que chegue realmente as 4 horas antes do embarque, pois qualquer problema é mais difícil de resolver quando não lidamos com gente “igual a gente”. Busque também informações sobre o tráfego ao aeroporto na hora que deseja sair.

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Mas o cuidado maior é com a baga-gem. Não apenas porque elas estão mais pesadas e mais volumosas, mas também porque você tem que considerar a alfân-dega quando chega ao Brasil.

Polícia Federal e Receita Federal

Queremos esclarecer a diferença que há entre as funções das duas insti-tuições brasileiras em aeroportos interna-cionais, de maneira bem simples e leiga. Enquanto a Polícia Federal é responsável por resguardar as fronteiras, combater o tráficointernacionalemonitorarofluxodepessoas que entram e saem do País, a Re-ceita Federal é responsável pela arrecada-çãodeimpostosepelofluxodemercador-ias que entram e saem. Portanto:

POLÍCIA FEDERAL = IMIGRAÇÃORECEITA FEDERAL = ALFÂNDEGA

Evite confundir as duas instituições.

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Bagagem

Busque informações com a empre-sa aérea sobre restrições de peso, volume ou número de malas despachadas ao seu destinofinal. Citamosoexemplodeem-presas aéreas que proíbem o transporte de caixas de papelão durante certas épocas do ano. Informe-se para evitar problemas. Lembre-se de não despachar itens de valor e de não estufar demais a mala. Tampouco carregar demais a bagagem de mão. Além de propiciar a cobrança do excesso de bagagem na empresa aérea, estas bagagens não passam despercebi-das na alfândega. Chamam a atenção do fiscal e aumentama chancede você serparado. Isto não quer dizer, tampouco, que a Receita Federal não abra o olho a quem traz apenas uma bagagem de mão do exterior. Busque o meio termo, o dis-creto. E, tão importante quanto, a roupa que vestirá dirá muito sobre você na hora do desembarque.

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Alfândega no Brasil

Para quem não sabe, a cota máxi-ma permitida por passageiro com compras adquiridas no exterior é de US$ 500 por mês. Ou seja, você pode trazer bens que somam até US$ 500, ou o equivalente em moeda estrangeira, para entrar no Brasil.Mesmo que viaje com mais gente, a cota é pessoal. Não podem ser somadas as cotas em3pessoasparajustificartrazerumbemque custe US$ 1,500. É US$ 500 por pes-soa e pronto! Foi mencionado US$ 500 por mês, porque se você voltar dia 5, e viajar nova-mentenofimdesemanadodia22aoexte-rior, e retornar dia 25, sua cota não é reno-vada em mais US$ 500. Ainda se trata da mesma cota da viagem anterior. Agora, se trouxer bens que ultra-passem US$ 500, você tem duas alternati-vas. Declarar à Receita Federal que traz o bem, ou não declarar e correr o risco de ter seubemencontradoe,talvez,confiscadopela Receita. Se forem vários itens semel-hantes, que possam ser enquadrados em contrabando, a apreensão é quase certa.

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Em ambos os casos, a forma de cál-culo da sobretaxa é a mesma. Entretanto, anotafiscalserásuficientepara informaro valor pago pelo bem declarado, mas se a Receita o encontrar porque você não o declarou,ofiscalpoderáfazerumapesqui-sa na internet para descobrir o preço mais caro para aquele bem. Para calcular a sobretaxa, a Receita determina o valor do bem, subtrai os US$ 500 da cota e aplica 50% de taxa de impor-tação sobre a diferença. Exemplo: você declara que traz um notebook do exterior no valor de US$ 1,200. A Receita subtrai os US$ 500 a que tem direito, e aplica 50% de taxa sobre os US$ 700 da diferença. Total do DARF = US$ 350, convertidos em reais. Para passar pela Receita Federal re-comendamos uma postura tranqüila, quase distraída. Empurre o carrinho devagar, olhe em volta, mantenha uma expressão amistosa. Isto passa uma mensagem ex-tremamente poderosa de quem não trouxe nada demais ao Brasil. Além disso, pro-cureentrarnafiladaReceitaFederalatrásde alguém que esteja com muitas malas.

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Lembrete: quase todas as malas são in-specionadas pelo raio-x, então, esconder o item eletrônico no meio da mala com lençol em volta não te ajudará. Pegará alguém no aeroporto? Men-cionamosnofinaldoCapítulo15sobreavisita ao site da empresa aérea para in-formação de horário de chegada. É um grande serviço a ser aproveitado!

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Mala perdida18

Mala perdida é um caso sério!

Primeiro, porque elas costumam demorar para serem colocadas na esteira de desembarque. Segundo, tem muita mala parecida com a sua. Terceiro porque sempre se corre o risco de ela simples-mente não estar ali!

E depois de constatar que ela não está ali? Há uma série de itens importantes para levar-se em conta. Imprescindível é ter em mãos o comprovante da bagagem, aquele oferecido no check-in, lembra? Pois é, se você o tiver perdido o canhoto, não tem como provar que despachou uma mala caso a dita arranje de sumir!

Assim que perceber a falta de sua mala,ouqueelaestádanificada,procurepor um agente da empresa aérea.

O setor responsável é LL (Lost Lauggage) ou BMAS (Baggage Manage-ment air system), dependendo da compan-hia aérea.

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É indispensável que você faça a reclamação antes de deixar a esteira de desembarque. As empresas podem (e cos-tumam) eximir-se da responsabilidade pela mala, se a reclamação for feita do lado de fora da sala de desembarque!

Caso o setor de bagagem esteja localizado do lado de fora, e não haja um agente do desembarque, solicite ajuda para localizá-lo.

A primeira etapa do agente é o preenchimento de um formulário com a sua reclamação. Este formulário tem 2 vias, em alguns casos, 3. Uma deverá nec-essariamenteficarcomvocê.

Na segunda etapa, o agente apre-sentará um catálogo de fotos com vários modelos e cores de malas para identifi-cação e descrição correta de sua “desa-parecida”. Por este motivo pedimos que tire fotos das malas durante a preparação da viagem. Se as tiver, agora é a hora de mostrá-las.

Após essas etapas, você será so-licitado a descrever o conteúdo da mala. Seja o mais minucioso possível.

Por último, precisará fornecer o

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endereço e o telefone onde se hosped-ará. Uma vez que as empresas aéreas terceirizam a entrega da mala, o endereço fornecido deverá ter sempre alguém di-sponível para recebê-la.

É costume, ao menos, as empre-sas entram em contato com o passageiro para informar que a bagagem está pronta para ser entregue.

Normalmente, solicita-se um prazo de até 30 dias para a localização da baga-gem. Se a empresa tiver poucos vôos entre a origem e o destino, sua bagagem poderá demorar mais para ser entregue. Mais um motivo para importância de escolher-se empresas que possuem mais freqüências semanais ao destino escolhido.

No caso de constatação de extra-viodefinitivodabagagem,asindenizaçõespagas são rotineiramente baixas. Por isso, evite colocar objetos de valor na mala despachada, como já dissemos anterior-mente.

Caso tenha colocado do mesmo jeito, somente a justiça comum poderá te ajudar, as empresas aéreas não se respon-sabilizam por conteúdo.

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Lembre-se que o fato de ter colo-cado etiquetas com seus dados pessoais na bagagem durante a preparação certa-mente auxiliarão a empresa na localização da mala.

Quando uma mala chega a um des-tino e “sobra” na esteira, os funcionários lo-cais da empresa aérea costumam iniciar o procedimento de identificação.A primeiracoisaquefazemcasonãohajaidentifica-ção, é abrir a mala. Por isso, caso não ten-hasumaformadeidentificarsuamala,aomenos escreva em uma papel com seus dados, a ser deixado no interior da mala.

A mala que você comprou, é feita em série. Centenas de pessoas tem ter uma igual a sua. Por isso, com freqüência há casos de passageiros terem recolhido outraporengano.Entãoconfiraonúmerode seu canhoto com o número da etiqueta colocada na mala.

Se ocorrer uma fatalidade dessas, use a empresa aérea para realizar a troca ou a devolução. Apenas em último caso combine com o passageiro uma troca pes-soalmente. Faça a troca de preferência em lugar público e movimentado, por segu-

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rança.Normalmente, os agentes da em-

presa são instruídos para não dar informa-ções de onde a bagagem foi parar e como isto aconteceu. Então, a curiosidade talvez não te sirva.

Caso não esteja no endereço de entrega na hora combinada e deixar outra pessoa para receber a sua mala, é ES-SENCIAL deixar o formulário preenchido no aeroporto com a pessoa. Ele terá que ser apresentado para a devolução.

Ao receber a bagagem, verifiquetodo o conteúdo e o estado geral da mala. Nãodispenseoentregadoratéverificá-la.Se estiver faltando algo ou se a bagagem estiver danificada, não devolva o formu-lário ao entregador e entre em contato com o serviço de bagagens da empresa imedi-atamente.

As empresas são bem restritas no que diz respeito à cobertura de danos à bagagem. A menos que seja algo escan-daloso que impeça o uso, a companhia aérea não vai consertar. Coisas “simples” como zíperes, alças, puxadores, apoios, rodinhas etc, são logo descartados pelas

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empresas, como acidentes de rotina ou co-muns.

Existe um formulário especificopara danos de bagagem, onde agente da empresa aérea localiza detalhadamente o local e tipo de dano. Normalmente você será instruído a levar sua mala a uma au-torizada de concerto de bagagem. Existem concertos alegados como “impossíveis”, nestes casos normalmente será necessário procurar a justiça comum.

No mais, esperamos que você ap-enas consulte este capítulo para informar-se, não para usá-lo! As estatísticas nos EUA demonstram que são perdidas em média 7 malas a cada 1.000, entre as 5 maiores empresas aéreas do País. Então, não é pra acontecer com você!

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Problemas no check-in19

Este capítulo ajuda o passageiro a entender quais os passos que o agente da empresa aérea deverá tomar para re-solver problemas. Vale ressaltar que duas atitudes ajudam a evitar toda esta lista de problemas na hora do check-in:

Fazer bem-feita a reserva, observando •todos os detalhes.

Chegar cedo ao aeroporto•

Mas, se foi impossível prevenir o problema, vamos rever o que deve ser feito para tirar isto da frente:

Caiu a reserva? O agente deverá refazer a reserva, incluindo e confirmando todos os trechoscontidos na passagem, ida e volta!

Peça a ele que imprima uma cópia ao •

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terminar.

Certifique-sedeteranotadoolocaliza-•dor.

Caso o agente tenha problemas com •aconfirmaçãodeumoumaistrechos,peça a presença do supervisor, mas evitesairdobalcãoantesdeconfirma-rem todos os trechos.

Depois de resolvido o problema, per-•gunte ao agente o que pode ter oca-sionado o problema. Os agentes mais bem-treinados são capazes de ler o histórico cronológico que toda reserva possui.

Excesso de bagagem?

Antes de se resignar à cobrança do excesso da bagagem, peça ao agente que te dê tempo para transferir o conteúdo de uma mala a outra, ou pegar parte do con-teúdo e passar à bagagem de mão. Se tiver mais de um excesso de vol-ume, peça ao agente te liberar ao menos

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um. Se tiver mais de 5 kg de excesso, peça ao agente te liberar de metade.Avalie se vale a pena levar um dos volumes em excesso.

Troca de assentos?

Por algum motivo estranho não aparece na reserva o assento que você tem certeza que pediu?

Peça ao agente ler o histórico da reser-•va em busca de sinais de alguém que possa ter trocado o assento após a confirmaçãodareserva.

Peça a ele te devolver o assento origi-•nal, ou que ele o surpreenda com um assento melhor.

Chame o supervisor, se todo o resto fal-•har.

Se desejar trocar os assentos pré-reservados em vôos cheios, muitas vezes não é possível no check-in. Mas, contate o

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agente da empresa no portão de embarque, cerca de 50 minutos antes do horário de saídadovôo,everifiqueapossibilidadedamudança.

Diferença entre overbooking e oversold

Em overbooking, o vôo apresenta excesso de reservas, e há mais reservas de passageiros do que lugares disponíveis no avião. Como já mencionamos antes, o motivo principal das empresas fazerem isso é o no show, ou passageiros que fazem reservas, mas não se apresentam para embarque. O objetivo das empresas é voar com 100% dos assentos ocupados, então, para compensar o no show, o vôo é overbooked (sobrereservado). Mas, em oversold, a empresa aérea “dançou”! Enquanto o vôo tem excesso de reservas, é possível dar um jeito. Agora, depois que todos os assentos do vôo estão ocupados e ainda “sobram” passageiros comreservaconfirmadaepassagemparaaquele vôo, a situação muda para over-sold, ou sobrevendido.

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Neste caso, a empresa tem que “re-bolar” para compensar os passageiros que “ficaram no chão” (termo usado no setorpara denominar um passageiro que não subiu ao avião). Os passageiros têm todo o direito do mundo numa situação dessas.

Overbooking?

Já foi mencionado no capítulo 10 o que fazer nesta situação, mas vai aí um repeteco: ao ser informado de overbooking faça o seguinte:

Pergunte quantas pessoas estão na •sua frente na lista.

Pergunte quanto tempo falta para •fecharem o check-in.

Peça para ficar no check-in até ter a•certeza que terá seu assento no vôo.

Peça que emita a etiqueta da bagagem •despachadaeaverifique.

Fale para deixar sua bagagem no bal-•

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cão, atrás do agente que fez o check-in, que é mais seguro que na frente da balança, enquanto aguarda a sua con-firmaçãodeida.Reforcequevocênãoquer que a bagagem desça a esteira atéquetudoestejaconfirmado.

Peça ao agente fazer uma “anotação” •no sistema da sua preferência de as-sento, chamada de “remarks de lista”.

Acompanhe a distribuição dos assentos •após o fechamento do check-in.

Após receber seu cartão de embarque, •observe e confirme visualmente quesua bagagem desceu a esteira.

Pergunteondeficaoportãoeprossiga•diretamente.

Downgrade?

Esta situação é realmente ruim. Você comprou um bilhete, optou por uma boa classe de serviço e pagou caro por isso. Mas, a empresa sobrevendeu a

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classe de serviço superior. Downgrades é a substituição involuntária de uma classe de serviço por outramenos sofisticada econfortável. O supervisor deveria informar a al-guém sobre downgrade, pois é uma das piores falhas no serviço de uma empresa aérea.

Peça voucher de compensação.•

Entre com pedido de reembolso. Se •não puder realizá-lo no aeroporto, fa-ça-o assim que voltar para casa.

Queda de sistema?

A operação da empresa aérea é to-talmente dependente de sistema computa-dorizado. Em quedas no sistema, não há muitoquefazer,etodosficarãodebraçoscruzados até que ele volte a funcionar. Se ele não volta a funcionar até o horário de embarque. Prepare-se! Será um “Deus nos acuda” e agentes correndo e gritando de um lado para o outro. Aproveite este momento para tirar

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toda e qualquer dúvida que tenha sobre o vôo, a empresa, os procedimentos e curi-osidades da aviação. Pois, só resta con-versar nesta situação.

Fila grande e horário de fechamento do check-in?

Se estiver com mais gente, peça que •cuidemdafilaedasuabagagemepro-cure um agente da empresa para infor-mar sua situação e pedir a ele auxílio.

Se apenas estiver com bagagem de •mão, peça ao agente para entrar em filapreferencial.

Com freqüência, a empresa mantém •agentes que procuram pelos passage-iros do vôo que está em hora de fecha-mento. Fique atento aos “gritos” dos agentesperambulandopróximoàfila.

Seja pró-ativo, não permaneça na fila•apenas esperando. Se o relógio bater menos de 1 hora antes do horário de saída do vôo, chame atenção. Per-

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gunte várias vezes ao agente sobre sua situação, se for necessário.

Pergunte se há previsão de atrasos •para a saída do seu vôo.

Enquanto estiver na fila, pense e an-•ote no papel todos os pontos que tem para resolver, porque haverá a pressão de tempo para fazer seu check-in e prosseguir imediatamente ao portão de embarque.

Perdeu o vôo porque chegou atrasado?

Pergunte qual o próximo vôo disponível •para o seu destino e se há taxa de re-marcação.

Verifiqueopçãodeconexõeseescalas,•se aplicável.

Certifique-sequefoiutilizadaamesma•reserva para refazer o trecho, caso contrário, você corre o risco de perder aconfirmaçãodavolta,asinformaçõesde milhagem, assentos reservados, etc.

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Amelhor formadeconfirmarautiliza-ção da mesma reserva é observando se o código do localizador permaneceu exatamente o mesmo.

Selecione seu assento de preferência.•

Pergunte se o próximo vôo está previs-•to sair no horário.

Verifique a etiqueta de bagagem com•as novas informações.

Longas filas na Polícia Federal?

Ao observar longas filas na Polícia•Federal, prossiga imediatamente após o check-in ou tire do seu bolso mágico um passaporte diplomático para bater a carteirada.

Mantenha seu passaporte brasileiro •aberto na página da foto para mostrar ao policial federal.

Estimule os outros passageiros brasil-•eiros a manterem seus passaportes ab-

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ertos na página da foto para agilizar a fila.

Se for estrangeiro, mantenha uma can-•etaàmãoeofereçaauxílioparaverifi-car se os formulários dos passageiros à sua frente estão devidamente preenchi-dos.

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Códigos da aviação civíl20

Como já mencionamos antes, a aviação civil é repleta de códigos e siglas, essenciais para as operações das em-presas, tamanho o volume de informação necessário para oferecer segurança, crédi-to e controle na gestão do banco de dados. A título de curiosidade, vamos apresentar os principais:

No capítulo 4 apresentamos o Có-digo Fonético Internacional. Ele foi adota-do amplamente pelas empresas ligadas ao turismo para uniformizar a soletração.

Mas, há outros códigos além deste. Por exemplo, cada companhia aérea tem códigos de 2 e 3 letras, e 3 números, úni-cos, que a identificamundialmente comotransportadora aérea pela IATA ou pela ICAO (capítulo 21)

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American AirlinesVARIGTAMUnited AirlinesBritish AirwaysDeutsche LufthansaAir FranceKLM Royal Dutch A.LanQuantas Airways

AARGJJUABALHAFKLLAQF

AALVRGBLCUALBAWDLHAFRKLMLANQFA

001042957016125020057074045081

Empresa Aérea Códigos

Outro código amplamente utilizado pela aviação civil é o de aeroportos. Cada aeroporto no mundo possui um código de 3 letras, único, que o distingue de qualquer outro no planeta. Alguns códigos têm as-sociação direta com o nome do aeroporto, infelizmente, outros não.

Abaixo apresentamos uma lista de alguns dos aeroportos mais movimentados e/ou mais freqüentados por brasileiros no mundo. Fique atento que em sua bagagem irá impresso um destes códigos, indicando o destino.

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São Paulo - GuarulhosSão Paulo - CongonhasRio de Janeiro. – Tom Jobim Rio de Janeiro – Sto. Dumont Brasília – Juscelino Kubitschek Porto Alegre – Salgado Filho Curitiba – Afonso Pena Belo Horizonte – Pampulha BeloHorizonte–Confins Miami, EUA Nova Iorque, EUA – John F. Kennedy Chicago, EUA – O´Hare Londres, Inglaterra – Heathrow Paris, França – Charles de Gaulle Toronto, Canadá – Lester B. Pearson Tóquio, Japão – Narita Hong Kong, China – Chek Lap Kok

GRUCGHGIGSDUBSBPOACWBPLUCNFMIAJFKORDLHRCDGYYZNRTHKG

Cidade Código

E as unidades monetárias também têm seus códigos

Real BrasileiroDólar AmericanoEuro, União EuropéiaIene JaponêsDólar CanadenseDólar AustralianoYuan ChinêsPeso Argentino

BRLUSDEURJPYCADAUDCNYARS

Únidade Monetária Código

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Organizações da aviação civivil no mundo21

Este capítulo tem o objetivo sim-ples de tornar conhecidas as siglas das principais organizações ligadas à aviação civil no Brasil e no mundo. Mas, não é nos-so objetivo escrever detalhadamente sobre elas,apenassuasdefinições.Sãoelas:

IATA – International Air Transport Association é uma associação mundial cuja missão é: representar, liderar e servir ao setor de aviação civil. A IATA, cujo es-critório central está localizado em Montreal, Canadá, regulamenta e cria políticas inter-nacionais para o setor, analisa a indústria, contribui para a eficiência e a segurançado transporte aéreo e promove encontros internacionais de companhias aéreas para discutir e resolver questões das empre-sas.

ICAO – International Civil Aviation Organization é também uma associação mundial, criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1944, também

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com sede em Montreal. Apesar de pos-suir mais países-membros, é menos citada mundialmente que a IATA, que tem mais empresas aéreas-membros.

ANAC – Agência Nacional de Avia-ção Civil é uma autarquia brasileira criada em 2005, que substituiu o antigo DAC (De-partamento de Aviação Civil) e regulamen-ta a aviação civil no Brasil.

FAA – Federal Aviation Admin-istration criada em 1958, nos EUA. São responsáveis pela segurança da aviação civil daquele país.

EASA – European Aviation Safety Agency é o órgão que promove a seguran-ça do transporte aéreo na Europa.

INFRAERO – Infra-estrutura Aero-portuária é a empresa estatal administra-dora de quase a totalidade de aeroportos no Brasil.

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Direitos do consumidor22

O direito aeronáutico é regido por leis internacionais e nacionais. As princi-pais fontes internacionais são a Conven-ção de Varsóvia e a de Genebra. No Brasil, há o Código Brasileiro de Aeronáutica, LEI Nº. 7.565/86. Infelizmente, está desatual-izado nas questões monetárias, por adotar um indicador que não existe mais.

Os limites de indenização previs-tos no Código são menores que os previs-tos na Convenção de Varsóvia. Em direito do consumidor, usa-se o mais favorável ao consumidor – a Convenção.

Os valores na Convenção de Varsóvia estão em Francos-Ouros, que de-vem ser convertidos em dólares. Por morte ou lesão corporal (US$ 20,000), atraso no transporte (US$ 20,000), danos à baga-gem de mão (US$ 400) e danos à baga-gem despachada (US$ 20/kg).

Em nossos tribunais há controvér-sias quanto aos limites e sua aplicação, ou não. De qualquer forma, o Código Aeronáu-

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tico e a Convenção de Varsóvia são ante-riores à Constituição de 1988 e ao Código de Defesa do Consumidor. Este último, por serespecíficoeposterior,deve“falarmaisalto”.

Trata-se de uma briga interes-sante nos tribunais, e carecem advogados com conhecimento a respeito do direito aeronáutico, mas o direito do consumidor devesersuficienteehádecisõesjurídicasfavoráveis nesse sentido.

Na dúvida, vale brigar por seus direitos, pois há sim espaço para conseguir indenizaçõesmaisjustas.Afinalquemcar-rega numa mala de 20 kg bens que so-mam apenas US$ 400? Roupas de moda facilmente chegam a US$ 100 ou mais por peça. Uma mala com 20 peças destas pode “valer” US$ 2,000 sem esforço!

Não é justo que você saia perden-dosemterfeitonadaerrado,salvoconfiarseus pertences a uma empresa aérea!

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Curiosidades23

Um jumbo (B747) consome 16.000 litros de combustível por hora de vôo.

Um jumbo (B747) leva 700 kg de tinta na fuselagem.

Se você partir do Japão e for a Los Angeles, você chegará ao destino mais cedo que o horário que saiu da origem.

As janelas dos aviões são peque-nas e redondas porque estudos mostraram que o metal que fazia a quina das antigas janelas grandes e quadradas não suporta-va a pressão, abria e causava a queda do avião devido à descompressão.

O avião não tem marcha à ré. Primeiro, porque é impossível fazer a bal-iza com segurança, segundo porque não compensava o custo na adaptação no mo-tor. Quem empurra o avião para trás é um

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trator chamado push-back.

Durante o abastecimento dos aviões, carregar 90.000 litros de combus-tível leva apenas 30 minutos. O abasteci-mento é feito através da asa.

Os aviões comerciais voam acima de 10.000 metros porque esta é a altitude onde o ar se torna menos denso, oferece menor resistência, e possibilita maior eco-nomia de combustível.

O Airbus A380, o maior avião do mundo, apelidado de super jumbo, cus-ta a bagatela de 290 milhões de dólares (aproximadamente).

A American Airlines é a empresa com a maior frota de aviões da aviação co-mercial no mundo: 653 aviões.

O aeroporto mais movimentado do mundoéoHartsfield-Jackson,emAtlanta- EUA. Ele tem 180 portões de embarque (Guarulhos tem 27) e tem um pouso ou de-colagem a cada 5 segundos, 24 horas por

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dia, o ano todo.

A TAM é a maior empresa sul-americana. Possui 110 aviões e voa para 138 destinos.

Se um avião que acabou de deco-lar sofre problemas que o force a pousar novamente, ele será obrigado a derramar todo seu combustível extra porque a es-trutura de freio não suporta todo seu peso durante o início do trajeto. Os pilotos são instruídos para jogar o combustível extra no mar, e então voltar para pousar. Um Boeing 777-300 pode decolar com até 299 toneladas de peso, mas apenas pode pousar com 237 ton.

O Balanceamento é extremamente importante para a segurança do vôo.

Ele determina o equilíbrio do peso do avião, dos passageiros e equipe, das cargas e bagagens para que o peso to-tal esteja uniformemente distribuído pelo avião. É obrigatoriamente feito antes da saída de cada vôo. Se algo der errado, o avião poderá virar ou tombar durante o

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pouso ou a decolagem.

O maior impulsionador da aviação comercial foram os correios. Na década de 20, eles demandavam quase todo o transporte aéreo para o transporte de doc-umentos.

Os números de vôo não estão rela-cionados com o avião utilizado. Nunca será encontrado o número do vôo impresso ou pintado no avião. O mesmo avião faz di-versas rotas e opera diversos vôos.

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Traduções24

Traduções – do português ao inglês

Aeronave aircraftAeroporto airportAeroporto alternado diversionAgente agentAlfândega customsAnimal de estimação petAparelho eletrônico electronic de-viceAsa wing Assento seatATO * Airport Ticket-ingOfficeAtraso delayAvião airplaneBagagem despachada checked bag-gageBagagem em conexão c o n n e c t i n g baggageBebê de colo infantBebida não-alcoólica beverageBilhete ticket

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Bilhete eletrônico electronic ticket Caixa (bagagem) boxCâmbio (moeda) exchangeCancelamento cancellationCanhoto do cartão de embarque – board-ing pass stubCartão de embarque boarding passCartão de residência residence cardCinto de segurança safety beltClasse de serviço class of serviceClasse econômica e c o n o m y /coach classClasse executiva business classCobertor blanketComandante captainComissário de bordo flightattendantConexão connectionCo-piloto co-pilotCorredor aisleDecolagem take-offDesembarque deplanement / desembarkationDestino destination Duplicidade de assento seat duplicityDuração do vôo flightlengthSem imposto duty freeEmbarque boarding

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Companhia aérea airlineEndereço addressEndosso endorsementEscala stopoverEsteira de bagagem baggage belt/claimEstou atrasado I´m lateEtiqueta de Bagagem Baggage Tag (BT *)Excesso de bagagem baggage ex-cessFone de ouvido headphoneFormulário formFranquia de bagagem baggage allow-anceFrente (do avião) aftFundo (do avião) rearFuso horário time zoneHorário de Chegada ETA * Estimat-ed Time of ArrivalHorário de Saída ETD * Estimat-ed Time of DepartureImigração immigrationItinerário itineraryJanela windowLista de espera stand-by listLocalizador locator

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Loja de passagem ticketofficeMala de mão carry-on Menor desacompanhado u n a c c o m p a -nied minorMercadorias perigosas d a n g e r o u s goodsPassagem ticketPassaporte passportPerdi a conexão I missed my connectionPerdi a mala I lost my bagPerdi o vôo I missed my flightPortão gatePortão de embarque boarding gatePouso landingPrancha boardPrimeira classe firstclassPrograma de milhagem frequent flyerprogramReembolso refund / reim-bursementRefeição mealReserva reservationSala VIP VIP * loungeSanitário lavatorySegurança security

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Seguro insuranceSobrereservado overbookedSobrevendido oversoldTarifa fareTaxa taxTaxa de câmbio exchange rateTelefone telephoneTroca de assento seat changeTúnel de acesso jet bridge / fin-gerTurbulência turbulenceVacina vaccineViagem de ida-e-volta round trip Visto visaVoluntário volunteerVôo flight

* a palavra deve ser soletrada em inglês

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