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    TODOS os seres humanos tm direito a:Uma vida digna respeitada e integrada numa sociedade global;Viver em prosperidade e estar em Paz com os seus prximos;Uma alimentao saudvel;Ter acesso a gua potvel para consumo dirio;Assistncia mdica amiliar;Uma educao que os emancipe na vida;Permanecer num ambiente saudvel e protegido;Ter liberdade de expresso e de livre associao;Participar nas questes sociais e decises polticas;

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    O que so os ODM?Os Objectivos de Desenvolvimento do Milnio (ODM) so um conjunto de 8 ob-jectivos que surgiram para colmatar necessidades bsicas sentidas por pessoasque em todo o mundo vivem sem meios de subsistncia e sem direito a umavida digna e saudvel.

    Para acabar com a pobreza extrema deniram-se metas e objectivos espec-cos inspirados pela Declarao do Milnio das Naes Unidas aprovada naCimeira do Milnio em Setembro de 2000, em Nova Iorque.

    Os 8 Objectivos de Desenvolvimento do Milnio esto associados a dierentes

    Metas e a mais de quarenta Indicadores que descrevem o que necessriopara reduzir a pobreza e atingir o desenvolvimento sustentvel em 25 anos (de1990 a 2015).

    Objectivos Metas para 2015

    1. Erradicar a pobrezaextrema e a ome.

    Reduzir para metade a percentagem de pessoas que vivem commenos de $1,25 USD por dia.Reduzir para metade a percentagem de pessoas vtimas daome.

    2. Alcanar a EducaoPrimria Universal

    Assegurar que todas as raparigas e rapazes requentem e con-cluam com sucesso o ensino primrio.

    3. Promover a igualdadeentre os gneros e aautonomia da mulher.

    Eliminar as disparidades de gnero a nvel da educaoprimria e secundria at 2005 e em todos os nveis de educa-o at 2015.

    4. Reduzir a mortali-dade inantil.

    Reduzir em dois teros a mortalidade de crianas com menosde cinco anos.

    5. Melhorar a sadematerna. Reduzir em trs quartos o ndice de mortalidade materna.

    6. Combater o VIH/SIDA, a malria e outrasdoenas.

    Parar e inverter a propagao do VIH/SIDA.Parar e inverter o processo de propagao da malria e outrasdoenas graves at 2015.

    7. Assegurar asustentabilidadeambiental.

    Integrar os princpios da sustentabilidade ambiental nas polti-cas e programas governamentais e inverter a perda dos recursosambientais.Reduzir para metade a proporo da populao sem acessosustentado a gua potvel e saneamento bsico.Melhorar as condies de vida de, pelo menos, 10 milhes demoradores de bairros da lata.

    8. Desenvolver umaparceria global para odesenvolvimento.

    Atender s necessidades especiais dos pases menos desen-volvidos, dos pases situados no interior e estados ilha emdesenvolvimento.Intensicar o desenvolvimento de um sistema comercial e nan-ceiro aberto, regulado, previsvel e no discriminatrio.Lidar, globalmente e de orma integrada, com a dvida dospases em desenvolvimento.Desenvolver e implementar, em cooperao com os pases emdesenvolvimento, estratgias orientadas para o trabalho digno eprodutivo dos jovens.Disponibilizar, em cooperao com o sector privado, as novastecnologias, especialmente as de inormao e comunicao.

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    Valores e princpios da Declarao do Milnio. Qual a importncia dos Objectivos do Milnio?

    Uma agenda para o Desenvolvimento Humano.

    Todos estes objectivos tm por base um conjunto de valores que lderes mundiaisde 191 pases acordaram em Dezembro de 2000 para azer respeitar os DireitosHumanos. Os ODM dedicam-se ao total cumprimento dos valores das NaesUnidas que deendem:

    A liberdade. Todas as mulheres e homens tm o direito a uma v ida digna e acriar os seus lhos com dignidade, livres da ome e livres do medo da violncia,da opresso e da injustia. A melhor orma de garantir estes direitos atravs deuma governncia democrtica e participativa, baseada na vontade popular.

    A igualdade. Nenhum indivduo ou nao deve ser privado da possibilidade de sebeneciar do desenvolvimento. A igualdade de direitos e de oportunidades entrehomens e mulheres deve ser garantida.

    A solidariedade. Os problemas mundiais devem ser enrentados de modo a queos custos e as responsabilidades sejam distribudos com justia, de acordo comos princpios undamentais da equidade e da justia social. Os que sorem, ou osque beneciam menos, merecem a ajuda dos que mais beneciam.

    A tolerncia.Os seres humanos devem respeitar-se mutuamente, em toda a suadiversidade de religio, lngua e cultura. No se deve reprimir a diversidadedentro das sociedades, nem entre estas. A diversidade deve, sim, ser aprecia-da como um bem precioso de toda a humanidade. Deve promover-se activamenteuma cultura de paz e dilogo entre todas as civilizaes.

    Respeito pela natureza. necessrio actuar com prudncia na gesto dos recur-sos naturais e da biodiversidade, de acordo com os princpios do desenvolvimentosustentvel. S assim poderemos conservar e transmitir aos nossos descendentesas imensurveis riquezas que a natureza nos oerece. preciso alterar os actuaispadres insustentveis de produo e consumo, no interesse do nosso bem-estaruturo e no das geraes uturas.

    Responsabilidade partilhada. A responsabilidade pela gesto do desenvol-vimento econmico e social no mundo e por enrentar as ameaas paz e segu-rana internacionais deve ser partilhada por todos os Estados do mundo e serexercida multilateralmente. Sendo a organizao poltica de carcter mais univer-sal e mais representativa de todo o mundo, as Naes Unidas devem desempen-har um papel central neste domnio.

    Os objectivos do Milnio so muitas vezes encarados como sendo excessivamenteambiciosos e irrealizveis levantando um elevado grau de cepticismo em relaoaos resultados que os Estados membros se comprometeram em alcanar. Todavia,muitos objectivos tm sido alcanados e apesar de no existir um progresso globalem relao aos ndices de desenvolvimento existe um avano signicativo na quali-dade de vida nos pases da Amrica Latina.

    Os Objectivos de Desenvolvimento do Milnio tiveram origem na Cimeira do Mil-nio das Naes Unidas; porm, estes apenas podem ser alcanados se os esorosorem assumidos nacionalmente e movidos pela Solidariedade entre os pases.

    Por isso, o comprometimento, a dedicao e todos os esoros das pessoas em prol

    dos Direitos Humanos so undamentais para um acesso a gua, alimentao, as-sistncia mdica e educao bsica.

    O papel essencial dos ODM consiste assim em constituir-se num conjunto de objec-tivos mundiais mensurveis e alcanveis preconizados na Declarao do Milniodas Naes Unidas, e estabelecer um conjunto de prioridades s possvel de con-cretizar com a participao da sociedade civil local e global.

    O mundo tem apenas 5 anos para mostrar se capaz de reduzir a pobreza, a omee as doenas at 2015. Cada minuto conta!

    Os ODM podem ser ambiciosos mas so alcanveis no tempo previsto. Os ltimos

    anos oram de grande progresso para os ODM e a crise econmica no pode ser-vir de desculpa para altar aos compromissos. Os 25 anos de ajuda humanitriatm de azer a dierena!

    Falta um plano de aco concreto para a erradicao da pobreza para os prximos5 anos; e o ano de 2010 undamental para concretizar esse desao.

    Os anos 60, 70 e 80 oram anos de orte expanso econmica nos pases indus-trializados mas, nos Pases Menos Desenvolvidos no se registaram melhoriassignicativas nas condies de vida. urgente colocar o crescimento econmicoao servio da dignidade humana.

    Na corrida para os ODM o tempo vida.7

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    Apoiaremos a consolidao da democracia em rica e ajudaremosos aricanos na sua luta por uma paz duradoura, pela erradicao dapobreza e pelo desenvolvimento sustentvel, para que, dessa orma,rica possa integrar-se na economia mundial.

    Declarao do Milnio

    Reconhecemos que, para alm das responsabilidades que todos temosperante as nossas sociedades, temos a responsabilidade colectiva derespeitar os princpios da dignidade humana, da igualdade e da equi-dade, a nvel mundial.

    Declarao do Milnio das Naes Unidas

    Dos compromissos aos resultados O Continente Aricano

    2010 Ano Europeu contra a Pobreza eExcluso Social

    Os ODM no podem ser apenas um pacto, um compromisso ocial para reduzir apobreza extrema sem resultados eectivos. Tem de haver compromissos reais.

    Para os ODM serem alcanados tem de existir um compromisso partilhado. Todosdevem envolver-se, individual e colectivamente, porque nesta luta contra a po-breza todos temos um papel a desempenhar.

    Por isso, SIM, os polticos devem assumir os compromissos eitos; SIM a socie-dade civil deve envolver-se no combate pobreza; e, SIM todos temos o direitoe o dever de promover medidas justas e genunas para alcanar os Objectivos deDesenvolvimento do Milnio .

    Os pases aricanos so os que menos progressos tiveram no que diz respeito aosODM. A Ajuda Pblica ao Desenvolvimento, destinada rica Subsariana, temaumentado a um ritmo muito lento para a erradicar a pobreza e a ome.

    Contudo, a Declarao do Milnio insistiu na adopo de medidas especiais paraenrentar os desaos da erradicao da pobreza e do desenvolvimento susten-tvel em rica tais como o cancelamento da dvida bilateral e o aumento dacapacidade para combater o fagelo do VIH/SIDA e outras doenas inecciosas.

    A Ajuda Pblica ao Desenvolvimento procura contribuir para a estabilidade no

    continente aricano atravs da implementao de relaes comerciais justastransparentes e equitativas que avoream o desenvolvimento humano dos vriosgrupos tnicos que habitam rica, mas tambm a sia e a Amrica Latina.

    2010 um ano particularmente importante para alcanar as metas colocadas pe-los Objectivos de Desenvolvimento do Milnio. 2010 oi declarado o Ano Europeucontra a Pobreza e a Excluso Social e o Ano Internacional da Biodiversidade oque agrega as duas grandes prioridades para os cidados Europeus.

    Segundo o Eurobarmetro oi demonstrado que metade dos cidados europeusconsultados consideram as alteraes climticas como um dos principais prob-lemas mundiais e 3/4 consideram a pobreza como o principal problema para ahumanidade.

    Com uma crescente presso e envolvimento social, os l deres mundiais teroque assumir com maior determinao os compromissos estabelecidos e avanarcom medidas equitativas para uma distribuio justa dos recursos naturais e dariqueza dos pases.

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    Os Objectivos de Desenvolvimento do Milnio so alvos mensurveis eestabelecidos para enfrentar a pobreza extrema, a fome e as doenas, epara promover a igualdade de gnero, a educao e a sustentabilidade

    ambiental. Eles representam tambm a expresso dos direitos huma-nos fundamentais: o direito de todos sade, educao e ao abrigo.

    Ban Ki-Moon,

    Secretrio Geral das Naes Unidas

    O Tratado de Lisboa

    Ainda possvel alcanar os ODM?

    Em Dezembro de 2009, o Tratado de Lisboa entrou em vigor estipulando polti-cas para a cooperao e desenvolvimento que contribuam para a reduo, e alongo prazo, para a erradicao da pobreza (artigo 208).

    O Tratado contm medidas especcas para reduzir a pobreza e a excluso socialna Unio Europeia denindo polticas e estratgias para o acesso ao emprego,para garantir uma segurana social adequada, educao, servios de sade eerradicar todas a ormas de pobreza e explorao humana.

    Portugal tem um importante papel a desempenhar na promoo dos Objectivosde Desenvolvimento do Milnio, tanto pelas suas responsabilidades histri-

    cas como pelo acto de estar inserido na Unio Europeia, ou por ter sido eleitomembro para o Conselho de Segurana das Naes Unidas como membro nopermanente.

    Os ODM so extremamente importantes para a vida de milhes de pessoas quevivem em condies de extrema pobreza sem acesso a gua potvel , serv iosenergticos, cuidados de sade e alimentao.

    Tm-se registado enormes progressos neste compromisso estabelecido a nvelmundial, sobretudo na reduo da mortalidade inantil, no acesso a gua po-tvel e no acesso ao ensino primrio. A xao destes objectivos levou a quealgumas das regies mais pobres do mundo melhorassem signicativamente oseu nvel de vida.

    Para alcanar os ODM no tempo previsto, o mundo precisa deidenticar as razes que explicam a persistncia da pobreza extrema e os mel-hores instrumentos para lutar contra este fagelo.

    A tarea longa e o tempo que resta curto; por isso, espera-se um envol-vimento mundial dos pases e da sociedade civil global que reorce a capacidadede intervir na erradicao da pobreza. A rica Subsariana a regio do mundomais aectada pela pobreza, mas temos de considerar todos os xitos j alcan-ados e todos os que restam alcanar para pr um m e este fagelo. possvelalcanar os Objectivos de Desenvolvimento do Milnio.

    Actua. Envolve-te. tempo de acabar com a pobreza!11

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    Erradicar a pobreza extrema e a ome

    OBJECTIVO 1:

    Combater a pobreza extrema e a ome o primeiro dos Objectivos do Milnio.A ome aecta um tero da populao mundial . uma vergonha para a humani-dade que, no incio do sculo XXI, este seja o problema mais grave com que seconronta. O grande problema do mundo a ome e a pobreza. A realidade que, apesar de existir tecnologia e capacidade para produzir alimentos sucien-tes para toda a humanidade, no h como justicar que a ome e a desnutrioaectem ainda uma parte importante da populao mundial .

    Os progressos em direco erradicao da ome estagnaram na maioria dasregies devido crise alimentar, nanceira e ambiental.

    No MundoA Organizao para a Alimentao e Agricultura (FAQ) calcula que o nmero depessoas subalimentadas era de 850 milhes em 2006,possa ter atingido os 915 milhes em 2008 e que esse nmero possa terultrapassado os mil milhes, em 2009.

    A rica Subsariana, o Sul da sia, o Sudeste Asitico e a Ocenia so as regiesonde a pobreza mais acentuada

    75% das pessoas que passam ome vivem nas zonas rurais. Os alimentos existemmas as pessoas mais pobres no tm acesso s terras nem aos alimentos... 80%da riqueza encontra-se nas mos de apenas 20% da populao. A soluo passapela distribuio de terras, por maior apoio pequena agricultura das amliaspobres e pelo desenvolvimento de prticas agrcolas mais sustentveis.

    Mapa 1Prevalncia de crianas subnutridas (

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    O que oi eito:

    Mas URGENTE:

    A Nicargua reduziu para metade a taxa de incidncia da ome; de 52% em 1991para 21% em 2006.

    Na Argentina, o programa Jefes y Jefas de Hogarempregou 2 milhes de traba-lhadores poucos meses aps ter sido iniciado, em 2002, contribuindo para umarpida reduo da pobreza, de 9,9% em 2002 para 4,5% em 2005.

    Na ndia, o programa de Apoio Rural Aga Khan, iniciado em 1982, com o objectivode organizar comunidades locais oi determinante para a reduo da pobrezae para um investimento produtivo. Em 2002, tinha beneciado mais de 100.000lares.

    O Projecto de Desenvolvimento Comunitrio Kecamatan lanado pelo Governo daIndonsia cobriu cerca de 30% da rea rural do pas ( cerca de 21.000 aldeias)e teve um papel undamental na construo de inra-estruturas bsicas, comoestradas, pontes, sistemas de abastecimento de gua, e escolas. Entre 20 a 30milhes de pessoas beneciaram deste programa.

    A Guatemala aumentou os investimentos em estruturas sanitrias e na distri-buio de gua o que contribuiu para aumentar o acesso gua potvel de 79%para 96% da populao e melhorou as condies sanitrias de 70 % para 84%,desde 1990 at 2006.

    No Brasil, o nmero de crianas desnutridas baixou para metade. A elaboraodo Relatrio do Trabalho Decente no Brasil oi undamental para que muitaspolticas propostas ossem cumpridas e assegurassem um melhor nvel de vida.

    oikos Vida Sustentvel

    Nicaragua, Honduras, El Salvador

    A Oikos lanou em 2005, no Golo de Fonseca (Nicargua, Honduras, El Salva-dor) um projecto tendo em vista contribuir para o desenvolvimento sustentvele a melhoria da qualidade de vida, atravs da luta contra a pobreza. Esta regio caracterizada por um elevado grau de pobreza provocada, em grande medida,pela ocorrncia de requentes catstroes naturais e debate-se com graves pro-blemas ambientais, de produo agrcola e de comercializao. O objectivo prin-cipal oi o de reduzir a vulnerabilidade das amlias pobres no Golo de Fonseca,sendo 15 435 o nmero total de benecirios desta iniciativa, o que correspondea 3150 amlias.Fonte: Relatrio de Responsabilidade oikos, ano zero 2006/07

    Guatemala

    A Oikos tem presena permanente na Guatemala desde 2006. Este pas um dospases mais pobres da Amrica Latina, onde os ndices de desnutrio crnica,desigualdade econmica e excluso dos povos indgenas, so geradores de con-sequncias severas ao nvel da segurana alimentar. Desde 2006, o trabalho daOikos na Guatemala tem sido principalmente nesta rea, procurando o ortaleci-mento de sistemas alimentares rurais sustentveis e equitativos. Neste momentoesto a decorrer dois projectos na Guatemala:

    Fortalecimento de sistemas agro-alimentares sustentveis e equitativos em 5micro regies da Guatemala

    Observatrio do Direito Segurana AlimentarOutros projectos em www.oikos.pt

    Garantir a Segurana Alimentar para os pases pobres e prevenir que as crisesnanceiras nos pases industrializados tenham impactos to drsticos no acessoaos alimentos;

    Libertar todos os pases pobres da dvida bilateral ocial. Os pases pobres pagama cada dia o equivalente a 100 milhes de dlares em servio de dvida aospases ricos;

    Avanar com o desenvolvimento de um sistema comercial e nanceiro aberto,baseado em regras, previsvel e no discriminatrio;

    Atingir os 0,7% do RNB (Rendimento Nacional Bruto) dos pases desenvolvidospara a Ajuda Pblica ao Desenvolvimento (APD);

    Penalizar os Governos que apoiem as Guerras, os confitos armados, a produoe venda de armamento e todas as ormas de violncia e terrorismo;

    Acordar um Pacto Mundial para o Emprego que assegure um trabalho decentepara todos, erradique o trabalho escravo e o trabalho inantil nas suas pioresormas.

    O que az a Oikos

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    O que posso eu azer?

    Inorma-te no teu bairro, povoao ou localidade e colabora nasajudas aos mais pobres,

    Participa como voluntrio em aces humanitrias promovidaspelas ONGD e organizaes mais activas na luta contra a ome e apobreza.

    Fala com a tua autarquia, para que colaborem na diuso dos ODMe no te canses em relembar os decisores polticos acerca doscompromissos que Portugal assumiu na Conerncia do Milnio.

    Envolve-te numa campanha contra a ome e a pobreza na tua es-cola ou aculdade. Podes propor aos proessores e aos alunos.

    S responsvel. No avalies um produto pela embalagem. Pergun-

    ta-te sempre quem ez, de onde vem e para onde vai.

    Apoia o comrcio justo, a uma orma de estabelecer relaes co-merciais que promovam o desenvolvimento humano em cada pas.

    Alcanar o ensino primrio universal

    OBJECTIVO 2:

    Ainda que em muitas partes do mundo tenha aumentado a taxa de escolariza-o das crianas, h que redobrar esoros se realmente quisermos alcanar oobjectivo de uma escolarizao universal plena.A alta de ormao bsica, quer nas comunidades, quer nos pases, impede aqualicao prossional dos cidados, minando a estrutura econmica e sociale impossibilitando o m da pobreza. Um sistema democrtico tambm no sepode consolidar com uma percentagem to elevada de populao analabeta eque, consequentemente, no pode exercer plenamente os seus direitos.O baixo ndice de matrculas e, sobretudo, o abandono escolar precoce, estoortemente relacionados com a pobreza. A sua erradicao depende, em boamedida, de uma educao bsica para todos e do aumento do esoro de esco-larizao das raparigas, as quais apresentam maiores ndices de excluso e deabandono dos estudos.

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    No Mundo

    Cerca de 32 milhes de crianas aricanas no tm acesso ao ensino primrio.Os Pases Menos Desenvolvidos no conseguiram alcanar as metas intermdiasprevistas para o ano 2010.

    Existem 158 milhes de crianas entre os 5 e os 14 anos sujeitas ao trabalho in-antil uma em cada 6 crianas no mundo. As crianas mais aectadas vivem narica Subsariana (69 milhes) e no Sul da sia (44 milhes).

    Em zonas rurais as crianas pobres esto mais expostas ao trabalho inantil. Como peso do trabalho, milhes de crianas so impedidas de requentar a escola, oque as mantm vulnerveis aos baixos nveis de pobreza, explorao e trabalhoorado.

    781 Milhes de adultos no sabem ler nem escrever dois teros destes somulheres.

    Nos pases mais pobres a discriminao de gnero mantm um grande nmerode raparigas sem educao bsica. Nos pases aricanos e na sia Ocidental aexcluso das raparigas da escola atinge os 66% de crianas.

    Mapa 2Ingresso no ensino bsico - Percentagemonte: UNSD_MDG Ino 2010

    21,5 - 85,5 %

    85,6 - 94,1 %

    94,2 - 97,6 %

    97,7 - 100 %

    sem dados

    O que oi eito:

    Mas URGENTE:

    Em rica, com a ajuda mundial e novas medidas educativas, mais 42 milhesde crianas tiveram acesso educao bsica entre 1999 e 2007.

    O nmero total de crianas ora da escola baixou de 106 milhes em 1999 para69 milhes em 2008. Metade destas crianas (31 milhes) encontram-se narica Subsariana e 18 milhes no Sul da sia

    A abolio de propinas no Burundi permitiu que 99% das crianas requentas-sem o ensino primrio. A mesma medida oi aplicada na Tanznia, Guatemala,Nicargua e Zmbia levando a um aumento exponencial de entradas de crian-

    as na escola.A entrada das crianas nas escolas undamental, mas necessrio quecontinuem a requentar as aulas para que a educao tenha eeitos positivosnas regies desavorecidas. Na rica Subsariana h um abandono escolar de30% o que gera anualmente milhes de jovens iletrados e com poucas aptidesprossionais.

    Dedicar recursos e esoros para que a educao pr imria universal seja gra-tuita para todas as crianas do mundo.Acabar com o trabalho inantil orado e assegurar que todas as crianastenham acesso a uma educao acessvel e adequada.Lanar uma Campanha Mundial pela Educao e ortalecer o movimento dosProessores Sem Fronteiras.Criar bolsas para que os pases mais pobres possam contratar mais proessorese criar condies mais dignas para proessores e alunos.

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    O que az a Oikos

    oikos Cidadania Global

    Em Portugal

    A oikos promove projectos e programas de Educao para a Cidadania Global(ECG), entendida como um processo de consciencializao da opinio pblica,que contribui para a criao de uma cultura de responsabilidade e conduz a umempenhamento social, ajudando a superar as assimetrias que so simultanea-mente causa e eeito do subdesenvolvimento e da pobreza. Atravs de actividadesde sensibilizao e produo de materiais pedaggicos a Oikos procura ortalecer

    um movimento de solidariedade para que, conjuntamente, se possa ultrapassaras necessidades humanas undamentais.

    O que posso eu azer?

    Entra em contacto com entidades que trabalhem na promoo da educao nomundo e colabora como voluntrio/a.

    Existem vrias multinacionais que exploram as crianas e as mantm abaixodo nvel da pobreza. No compres artigos que tenham utilizado mo-de-obrainantil na sua produo. Envia uma carta s empresas que exploram crianase exige para estas crianas a possibilidade de estudar. A tua escolha conta.

    No caso de seres estudante, organiza uma campanha de sensibilizao na tuaprpria escola. Podes comear por saber mais sobre a v ida dos teus colegas:de onde eles vm e como so as escolas nos seus pases de origem? Descobreaquilo que um colega mais gosta na sua terra e o que o aria eliz?

    Procura conhecer mais em pormenor uma zona carenciada do mundo e tentaenvolver a escola do teu bairro num projecto concreto de colaborao. Podesencontrar outras iniciativas e recolher ideias na pgina web da oikos emwww.oikos.pt.

    Promover a igualdade entre os sexos e aautonomia da mulher

    OBJECTIVO 3:

    A discriminao das mulheres est enraizada em muitas sociedades, chegando aser considerado como algo normal e justicvel. Pensa-se que natural um es-tado de coisas que az com que as mulheres estejam subordinadas aos homens,tenham menos direitos, cobrem salrios ineriores por trabalho idntico, ou pos-sam ser agredidas pelos seus maridos.Muitas mulheres em todo o mundo trabalham h dcadas para conseguir a igual-dade de direitos, lutando ao mesmo tempo por um mundo mais justo e solidrio.Ainda que muitas coisas estejam a mudar, como temos podido constatar na nossaprpria sociedade nos ltimos 30 anos, os progressos no so iguais em todo omundo. Em termos gerais, as dierenas de gnero so mais signicativas nasregies do Mdio Oriente, sia Meridional, rica do Norte, rica Ocidental eCentral.

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    No Mundo

    Os Pases em Desenvolvimento esto a aproximar-se da paridade de gnero naeducao. Em 2008, havia 96 raparigas inscritas por cada 100 rapazes no ensinobsico e 95 por cada 100 rapazes no 2 ciclo

    No entanto, em nveis de ensino mais avanados, existe uma maior discrepnciaem certas regies menos desenvolvidas. Na Ocenia, rica Subsariana e siaOcidental, onde a educao das raparigas subvalorizada, o ratio entre gneroschega a atingir uma dierena de 67 raparigas por cada 100 rapazes.

    Nos pases em desenvolvimento as mulheres esto sujeitas a ormas mais vul-nerveis de trabalho e so 3 vezes mais aectadas pelo desemprego em situaesde crise.

    A pobreza tem a face de uma mulher: 70% da populao mundial mais pobre somulheres ou crianas; uma em trs mulheres maltratada, orada na indstriado sexo ou abusada; a nvel mundial a presena das mulheres no parlamento muito baixa.

    No Mal, Peru, sia Ocidental e rica do Sul registam-se graves desigualdadesno trabalho assalariado e nos direitos sociais.

    A representao poltica o lugar onde se acentuam as mais proundas dispari-dades entre os gneros sendo os homens a ocupar a maioria dos cargos polticostanto nos pases desenvolvidos (2/3 dos cargos so ocupados por homens) comoem pases em desenvolvimento onde as mulheres ocupam na melhor das hipte-ses 1/4 da totalidade dos cargos polticos.

    Mapa 3Lugares ocupados por mulheres no Parlamento Nacional - Percentagemonte: UNSD_MDG Ino 2010

    0,0 - 9,0 %

    9,1 - 16,4 %

    16,5 - 22,8 %

    22,9 - 56,3 %

    sem dados

    O que oi eito:Recentemente deu-se um grande passo para alcanar paridade de gnero naeducao na Amrica Latina e Carabas, sia Oriental e Sul Oriental, onde maisraparigas que rapazes ingressaram no secundrio

    No Peru cada vez mais mulheres participam activamente da poltica, tanto a nv-el local como regional. Em S. Martin, 11 mulheres candidataram-se s eleies

    locais e regionais, tendo sido eleita uma mulher para ocupar um cargo polticona regio.

    A WOMANKIND ajudou milhes de mulheres em todo o mundo, e s suas am-lias, a alcanar os seus direitos ou a escapar s ormas de violncia permitidase negligenciadas na cultura dominante. Est em 71 pases nomeadamente naBolvia, Peru, Aeganisto, Zimbabwe, Etipia, Somlia, Gana, Albnia, Nepal,ndia...

    Na ndia, a SEWA - uma associao de mulheres, desenvolveu muitas prticaspara reduzir a pobreza atravs da criao de emprego prprio. Actualmentea SEWA tem 200 000 membros na ndia, com 84 cooperativas, 181 grupos deproduo. Cerca de 30 000 mulheres pobres participam anualmente na Aca-demia da SEWA, onde exploram a sua participao na economia nacional, osseus papis e responsabilidades como mulheres, ormas de auto-organizao, eos valores e viso subjacente ao movimento.

    No Ruanda, graas recente implementao de medidas polticas armati-vas rpidas e proundas mudanas surgiram nos ltimos anos para combatera desigualdade de gnero. Muitas mulheres entraram na vida pblica comolderes Polticos; por exemplo, na Cmara dos Deputados os lugares ocupadospor mulheres aumentaram para 48,8% e houve tambm um aumento signica-tivo na participao de mulheres a nvel ministerial e de governo local.

    Mas URGENTE:Desmantelar as redes de trco e a explorao de mulheres, bem como assegu-rar medidas de apoio e reinsero social s mulheres vtimas libertadas destasormas de explorao.

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    Assegurar a criao e uncionamento de instituies de acolhimento dedicadas proteco de mulheres nos casos que se encontram em situao de risco por deserem perseguidas, oprimidas ou tracadas.

    Condenar a violao no casamento e o casamento orado assim como a mutila-o genital e outras ormas de violncia exercidas sobre a mulher.

    Colocar as mulheres num patamar de igualdade para com os homens no acesso educao, nas oportunidades de trabalho, nas remuneraes salariais e nosdireitos e benecios sociais.

    A igual oportunidade entre homens e mulheres no acesso aos cargos polticos epossibilitar a representao dos direitos da mulher de orma equitativa refectindoas suas necessidades.

    O que az a Oikos

    Educao para Cidadania Global

    Em Portugal

    A explorao laboral e a prevalncia do Trco de Seres Humanos so graves in-dcios de que a desigualdade de gnero persiste em Portugal, e aecta sobretudoimigrantes em situao irregular, mulheres sem ormao escolar e prossional(requentemente vtimas de explorao sexual).A discriminao de gnero e o Trco de Seres Humanos tem uma orte ex-presso na Regio Norte, ruto das recentes vagas de imigrao, do desco-nhecimento por parte das vtimas dos seus direitos, da alta de recursos para seproteger e lutar contra as ormas de explorao humana.

    Como orma de minimizar esta situao de discriminao, que aecta principal-mente as mulheres, a Oikos tem em curso o projecto (Es)oradas e (Des)iguais Contra o Trco de Seres Humanos e a Explorao Laboral , um projecto desensibilizao e (in)ormao, que pretende alertar a sociedade civil para a vio-lao de direitos undamentais, em particular das mulheres, pretendendo aindaincidir em polticas pblicas que combatam, inormem e protejam as pessoasmais vulnerveis contra estes abusos.

    O que posso eu azer?

    Realiza uma campanha na escola do teu bairro sobre sensibilizao e preven-o da violncia sobre as mulheres. Podes pedir apoio a organizaes quetenham editado materiais e que te possam aconselhar.

    Se ores estudante, pede aos teus proessores e direco da escola quepromovam junto dos alunos uma ormao sobre as relaes aectivo-sexuais,assim como orientao para o emprego numa perspectiva no sexista.

    Zela para que os direitos das tuas colegas de escola sejam respeitados emtodos os domnios e denuncia as situaes que atentem contra a dignidadedas meninas ou das raparigas.

    Solicita aos proessores e direco da tua escola que se utilize uma lingua-gem no sexista que d visibilidade presena eminina. Por exemplo: alunase alunos.

    Na Holanda, est a ser levada a cabo uma iniciativa que consiste em convidarmulheres que trabalhem em ambientes laborais no eminizados e que ocu-pam cargos de responsabilidade para relatarem nas escolas a sua experincia

    aos alunos, como orma de contribuio para a erradicao de esteretipos epapis apreendidos. uma ideia que podemos imitar.

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    No Mundo

    Apesar de haver um nmero avassalador de crianas a morrer em cada ano, desde2000 registou-se uma reduo signicativa na mortalidade inantil. Contudo,mantendo-se o ritmo actual, o objectivo previsto na Declarao do Milnio, para2015, s se cumprir em 2045.

    A crueldade dos dados indica que 8,8 milhes de crianas morrem a cada ano. Arica Subsariana a regio mais aectada onde se regista a morte de metade decrianas a nvel mundial antes de atingir os 5 anos de idade.

    Estima-se que a cada hora morrem mais de 1 000 crianas no mundo. Desde2008, em rica 1 em cada 6 crianas no resiste at aos 5 anos e no Sul da sia 1

    em 14 morre com menos de 5 anos de idade.

    Cerca de 90% da mortalidade inantil causada pela diarreia, pneumonia, saram-po, malria, VIH/SIDA e problemas de parto - doenas curveis que podiam serevitadas. Entre os 67 pases com elevada taxa de mortalidade inantil apenas 10esto em vias de melhorar signicativamente as condies de sobrevivncia paraas crianas.

    Mapa 4Taxa de Mortalidade Inantil - Por cada 1000 nascimentosonte: UNSD_MDG Ino 2010

    1 - 8

    9 - 20

    21 - 53

    54 - 165

    sem dados

    Reduzir a mortalidade inantil

    OBJECTIVO 4:

    As elevadas taxas de mortalidade inantil so um drama dos pases pobres.Quase 50% dessas mortes acontecem na rica Subsariana, enquanto nos pasesricos a percentagem no ultrapassa 1%. Este acto d-nos uma percepo dadimenso da crise humanitria que se est a viver nesta parte do mundo.Tambm nos pases mais desavorecidos, os mais pobres so os que mais sorem:as possibilidades de uma criana morrer antes dos 5 anos aumentam signicati-vamente quanto maior or o nvel de pobreza da amlia.Uma vez mais, a pobreza o denominador comum desta tragdia. No entanto,permanece a esperana ao sabermos que esta situao pode ser invertida,atravs de uma distribuio mais equitativa da riqueza.

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    O que oi eito:A imunizao contra o sarampo aumentou 70% e preveniu a morte de milhesde crianas provocada por esta doena letal. Em 2008, a vacinao cobriu 81%das regies em desenvolvimento. Houve uma reduo de 733 000 mortes em2000 para 164 000 em 2008.

    No mundo, a mortalidade de crianas baixou de 12,5 milhes para 8,8 milhespor ano, de 1990 at 2008. Isto salva 10 000 crianas por dia, contudo aindarestam milhes de crianas a salvar da ome e das doenas nos pases emdesenvolvimento.

    Os maiores progressos registaram-se no Norte de rica, na sia Oriental, naAmrica Latina e Carabas.

    Alguns Pases Menos Desenvolvidos tambm atingiram eitos notveis reduzin-do cerca de 50% a taxa de mortalidade inantil desde 1990. Dentro destes des-taca-se o Bangladesh, Buto, Bolvia, Eritria, Laos e Nepal. Em Moambique,na Monglia, Etipia e Niger tambm se registam dados muito positivos.

    Mas URGENTE:O acesso gratuito aos servios de sade, educao bsica, alimentao e gua potvel, por parte das amlias mais pobres, sobretudo das mes e crianas.

    A educao das mes e a transmisso de inormao relativamente a problemashiginico-sanitrios, amamentao, imunizao e cuidados de sade essenciaispara o crescimento e proteco da criana.

    Desenvolver programas de apoio e de servios de assistncia comunitrios eintensicar medidas de preveno para combater as doenas inecciosas como apneumonia, a diarreia, a malria e o vrus da SIDA e aumentar a acessibilidadedos tratamentos nos pases em desenvolvimento.

    Ajudar as regies mais aectadas por epidemias a desenvolver os seus prpriosmedicamentos e tratamentos medicinais base de produtos naturais abundantesna regio.

    Tornar a gua potvel num recurso acessvel para todos. A gua e a alimentaotm um papel undamental para reduzir a mortalidade nos pases pobres sendoque a subnutrio aumenta drasticamente o risco de doena e morte.

    O que az a OikosVida Sustentvel

    Nas Honduras as ineces respiratrias agudas, diarreias, doenas da pele edesnutrio, so das principais causas de mortalidade inantil. A situa-o torna-se cada vez mais crtica com o aumento da populao, a rpida urbani-zao, as alteraes climticas e o aumento da industrializao, ruto do desen-volvimento econmico e da globalizao. Neste contexto, a Oikos, em parceria comorganizaes locais, desenvolveu um projecto de interveno na Habitao parareduzir a mortalidade inantil associada a doenas respiratrias causadas por altosnveis de contaminao do ar. At 2013, a Oikos ir contribuir para a melhoria daqualidade de vida de 450 amlias com crianas melhorando as condies de habi-tao e ortalecendo as capacidades dos prossionais e assistentes de sade.

    O que posso eu azer?

    Entra em contacto com organizaes que trabalhem na erradicao da ome. Colabora ecompromete-te o mais possvel. Podes participar como voluntrio/a em aces contra aome organizadas por ONGs.

    Se ests numa escola ou aculdade, organiza uma actividade ou trabalho para que osteus colegas e proessores conheam esta realidade e desenvolvam debates nas aulas.

    Tambm podes apresentar exposies temticas que te sejam cedidas por alguma or-ganizao, ou propor actividades artsticas (desenho, teatro, cinema, msica, literatura,etc.) que conduzam refexo...

    Divulga a campanha Pobreza Zero entre os teus colegas, amigos e amiliares.

    Inorma-te sobre as possibilidades de colaborar voluntariamente com organizaeslocais, as quais desenvolvam actividades a avor das crianas que necessitam de ajuda:associaes, parquias, servios sociais municipais, entre outros.

    No hesites, o teu gesto az a dierena!

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    No Mundo

    A maioria de mulheres que morre de parto ou por complicaes durante a gravidezencontra-se nos pases pobres. Mais de meio milho de mulheres morrem anu-almente ao dar luz. 300 milhes de mulheres nos pases em desenvolvimentosorem de doenas causadas por gravidez e parto.

    A mortalidade materna contribui, tambm, para a morte de, pelo menos, 1,5 mi-lhes de crianas na primeira semana de vida e 1,4 milhes de nados-mortos.

    Apenas 1 em cada 3 mulheres que vivem no meio rural recebem acompanhamentoadequado durante a gravidez.

    A hemorragia e a hipertenso arterial so responsveis por metade dos bitos ma-ternos e 18% das mortes so causadas pela malria, VIH/SIDA e doenas cardacas.A maior parte destas doenas podia ser prevenida ou tratada.

    A taxa de natalidade em adolescentes com baixos nveis de escolaridade quatrovezes superior.Em cada minuto 380 mulheres cam grvidas; 190 mulheres enrentam uma gravi-dez no desejada; 110 mulheres conrontam-se com um problema relacionado coma gravidez; 40 mulheres azem um aborto inseguro; 30 mulheres sorem leses oudecincia; 1 mulher morre devido gravidez.

    Mapa 5Taxa de Mortalidade Materna - Por cada 100.000 nascimentosonte: UNSD_MDG Ino 2010

    1 - 14

    15 - 130

    131 - 510

    511 - 2.100

    sem dados

    Melhorar a sade materna

    OBJECTIVO 5:

    Entende-se por sade materna a assistncia sanitria e a assistncia comuni-tria especca que requerem as mes ou uturas mes. Os Objectivos do Milniopropem reduzir em trs quartos a taxa de mortalidade materna at 2015.Em muitos pases do mundo, a gravidez e o parto implicam um grave risco paraas mulheres. Situaes que na Europa se conheciam s no incio do sculo XX(o parto como um episdio de risco importante para as mes) so circunstnciascomuns nos pases pobres, com tonalidades mais dramticas na regio da ricaSubsariana.Mas a assistncia sanitria ao parto, apesar de muito importante, no o nicoproblema existente: as mes precisam da ajuda da comunidade antes e depoisdos partos, j que as crianas so totalmente dependentes das mes durante osprimeiros anos. Para assegurar a sade materna determinante tirar as amliasda pobreza e criar servios de apoio materno gratuitos.

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    O que oi eito:O nmero de mulheres a receber cuidados de sade materna nos pases em de-senvolvimento aumentou signicativamente no Norte da rica, Amrica Latina eCarabas e no Sudoeste da sia

    Em todas as regies do mundo a taxa de gravidez na adolescncia baixou, inclu-sive na regio subsariana, o que ir contribuir para que a mortalidade inantil sereduza nos prximos anos.

    Na Amrica Latina e Carabas os direitos conquistados pelas mulheres trouxerammelhores cuidados de sade e um acompanhamento durante e aps o perodo dagravidez.

    Mas URGENTE:A assistncia na gravidez, durante o parto e aps o parto, tanto no que se reerea servios mdicos como a serv ios educativos e inormativos ornecidos de ormaacessvel e gratuita. No nos esqueamos que apenas uma minoria dos pases nomundo possuem estes servios generalizados.

    Um compromisso poltico internacional revigorado que implemente um Plano deInterveno Internacional credvel para rearmar a importncia do acesso univer-sal aos cuidados de sade reprodutiva e acelerar a ajuda mdica aos pases emdesenvolvimento.

    Alm disso, a educao para a maternidade, a universalizao da educao, ainormao e educao sexual e a inormao preventiva para evitar doenassexualmente transmissveis, so ainda desaos para a maioria dos pases. A t-tulo de exemplo podemos reerir o uso do preservativo que considerado o nicomeio que pode prevenir a expanso do VIH/SIDA

    Implementar undos e estratgias de aconselhamento para desenvolver um pro-grama de planeamento amiliar, especialmente na adolescncia, idade em queocorre mais requentemente uma gravidez indesejada.

    O que az a Oikos

    Vida Sustentvel

    A Oikos trabalha em El Salvador desde o ano 2001 onde est a implementar umprojecto para a Preveno em Sade Sexual e Reprodutiva de Adolescentes e Jo-vens no Municpio de La Unin tendo como nalidade contribuir para a criao deum ambiente saudvel para a inncia, adolescncia e juventude em risco e vul-nerabilidade. O que levou a Oikos a desenvolver este projecto oi o acto de haveruma elevada taxa de gravidez na adolescncia. Em El Salvador, cerca de 42% dasmulheres me antes dos 20 anos, originando requentemente uma incapacidadepsicolgica e nanceira para assumir uma maternidade segura.

    O que posso eu azer?

    Podes ajudar as organizaes na tua regio ou cidade que apoiam as mes comdiculdades econmicas e de integrao em tareas educativas com as suas crianas.

    Oerece a tua colaborao a associaes locais de imigrantes que trabalhem commulheres e mes. Poders ajudar, dentro da tua comunidade, no ensino da lnguaportuguesa, j que esta uma erramenta imprescindvel para a integrao de imi-grantes.

    Colabora com as organizaes internacionais que trabalham em programas de sadecomunitria em todo o mundo, eectuando donativos, recolhendo undos, promov-endo pequenas campanhas de consciencializao na tua comunidade escolar, no teubairro ou no teu local de trabalho.

    Inorma-te e apoia as campanhas que se realizam a avor dos direitos sexuais ereprodutivos e contra a prtica da mutilao genital eminina.

    Acredita, possvel mudar o mundo.

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    No Mundo

    O VIH/SIDA uma das quatro principais causas de mortalidade em todo o mun-do. Fontes indicam que por causa desta doena morrem por dia 8 000 pessoas e,em 2008, 33 milhes de pessoas eram portadoras deste vrus. Mais de 22 milheslocalizam-se na rica Subsariana.

    Existem 2,1 milhes de crianas inectadas com o vrus da SIDA. A grande maio-ria recebeu o vrus durante o perodo da gravidez, no nascimento ou durante aamamentao. No entanto, este nmero pode ser substancialmente reduzido comterapia antiretroviral durante o perodo de gravidez.A esperana de vida na rica Subsariana de 47 anos. Sem o VIH/SIDA seria de62 anos. H pases cuja esperana de vida no supera os 33 anos. O VIH/SIDA a

    principal causa de morte na rica Subsariana com 72% de novos casos escalamundial.Cerca de 90% da investigao armacutica dedica-se a combater doenas queaectam apenas 10% da populao mais rica do planeta.O paludismo (malria) aecta, em cada ano, 500 milhes de pessoas, sobretudocrianas, e causa um milho de mortes. Cerca de 90% dos casos mortais ocorremem rica.Em 2008, 1,8 milhes de pessoas morreram com tuberculose, metade destasestavam inectadas com o vrus da SIDA.

    Mapa 6Mortes associadas tuberculose - Por 100.000 pessoasonte: UNSD_MDG Ino 2010

    0,0 - 1,0

    1,1 - 8,0

    8,1 - 29,0

    29,1 - 410,0

    sem dados

    Combater o VIH/SIDA, a malriae outras doenas graves

    OBJECTIVO 6:

    O objectivo 6 v isa parar e comear a reduzir a propagao da VIH/SIDA, assimcomo diminuir signicativamente a incidncia da malria e da tuberculose.Estas doenas, por aectarem signicativamente amplos sectores da populaomundial, independentemente dos pases, regies do mundo ou continentes,so consideradas pandemias.O paludismo ou malria, a SIDA e outras epidemias aectam particularmente ospases pobres e travam as suas possibilidades de desenvolvimento. Os episdiosde tuberculose ou de malria na Europa e nos EUA so uma raridade, e oscasos de SIDA esto a diminuir.

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    O que oi eito:O nmero de novas ineces pelo VIH/SIDA reduziu 30% na ltima dcada, e aspessoas com acesso terapia antiretroviral aumentaram de 5% para 42% no mesmoperodo.

    Os avanos no tratamento com antiretrovirais azem com que a SIDA se possa con-siderar j uma doena crnica (e no necessariamente mortal), nos pases cujapopulao pode pagar os tratamentos.

    As medidas preventivas (e principalmente o uso generalizado de preservativos)demonstraram eccia na conteno da epidemia do VIH/SIDA. Em 11 pases arica-nos registou-se um aumento que oscila entre os 10 e os 60% no uso de preservativodurante as relaes sexuais de risco.

    Em 1977 erradicou-se a varola, onze anos aps ter sido denido este objectivo.Actualmente, registam-se progressos na investigao da preveno e tratamento dedoenas como a malria e alguns pases aricanos desenvolveram tratamentos maisecazes contra epidemias.

    A iniciativa 3 em 5, lanada em 2003, aplicou a terapia antiretroviral a 400,000 pes-soas, e em 2008 cerca de 4 milhes de pessoas estavam a receber este tratamento,2,9 milhes encontravam-se na rica Subsariana.

    Desde 2004, a produo de redes mosquiteiras aumentou cinco vezes, passando de30 para 150 milhes em 2009. Cerca de 200 milhes de redes oram distribudas nospases aricanos entre 2007-2009.

    Mas URGENTE:Proporcionar o acesso a medicamentos essenciais a preos acessveis nos pases emdesenvolvimento para travar a propagao do vrus da SIDA e das principais doenasendmicas.

    Reorar as medidas preventivas (e principalmente o uso generalizado de preser-vativos) e aumentar a eccia na conteno da epidemia do VIH/SIDA. A educaosexual tem um papel importante na preveno da propagao deste vrus.

    Colocar a medicina ao servio da humanidade, independentemente do pas, daclasse social ou da capacidade econmica e concretizar os compromissos assumidosno mbito do Fundo Mundial no Combate ao VIH/SIDA, Tuberculose, Malria e outrasdoenas inecciosas.

    O recurso a terapias alternativas e tratamentos de base usando produtos locais paracombater e prevenir doenas. undamental ir directamente origem e explorarplantas com propriedade imunolgicas, desinectantes anablicas e mesmo plantasque sirvam para repelir insectos.

    O que az a OikosVida SustentvelMoambique

    A Oikos tem representao permanente em Moambique desde 1990, ano da as-sinatura de um Protocolo de Cooperao com o Governo Moambicano. Nas prio-ridades de actuao da Oikos em Moambique constam o desenvolvimento rural esegurana alimentar, a capacitao de organizaes comunitrias e a reabilitaode inra-estruturas. No distrito de Magude a Oikos implementou um projecto para oortalecimento da segurana alimentar no contexto de VIH/SIDA. Em 2003, aproxi-madamente 65% da populao do distrito de Magude vivia abaixo da linha dapobreza. Para alm dos baixos rendimentos amiliares e da elevada percentagemde absentismo escolar (com de mais de 50%) a alta de saneamento e gua potvelagravava a subida dos ndices das doenas como a diarreia, malria e subnutrioe do crescente nvel de prevalncia do VIH/SIDA. A presena da Oikos em Magude/Motaze veio aumentar a segurana alimentar das amlias benecirias atravs doaumento da capacidade produtiva e da reduo da vulnerabilidade ao VIH/SIDA.Este projecto beneciou 1 500 amlias mais vulnerveis com o acesso a uma alimen-tao mais variada e a tratamentos mdicos para combater o VIH/SIDA.

    O que posso eu azer?Protege-te. O uso do preservativo o nico mtodo eectivo para evitar contgios. Pro-cura inormao bsica para te protegeres a ti e quem tu gostas e viver a sexualidadecom liberdade, mas sem riscos.

    Apoia as entidades que trabalham em cooperao internacional, na tentativa de travara expanso do VIH/SIDA, da malria, da tuberculose e da hepatite C nos pases mais

    pobres do mundo.

    Com o envolvimento da direco do agrupamento escolar da trua zona, convida pessoasque, na tua cidade, integrem associaes de doentes aectados pelo VIH/SIDA ou pelaHepatite C para que vo prestar o seu depoimento escola. Convida os teus colegas eproessores a conhecerem, na primeira pessoa, os problemas de sade e de discrimina-o soridos pelos seropositivos e vtimas de outras doenas inecto-contagiosas.

    Uma ideia: na tua escola, com os teus amigos ou na parquia, organiza uma campanhapara distribuir redes de mosquiteiros em rica para prevenir a propagao da malria.So necessrias 350 milhes para cobrir a necessidade mundial

    Ests a pensar ser mdico? No te esqueas, o mundo precisa de ti.37

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    No Mundo

    Existem cerca de 30 milhes de reugiados ambientais e segundo estimativasociais podero atingir os 100 milhes at 2020. A escassez de recursos naturaisagravada pelas alteraes climticas, est a tornar-se na principal causa paradeslocao orada de pessoas a nvel mundial.

    Entre 1990 e 2005 perdeu-se 3% da massa forestal, principalmente para ex-traco de madeira e para extenso do cultivo de cereais para criao animal eagrocombustveis. A Amrica do Sul perde 4 milhes de hectares de foresta e arica perde 3,4 milhes a cada ano.

    A sobrexplorao de algumas espcies marinhas, a poluio dos cursos de gua

    e a contaminao dos solos est a causar uma diminuio drstica nas espciespiscatrias. Os oceanos assim como as forestas j no so recursos innitos.

    1,2 mil milhes de pessoas tm alta de gua potvel; e 2,4 mil milhes no tmacesso a instalaes sanitrias;2 milhes de crianas morrem todos os anos devido a ineces disseminadas porgua inquinada ou alta de instalaes sanitrias

    Em 2007 as emisses de dixido de carbono (CO2) para a atmosera atingiramas mil milhes de toneladas. Uma aumento de 35% desde 1990. A este ritmo em2020 haver uma aumento de 65% em relao a 1990.

    Mapa 7Proporo de pessoas com acesso a gua - Percentagemonte: UNSD_MDG Ino 2010

    30 - 80 %

    81 - 93 %

    94 - 99 %

    100 - 100 %

    sem dados

    Garantir a sustentabilidade do meio ambiente

    OBJECTIVO 7:

    Hoje as questes ambientais j no so s uma preocupao exclusiva de gruposminoritrios, como parecia no incio da dcada de 70, quando nasceu o movi-mento ecologista.A comunidade cientca alerta para o acto de estarmos num momento crtico,no qual os eeitos da aco humana sobre o meio ambiente esto j a aectar asnossas vidas no presente e com tendncia para piorar no uturo.A Avaliao dos Ecossistemas do Milnio um relatrio elaborado por mais de1.300 especialistas de 95 pases, a pedido do Programa das Naes Unidas para oMeio Ambiente, no sentido de orientar os responsveis pelas tomadas de de-cises no mundo. O relatrio adverte para o acto de que, nos ltimos 50 anos, osseres humanos alteraram os ecossistemas de um modo mais rpido e intenso doque em qualquer outra etapa da histria humana. Qualquer progresso que sealcance na consecuo dos Objectivos de erradicar a pobreza e a ome, melhorara sade e proteger o meio ambiente, pode no ser sustentvel se a maioria dosrecursos dos ecossistemas dos quais depende a Humanidade continuar a degra-dar-se, sublinha o relatrio.

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    O que oi eito:Tanznia Acesso a gua potvel

    Com o apoio da Unio Europeia, oi realizada uma primeira experincia de abas-tecimento dos centros regionais de Mwanza, a segunda cidade mais importantedo pas, situada nas margens do lago Vitria, bem como Mbeya e Iringa (800 000habitantes no total).

    Devido ao mau estado da rede de distribuio, a sade de milhares de pessoas es-tava ameaada pela disseminao de doenas como a ebre tiide e a clera. Graasao programa nanciado pela Unio Europeia oi possvel construir trs reservatriose um sistema de distribuio de gua. S na cidade de Mbeya oram ligados redede distribuio 500 a 700 novos utentes por ms.

    Fonte: A UE no Mundo (Ed. Especial), CE. Nov. 2007

    Programas de reforestao na China, ndia e Vietnam

    A sia a nica regio do mundo que demostrou um balano positivo na recupe-rao de rea forestal. Nesta ltima dcada esoros governamentais levaram revalorizao da rea forestal; e graas aos programas de reforestao em largaescala, a sia recuperou 2,2 milhes de hectares de foresta. A cada ano a China,a ndia e o Vietnam recuperam 4 milhes de hectares de rea forestal. Em quatroregies, Norte de rica, Amrica Latina e Carabas, sia Oriental e sia do Sul, 86%das populaes tm agora acesso a gua potvel, uma das metas ociais dos ODM.

    Mas URGENTE:Impedir a destruio das zonas forestais e generalizar programas de reforestao ede conservao da natureza a uma escala mundial.

    Reduzir as emisses de dixido de carbono e outros GEE para a atmosera e atenders necessidades crescentes nos pases em desenvolvimento no acesso gua, ener-gia e alimentao

    Adoptar ormas alternativas de energia sustentvel e assegurar a ecincia energ-tica nos planos de habitao e nas estratgias de mobilidade

    Projectar Cidades Sustentveis com a capacidade de gesto eciente de recursos ecom um impacto ambiental reduzido. A pegada ecolgica maior nas cidades ondeos hbitos de consumo e poluio so altos e destrutivos.

    Adoptar modos de vida sustentveis, alterando os hbitos de consumo e o recursoexcessivo energia ssil por energias renovveis e produtos ecolgicos e biode-gradveis.

    Preservar a qualidade ambiental do meio rural e manter uma proximidade de comr-cio local e sustentvel com as cidades. Actualmente, existe um grande desperdcio deenergia nos transporte de bens alimentares que podia ser reduzido com o consumoda produo local.

    O que az a OikosVida SustentvelPeru

    A Oikos est no Peru desde 1992 levando a cabo projectos orientados para a seguran-a alimentar e geradores de meios de subsistncia sustentveis. Desde 2001, a Oikostem uma representao permanente, que actualmente abrange o Peru e o Equador,para implementao de projectos de aco humanitria, preveno e preparao decatstroes e vida sustentvel. Em 2009, a Oikos concluiu um projecto de 4 anos noPeru e Equador para promover a conservao das forestas tropicais da bacia binacio-nal do Chinchipe. Foram beneciadas cerca de 7360 pessoas, correspondendo a cercade 1600 amlias, que aprenderam a gerir de orma sustentvel mais de 600 hectaresde forestas o que lhes permitiu melhorar o seu potencial de receita amiliar graas incluso da componente forestal dentro dos seus sistemas de produo.

    O que posso eu azer?No mundo actual, a luta contra a degradao ambiental compromete-nos a todos. Cadaum deve lutar pelo que lhe est mais prximo, em primeiro lugar, e depois apoiar iniciati-vas globais ou de outras regies.

    Cria um grupo ambiental no teu bairro ou na tua escola, para acompanhares o que ocorre tua volta e denunciar os atentados contra o meio ambiente e a qualidade de vida. Orga-niza caminhadas, acampamentos, tardes de observao de aves, auna e fora...

    Junta-te a um grupo local ou regional que esteja activo e participa nas suas actividades.

    Promove uma campanha de refexo ou debate na escola ou na associao a que per-tences sobre uma questo ambiental premente, seja local (como a construo de uma viarpida ou de um edicio numa zona verde).

    Promove iniciativas de reduo de consumo energtico na tua prpria escola. Incentiva atua escola a aderir rede de eco-escolas.

    Lembra-te: reduz, reutiliza, recicla e prolonga a vida dos produtos que usas. Compraprodutos locais ou regionais e opta por produtos ecolgicos e por uma alimentao sus-tentvel.

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    Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento

    BJECTIVO 8:

    No incio do sculo XXI, a humanidade dispe de recursos econmicos e tec-nolgicos sucientes para solucionar, num curto perodo de tempo, o problemada ome no mundo. Possui ainda recursos para combater a pobreza e mitigar oimpacto macio de doenas que esto a dizimar a populao em muitos pases.O Objectivo 8 concentra-se na criao e omento de iniciativas de apoio inter-nacional - a implementao de medidas para solucionar o problema da dvidaexterna dos pases pobres, o aumento da ajuda pblica ao desenvolvimento eo desenvolvimento da comunicao e da cooperao entre os dierentes pases,de modo a conseguir enrentar os desaos de corrigir as desigualdades e as-simetrias econmicas e de conhecimento.

    No Mundo

    Os pases mais pobres encontram-se numa situao de grande desvantagem nocomrcio internacional: por exemplo, os pases ricos protegem os seus produtosalimentares atravs de leis, porm exigem aos pases pobres que abram incondicio-nalmente as suas ronteiras importao de produtos agro-alimentares.

    Os recursos para gastos militares continuam a aumentar no mundo, enquanto osrecursos destinados cooperao internacional se mantm inalterveis. paradoxalque, ao mesmo tempo que aumenta a conscincia da desigualdade no mundo, ospoderes econmicos perpetuem a situao de poder decisivo, regendo-se exclusiva-mente pelo conceito de lucro. Isto explica que pases com democracias consolidadase tradio de respeito pelos direitos humanos (como os casos dos mais infuentes da

    Europa) no ponham m exportao de armas.

    Entre 2000 e 2003, em todo o mundo, aumentaram os gastos militares em 118.000milhes de dlares. Esta quantia aplicada em ajuda ao desenvolvimento, levaria auma reduo substancial da pobreza e da ome no mundo (dados de Arquitectossem Fronteiras e Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento).Com a crise econmica desde 2005 a ajuda ao desenvolvimento no progrediu aoritmo previsto e torna-se cada vez mais improvvel contribuir com 0,7% do Rendi-mento Nacional Bruto (RNB) at 2015.

    A ajuda ao desenvolvimento baixou de $122.3 mil milhes em 2008 para119.6 mil milhes de dlares em 2009.

    %R

    NB

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    Mas URGENTE:Reorar os planos de aco internacionais para lidar com as alteraes climticas,a deserticao dos solos, a contaminao da gua e a exausto dos rios eoceanos.

    Criar e omentar iniciativas de apoio internacional, como: implementar medidaspara solucionar o problema da dvida externa dos pases pobres; aumentar a ajudapblica ao desenvolvimento; incrementar a comunicao e cooperao entre todosos pases, procurando corrigir a desigualdade e azer ace, de modo mais ecaz, aemergncias humanitrias.

    Que, muito antes de 2015, os pases mais ricos: pratiquem uma ajuda cada vez mais ecaz; concedam um perdo da dvida mais sustentado; estabeleam leis mais justas no mbito comercial.

    Todos os pases e comunidades devem ter capacidade de aceder e utilizar autono-mamente os novos sistemas produtivos e culturais que o progresso cientco etecnolgico tornou possveis.

    O que az a OikosSocial WatchA Social Watch uma coligao internacional de monitorizao dos compromissos eavanos eectivos das polticas de erradicao da pobreza e equidade de gnero dosgovernos e organismos internacionais. Anualmente produzido um relatrio So-cial Watch que consiste em dar conta da situao actual de cada pas/organizaomembro e azer uma avaliao imparcial das medidas polticas que tm sido imple-mentadas em cada pas. Desta orma a Social Watch consiste num Observatrio daCidadania, sendo a Oikos a nica instituio portuguesa membro desta coligao.www.socialwatch.org

    Global Call for Action Against Poverty -A Global Call for Action Against Poverty uma coligao de mais de 900 organiza-es em 70 pases, responsvel pela campanha global de luta contra a pobreza.

    Motivada pela orte componente de advocacia social a oikos lanou em Portugal, aPobrezaZero, contribuindo para este movimento internacional de luta contra a po-breza e pela promoo do desenvolvimento humano, ecolgico, social e econmico.A campanha Pobreza Zero oi lanada em 2005 pela oikos. Atravs desta cam-panha, a oikos desenvolve uma actividade de advocacia social e mobilizao na lutacontra a pobreza.www.whiteband.org

    O que posso eu azer?Torna-te um consumidor responsvel. Para reequilibrar o mundo, o que demais importante se pode azer nos pases desenvolvidos , simplesmente,consumir menos: partilha ou troque a sua roupa usada. Observa as etiquetasdos produtos e d preerncia aos produtos locais, aos do comrcio justo eaos que no agridem o meio ambiente. Prolonga a vida das tuas mquinas:do teu telemvel, computador, etc. Participa em iniciativas de troca. Compra

    em pequenas lojas comerciais. Desloca-te em transportes pblicos, renunci-ando a viajar de automvel sempre que no seja imprescindvel.

    Conhee e participa em iniciativas de organizaes locais ou internacionais.

    Colabora com entidades que trabalhem na deesa direitos humanos, pelasolidariedade internacional ou com pequenas organizaes locais: de cidade,de bairro, de povoao, uma vez que todas esto comprometidas internacio-nalmente com grupos e zonas do mundo desavorecidas.

    Trabalhando no local chega-se ao global. Deendendo, por exemplo, o di-reito a uma habitao digna para os imigrantes no seu bairro, az um exerc-cio de cidadania global.

    O que oi eito:

    A raticao do Protocolo de MontrealNo ano de 2009, o Protocolo de Montreal, assinado pelos 196 pases das NaesUnidas, vinculou-se como o primeiro tratado com raticao universal. Iniciadoem 1987, este tratado internacional oi gradualmente includo nas polticas mun-diais para regular a produo e o consumo de produtos destruidores da camadade ozono. A principal meta desta parceria global consistiu em acabar com o usodos 15 tipos de CFC que eram as ontes de destruio da camada de ozono. Paramarcar a inaugurao deste protocolo, a ONU declarou o 16 de Setembro comoo Dia Internacional para a Preservao da Camada de Ozono. Dada a sua grandeadeso e os resultados obtidos com a cooperao de todos os pases signatrios,

    Ko Annan considerou este tratado como o mais bem sucedido acordo de todosos tempos.

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    FontesInterAction,Achieving the Millennium Development Goals (MDGs) - Policy Paper2010. Disponvel em www.InterAction.org

    LDC Watch, No MDGs without LDCs! LDC Watch Position Paper on the Mille-nium Development Goals, 2010. Disponvel em www.ldcwatch.org

    Social Watch, Social Watch Report 2010. Disponvel em www.socialwatch.org

    United Nations, MDG Report 2010. Disponvel em www.un.org/millenniumgoals/pd/MDG%20Report%202010%20En%20r15%20-low%20res%2020100615%20-.pd

    UNDP, Human Development Report 2010. Disponvel em http://hdr.undp.org/en/

    Outras Fontes a consultar

    Oikos Cooperao e Desenvolvimento. Disponvel em www.oikos.pt

    Campanha Pobreza Zero. Disponvel em www.pobrezazero.org

    Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento.Disponvel em www.undp.org

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