GUIA PARA A REABILITAÇÃO INSTALAÇÕES SANITÁRIAS · 2013-07-03 · ção de um manómetro junto...
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SANITÁRIASINSTALAÇÕES
GUIA PARA A REABILITAÇÃO
PROJETO “Cooperar para Reabilitar” da InovaDomus
Autoria do Relatório | ConsultoriaOliveira & Irmão, S.A.
Índice0. Preâmbulo 5
1. Anomalias no Autoclismo da Sanita 6
1.1 Volume de água da descarga inadequado 6
1.2 Fuga permanente de água do autoclismo para a sanita 8
1.3 Autoclismo danificado 9
2. Anomalias em Misturadoras de Água Quente e Fria 14
2.1 Consumos de água elevados 14
2.2 Variação da temperatura nas misturadoras 16
3. Anomalias em banheiras 18
3.1 Banheiras com infiltrações de água 18
Webgrafia 20
Anexo Checklist 22
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0. PREÂMBULO
Um desenvolvimento técnico-científico mais desenvolvido destes temas pode ser encontra-do no Manual do Curso de “Soluções de Reabilitação e Resolução de Problemas Correntes em Instalações Prediais de Águas e Esgotos”, da ANQIP.
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Figura 1 – Sistema de descarga dupla [1].
1. ANOMALIAS NO AUTOCLISMO DA SANITA
1.1 Volume de água da descarga inadequado
1.1.1 Descrição/formas de manifestação
Esta situação acontece frequentemente nos autoclismos, quer por um volume de descarga em excesso quer por um volume de descarga insuficiente.
• Volume de descarga excessivo: acontece essencialmente em autoclismos de descarga simples, onde com um premir do botão da descarga, se inicia uma descarga completa que normalmente ronda os 9 litros de água. Para utilizações normais, a utilização de uma descarga de 3-4 litros é suficiente para garantir a limpeza da sanita e renovação da água no sifão;
• Volume de descarga insuficiente: traduz-se na falta de limpeza da sanita, não havendo renovação da água presente no sifão.
1.1.2 Causas comuns
• Sistema de descarga antigo sem opção de dupla descarga (Figura 2), contribuin-do para um excesso do volume de descarga do autoclismo;
• Válvula do sistema de descarga mal regulada, contribuindo para um excesso do volume de água descarregado ou para a falta de volume de água para efetuar uma limpeza adequada da sanita.
Figura 2 – Sistema de descarga simples [1].
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1.1.3 Soluções de reabilitação
1.1.3.1 Regulação da válvula de descarga
Quando se verifica um excesso ou insuficiência do volume de água da descarga, recomenda-se regular a válvula de descarga de forma a se obter o volume de água adequado de modo a permitir uma limpeza eficaz da sanita.
A regulação do volume de descarga depende do modelo da válvula de descarga, devendo ser seguidas as instruções indicadas nas especificações do produto (ver exemplo na Figura 3).
Figura 3 – Regulação de uma válvula de descarga [1].
1.1.3.2 Substituição da válvula de descarga
Nos casos em que não seja possível regular a válvula de descarga, recomenda-se a sua troca por uma válvula de descarga mais eficiente em termos de consumos de água e que permita a regulação do volume de água descarregado.
Existem no mercado vários tipos de válvulas. A sua montagem deverá ser feita seguindo as instruções indicadas nas especificações do produto de cada fabricante (ver exemplo na Figura 4).
Se se optar pela substituição do autoclismo, devem considerar produtos com rótulo de eficiência hídrica A ou superior (A+ ou A++), de acordo com o sistema de certi-ficação e rotulagem de eficiência hídrica da ANQIP [2].
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Figura 4 – Montagem de uma válvula de descarga [1].
1.2 Fuga permanente de água do autoclismo para a sanita
1.2.1 Descrição/formas de manifestação
Perda permanente de água proveniente do autoclismo para a sanita.
1.2.2 Causas comuns
• Vedação deficiente do O-ring de vedação da água da válvula de descarga devido à acumulação de detritos (areias, etc.);
• Válvula de descarga danificada.
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1.2.3 Soluções de reabilitação
1.2.3.1 Substituição/limpeza do vedante da válvula de descarga
Nos casos em que a válvula de descarga não aparente estar danificada:
1. Remover a válvula de descarga do autoclismo e o seu vedante para observação;
2. Efetuar uma limpeza do vedante em água corrente de modo a eliminar areias e outros detritos. Não havendo danos no vedante, a sua limpeza poderá ser sufi-ciente para resolver a fuga de água;
3. Se o vedante se encontrar muito danificado, deve proceder-se à sua substituição (Figura 5).
Figura 4 – Montagem de uma válvula de descarga [1].
1.2.3.2 Substituição da válvula de descarga
Nos casos em que a válvula de descarga se encontra danificada e não é possível a reparação da fuga, deve proceder-se à sua substituição (ver 1.1.3.2).
1.3 Autoclismo danificado
1.3.1 Descrição/formas de manifestação
Um autoclismo pode ter a necessidade de ser substituído devido a:
• Perda permanente de água proveniente do autoclismo para o exterior ou para a sanita;
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• Mecanismo de descarga não funcional ou com funcionamento pouco eficiente;
• Não enchimento do autoclismo;
• Tanque ou acessórios de ligação partidos, nomeadamente tubos de ligação ou cerâmicas;
• Mau aspecto, a nível estético, tal como cor amarelada ou riscos e marcas.
1.3.2 Causas comuns
• Desgaste mecânico devido ao uso intensivo e tempo de vida útil;
• Vandalismo;
• Exposição ao sol;
• Ataques químicos que danificam vedantes e causam o atravancamento dos mecanismos.
1.3.3 Soluções de reabilitação
1.3.3.1 Aplicação do sistema do tipo “Quick Refit (QR)”
O sistema do tipo “QR” é uma solução universal e versátil para uma rápida remode-lação da casa de banho que praticamente não cria confusão, porque não necessita de mexer nas paredes e podem ser usadas as ligações existentes de água e de drenagem:
• Aplicação em qualquer tipo de parede que se adequa a todos os designs de casa de banho (Figura 6), devido às diferentes possibilidades de acabamento;
Figura 6 – Sistema Quick Refit [1].
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• Utilização de uma sanita suspensa ou sanita ao chão (Figura 7);
Figura 7 – Utilização do Sistema do tipo “Quick Refit” com sanita ao chão [1].
• 5 possibilidades de ligação à água, ocultas;
• Sistema de dupla descarga que permite a poupança de água;
• Fácil acesso para manutenção através do topo.
1.3.3.2 Aplicação de autoclismo interior em sistema do tipo “Euro”
O autoclismo interior em sistema do tipo “Euro” permite a instalação de louça sus-pensa que é uma excelente opção para modernizar a casa de banho, podendo criar espaço do banho amplo e esteticamente agradável sem quaisquer barreiras arquitec-tónicas e com vantagens comprovadas em termos de limpeza e higiene (Figura 8).
Figura 8 – Modernização da casa de banho recorrendo a sistema de instalação do tipo “Euro” [1].
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O sistema de instalação do tipo “Euro” é composto por estruturas metálicas de fi-xação em paredes de alvenaria e ao chão ou para aplicação em calha técnica de suporte de paredes ligeiras (Figura 9). Este sistema vem equipado com todos os acessórios necessários à ligação de água e sistemas de drenagem, tal como os acessórios de ligação à sanita. O autoclismo que faz parte deste sistema tem o ró-tulo de eficiência hídrica A, de acordo com o sistema de certificação e rotulagem de eficiência hídrica da ANQIP [2].
Figura 9 – Instalação do sistema do tipo “Euro” em parede de alvenaria e gesso cartonado para sanita suspensa [1].
O autoclismo interior em estrutura do tipo “Euro” tem que ser complementado com uma placa de comando. Neste caso sugere-se a placa tipo “SM15” compatível com o autoclismo interior pneumático.
Figura 10 – Instalação da placa de comando pneumática tipo “SM15” [1].
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Esta placa de comando tem um acabamento em vidro temperado branco de 5mm e apresenta as medidas ideais (147x147mm) para uma aplicação harmoniosa em paredes revestidas com o tradicional azulejo português. Inclui verticalmente 2 bo-tões para accionamento pneumático de dupla descarga e uma placa de suporte/ inspecção em fibra de vidro com a dimensão necessária para aplicar a placa de vidro (ao centro) e 2 azulejos (nas extremidades), de modo a garantir o acesso ao inte-rior do autoclismo para possíveis acções de manutenção (Figura 10). Para facilitar a colocação deste conjunto, a placa de suporte e inspecção incorpora 4 ímanes nas extremidades para fixação à parede, garantindo fácil remoção de todo o conjunto para a manutenção.
A aplicação destes dois sistemas deve ser realizada por pessoal técnico qualificado.
1.3.3.3 Aplicação de um autoclismo exterior (plástico)
Autoclismos em material termoplástico de alto brilho, alta resistência ao choque e aos riscos, de fixação à sanita (monobloco) ou de fixação à parede (mochila) e com várias possibilidades de admissão de água (Figura 11). É também um produto com sistema de dupla descarga com rótulo de eficiência hídrica A, de acordo com o sis-tema de certificação e rotulagem de eficiência hídrica da ANQIP [2].
Figura 11 – Várias possibilidades de admissão de água: lateral ou posterior nas versões mochila ou monobloco [1].
A versão monobloco (de fixação à sanita) é ideal para a substituição de reservató-rios cerâmicos (Figura 12).
Figura 12 – Aplicação de autoclismo plástico exterior versão monobloco [1].
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A versão mochila de fixação à parede é ideal para a utilização de sanitas mais eco-nómicas (Figura 13).
Figura 13 – Aplicação de autoclismo plástico exterior versão mochila [1].
2. ANOMALIAS EM MISTURADORAS DE ÁGUA QUENTE E FRIA
2.1 Consumos de água elevados
2.1.1 Descrição/formas de manifestação
Excesso de caudal à saída das misturadoras dos dispositivos sanitários.
2.1.2 Causas comuns
Excesso de pressão de água da rede, o qual pode ser identificado através da coloca-ção de um manómetro junto ao contador de água fria. A pressão disponível deverá estar situada entre os 3-4 bar (por questões de conforto), embora a legislação por-tuguesa permita pressões até 6 bar na rede pública.
2.1.3 Soluções de reabilitação
2.1.3.1 Aplicação de válvulas redutoras de pressão
A aplicação de uma válvula redutora de pressão (Figura 14) reduz a pressão disponível
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na rede diminuindo consequentemente o caudal em todos os dispositivos sanitários.
A válvula redutora de pressão deve ser aplicada antes do contador de água fria. Após a sua aplicação, a pressão disponível deverá estar entre os 3-4 bar.
Este procedimento deverá ser sempre realizado por um canalizador.
Figura 14 – Válvula redutora de pressão [3].
2.1.3.2 Aplicação de redutores de caudal nas misturadoras
A aplicação de redutores de caudal (Figura 15) nas misturadoras permite diminuir o caudal apenas nos dispositivos onde os redutores sejam aplicados. É de simples aplicação e permite uma poupança significativa do desperdício de água. Sugere-se a aplicação de redutores certificados pela ANQIP [2].
Figura 15 – Redutores de caudal.
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Aplicação
Chuveiros: remover a mangueira do chuveiro e aplicar o redutor de caudal entre a rosca da mangueira e o telefone do chuveiro (Figura 16).
Figura 16 – Aplicação de redutor de caudal em chuveiro [4].
Torneiras: remover a ponteira da torneira e aplicar o redutor de caudal na torneira (Figura 17).
Figura 17 – Aplicação de redutor de caudal em torneira [4].
2.2 Variação da temperatura nas misturadoras
2.2.1 Descrição/formas de manifestação
Variação da temperatura da água quente nas misturadoras sanitárias durante a sua utilização.
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2.2.2 Causas comuns
Utilização simultânea de vários dispositivos sanitários: no caso da utilização de dis-positivos de produção instantânea de água quente sanitária (aqs), sempre que exis-te a abertura de um outro dispositivo sanitário de água quente, existe uma quebra de caudal de água quente e consequentemente uma diminuição da temperatura.
2.2.3 Soluções de reabilitação
2.2.3.1 Aplicação de misturadoras termostáticas
A aplicação das misturadoras termostáticas (Figura 18) tem como objetivo manter uma temperatura de água quente uniforme nos dispositivos sanitários (torneiras, chuveiros, etc.) de modo a que não existam variações de temperatura durante a sua utilização.
A substituição das misturadoras existentes por misturadoras termostáticas deverá ser feita seguindo as instruções nas especificações do produto e recorrendo a mão--de-obra qualificada.
Figura 18 – Misturadora termostática [1].
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3. ANOMALIAS EM BANHEIRAS
3.1 Banheiras com infiltrações de água
3.1.1 Descrição/formas de manifestação
Humidades no pavimento, tetos, paredes, devido a infiltração de água através de fendas existentes em banheiras.
3.1.2 Causas comuns
• Fim do tempo de vida útil da banheira devido a utilização intensiva;
• Fendilhação da banheira devido a causas exteriores (queda de objetos pesados, etc.).
3.1.3 Soluções de reabilitação
3.1.3.1 Substituição da banheira por base de duche
A aplicação de uma base de duche (Figura 19) permite uma maior facilidade de acesso por parte dos utilizadores.
A sua aplicação implica a utilização de mão-de-obra especializada.
Figura 19 – Base de duche [1].
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3.1.3.2 Substituição da banheira por um sistema de duche integrado no pavimento
A aplicação de um sistema de duche integrado no pavimento (Figura 20) permite uma maior facilidade de acesso por parte dos utilizadores. É um sistema que cria uma maior harmonia do espaço do banho e permite a utilização do duche a pessoas de mobilidade reduzida.
A sua aplicação implica a utilização de mão-de-obra especializada.
Figura 20 – Sistemas de duche integrado no pavimento [1].
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Webgrafia[1] Oliveira & Irmão, S.A., www.oliveirairmao.com
[2] ANQIP – Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações Prediais, www.anqip.pt.
[3] Caleffi, www.caleffi.pt/caleffi/pt_PT/index.sdo
[4] Eco Meios, www.ecomeios.com
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