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1 FAJE - FACULDADE JESUÍTA DE FILOSOFIA E TEOLOGIA Belo Horizonte GUIA PRÁTICO PARA TRABALHOS ACADÊMICOS (Elaborado por J. Konings, ad usum alumnorum, maio de 2011) SUMÁRIO Observação prévia ................................................................................................... 3 1 ORIENTAÇÕES GERAIS............................................................................................. 3 1.1 Apresentação geral de textos ........................................................................................................................ 3 1.1.1 Formatação, estilos e digitação ................................................................................................................................3 1.1.2 Algumas observações referentes à linguagem e ao estilo ........................................................................................4 1.2. Diversos tipos de trabalhos .......................................................................................................................... 6 1.2.1 Trabalhos de aula.....................................................................................................................................................6 1.2.2 Trabalhos de conclusão de curso .............................................................................................................................6 1.2.3 Artigos acadêmicos..................................................................................................................................................7 1.2.4 Resenhas, ou recensões............................................................................................................................................8 1.3 Citação, anotação de fonte, referência e nota................................................................................................ 9 1.3.1 Citação direta e indireta ...........................................................................................................................................9 1.3.2 Anotação de fonte ..................................................................................................................................................10 1.3.3 A referência bibliográfica ......................................................................................................................................12 1.4 Organização geral das notas de rodapé ou de fim do texto ......................................................................... 13 2 PORMENORES DA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA (SELEÇÃO) .............................................. 13 2.1 Os elementos da referência essencial .......................................................................................................... 13 2.1.1 Autor pessoal .........................................................................................................................................................13 2.1.2 Entidades coletivas ................................................................................................................................................14 2.1.3 Título .....................................................................................................................................................................15 2.1.4 Edição ....................................................................................................................................................................15 2.1.5 Imprenta (dados referentes à impressão) ...............................................................................................................15 2.2 Referência de livros .................................................................................................................................... 16 2.2.1 Caso mais simples: um autor apenas .....................................................................................................................16 2.2.2 Mesmo autor, outra obra ........................................................................................................................................16 2.2.3 Dois autores ...........................................................................................................................................................16 2.2.4 Três autores: duas possibilidades ...........................................................................................................................16 2.2.5 Mais de três autores ...............................................................................................................................................16 2.2.6 Autoria impessoal, entidades coletivas ..................................................................................................................17 2.2.7 Entrada pelo editor, compilador ou organizador, prescindindo do(s) autor(es) .....................................................17 2.2.8 Obra sem autor mencionado: entrada pelo título, primeira palavra em maiúsculas ...............................................17 2.2.9 Obras em vários volumes: indicar número de volumes .........................................................................................17 2.3 Partes de livros............................................................................................................................................ 17 2.3.1 Quando a parte referenciada não tem autoria especifica: .......................................................................................17 2.3.2 A parte é referenciada com autoria própria............................................................................................................17 2.4 Verbetes de dicionários............................................................................................................................... 18 2.4.1 Com autor próprio: ................................................................................................................................................18

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FAJE - FACULDADE JESUÍTA DE FILOSOFIA E TEOLOGIA

Belo Horizonte

GUIA PRÁTICO PARA TRABALHOS ACADÊMICOS

(Elaborado por J. Konings, ad usum alumnorum, maio de 2011)

SUMÁRIO

Observação prévia ................................................................................................... 3

1 ORIENTAÇÕES GERAIS............................................................................................. 3

1.1 Apresentação geral de textos ........................................................................................................................ 3

1.1.1 Formatação, estilos e digitação ................................................................................................................................3

1.1.2 Algumas observações referentes à linguagem e ao estilo ........................................................................................4

1.2. Diversos tipos de trabalhos .......................................................................................................................... 6

1.2.1 Trabalhos de aula .....................................................................................................................................................6

1.2.2 Trabalhos de conclusão de curso .............................................................................................................................6

1.2.3 Artigos acadêmicos ..................................................................................................................................................7

1.2.4 Resenhas, ou recensões ............................................................................................................................................8

1.3 Citação, anotação de fonte, referência e nota................................................................................................ 9

1.3.1 Citação direta e indireta ...........................................................................................................................................9

1.3.2 Anotação de fonte .................................................................................................................................................. 10

1.3.3 A referência bibliográfica ...................................................................................................................................... 12

1.4 Organização geral das notas de rodapé ou de fim do texto ......................................................................... 13

2 PORMENORES DA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA (SELEÇÃO) .............................................. 13

2.1 Os elementos da referência essencial .......................................................................................................... 13

2.1.1 Autor pessoal ......................................................................................................................................................... 13

2.1.2 Entidades coletivas ................................................................................................................................................ 14

2.1.3 Título ..................................................................................................................................................................... 15

2.1.4 Edição .................................................................................................................................................................... 15

2.1.5 Imprenta (dados referentes à impressão) ............................................................................................................... 15

2.2 Referência de livros .................................................................................................................................... 16 2.2.1 Caso mais simples: um autor apenas ..................................................................................................................... 16

2.2.2 Mesmo autor, outra obra ........................................................................................................................................ 16

2.2.3 Dois autores ........................................................................................................................................................... 16

2.2.4 Três autores: duas possibilidades ........................................................................................................................... 16

2.2.5 Mais de três autores ............................................................................................................................................... 16

2.2.6 Autoria impessoal, entidades coletivas .................................................................................................................. 17

2.2.7 Entrada pelo editor, compilador ou organizador, prescindindo do(s) autor(es) ..................................................... 17

2.2.8 Obra sem autor mencionado: entrada pelo título, primeira palavra em maiúsculas ............................................... 17

2.2.9 Obras em vários volumes: indicar número de volumes ......................................................................................... 17

2.3 Partes de livros ............................................................................................................................................ 17 2.3.1 Quando a parte referenciada não tem autoria especifica: ....................................................................................... 17

2.3.2 A parte é referenciada com autoria própria ............................................................................................................ 17

2.4 Verbetes de dicionários ............................................................................................................................... 18 2.4.1 Com autor próprio: ................................................................................................................................................ 18

2

2.4.2 Sem autor próprio (entrada pelo verbete) .............................................................................................................. 18

2.5 Periódicos, coleções etc. ............................................................................................................................. 18 2.5.1 Considerados no todo (coleção) ............................................................................................................................. 18

2.5.2 Considerados em parte (fascículos, suplementos, números especiais etc.) ............................................................ 18

2.6 Artigos de revista ........................................................................................................................................ 18 2.6.1 Com autor especificado ......................................................................................................................................... 18

2.6.2 Sem autor especificado (entrada pelo título do artigo) .......................................................................................... 18

2.7 Artigos ou cadernos de jornais .................................................................................................................... 18

2.7.1 Com autor especificado: ........................................................................................................................................ 18

2.7.2 Sem autor especificado (entrada pelo título do jornal): ......................................................................................... 18

2.7.3 Em suplemento especial com numeração própria: ................................................................................................. 18

2.8 Trabalhos não publicados ........................................................................................................................... 19

2.9 Fontes informáticas ..................................................................................................................................... 19

2.10 Recensão e citação de recensão ................................................................................................................ 19

3 EXEMPLOS E MODELOS .......................................................................................... 19

3.1 Exemplos de referência bibliográfica individual analisados ....................................................................... 19

3.2 Exemplo de elenco bibliográfico em ordem alfabética (com formas abreviadas e comentários) ............... 21

3.3 Exemplo de artigo acadêmico ..................................................................................................................... 24

3.4 Exemplo de resenha .................................................................................................................................... 26

3.5 Folha de texto normal ................................................................................................................................. 28

3.6 Folha de texto com título de capítulo .......................................................................................................... 29

ORIENTAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS PARA O ESTUDO ............................................................ 30

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Observação prévia

Este Guia pretende ajudar o aluno a produzir trabalhos consistentes e bem apresentados, exclusivamente para os fins de nossa Faculdade. Segue, em princípio, as orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), porém simplificadas e adaptadas com base na prática. Para mais detalhes recorra-se aos manuais indicados na bibliografia.

As orientações para o encaminhamento e apresentação de monografia, dissertação e tese encontram-se no documento intitulado Orientações para Trabalhos de Conclusão de Curso e de Iniciação à Pesquisa Científica, disponível no website da FAJE.

Entre { }: remissivas a outras partes deste Guia.

1 ORIENTAÇÕES GERAIS

1.1 Apresentação geral de textos

1.1.1 Formatação, estilos e digitação

Normas gerais:

• Configuração da página (A4): margem esquerda: 3cm; direita: 2cm; inferior e superior: 2,5cm.

• Parágrafo normal: tipo Times/Times New Roman 12, entrelinha 1,5, justificado, 3 pontos antes e 3 depois, recuo de 2 cm na primeira linha.

• Parágrafo recolhido: Times 10, entrelinha 1, justificado, 3 pontos antes, 3 pontos depois, o parágrafo inteiro alinhado a 4 cm da margem do texto normal, sem recuo na 1ª linha.

• Título 1: Times ou Cambria 16 negrito, centralizado

• Título 2: Times ou Cambria 14 negrito, alinhado na margem esquerda

• Título 3: Times ou Cambria 12 negrito, alinhado na margem esquerda

• Referência (lista) bibliográfica: como o parágrafo recolhido, mas sem recuo da margem normal.

• Nota de rodapé (ou de fim): Times 10.

• Numeração das páginas: à direita, embaixo.

• Esquemas, textos especiais etc.: em geral, Times 10, entrelinha 1. A formatação (texto centralizado ou não etc.) depende da natureza da matéria. A visualidade exige que sejam apresentados de forma concentrada, se possível aparecendo na mesma página. (Para não dividir esquemas, pode-se marcar os parágrafos com o comando Formatar\Parágrafo\Quebras de... Manter com o próximo; ou incluir num quadro, mediante o programa Desenho.)

Convém primeiro digitar tudo em estilo “Normal” antes de aplicar os estilos específicos aos elementos que o exigirem. Na hora de formatação, os títulos de capítulos, itens e subitens sejam formatados com os estilos “Título 1”, “Título 2”, “Título 3” etc., que entrarão automaticamente no Sumário produzido pelo correspondente comando.

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1.1.2 Algumas observações referentes à linguagem e ao estilo

a) Observação geral

Mesmo o autor treinado tenha sempre à disposição, na mesa ou no computador, gramática e dicionário atualizados e consulte-os.1

Nos trabalhos acadêmicos ocorrem com frequência três vícios de linguagem:

• quanto à compreensão: falta de clareza, confusão, anfibologia;

• quanto à estética: falta de fluência e beleza, colisão, ecos, ruídos;

• quanto à economia: desperdício de palavras, falta de objetividade.

b) Linguagem sóbria e direta

A linguagem do texto escrito acadêmico ou científico não é a linguagem coloquial, mas usa outro código, mais objetivo.

Respeite a lei da economia. Evite afirmações óbvias, bem como repetições. Use frases curtas ou períodos simples (prótase e apódose simples), porém, com as devidas conjunções para evidenciar a conexão lógica.

Dispense as circunlocuções e conectivos expletivos (“Assim sendo”, “Evidentemente”...), que, no código coloquial, servem para dar ao locutor o tempo de construir sua frase! Use o termo certo e conciso: “O autor exprimiu seu pensamento relativamente à pena de morte” => “O autor manifestou-se sobre a pena de morte”. Evite “enchimentos”: “Comecemos falando que o autor estuda” => “O autor estuda”. Em vez de dizer “Para começar, quero explicar que ...”, explique logo! Evite os “possamos”, “saibamos” etc. : “Tal acontece para que saibamos compreender” => “Tal acontece para que compreendamos”. Expulse os adjetivos e pronomes inúteis: “Eu levantei a minha mão” => “Levantei a mão”; “Estamos em um tempo de crise” => “Estamos em tempo de crise”; “Um certo homem” => “Certo homem”.

Evite o uso indevido de formas perifrásticas do verbo (“estaremos fazendo” => “faremos”; “vamos ver” => “veremos”) ou das formas preposicionados do objeto indireto (“a ele” => “lhe”). Privilegie o verbo ao adjunto atributivo: “É muito belo” => “Embeleza”. Prefira a voz ativa à passiva: “Este texto foi estudado pelos biblistas” => “Os biblistas estudaram este texto”.

Evite repetir a mesma palavra no mesmo parágrafo ou no próximo, a não ser para enfatizar. Fuja dos pleonasmos (“Demos um exemplo, por exemplo...”). Trabalhe a sinonímia.

Radicalmente proscrita é a expressão “O presente capítulo trata-se de ...”, pois o capítulo não se trata de doença nenhuma... a não ser da falta de conhecimento gramatical! O certo é: “No presente capítulo trata-se de ...”. Uma dica: ao usar “tratar-se”, pense em “falar-se”: “Neste texto fala-se/trata-se de...”.

b) A vírgula

A vírgula serve para evidenciar a construção da frase, mas não deve ser multiplicada a ponto de tornar o texto pesado. Vírgulas demais atravancam o texto. (Muitos revisores editoriais e jornalísticos multiplicam as vírgulas indevidamente, por hipercorreção ou porque não entendem o texto.) Em caso de dúvida, não use vírgula; parecerá distração. Já uma vírgula fora de lugar parecerá erro.

Não se separa o sujeito do verbo numa frase em ordem normal (não invertida ou enfática). Não se usa vírgula depois da conjunção “mas” (a não ser quando enfática).

1 Para o uso acadêmico da língua portuguesa aconselha-se a gramática de Napoleão Mendes de Almeida.

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Proposições coordenadas, ligadas por “e”, quando o sujeito continua o mesmo, não são separadas por vírgula. Quando, porém, são muito compridas ou há troca de sujeito, aconselha-se colocar vírgula antes da conjunção “e”: “Ele vai [...], e ela não”.

Advérbios que determinam o verbo, sobretudo os adjuntos adverbiais maiores, podem, para clareza, ser separados por vírgulas (antes e depois). Contudo, não se separa por vírgulas um advérbio que determina especificamente um substantivo ou adjetivo adjacente (ex.: “um templo esplendorosamente decorado” – não: “um templo, esplendorosamente, decorado”).

Atenção com as proposições subordinadas relativas:

1) usa-se vírgula antes das relativas descritivas, que acrescentam ao antecedente uma qualificação que, embora interessante, não modifica o sentido da frase principal: “O capitão, que era míope, mandou atirar no alvo errado”;

2) não se usa vírgula antes das relativas restritivas, que restringem o sentido: “Os militares que são míopes devem ir para a reserva” (a frase se restringe aos militares míopes; se se escreve: “Os militares, que são míopes”, está-se dizendo que todos os militares são míopes!).

c) Ênclise e próclise.

O pronome oblíquo, normalmente, segue depois do verbo (uso enclítico: “O gato espreguiça-se no ninho”). Quando, porém, há partículas atraindo o pronome oblíquo, como em frases subordinadas ou negativas, o pronome precede o verbo (uso proclítico: “Não se faz isso”; “O vento que se abateu sobre a aldeia destruiu tudo”; “O marido, quando se levanta, vai tomar café”), a não ser que algum elemento separe consideravelmente o sujeito e o verbo (“A mulher, quando o marido, morto de cansaço pelo trabalho que teve de enfrentar até o fim do dia, deixa-se [ou: se deixa] cair na poltrona, serve-lhe o café”).

Evite a próclise em construções com infinitivo ou gerúndio (“No afã de consegui-lo”, não: “de o conseguir”; “Continuou amando-a”, não: “a amando”)

Não se inicia a frase com o pronome oblíquo, especialmente o da 3ª pessoa (“se”), que se confunde com a conjunção condicional “se”. Mas se pode escrever: “Se se pensa nas consequências...”, porque o “se” inicial não é o pronome, mas a conjunção da frase subordinada (que atrai o pronome).

d) A forma impessoal: uso e limites

Nos trabalhos acadêmicos, no Brasil, é praxe o autor não se expressar na 1ª pessoa do singular; usa-se a forma impessoal (“Percebe-se que...”). Verbos reflexivos, porém, não podem ser “impersonalizados”; neste caso prefira-se a 1ª pessoa do plural (não: “Nesta parte debruça-se sobre ...”, mas: “Nesta parte, debruçamo-nos sobre ...”)2 ou procure-se uma expressão equivalente (“Esta parte focaliza ...”).

Evite o pronome obliquo “se” junto a gerúndios ou infinitivos, quando desnecessário: “Ao se considerar estes fatos, pensa-se ...” => “Ao considerar estes fatos, pensa-se ...” (é evidente que quem “considera” é o sujeito impessoal da frase principal).

d) Concordâncias e regências

Evitem-se erros de concordância de gênero, de número ou de tempo verbal. Quando há dúvida sobre a regência (regime) de verbos, substantivos e adjetivos, consultem-se os dicionários adequados.3 Evitem-se regências contaminadas, por exemplo, quando se junta o mesmo

2 É perfeitamente válido usar a 1ª pessoa do plural, que, além de elegante, implica o leitor (“Tendo examinado x, analisaremos agora y...”). 3 Além dos grandes dicionários Houaiss e Caldas-Aulete, os clássicos de Francisco Fernandes: Dicionário de Regimes de Substantivos e Adjetivos e Dicionário de Verbos e Regimes.

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complemento a dois verbos que exigem regência diferente (“Ele desconfiou e ao mesmo tempo confiou nele” => “Ele desconfiou dele e, ao mesmo tempo, confiou nele”).

e) Uso de pronomes

Não é preciso explicitar sempre o sujeito do verbo pelo pronome; o verbo português implica o sujeito: “João foi à praça. Depois de breve prospecção, ele comprou um salame”.

Use o pronome-genitivo “cujo(a/os/as)” com a flexão certa, isto é, regida pelo substantivo que determina: “Os habitantes de Atenas, cuja origem se perde no tempo e cujos ancestrais eram áticos”.

Evite a inflação do pronome “esse”. Distinga-os pronomes demonstrativos pela seguinte regra de mão: “Este aqui, esse aí, aquele lá”:

• “este”: próximo, presente ou por vir, com certa ênfase. “Neste parágrafo falamos do assunto central”;

• “esse”: pode-se apontar com o dedo, a certa distância, recém mencionado, porém já não presente. “Nesses anos éramos levianos”;

• “aquele”: o que está bem longe (no espaço ou no tempo, passado ou futuro), antípoda de “este”. “Naquele tempo foi criado o universo”, “Naqueles dias, os astros desabarão sobre a terra”.

1.2. Diversos tipos de trabalhos 1.2.1 Trabalhos de aula

São os trabalhos exigidos pelos professores em margem das disciplinas lecionadas. Quanto às exigências metodológicas gerais e as questões de citação, nota e referência, remetemos aos respectivos itens deste Guia. As exigências específicas de cada trabalho dependem de sua natureza e devem ser indicadas pelo professor.

Os trabalhos de aula não levam folha de rosto, mas são identificados pelo cabeçalho simples:

FAJE – Departamento de [...]

[Nome da disciplina + ano + semestre]

Professor: [Nome]

Aluno: [Nome sublinhado]

Data: [...]

[Título em maiúsculas e centralizado, por ex.:]

A EUCARISTIA SEGUNDO PAULO

segue o texto

1.2.2 Trabalhos de conclusão de curso

São a monografia do Bacharelado, a dissertação de Mestrado e a tese de Doutorado. Têm caráter de pesquisa personalizada, com apresentação científica. A monografia visa à compreensão e exposição científica de determinado tópico do campo de pesquisa. A dissertação deve mostrar a capacidade didática do Mestrando; intenta um tratamento sistemático do assunto, sem ser exaustivo, nem visar a uma contribuição original. Já a tese procura tratar o assunto – devidamente delimitado – com relativa exaustividade e oferecer alguma contribuição para o progresso do saber no respectivo campo.

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O método e a organização dos trabalhos de conclusão são tratados no documento intitulado Orientações para Trabalhos de Conclusão de Curso e de Iniciação à Pesquisa Científica, no website da FAJE.

1.2.3 Artigos acadêmicos4

O artigo acadêmico apresenta e discute, com autoria assumida, dados referentes a um projeto de pesquisa dentro de uma área de conhecimento específica. Como, normalmente, os conteúdos ainda se encontram em fase de pesquisa ou discussão, não são publicados em livro, nem estão manualizados. São textos acadêmicos completos, veiculados em periódicos especializados, que permitem aos pesquisadores expor à comunidade acadêmica e ao leitor erudito o resultado de suas pesquisas. Caracterizam-se pela profundidade e pela adequação técnica. O artigo acadêmico estende-se, normalmente, até umas vinte páginas (= 60.000 caracteres, espaços incluídos/8.500 palavras).

Denomina-se a estrutura do artigo como IRDC, sigla formada pelas suas principais partes: Introdução, Revisão de Literatura, Discussão, Conclusão.

1) A Introdução apresenta à atenção do leitor o tópico a ser tratado. Parte da visão geral ou dos dados conhecidos pelos interessados, para apresentar o recorte específico que vem tratado no artigo. Mostra, de modo global, o estado atual do (conhecimento do) tema ou projeto (“state of the art”, status quaestionis quanto ao tema em si), justifica a pesquisa, apresenta sua relevância, oferece um breve resumo de cada parte do artigo e aponta para as conclusões que no fim serão alcançadas.

2) A Revista (Revisão/Resenha) da Literatura apresenta o resultado da pesquisa bibliográfica específica em torno do assunto (o status quaestionis da literatura sobre o assunto nas publicações ainda relevantes). São apresentados e avaliados, conforme critério definido pelo tema, os dados e/ou as diversas teorias e opiniões coletadas no estudo.

3) Na Discussão, interpretam-se os resultados da revista bibliográfica em relação ao avanço pretendido no conhecimento do problema e em relação às limitações e desafios persistentes.

4) Finalmente, na Conclusão, retoma-se o que se apontou na introdução e apresentam-se o resultado do estudo e sugestões para outras pesquisas.

Daí, a estrutura do artigo acadêmico:

Parte pré-textual Sem cabeçalho, sem capa ou folha de rosto

• Título

• Nome do autor com credenciais em nota de rodapé

• Resumo

• Palavras-chave (descritores)

Parte textual Deve ser dividido em itens e subitens, de acordo com as partes IRDC : Introdução, Revista da Literatura, Discussão e Conclusão.

• Introdução. Não é necessário escrever a palavra “Introdução”, mas pode ser utilizado um título que se considere adequado. A introdução deve responder por cerca de 5 a 10% do total do artigo, ou seja (num artigo padrão, duas páginas). É o último elemento a ser redigido.

• Revista da Literatura e a Discussão podem ser apresentadas separadamente ou em conjunto:

- separadamente: 1) na Revista da Literatura apresentam-se, de modo resumido e crítico, as opiniões dos autores consultados, procurando mostrar o confronto ou diálogo entre eles; 2) na

4 Cf. FRANÇA, cap. 6.

8

Discussão, a seguir, discute-se cada item do tema assim perfilado, apresentando prós e contras, pontos fortes e fracos.

- em conjunto: sem fazer previamente a apresentação dos autores, organiza-se o assunto de acordo com os principais tópicos, discutem-se criticamente as opiniões levantadas na documentação consultada e acrescem-se os elementos novos que fazem progredir a discussão.

Não convém colocar como título “Revista da Literatura” ou “Discussão”. Utilize títulos criativos e adequados aos itens. Sugere-se que, na Revista da Literatura e na Discussão sejam utilizadas poucas subdivisões, para que o tema não fique muito fragmentado. Em cada item, utilize metatextos (parágrafos de introdução e apresentação, parágrafos de ligação e conclusões parciais).

• Conclusão. É a menor parte do artigo (5% do texto). Revela o percurso metodológico seguido e explicita a consecução do objetivo previsto. Não apresenta elementos novos, mas retoma o que foi apresentado no artigo. É um “espelho” da introdução.

Parte pós-textual: Referência bibliográfica completa

1.2.4 Resenhas, ou recensões5

A resenha, ou recensão, consiste na síntese e apreciação de uma obra {3.4}6. Supõe compreensão da obra, capacidade de estabelecer juízo de valor de forma independente, respeitando o pensamento do autor, e conhecimento de obras de outros autores sobre o tema.

a. Se a resenha tiver título próprio, este deve ser diferente do título da obra resenhada, embora relacionado com ela. Em muitas revistas, porém, a resenha não tem título próprio, iniciando logo com a referência bibliográfica (cf. a seguir, b).

b. A referência bibliográfica completa da obra resenhada deve encabeçar o texto (a não ser que a publicadora da resenha dê outra orientação). Mencionem-se também os dados suplementares que possam interessar o leitor (páginas, formato, ilustrações, ISBN).

c. Para o conteúdo da resenha, sugerem-se os seguintes tópicos:

1) autor e obra • o autor da obra e suas credenciais (breve biobibliografia e outros dados relevantes);

• informações gerais a respeito da obra (p.ex., pertença a uma coleção renomada; nível linguístico...) e do público destinatário;

2) descrição do conteúdo (leitura de superfície) • o resumo indicativo: indicação geral do(s) assunto(s) que a obra desenvolve;

• a organização da obra (suas partes, capítulos, divisões) e o resumo informativo, ou síntese, contendo as idéias principais de cada parte;

3) compreensão profunda: • mostrar o pensamento/a intuição/a lógica do autor por trás/por baixo da organização formal de seu texto;

4) crítica: • apreciação ou julgamento da obra a partir do ponto de vista metodológico (relação entre as partes, proporção, coerência, coesão), conteudístico (contribuições que trouxe, originalidade, relevância) e estético (características da linguagem utilizada e do estilo do autor).

Observação: as citações literais (que sejam breves) da obra original coloquem-se entre aspas duplas, seguidas da indicação da página, entre parênteses (p. ...). Se forem referenciadas outras obras, usem-se citação e referência conforme as normas usuais {1.3}.

5 Cf. FRANÇA, cap. 8. 6 O que distingue a resenha/recensão da mera nota bibliográfica é, além da extensão, a presença do elemento crítico. A nota bibliográfica leva a publicação ao conhecimento do leitor, a recensão a avalia.

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1.3 Citação, anotação de fonte, referência e nota7 Neste item apresentamos orientações para a citação, a anotação de fonte e outras notas. Quanto à referência bibliográfica, explicamos aqui apenas os princípios, remetendo à secção {2} para os pormenores.

Importa distinguir claramente os seguintes elementos:

• citação: (parte de) outro documento copiado(a) no seu trabalho, de modo direto/ formal ou indireto/ informal (livre);

• anotação de fonte: informação (integrada no texto ou apresentada em nota) da fonte (documento) do qual a citação foi copiada e que vem identificada na referência;

• referência bibliográfica: identificação exata e inconfundível dos documentos referenciados no trabalho;

• nota explicativa ou informativa: acréscimo de elementos explicativos ou informativos que não cabem no corpo do texto.

A lógica fundamental em relação a citação e referência é a seguinte: ao usar material de outra autoria que não a própria, e que não seja de conhecimento notório8, é preciso indicar de modo inconfundível a proveniência, de tal modo que possa ser reencontrado e verificada mediante pesquisa bibliográfica.

1.3.1 Citação direta e indireta9

A citação direta (formal/literal) reproduz o texto citado tal qual. Distingam-se:

• citação breve (até aprox. 3 linhas ou uma frase): no texto, entre aspas duplas (as aspas duplas que eventualmente ocorrerem dentro da citação são substituídas por aspas simples).

• citação longa (mais de uma frase ou mais de 3 linhas): reproduzida em parágrafo recolhido (letra tipo 10 e margem a 4 cm da margem principal, sem recuo na primeira linha {1.1.1}), não incluída entre aspas (as aspas que ocorrem na citação permanecem intocadas).

Na citação direta, eventuais modificações ou supressões são assinaladas por colchetes [ ].

Exemplo:

Ao estudar as cartas de Paulo surge a pergunta: Que diferença há entre lei e exortação? Lei é a norma a ser seguida e impõe uma ordem a ser obedecida [...] As exortações são formas de orientação e aconselhamento. Romanos 12 é um exemplo belíssimo de exortação [...] sobre o modo como as pessoas devem comportar-se [...]. (RODRIGUES, 2004, p. 87)

Não é preciso assinalar a mudança da maiúscula inicial em minúscula por causa da inserção na frase introdutória. Contudo, é melhor formular a frase introdutória de tal modo que a citação possa começar sem modificação. Havendo muitas modificações a operar (mudança de pessoa, conjugação do verbo etc.), aconselha-se transformar a maior parte em citação indireta e limitar a citação direta ao estritamente necessário. Também pode-se tratar a citação inteira como indireta, repetindo-se em nota de rodapé aquilo que deve ser citado literalmente. Para citações de tipo jurídico etc. consultem-se os manuais de metodologia.

7 Cf. FRANÇA, cap. 14-15. 8 Não se apontam fontes para coisas que fazem parte da cultura que se deve supor no leitor. 9 Ver exemplos em {4.6}.

10

A citação indireta (informal/livre) parafraseia o texto da fonte, sem exigência gráfica especial. É preciso anotar a fonte.

1.3.2 Anotação de fonte

Tanto as citações diretas quanto as indiretas devem ser acompanhadas de uma anotação de fonte, que, por meio de uma abreviação da referência {1.3.3}, indica o lugar exato de onde se colheu a citação. Isto pode-se fazer de diversas maneiras:

• Tradicionalmente, a anotação de fonte é colocada em nota de rodapé (infra, b) ou, em se tratando de fontes primárias ou instrumentais, indicada mediante uma sigla ou abreviação, em parêntese, no corpo do texto (infra, a).

• Atualmente, sobretudo em trabalhos de tipo “artigo acadêmico” {1.2.3}, é praxe indicar a fonte por meio de anotação sintetizada inserida no corpo do texto (cf. infra, c: método “autor-data”). Este método é compatível com uso de parêntese com sigla ou abreviação (cf. infra, a) para as fontes primárias e instrumentais, mas exclui a anotação de fonte no rodapé, o qual fica reservado para outros tipos de anotações {1.4}.

a) Anotação de fonte por meio de sigla ou abreviação

Fontes primárias e instrumentais (textos-base, S. Escritura ou outras fontes clássicas ou institucionais, dicionários, bem como as obras do autor sobre o qual se faz a monografia etc.) podem ser indicadas, quer na nota de rodapé, quer (preferencialmente) no texto, logo depois da citação, entre parênteses ( ), por uma sigla ou abreviação devidamente explicada na lista de abreviações, junto ao sumário do texto. A indicação do(s) trecho(s) citado(s) pode ser pelo verbete, pelo número ou parágrafo, pelo capítulo e versículo ou pela página, conforme a natureza e organização da obra. Na lista de abreviações e na referência bibliográfica final {1.3.3} deve aparecer, para fins de verificação, a edição exata da qual as citações foram tiradas.

Exemplos: No texto Na lista de abreviações

(DHLP, “Escatologia”) DHLP = DICIONÁRIO HOUAISS da Língua Portuguesa, São Paulo: Objetiva, 2004

(SZ 114) SZ = HEIDEGGER, Martin. Sein und Zeit. Tübingen: Max Niemeyer, 1979.

(Mt 25,11) Mt = Evangelho segundo Mateus, in: CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Bíblia Sagrada: Tradução da CNBB. 8.ed. Brasília: CNBB, 2008.*

(CIC, cân. 2205, § 1) CIC = CODEX IURIS CANONICI [etc.]

* Para evitar reproduzir (em trabalhos teológicos) a lista das siglas bíblicas, basta mencionar, no fim da lista de abreviações, a edição bíblica da qual foram tomadas as abreviações, se bastante conhecida.

As abreviações bíblicas são tomadas de: CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Bíblia Sagrada: Tradução da CNBB. 8.ed. Brasília: CNBB, 2008.

b) Anotação de fonte no rodapé (sistema de “notas mistas”)

Neste sistema, a anotação de fonte toma a forma de uma nota de rodapé (com a correspondente chamada no texto), inserida sequencialmente entre as outras notas de rodapé, que podem ser de natureza diferente; daí o nome de “notas mistas”. É o sistema aconselhado para monografia, dissertação e tese. 1) Regra geral

Logo atrás da citação (no caso de citação breve, depois das aspas de fechamento), ou, se se quiser, logo atrás do nome do autor, caso apareça no texto, insira-se a chamada da anotação, em número alto/expoente. A anotação no rodapé exibirá o mesmo número que a chamada e

11

conterá a referência (integral ou reduzida) do documento e a localização do texto citado (página, coluna ou outra indicação, segundo a natureza da fonte).

Na primeira ocorrência, é praxe (facultativa)10 mencionar a referência integral (elementos essenciais). Nas ocorrências seguintes da mesma fonte usa-se a referência reduzida ou um dos abaixo mencionados sistemas de repetição (infra, subitens 2 e 3).

Observação: fontes primárias ou instrumentais, quando citadas em nota, são identificadas pela sigla ou abreviação {1.3.3a}. 2) Repeticão da fonte por referência reduzida

No caso de anotação em nota de rodapé, a partir da segunda citação, a fonte pode ser indicada pela referência reduzida, que contém o sobrenome do autor (em maiúsculas), seguido da(s) primeira(s) ou palavra(s) do título (incluindo o artigo) e da localização do texto citado (como acima, no item 1).

3 VAZ, Escritos de Filosofia I, p. 48. 2 KÜNG, Ser cristão, p. 203. 14 RAHNER, Schriften VI, p. 45. 22 KONINGS, Evangelho seg. João, p. 58-61.

3) Repetição por advérbios/locuções adverbiais

Se há repetição próxima11, podem-se usar, respeitada a lógica, advérbios ou locuções adverbiais, como os mencionados a seguir. Quando tomados do latim, são grafados em itálico.

• em relação à referência imediatamente anterior usa-se: “id.” (mesmo autor), “ibid.” (mesma obra; sendo a mesma obra, o autor é necessariamente o mesmo, portanto, não se usa “id. ibid.”);

• em relação à referência não imediatamente anterior, porém situada na proximidade (no mesmo parágrafo), pode-se usar: “op. cit.” (última obra citada do referido autor; o nome do autor deve ser repetido). Porém, é aconselhável não usar “op. cit.”, mas sim, repetir a referência reduzida.

O critério é a localização unívoca conforme o significado lógico dos advérbios utilizados.

O uso de maiúsculas iniciais depende do lugar na frase::

• no início da frase: Id. / Op. cit.

• não no início: Cf. id. / Cf. op. cit. – do mesmo modo, em parêntese: (op. cit.).

c) Anotação de fonte em parêntese, pelo sistema autor-data

Este sistema é muito usado, e às vezes exigido, para artigos acadêmicos {1.2.3}, mas é menos indicado para trabalhos monográficos, como os de conclusão de curso.

Insere-se no texto, logo depois da citação, entre parênteses ( ), o sobrenome do autor, em maiúsculas, a data da obra e a(s) página(s) citadas (com “p.”), tudo separado por vírgulas.

No caso de dois autores da mesma obra, os sobrenomes são separados por ponto-e-vírgula. Havendo mais de dois autores, menciona-se apenas o primeiro e acrescenta-se “et al.” 12 (= abreviatura de “et alii”) 13:

10 Facultativa, porque a referência integral aparece na lista bibliográfica final. Como essa primeira referência integral tenciona apresentar as contribuições específicas para o assunto, não convém mencionar a referência exaustiva de obras instrumentais, como sejam os dicionários etc., desde que a lista bibliográfica final permita identificar a edição usada. 11 Por exemplo, no mesmo parágrafo. Como o texto está exposto a remanejamento, não convém usar este tipo de repetição entre citações afastadas, porque podem inserir-se outras referências que desfazem a repetição. 12 A norma da ABNT não usa itálico nas abreviaturas latinas usadas na referência, mas não proíbe que se o faça.

12

...... (KONINGS, 2005, p. 45).

...... como se vê.” (TABORDA; LIBANIO, 1999, p. 45-47).

...... e basta!” (BARROS et al., 2002, p. 345).

Se o autor é mencionado no corpo do texto, na proximidade da citação, pode-se colocar a anotação logo depois desse nome (grafado em tipo normal), mencionando entre parênteses apenas data e página.

Como diz Libanio (2007, p. 99): “Deus é amor”.

“Deus é amor”, diz Libanio (2007, p. 99).

Ocorrendo citações de diversos autores com o mesmo sobrenome, faz-se a distinção acrescentando as iniciais do nome, separadas por vírgula:

..... (SILVA, C., 1987, p. 14) ..... (SILVA, A., 2005, p. 56).

Caso o mesmo autor seja repetido imediatamente depois, seu nome será substituído por “id.” (= “idem”); se a mesma obra for repetida, nome e data são substituídos por “ibid.” (= “ ibidem”) {cf. 1.3.2b3}.

Nessa obra, nossa romancista usa a expressão “se deixou estar” (ASSIS, 1899, p. 25), e assim também em outro romance: “Ele se deixou estar” (id., 1902, p. 32). Nesta mesma obra ocorre uma variante: “Ele se pôs” (ibid., p. 33).

Em caso de diversas obras do mesmo autor com o mesmo ano de edição, sejam individuadas acrescentando-se “a”, “b” etc.

O sol “avermelhou” (MEIRELLES, 1938a, p. 72), “roxeou” (id., 1938b, p. 32).

Neste sistema não há como mencionar na primeira referência a forma integral da referência, mas isso não faz mal, pois encontra-se na lista bibliográfica final.

1.3.3 A referência bibliográfica

O termo “referência bibliográfica” designa em primeiro lugar a identificação da obra individual que serviu de fonte para determinada citação (a “carteira de identidade” da obra). Num outro sentido, indica a lista bibliográfica no final do trabalho, contendo todas as referências, em sua forma integral (isto é, com todos os elementos necessários para a identificação das obras mencionadas).14

A referência individual serve para a indicação inconfundível da fonte da citação, para que a citação seja verificável e sua fonte, reencontrável fora do trabalho apresentado. Ela tem de aparecer na lista das referências, em forma essencial integral {2}, e é autônoma, no sentido de guardar seu valor de referência também fora do trabalho. Já a anotação de fonte {1.3.2}, elemento intermediário entre a citação e a referência, identifica o lugar de onde se tirou a citação; não tem autonomia, pois deve ser interpretada dentro do sistema do trabalho. O que permite a identificação da anotação de fonte com a referência é a “entrada” da referência, ou seja, a primeira palavra da referência, grafada em maiúsculas, além de algum outro elemento suficiente para a identificação no interior do trabalho: no sistema autor-data, o ano de publicação; no sistema de referência abreviada, as primeiras palavras do título da obra. (No sistema de siglas {1.3.2a} , a identificação se opera mediante a lista de siglas e abreviações.)

13 Evite-se, porém, referenciar coletâneas como um todo e procure-se na medida do possível fazer a referência pelo nome do autor da parte específica {2.3.2}, para que seja respeitada a propriedade autoral de cada um. 14 A razão por que a bibliografia passou a ser chamada, ultimamente, de “referência bibliográfica” talvez seja o desejo de acentuar que se trata das obras usadas como fonte, à diferença de bibliografias que têm outra função, como orientar a leitura ulterior etc. Alguns autores intitulam a lista final como “referências bibliográficas”, no plural, remetendo assim ao sentido primeiro do termo “referência” (obras individuais).

13

1.4 Organização geral das notas de rodapé ou de fim do texto Explicações que sobrecarregariam o texto, comentários, orientações para leitura, remissivas a outras partes etc., e, no sistema de notas mistas {1.3.2b}, também as anotações de fonte, são colocadas no rodapé ou no fim do texto. Estas notas – explicativas, remissivas ou bibliográficas – são assinalados no texto por uma chamada inserida depois do elemento a que se referem.

Se na mesma nota figurarem anotações de fonte e observações explicativas ou remissivas, a anotação de fonte precede as outras.

Todas as notas são numeradas numa seqüência única. A numeração reinicia em cada capítulo do texto, o que se faz, automaticamente, pelos correspondentes comandos do programa eletrônico.

No sistema autor-data de anotação de fonte, em que a anotação está entre parênteses no texto, o rodapé fica reservado para as notas explicativas e/ou remissivas {1.3.2c}.

2 PORMENORES DA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

(SELEÇÃO)15

Tratamos aqui somente dos elementos essenciais da referência integral, suficientes para a primeira anotação de fonte em nota de rodapé {1.3.2b} e para a bibliografia final {3.2}16. Este tipo de referência serve para a identificação inconfundível da edição da obra usada no trabalho, de modo que a mesmíssima edição possa ser reencontrada e as citações, verificadas com exatidão. Não consideramos aqui as informações suplementares, como título original, tradutor, coleção, tamanho, preço etc., que servem para outros fins17, embora em alguns casos possam ser úteis também para os trabalhos aqui enfocados18.

2.1 Os elementos da referência essencial

2.1.1 Autor pessoal

No Brasil, a entrada é pelo último sobrenome, seguida de vírgula e os nomes e demais sobrenomes. Para sobrenomes estrangeiros, em caso de dúvida, consultem-se os catálogos de autores de cada região19.

VAZ, Henrique de Lima.

MACDOWELL, João Augusto Anchieta Amazonas.

Em caso de dúvida insira-se na lista bibliográfica uma remissiva. - Se, na lista alfabética, sob a letra C aparece a remissiva:

CHARDIN, Pierre Teilhard de. Ver TEILHARD

- sob a letra T aparecerá a referência integral:

TEILHARD de Chardin, Pierre. Le milieu divin. [etc.]

Sobrenomes unidos por hífen (-) ou apóstrofe (’) não se separam: LÉON-DUFOUR, O’CONNOR, D’AUBUISSON

15 Para mais detalhes, cf. FRANÇA, cap. 10. 16 Em resenhas e notas bibliográficas acrescentam-se dados suplementares {1.2.4}; cf. a seguir. 17 Como resenhas, orientações bibliográficas etc. Informações sobre o registro dos elementos suplementares encontram-se nos manuais de redação. 18 Por exemplo, a menção à coleção ou ao tradutor da obra, quando de reconhecida fama. 19 Disponíveis na Biblioteca.

14

Também neste caso pode ser útil usar remissiva: AUBUISSON. Ver D’AUBUISSON.

O nome é transcrito na forma que ocorre na obra à qual se faz referência. Se, porém, aparecer em formas divergentes nas diferentes obras do mesmo autor, será preciso padronizar, para que todas as obras do mesmo autor se encontrem reunidas; as formas divergentes são mencionados em remissiva.

FREIRE, Gilberto. Ver FREYRE.

FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala [etc.].

SICRE, José Luis. Ver SICRE DIAZ.

SICRE DIAZ, José Luis. Introdução ao Antigo Testamento [etc.].

Quando a obra tem até três autores, mencionam-se os três na entrada da referência, na ordem em que aparecem na publicação, separados por ponto-e-vírgula.

MAIA, Tom; CALMON, Pedro; MAIA, Thereza Regina de Camargo.

Se há mais de três autores, mencionam-se um (é preferível), dois ou os três primeiros, seguidos pela expressão: et al. (= et alii, “e outros”).

ALMEIDA, José da Costa et al.

ALMEIDA, José da Costa; VARGAS, Feliciano et al.

ALMEIDA, José da Costa; VARGAS, Feliciano; LOBATO, Maria Luísa et al.

No caso de coletâneas ou obras coletivas, a entrada pode ser feita pelo nome do responsável intelectual, se destacado como tal na obra. Indica-se entre parênteses ( ) sua qualificação (organizador, coordenador etc.; abreviado, com maiúscula inicial).

CUNHA, Antônio da (Coord.). A poesia no Brasil. [etc.]

Em caso de autoria desconhecida, entra-se pelo título, grafando a primeira palavra em maiúsculas (não usar expressões como “Anônimo”, “Vários”, “Diversos”, “VV.AA.” etc.).

Em lista bibliográfica, todas as obras do mesmo autor, mesmo publicadas sob diversos nomes, figuram sob o nome que tem maior oficialidade, usando-se remissiva para os outros:

LOBO, Fernando. Ver TUPINAMBÁ, Marcelo.

..............................................

TUPINAMBÁ, Marcelo. O amanhecer. Rio de Janeiro: Aurora, 1908.

2.1.2 Entidades coletivas

As obras de responsabilidade de entidades coletivas (órgãos governamentais, congressos etc.) entram na lista por seu próprio nome, em extenso:

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. XII Assembléia Geral [etc.]

BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Relatório da diretoria geral, 1984, [etc.]

CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 10, 1979, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: Associação Bibliotecária do Paraná, 1979. 3 v.

Quando a entidade coletiva tem denominação genérica, seu nome é precedido pelo órgão superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence:

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento...

IBGE. Centro de Serviços Gráficos

Quando a entidade coletiva, embora vinculada a um órgão maior, tem uma denominação específica que a identifica, entra-se diretamente pelo seu nome. Em caso de ambiguidade coloca-se no final, entre parênteses, o nome da unidade geográfica a que pertence. Exemplo:

INSTITUTO MÉDICO LEGAL (RJ) || INSTITUTO MÉDICO LEGAL (SP)

15

2.1.3 Título

O título é reproduzido tal como figura na obra referenciada, transliterado se necessário (em caso de idioma com alfabeto não latino).

O subtítulo segue depois de dois pontos. Subtítulos que não fornecem informação essencial podem ser suprimidos.

São permitidas supressões em títulos demasiadamente longos, desde que a supressão não altere o sentido. Elas são indicadas por reticências entre colchetes [...].

Também acréscimos (tradução do título etc.) vão entre [...].

No caso de periódicos referenciados como um todo, o título é sempre o primeiro elemento da referência, mesmo quando a publicação é obra de um autor ou entidade identificável.

No caso de periódico com título genérico, incorpora-se o nome da entidade autora ou editora, ligado por uma flexão gramatical, posta entre colchetes [ ]:

NOTÍCIAS [da] Paróquia S. José, São Venceslau, SP.

2.1.4 Edição

A edição é indicada em algarismo arábico, seguido de ponto e da abreviatura “ed.” (p.ex.: 2.ed.). Indicam-se emendas e acréscimos à edição, de forma abreviada: 2.ed. rev. e aum. (a ABNT recomenda o uso da língua original para esta indicação).

2.1.5 Imprenta (dados referentes à impressão)

1) Local/cidade

É indicado tal como figura na publicação referenciada. Quando há mais de um local para a editora, indica-se o mais destacado ou o primeiro. Ex.: Freiburg: Herder (não: Friburgo em Brisgóvia-Colônia-Roma: Herder). No caso de homônimos, acrescenta-se o nome do país, estado etc. (Viçosa, MG || Viçosa, RN).

Quando a cidade não aparece na publicação, mas pode ser identificada, indica-se entre colchetes. Não sendo possível identificar, escreva-se, entre colchetes : [S.l.] (= sine loco).

2) Editor

O editor é mencionado tal como figura na publicação referenciada, abreviando-se os prenomes e suprimindo-se outros elementos, dispensáveis para a identificação (“editora”, “livraria” etc.).

Vozes | Paulinas | Loyola

Quando há mais de um editor, indica-se o mais destacado ou o primeiro. Os demais podem, mas não precisam ser registrados, com seus respectivos locais. Exemplo:

Petrópolis: Vozes; Aparecida do Norte: Santuário, 1997.

Quando o editor não aparece na publicação, mas pode ser identificado, indica-se entre colchetes. Quando não pode ser identificado, pode-se indicar o impressor. Na falta de ambos, indica-se, entre colchetes: [s.n.](= sine nomine).

Não aparecendo nem local, nem editor ou impressor, indique-se: [S.l.: s.n.]

3) Data

O ano de publicação é indicado em algarismos arábicos, sem ponto depois do milhar. Se a data não se encontra na folha de rosto ou em outro espaço oficial, mas pode ser estabelecida, indica-se entre colchetes. Exemplo: [1985]. Se há incerteza, essa deve ser manifestada. P. ex.: [1985?]; [197-] (= na década de 1970); [18--] (= no século XIX).

Não aparecendo a data, indique-se: [s.d.]

16

Nas referências bibliográficas de monografias em vários volumes, de periódicos ou de publicações seriadas consideradas no todo, indica-se a data inicial, seguida de hífen, se a publicação ainda não foi concluída, ou hífen e data do último volume publicado, em caso de publicação encerrada. Exemplos:

São Paulo, 1973- . Rio de Janeiro, 1899-1935.

Os meses devem ser abreviados no idioma original da publicação:

janeiro

fevereiro

março

abril

maio

junho

julho

agosto

setembro

outubro

novembro

dezembro

Port.

jan.

fev.

mar.

abr.

maio

jun.

jul.

ago.

set.

out.

nov.

dez.

Esp.

enero

feb.

marzo

abr.

mayo

jun.

jul.

agosto

sept.

oct.

nov.

dic.

It .

genn.

febbr.

mar.

apr.

magg.

giugno

luglio

ag.

sett.

ott.

nov.

dic.

Fr .

janv.

févr.

mars

avril

mai

juin

juil.

août

sept.

oct.

nov.

déc.

Ingl .

Jan.

Feb.

Mar.

Apr.

May

June

July

Aug.

Sept.

Oct.

Nov.

Dec.

Al .

Jan.

Feb.

Mãrz

Apr.

Mai

Juni

Juli

Aug.

Sept.

Okt.

Nov.

Dez.

Se a publicação indicar, em vez dos meses, as estações do ano ou as divisões do ano em trimestres, semestres etc., transcrevem-se as primeiras tais como figuram na publicação e abreviam-se as últimas:

Summer 1987 | 2. trim. 1987 | maio/ ago. 1989

2.2 Referência de livros Dados essenciais: Sobrenome autor (maiúsc.), nome. Título (itálico ou negrito): subtítulo. Edição (se não for a primeira). Local: editor, ano de publicação. [Dependendo da finalidade da lista (não em trabalhos acadêmicos), podem-se acrescentar informações suplementares: Coleção (entre parênteses). Número de páginas ou de volumes. Outras informações.]

2.2.1 Caso mais simples: um autor apenas

GOTTWALD, Norman Karol. As tribos de Iahweh: uma sociologia da religião de Israel liberto, 1250-1050 a.C. 2.ed. São Paulo: Paulinas, 1991.

GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1967.

2.2.2 Mesmo autor, outra obra

Substituir o nome por traço prolongado _____ (de seis espaços, independentemente do tamanho do nome substituído), seguido de ponto.

GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1967.

______. Esfinge clara. Rio de Janeiro: São José, 1962.

2.2.3 Dois autores

MORGAN, Clifford; DEESE, James. Como estudar. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1970.

2.2.4 Três autores: duas possibilidades

KATZ, Samuel; DORIA, Francisco; LIMA, Luís Costa. Dicionário crítico da comunicação. Rio de Janeiro: Terra e Paz, 1971. || ou:

KATZ, Samuel et al. Dicionário crítico da comunicação. Rio de Janeiro: Terra e Paz, 1971.

2.2.5 Mais de três autores

BECKER, Fernando et al. Apresentação de trabalhos escolares. 6.ed. Porto Alegre: Prodil, 1982.

17

2.2.6 Autoria impessoal, entidades coletivas

CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA. Tipos e aspectos do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1956.

2.2.7 Entrada pelo editor, compilador ou organizador, prescindindo do(s) autor(es)

ARCHAMBAULT, Reginald D. (Org.). Educação e análise filosófica. São Paulo: Saraiva, 1979.

2.2.8 Obra sem autor mencionado: entrada pelo título, primeira palavra em maiúsculas

RELIGIÃO e Cristianismo: manual de Cultura Religiosa. 2.ed. Porto Alegre: Instituto de Teologia e Ciências Religiosas – PUCRS, 1977.

Obs.: neste caso, o título não vai em itálico.

2.2.9 Obras em vários volumes: indicar número de volumes

INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE WÜRZBURG. Teologia para o cristão de hoje. São Paulo: Loyola, 1975-1981. 10 v.

2.3 Partes de livros Aconselha-se referenciar as obras pela parte em que se encontra citação, sobretudo em se tratando de obras coletivas ou coletâneas, para que a propriedade de cada autor seja respeitada, inclusive porque existem instâncias de qualificação de autores conforme a freqüência com que são citados nas publicações científicas. O mesmo valae para os verbtes de dicionários {2.4}.

2.3.1 Quando a parte referenciada não tem autoria especifica:

Referenciar as páginas: RAD, Gerhard von. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: ASTE, 1973. v. 2, p. 45.

ROBERT, A.; FEUILLET, A. Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1970. v. 5, p. 22.

Ou, especificando o título da parte: INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE WÜRZBURG. A resposta de Deus em Jesus Cristo. In: _____. Teologia para o cristão de hoje. São Paulo: Loyola, 1975. v. 2.

2.3.2 A parte é referenciada com autoria própria

Sobrenome autor da parte considerada (maiúsc.), nome. Título da parte (normal). In: Referência da publicação no todo (autor, título etc., como acima). Páginas da parte referenciada.

1) Volume de uma obra em diversos volumes WIEDERKEHR, Dietrich. Cristologia sistemática. In: FEINER, Johannes; LÖHRER, Magnus. Mysterium Salutis: compêndio de dogmática histórico-salvífica. Petrópolis: Vozes, 1973. v. III/ 3.

2) Secção ou parte de livro

a) Com título e autor próprios: GRELOT, P. A interpretação católica dos livros santos. In: ROBERT, A.; FEUILLET, A. Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1969. v. l, secção 3, p. 171-213.

b) Com título próprio, em obra do mesmo autor (o nome é substituído por _____.): COUTINHO, Afrânio. Simbolismo, impressionismo, modernismo. In: ______. Introdução à literatura no Brasil. Rio de Janeiro: São José, 1959. p. 207-237.

c) Com título próprio, em obra coletiva sem autoria mencionada: o primeira vocábulo do título da obra coletiva (que consta como tal na bibliografia) vai em maiúsculas:

DUPONT, Pierre. Les écrits apocryphes. In: TRADUCTION Oecuménique de la Bible: édition intégrale: Ancien Testament. Paris: Cerf, 1976. p. 1203-1223.

18

2.4 Verbetes de dicionários 2.4.1 Com autor próprio:

GENNARI, G. Segni dei tempi. In: NUOVO dizionario di spiritualità. Roma: Paoline, 1979. p. 1401-1421.

2.4.2 Sem autor próprio (entrada pelo verbete)

CEVADA. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (Ed.). Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975. p. 312.

2.5 Periódicos, coleções etc. 2.5.1 Considerados no todo (coleção)

Título (maiúsc.). Local: editor/entidade, ano do 1° vol. (e do último, se a publicação cessou). REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939- .

PERSPECTIVA TEOLÓGICA. Belo Horizonte: Departamento de Teologia - FAJE, 1969- .

2.5.2 Considerados em parte (fascículos, suplementos, números especiais etc.)

Título da coleção (maiúsc.). Título próprio do fascículo, se houver. Local: editor, volume, número, data.

CONJUNTURA ECONÔMICA. As 500 maiores empresas do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, v. 38, n. 9, set. 1983.

2.6 Artigos de revista Sobrenome do autor (maiúsc.), nome. Título do artigo. Título da revista [e do fascículo ou suplemento, se tiver título próprio] (ital. ou subl.), local [se preciso], número do volume ou tomo-ano, fascículo, páginas inicial e final do artigo, mês [ou equivalente] + ano de publicação do fascículo.

2.6.1 Com autor especificado

MOSER, Antônio. O domingo: que fazer com ele?. Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, v. 37, n. 147, p. 492-493, set. 1977. [Observe o ponto separador depois de ?]

2.6.2 Sem autor especificado (entrada pelo título do artigo)

O FUTURO da Universidade. Revista Acadêmica, Rio de Janeiro, v. 2, n. 5, p. 40-43, maio/ jun. 1970.

"NÓS nos devíamos lembrar dos pobres" (Gl 2, 10): em preparação à IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano. Perspectiva Teológica, v. 22, n. 58, p. 283-288, set./ dez. 1990. Editorial.

2.7 Artigos ou cadernos de jornais Sobrenome do autor (maiúsc.), nome. Título do artigo. Título do jornal (itálico), local, dia + mês [abrev.] + ano, página ou rubrica.

2.7.1 Com autor especificado:

GUIMARÃES, Josué. Portugal: turismo em novas dimensões. Correio do Povo, Porto Alegre, 2 mar. 1975. p. 21.

2.7.2 Sem autor especificado (entrada pelo título do jornal):

MONTENEGRO espera 400 mil visitantes no centenário. Folha da Tarde, Porto Alegre, 18 abr. 1973. p. 26.

2.7.3 Em suplemento especial com numeração própria:

DE BONI, Luiz Alberto. A crise do Clero. Correio do Povo, Porto Alegre, 3 abr. 1976. Caderno do Sábado, v. 8, n. 411, p. 12. (Catolicismo no Brasil após 10 anos de renovação, 5).

19

2.8 Trabalhos não publicados Sobrenome do autor (maiúsc.), nome. Título (itálico): subtítulo. Cidade, entidade, data. Gênero do documento.

SCHÜLER, Donaldo. A embaixada a Aquiles na estrutura da Ilíada. Porto Alegre: PUCRS, 1970. Tese de livre-docência não publicada.

SALVADOR, Ângelo Domingos. Trabalhos didáticos: normas técnicas. Porto Alegre: Instituto de Teologia e Ciências Religiosas – PUCRS, 1981. Apostila mimeografada.

2.9 Fontes informáticas Informações exclusivas da mídia eletrônica: bases de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco, programas e conjuntos de programas, mensagens eletrônicas, e.o. Elementos essenciais: autor, denominação ou título e subtítulo (se há) do serviço ou do produto, indicações de responsabilidade, endereço eletrônico e data de acesso. No caso de arquivos eletrônicos, acrescentar a respectiva extensão atribuída ao arquivo).

Arquivo em disco: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc: normas para apresentação de trabalhos. Curitiba, 7 mar. 1998. 5 disquetes 3½”, Word for Windows 7.0.

E-mail: ACCIOLY, F. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 26 jan. 2000.

Homepage institucional: CIVITAS. Coordenação de Simão Pedro P. Marinho. Desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 1995-1998. Apresenta textos sobre urbanismo e desenvolvimento de cidades. Disponível em: <http// www.gcs.net.com.br/oamis/civitas>. Acesso em: 27 nov. 1998.

Obras impressas consultadas eletronicamente devem ser referenciadas com base na forma impressa.

2.10 Recensão e citação de recensão Para referir, num outro texto, uma recensão: Sobrenome (maiúsc.) e nome do recenseador + (Rec.) + referência da obra (elementos essenciais, sem destaques, eventualmente abreviada mediante [...]) e obra na qual a recensão foi publicada.

LIBANIO, João Batista (Rec.). Palácio, Carlos. Deslocamentos da teologia, mutações do cristianismo. São Paulo, Loyola, 2001. Perspectiva Teológica, Belo Horizonte, v. 35, n. 95, p. 172-173, maio/ago. 2003.

3 EXEMPLOS E MODELOS

3.1 Exemplos de referência bibliográfica individual analisados Nestes esquemas são reproduzidos os destaques gráficos (maiúsculas, grifos, sinais de pontuação). Entre [ ]: dados facultativos. A “entrada” (pelo autor ou pelo título) fornece os elementos que aparecem na referência abreviada.

Livros

PALÁCIO, Carlos. Deslocamentos da teologia, mutações do cristianismo: a teologia aos 40 anos do Vaticano II. São Paulo: Loyola, 2001. (col. CES). BOOTH, W. C. et al. A arte da pesquisa. São Paulo: Martins Fontes, 2000. HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. FARINA, Raffaello..Metodologia: avviamento alla tecnica del lavoro scientifico. .2.ed..Zürich: PAS, 1973.... KONINGS, Johan. Vade-mécum para pesquisa e redação acadêmicas. Belo Horizonte: ISI-CES, jul. 2003. Apostila não publicada. INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE WÜRZBURG. Teologia para o cristão de hoje. São Paulo: Loyola, 1975-1981. 10v. A BÍBLIA de Jerusalém. Nova ed. rev. São Paulo: Paulinas, [1985].

20

nome título e subtítulo ed. imprenta vols. [col.] obs. PALÁCIO, Carlos. Deslocamentos da teologia, mutações

do cristianismo: a teologia aos 40 anos do Vaticano II.

São Paulo: Loyola, 2001.

(Col. CES)

BOOTH, W. C. et al. A arte da pesquisa.

São Paulo: Martins Fontes, 2000.

HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles.

Dicionário Houaiss da língua portuguesa.

Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

FARINA, Raffaello. Metodologia: avviamento alla tecnica del lavoro scientifico.

2.ed. Zürich: PAS, 1973.

KONINGS, Johan Vade-mécum para pesquisa e redação acadêmicas.

Belo Horizonte: ISI-CES, jul.2003

Apostila não publicada.

INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE WÜRZBURG.

Teologia para o cristão de hoje.

São Paulo: Loyola, 1975-1981.

10v.

A BÍBLIA de Jerusalém.* nova ed. rev.

São Paulo: Paulinas, [1985]

* Não havendo autoria, a entrada é pelo título, com a(s) primeira(s) palavra(s) em maiúsculas.

Partes de livros

ANTONIAZZI, Alberto. O legado de uma vida. In: _____ (Org.) As veredas de João na barca de Pedro. Belo Horizonte: PUC-Minas, 2002. p. 167-173. GADAMER, Hans-Georg. Dois mil anos sem um novo Deus: diálogos em Capri. In: DERRIDA, Jacques; VATTIMO, Gianni (Org.). A religião: o seminário de Capri. São Paulo: Estação Liberdade, 2000. p. 221-231. MEMÓRIA e história: entrevista com dom João Resende Costa. In: ANTONIAZZI, Alberto (Org.). As veredas de João na barca de Pedro. Belo Horizonte: PUC-Minas, 2002. p. 19-60. GRELOT, P. A interpretação católica dos livros santos. In: ROBERT, A.; FEUILLET, A. Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1969. v. 1, secção 3, p. 171-213. VIVA o Brasil. In: O BRASIL anônimo. S.l.: s.d. p. 17-28. autor título autoria obra (tít. + imprenta) parte obs. ANTONIAZZI, Alberto

O legado de uma vida. In: _____ (Org.) As veredas de João na barca de Pedro. Belo Horizonte: PUC-Minas, 2002.

p. 167-173.

GADAMER, Hans-Georg

Dois mil anos sem um novo Deus: diálogos em Capri

In: DERRIDA, Jacques; VATTIMO, Gianni (Org.).

A religião: o seminário de Capri. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.

p. 221-231.

MEMÓRIA e história: entrevista com dom João Resende Costa.

In: ANTONIAZZI, Alberto (Org.)

As veredas de João na barca de Pedro. Belo Horizonte: PUC-Minas, 2002.

p. 19-60.

GRELOT, P. A interpretação católica dos livros santos.

In: ROBERT, A.; FEUILLET, A.

Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1969.

v. 1, secção 3, p. 171-213.

Viva o Brasil In: O BRASIL anônimo. S.l.: s.d. p. 17-28.

Verbetes de dicionários

CEVADA. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (Ed.). Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975. p. 312. GENNARI, G. Segni dei tempi. In: NUOVO dizionario di spiritualità. Roma: Paoline, 1979. p. 1401-1421. autor título autoria obra (tít. + imprenta) parte obs. CEVADA. In: FERREIRA, Aurélio

Buarque de Holanda (Ed.). Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.

p. 312.

GENNARI, G. Segni dei tempi. In: NUOVO dizionario di spiritualità. Roma: Paoline, 1979.

p. 1401-1421.

Artigos em revistas VOIGT, Simão. Jesus Cristo no Novo Testamento. Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, v. 62, n. 248, p. 771-792, out. 2002. TABORDA, Francisco. Lex orandi - lex credendi: origem, sentido e implicações de um axioma teológico. Perspectiva Teológica, Belo Horizonte, v. 35, n. 95, p. 71-86, jan./abr. 2003. "NÓS nos devíamos lembrar dos pobres" (Gl 2, 10): em preparação à IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano. Perspectiva Teológica, Belo Horizonte, v. 22, n. 58, p. 283-288, set./dez. 1990. Editorial.

21

autor título nome da rev. [local] tomo fasc. parte data obs. VOIGT, Simão.

Jesus Cristo no Novo Testamento. Revista Eclesiástica Brasileira,

Petrópolis, v. 62, n. 248,

p. 771-792,

out. 2002

TABORDA, Francisco

Lex orandi - lex credendi: origem, sentido e implicações de um axioma teológico

Perspectiva Teológica,

Belo Horizonte,

v. 35, n. 95,

p. 71-86,

jan./abr. 2003

"NÓS nos devíamos lembrar dos pobres" (Gl 2, 10): em preparação à IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano

Perspectiva Teológica,

Belo Horizonte,

v. 22, n. 58,

p. 283-288,

set./dez. 1990.

Editorial

Artigos em jornais

GUIMARÃES, Josué. Portugal: turismo em novas dimensões. Correio do Povo, Porto Alegre, 2 mar. 1975. p. 21. MONTENEGRO espera 400 mil visitantes no centenário. Folha da Tarde, Porto Alegre, 18 abr. 1973. p. 26. DE BONI, Luiz Alberto. A crise do Clero. Correio do Povo, Porto Alegre, 3 abr. 1976. Caderno do Sábado, v. 8, n. 411, p. 12. (Catolicismo no Brasil após 10 anos de renovação, 5). autor título nome do

jornal local data fasc.

especial v./n. p. série / obs.

GUIMARÃES, Josué.

Portugal: turismo em novas dimensões.

Correio do Povo,

Porto Alegre,

2 mar. 1975.

p. 21.

MONTENEGRO espera 400 mil visitantes no centenário.

Folha da Tarde,

Porto Alegre,

18 abr. 1973.

p. 26.

DE BONI, Luiz Alberto.

A crise do Clero. Correio do Povo,

Porto Alegre,

3 abr. 1976.

Caderno do Sábado,

v. 8, n. 411,

p. 12.

(Catolicismo no Brasil após 10 anos de renovação, 5).

Documentação eletrônica

FAVRE, Luís. Filosofia popular. Projeto Escola Aberta, Universidade Federal de Viçosa. <http//www.ufv.br>. p. 2. Acesso em 28 jun. 2003. autor e título programa, credenciamento origem (mail, home-page

e/ou site) p. data de acesso obs.

FAVRE, Luís. Filosofia popular.

Projeto Escola Aberta, Universidade Federal de Viçosa.

<http//www.ufv.br>. p. 2. Acesso em 28 jun. 2003

3.2 Exemplo de elenco bibliográfico em ordem alfabética (com formas abreviadas e comentários) Parágrafo referência: tipo menor (Times 10), entrelinha 1 na referência e 1,5 entre as referências. Se há dúvida sobre o nome certo do autor, intercalar a forma menos usada como remissiva.

Referência integral segundo a ABNT

anotação de fonte segundo a ABNT

sigla ou abrev. “natural”

AGOSTINHO, de Hipona, Santo20. Confessionum libri XIII. Turnholit [Turnhout]: Brepols, 1990. (Corpus christianorum series latina 27)

AGOSTINHO, 1990, p. Agostinho, Conf., VI,5.21

BARREIRO, Álvaro. “Povo santo e pecador”: a Igreja questionada e acreditada. São Paulo: Loyola, 1993.22

BARREIRO, 1993, p. ... Barreiro, Povo santo, p. ...

BENTO XVI, Papa23. Exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini [...] sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. 4.ed. São Paulo: Paulinas, 2011.

BENTO XVI, 2011, p. ... VDom, n. ...

20 Nomes antigos e medievais têm forma “consagrada” no Brasil, acessível no site da Fundação Biblioteca Nacional. Para outros países, procure-se no site análogo do país em questão. Cf. também AACR2 dos EUA. Informações junto à Bíblioteca da FAJE. 21 No sistema tradicional indicam-se capítulo e parágrafo desta obra. 22 As aspas no título devem-se ao fato de representar uma citação.

22

CELAM. Ver CONSELHO EPISCOPAL LATINO-AMERICANO.24

CIRILO, de Alexandria, Santo. Dialogue sur l’incarnation do monogène [...]. In : ______. Deux dialógues cristologiques. Introduction, texte critique, traduction et notes par G.M de Durand. Paris : Cerf, 1962. p. 188-301. (Sources Chrétiennes, 97).

CIRILO, 1962, p. ... Cirilo de Alex., Diálogo sobre a encarnação, p. ...

CNBB. Ver CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL.25

COMPANHIA DE JESUS. Documentos da XXXI Congregação Geral, 1965. [S.l.: s.n.], 1967. ad usum nn. tantum.

COMPANHIA DE JESUS, 1967, p. ...

SJCongrXXXI, n. ...

CONCÍLIO VATICANO II 26. Constituciones, decretos, declaraciones, documentos pontificios complementarios. Madrid: Editorial Católica, 1965. (Biblioteca de los auctores cristianos, 252).27

CONCÍLIO VATICANO II, 1965,

p. ...

DocVatII, p. ...

[ou sigla do documento

específico + n. ...]

______. Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a sagrada liturgia. In: DOCUMENTOS do Vaticano II. Ed. bilíngue [...]. Petrópolis: Vozes, 1966. p. 255-299.

CONCÍLIO VATICANO II, 1966,

p. ...

VatII, SC, n. ...

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL [CNBB]. Diretrizes gerais da ação pastoral da Igreja no Brasil 1983-1986. 5. ed. São Paulo: Paulinas, 1983.

CNBB, 1986, p. ... DGAP, n. ...28

______. Solidários na dignidade do trabalho: texto base da Campanha da Fraternidade 1991. São Paulo: Salesiana Dom Bosco, 1991.29

CNBB, 1991, p. ... SDT [ou: DocCF 1991], n. ...

CONSELHO EPISCOPAL LATINO-AMERICANO [CELAM]. A Igreja na atual transformação da América Latina à luz do Concílio: conclusões da II Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, Medellín, 1968. Petrópolis: Vozes, 1970.

CELAM, 1970, p. ... DMedellín, n. ...

______. A evangelização no presente e no futuro da América Latina: conclusões da III Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, Puebla, 1979. Texto oficial da CNBB. Apresentação didática: J. B. Libanio. São Paulo: Loyola, 1979.30

CELAM, 1979, p. ... DPuebla, n. ...

DENZINGER, H.; SCHÖNMETZER, A. Enchyridion symbolorum et declarationum de rebus fidei et morum. 33.ed. emend. Freiburg: Herder, 1967.31

DENZINGER; SCHÖNMETZER, 1967,

p. ...

DS [ou D-S] n. ...

23 Exemplo de como referenciar obra do Papa. 24 Remissiva. Remete ao nome oficial da editoria. 25 Mesmo caso que acima, CELAM. 26 Apesar de se tratar da edição espanhola, o nome segue o uso consagrado da Fundação Biblioteca Nacional do Brasil (observe o acento em concílio!), cf. acima, anotação de Agostinho. 27 Ao referir obras em espanhol, cuidar da acentuação diferente! Menciona-se a coleção por ser de renome. Observe: em 1965, a “BAC” não é nome de editora, mas de coleção; hoje em dia é nome da editora! 28 Nos documentos referenciados deste modo indica-se geralmente o número, não a página, para facilitar a localização em outras edições do mesmo texto. 29 Travessão inicial: mesmo autor da referência anterior 30 Normalmente representada pela sigla PUEBLA ou DP (Documento de Puebla)! 31 Schönmetzer é tratado aqui como coautor. Pode-se também considerá-lo como revisor, mencionado depois do título. Normalmente siglado como D-S ou DS.

23

DENZINGER, H. Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral. Traduzido, com base na 40ª edição alemã (2005), aos cuidados de Peter Hünermann, por José Marino Luz e Johan Konings32. São Paulo: Paulinas/Loyola, 2007.

DENZINGER, 2007, p. ...

DHpt33, n. ...

GOMES, João Batista. Uma comunidade cristã em busca de identidade: a cristologia mateana [...]. 2007. Dissertação (Mestrado em Teologia) – Departamento de Teologia, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, Belo Horizonte, 2007.

GOMES, 2007, p. ... Gomes, Uma comunidade, p. ...

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Phänomenologie des Geistes. Nach dem Texte der Originalausgabe herausgegeben vom Johannes Hoffmeister. 6. ed. Hamburg: Meiner, 1952. (Philosophische Bibliothek, 114). Reprodução fotomecânica Darmstadt 1986.34

HEGEL, 1952, p. ... Hegel, PhG, p. ...

JOÃO PAULO II, Papa. Pronunciamentos do Papa no Brasil: textos apresentados pela CNBB. Petrópolis: Vozes, 1980.

JOÃO PAULO II, 1980, p. ...

João Paulo II, Pronunciamentos,

p. ...

KLOPPENBURG, Boaventura; VIER, Frederico (Org.). Compêndio do Vaticano II: constituições, decretos, declarações. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1968.

KLOPPENBURG; VIER, 1968, p. ...

CompVatII, n. ...

RAHNER, Karl. Heilige Schrift und Theologie. In: ______. Schriften zur Theologie, VI: Neuere Schriften. Einsiedeln: Benziger, 1965. p. 111-120.

RAHNER, 1965, p. ... Rahner, Schriften VI, p. ...

______. Alltäglichkeit des Lebens Jesu. In: LEHMANN, Karl; RAFFELT, Albert. Karl Rahner-Lesebuch. Freiburg: Herder, 1982. p. 195-197.

RAHNER, 1982, p. ... Rahner, Alltäglichkeit (ou:

K. Rahner-Lesebuch) , p. ...

TEODORO PRODROMO. Epigrammata in Vetus et Novum Testamentum ex editione Basileense. In: MIGNE, J.-P. (Ed.). Joannis Cinnami historiarum libri VII [...]35. [Paris]: Migne, 1864. col. 1101-1219. 36 (Patrologia graeca, 133).

TEODORO PRODROMO, 1864,

col. ...

PG 133, col. ...

TOMÁS, de Aquino, Santo. De fide. In: ______. Summa Theologiae: Pars IIª.IIae. [q. 1-16] 37. Torino: Marietti, 1948. p. 3-96.

TOMÁS, 1948a, p. ... Tomás, S.Th. IIª.IIae, q. 1-16.

______. Suma Teológica38: a fé, a esperança, a caridade, a prudência: II seção da II parte, questões 1-56. São Paulo: Loyola, 2004. v. 5.

TOMÁS, 2004, p. ... Tomás, S.Th. Iª.IIae, q. ...

______. Utrum post passionem Christi legalia possint servari sine peccato mortali. In: ______. Summa Theologiae: Pars Iª.IIae

TOMÁS, 1948b, p. ... Tomás, S.Th. Iª.IIae, q. 103,

32 A nota sobre a tradução (podendo ser abreviada) não é estritamente exigida para a identificação da obra, mas é importante para o leitor. 33 A referência â tradução portuguesa (pt) significa que o texto é citado segundo esta tradução; porém, se isso não tem importância pode-se usar a sigla DH. 34 Menciona-se tanto a data da 6ª ed., de 1952, como a da reprografia, 1986. Na anotação de fonte, só da data da edição, não da reprografia. 35 Título do volume abreviado por causa de demasiado cumprimento. 36 O livro é numerado por colunas. 37 A indicação de pars, quaestio e articulum é facultativa para ao sistema ABNT, já que a indicação das páginas permite a localização da citação na fonte. 38 Observe a diferença entre o título em português e em latim.

24

[q. 103, a. 3]. Torino: Marietti, 1948. p. ...-.... a. 3.39

______. Utrum verum et ens convertantur. In: ______. Summa Theologiae: Pars Iª. [q. 16, a. 3]. Torino: Marietti, 1948. p. ...-....

TOMÁS, 1948c, p. ...40 Tomás, S.Th. Iª, q. 16, a. 30.

3.3 Exemplo de artigo acadêmico

Entre [ ]: instruções metodológicas41

EVANGELHO SEGUNDO JOÃO: CRISTOLOGIA “DE CIMA” OU “DE BAIXO”?

Johan Konings [+ nota de rodapé com credenciais acadêmicas]

[ introdução: apresentação/exposição do tema, máx. 2 p., sem título próprio:]

Na exegese e teologia dos últimos anos foi levantada a questão se a cristologia do Quarto Evangelho é uma cristologia “de cima”, isto é, partindo da divindade de Jesus, ou “de baixo”, partindo de sua humanidade. [continuar...].

Na literatura recente costuma-se chamar de “cristologia de cima” aquele que compreende Jesus a partir de sua divindade, e “cristologia de baixo”, aquele que o compreende a partir de sua humanidade e inserção na história humana. Onde situa-se a cristologia joanina nesta alternativa? O tema é complexo, porque não apenas implica a leitura atenta dos textos joaninos, sincronicamente, mas exige também o exame, diacrônico, de possíveis influências e fontes, relacionadas com seu contexto cultural e histórico. [etc.]

Faremos o levantamento das compreensões cristológicas nos estudos sobre o Quarto Evangelho do últimos setenta anos, desde o comentário epocal de R. Bultmann. [etc.]

Num segundo momento faremos o confronto dessas cristologias e procuraremos mostrar outras maneiras de abordar o problema. [etc.]

No fim, faremos uma avaliação crítica da maneira atual de opor uma cristologia “de cima” a uma “de baixo”, mostrando seus limites e sugerindo sua superação, para o bem da exegese joanina em geral e, especialmente, na América Latina.

[ revista da literatura, abrangendo umas 5 páginas e apresentada com título específico:]

A cristologia joanina na literatura exegética desde Bultmann até hoje Desde meados metade do século XX, a exegese do Quarto Evangelho foi

dominada por alguns grandes estudos e comentários, que conservam seu valor e atualidade até hoje. Pensamos nas contribuições de R. Bultmann, R. Kaesemann, C. H. Dodd, R. Schnackenburg, J. M. Robinson, R. E. Brown, entre outros.

R. Bultmann, no seu comentário de 1941, vê no Jesus joanino traços do Revelador gnóstico. Ele relaciona o material discursivo do Evangelho segundo João (doravante: Jo) com os discursos de revelação da gnose mandeica adotados nos círculos de João Batista e aplicados a Jesus por discípulos do Batista que se tornaram cristãos (BULTMANN, 1941, p.

39 Ia.IIae (ou I-II, forma menos clara) significa: prima secundae, ou seja, 1ª parte da 2ª parte. 40 Nesta anotação e na seguinte, é preciso distinguir as três obras, todas de 1948, pelas indicações a, b e c. 41 Neste Guia usamos entrelinha 1 por economia, mas nos trabalhos sigam-se as normas gerais {1.1.1}.

25

4-5). Na base da cristologia joanina haveria, pois, uma raiz gnóstica, de onde o perfil não-mundano do Jesus Revelador que toma a palavra no Quarto Evangelho. Por outro lado, a obra joanina integraria uma fonte narrativa, chamada Semeiaquelle (“Fonte dos Sinais”), influenciada pelas histórias de milagres à moda helenista – por exemplo, em torno de Apolônio de Tiana [nota dedicada a este personagem]. Nesta fonte, Jesus apareceria como um theios anthropos segundo o imaginário helenístico, meio homem, meio deus. Estas duas fontes teriam sido integradas na forma de um “evangelho” que propõe uma cristologia da encarnação, enunciada no Prólogo (Jo 1,14) (BULTMANN, 1941, p. 38-43), aceitável ao cristianismo dominante.

Um aluno de Bultmann, R. Kaesemann, julga a cristologia joanina tão diferente da sinóptica que chamou o quarto evangelista de “herege e mártir” (KAESEMANN, 1951). Precisamente o Prólogo, na sua forma original, e o capítulo 17 revelariam uma cristologia “ingenuamente docetista”, em que Jesus é apresentado como um enviado celestial de Deus, que não se “encarna” verdadeiramente. O versículo 14 do Prólogo, que acentua a encarnação, não faria parte do texto original, que teria culminado na afirmação da filiação divina dos que acreditam em Jesus (Jo 1,12-13).

As teorias nesta linha [nota mencionando outros autores], porém, esbarram numa dificuldade, a saber, que os modelos gnósticos aos quais se referem são confirmados na literatura só a partir do II século d.C. [elaborar o argumento]

Por isso merece atenção a obra clássica de C. H. Dodd, The Interpretation of the Fourth Gospel, que confronta o pensamento joanino com o judeu-helenismo que se manifesta no I século, como, por exemplo, em Fílon de Alexandria (DODD, 1970, p. 54). Quanto às fontes, Dodd, em outra obra, situa o Quarto Evangelho numa tradição cristã de solidas raízes históricas e independente dos sinópticos (DODD, 1963).

Também os grandes comentários de R. Schnackenburg (1965) e R. E. Brown (1966) reconhecem a independência da tradição joanina, embora admitam contatos com a tradição sinóptica. [continua-se a apresentação das publicações relevantes sobre o assunto]

[passa-se à discussão, umas 8 páginas, com título especifico:]

Revelador celestial ou homem da terra? A discussão tem seu centro na questão se Jesus é um ser celeste que traz à terra

uma revelação de um mundo divino oposto ao humano, ou um verdadeiro ser humano em cuja história se manifesta e se realiza, incoativamente, o projeto salvífico de Deus. As teorias que recorrem a uma base gnóstica, evidentemente, se inclinam a ver o Jesus joanino como um enviado extraterrestre. Já as teorias que situam o Quarto Evangelho na linha do querigma, à maneira dos escritos paulinos e sinópticos, partem do homem da terra, Jesus de Nazaré, em cuja práxis se manifesta o projeto divino para com seu povo e para com a humanidade.

A favor de uma aproximação à cristologia sinóptica e paulina fala o fato de o quarto evangelista ter dado a sua obra a forma de um relato, que segue em grandes linhas o mesmo esquema que os evangelhos sinópticos, apesar das notáveis diferenças, que, por um lado, podem ser explicadas pela presença de uma tradição narrativa peculiar e, por outra, pelo projeto redacional do evangelista.

O tom “elevado” do discurso de Jesus no Quarto Evangelho não é necessariamente indício de que o evangelista considere Jesus como um ser celestial que se insinua na humanidade mediante uma encarnação que mais parece uma espécie de metamorfose. Isso seria uma maneira muito “grega” de entender a encarnação. [continuar...]

[a conclusão seja breve, sem introduzir elementos novos, ca. de 4 p.:]

26

Conclusão: por uma interpretação sárquica do envio do Filho de Deus A partir da discussão destas últimas décadas chegamos à conclusão de que o Jesus

joanino não é necessariamente um produto de uma cristologia “de cima”, mas o verus homo afirmado pela teologia patrística e em cuja práxis e palavra se revela sua glória divina, que consiste, precisamente, em viver “em carne” o compromisso com os seus até o fim, até o dom da própria vida. A auréola divina que, quase de modo ofuscante, paira sobre o Jesus do Quarto Evangelho não deve ser vista como marca de estranheza à humanidade, mas como o mistério de Deus-Amor que se revela numa existência genuinamente humana. [etc.]

Por outro lado, a reflexão sobre a cristologia joanina, entendida como um aprofundamento daquela que subjaz ao evangelho de Marcos, põe em xeque a oposição entre cristologia “de cima” e “de baixo”. [etc.]

[bibliografia como de regra – só das obras efetivamente citadas, em ordem alfabética:]

Referência bibliográfica BROWN, Raymond E. The Gospel according to John. Garden City, NY: Doubleday, [1966].

BULTMANN, Rudolf. Das Evangelium des Johannes. 10. Aufl. Göttingen: Vandenhoeck und Ruprecht, 1941.

DODD, Charles H. Historical tradition in the Fourth Gospel. Cambridge: University Press, 1963.

_______. The interpretation of the Fourth Gospel. 1. Paperb. ed. repr. Cambridge: University Press, 1970.

KAESEMANN, Ernst. Ketzer und Zeuge: zum johanneischen Verfasserproblem. Zeitschrift für Theologie und Kirche, v. 28, p. 292-311, 1950.

SCHNACKENBURG, Rudolf. Das Johannesevangelium. I. Teil: Einleitung und Kommentar zu Kap. 1–4. Freiburg: Herder, 1965.

3.4 Exemplo de resenha

Entre [ ]: orientação para os passos metodológicos

[Título, se exigido:] CRISTIANISMO E TEOLOGIA EM MUTAÇÃO [cabeçalho bibliográfico completo, com as devidas informações suplementares:]

PALÁCIO, Carlos. Deslocamentos da teologia: mutações do cristianismo: a teologia aos 40 anos do Vaticano II. São Paulo: Loyola, 2001. 137p., 19 x 12,5cm. (Coleção CES, 12). ISBN 85-15-02402-0.

[sobre o Autor e a circunstância da obra]

Carlos Palácio (nasc. 1942), jesuíta, professor no Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus (CES) em Belo Horizonte, acompanhou no tempo do Concílio Vaticano II (1962-65) as intensas discussões em torno da renovação da Igreja católica e agora, nas vésperas dos quadragésimo aniversário da abertura do Concílio, mostra-se preocupado com a involução que começa a se manifestar. [breve resumo indicativo e organização da obra:]

O livro em nossas mãos descreve as “mutações” ou mudanças profundas constatadas na teologia, por causa da “mutação” no cristianismo, nos últimos quarenta anos. apresenta três capítulos. O primeiro, “Da Humani Generis à Fides et Ratio”, esboça uma visão diacrônica desde a grande encíclica de Pio XII, em 1950, até a encíclica de João Paulo II, em 1998. O segundo capítulo, “Novos paradigmas ou fim de uma era teológica?”, é de cunho criteriológico e avalia as mudanças no modo do pensar teológico que se apresentam nas últimas décadas. O terceiro capítulo, “Teologia, magistério e ‘recepção’ do Vaticano II”

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desenvolve a problemática à luz da recepção do Vaticano II e da questão institucional. No fim encontramos um anexo: “Que lugar e que função para a teologia hoje”. [síntese temática / leitura profunda:]

O Autor pretende em primeiro lugar mostrar “a íntima relação entre a evolução da teologia, a crise do ‘cristianismo histórico’ e a desconcertante evolução da Igreja pós-conciliar” (p. 115) [anotação de página de citação formal; a referência bibliográfica está no cabeçalho]. Procura a dimensão especificamente teológica das mudanças constatadas, não apenas explicações socioculturais a partir dos últimos decênios. Que seria a “razão teológica” no atual contexto? Essa razão teológica não pode dispensar o diálogo com a cultura moderna – a qual, observe-se, já passou por considerável mudança do tempo do Concílio para cá. O próprio Concílio, no diálogo com o mundo moderno, não aplicou uma razão teológica definida para sempre, mas inventou um novo modo de fazer teologia (cf. p. 116) [anotação de página de citação informal] . O mal-estar da teologia atual vem do novo distanciamento entre a teologia magisterial e a realidade cultural. Mas este distanciamento não se deve apenas a uma “cãibra reacionária” do Magistério, mas ao fato de a própria identidade cristã ter-se tornado problemática. Não se pode pressupor uma identidade cristã monolítica. É preciso voltar a um referencial claro daquilo que é ser cristão, e esse só pode ser o Evangelho. É o caminho que o Vaticano II mostrou, distinguindo entre a “pequena tradição” (pós-)tridentina e a “grande tradição”. [avaliação crítica:]

Admirando a lucidez da análise, lamenta-se a exiguidade do espaço para assunto tão relevante e vital não só para a teologia como para a vida da Igreja. Uma discussão da teologia latino-americana, especialmente a teologia da libertação, teria sido bem-vinda. Mas estas limitações não diminuem o caráter altamente desafiador da obra.

Carlos Magno

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3.5 Folha de texto normal [1ª linha (quando não início de capítulo ou secção) a 2,5 cm da borda superior do papel]

extralinguísticos e estão relacionados diretamente com a tradição religiosa e a prática da

piedade.

A CNBB, para evitar as sensibilidades com os termos relativos à atividade sexual

ou em relação ao corpo humano, opta por uma linguagem mais científica, na busca de um tom

neutro que lhe permita registrar a expressão “relações sexuais” sem suscitar suscetibilidades

de ordem moral ou pessoal. As traduções mais clássicas como ARA e FIG utilizam

eufemismos com a mesma intenção. Veja-se, por exemplo, NTLH Lv 15,2, em que o órgão

sexual masculino é designado como “membro” e a doença “corrimento do membro”, com

terminologia médica; e NTLH Lv 15,16, em que o sêmen vira “esperma”.

A fidelidade na tradução bíblica exige uma série de equivalências: a semântica, a

do sentido42 e a da significação. Literalidade não é sinônimo ou garantia de fidelidade, assim

como a antiguidade de uma tradução ou versão não assegura maior acuracidade ou menor

interferência teológica. Como ser fiel em tantas dimensões sem ferir uma ou outra? É

exatamente o dilema trazido nas palavras de Rabi ben Ilai: traduzir literalmente é uma farsa, e

qualquer ajuste que se faça é uma blasfêmia.

Em termos da prática da piedade, em um universo religioso laico, em uma

sociedade com profundas desigualdades sociais e marcadamente pobre, pode se questionar se

seria possível considerar que uma tradução “fiel” da Bíblia seria aquela que restituiria um

conhecimento histórico estanque e exótico e que o zelo pela fidelidade mantivesse o texto em

situação inacessível, hermético por suas escolhas vocabulares, estilísticas e discursivas.

O questionamento se remete ao dilema colocado por Friedrich Schleiermacher: a

quem ou a que se reporta a fidelidade? Pode-se, dessa maneira, questionar se a possibilidade

de se encontrar um sentido no texto sagrado, a possibilidade de uma kenosis que permita a

identificação com os testemunhos bíblicos e que estabeleça a condição de possibilidade para

um kairós no encontro com a Trindade e com o outro, que é também o Corpo de Cristo.

A tradução só acontece porque há uma experiência revelatória da diferença: há

outra língua e outra cultura, tempo e condições. Há diferenças e semelhanças. A tradução

como acontecimento revela o double bind: a necessidade e a impossibilidade da sua

realização. Com esse conceito, Derrida questiona os modelos clássicos de se perceber a tradu-

42 BABUT, Lire la bible en traduction, p. 32.

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3.6 Folha de texto com título de capítulo <margem esq. a 3cm margem dir. a 2cm>

[Título de capítulo ou secção primária (centralizado, a 6cm da borda sup.)]

3. METODOLOGIA

[Início do texto de capítulo ou secção primária (9 cm da borda sup.)]

Maiores informações sobre a redação e apresentação de textos encontram-se no

Guia publicado pela FAJE43 e nos reconhecidos manuais de redação científica, principalmente

de A.J. Severino44 e de J.L. França45.

É preciso que se desmarquem todos os itens de auto-correção dos programas

Word/Office, pois introduzem automaticamente maiúsculas em algumas palavras,

transformam “1a” em “1ª” etc.

Para fazer o índice analítico (sumário) automaticamente, é preciso que os

subtítulos, e só eles, sejam formatados no estilo “título” (Título 1, Título 2 etc.).46

Quanto às citações, cabe lembrar que

[...] a ABNT [...] distingue entre citação direta (a literal), citação indireta (síntese da passagem) e citação de citação. Neste último caso, há uma transcrição direta ou indireta de um texto do qual não se teve acesso ao original.

A citação direta, quando superar as três linhas, deverá ser destacada com recuo de 4cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas.47

O programa Word separa automaticamente as notas, do texto, por um traço de

meia-largura. Quando a nota continua na próxima página, o traço se estende sobre a linha

inteira.

Bom trabalho!

43 FACULDADE JESUÍTA DE FILOSOFIA E TEOLOGIA. Guia para pesquisa e redação. Belo Horizonte:

FAJE, 2007. Apostila. <http://www.faculdadejesuita.edu.br/formularios/guia0704abrev.pdf>. Acesso 20 maio 2007.

44 SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 24.ed. rev. de acordo com a ABNT São Paulo: Cortez, 2005.

45 FRANÇA, Júnia Lessa; VASONCELLLOS, Ana Cristina de. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 8.ed. rev. Belo Horizonte: UFMG, 2007. – Boa apresentação das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

46 Cf. FACULDADE ..., op. cit., #II-8.8. 47 RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. São Paulo:

Loyola, 2002. p. 89.

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ORIENTAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS PARA O ESTUDO

FRANÇA, Júnia Lessa; VASCONCELLOS, Ana Cristina de. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 8. ed. revista e ampliada. Belo Horizonte: UFMG, 2007.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. de acordo com a ABNT. São Paulo: Cortez, 2005.

SILVA, José Maria da; SILVEIRA, Emerson Sena da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas. 2. ed. atualizada de acordo com as normas da ABNT. Petrópolis: Vozes, 2007.