GUIA - Uma Noite Blues

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GUIA - Uma Noite Blues

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bluesUma noite

Um espaço para celebrar a música

Capa:Lauri Eduardo

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Na minha infância, no interior do Rio Grande do Sul, em uma cidade onde a Folha de São Paulo de domingo che-gava na terça-feira (quando chegava...), um dos mistérios do já distante ano de 1986 era saber quando o cometa Halley passaria em um ponto razoavelmente próximo da Terra (para os padrões cósmicos, obviamente). E, na nos-sa ingenuidade de crianças/recém-adolescentes, o temor maior era de que o Halley cruzasse os céus na madrugada, quando estaríamos entregues a Morfeu, o deus do Sono. No dia seguinte, caso isso acontecesse, restaria apenas ou-vir de amigos e familiares algo como 'quem viu, viu'. Uma Noite Blues em Guarapuava é um tanto isso. Ainda que, na realidade, sejam três noites (7 a 9 de novembro), será um evento Halley. No sábado, quem viu, viu.

Fruto de mentes inquietas, do ponto de vista cultural, Uma Noite Blues certamente não arrebatará uma multidão e, pior (ou melhor), dificilmente um grupo razoável de fãs irá esperar os músicos após as apresentações para tirarem fotos. Isso é coisa para Amado Batista e sua legião de fãs que, tempos atrás em Guarapuava, lotaram o saguão de um hotel do centro da cidade em plena madrugada.

Quem viu, viuMas é provável também que Uma Noite Blues en-

tre para a história da cena musical local. Que assim seja, como uma espécie de aperitivo para algo ainda maior que está sendo planejado para 2013. Anderson Costa, o líder de Uma..., já foi um adolescente com o cabelo arrepiado que fazia lembrar um dos garotos do Mamonas Assassinas. Também criou e editou o mais revolucionário caderno cul-tural de um jornal paranaense dos últimos 20 anos, o Alt, editado em Cascavel. Agora, joga-se à plateia com esta ini-ciativa ímpar, que já seria louvável se fosse em uma capital. Em se tratando de uma zona interiorana, mais ainda.

Guarapuava, vale dizer, tem excelentes músicos e óti-mos eventos na área. O Festival da Canção da Unicentro at-esta isso, com suas categorias Interpretação e Composição. Mas, há de se reconhecer, Uma... é como uma flor rara em um bonito jardim. Neste cenário, acabo lembrando de Paulo Leminski – isso de ser exatamente o que se é ainda vai nos levar além. Uma Noite Blues, podem apostar, é só começo deste levar além. No final da noite da sexta (9), quando dos últimos acordes, poderemos dizer, com satis-fação: quem viu, viu.

Por Márcio Fernandes

Quem viu, viuU

ma

jam

azu

lO trabalho nas plantações impõe uma rotina difícil aos roceiros;

para tentar remediar o momento surgem algumas batidas envolvendo machado e braço.

Em maioria negra, descendente da matriz africana, trocam o machado pelo violão, pela gaita, pelo berimbau, enfim pela melodia que representa a opressão.

O cenário ganha vida nos pequenos bares, quando a batida faz ferver o sangue de marginais e mulheres que gostavam de

Quem viu, viuMarcio Fer-nandes

dançar. Instrumento e trabalhador numa interação que desafia a transcendência, quando não o pacto com o diabo se faz necessário numa encruzilhada qualquer.

O ritmo ganha filhos e dispersão, mas sem perder a subversão.

O blues está na roda de capoeira, no circulo de viola do agricultor, nas vielas do subúrbio nas quais se mantém uma tradição, uma raiz. Blues é um sentimento, uma atmosfera, uma reflexão.

Bem-vindo a Uma Noite Blues.

O que é blues? Não há como simplifi car uma cultura, um processo histórico. Há pista para quem quiser seguir, e encruzilhadas, nesse caso, esperando por alguém que faça o pacto e sinta o coração fi car azul.

Os negros levados para trabalho escravo nas plantações de algodão norte-americanas são os personagens centrais dessa narrati va. O violão era o instrumento mais acessí-vel (3 dólares) para que usassem em lugar dos batuques e atabaques. O negro expropriado de sua cultura, terra e espiritualidade. O negro vivendo sob a batuta dos grandes colonizadores franceses, ingleses e espanhóis.

Nas lavouras entoavam shouts (canto-lamento) e can-tos de trabalho, marcando o tempo com as grandes serras cortando árvores, ou rachando a pele sob o sol enquanto enchiam sacos com algodão.

O cenário é precedente ao jazz. Dali dos elementos do blues é que surgiram o jazz, o boogie woogie, e até o rock n’ roll. Aliás, ouvindo o som da escala pentatonica (dó, ré,

mi, sol, lá e dó), tí pica do blues, percebe-se que este sen-ti mento azul está presente em muito da música ocidental até os dias de hoje. Rolling Stones, por exemplo, é uma banda profundamente infl uenciada pelo blues, começan-do pelo nome: ‘pedras rolando’, que vem de um blues ho-mônimo de Muddy Waters, que falava sobre pedras que rolam e não criam limbo.

A MENSAGEMO blues é feito da vida coti diana, da tristeza diária, da

dor, da superação, da esperança, do amor, da espiritualida-de... é o grito do povo negro, colonizado, e de todas as mi-norias que se identi fi cam com essa condição embaraçosa de servidão. Todos eles sentem o blues.

O poeta Paulo Leminski, na biografi a sobre outro po-eta, Cruz e Souza, exemplifi ca o blues como aquele sen-ti mento que surge quando se está bem com a namorada, com seus vinte e poucos, se está bem com a família, não há necessidades urgentes no coti diano e mesmo assim

Algumas notas azuis sobre o blues BLUES Por Kaio Miotti

sente-se uma tristeza devoradora no peito. Isso é o blues, segundo Leminski.

As mulheres, aliás, são sempre citadas nas canções blues, não somente na relação homem/mulher, mas mu-lher como metáfora dos senhores escravagistas. ‘Oh, a minha mulher é um demônio, se eu brigar com ela vou pra forca’; está aqui uma expressão comum no blues, pois aqui a mulher, em verdade, é o patrão que enforca o escravo se ele não trabalhar o necessário ou reclamar de qualquer coisa. Há até uma canção clássica da época chamada Strange Fruit, que fala sobre quando amanhece e lá estão penduradas as estranhas frutas, que eram os negros enforcados durante a noite por serem considera-dos subversivos à escravidão.

O blues dribla a tristeza falando de tristeza, algo assim.Outra expressão corrente no blues é “pôr a cabeça nos

trilhos e se acalmar ouvindo o barulho do trem”. Ora, ‘se segura que as coisas não estão fáceis, e podem piorar. En-tão, se puder, cante’. O que lembra um encontro que ti ve com um guitarrista de blues chamado Fábio Brum, que me disse: “se cair, caia ati rando.” Brum foi guitarrista da banda Bêbados Habilidosos, do Mato Grasso, e conti nua rasgando seus bends (técnica oriunda do blues) nas ban-das Made in Brazil e Saco de Ratos, de rock’n blues.

Por falar em Brasil, sabe qual a semelhança do Berim-bau com o slide do blues? Não apenas o povo, a raça, mas a música como traço de identi dade cultural. Nos EUA, tem-pos próximos ao da escravidão, negros que conseguiam suas casas, amarravam um fi o de arame na verti cal, en-tre o beiral e a cerca, e tocavam com um pedaço de ferro melodias próprias para os spirituals e outros blues. Ora, o berimbau usa arame na confecção igualmente. Coincidên-cia histórica ou não, vê-se aí uma autenti cidade inexti nguí-vel por qualquer que seja a opressão. Leminski mesmo, na obra citada, dá nome ao segundo capítulo de Blues e Souza, para mostrar as semelhanças de um povo, de uma cultura. A condição do negro trazido de sua terra foi a mes-ma: imposição cultural de um lado, dribles para conservar as raízes de outro. É a tristeza de quem foi ti rado de seu lar e levado para uma existência servil numa terra desconhe-cida. E o blues sobrevive.

Assim, feito um rápido apanhado de pistas sobre esse canto de dor e glória, há que se saber que o blues é feito para dançar também, e não de qualquer jeito. Na cultura do negro blues, o corpo é uma extensão da música, um instrumento mesmo. Aí está toda a sensualidade de uma existência, o tesão em se contar a história de corpo e de alma, com notas tristes, entre a dor e a alegria.

Berendt, J.E. - O Jazz: do Rag ao Rock. SP: Perspecti va,1987.

Leminski, Paulo. - Cruz e Souza: o Negro Branco.

Pelos tempos do bluesA trilha sonora do Delta do Mississipi

Um resumo para entender a trajetória do blues

O blues é eletrificado em Chicago

> Pré-1920: o blues é o grito de lamento dos ne-gros nos campos de trabalho;

> 1920: Charley Patt on é apontado como o pri-meiro músico dedicado exclusivamente ao blues;

> Outros nomes importantes surgem: Son House, Blind Willie Johnson, Tommy Johnson e Leroy Carr são alguns deles;

> Canções como Catf ish Blues e John The Re-velator ganham várias versões. Eram temas muito populares na época;

> 1930: surge Robert Jonhson, com um esti lo mui-to próprio, mas com signfi cati va infl uência de Son House e Willie Brown. Morreu aos 27 anos, segun-do a lenda, ao tomar um whisky envenenado pelo marido de uma de suas amantes. Entre 1936 e 1937, gravou 29 canções, que se tornaram lendárias.

> No fi nal dos anos 30, início dos 40, começam a aparecer as primeiras bandas de blues, de Sonny Boy Williamson e Big Bill Broonzy.

> T-Bone Walker eletrifi ca os acordes do blues, iniciando um grande revolução no gênero, manten-do o esquema de 12 compassos de melodia e os solos livres de acompanhamento, puro improviso;

> A população negra do sul dos Estados Unidos come-ça a migrar do Delta do Mississipi para Chicago, em busca de melhores condições de vida;

> John Lee Hooker também eletrifi ca sua guitarra e é um dos precursores do blues de Chicago. Ficou conheci-do pelo esti lo ‘falado’ de cantar.

> Muddy Waters é o primeiro a eletrifi car todos os instrumentos de uma banda de blues e, com seu som intenso, poderoso e altamente criati vo, se tornou o bluesman mais conhecido no exterior, tendo infl uenciado bandas como The Doors, The Beatles, Yardbirds, Rolling Stones e Led Zeppelin;

> Willie Dixon se torna o ‘poeta do blues’, sendo conhecido nacionalmente por suas composições que se tornaram hinos, como Hoochie Coochie Man, Spoonful e You Shock Me;

> Howlin’ Wolf apresenta uma musicalidade marcan-te, um blues mais swingado. Sua voz rouca, seu esti lo de tocar guitarra e gaita foram fortes infl uências de músicos como Eric Clapton, Jeff Beck e Stevie Ray Vaughan;

> BB King ganha destaque pela maneira de frasear o blues na guitarra solo. Seus vibratos se tornaram marca registrada, da mesma forma que sua voz de tenor;

Nos 50 e 60, do blues surge o rock, e conquista os britânicos

Nos 70 tem a disco, nos 80 o blues retorna

O blues está por aí

> Muddy Waters é reconhecido como o responsável por levar o blues para Londres no inicio dos anos 50;

> Chuck Berry, muito infl uenciado por Waters, dá o empurrão que faltava para o rock;

> Elvis Presley leva o blues aos brancos em forma de rock dançante;

> Com muitas característi cas do Blues de Chicago, surgem muitas bandas de blues-rock, como os Stones e Yardbirds; e mais tarde Cream e Led Zeppellin;

> O blues britânico ganha força com o John Mayall and the Bluesbreakers, que revelou músicos como Eric Clapton (Cream), Peter Green (Fleetwood Mac) e Mick Taylor (Stones);

> Em 1963 é realizado o Newport Folk Festi val, onde muitos nomes importantes do blues norte-americano se apresentam ao lado de musicos britânicos, consoli-dando o gênero no país;

> Nos Estados Unidos, Creedence, The Doors, Bob Dylan, Janis Joplin e Jimmi Hendrix, com bases profun-das no blues, levam o rock ao estrelato;

> Arti stas consagrados do blues, como Buddy Guy, Albert King e Freddie King, começam a incorporar o rock nas suas músicas.

> A discoteca chegou com tudo nos anos 70, e fez com que o blues, durante toda a década, fi casse em segundo plano;

> O texano Stevie Ray Vaughan acendeu novamen-te o interesse pelo blues nos anos 80. Mesclando o som clássico de Chicago - de Albert King e Howlin’ Wolf - à pegada de virtuose de Jimmi Hendrix, Vau-ghan desenvolveu um esti lo próprio que chamou muita atenção e o fez famoso;

> Em quatro álbuns seguidos, Vaughan regravou clássicos do blues, em leituras que vão do cool jazz ao funk rock e à soul music;

> Essa reviravolta fez com que grandes arti stas do blues voltassem à ati va, como Rosco Gordon, Bobby Rush, BB King e Buddy Guy. Esses dois últi mos têm feito turnês mundiais, com shows lotados, inclusive com apresentações recentes no Brasil.

> Além desses músicos consagrados, novos arti stas tem reforçado o ti me blues. Keb’Mo’, Joe Bonamassa e Warren Haynes são alguns deles;

> No Brasil, Celso Blues Boy, Blues Etí licos, Nuno Mindelis, Zé Preti nho, Big Allanbik estão entre as referências;

Você começou a tocar blues nos anos de 1970; portanto, um pioneiro no Brasil. Como você avalia a evolução do gênero no país?

Antes de tudo, um artista como eu que faz rock e blues é diferenciado de alguém que toca apenas blues. Mesmo porque eu comecei a fazer sucesso com a explosão do Rock Brasil. A verdade é que não existia uma cena de blues quando eu comecei a tocar e hoje em dia eu vejo com satisfação que para todo canto que a gente vai tem bandas de blues. Alguns anos atrás isso era uma coisa que não existia. Então, eu acho que [o blues] está cada vez mais se solidicando.

Você já gravou com B. B. King a música “Mis-sissipi” (do álbum “Indiana Blues”). Ele é consi-

derado uma das lendas vivas do blues. O que ele representa de fato para a música?

Ele é o astro do blues mais famoso mundialmen-te. Não tem ninguém que se compare à importância dele, tanto na mídia quanto para esse ti po de música.

Na história do blues nos Estados Unidos, geral-mente o gênero é classificado em duas vertentes: o estilo de Nova Orleans, mais triste e acústico (predominância do violão), e o de Chicago, mais rápido e elétrico (predominância da guitarra). O que você acha desses dois estilos?

Pra dizer a verdade, eu não gosto muito dessa nomenclatura. Mesmo porque o blues é algo que sai da alma, do coração, do espírito. E fi car classi-fi cando, embora todo mundo classifi que, não faz

Morto no dia 6 de agosto de 2012, vítima de um câncer, o guitarrista brasileiro Celso Blues Boy era uma lenda do rock/blues feito no Brasil. Em uma entrevista de 2010, inédita em jornal, o músico fala sobre blues e sua carreira.

e o coração do blues

BoyO

Blues

Por Cristiano Martinez

muito senti do. Porque é uma coisa puramente de alma. O blues, na verdade, é um estado de espírito: tanto pode ser alegre, triste etc.

Do seu repertório, gostaria que você me falasse sobre o processo de composição de “Tempos Difíceis” (“O tempo passou, mas estamos na mesma estrada. Escuto promessas, mentiras que não dão em nada. E eles dizem que tudo. Ainda vai mu-dar. Que os tempos difíceis irão acabar”)

Eu fi z essa música nos anos de 1970. A gen-te vivia a época da ditadura militar. Lembro que fi z a harmonia de maneira muito rápida. Agora, analisando, talvez fosse a minha visão da épo-ca, do que eu poderia fazer para suportar.

Pra terminar, você encontra no Brasil algu-ma referência interessante para o blues?

Poderia te dizer várias pessoas, guitarristas etc. Tem um gaitista, o Jeferson Gonçalves; tem muitos. Agora, o que falta ao blues no Brasil é um pouco mais de trabalho autoral, e produzido em língua portuguesa. Para o público se identificar, precisa ser cantado em português. Por isso, o blues ainda não atingiu o ponto máximo que poderia chegar. Meu caso, por exemplo: durante muitos anos fiquei sozinho, compondo e cantando em português. Hoje em dia, eu vejo alguns começando um trabalho autoral. Antes tarde do que nunca.

(Texto publicado originalmente na edição de 11 e 12 de agosto de 2012, do jornal Diário de Guarapuava)

Discografia de Celso Blues Boy

- SOM NA GUITARRA (1984) - MARGINAL BLUES (1986)

- CELSO BLUES BOY 3 (1987) - BLUES FOREVER (1988)

- QUANDO A NOITE CAI (1989) - AO VIVO - CELSO BLUES BOY (1991)

- INDIANA BLUES (1996) - NUVENS NEGRAS CHORAM (1998)

- VAGABUNDO ERRANTE (1999) - QUEM FOI QUE FALOU QUE ACABOU

O ROCK N’ ROLL? (2008) - POR UM MONTE DE CERVEJA (2011)

Projeção de blues

The Blues Brothers Dir: John Landis

(1980)

Cadillac Records Dir: Darnell Martin

(2008)

Black Snake Moan Dir: Sraig Brewer

(2006)

The Blues Dir: Martin Scorsese

(2003)Crossroads

Dir: Walter Will (1986)

O cinema adora o blues. São inúmeros os filmes e

documentários que abordam esse gênero musical, das mais diferentes formas e

com foco nos mais diversos momentos históricos. Por

isso, nós fizemos uma pequena seleção pra você.

Pra entender o blues ouvindo

Coloque os discos pra tocar e relaxe. Feche os olhos e deixe as melodias te invadir e conquistar. Esses são fragmentos de uma história que você vai gostar de ouvir. Robert Johnson

King of The Delta Blues(1962)

Stevie Ray VaughanTexas Flood

(1983)

Buddy GuyA Man and The Blues

(1968)

Uma noite com Nasi e os Irmãos do Blues

(1993)

Blues Eti licosSan-Ho-Zay

(1990)

ORGANIZAÇÃO

AGRADECIMENTOS

{

{NPCinema Núcleo de Produção e Pesquisa em Cinema

GCC - Grupo Círculo de Conversas sobre Linguagem, Comunicação e Artes

Beer’s HouseLanches e Delivery

REALIZAÇÃO

APOIO

O Uma Noite Blues foi organizado por um grupo de amigos e apaixonados pelo Blues.

* Nomes por ordem alfabéticaAnderson Costa, Carlos Mazepa, Cristiano Martinez, Francismar Formentão, Kaio Miotti, Lauri Eduardo, Lucas Fonseca Guerra, Lucas Rudiero, Luis Gustavo Cordeiro, Thiago Cordeiro, Vinícius Comoti, Vinicius Maranhão.

São muitos e as ausências seriam inevitáveis, por isso, agradecemos a todos que se envolveram no projeto, tanto na organização quanto nas apresentações musicais. Em especial, a Caio Viante, Paulo Alexandre Laskoski, Ronald Gomes Cubis, todos os integrantes da Banda Pedregulho, Márcio Fernandes, Clério Back, Lourival e Eufrey (da Unicentro).

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Não me peça pra ter certezaDo que eu quero fazerNem peça que eu pareQue eu pare de beber

Não me peça que eu tome jeitoQue eu seja um cara responsável

Pois quando bate a solidãoEu fico mesmo imprestável

Não me peça pra fazer a coisa certaSe a dor vem de madrugada

Que eu faço mesmo a coisa errada

Não me peça pra fazer o que é certoNesta triste madrugada

Qu eu faço sempre a coisa errada

Soneto Blues (sempre a coisa

errada)Por Marcio Fraga de Oliveira

AGRADECIMENTOSbluesUma noite

Muito obrigado por sua participação!

E até a edição do ano que vem!

{

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http://npcinema.tumblr.com