Guia Versão Azul Final

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  • 1 do Professor EADGUIA

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  • 4PRESIDENTE DA REPBLICADILMA VANA ROUSSEFFMINISTRO DA EDUCAOALOIZIO MERCADANTE

    SISTEMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

    DIRETORIA DE EDUCAO A DISTNCIA DACOORDENAO DE APERFEIOAMENTO DEPESSOAL DE NVEL SUPERIOR - CAPESJOO CARLOS TEATINI DE SOUZA CLMACO

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DOCENTRO-OESTE - UNICENTRO

    REITORAldo Nelson BonaVICE-REITOROsmar Ambrsio de SouzaPR-REITORA DE ENSINOMrcia Terezinha Tembil

    COORDENADORAUAB-UNICENTROMaria Aparecida Crissi KnppelCOORDENADORA ADJUNTAUAB-UNICENTROJamile Santinello

    SETOR DE CINCIA HUMANAS, LETRAS E ARTES

    DIRETORCarlos Eduardo SchipanskiVICE-DIRETORAdnilson Jos da Silva

    COMIT EDITORIAL DA UABAldo Nelson Bona,Edelcio Stroparo,Edgar Gandra, Jamile Santinello,Klevi Mary Reali,Margareth de Ftima Maciel,Maria Aparecida Crissi Knppel,Rafael Sebrian, Ruth Rieth Leonhardt.

    RESPONSVEL PELA CONFECO DO GUIA

    EQUIPE UAB

  • 5 do Professor EADGUIA

    PRESIDENTE DA REPBLICADILMA VANA ROUSSEFFMINISTRO DA EDUCAOALOIZIO MERCADANTE

    SISTEMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

    DIRETORIA DE EDUCAO A DISTNCIA DACOORDENAO DE APERFEIOAMENTO DEPESSOAL DE NVEL SUPERIOR - CAPESJOO CARLOS TEATINI DE SOUZA CLMACO

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DOCENTRO-OESTE - UNICENTRO

    REITORAldo Nelson BonaVICE-REITOROsmar Ambrsio de SouzaPR-REITORA DE ENSINOMrcia Terezinha Tembil

    COORDENADORAUAB-UNICENTROMaria Aparecida Crissi KnppelCOORDENADORA ADJUNTAUAB-UNICENTROJamile Santinello

    SETOR DE CINCIA HUMANAS, LETRAS E ARTES

    DIRETORCarlos Eduardo SchipanskiVICE-DIRETORAdnilson Jos da Silva

    COMIT EDITORIAL DA UABAldo Nelson Bona,Edelcio Stroparo,Edgar Gandra, Jamile Santinello,Klevi Mary Reali,Margareth de Ftima Maciel,Maria Aparecida Crissi Knppel,Rafael Sebrian, Ruth Rieth Leonhardt.

    RESPONSVEL PELA CONFECO DO GUIA

    EQUIPE UAB

  • 6EQUIPE DE PRODUOMaria Aparecida Crissi Knppel;

    Anderson Antikievicz Costa;Andressa Rickli;

    Ariane Carla Pereira;Espencer vila Gandra;

    Jeferson Uchak;Manuela Weissbock Eckstein;

    Marcio Jos Winchuar.Mariana Estevam;

    Mauricio Adriano Teixeira;Rodrigo Fvaro;

    Ruth Rieth Leonhardt;Tony Alexander Hild.

    REVISO TEXTUALRuth Rieth Leonhardt;

    Daniela Leonhardt.

    PROJETO GRFICO E EDITORAODesire Paschoal de Melo;

    Thais Alberichi;Espencer vila Gandra.

  • 8APRESENTAcaO

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    APRESENTAcaO

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    O Ncleo de Educao a Distncia NEAD/UNI-CENTRO, comprometido com a filosofia e os propsitos da Instituio, caracteriza-se por ter a atualizao e o aperfeioamento do trabalho como metas continuamente construdas e reconstrudas.

    No perodo em que a modalidade de ensino a distncia ofertada pela Universidade, muitas aes, arranjos e mudanas de rumo mostraram-se exign-cias improrrogveis, apontadas e constatadas nas avaliaes.

    Quando se pensa a educao a distncia-EaD sobrepe-se o fato que ela um processo de educa-o e, assim entendida, um comprometimento entre aquele que se dispe tarefa e os sujeitos da ao educativa, fato que no se reduz duplicidade de agentes, mas, cada vez mais, compreende mltiplos setores da sociedade, teorias, metodologias, tcnicas e tecnologias e, nesse sentido, no difere da educao

    APRESENTAO

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    presencial.As diferenas entre a educao presencial e a educa-

    o a distncia, relativas proximidade ou distanciamento dos atores, s formas como os contedos so apresentados, s estruturas fsicas das salas de aula, maior exigncia de autonomia do estudante, remetem adequao dos proce-dimentos para a superao de alguns entraves que surgem, mais em funo de modos de pensar bastante arraigados e resistncias pessoais e culturais com relao a um processo que, paulatinamente, se institucionaliza. Superar os obst-culos, aplainar as diferenas possvel desde que haja, por parte dos envolvidos, a inteno e a resoluo de encontrar e propor modos diversificados de atuar.

    A constatao de muitas dificuldades encontradas por professores preparados para atuar no ensino presencial e acostumados com a sala de aula tradicional, pautada pela in-terao cotidiana professor-aluno, pela facilidade de percep-o de resultados do trabalho, e que se propem a atuar no ensino a distncia, induz a equipe pedaggica da Universida-de Aberta do Brasil UAB/UNICENTRO a apresentar esse texto que objetiva servir de guia para a preparao do material ne-cessrio para os cursos nessa modalidade.

    A primeira questo a ser colocada ao professor do ensi-no a distncia a necessidade de preparao antecipada de todo o material que utilizar para ministrar suas aulas. Se, na aula presencial, ao professor possvel, individualmente, pre-parar cada contedo e o material a ser utilizado medida que a aula ser ministrada, na aula virtual esta possibilidade de-saparece frente necessidade de apresentar, previamente, todo o material do curso, para ser ajustado ao espao virtual.

    Apesar de ser a autonomia do aluno a principal exign-cia para a aprendizagem a distncia, compete ao professor oferecer a ele as condies bsicas para exercitar essa auto-nomia, desenvolver as habilidades e competncias previstas e atingir os objetivos pretendidos.

    No NEAD/UAB/UNICENTRO o material bsico a ser soli-citado do professor compreende um livro texto (impresso ou e-book) contemplando o contedo da disciplina, inserido na

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    grade curricular, de acordo com a ementa, planos de ensino, vdeoaulas, webconferncias, avaliaes e orientaes aos tutores. Considerando que esse material ultrapassa a ativida-de individual do professor e exige o trabalho de equipes tc-nicas especializadas em diferentes mdias, faz-se necessrio o planejamento e preparao antecipados e entrega, com v-rios meses de antecedncia, para que, quando a disciplina for disponibilizada no espao virtual, todo o material do professor esteja devidamente produzido.

    O material elaborado pelo professor recebe a identidade visual do curso a que se destina, trabalho j projetado, criado e produzido pela equipe multidisciplinar do NEAD/ UAB/UNI-CENTRO.

    Esse guia um manual de orientao para o professor que assume o ensino a distncia como uma outra maneira de exercitar o processo ensino-aprendizagem.

    Equipe NEAD/UAB/UNICENTRO

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    SUMRIO

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    SUMRIO

    APRESENTAO..............................................................11

    1 CONSIDERAES TERICAS..........................................19

    1.1 UM OLHAR PARA O PROFESSOR, O ALUNO E O TU-TOR: SUJEITOS AGENTES DA EAD ...................................19

    1.2 ACOMPANHAMENTO PEDAGGICO ........................24

    1.3 DESIGN GRFICO ....................................................28

    1.4 SITE NEAD ...............................................................35

    2 INFORMAES PRTICAS.............................................39

    2.1 PRODUO DO LIVRO DIDTICO .............................39

    2.2 E-BOOK ....................................................................51

    2.3 UDIOS E VDEOS.....................................................54

    2.4 WEBCONFERNCIA....................................................58

    2.5 A ORGANIZAO DO SETOR PEDAGGICO DO NCLEO DE EDUCAO A DISTNCIA DA UNICENTRO ..................58

    2.6 O TRABALHO PEDAGGICO COM O PROFESSOR PARA O CAMPO DA PRTICA - A PLATAFORMA MOODLE..............62

    3 INFORMAES TCNICAS.............................................67

    3.1 ESTRUTURA PARA LIVRO E E-BOOK ..........................67

    3.2 MAPA DA DISCIPLINA ...............................................70

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    SUMRIO

    3.3 PROVA PRESENCIAL..................................................75

    3.4 PLANO DE ENSINO ....................................................80

    3.5 ESTRUTURA PARA AUDIOAULA .................................81

    3.6 ESTRUTURA PARA VIDEOAULA..................................81

    3.7 ESTRUTURA PARA WEBCONFERNCIA .......................84

    3.8 CONFIGURAES DE UDIO .....................................87

    3.9 CONFIGURAES DE VDEO .....................................88

    ANEXOS...........................................................................93

    ANEXO I - INSTRUO NORMATIVA - N 002/2011........93

    ANEXO II - INSTRUO NORMATIVA - N 003/2012 ...........95

  • APRESENTAcaO

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    APRESENTAcaO

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    ,

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    CONSIDERAES TERICAS1.1 UM OLHAR PARA O PROFESSOR, O ALUNO E O TUTOR:

    SUJEITOS AGENTES DA EAD

    A modalidade de ensino a distncia vem ocupando um terreno significativo no cenrio da educao nacional, principalmente no que tange ao ensino em nvel superior. Isso ocorre devido ao diferencial me-todolgico, prtico e acessvel, que ultrapassa barreiras e destaca-se em diversas reas do conhecimento. Tendo em vista a importncia do processo de ensino e aprendi-zagem, o objetivo, nesse texto, pensar o perfil do profes-sor, do aluno e do tutor da EaD, uma vez que esses sujei-tos so considerados essenciais para o desenvolvimento e a constituio dessa modalidade de ensino.

    De acordo com Alves (2009)1, a educao a distn-cia no Brasil tem uma trajetria significativa, pois, mesmo existindo momentos de estagnao, provocados pela au-sncia de polticas pblicas, em mais de cem anos foram criados programas bastante conceituados, que contribu-1 Sobre este conceito ver ALVES, Joo Roberto Moreira. A histria da EaD no Brasil. In: LITTO, Fredric Michael; FORMIGA Manuel Marcos Maciel (org.). Educao a distncia: o estado da arte. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

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    ram com a expanso da modalidade, favorecendo, principal-mente, cidados que no tinham acesso educao. Nesse sentido, o que h, na atualidade, o reflexo de um grande perodo de conquistas e inovaes.

    Por esse enfoque, os questionamentos, nesse texto, so centrados em uma educao a distncia na era digital, ou seja, pensa-se na consolidao dessa modalidade de ensino por meio dos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) que, de acordo com Arajo e Marquesi (2009)2, possibilitam ex-perincias e formas de aprendizagem e permitem uma nova viso e um perodo de aperfeioamento que se refere ao mo-delo proposto. Alm disso, o avano e o uso desenfreado das novas tecnologias contribuem, de forma significativa, na cons-truo do conhecimento, uma vez que podem ser utilizadas em prol da consolidao do ensino devido possibilidade de acesso, que elas proporcionam, s informaes, de modo r-pido, fcil e jamais previsto, tornado-se possvel a interao com diversas pessoas de diversos lugares em tempo real. Se-gundo Mattar (2012), o progresso das TICs possibilitou uma srie de atividades interativas em EAD e, atualmente, no se pode pensar o conceito excluindo as novas tecnologias. 3

    O professor, o aluno e o tutor da educao a distncia integram essa forma de pensar, posto que fazem parte do contexto atual e, mesmo ocupando posies diferentes, no podem ser pensados separadamente, uma vez que um est ligado ao outro no processo de ensino e aprendizagem por meio das novas tecnologias. Assim, lana-se um olhar a es-ses sujeitos como aqueles que ocupam posies que susten-tam essa modalidade de ensino, pois so, ao mesmo tempo, aprendizes, pesquisadores e atuantes, correspondendo s exigncias da EaD, e so parte do processo de aprendizagem. De forma direcionada, sero traados possveis perfis e ad-jetivaes no que concerne aos sujeitos da EaD, em mbito nacional.2 ARAJO, Carlos Fernando de; MARQUESI, Sueli Cristina. Atividades em ambientes virtuais de aprendizagem. In: LITTO, Fredric Michael; FORMIGA Manuel Marcos Ma-ciel (org.). Educao a distncia: o estado da arte. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.3 MATTAR, Joo. Tutoria em educao a distncia. So Paulo: Cengage Learning, 2012.

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    Sujeitos-agentes da EaDO aluno que integra a EaD aquele que, alm de intera-

    gir e compartilhar experincias, vive em constante pesquisa e busca pelo aprendizado. Ele considerado um sujeito agente, pois usufrui de autonomia no que se refere busca, ao estudo e realizao das atividades. No entanto, a organizao do tempo imprescindvel, visto que h prazos que constituem a organizao da disciplina no curso.

    Algumas caractersticas so necessrias para o aluno, tais como: autonomia, persistncia, pesquisa, determinao e necessidade de realizao pessoal. A autonomia essen-cial para o bom desempenho do aluno. Alm disso, o trabalho em grupo (interao com alunos, professores e tutores) e o comprometimento so fundamentais. A noo de que a au-toaprendizagem faz parte do objetivo do curso caracteriza-se como tpico importante para que se desenvolva um trabalho significativo (SANTINELLO, 2010).4

    Isso no quer dizer que o aluno est sozinho. Ao contr-rio, ele assistido por professores e tutores durante o proces-so de ensino. No entanto, como o aluno quem organiza os momentos de estudos, ele o principal responsvel por seu sucesso e, caso no consiga gerenciar o tempo, ter muita dificuldade no processo de aprendizagem. O gerenciamento de tempo uma das principais capacidades do aluno de EaD, uma vez que, a partir da organizao, ele consegue intera-gir no ambiente virtual, realizar suas atividades, trocar ideias com professores, tutores e outros alunos. Dessa forma, o alu-no de EaD aquele que desfruta o privilgio de ter acesso e compartilhar experincias e informao, [...] interagindo de diferentes maneiras a partir das novas formas de interao que so criadas a todo momento. (MATTAR, 2012)5, rompendo barreiras de tempo e espao por meio do avano tecnolgico e da globalizao. 4 SANTINELLO, Jamile. Educao a distncia: breve histrico, conceituaes, le-gislaes, gesto e tutoria em EAD. In: SANTINELLO, Jamile; BRONOSKI, Marcos Alexandre. EAD: Histrico, ferramentas e contextualizaes na sociedade do co-nhecimento. Guarapuava: UNICENTRO, 2009. 5 MATTAR, Joo. op. cit.

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    Ao lado do aluno, o professor trabalha na elaborao e aplicao de procedimentos que se pautam nas vivncias, experincias e necessidades dos cursos a distncia. Assim como o aluno, o professor tambm experiencia um proces-so de constante busca, pois, essa modalidade de ensino exi-ge um comprometimento maior, sendo necessrio levar em conta aspectos relacionados aos atos de ensinar e apren-der, alm das caractersticas e perfis do pblico em questo (BEHAR, 2013).6 Nesse processo, papel do professor organi-zar e direcionar os contedos, bem como desenvolver ativida-des prticas e pedaggicas, que visam estratgias de ensino e aprendizagem.

    O professor pode ser considerado um sujeito oniscien-te no que se refere disciplina pois precisa ter uma viso global, planejando-a desde o incio e prevendo intervenes, visto que ele o responsvel pelo direcionamento das dis-cusses. Para que isso ocorra, alm do conhecimento terico, prtico e metodolgico preciso estabelecer uma relao de dilogo aberto com todos os envolvidos no processo, uma vez que o trabalho a distncia , acima de tudo, colaborao em que ocorre comunicao de muitos para muitos e esse fator essencial para o bom andamento do curso (SANTOS, 2003).7

    Nessa conjuntura, a partir do conhecimento e da intera-o, o professor precisa romper com as barreiras da sala de aula, usando diferentes alternativas de comunicao miditi-ca como blogs, youtube, google+, redes sociais, etc., propor-cionando um trabalho diferenciado por meio de estratgias pedaggicas que tornem o aprendizado significativo, estimu-lando o aluno a buscar o conhecimento. O professor onis-ciente faz adaptaes, estabelece relaes e norteia a vida acadmica do aluno, propondo procedimentos metodolgicos adequados modalidade de ensino.

    6 BEHAR, P. A. (org.). Competncias em educao a distncia. Porto Alegre: Penso, 2013.7 SANTOS, Aparecida Ribeiro. A tutoria no contexto da introduo capacitao docente a distncia da Universidade Metodista de So Paulo. In: PERROTI, Edna Maria Barian e VIGNERON Jacques. (org.) Novas tecnologias no contexto educacio-nal: reflexes e relatos de experincias. So Bernardo do Campo: UMESP, 2003.

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    De acordo com Aretio (1996)8 a palavra tutor leva a compreender a figura de tutela, defesa ou proteo de uma pessoa menor ou necessitada. Ainda que o termo ganhe di-versos significados com sua intensa utilizao na educao a distncia, nos primeiros cursos da modalidade, o papel do tutor restringiu-se ideia clssica e jurdica citada.

    O professor-tutor atua como mediador no processo de aprendizagem, orientando os estudantes nas suas escolhas e possibilita a eles, por instrumentos adequados, o sucesso no processo, estimulando-os a construir o prprio saber. Ele fundamental para que acontea a trplice interao entre os acadmicos, professores e contedos. O tutor procura a ino-vao, a todo o momento, a partir de ambientes de aprendi-zagem colaborativos, estando atento e em constante contato com os alunos, para o atendimento de suas necessidades. Ele um agente motivador, contribuindo para que o aluno al-cance seus objetivos e construa sua autonomia.

    Ainda com relao tutoria, frisa-se que a atuao ocor-re de duas formas: presencial e a distncia. O atendimento a distncia realiza-se de acordo com a necessidade do aluno, por meio de mensagens, via plataforma, e-mails, telefonemas etc. Ou, no caso de tutoria presencial, realiza-se nos polos. Nas duas modalidades o tutor precisa ter domnio de diferen-tes ferramentas de comunicao, bem como dos contedos estudados. Alm disso, ele responsvel por informar aos alunos as datas de avaliaes, orientaes da secretaria do curso, correo e feedback das atividades avaliativas e pro-mover a comunicao entre os alunos e professores.

    Consideraes finaisPara efeitos de fechamento, a partir das breves explana-

    es na tentativa de traar um perfil do professor, do tutor e do aluno de EaD, ressalta-se que eles so partes essenciais do que constitui o ensino a distncia no Brasil. A autonomia, a interao, o aprendizado, a pesquisa em diversas modalida-des esto presentes no cotidiano desses sujeitos que acompa-8 ARETIO, Lourenzo Garca. La educacin a distancia y la UNED. Madrid: UNED, 1996.

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    nham as mudanas societrias, posto que esto includos nos deslocamentos histricos, polticos, tecnolgicos e sociais.

    Nessa direo, percebe-se que no existe a possibilida-de de pensar esses sujeitos de forma isolada, pois se com-plementam no outro, no processo de ensino e aprendizagem a distncia e fazem parte de um grupo. Mesmo ocupando po-sies diferenciadas, possuem um perfil aproximado. Nessa esteira, convm ressaltar que o aluno, o professor e o tutor completam-se e, sem excees, so sujeitos em constante aperfeioamento em nvel tcnico-cientfico. parte da forma-o desses sujeitos a interao e a busca que, por mais que no sejam partilhadas de maneira presencial, so comparti-lhadas na rede.

    1.2 ACOMPANHAMENTO PEDAGGICO

    A arquitetura pedaggica de um curso em educao a distncia precisa de um constante processo de planejamento que considere diferentes aspectos, dentre esses destacam-se: a concepo pedaggica, o currculo, os planos de ensino, a formao continuada de docentes e tutores, o suporte da equi-pe multidisciplinar, os servios oferecidos aos estudantes.

    Tais pontos so a ancoragem para um processo de ensino e aprendizagem eficientes e auxiliam na operacionalizao dos ngulos pedaggico, tecnolgico e organizacional dos cursos.

    A Universidade Estadual do Centro-Oeste UNICENTRO, enquanto Instituio preocupada em dimensionar novas pos-sibilidades educativas, tem como maior desafio oportunizar espaos de apropriao de conhecimento que superem aes didticas simplistas, no que concerne ao desenvolvimento de disciplinas na modalidade a distncia.

    De acordo com os Referenciais de qualidade para a Educao Superior a Distncia MEC9, ao tratar sobre as questes pedaggicas dos cursos a distncia, necessrio ter definido o conceito de educao que permeia as ativida-

    9 Referenciais de qualidade circunscrevem-se no ordenamento legal vigente em complemento s determinaes especficas da Lei de Diretrizes e Bases da Edu-cao Nacional, do Decreto 5.622, de 20 de dezembro de 2005, do Decreto 5.773 de junho de 2006 e das Portarias Normativas 1 e 2, de 11 de janeiro de 2007.

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    des nessa modalidade, antes de se decidir o modo como ela se organiza. Para tanto, essa tarefa, no mbito do Ncleo de Educao a Distncia da UNICENTRO, pauta-se por compre-ender a natureza dos cursos e as necessidades dos alunos como ao primordial, para s ento decidir sobre as tecno-logias e metodologias a serem utilizadas. Entende-se que a garantia do processo de formao do sujeito, includo na mo-dalidade a distncia, perpassa uma dimenso tcnica cient-fica e uma dimenso poltica, o que integra perspectivas de formao para o mundo do trabalho e para uma atuao ci-dad na sociedade.

    Os princpios pedaggicos para os cursos da UNICEN-TRO so construdos em conjunto e permeados pela flexibili-dade e criatividade na produo de materiais didticos, pelo uso de mdias integradas e o uso racional de tecnologias de informao e comunicao na elaborao de conhecimen-tos. Para tanto, utiliza-se uma metodologia que privilegia, no design pedaggico do curso, os seguintes elementos: a concepo pedaggica, o currculo, o processo de planeja-mento e avaliao, as mdias interativas, todos compreendi-dos como essenciais para a organizao de uma disciplina escolar.

    A equipe pedaggica, com coordenadores e professo-res, dedica-se ao estudo de diferentes propostas pedaggicas que norteiam a modalidade e, partindo de algumas pesquisas como de Filatro (2009) e Almeida (2009), entendem que os cursos precisam alicerar-se em uma perspectiva pedaggica situada, inserida no contexto social. Segundo Filatro, nesta viso:

    [...] o conhecimento est localizado na ao de pessoas e grupos, ou seja, distribudo socialmente. Da mesma ma-neira que o socioconstrutivismo, a abordagem situada enfa-tiza o contexto social da aprendizagem [...] situao na qual o aluno aplicar a aprendizagem adquirida. (FILATRO, 2009, p. 98)10,

    10 Sobre esta temtica ver FILATRO, A. As teorias pedaggicas fundamentais em EaD. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. Educao a distncia: o estado da arte. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009,

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    Alm desse entendimento, tambm as discusses dos sujeitos sociais envolvidos baseiam-se nos conceitos de aprendizagem, relacionamento e conhecimento, nessa mes-ma perspectiva, na qual o aluno [...] estar sujeito s influ-ncias do ambiente social e cultural em que a aprendizagem ocorre, o que tambm define, pelo menos parcialmente, os resultados de sua aprendizagem. (FILATRO, 2009, p.98). Autores como Lave e Wenger (1991)11 tambm tratam sobre esse sujeito. Eles destacam que o aluno cria uma identidade a partir de seu relacionamento com uma dada comunidade, o que o integra a um circuito de aprendizagem com vnculo. J os docentes inserem-se nessa modalidade, com os mate-riais instrucionais, com os contedos, com as metodologias escolhidas e com os alunos que so vistos em uma rede de [...] informao e insights que podem ser consultados para resolver problemas reais. (id., p. 98).

    Nesse sentido, ao se apropriar de um ponto de vista peda-ggico situado, as estratgias de ensino escolhidas permitem aos alunos aplicar [...] diversas perspectivas a um problema e assumir a postura de que, para entender o ponto de vista dos outros, necessrio dialogar e no apenas ouvir. (id. p. 98).

    Portanto, os docentes envolvidos em EaD, ao compre-enderem sua funo na modalidade, conduziro os alunos construo de campos de prtica, conceito defendido por Ba-rab e Duffy (2000). A defesa desses autores que so

    [...] entendidos como tarefas em que cada esforo feito para tornar a atividade de aprendizagem autntica em rela-o ao contexto social no qual as habilidades e os conheci-mentos esto normalmente inseridos (apud FILATRO, 2009, p. 98).

    Outro dispositivo que completa o mesmo ponto de vi-sada que o relacionamento do indivduo potencializado na coletividade, no anulando a necessidade de uma ao individual.

    Ainda nesse contexto, busca-se um modelo pedaggico 11 Mais detalhes ver LAVE, J.; WENGER, R. Situated learning: legitimate peripheral participation. Cambridge: Cambridge University Press, 1991.

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    pautado no pensamento da heutagogia, defendida por Almei-da 12 como uma alternativa que sugere a

    [...] autoaprendizagem na perspectiva do conhecimento com-partilhado. Trata-se de um conceito que expande a concep-o de andragogia ao reconhecer as experincias cotidianas como fonte de saber e incorpora a autodireo da aprendi-zagem como foco nas experincias. (ALMEIDA, 2009, p. 117)

    Dessa forma as propostas pedaggicas dos diferentes cursos da UNICENTRO incidem sobre a formao de sujeitos que esto envolvidos com um mundo em transformao.

    A defesa que Hase e Kenyon (2000) fazem da heuta-gogia pondera que a aprendizagem acontece a partir do que compartilhado, da construo e reconstruo de saberes. Almeida13 destaca que, assim,

    [...] cada pessoa um ser de relaes, constitudo em suas mltiplas dimenses (histrica, social, biolgica, psicolgica, afetiva e poltica), situado em um contexto especfico, que ajuda a produzir e, dialeticamente, produzido.(id. p. 98)

    Tem-se, pois que a proposta pedaggica da UNICENTRO apoia-se em um trabalho docente que oportuniza momentos de desenvolvimento da criatividade, da autonomia e da liber-dade para a autogesto da aprendizagem, inclusive na tenta-tiva de projetar diferentes contextos de interao e comparti-lhamento de experincias.

    Aes metodolgicasA partir das concepes norteadoras do trabalho peda-

    ggico em EaD, organizou-se as aes com elementos emba-sados em uma matriz didtica e tambm em Filatro (2009, p. 101): a) unidades de estudo: o que os alunos estudaro e do

    12 ALMEIDA, M. E. B. de. As teorias principais da andragogia e heutagogia. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. Educao a distncia: o estado da arte. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009, p. 105-111.13 ALMEIDA, M. E. B. de. As teorias principais da andragogia e heutagogia. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. Educao a distncia: o estado da arte. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009, p. 105-111.

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    que se apropriaro; b) objetivo do trabalho com determinados contedos; c) atividades: quais so as que podem auxiliar o aluno no processo de aprendizagem significativa; d) durao; e) ferramentas: que tecnologias so mais apropriadas, levan-do-se em considerao as atividades escolhidas; f) conte-dos: que assuntos sero tratados; g) produo dos alunos; h) avaliao: que metodologias utilizar e que perspectivas de feedback o professor receber dos alunos.

    Com essa proposta, compreende-se que a dinmica fi-gura em aes metodolgicas, como: a) no incio da discipli-na: momento on-line para a apresentao do professor e do objetivo da disciplina no curso; b) ao iniciar a disciplina: par-ticipao ativa do professor responsvel e dos tutores; pos-sibilidade temporal de articulao (do aluno) dos contedos apresentados com os materiais didticos disponibilizados; c) organizao de fruns e chats que contemplem momentos de discusso e reflexo do contedo apresentado; d) avaliaes que se preocupem em fazer o aluno se apropriar do conheci-mento, ao invs de t-lo como apenas um corpus engessado.

    O desafio, principalmente no que tange ao uso de dispo-sitivos metodolgicos e didticos, utilizao de ferramentas alternativas, como arquivos sonoros de apresentao da dis-ciplina, de atividades ou de materiais didticos. Alm disso, organizam-se midiatecas, para cada disciplina, que contem-plam materiais de estudos diversos, envolvendo vrias dimen-ses educativas, como o uso de vdeos e de filmes com roteiro pedaggico, atividades complementares, e-books, entre ou-tros. Para auxiliar, nesse processo fez-se necessria a criao de um setor pedaggico que trabalha essas reflexes com o docente e auxilia na construo das disciplinas.

    1.3 DESIGN GRFICO

    Segundo Pen (2003, p. 11)14, a rigor, qualquer coisa, seja um objeto, uma pessoa ou um lugar, possui uma iden-tidade visual, isto , componentes que a identificam visual-14 PEN, Maria Lusa. Sistemas de identidade visual. 3. ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2003

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    mente. A identidade visual o que singulariza visualmente um determinado objeto e o diferencia dos demais e particu-lariza suas caractersticas. Tome-se por exemplo a rotinei-ra tarefa realizada no supermercado, na escolha entre uma fruta madura e uma verde, por meio da observao dos elementos visuais apresentados, como as cores, formas e texturas, que so diferenciados.

    A necessidade de comunicar ideias e sentimentos, as vivncias no mundo motivou as populaes de todas as cultu-ras a desenvolverem sistemas de representaes, sejam ver-bais ou no verbais. Os gestos, as palavras, os desenhos, os sons musicais e muitos outros signos visuais, sonoros, tteis ou olfativos so utilizados como elementos de linguagem para compor mensagens que representam e comunicam as coisas do mundo.

    Todas as civilizaes, da antiguidade at hoje, tiveram os seus processos de comunicao. Mais ou menos elabo-radas, com maior ou menor durabilidade, dependendo dos materiais, dos suportes e das tcnicas disponveis em cada momento histrico, desde sempre o ser humano sentiu ne-cessidade de divulgar, afirmar e perpetuar as suas faculda-des imaginativas e experincias. So esses fatores de ordem tecnolgica, socioeconmica e esttica que possibilitaram o desenvolvimento da comunicao como hoje entendida.

    Atualmente, uma das atividades tcnicas, intelectuais e criativas que investiga a otimizao da comunicao de infor-maes, a partir do uso das tecnologias contemporneas, o design grfico.

    A atividade de design grfico consiste em, por meio de pesquisas, anlises e mtodos, selecionar e combinar ele-mentos visuais em um suporte, na inteno de transmitir uma ideia ou um conceito sobre um determinado objeto. A princi-pal funo dessa atividade a de potencializar e melhorar a comunicao entre o pblico-alvo e o emissor de uma men-sagem, estabelecendo conceitos adequados aos objetivos da mensagem, diferenciando-a de seus pares de forma imediata, associando-a a noes de solidez, segurana, organizao e profissionalismo.

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    Desta forma, a preocupao do design grfico a de idealizar projetos que busquem, na apresentao de suas in-formaes, a clareza (entendimentos dos significados dese-jados), a relevncia (envolvimento e identificao do pblico com o projeto) e a credibilidade (aceitao do contedo) na construo de layouts que visem a legibilidade (capacidade de leitura), o impacto (ateno despertada), a atratividade (ateno mantida ao longo da pea), a durabilidade (ateno mantida no perodo de veiculao).

    A cada projeto, a atividade de design grfico desenvol-vida em quatro etapas:

    1 coleta de informaes1.1 elaborao do briefing (coleta de informaes dire-tas com os responsveis pelo projeto);1.2 elaborao de pesquisa indireta (coleta de informa-es prximas da realidade do projeto em livros, revis-tas, internet, pblico-alvo e pessoas envolvidas);2 anlise e interpretao das informaes e definio de conceitos a serem trabalhados; 3 elaborao do layout. Estudos de cores, de formas, de tipografias, de suportes e de impresso;4 apresentao da proposta aos responsveis pelo pro-jeto (para aprovao ou modificao).

    Dentre as vrias reas da atividade de design grfico encontra-se a criao dos sistemas de identidade visual por meio do planejamento e construo de marcas, bem como a definio das recomendaes, especificaes e normas es-senciais para a preservao das propriedades (cujo objetivo de facilitar a sua correta propagao, percepo, identifi-cao e memorizao), alm das aplicaes grficas dessas marcas em suportes variados, seja virtual ou impresso.

    Este texto tem como objetivo apresentar uma introduo atividade de design grfico, a partir da descrio dos aspec-tos gerais dos sistemas de identidade visual: sua definio, objetivos e finalidades, mtodos e elementos compositivos.

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    Compreendendo a identidade visualConceitos e opinies sobre algo ou algum so criados

    atravs de anlise e observao de seus elementos visuais, por isso uma identidade visual pode ser considerada fraca ou forte. Com uma identidade mais fraca, o objeto pouco no-tado e sua identidade no memorizada, ou ento, ele to corriqueiro que no memorizado e logo esquecido. J uma identidade visual mais forte leva a ateno ao objeto e, princi-palmente, faz com que seja lembrado quando visto de novo.

    Isto fica claro quando na referncia aos elementos que caracterizam a identidade visual de uma pessoa. Por exemplo, pode-se identific-la e formar opinies apenas por meio da an-lise de seus elementos visuais que so notados. possvel, primeira vista, considerar uma pessoa sria e discreta se a mes-ma estiver usando roupas formais com cores neutras e sbrias ou consider-la descolada e extrovertida se estiver usando rou-pas ousadas com cores laranja e rosa pink predominando.

    O design grfico considera como identidade visual aque-le componente de singularizao visual que formado por um sistema realizado intencionalmente, planejado e integrado minuciosamente por elementos que coordenam suas aplica-es. Pode-se observar isso na criao e idealizao de con-ceitos para as empresas ou profissionais no planejamento de marcas, espao fsico, materiais de divulgao etc.

    Para o design grfico, sistema de identidade visual a configurao objetiva da identidade, observando-se os prin-cipais elementos bsicos: 1. as formas; 2. as cores e 3. a fa-mlia tipogrfica escolhida, aplicados em algum suporte, seja virtual ou impresso.

    O sistema de identidade visual, ento, formado por todas as aplicaes que veiculam os elementos normatizados por ele.

    Objetivos e finalidades do sistema de identidade visualA princpio, os sistemas de identidade visual tm como

    objetivo a identificao e memorizao do objeto a partir de sua apresentao. No entanto, eles tm outros dois objetivos,

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    que desdobram este primeiro. Todos visam obter determina-dos benefcios para gerar o crescimento da instituio, a par-tir da criao e consolidao de uma imagem o mais positiva possvel. Segundo Pen, os objetivos so:

    1 influir no posicionamento da instituio junto aos simila-res ou concorrentes, diferenciando-os de seus semelhantes. Para isso, preciso prestar ateno nos recursos de: facili-dade de identificao visual; clara diferenciao visual; as-sociao simblica, visual ou subliminar com um conceito ou alguns conceitos selecionados que valorizem a instituio;2 persuadir, para obteno de lucro ou promoo, conven-cendo o pblico-alvo que a instituio positiva. (PEN, 2003, p. 17-18)

    Para o alcance dos objetivos, as funes bsicas que o sistema desempenha, segundo Pen, so:

    a) diferenciar o objeto/pessoa/instituio de seus pares de forma imediata;b) transmitir um dado conceito ou conceitos que sejam as-sociados ao objeto, pessoa, instituio, com o intuito de persuaso;c) associar o objeto noes de solidez, segurana, organi-zao, profissionalismo. (PEN, 2003, p. 18-19)

    Os requisitos gerais para a projetao de sistemas, ain-da segundo Pen, so:

    a) originalidade: (lembrando que originalidade no significa necessariamente ineditismo) necessrio que a soluo en-contrada se diferencie das j existentes e no remeta a ne-nhum outro referencial que possa prejudicar sua pregnncia entre o objeto e o pblico-alvo;b) repetio: a identidade s tem como se impor se os ele-mentos bsicos do sistema tiverem como ser repetidos em suas aplicaes para que possam ser memorizados;c) unidade: preciso que se mantenha uma unidade nas repeties de seus elementos bsicos;d) fcil identificao: fundamental que o pblico-alvo possa identificar claramente os elementos bsicos. Cuidado para que os elementos visuais tenham leitura, ou seja, que seus significados sejam compreensveis pelo pblico almejado e

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    que, tecnicamente, eles possam ser reproduzidos, reduzidos e/ou ampliados satisfatoriamente, sem perder suas caracte-rsticas que possibilitam a identificao e memorizao. Por isso, que primem pelo simples;e) viabilidade: o sistema s se implanta totalmente se for vi-vel economicamente. Ao elaborar o projeto necessrio sa-ber as suas condies econmicas. (PEN, 2003, p. 22-26)

    Elementos de identidade visualOs elementos de identidade visual so formados essen-

    cialmente pelo:LOGOTIPO + SMBOLO = MARCADurante o processo de criao observam-se trs aspectos:

    1 aplicao de formas: de acordo com os princpios da Gestalt a percepo visual dada pela leitura visual das formas. Para a criao de uma identidade visual preciso compreender o seu desenvolvimento. H trs formas b-sicas, segundo Dondis (1997, 57-59): crculo: representa movimento constante, melhor adaptao ao olhar, agra-dvel visualmente, modernidade, infinito e dinamismo; quadrado: esttico, pesado, pausa no olhar, conservado-rismo e retido; tringulo: equilbrio perfeito, sensao de base, agressivo, ascenso, conflito alerta e tenso.2 aplicao de cores: pelos efeitos psicolgicos mais in-tensos, as cores provocam uma gama de sentimentos e sensaes, estimulam determinados comportamentos. Elas podem ser agressivas, dinmicas, fortes, podero-sas, atraentes, repelentes, desejadas, amadas, agrada-velmente sensuais, e at mesmo, sexuais. Segundo Modesto (2006), as sensaes que as cores despertam so: O amarelo, que tem forte intensidade, estimulante e provoca energia e associa-se alegria. O azul, porque tem pouca luminosidade e brilho, tran-quilizante e liga-se limpeza. O vermelho marcado pela intensidade da luz e do brilho, estimulante, d a sensao de vida, remete fora, ao poder, deter-minao. O verde remete sensao de segurana e estabilidade, uma cor moderadora. O laranja, que re-sulta da mistura do vermelho e do amarelo, combina a

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    energia do primeiro com a alegria do segundo. A mistura do vermelho com o azul d a cor violeta, que junta as sensaes de energia e estabilidade. O branco e o preto so cores opostas. O primeiro tem alta luminosidade, o segundo, baixa, o primeiro desperta alegria, o segundo pode tender a sentimentos negativos. 3 Escolha de tipos - o design do textoTipografia um ofcio que trata dos atributos visuais que caracterizam a linguagem escrita. Ela envolve a seleo e aplicao de tipos, com o objetivo de transmitir uma mensagem do modo mais eficaz possvel, gerando no leitor (pblico-alvo) significaes pretendidas pelo desig-ner. Existem variaes: tamanho: referente ao corpo do tipo, isto sua altura. Ex: A A A; forma: referente s dife-renas no desenho de uma letra nas verses caixa alta e caixa baixa. Ex: A a; peso: referente espessura dos traos em um mesmo corpo de um tipo de uma mesma famlia. Variaes como extra negrito, negrito, normal e claro. Ex: AO AO AO; Inclinao. Ex: AO AO ; estrutura: est relacionada s diversas famlias de tipos. Ex:

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    Dessa forma, constata-se que, para a eficcia de um projeto grfico, necessrio que o designer, alm de ter co-nhecimentos tcnicos sobre os objetivos e os mtodos do design, deve, necessariamente, dominar o processo criativo e artstico da composio, regidos pelos fundamentos da lin-guagem visual.

    1.4 SITE NEAD

    O portal do Ncleo de Educao a Distncia - NEAD, foi desenvolvido visando oferecer o maior nmero de informa-es possveis sobre os cursos a distncia da UNICENTRO, bem como difundir notcias vinculadas EaD no Brasil. Para a elaborao do portal, coordenadores, professores, tutores e alunos foram consultados para que contemplasse trs objeti-vos: navegabilidade, acessibilidade e informao.

    O layout do portal est em constante atualizao, dado o nmero grande de informaes dirias, e as novas possibili-dades e recursos tcnicos disponveis. Atualmente o sistema utilizado a plataforma Wordpress - Content Management System (CMS, em portugus, Sistema de Gerenciamento de Contedo), que possibilita o gerenciamento de todas as pgi-nas de cada um dos cursos dentro de um painel nico, como mostra a figura a

    Figura 1: Imagem do painel de controle NEAD

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    Dentro das possibilidades de controle e interatividade da pgina, destaca-se o avano na velocidade de postagem de contedo que, por sua vez, disponibilizado na forma de post. Essa postagem mais dinmica garante que todos os se-tores envolvidos no NEAD tenham a garantia de instantanei-dade de informao.

    Os elementos e links do portal seguem uma estrutura linear de navegao, ofertando a informao baseados em princpios da organizao visual e espacial. Dessa forma, pro-porcionam um conforto maior na busca de esclarecimentos.

    Todos os informes postados no portal passam por apro-vao da coordenao geral do NEAD, procedimento adota-do para garantir a transparncia nos processos de seleo e tambm a responsabilidade do contedo divulgado. Informa-es, vdeos, editais, rea administrativa, entre outros, so disponibilizados num mesmo local, espao ideal para a dis-cusso e disseminao da informao.

    Figura 2: Pgina inicial do Portal NEAD

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    No portal, encontram-se sites independentes, de cada curso ou servio. Esses sites tm um carter mais especfico, objetivando fragmentar a informao de acordo com o inte-resse de cada visitante. Na pgina de cada curso, possvel localizar comunicaes especficas, tais como avisos, calen-drios e editais. Cada curso apresenta ainda um layout dife-renciado, possibilitando o reconhecimento mais fcil da iden-tidade visual, alm de dialogar com as demais ferramentas e plataformas de apoio pedaggico, tais como livros, e-books e AVA Moodle.

    Alm dos sites particularizados dos cursos, o portal NEAD disponibiliza ainda servios e mecanismos que auxi-liam no fortalecimento e consolidao da EaD na UNICENTRO, tais como informaes administrativas e pedaggicas, reas para docentes e alunos, links externos, editais, revista on-line, vdeos e biblioteca virtual. Todos esses servios passam se-manalmente por conferncia tcnica, realizada para verificar a confiabilidade do sistema.

    Eis alguns exemplos de pginas internas do portal:

    Figura 3: Pgina do repositrio de objetos educacionais e biblioteca virtual

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    Figura 4: Site do III Congresso de EaD

    Figura 5: Revista on-line Aproximao

    Tendo em vista o grande fluxo de visitas ao portal NEAD, nmero que chega, por vezes, aos dez mil acessos mensais, fica explcita sua importncia como ferramenta e como eixo central de informao para os participantes e interessados nos cursos a distncia. O NEAD promove com isso a divulga-o, em tempo real, e garante, atravs de seus profissionais, uma educao de qualidade e adaptada s tendncias e tec-nologias disponveis atualmente.

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    APRESENTAcaO

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    ,

    ~

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    APRESENTAcaO

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    ,

    ~

    INFORMAES PRTICAS2.1 PRODUO DO LIVRO DIDTICO

    O livro didtico poder ser editado em formato im-presso ou digital e-book -, a critrio da Coorde-nao do curso e da UAB. A expresso e-book uma abreviao de eletronic

    book ou livro eletrnico, numa traduo literal. uma obra com o mesmo contedo de uma verso impressa, mas com a configurao de mdia digital. Pode ser lido em equipamentos eletrnicos tais como computadores, tablets, ou at mesmo em celulares que suportem esse recurso, como os smartphones. uma mdia interativa de fcil acessibilidade.

    Com vistas maior transparncia e segurana no desenvolvimento e elaborao do material didtico, este roteiro oferece orientaes ao professor conteudista e a todos os que se envolvem no processo.

    A produo de material didtico para a educao a distncia uma atividade que tem especificidades que, co-nhecidas e consideradas por todos os envolvidos na criao, principalmente aqueles que pensam, idealizam e escrevem esse material, tornaro o trabalho mais fcil e rpido.

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    Alm de dar ateno concepo que referenda esse tipo de material e de observar a linguagem que prpria da EaD, o professor conteudista privilegiar a discusso acadmica.

    O texto escritoSabe-se ler, sabe-se escrever, h conhecimentos a se-

    rem partilhados. Para que isso acontea, diversas estratgias podem ser usadas. Num contexto de interlocuo prximo, a fala o veculo primeiro que liga o emissor e o receptor.

    Afastado do interlocutor, o emissor torna-se autor ao re-digir as mensagens que quer comunicar. Mas entre o primeiro ato a fala e o segundo o texto escrito no existe tran-sio automtica e natural.

    So dois processos diversos, de caractersticas prprias que os diferenciam substancialmente.

    Para haver a interao entre professor e aluno de EAD, o professor transforma o discurso oral em contedo de um livro.

    A transformao do pensamento em um discurso e este em um texto escrito recebem a ateno de tericos da lingus-tica. Porm, para os propsitos anteriormente enunciados, as consideraes aqui so de carter prtico, no se detendo nas variadas teorias lingusticas.

    Cada inteno, interlocutor e veculo necessitam de um tipo de texto especfico, com traos distintivos. Aqueles que ensinam produo de texto transmitem algumas regras bsi-cas que permitem a redao adequada, ajustando-a segundo as finalidades a que se destina. Assim, antes do incio da es-crita, planeja-se o trabalho. H que se definir os elementos que projetam e direcionam o que ser redigido e podem resu-mir-se em algumas perguntas: o qu? (assunto), para quem? (o pblico), quando? (o momento histrico), como? (o veculo) e qual a finalidade.

    Com relao aos livros didticos da educao a distn-cia, estas perguntas j esto de antemo respondidas, pois h um projeto poltico pedaggico definindo o curso em sua integralidade e unificando as aes empreendidas: o assunto o contedo da disciplina; o pblico, os alunos dos cursos

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    superiores de educao a distncia; o momento histrico, o tempo em que a disciplina estar no ar; o veculo o livro texto impresso ou digital e a finalidade, disponibilizar o co-nhecimento do contedo para o pblico alvo para acontecer o processo ensino-aprendizagem.

    Resolvida esta primeira questo, faz-se referncia ao contedo, que de suma importncia, determinante no pro-cesso ensino-aprendizagem, elemento de mediao e aproxi-mao entre professor e aluno, meio de transmisso de co-nhecimentos e roteiro de informaes para tutores.

    Ele traz o programa da disciplina organizado didatica-mente e o referencial padro que o aluno tem para, a par-tir dele, fazer o aprofundamento dos estudos e a ampliao dos conhecimentos. O livro texto, portanto, merece a mxima ateno na medida em que mostra a competncia, a serieda-de e o nvel do conhecimento e da pesquisa do professor.

    O texto, neste caso, cientfico. resultado do trabalho de pesquisa do professor que, pautado em bibliografias de autores conceituados ou em resultados experimentalmente obtidos e confirmados, seleciona com rigor e preciso os con-tedos das cincias e organiza os dados de maneira coeren-te, com o objetivo de transmitir os contedos selecionados no planejamento da disciplina.

    Ao se ressaltar que o texto cientfico, em primeiro lugar fica evidente: ele tem uma linguagem especfica que o diferen-cia do uso da linguagem oral, dialogal, e assume as normas da gramtica, da redao, da lingustica e da cincia.

    Este texto no a aula presencial. Esta trocada no pelo livro didtico, mas pelas unidades didticas disponibili-zadas no ambiente moodle, este sim, a voz do professor em sala de aula.

    O que tipifica a linguagem cientfica?- O uso do verbo na 3 pessoa do singular do presente do indicativo mais correto no texto que o plural de ma-jestade configurado no pronome ns da 1 pessoa do plural.- O uso de frases enunciativas, claras, com palavras de

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    significado preciso, sem ambiguidades semnticas. Por isso, muitas vezes, faz-se necessrio definir operatoria-mente o sentido dos termos usados.- O objetivo informativo, fazer conhecer um assunto, por isso a exigncia de linguagem concisa e precisa para que os dados e fatos sejam identificados de forma direta na qual, necessariamente, do problema decorre a soluo, da premissa a concluso. Para isso a prvia determinao dos objetivos enunciados por verbos ope-racionais dizem ao aluno o que se quer fazer e o que, ao final, ele encontrar.

    Genericamente, o texto estrutura-se em introduo, de-senvolvimento e concluso, mais as referncias bibliogrficas.

    A introduo enuncia claramente o tema a ser tratado com uma frase curta e lgica. Contextualiza-se, ento, o tema no mbito da cincia e dos estudos efetuados, levantam-se as questes que interessa investigar, definem-se os objetivos a serem alcanados, a metodologia utilizada e a delimitao da pesquisa.

    Na enunciao dos objetivos j pode ficar definida a es-trutura do trabalho considerando que cada objetivo ser apre-sentado num captulo.

    O desenvolvimento traz o cerne do contedo a ser trans-mitido e deixa perceptvel a inteno, o grau de conhecimento do professor, o rigor na seleo dos dados, a qualidade cien-tfica que ele credita sua disciplina ao se propor difundir os mais profundos saberes alcanados por eminentes estudio-sos do assunto. No desenvolvimento, para conferir credibili-dade e sustentao s afirmaes, usa-se a referncia terica por meio da citao de reconhecidos autores. Nas citaes se evidencia o nvel de leituras do pesquisador e a qualificao daqueles com quem ele dialoga. Por isso a importncia que adquire a seleo das fontes preferindo-se autores de renome que so referenciais no campo da cincia a que se dedica.

    melhor fazer a citao da fonte originria, diretamen-te, do que aludir a terceiros, apenas aceitando a pesquisa j executada por outros. Evite-se o uso de Apud citado por...

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    A organizao, a coerncia e a coeso fazem parte da competncia e da habilidade do professor. A organizao a estruturao do texto de modo a ser um todo significativo. A coerncia d sentido ao texto. Ela se constri na interao entre produtor e leitor, atravs da lgica e das relaes que se estabelecem a partir dos textos. A coeso institui a rela-o entre um elemento e outro, unindo as sentenas entre si, formando um todo significativo. Esses trs elementos contri-buem para oferecer um redao de comprovada cientificidade no qual a interlocuo com autores se faz fundamental. Esta interlocuo a intertextualidade apresenta ao aluno auto-res e obras que complementam as informaes resumidas no livro e apresenta o professor como o mediador entre o polo do aluno e o polo dos grandes e renomados pesquisadores e suas obras j reconhecidas.

    A partio em captulos facilita a transformao para as aulas virtuais do ambiente moodle em unidades de aprendizagem.

    Os captulos so partes que se complementam e com-pletam a unicidade significativa do todo. Por isso determina-se uma sequncia em que os temas so tratados para que no se quebre a unidade temtica, no se rompa a coerncia e se mantenha a organizao das idias expostas.

    No final de cada captulo o professor pode indicar leitu-ras complementares de livros, artigos ou textos que circulam em sites on-line

    As consideraes finais representam o fechamento do texto. Nelas fica demonstrada a consecuo dos objetivos e as reflexes do autor. Um modo simples e operacional de fazer uma boa concluso retomar cada captulo, ressaltar seu ob-jetivo e resumir seu contedo. Feito isso, basta o autor fazer a ligao entre o proposto no incio e o que foi alcanado no final.

    Antes de se considerar o trabalho encerrado impres-cindvel a reviso ortogrfica, gramatical e lingustica para entregar uma verso bem feita que no receber objees. Nem mesmo um assunto eminentemente tcnico dispensa o uso correto da lngua e da gramtica. A m redao impede a comunicao; a frase incompleta, a falta de concordncia, de

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    acentuao e pontuao alteram o sentido e tornam incom-preensvel o escrito e o pensamento.

    importante lembrar que na introduo e nas conclu-ses no cabem citaes. O lugar das citaes no desen-volvimento, pois ali se mostra a fundamentao terica da pesquisa e seu embasamento em autores confiveis.

    O livro ter, inicialmente, uma apresentao em que o professor situa a disciplina na grade curricular, informa a ne-cessidade desse conhecimento para o aperfeioamento do aluno, o que ser solicitado do aluno para que se habilite ao ttulo conferido pelo curso, os procedimentos que o professor adotar no decorrer dos trabalhos, a metodologia adotada e explicao sobre os contedos selecionados para o progra-ma que desenvolver, articulado com o Projeto Pedaggico do curso. Importante salientar que o livro texto um material bsico que contempla os conhecimentos produzidos por re-nomados autores na rea da disciplina e resulta de pesquisa cientfica executada pelo professor. Portanto, no pode resu-mir-se compilao de um livro de um determinado autor, j publicado. Alm disso, importante deixar claro para o aluno que o material apresentado parcial e requer a complemen-tao dos conhecimentos com a leitura de outros textos que sero sugeridos depois de cada unidade. A o professor tam-bm situa o estudante na navegao pelo material e d uma viso ampla e geral do mdulo a ser estudado.

    No segundo item, a introduo, redigida em linguagem dialgica, constar um convite leitura, viso panormica da disciplina, ementa, objetivos do professor, competncias cognitivas e habilidades que o estudante desenvolver com o estudo, incentivo complementao da aprendizagem e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos com a leitura do material, desafio para interao, reflexo e aquisio de novos conhecimentos, breve apresentao dos contedos e a articulao das unidades.

    O terceiro item compreende o contedo propriamente dito, dividido em captulos ou unidades. Podem ser utilizados esquemas, mapas, imagens (desde que de uso livre, no pro-tegidos por copyright,) caixas de dilogo e outros recursos.

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    No fim de cada unidade recomendvel indicar leituras complementares e remeter execuo das atividades no am-biente Moodle.

    Desenvolvem-se os contedos definidos na ementa do Projeto Pedaggico do curso, de acordo com os critrios apre-sentados nessas orientaes e observando internamente al-gumas categorias tcnico-pedaggicas, apontadas por Mary Valda Souza Sales1. So elas: multivocabilidade - usar ima-gens, outros textos, diversos pontos de vista sobre determina-do assunto para provocar reflexo. uma maneira de escrita polifnica que contempla a pluralidade de vises e leituras a respeito de algum tema, questo, assunto, na qual se procu-ra deixar a deciso por conta do leitor; intratextualidade - ou seja, conexes com textos localizados em um mesmo espao impresso, site, arquivo digital que guardem relao temtica entre si; intertextualidade - abre o texto ao exterior, apresenta-do como ideia de fronteiras temporrias, mveis. Interessante escrever de forma que se mostrem outros textos distintos a partir da mesma temtica. Isso pode ser feito com a indicao de filmes, consulta a sites especficos, livros, etc.; hipertextu-alidade - construir o texto distribuindo os contedos de forma que eles se interconectem e conectem com o exterior. Isso pode ser desenvolvido com a abertura de caixas de dilogo, notas de esclarecimento e indicao, links diretos com outros textos ao longo do texto, e at links diretos com o prprio tex-to, remetendo o leitor para o glossrio, para sesses como Voc sabia? Indicaes de leitura, Saiba mais, etc.

    Diante disso, sempre que possvel, importante que o autor utilize caixas de dilogo, visando a ateno e a interlo-cuo com o estudante e a proposio do exerccio da refle-xo crtica.

    Segundo as diretrizes do MEC, o material produzido pautado por: resultar de pesquisa do professor, ser elaborado segundo os princpios cientficos, com linguagem clara, preci-sa e coerente; abranger o contedo determinado na ementa da disciplina; manter unidade entre os contedos propostos. 1 SALES, Mary Valda Souza. Proformao: ressignificando o uso da mdia impressa na educao a distncia para a formao de professores. UNEB, 2006.

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    Toda a publicao, seja impressa, e-book ou utilizando qualquer outra mdia, est sujeita lei do direito autoral, Lei 9610/98. Por isso recomenda-se aos autores o mximo cui-dado, evitando reprodues literais de textos sem a devida re-ferncia, uso de imagens protegidas e nomeaes de pessoas sem autorizao expressa e comprovada. Qualquer utilizao de parte de material de outro autor ser devidamente referen-ciada, de acordo com as normas atuais da ABNT (NBR 6023). Qualquer situao que caracterize plgio ou desrespeito s leis de autoria, no dever ser utilizada.

    As funes do professor conteudista esto definidas na Instruo Normativa N. 001/2010-UAB/UNICENTRO, confor-me Anexo II

    No campo conceitual da EaD so apontadas algumas caractersticas tais como:

    - a no-simultaneidade na presena e ao do professor e aluno;- a nfase no estudo autnomo;- a superviso dos tutores;- a promoo da autodisciplina, aprendizagem autr-quica, organizao do pensamento e desenvolvimento pessoal.Uma das principais metas da EaD proporcionar aos

    alunos a possibilidade de atingir autonomia em relao ao professor e instituio, pela criao de sistemas abertos, adaptados ao ritmo individual e que proporcionem aes cola-borativas no processo de produo do conhecimento. Assim, o livro didtico privilegiar:

    a) a perspectiva de uma comunicao dialgica, na qual emissor (autor) e receptor (leitor) interagem no processo. Assim, em diferentes momentos da apresentao do con-tedo, o material convidar o leitor a fazer leituras com-plementares, a despertar a curiosidade sobre o assunto, a aprofundar conceitos ou contextualizar o tema, a suge-rir atividades de construo e interao teoria-prtica;b) o material impresso, fundamento do estudo, o ma-terial bsico, que apresenta os contedos essenciais do componente curricular, mas sem a pretenso de esgot-lo.

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    Para contribuir de forma profcua no processo de refle-xo e formao dos estudantes e por ser uma das ferramen-tas de aprendizagem, seguir os princpios de ser explicativo, permitindo o exerccio da aprendizagem; ser motivador, para incentivar e estimular o estudo; apresentar caractersticas variadas: adequado aos vrios estilos de aprendizagem para sensibilizar os alunos para o que ensinado, trazer o conte-do de forma lgica e organizada e propor atividades de apren-dizagem reflexivas e complementares e reviso da aprendiza-gem (SALES, 2006, p. 178)2

    Os estudantes tm acesso, nos polos presenciais, biblioteca com ttulos indicados pela coordenao do curso, bem como s possibilidades de consulta disponveis via web. Diante disso, no decorrer do texto o professor apresentar ao estudante sugestes de leituras nas mais diversas linguagens (livros, revistas, vdeos, msicas, links, etc), como uma com-plementao natural da abordagem temtica desenvolvida.

    Cabe ao autor respeitar os critrios de validade, atua-lidade dos contedos, abordagem conceitual adequada e coerente, relevncia e pertinncia dos referenciais tericos utilizados, referncia bibliogrfica. (sugesto de leituras que ofeream ao estudante um panorama significativo e atual da produo sobre a rea temtica).

    Estrutura padro para o livroOs projetos impressos da UAB/UNICENTRO tm uma es-

    trutura padro definida, que garante a coerncia com os prin-cpios terico-metodolgicos que pautam as aes de ensino desenvolvidas pela modalidade.

    Por isso, o material a ser produzido seguir a seguinte estrutura:

    a) apresentao do mdulo;b sumrio;c) introduo do livro;d) captulos;e) consideraes finais;f) referncias bibliogrficas;

    2 SALES. op. cit.

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    Sees Voc sabia?Constitui-se em um convite ao estudante para que ele

    conhea outros aspectos do tema e do contedo, curiosida-des ou informaes relevantes que podem ser associadas aos assuntos trabalhados no texto do autor.

    Saiba mais a apresentao de notas ou aprofundamento da argu-

    mentao em desenvolvimento no texto, trazendo conceitos, fatos, biografias, enfim, elementos que auxiliem o estudante a compreender melhor o contedo.

    Indicao de leituraSugesto de livros, sites, vdeos ou quaisquer outras m-

    dias ou ferramentas por meio das quais o estudante pode apro-fundar seu estudo, conhecer melhor determinadas perspecti-vas tericas e outros olhares e interpretaes sobre o assunto.

    Registre sua ideia possvel pedir ao aluno que registre o pensamento so-

    bre o tema estudado ou proposto, com solicitaes como es-creva um comentrio, construa exemplos, faa anlises, etc.

    Sugesto de atividadesIndicaes de atividades para o estudante realizar de

    maneira autnoma. Possibilidade: Essas atividades podem ser aproveitadas

    pelo professor formador como atividades obrigatrias para o desenvolvimento das disciplinas, mas sem perder o foco prin-cipal, que o de provocar, desafiar o estudante a avanar na significao e construo de sua aprendizagem.

    GlossrioRelao dos termos especficos utilizados na disciplina

    acompanhados do significado. O glossrio ajuda o estudante na compreenso de reas do conhecimento que utiliza ter-

  • 49

    mos tcnicos especficos e que, muitas vezes, so desconhe-cidos dos alunos.

    RefernciasLista de todos os materiais consultados e utilizados

    para a construo do mdulo, apresentadas ao final, de acor-do com as normas da ABNT.

    Alm disso, h aspectos diretamente ligados s neces-sidades da EaD a serem observados: o uso de signos, de ima-gens que complementem os textos e ofeream significados aos contedos; uma comunicao de mo dupla, na qual o texto construdo numa perspectiva dialgica, em que o au-tor conversa com o aluno, oferecendo possibilidades para que este expresse pontos de vista, novas aprendizagens, refletin-do sobre sua formao (SALES, 2006, 179).3

    Direitos autoraisA Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 legisla sobre o

    direito autoral. composta por 115 artigos e define as obras intelectuais protegidas, os direitos dos autores e prev san-es s violaes a esses direitos. Interessa aqui muito espe-cialmente o problema da reproduo de ideias j publicadas em diferentes suportes e o uso de imagens.

    A Lei 9.610 define, no captulo I, em seu artigo 7, o que considerado obra intelectual protegida. Assim, reza: So obras intelectuais protegidas as criaes do esprito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangvel ou in-tangvel, conhecido ou que se invente no futuro [...] e enumera treze incisos que devem ser respeitados, entre eles: I os tex-tos de obras literrias, artsticas ou cientficas; II as confern-cias, alocues, sermes e outras obras da mesma natureza; [..] VII as obras fotogrficas e as produzidas por qualquer pro-cesso anlogo ao da fotografia[...]; IX as ilustraes, cartas geogrficas e outras ilustraes da mesma natureza.

    Por outro lado, no captulo IV menciona as limitaes 3 SALES, op. cit.

  • 50

    dos direitos autorais e permite, conforme inciso III A citao em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comuni-cao, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crtica ou polmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra.

    Na lei fica evidenciado que a produo intelectual protegida. Tratando-se de textos elaborados pelos professo-res, cabe destacar a importncia de se cuidar do respeito ao trabalho intelectual publicado. No mbito acadmico, per-mitido o uso racional de partes dessas criaes desde que respeitados os direitos do autor. Em pesquisas cientficas, um dos fundamentos o uso de referencial terico calcado na autoridade de pesquisadores e trazido ao estudo por meio de citaes. As citaes so: diretas, em que reproduzido ipsis litteris o pensamento do autor que d sustentao e credi-bilidade ao que afirmado e as citaes indiretas em que o pensamento apresentado por meio de uma transliterao. Em qualquer dos casos necessrio creditar o mrito a quem o possui para que no se incorra no crime de plgio, que ca-racterizado pela apropriao da criao intelectual de outro.

    Assim, as citaes de trechos no podem ser feitas de modo a permitir que seja entendida uma apropriao da ideia integral. Por isso, nelas prevalecem o bom senso e a serieda-de do pesquisador. A reproduo de um ou dois pargrafos curtos suficiente para exemplificar ou para sustentar as afir-maes que se faz.

    Tambm o uso de imagens tais como fotos ou mapas est protegido. No caso de fotos h duas ordens de implicaes: a de autoria e a da imagem de pessoas estampada. S podem ser utilizadas se houver autorizao expressa. Mesmo imagens que circulam na internet tm a proteo do direito autoral.

    dever indicar sempre a fonte originria quando forem citados trechos de obras ou reproduzidas figuras e imagens.

    tica na pesquisaOs crescentes avanos no campo das cincias coloca-

  • 51

    ram em discusso a tica na pesquisa. O CONSELHO NACIONAL DE SADE, por meio da reso-

    luo N 196 DE 10 DE OUTUBRO DE 1996 aprovou e regu-lamentou as diretrizes e normas reguladoras das pesquisas que implicam envolvimento de seres humanos.

    Na UNICENTRO estas pesquisas so acompanhadas pelo Comit de tica em Pesquisa que disponibiliza, na pgina da universidade, os principais regulamentos sobre a questo.

    Seja por desconhecimento da legislao, por ingenuida-de ao considerar que pesquisas com seres humanos diz res-peito s biotica, muitos professores da rea das Cincias Humanas no tinham, at h pouco tempo, considerado que estudos com crianas em idade escolar, para entender suas necessidades, seu grau de desenvolvimento ou interesses es-tavam contemplados pela legislao de tica em pesquisa. Toda e qualquer pesquisa que tenha como objeto o ser huma-no precisa ser avaliada pelos Comits de tica.

    As normas esto disponveis na pgina da UNICENTRO, no link COMEP

    2.2 E-BOOK

    O objetivo do e-book aliar o material didtico inte-ratividade e ser compatvel com os mais diversos tipos de aparelhos eletrnicos, aumentando assim a acessibilidade e o interesse por parte dos alunos. Esse material servir para pesquisas posteriores, j que os links disponibilizados tm re-lao direta com o assunto tratado no livro.

    O e-book suporta somente links, portanto, todo material complementar que o professor desejar agregar ao livro preci-sa estar hospedado em um site.

    Desses arquivos on-line, o professor pode agregar ao e-book: vdeos, artigos, imagens e udios, blogs, etc.

    Etapas de produoa) Recebimento de material: O recebimento do material

    segue o mesmo trmite dos livros.

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    Acompanhado do arquivo do livro para diagramao, es-taro os links das leituras, imagens ou vdeos disponibilizados na internet, que sero usados como material complementar da disciplina; os links sero dispostos no e-book de acordo com o que foi enviado pelo professor. Compete a ele verificar se o link est correto, e se ainda est disponvel na internet, para que no ocorram erros aps a finalizao da mdia.

    b) Montagem: A tela de apresentao do e-book ter a imagem da capa do livro, o nome da disciplina, a legenda de cones e dois botes de acesso, um com a verso eletrnica do livro, e outro com um breve tutorial de navegao.

    Figura 7 Modelo de capa de livro

    No arquivo do livro diagramado, sero, ento, adiciona-dos os links na mesma ordem que o professor disponibilizou no arquivo original. Tambm so acrescentados cones para ilustrar a que o link se refere. Esses cones so os usados na plataforma, mantendo a identidade visual de cada curso.

  • 53

    Figura 8 Identidade visual

    c) Aps adicionados todos os links e cones, o arquivo finalizado com o efeito page flip. Para facilitar a navegao entre captulos, so disponibilizados botes de navegao do sumrio para o incio de cada captulo.

    Figura 9 Efeito flip

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    d) O tutorial de navegao breve e ilustrado, seguindo, tambm, as cores e cones de cada curso.

    Figura 10 Tutorial de navegao

    e) Finalizao:Depois do material pronto, criada a arte das capas. O material finalizado enviado produtora para duplica-

    o das mdias e impresso das capas. A produtora entrega as cpias com capa personalizada em, aproximadamente, 20 dias.

    Aps o recebimento, os e-books sero separados por curso e disciplina e entregues coordenao do curso.

    2.3 UDIOS E VDEOS

    Audioaula e videoaula so mais etapas no processo de elaborao e construo da disciplina pois auxiliam o aluno na compreenso dos contedos ministrados a distncia. Afi-nal, quando, numa rotina de impessoalidade, de ausncia e distncia, o professor faz-se mais presente, materializa-se como pessoa de carne, osso e voz, e no mais apenas como palavras, instrues, informaes e contedos. A gravao das udio e videoaulas , pois, o instrumento de aproximao entre os sujeitos da educao.

  • 55

    Para a maioria das pessoas conversar com uma mqui-na, a cmera, uma grande dificuldade. Mas no h como negar a importncia desses instrumentos educacionais. Para auxiliar no processo de gravao em si h uma equipe espe-cializada que orienta toda a ao que ser bem-sucedida na medida em que h uma preparao antecipada.

    Pensar a audioaula e a videoaula est no incio e meio dessa trajetria o que compete ao professor. Porm, na produ-o, ele recebe o auxlio e a orientao tcnica.

    A Instruo Normativa n 01/2012 (Anexo II) salienta o papel-chave da produo, programao e elaborao da vi-deoaula e da audioaula em conjunto com a produo, progra-mao e elaborao da disciplina.

    Recomenda-se a visualizao das videoaulas modelos, que foram gravadas, para servir de exemplo para o professor.

    AudioaulasAs audioaulas so produes em udio que servem

    como complementao do material desenvolvido em outras mdias. Muitas vezes, so utilizadas para passar instrues sobre as atividades propostas pelos professores ou para apro-fundar determinados conceitos trabalhados nas disciplinas. A apresentao da disciplina e de cada uma das unidades no Moodle, acompanhada do udio correspondente. udio um texto conversado, um dilogo (mesmo que apenas com uma voz) com o aluno.

    Normalmente, as gravaes ocorrem nos estdios da prpria UNICENTRO, na sequncia da gravao agendada de vdeo, pela equipe da UAB/Comunicao.

    A durao mxima de uma audioaula de 10 minutos. Esses podem ser divididos de acordo com os objetivos do professor, seja concentrando todo o contedo em uma ni-ca exposio, ou subdividindo em vrios segmentos de aulas menores, obedecendo ao limite de tempo total estipulado. A escolha do ministrante mas fundamental que essa aula transmita ao aluno o contedo.

    Para ter uma noo sobre a quantidade de texto, um cl-

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    culo bsico no rdio da leitura de 12 linhas digitadas (fonte Arial, tamanho 12) para cada minuto de gravao.

    O professor pode utilizar recursos como msicas, entre-vistas, etc. desde que siga os requisitos referentes aos direi-tos autorais. Assim so livres contedos produzidos pelo pr-prio professor, produes de domnio pblico ou sob licenas de compartilhamento (ex: Creative Commons), respeitando as normas de utilizao e creditao, materiais de terceiros, desde que formalmente autorizado por declarao a ser apre-sentada pelo professor Coordenao de Comunicao da UAB/UNICENTRO, entrevistas realizadas pelo prprio profes-sor (com comprovao de autorizao do entrevistado para uso), obedecendo ao tempo limite da audioaula.

    Mesmo tendo em conta que o tempo mximo de 10 minutos, recomenda-se que o professor reserve, no mnimo, 40 minutos para a realizao da gravao, considerando to-dos os aspectos tcnicos e contratempos possveis

    Aps edio pela equipe da UAB/Comunicao, o ma-terial em udio ser encaminhado ao professor para que o mesmo proceda a postagem e linkagem.

    VideoaulasAs videoaulas tm como objetivo principal aproximar

    professor e alunos e, a partir desse contato mediado pela tec-nologia, proporcionar um melhor rendimento do aluno o que se dar pela compreenso efetiva de um ou mais contedos relacionados disciplina em questo.

    As videoaulas de contedo, em nenhuma hiptese, fa-zem reviso das temticas ministradas. Cada disciplina ter um vdeo de apresentao do professor e da disciplina, do que tratar, sua estrutura, modos de avaliao, informaes de como o aluno deve estudar. Esse vdeo entra no ar ao mes-mo tempo que a disciplina.

    Os professores tambm gravaro um udio e/ou uma videoaula para cada uma das unidades (pelo menos uma unidade contemplar a modalidade vdeo). Para essas aulas os professores podem privilegiar o contedo de aprendizado

  • 57

    mais difcil, ou ento fornecer ao aluno a chave de leitura da unidade. Sugere-se que o professor analise o contedo a ser ministrado e se pergunte: Se fosse na educao presencial que atividade eu desenvolveria nesse momento?. Se a res-posta for uma visita biblioteca, uma atividade em laborat-rio, uma visita tcnica, esta, certamente, ser a videoaula. O mesmo vale para o assunto em que o debate, a explanao de posies diferentes seja enriquecedor. Para tanto poss-vel trazer para o estdio outros professores, profissionais de mercado, pesquisadores que numa videoaula em forma de debate, podem auxiliar o aluno na compreenso do contedo e no processo de ensino-aprendizagem.

    Para a gravao das videoaulas, os professores ligados ao Ncleo de Educao a Distncia da UNICENTRO contam com estrutura de produo, profissionais e estagirios que podem auxiliar durante a elaborao e, tambm, no momento da gravao. A equipe de udio e vdeo oferece orientaes sobre todo o processo. Permite ao professor conferir videoau-las j produzidas, tirar dvidas, conhecer e praticar o compor-tamento frente s cmeras, fazer pequenos exerccios de fala e receber auxlio no planejamento e preenchimento do mapa de videoaula.

    No mapa da disciplina so fornecidas informaes tc-nicas, mostra o que o professor quer transmitir com a video-aula. importante, anteriormente, pensar quais tipos de ima-gens usar para ilustrar e exemplificar no contedo e os locais mais adequados para a gravao.

    Alm disso, os docentes tambm podem fazer videoau-las caseiras. Nos dois casos, o fundamental a transmisso clara e sem rudos do contedo. Nesse sentido, com alguns cuidados bsicos, possvel melhorar a qualidade dos vdeos, caseiros ou gravados nas dependncias da Instituio. Alguns deles se aplicam aos dois casos, alguns so especficos para as produes caseiras.

    Por fim, importante lembrar que a melhor cmera e os mais avanados mtodos de edio no garantem uma boa videoaula. Dominar o contedo fundamental. Aliar esse co-nhecimento com criatividade e uma boa pesquisa das possi-

  • 58

    bilidades das tecnologias da informao e da comunicao podem gerar resultados surpreendentes.

    2.4 WEBCONFERNCIA

    Webconferncia uma reunio ou encontro virtual que dispensa deslocamentos dos participantes pois cada um as-siste no prprio computador. realizada via internet, por meio de aplicativos ou servios com possibilidade de compartilha-mento de voz, vdeo, textos e arquivos via web.

    uma ferramenta de grande utilidade no ensino a dis-tncia pois permite que o professor oferea ao aluno a possi-bilidade de assistir palestras ministradas em congressos ou interagir com os alunos nos polos aps a apresentao de uma aula especfica ou de uma reviso final da matria minis-trada e apresentada no livro ou e-book.

    Todas as disciplinas ministradas a distncia devem pre-ver, ao seu final, uma webconferncia, objetivando revisar o contedo desenvolvido.

    A webconferncia pode ocorrer tanto por meio de uma aplicao especfica instalada em cada um dos computadores participantes, quanto por uma aplicao web que executa no navegador, bastando digitar o endereo do site no qual ser realizada. A maioria das vezes necessrio um pr-cadastro.

    Existe um tipo especfico de webconferncia conhecido como webinar. Webinar quando a comunicao de uma via apenas, ou seja, somente uma pessoa fala e as outras as-sistem. A interao entre os participantes limitada apenas ao chat, podendo conversar entre si ou ento apenas enviar perguntas ao palestrante.

    2.5 A ORGANIZAO DO SETOR PEDAGGICO DO NCLEO DE EDU-CAO A DISTNCIA DA UNICENTRO

    O setor pedaggico do NEAD responsvel hoje, pelo apoio e acompanhamento didtico e pedaggico de profes-sores que atuam nos cursos ofertados pela instituio. Este

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    grupo composto por um coordenador e quatro tcnicos res-ponsveis pelo design pedaggico dos curso, alm de um professor responsvel pelo desenvolvimento da tecnologia da plataforma e um professor responsvel pelo design grfico. A principal funo da equipe tratar das questes pedaggicas das disciplinas, incluindo apoio aos professores em relao ao planejamento da disciplina, bem como ao gerenciamento dos contedos na plataforma Moodle.

    Neste sentido, o trabalho de gesto envolve alm de uma dimenso poltica e administrativa, uma atuao efetivamente pedaggica que trata de princpios e aes didticas pertinen-tes a uma execuo eficaz do objetivo proposto pelo professor conteudista. Neste sentido, o setor pedaggico tem a tarefa de coordenar a produo de espaos, mtodos e tcnicas para que os objetivos propostos para a EaD sejam atingidos. Para que estas aes realmente se efetivem, organizou-se uma es-trutura de acolhimento aos professores, de forma presencial e virtual. A partir de um contato inicial, ocorre a cincia de que existe um espao para a construo de um conhecimento am-plo, colaborativo, dialgico e interativo. Essa dinmica pensa-da e planejada a partir de quatro passos:

    Primeiro passo

    Contato do Setor Pedaggico com o professor respon-svel pela disciplinaa) apresentao do passo a passo do professor no setor pedaggico (GUIA DO PROFESSOR);b) apresentao do plano de ensino e do mapa da disci-plina com as especificidades para a EaD;c) apresentao da plataforma Moodle - estrutura e fun-cionamento;d) contato com a equipe de vdeo para gravao de vdeo e audioaula;e) acompanhamento pedaggico para as produes;f) disponibilizao de links dos vdeos institucionais so-bre a produo de videoaulas;g) agenda do professor - definio de prazo para a entre-ga de materiais.

  • 60

    Segundo passo

    Retorno do plano de ensino e do mapa da disciplina para o Setor Pedaggicoa) envio do plano de ensino e mapa da disciplina em for-mato digital;b) envio de arquivos da disciplina livro da disciplina, materiais para a midiateca, entre outros;c) reviso das questes pedaggicas da disciplina.

    Terceiro passo

    Insero da disciplina na plataforma Moodlea) correes ortogrficas da disciplina pelo professor e apreciao pela Coordenao do Curso;b) publicao da disciplina na plataforma Moodle.

    Quarto passo

    Acompanhamento da disciplinaa) participao nos fruns (tira-dvidas e suporte tcnico), chats, webconferncias e demais atividades propostas.

    Existem propostas de cursos e disciplinas trabalhadas de forma interativa, colaborativa e cooperativa, a exemplo dos Massive Open On-line Course (MOOCs), que por sua vez fazem emergir cursos em que os alunos e professores so construtores do prprio percurso de ensino-aprendizagem. Porm, a forma adotada na UNICENTRO, embasa a arquite-tura pedaggica em uma linha de construo mais flexvel, mas ainda vinculada a uma viso tradicional, que permite um amplo planejamento em que as mdias auxiliam no de-senvolvimento de princpios interativos e colaborativos. Tal opo ocorre porque existem, na Instituio, cursos de gra-duao e ps-graduao formais, que exigem um processo estrutural de funcionamento. Contudo, j h estudos, no NEAD/UNICENTRO, para viabilizar cursos abertos, pautados pelas MOOCs, visando ainda alicerar os Personal Learning Environments (PLE) bem como aes que se situam em um modelo pedaggico conectivo.

    O plano de ensino e o mapa da disciplina em EAD dimenso metodolgica da disciplina acadmica

    O plano de ensino e o mapa da disciplina so instrumen-tos essenciais para ministrar uma disciplina. O modelo utiliza-

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    do visa o planejamento da disciplina, levando-se em conside-rao o que os alunos precisam estudar, os mecanismos para que se apropriem dos saberes, a escolha de contedos por sua relevncia, as atividades que possibilitam a construo de conhecimentos significativos pelos alunos, as tecnologias a serem utilizadas e que mantenham relao com as ativida-des pensadas, a avaliao do aluno no ambiente virtual de aprendizagem, bem como nas atividades presenciais, tendo em conta o enfoque pensado para a disciplina, e ainda, consi-derando os mecanismos de interao aluno-tutor, aluno-pro-fessor, aluno-professor-tutor.

    Estrutura do Plano de Ensino e do Mapa da Disciplina

    Parte 1Informaes gerais sobre a disciplina: Curso; disciplina/cdigo; carga horria; unidades de estudo (nmero).

    Parte 2 Ementa da disciplina.

    Parte 3 Objetivos da disciplina.

    Parte 4

    Programa geral da disciplina: apresenta um quadro com a indicao das unida-des e os tpicos que sero abordados pelo professor e as vdeo ou audioaulas.

    Parte 5

    Instrumentos de avaliao por unidade: o professor indica, para cada unidade de estudo, a estratgia de avaliao, ou seja, a forma, o peso e os critrios que so enviados aos Coordenadores para posterior reunio entre professor e tuto-res.

    Parte 6 Bibliografia bsica e complementar.

    Alm deste trabalho de apoio na elaborao do plano de ensino, a equipe acompanha o desmembramento do do-cumento na plataforma Moodle, considerando-a o campo de prtica, espao de aula virtual.

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    2.6 O TRABALHO PEDAGGICO COM O PROFESSOR PARA O CAMPO DA PRTICA - A PLATAFORMA MOODLE

    Cada curso tem um design j pensado e definido para sua identidade e para que o aluno vivencie uma experincia significativa com os pressupostos essenciais do curso. Na parte inicial constam: nome da disciplina, nome do professor e perodo de realizao da disciplina, como pode ser visto no exemplo a seguir. (figuras 11 e 12).

    Figura 11 Tela inicial da disciplina Funo Social da Escola, do Curso de Gesto Escolar. Fonte: Moodle UNICENTRO

    Figura 12 Disciplina Funo Social da Escola, do Curso de Gesto Escolar.Fonte: Moodle UNICENTRO

    Nessa pgina o aluno encontra um frum de notcias o Curriculum Lattes do professor, o plano de ensino e o vdeo de apresentao do docente.

    Na sequncia, o professor prepara, para colocar disposi-o do aluno, um texto introdutrio acompanhado de um udio.

    Tal forma de organizao estruturada por itens que se complementam para que o aluno tenha uma viso clara da abordagem epistemolgica da disciplina e, ao mesmo tempo,

  • 63

    conhea um pouco mais da atuao profissional do professor.O modelo de abas possibilita que o aluno navegue de for-

    ma interativa e dialgica, a partir dos hipertextos que se abrem nas abas disponibilizadas. Tal dispositivo oferece um acesso mais dinmico aos espaos da plataforma: incio, rea do alu-no, midiateca, unidades, avaliao presencial, atividade com-plementar, avaliao da disciplina. Alm dessas, h o suporte tcnico e um frum tira-dvidas da disciplina, na aba ajuda.

    Figura 13 Disciplina Funo Social da Escola, do Curso de Gesto Escolar.

    Fonte: Moodle UNICENTRO

    Na rea do aluno esto includos os cones: calendrio, relatrio de atividades, notas, dirios, fruns, questionrios e tarefas. O modo de organizao facilita o acesso do discente, bem como demarca as metforas arquitetnicas pensadas para o curso. Assim, o aluno tem uma viso clara e organi-zada das aes que devem pautar seus estudos e cria uma identificao visual com os cones.

    Figura 14 Disciplina Funo Social da Escola, do Curso de Gesto Escolar.Fonte: Moodle UNICENTRO

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    Na midiateca so disponibilizados: dois vdeos institu-cionais, o da UNICENTRO e o do NEAD, o livro da disciplina em PDF, links de bibliotecas virtuais, materiais de apoio e de es-tudo, alm de outros textos, vdeos, webdocumentrios que o professor oferece aos alunos e o glossrio da disciplina, cria-do pelo prprio professor.

    Figura 15 Disciplina Funo Social da Escola, do Curso de Gesto Escolar.Fonte: Moodle UNICENTRO

    Cada unidade indicada por um ttulo e informa o pe-rodo de realizao. Alm disso, o professor disponibiliza um texto sntese sobre a unidade de estudo, incluindo o udio da apresentao e uma videoaula. Esta seo tambm tem mais trs indicativos: atividades, materiais complementares e referncias bibliogrficas de cada unidade. Tambm dis-ponibilizado o e-book da disciplina que contm os hiperlinks e hipertextos apresentados, tendo como base o texto escrito pelo professor, considerando que os links tm um papel rele-vante na construo do sentido, em textos virtuais. H ainda

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    um chat que serve como um planto do professor. Sob a perspectiva da cincia da linguagem, tem como objetivo trazer discusso o processo de ensino e de aprendi-zagem, mesclando reflexes tericas e observaes pr-ticas, objetivando acompanhar o que ocorre durante a realizao da disciplina.

    A nfase nesta forma de estruturao para que o professor proponha atividades que facilitem a interao maior.

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  • 67

    APRESENTAcaO

    111

    ,

    ~

    INFORMAES TCNICAS3.1 ESTRUTURA PARA LIVRO E E-BOOK

    Salienta-se que a formatao padronizada dos livros ou e-book d-se to somente na verso entregue pelos autores, pois para a impresso o material ser devida-mente editorado/diagramado por equipe especializada, atendendo s exigncias dos formatos.

    Para que a produo grfico-editorial seja o mais precisa possvel, importante que os cronogramas se-jam respeitados.

    Orientao para formatao1 Os textos sero enviados em programas que per-mitam livremente o processo de editorao. Caso o autor julgue necessrio a utilizao de outros pro-gramas, a Coordenao ser consultada. 2 Os textos devem utilizar: Fonte: Times 12; Tamanho da folha: A4; Margens: esquerda e superior 3 cm, direita e infe-rior 2 cm;

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    Espaamento entre linhas: 1,5; Pargrafo justificado.3 Nomear o arquivo preferencialmente com o nome da disciplina e em seguida o nome do professor autor.Ex: LGEM_E_ALFABETIZAO_MARIA DA 4 Qualquer recurso ou sigla que seja utilizada no mate-rial, de acordo com a necessidade e especificidade de cada curso, ser acompanhada de um esclarecimento (explicao nota de rodap) para facilitar o trabalho do diagramador.Preferencialmente dar as indicaes desse recurso com outra cor para destacar a informao.5 No caso de materiais que precisem de frmulas, cl-culos e afins, estes estaro inseridos no documento (ar-quivo de word), mas convertidos em forma de imagem. Isso evita que haja qualquer desconfigurao em dados momentos do processo, garantindo, desta forma, que o contedo seja preservado.

    Mapas, grficos e tabelas

    possvel utilizar imagens, mapas, grficos e tabelas para a visualizao do aluno. Contudo, necessrio que se atente para que as imagens publicadas estejam devidamen-te autorizadas e, caso sejam de autoria do prprio professor, este explicar, abaixo da figura, que se trata de elaborao prpria. Ex: FONTE imagem nossa.

    Quando o autor utilizar uma imagem tambm dever ter em mente as limitaes da impresso (que geralmente so em P&B) e nas questes da dimenso da imagem tanto no podem ser pequenas, pois ficaro sem definio na im-presso, quanto no podem ser muito grandes, em funo da limitao de espao.

    Utilizem-se apenas imagens que permitam uma visua-

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    lizao satisfatria, que possam de fato contribuir para a co-municao do contedo.

    As imagens inseridas no arquivo (word), assim como de-senhos feitos em outros programas (caso haja), sero envia-dos separados em CD-Rom, salvos no formato jpg com 300 DPIs. Isso necessrio para o processo de editorao e at mesmo porque, dependendo do nmero de imagens, o arqui-vo pode ficar invivel para encaminhamento por e-mail. Res-salta-se, mais uma vez, que o professor autor o responsvel por informar os crditos das imagens.

    Tabelas e grficos demandam uma produo parte no processo de diagramao. Quando so muito elaborados complicam o processo de composio do texto, pois tero que ser desmontados e os dados importados para outro programa (de editorao).

    Diante disso necessrio que tabelas e grficos sejam montados da forma mais simples possvel, sem destaques em retcula (escalas de cin0za) ou textos vazados (letra bran-ca sobre fundo preto).

    Quando as tabelas forem scaneadas necessrio que o texto seja redigitado para que o material tenha visualizao e qualidade melhores.

  • 70

    3.2 MAPA DA DISCIPLINA

    MAPA DA DISCIPLINA

    Curso: Carga horria:Disciplina/cdigo:Professor responsvel:

    Programa da disciplina

    Unidade 1 Ttulo da unidade [inserir]

    Tpico 1 Elementos que sero discutidos durante a sema-na de estudos [inserir]

    Tpico 2

    Tpico 3

    Tpico 4

    Unidade 2

    Tpico 1

    Tpico 2

    Tpico 3

    Tpico 4

    Unidade 3

    Tpico 1

    Tpico 2

    Tpico 3

    Tpico 4

    Unidade 4

    Tpico 1

    T