Guimarães Arte e Cultura | CIAJG | Jornal 1º ciclo expositivo 2016

8
PLATAFORMA DAS ARTES E DA CRIATIVIDADE No primeiro ciclo expositivo de 2016, redesenhamos a montagem da coleção permanente e propomos três exposições individuais que constituem três singulares e poderosas visões do mundo e de modos alternativos de existência. Nestas exposições, os artistas usam meios semelhantes – a fotografia, o vídeo e o som – para abordar, documentar e construir universos utópicos de pequena ou grande escala, em que as dimensões do tempo e do espaço são expandidas e transformadas e tornam-se material para a perceção do espetador. For the first exhibition cycle of 2016, we have redesigned the montage of the permanent collection and hereby propose three individual exhibitions that constitute three natural and powerful visions of the world and present alternative modes of existence. In these exhibitions, the artists use similar media - photography, video and sound - to address, document and build small or large scale utopian universes, in which the dimensions of time and space are expanded and transformed, and become raw material for the viewer’s perception.

description

 

Transcript of Guimarães Arte e Cultura | CIAJG | Jornal 1º ciclo expositivo 2016

—PLATAFORMA DAS ARTESE DA CRIATIVIDADE

No primeiro ciclo expositivo de 2016, redesenhamos a montagem da coleção permanente e propomos três exposições individuais que constituem três singulares e poderosas visões do mundo e de modos alternativos de existência. Nestas exposições, os artistas usam meios semelhantes – a fotografia, o vídeo e o som – para abordar, documentar e construir universos utópicos de pequena ou grande escala, em que as dimensões do tempo e do espaço são expandidas e transformadas e tornam-se material para a perceção do espetador.

For the first exhibition cycle of 2016, we have redesigned the montage of the permanent collection and hereby propose three individual exhibitions that constitute three natural and powerful visions of the world and present alternative modes of existence. In these exhibitions, the artists use

similar media - photography, video and sound - to address, document and build small or large scale utopian universes, in which the dimensions of time and space are expanded and transformed, and become raw material for the viewer’s perception.

CIAJG 2

“Labirinto e eco” é o mote da nova montagem da coleção permanente. Durante o período de um ano as salas do piso superior do CIAJG vão acolher um extenso e variado conjunto de intervenções de artistas contemporâneos, convidados a dialogar com os notáveis objetos da coleção de José de Guimarães e outros entretanto reunidos no acervo da instituição. O eco da criação artística propaga-se pelos tempos, numa fascinante e misteriosa viagem que descobrimos com renovado espanto a cada visita que fazemos ao museu, a cada museu. No CIAJG não é diferente. Propomos uma experiência única de visita ou revisitação através do labirinto da história pelo próprio pé do espetador ou pela mão dos monitores do nosso Serviço Educativo.

Tomás Cunha Ferreira · OntemporâneoAlgures entre as experiências do grupo support-surface e os papéis recortados de Henri Matisse, entre Piet Mondrian e Hélio Oiticica, se encontra a prática de desconstrução e reinvenção da pintura de Tomás Cunha Ferreira. O objeto encontrado ou desviado, os materiais moles ou duros, são reinvestidos de energia na inversa medida em que perdem as suas propriedades formais. É de pintura que se trata – no sentido expandido do termo. Superfícies coloridas, suspensas do teto ou

encostadas à parede, redesenhadas no plano vertical ou ocupando o espaço do chão – um diálogo em surdina com a história da pintura em modo menor: a escala é pequena, os meios são pobres, a atenção é dada mais às características materiais e menos à imagem. Podemos falar de uma pintura nómada, portátil, móvel que convoca um pensamento em potência, uma reflexão em movimento – como o poeta, pede ao seu leitor um trabalho poético, no vazio da forma, do sentido e da respiração do poema (dos objetos, das coisas).

PISO 1 / SALAS #1-8 | 1ST FLOOR / ROOMS #1-8

C O M I N T E R V E N Ç ÃO D E T O M Á S C U N H A F E R R E I R A

CURADORIA NUNO FARIA

Uma dupla luso-brasileira de mú-sicos que explora a transa atlân-tica de canções compostas em parceira entre os dois, e músicos como Moreno Veloso, Pedro Sá, Domenico Lancellotti, Nelson Ja-cobina, Quito Ribeiro, etc. Uma atuação a duas vozes e duas gui-tarras, com alguns mini-sintetiza-dores, entre bossa-pop e eletró-nica experimental, entre Rio de Janeiro e Lisboa.

A Portuguese-Brazilian musical duo that explores the Atlantic trance of songs jointly written by them, and musicians such as Moreno Velo-so, Pedro Sá, Domenico Lancellot-ti, Nelson Jacobina, Quito Ribeiro, etc. A performance featuring two voices and two guitars, with some mini-synthesizers, in a mix between Bossa-Pop and Experimental Elec-tronic music, between Rio de Janei-ro and Lisbon.

APÓS A INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃOIntervenção Sonora LAMBE-LAMBE [Intervenção Sonora]Tomás Cunha Ferreira + Rodrigo Bartolo

LABYRINTH AND ECHOPERMANENT COLLECTION AND OTHER WORKSWITH AN INTERVENTION BY TOMÁS CUNHA FERREIRA

“Labyrinth and echo” is the title of the new montage of the permanent collection. Over a one year period the rooms of the upper floor of the CIAJG will host an extensive and varied set of interventions by contemporary artists, invited to establish a dialogue with the remarkable objects in the José de Guimarães collection and other works that have been gathered in the meantime for the institution's collection.The echo of artistic creation reverberates across time, in a fascinating and mysterious journey that we discover with renewed amazement each time we visit a museum. The CIAJG is no exception. We propose a unique way of visiting or revisiting the labyrinth of history, which the spectator may traverse on foot or assisted by the monitors of our educational service.

TOMÁS CUNHA FERREIRAON TEMPORARY

The practice of deconstruction and reinvention in Tomás Cunha Ferreira’s paintings lies somewhere between support-surface group experiences and Henri Matisse’s paper cut outs, Piet Mondrian and Hélio Oiticica. The found object or re-purposed object, soft or hard materials, are reinvested with energy to the opposite extent to which they lose their formal properties. This is painting - in an expanded sense of the term. Coloured surfaces, suspended from the ceiling or resting against the wall, redesigned in the vertical plane or occupying the floor space - a crafty dialogue with the history of painting in a minor mode: the scale is small, the means are poor, attention is focused primarily on the material characteristics and less on the image. We can talk about a nomadic, portable, mobile painting that conjures up a powerful thought, a moving reflection - like the poet who asks the reader to undertake a poetic work, in the void of form, meaning and breath of the poem (of objects, of things).

Arte Africana, Arte pré-Colombiana e Arte Chinesa Antiga da coleção de José de Guimarães. Objetos do património arqueológico, popular e religioso.

African Art, Pre-Columbian Art and Ancient Chinese Art of the José de Guimarães Collection. Objects of the folk, religious and archaeological heri-tage of the region of Guimarães.

Obras de / Works by

José de Guimarães,Vasco Araújo,Rui Moreira,Otelo Fabião,f.marquespenteado,Rui Toscano,Tomás Cunha Ferreira,Jarosław Flicinski, Rosa Ramalho,Ernesto de Sousa,Franklin Vilas Boas,anónimos.

Tomás Cunha Ferreira • não pode ser de outro jeito, 2014 • óleo s/ vidro • 17,5 x 22 cm

Tomás Cunha Ferreira • s/título, 2014 • acrílico s/ zinco e madeira • 1,3 x 30,5 x 2,2 cm

Tomás Cunha Ferreira • s/título, 2014 • pano de algodão e lona plástica • 54,5 x 106 cm

PEQUENA NEBULOSA #1, 2015impressão a jacto de tinta sobre papel Museo Archival Fine Artinkjet print on Archival Fine Art Museo Paper40 x 45 cm

S/TÍTULO, 201510 projetores de diapositivoscom écran10 slide projectors with screen121 x 160 x 166 cm

PIRÂMIDE I, 20152 projetores de diapositivos, 2 diapositivos, MDF pintado, madeira, ferro2 slide projectors, 2 slides, painted MDF, wood, iron113 x 400 x 70 cm

5

Com a exposição “Civilizações de Tipo I, II e III”, Rui Toscano (RT) prossegue, aprofunda e, em certa medida, expande a investigação em torno do universo de exploração espacial, que o artista havia já abordado em peças isoladas e de um tema ao qual dedicou recentes exposições, nomeadamente “La Grande Avventura dello Spazio”, na Galeria Cristina Guerra, em 2013, e “Journey Beyond the Stars”, na Travessa da Eremida, em 2015.A presente exposição reúne um conjunto de peças recentes ou inéditas bem elucidativo do vasto espetro de suportes que RT explora, que vão do som à luz, passando pela imagem fotográfica, a pintura, o desenho e o vídeo, mas também das estratégias que vem persistentemente desenvolvendo ao longo do seu trabalho, há já mais de 20 anos, a saber, uma prática de apropriação e reutilização de imagens, de colagem e/ou montagem de elementos que mantêm entre eles uma relação de vizinhança temática ou concetual, a evocação do cinema de ficção científica erudito ou visionário, nomeadamente de duas obras clássicas a que recorrentemente regressa, “Blade Runner” de Ridley Scott e “2001 - Odisseia no Espaço” de Stanley Kubrick, o lugar central da perceção na construção da obra a partir da padronização do acaso, da tematização do invisível e do atmosférico, a aproximação da escala incomensurável - o cosmos - e ínfima - a partícula de pó que esvoaça no ar.Talvez a principal transformação ocorrida no interior do trabalho de RT, que esta exposição torna visível (como fica sugerido, aliás, no título da exposição, uma remissão para a escala de Kardashev, através da qual o famoso astrofísico russo estabelece uma quantificação do nível de avanço tecnológico a partir da quantidade de energia que cada civilização utiliza), seja a aproximação cósmica dos imaginários de civilizações, reais ou projetadas ficcionalmente, distanciadas no tempo e no espaço – o Antigo Egipto, os povos pré-colombianos, a aventura espacial dos anos 1950-60, o mundo pós-apocalíptico e distópico de Blade Runner, que em 1982 apontava para um futuro sem esperança, situado em 2019, afinal sintomaticamente próximo de nós.A exposição constitui uma parceria com o Museu do Chiado - Museu Nacional de Arte Contemporânea.

CURADORIA NUNO FARIA

RUI TOSCANOTYPE I, II AND III CIVILIZATIONS

THE EYE AS REPRESENTATION AND REVERBERATION OF THE UNIVERSE

In the exhibition, “Civilizations of Type I, II and III”, Rui Toscano (RT) continues, deepens and, to a certain extent, expands his research into the universe of space exploration, that he previously addressed in isolated works and to which he has dedicated several recent exhibitions, including “La Grande Avventura dello Spazio” in the Galeria Cristina Guerra in 2013, and “Journey Beyond the Stars”, in the Travessa da Eremida in 2015.This exhibition showcases a collection of recent or hitherto unseen works that exemplify the broad spectrum of media used by the artist - ranging from sound to light, including photography, painting, drawing and video. The exhibition also highlights the strategies that he has persistently explored over the past 20 years: a practice of appropriation and reuse of pictures, collage and / or assembly of elements that are linked thematically or conceptually; the evocation of scholarly or visionary science fiction cinema, including two classic works, to which he repeatedly returns: Ridley Scott’s “Blade Runner” and Stanley Kubrick’s “2001 - A Space Odyssey”; the central role of perception in the construction of each work, based on the standardization of chance;

thematic exploration of the invisible and atmospheric; the approach towards immeasurable scale - the cosmos - and microscopic scale - a speck of dust that flutters in the air.Perhaps the greatest transformation that has occurred in Rui Toscano’s oeuvre, as highlighted in this exhibition (and suggested, moreover, by the exhibition's title, which is a reference to the Kardashev scale, via which the famous Russian astrophysicist established a quantification of the level of technological advance based on the amount of energy that each civilization can use), is the cosmic alignment of the imaginary universes of historical or fictionally projected civilizations, that are distant in time and space - the Ancient Egyptians, the pre-Columbian peoples, the space adventure of the 1950s and 1960s, and the post-apocalyptic and dystopian world of “Blade Runner” (1982) that envisaged a hopeless future, set in 2019, which, symptomatically, is now very close at hand. The exhibition is a partnership with the Chiado Museum - National Museum of Contemporary Art.

PISO 0 / SALAS #9-11 | GROUND FLOOR / ROOMS #9-11

O O L H O C O M O R E P R E S E N TAÇ ÃO E R E V E R B E R AÇ ÃO D O U N I V E R S O

COLOSSO I, 20155 projetores de diapositivos, 5 diapositivos5 slide projectors, 5 slides421 x 170 cm

CIAJG 6

desenhou e levantou, como os fojos que fotografou na sequência de inumeráveis viagens e caminhadas pela Serra do Gerês. Uma imensa abstração, contudo bem real, física e implacável, o mar tem sido um território amplamente tematizado como um lugar de invenção da linguagem – nomear para conhecer. Também aqui a imagem torna concreto e material esse sentido de imensidão, a perder de vista, que o mar convoca. Também aqui as práticas humanas surgem intimamente ligadas à experiência da aprendizagem – a natureza como alteridade e como construção cultural.

PISO -1 / SALAS #12-13 | LOWER FLOOR / ROOMS #12-13

CURADORIA NUNO FARIA

Na exposição “A Idade do Perigo”, João Grama, artista formado no Ar.Co e que atualmente estuda fotografia na Academia de Artes Visuais de Leipzig, na Alemanha, sistematiza uma interrogação sobre a aproximação entre as entidades humana e animal, relação arcaica e repleta de estranheza, alteridade e reconhecimento. Focando a atenção na figura da armadilha, enquanto artifício que propicia o encontro, João Grama demanda paisagens e lugares longínquos, no mar ou na montanha, no litoral ou no interior, para refletir sobre a temporalidade e a metafísica da existência. A exposição, cujo principal campo de exploração é a paisagem, está simbólica e fisicamente dividida em duas partes: a montanha e o mar. Na primeira, a figura do lobo, símbolo profundo do aspeto selvagem da natureza, espelho invertido do homem, o seu grande inimigo, está omnipresente apesar de ser jamais visível. É esta a metáfora que o artista nos propõe – a imagem, enquanto emanação ou reflexo do conhecimento, esconde-se sempre nos intervalos e nos interstícios, convive de perto com o invisível, projeta-nos no desconhecido de nós mesmos. Assim, João Grama faz conviver dois olhares sobre as estruturas mentais e físicas construídas em torno do lobo – o saber científico, aqui simbolizado pela figura do biólogo, fundado numa rigorosa observação e recolha de dados concretos, e o saber popular, fundado nas edificações que o homem

JOÃO GRAMATHE AGE OF DANGER

In the exhibition “The Age of Dan-ger”, the artist João Grama, who studied at Ar.Co and is currently studying photography at the Lei-pzig Academy of Visual Arts, Ger-many, systematises his questioning of the links between human and animal entities, an archaic rela-tionship that is filled with stran-geness, otherness and recognition.Focusing attention on the figure of the trap - as a device that fosters an encounter - João Grama sear-ches for landscapes and faraway places, at sea or in the mountains, on the coast or inland, in order to reflect about the temporality and metaphysics of existence.The exhibition, whose main field of exploration is the landscape, is symbolically and physically divided into two parts: the mountain and the sea. In the former, the figure of the wolf, a profound symbol of wild nature, the inverted mirror of man, his great enemy, is omnipre-sent, albeit never visible. This is the metaphor that the artist offers us - the image, as an emanation or re-flection of knowledge, is always

hidden in the intervals and inters-tices, close to the invisible, pro-jecting us into the unknown world of ourselves. João Grama there-by simultaneously maintains two perspectives concerning the men-tal and physical structures cons-tructed around the wolf - scienti-fic knowledge, symbolised here by the figure of the biologist, based on close observation and collec-tion of concrete data; and popular knowledge, founded on the buil-dings that man has designed and erected, such as the wolf traps that he photographed during countless trips and walks through the Ser-ra do Geres.An immense abstraction, however very real, physical and relentless, the sea has been widely addres-sed as a territory where langua-ge is invented – naming things to know them. Once again, the ima-ge renders concrete and material this sense of immensity, stretching into infinity, conjured up by the sea. Once again in this case, hu-man practices are intimately linked to the experience of learning - na-ture as otherness and as a cultural construction.

S/título (da série o vício da terra), 2015c-print sobre papel hahnemuhle photoRag barita 82,5 x 110 cm

João GramaS/título, 2015c-print sobre papel hahnemuhle photoRag barita 80 x 62,5 cm

7

CURADORIA NUNO FARIA

Francisco Janes é um artista português formado no Ar.Co, em Lisboa e na Call Arts, em Los Angeles, e que atualmente vive em Vilnius, Lituânia. O trabalho que desenvolve integra o filme, a fotografia e o som para abordar sítios particulares construídos pela mão de homem onde os ciclos da natureza e a ressonância do cosmos se confundem com os rituais humanos de celebração do lugar. Nesta exposição, cujo misterioso título é tomado de empréstimo de um poema de Charles Bukowski, apresenta-nos sobretudo dois lugares singulares – Gojus e Orvidu, ambos na Lituânia. Gojus é um lugar isolado onde um casal edificou a própria casa e onde construiu um modo de vida autónomo e insular, apartado dos ritmos da cidade e civilização. Janes filmou o ritmo pausado, marcado pelo ciclo das estações, os gestos, os rituais, as marcas deixadas na paisagem, num tempo-espaço alongado, marcado pelo trabalho manual e a prática espiritual. Orvidu Sodyba, que em lituano significa “O jardim de Orvidu”, é, no imaginário coletivo, um lugar mítico na natureza, profusamente filmado por vários artistas e cineastas. O autor toma aqui uma perspetiva diferente – filma as ruínas como cristalização “de uma certa ideia de refúgio e a absurda materialização da sua presença e abandono”.

FRANCISCO JANESWE HAVE EVERYTHING AND WE HAVE NOTHING

Francisco Janes is a Portuguese artist who studied at Arco in Lisbon and Ca-lArts in Los Angeles, and who currently lives in Vilnius, Lithuania. He uses film, photography and sound to address spe-cific man-made sites where the cycles of nature and the resonance of the cos-mos blend with human rituals in cele-bration of the place.This exhibition, whose mysterious title is borrowed from a poem by Charles Bukowski, essentially presents us with two unique places - Gojus and Orvidu, both located in Lithuania. Gojus is an isolated place where a couple built their own home and pursue an autonomous and insular life, far from the rhythms of the city and civilization. Janes filmed the slow pace of the locale, marked by the cycle of the seasons, gestures, rit-uals, the marks left on the landscape,

in an elongated time-space, influenced by manual work and spiritual practice.Orvidu Sodyba, which in Portuguese means “The Garden of Orvidu” is, in the collective imagination, a mythical place in nature, which has been exten-sively filmed by various artists and film-makers. In this case the artist takes a different perspective. He films the ru-ins as crystallisation "of a certain idea of refuge and the absurd materialisa-tion of its presence and abandonment".In a way, we are faced by two magnetic places, in articulation with the natural elements that emerge as projections of a utopian mode (and therefore po-litical mode) of conceiving human ex-istence - one hopeful, the other disen-chanted - beyond any form of control or submission. To quote the poem: “We have everything and we have nothing”.

PISO -1 / SALA #13 | LOWER FLOOR / ROOM #13

Peças Anagama feitas em Gojus, 2013-2015Série de fotografias digitais transferidas para slide 35mm, loop Gojus, 2012-2016Duas projeções HD, COR, som estéreo, 30’ loop

De uma certa forma, estamos perante dois lugares magnéticos, em articulação com os elementos naturais, que emergem como projeções de um modo utópico (e por isso político) de conceber a existência humana – uma esperançosa e a outra desencantada -, para lá de qualquer forma de controlo ou de submissão. “Temos tudo e não temos nada”, para citar o poema.

CIAJG 8

O cartão AMIGO CIAJG foi criado para juntar a comunidade em torno de um projeto museológico sem fronteiras e que reúne objetos de diferentes culturas, tempos e lugares. Queremos que o CIAJG seja um ponto de encontro, um lugar sem limites para a reflexão, onde a única regra seja a do prazer de ver e de pensar, a liberdade de formar um pensamento próprio. Ambicionamos tornar o CIAJG um lugar de referência na cidade, na região, à escala nacional e internacional, e para atingir esse ambicioso objetivo precisamos de si. Bem-vindos ao CIAJG: um museu com a forma do mundo!

Organização

Central de Informação | 2016

José de Guimarães International Arts Centre (CIAJG)Platform of Arts and Creativity

Opening hourstuesday to sunday10am to 7pm (last visit 6.30pm)

Tariffs4 eur / 3 eur Holders of the Cartão Jovem, Under 30 years, Students, Holders of the Cartão Municipal de Idoso, Reformados (Senior and Pensioner’s Card), Over 65 years, Handicapped patrons and the person accompanying them / Cartão Quadrilátero Cultural 50% discount / Free Entrance children until 12 years old / sunday morning (10 am to 2.00 pm)

Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG)Plataforma das Artes e da Criatividade

Horário de funcionamentoterça a domingo10h00 às 19h00 (última entrada às 18h30)

Tarifário4 eur / 3 eur Cartão Jovem Municipal, Cartão Jovem, Menores de 30 anos, Estudantes, Cartão Municipal de Idoso, Reformados, Maiores de 65 anos, Cartão Municipal das Pessoas com Deficiência, Deficientes e Acompanhante / Cartão Quadrilátero Cultural desconto 50% /Entrada Gratuita crianças até 12 anos / domingos de manhã (10h00 às 14h00)

Morada / AddressAv. Conde Margaride, nº 1754810-535 GuimarãesPortugalTelefone / Phone + 351 253 424 715www.ciajg.ptN 41.443249, W 8.297915

4 aos 10 anosDesalfabeto (grafismo, pintura, conto)Trocar os pés pelas mãos (escultura, figura, cartão)

10 aos 14 anosO avesso do volume (escultura, moldes, barro)GLOBO – rota do corpo à imaginação (desenho, corpo, geografia)

M/ 15 anosSuperfície da pele (escultura, moldes, cera)De 20000 a.C a 2000 d.C. (história, artes visuais)Fora do papel (desenho, arquitetura, espaço)

Terça a domingo, por marcação através do e-mail [email protected]ção 90 min. a 2 horasLotação 1 turma / 25 pessoas /Preço Oficinas 2,00 eur Preço Vai e Vem (1 visita ao CIAJG + 1 oficina na escola) 2,00 eur (oferta exclusiva para IPSS e escolas públicas de Guimarães)

Terça a domingoPúblico-alvo alunos e professores de desenhoLotação máx. 25 pessoas/ grupoAtividade sujeita a marcação prévia através do e-mail [email protected]

Terça a domingo, das 10h00 às 19h00, por marcação através do e-mail [email protected] (a última visita terá início até às 18h00) Público-alvo Maiores de 4 anosDuração 60 a 90 min.Lotação min. 10 pessoas, max. 20 pessoas Preço 2,00 eur (grupos escolares) / 5,00 eur (outros públicos)

2º sábado do mês, às 16h00Público-alvo dos 4 aos 12 anos Duração 90 min. Lotação min. 10 pessoas, máx. 20 pessoas Preço 2,00 eur Atividade sujeita a marcação prévia com, pelo menos, 48h de antecedência através do e-mail [email protected]

Para adquirir o cartão Amigo CIAJG basta preencher o formulário de adesão e entrega-lo na bilheteira do CIAJG ou envia--lo por correio para a morada: Plataforma das Artes e da Criatividade / Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Av. Conde Margaride, 175, 4810-535 Guimarães.

O pagamento poderá ser efetuado em numerário (no momento da subscrição), através de cheque enviado por correio à ordem de “A Oficina, CIPRL”, ou através de referência multibanco a gerar no ato de subscrição.

O seu cartão será emitido no prazo de uma semana, após confirmação do pagamento e enviado para a morada indicada no formulário. Para tornar mais cómodo o processo de adesão, o CIAJG disponibiliza--lhe ainda um formulário em www.ciajg.pt, que depois deverá ser submetido por e-mail para [email protected].

O cartão é válido por um ano a partir do momento da sua emissão e é renovável consoante intenção do portador. A utilização do cartão é pessoal e intransmissível. O cartão deverá ser apresentado na bilheteira do CIAJG e sempre que solicitado.

Cofinanciamento

CIAJG FRIEND CARDThe CIAJG FRIEND card has been created to build a community around a museum project without frontiers, that brings together objects from different cultures, times and places. We want the CIAJG to be a meeting place, a place without limits, that will foster reflection, where the only rule is the pleasure of seeing and thinking, the freedom to form our own thoughts. We aim to make the CIAJG a place of reference in Guimarães, the region, Portugal and internationally. We need you to help us achieve this ambitious goal. Welcome to the CIAJG: a museum shaped like the world! “O CIAJG é uma instituição

de convergência de culturas e civilizações aberta também aos criadores contemporâneos que se reveem nas valências culturais de todas as épocas. Tornar-se amigo do CIAJG significa participar na vida do Centro, acompanhar o seu desenvolvimento e viver as suas atividades. O apoio individual dos amigos do CIAJG é essencial para reforçar o seu reconhecimento nacional e internacional e sentir-me--ei muito feliz se puder contar com a sua adesão.” José de Guimarães, Amigo

do CIAJG (nº1)

"Ser amigo do CIAJG é acreditar na capacidade transformadora da arte, é combater a resignação ou o conformismo, é pensar a política cultural como processo contínuo de depuração. O CIAJG tem sabido ser acervo de conhecimento, arte e memória, numa conceção organizada e sistemática que responde às exigências da contemporaneidade." Domingos Bragança, Presidente da Câmara

Municipal de Guimarães, Amigo do CIAJG

(nº2)

REGALIASComo forma de estímulo, o cartão Amigo CIAJG reserva várias regalias aos seus portadores:

• Entrada livre nas exposições do CIAJG;• 50% de desconto nas visitas orientadas às exposições do CIAJG (por marcação através do e-mail [email protected]);• Visita exclusiva com o Diretor Artístico do CIAJG para Amigos, por ciclo expositivo;• Museu Fora de Horas: encontros/leituras seguidas de conversa sobre questões de arte contemporânea; • Acesso gratuito às atividades para famílias do CIAJG (até ao limite da lotação disponível mediante marcação prévia com, pelo menos, 48 horas de antecedência através do e-mail [email protected]);• 10% de desconto em todas as compras na loja do CIAJG (exceto produtos à consignação); • 25% de desconto na compra de edições do CIAJG;• Convites para as inaugurações, lançamentos de catálogos e outros eventos;• Envio de newsletters regulares sobre a programação do CIAJG;• Parque de estacionamento gratuito na Plataforma das Artes e da Criatividade, sempre que for visitar as exposições do CIAJG, num período máximo de 2 horas, condicionado à lotação do parque;• 50% de desconto nos espetáculos na Plataforma das Artes e da Criatividade (espetáculos promovidos pela Oficina);• Entrada livre nas exposições do Palácio Vila Flor.

VALOR DA ANUIDADE

CARTÃO AMIGO CIAJG - INDIVIDUAL 50,00 eurCARTÃO AMIGO CIAJG - FAMÍLIA 75,00 eur (pai, mãe e filhos)

A utilização do cartão é pessoal e intransmissível. O cartão deverá ser apresentado na bilheteira do CIAJG e sempre que solicitado.

Nº:

Nome: Válido até:

WWW.CIAJG.PT