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SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE Guindastes Elaboração Alan Borges Ramos RA 205030 Caiqui Schemidt B. Zamaia RA 206395 Juan Miquéias Freire Alves RA Jéssica dos Santos Oliveira RA 204186 Jander D. Ferreira RA204985 Kevin Rufino Gonçalves RA 205581 Orientação Prof. Fernando Eguia Araçatuba 2019

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SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE

Guindastes

Elaboração

Alan Borges Ramos RA 205030

Caiqui Schemidt B. Zamaia RA 206395

Juan Miquéias Freire Alves RA

Jéssica dos Santos Oliveira RA 204186

Jander D. Ferreira RA204985

Kevin Rufino Gonçalves RA 205581

Orientação

Prof. Fernando Eguia

Araçatuba

2019

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: ANTIGOS GUINDASTES PARA CONSTRUÇÃO. ...................................................... 6

FIGURA 2: MODELO DE UM GUINDASTE GRECO-ROMANO ................................................ 7

FIGURA 3: GUINDASTES AUTOPROPELIDOS ........................................................................ 9

FIGURA 4: GUINDASTE FIXO ............................................................................................ 10

FIGURA 5: GUINDASTE SOBRE CAMINHÃO ....................................................................... 10

FIGURA 6: GUINDASTE RODOVIÁRIO . ........................................................................... 10

FIGURA 7: CAMINHÃO TIPO MUNCK. ............................................................................... 12

FIGURA 8: GUINDASTE SOB ESTEIRA - 25T ...................................................................... 12

FIGURA 9: GUINDASTE ARTICULADO HIDRÁULICO. ........................................................ 13

FIGURA 10: GRUA TIPO TORRE FIXA. ............................................................................... 13

FIGURA 11: GUINDASTE TIPO GRUA. ............................................................................... 14

FIGURA 12: GUINDASTE TIPO FLUTUANTE. ..................................................................... 14

FIGURA 13: LANÇA TELESCÓPICA .................................................................................... 15

FIGURA 14: LANÇA FIXA .................................................................................................. 15

FIGURA 15: LANÇA TRELIÇADA ....................................................................................... 16

FIGURA 16: ESTROPOS, ESLINGAS OU LAÇOS DE CABOS DE AÇO ...................................... 17

FIGURA 17: MANILHAS PARA GUINDASTE ........................................................................ 18

FIGURA 18: MOITÕES DE IÇAMENTO ................................................................................ 18

FIGURA 19: MOITÃO MOTORIZADO .................................................................................. 19

FIGURA 20: BASE MADEIRA PARA PATOLAMENTO ........................................................... 19

FIGURA 21: SOQUETES CUNHA PARA CABO DE AÇO ......................................................... 20

FIGURA 22: DESTORCEDORES .......................................................................................... 20

FIGURA 23: BOLA PESO COM DESTORCEDOR SUPERIOR .................................................... 21

FIGURA 24: VISTA GERAL DA ESTRUTURA....................................................................... 24

FIGURA 25: ESPECIFICAÇÃO DE CARGA - MODELO LHM 600 .......................................... 24

FIGURA 26: DIAGRAMA DE LIMITE DE CARGA PARA IÇAMENTO. ...................................... 25

FIGURA 27: DEMONSTRAÇÃO DE LIMITE DE CARGA PARA IÇAMENTO. ............................ 26

FIGURA 28: DIAGRAMA DE LIMITE DE CARGA COM OPERAÇÃO BULK. ............................. 27

FIGURA 29: ESPECIFICAÇÃO DE CARGA COM OPERAÇÃO BULK ....................................... 28

FIGURA 30: DIAGRAMA DE LIMITE DE CARGA COM OPERAÇÃO DE CONTÊINERES. ........... 29

FIGURA 31: ESPECIFICAÇÃO DE CARGA COM OPERAÇÃO DE CONTÊINERES. ..................... 30

FIGURA 32: POSSÍVEIS DIREÇÕES DA BASE. ...................................................................... 31

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FIGURA 33- SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO DA BASE. ......................................................... 32

FIGURA 34: SINALIZAÇÃO MANUAL RIGGER .................................................................... 34

FIGURA 35: PLANO DE RIGGING FONTE: HTTPS://ALLLIFT.COM.BR/SERVICOS ................. 35

FIGURA 36: PLANO RIGGING DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS ......................................... 36

FIGURA 37: PLANO RIGGING DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS ......................................... 37

FIGURA 38: INFORMAÇÕES DA NBR 8400. ...................................................................... 40

FIGURA 39: CLASSES DE UTILIZAÇÃO. ............................................................................. 41

FIGURA 40: ESTADOS DE CARGA. ..................................................................................... 41

FIGURA 41: CLASSES DE UTILIZAÇÃO. ............................................................................. 42

FIGURA 42: VALORES DE COEFICIENTE DINÂMICO. .......................................................... 42

FIGURA 43: VALORES DE COEFICIENTE AERODINÂMICO. ................................................. 43

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6

1.1 Diferença de guindauto e guindaste ................................................................... 8

2. OBJETIVO ................................................................................................................ 8

3. TIPOS DE GUINDATES ......................................................................................... 8

3.1 Guindastes autopropelidos ................................................................................. 8

3.2 Guindaste fixo .................................................................................................... 9

3.3 Guindaste sobre o caminhão ............................................................................ 10

3.4 Modelos de guindastes ..................................................................................... 11

3.5 Guindastes móveis ........................................................................................... 11

3.5.1 Truck-crane ............................................................................................... 11

3.5.2 Caminhão Munck ..................................................................................... 11

3.6 Guindastes móveis sobre esteiras .................................................................... 12

3.7 Guindastes Articulados .................................................................................... 12

3.8 Grua e Torre fixa .............................................................................................. 13

3.8.1 Grua de torre Fixa: ......................................................................................... 13

3.8.2 Grua ................................................................................................................ 14

3.9 Guindastes Flutuantes ...................................................................................... 14

4. TIPOS DE LANÇAS .............................................................................................. 14

4.1 Lança telescópica ............................................................................................. 14

4.2 Lança fixa ........................................................................................................ 15

4.3 Lança treliçada ................................................................................................. 16

5. ACESSÓRIOS ........................................................................................................ 16

5.1 Estropos ou eslingas ......................................................................................... 16

5.2 Manilhas ........................................................................................................... 17

5.3 Moitões ............................................................................................................ 18

5.4 Madeira base de patolamento........................................................................... 19

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Soquete para cabo de aço ............................................................................................ 19

5.5 Destorcedores ................................................................................................... 20

5.6 Bola peso .......................................................................................................... 20

6. FUNCIONAMENTO .............................................................................................. 21

6.1 Guindaste Móvel sobre Pneus – MHC ............................................................ 21

6.2 Características .............................................................................................. 22

6.3 Características de operação do MHC ........................................................... 22

6.4 Apresentação técnica .................................................................................... 23

7. PLANO DE RIGGING ........................................................................................... 32

8. SINALIZAÇÃO ...................................................................................................... 33

9. NORMATIZAÇÃO ................................................................................................ 38

9.1 NR 11 ............................................................................................................... 38

9.2 NR 18 ............................................................................................................... 38

9.3 NBR ISO 4309 ................................................................................................. 38

9.4 NBR 8400 de 1984 (versão corrigida em 1987) .............................................. 40

10. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 44

11. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 44

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1. INTRODUÇÃO

O procedimento de elevação de cargas é antigo, cerca de 500 anos a.C., de acordo com

pesquisadores. Esta pratica só foi possível com auxílio da engenharia que realizavam desde a antiga

Grécia. Durante a idade média os guindastes foram utilizados para construir as grandes catedrais da

Europa. Para isto os guindastes eram fixados no alto das paredes ou muralhas enquanto estas eram

construídas e para içar os materiais era utilizada a força de homens que giravam duas grandes rodas

uma de cada lado do guindaste.

Figura 1: Antigos guindastes para construção.

Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/site-idade-m%C3%A9dia-catedral-1952456/

Foi neste período que a elevação de carga deixou de ser realizada com utilização

de animais e força humana e passou a serem utilizados equipamentos específicos.

A maior parte do conhecimento sobre os guindastes antigos vem dos escritos do arquiteto

romano Vitrúvio (século I a.C.) e de Héron de Alexandria (século I d.C.). O mais simples dos

guindastes descritos compunha-se apenas de uma única estaca fincada no chão, que era erguida e

sustentada por um par de cabos amarrados em sua extremidade superior. Em seu topo, prendia-se a

roldana por onde corria a corda utilizada para suspender os materiais. Essa corda era normalmente

operada por um molinete fixo num dos lados da estaca, junto à base.

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Figura 2: Modelo de um Guindaste Greco-Romano

Fonte: http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10016895.pdf

Os guindastes romanos apresentavam sérias limitações. Apesar de a carga poder ser

levantada verticalmente, o ângulo em que ela podia girar, à direita ou à esquerda, sem o guindaste

se desequilibrar, era muito restrito. Além disso, só poderia ser erguida até a altura das estacas. Outro

problema era a imobilidade do equipamento, que precisava ser desmontado a cada etapa da

construção. Os construtores medievais conseguiram superar a maioria desses problemas.

A força humana utilizada para fazer funcionar o molinete permaneceu insubstituível até

o advento das máquinas a vapor.

As máquinas inventadas nesta época passaram por evoluções nos últimos séculos até se

tornarem os chamados guindastes, como são conhecidos atualmente.

O funcionamento de um guindaste depende de uma relação matemática entre a força

utilizável no gabo de aço e o ângulo em que se encontra o material a ser erguido. A segurança de

toda a operação, bem como a capacidade da máquina, subordina-se sempre a essa relação

matemática.

Embora exista uma grande variedade de guindastes em uso, essas máquinas podem ser

divididas em dois grupos principais: os guindastes de ponta e os de lança. Qualquer modelo, porém,

utiliza numerosos acessórios para os trabalhos de suspensão: nos ganchos de aço adaptam-se redes,

tramas, cordas, cabos de aço, etc. Para operar com materiais a granel, de pequeno porte, mas soltos

e em grande quantidade (tais como minérios ou grãos), os guindastes são equipados com uma garra

(ou concha) composta de duas mandíbulas articuladas.

Guindastes são máquinas projetadas com o objetivo de içar e movimentar diversos

materiais pesados. Hoje são comumente utilizados na construção civil, indústrias e área portuária.

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Os guindastes surgiram para facilitar e otimizar os processos de movimentação de cargas nesses

setores. Por exemplo, na construção civil os guindastes são habitualmente estruturas temporárias

fixadas ao chão ou montadas num veículo especialmente concebido para isto. Enquanto que na

indústria de equipamentos pesados geralmente são utilizados guindastes suspensos em trilhos

elevados que movimentar cargas muito pesadas. Os guindastes podem ser controlados por um

operador na cabine, ou ainda por uma pequena unidade de controle remoto.

1.1 Diferença de guindauto e guindaste

O guindaste é um equipamento de grande porte para a realização de serviços de grande

complexidade, considerando raio, altura, peso etc. Já o guindauto é um veículo capaz de transportar

peças e máquinas pesadas, disponibilizando de braços mecânicos para movimentações mais

simples.

2. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é apresentar o guindaste e suas aplicações, seu funcionamento,

os acessórios utilizados nestes procedimentos, abordar normas técnicas e segurança aplicada na

elevação de cargas.

3. TIPOS DE GUINDATES

3.1 Guindastes autopropelidos

São veículos compactos para trabalho em locais pequenos e de difícil manobra,

destinados a elevação e movimentação de cargas e dotados de um mecanismo de guincho como

parte integrante. Destinado para elevação e transporte de cargas até a capacidade nominal. Para

pátios de estocagens, transporte de paletes, vigas, tubulações, minérios.

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Figura 3: Guindastes autopropelidos

Fonte: http://conexaomaritima.com.br/index.php?option=noticias&task=detalhe&Itemid=22&id=5909

3.2 Guindaste fixo

Como o nome já diz é um guindaste com sua base fixa, diferente dos outros que podem

ser instalados em trilhos, rodas, acoplado sobre caminhões ou ainda sobre esteiras, mas com torre

articulada para que possa executar os movimentos e movimentação das cargas. Este tipo de

guindaste é muito utilizado em construção civil de elevação e terminais portuários.

Exemplo:

Suporte: fixo (grua)

Carga: 2200 kg a 10000 kg (neste exemplo)

Altura de elevação: 63,1 m (podendo chegar até 150 metros)

Marca: LIEBHERR

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Figura 4: Guindaste Fixo

Fonte: http://www.archiexpo.com/pt/prod/liebherr/product-135317-1738979.html

3.3 Guindaste sobre o caminhão

Além de outros tipos de mobilidade para guindastes como em esteiras, rodas e trilhos,

temos vários tipos de guindastes que são instalados sobre os caminhões, por questões de locomoção,

e rapidez na execução dos serviços e também não necessita que o guindaste fique instalado em um

lugar fixo, ele pode ser deslocado logo após concluir o serviço.

Exemplo:

O caminhão possui 20 de comprimento com 4 patolas;

Marca: LIEBHERR;

Lança telescopia de 8 elementos que chegam a 190 metros de altura;

Capacidade: 1200 toneladas de carga, num raio de 2,5 metros.

Figura 5: Guindaste sobre caminhão

Fonte: https://planetacaminhao.com.br/caminhao-guindaste-mais-alto-e-forte-do-mundo/

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3.4 Modelos de guindastes

Os modelos mais conhecidos de guindastes são:

Grua ou modelo universal de torre

Articulados

Móvel sobre rodas ou esteira

Flutuantes

Truck-crane ou munck

3.5 Guindastes móveis

3.5.1 Truck-crane

3.5.2 Guindauto

Figura 6: Guindaste Rodoviário XCMG QY100K-I - 100t

Fonte: http://assovigicursos.com.br/produto/operador-de-caminhao-

munck/

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3.6 Guindastes móveis sobre esteiras

Guindastes Articulados

Figura 7: Guindauto

Fonte:http://assovigicursos.com.br/produto/operador-de-caminhao-munck/

Figura 8: Guindaste sobre esteira

Fonte: http://www.gtlocguindastes.com.br/guindastes-esteiras

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3.7 Grua e Torre fixa

3.8.1 Grua de torre Fixa:

Figura 9- Guindaste Articulado Hidráulico

Fonte: http://www.guinchosvanin.com.br/site/conteudo/servicos.php?gCdConteudo=38

Figura 10- Grua tipo torre fixa.

http://www.grupoincatep.com.br/Sistema/Arquivos/FotosProdutos

/08082014152114.jpg

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3.8.2 Grua

3.8 Guindastes Flutuantes

Figura 12- Guindaste Tipo Flutuante

Fonte: https://timelognet.com/maior-guindaste-flutuante-das-americas-chega-a-vitoria/

4. TIPOS DE LANÇAS

4.1 Lança telescópica

Figura 11- Guindaste tipo Grua.

Fonte: http://www.grupoincatep.com.br/Sistema/Arquivos/FotosProdutos/0808201415211

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A lança telescópica é usada no mercado pela sua versatilidade, é uma espécie de estrutura

oca em que dentro dela está localizado um ou mais feixes extensíveis. Se necessário estender o

comprimento da lança os cilindros hidráulicos estendem os elementos telescópicos e recuam, é

frequentemente instalado em guindastes com acionamento hidráulico.

Figura 13: Lança telescópica

Fonte: https://gigantesdomundo.blogspot.com/2011/12/o-maior-guindaste-movel-do-mundo.html

4.2 Lança fixa

Equipamento projetado para cargas pesadas, com segurança total próprio para

movimentação de carga em áreas de alto risco, como siderurgias, plataformas de petróleo, Áreas

sujeitas a gases explosivos. Capacidades de 5 a 15 toneladas, sem variação de tamanho como a

telescópica, mas ela tem todo sua lança estendida e movimenta as cargas através de um carro de

translação em que corre por toda a extensão da lança no caso de uma grua ou com um motor redutor

controlando um cabo de aço ou corrente.

Figura 14: Lança fixa

Fonte: http://airservice.com.br/airservice/siderurgia/guindaste-de-lanca-de-fixa/

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4.3 Lança treliçada

Usada com bases moveis como esteiras e bases fixas, aplicada em transferência de cargas

pesadas e de difícil manuseio em curtas distancias, empregadas em depósitos de minérios, sucata,

vagão ou transportes contínuos, estaleiros, poços de petróleo no mar. Possuem capacidades variadas

de carga dependendo do que se necessita para aplicação.

Exemplo:

O guindaste possui 82m de lança principal mais 31m de lança jib (secundaria)

com capacidade de 150 toneladas;;

16,3m de comprimento;

13,5m de largura;

73,9t de peso total;

45t pesa seu frame para o transporte (sem as esteiras).

Figura 15: Lança treliçada

Fonte: http://blogdoguindaste.com.br/2013/07/04/sany-lanca-o-scc8150-guindaste-trelicado-sobre-esteira-

para-150t/

5. ACESSÓRIOS

5.1 Estropos ou eslingas

Os estropos ou eslingas são formados por cabos de aço que tem uma metragem pré-

definida conforme a padronização de segurança e possui um olhal que é formado utilizando o

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próprio cabo de aço e pode ou não possuir uma sapatilha que é um apoio interno do olhal de maneira

a distribuir a carga entre o laço do cabo de aço não permitindo forças excessivas em apenas um fio

do mesmo.

Figura 16: Estropos, eslingas ou laços de cabos de aço

Fonte: http://www.cabosdeacocablemax.com.br/estropos-eslingas-laco-de-cabo-de-aco.html

O olhal é trançado geralmente de maneira manual e deve obedecer a NBR 11900 e da

NBR 13541, que são consideradas as normas internacionais mais seguras para confecção de laços

de cabos de aço. O olhal "trançado flamengo" ou com "mão francesa", é considerado o mais seguro,

pois parte de sua resistência é dado pelo trançado e não depende exclusivamente da presilha. Mesmo

antes de ser colocado a presilha de aço, o olhal já é capaz de suportar uma carga superior à carga de

trabalho do laço.

5.2 Manilhas

São acessórios utilizados para prender cintos e amarrações, possui diversos

tamanhos e podem ser fabricados com materiais diferentes, dependendo de sua utilização.

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Figura 17: Manilhas para guindaste

Fonte:https://phdengenharia.com.br/portfolio-item/movimentacao-de-carga/

5.3 Moitões

É o acessório que em alguns guindastes são colocados na extremidade, onde são passados

os cabos de aço de içamento, podem possuir diversas polias facilitando o manuseio e aumentando

a segurança dos usuários e presentes no local.

Figura 18: Moitões de içamento

Fonte:http://www.correntesguanabara.com.br/site/index.php/moitoes.html

Existem também os moitões motorizados que além de oferecer praticidade,

oferecem também segurança, pois é possível efetuar o giro da peça por acionamento de botão

evitando o contato do operador com a carga, afastando-o do risco de acidente pois em muitos casos

a necessidade de girar a peça para um encaixe em uma determinada posição exige um contato do

operador com a carga.

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Figura 19: Moitão motorizado

Fonte:http://www.helevar.com.br/arquivos/produtos/328_328/moitao_motorizado_14173747.png?nc=155

5820809.32

5.4 Madeira base de patolamento

São toras quadradas de madeira que são utilizadas como forro de patolamento, ou seja, as

madeiras são posicionadas entre o chão e a sapata de maneira a ajudar na distribuição e

amortecimento decorridos do içamento da carga pelo guindaste.

Figura 20: Base madeira para patolamento

Fonte: https://consultoriaengenharia.com.br/seguranca-ocupacional/calculo-da-area-de-patolamento-de-

guindastes/

5.5 Soquete para cabo de aço

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Figura 21: Soquetes cunha para cabo de aço

Fonte:https://www.fuertesind.com.br/produtos/soquetes/ropeblock/soquete-cunha-pino-porca-e-cupilha

5.6 Destorcedores

Figura 22: Destorcedores

Fonte: https://www.lingatec.com.br/catalogos/Global%20catalogue_Br_Chapter%206.pdf

5.7 Bola peso

Proporcionam o peso necessário para impedir o atrito nos rolamentos e garantir a tensão

na lança do guindaste ao descarregar o cabo de aço.

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Figura 23: Bola peso com destorcedor superior

Fonte: https://www.lingatec.com.br/catalogos/Global%20catalogue_Br_Chapter%206.pdf

6. FUNCIONAMENTO

Por ser um equipamento de grande importância na área de sistema de movimentação e

transporte, existem disponíveis no mercado vários tipos de guindastes que oferecem de forma

específica o atendimento à necessidade de operação. De forma geral, todos eles seguem o mesmo

princípio de funcionamento e montagem que se configuram normalmente por torres equipadas com

cabos e roldanas que são usadas para elevar e baixar cargas. Porém, o seu funcionamento pode

variar de acordo com o modelo, como o guindaste de bordo, giratório fixo, de torre, entre outros e

também da sua montagem opcional (utilização de acessórios). Neste trabalho iremos apresentar o

funcionamento de um modelo específico que é o Guindaste Móvel sobre Pneus, conhecido como

MHC (Mobile Harbous Crane) para que seja possível o estudo e compreensão da forma que este

tipo de equipamento pode ser utilizado.

6.1 Guindaste Móvel sobre Pneus – MHC

O MHC é um guindaste portuário de alta capacidade operacional em formato de grua,

utilizado para a elevação e movimentação de cargas dos navios e pátios de armazenagem. De muita

flexibilidade, esses equipamentos móveis permitem a adaptação de quase todos os implementos de

movimentação de carga: caçambas para granéis, garras para sucata, eletroímã para chapas

metálicas, gancho para cargas de projeto e spreader para contêineres.

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6.2 Características

Apesar de estruturalmente ser menor que o Portêiner, o MHC possui uma gama de

dispositivos complexos que garantem sua movimentação, alimentação do equipamento e

estabilidade de carga. É formado basicamente por uma lança móvel, corpo de giro, sistemas de

translação , sistema de estabilização e contrapeso.

Lança móvel – estrutura metálica treliçada ou tubular responsável pela movimentação

horizontal da carga. O tempo de oscilação (abaixamento e levantamento) depende do tipo de

parametrização que foi feita pelo fabricante do guindaste (solicitação do cliente) ou de acordo com

a necessidade da operação a ser executada.

Corpo de giro – formado por uma cremalheira responsável pelo giro de 360o de todo o

guindaste, também realiza o deslocamento da carga do navio ao costado e vice-versa, trabalha em

conjunto com o movimento de oscilação da lança para manter a carga em estabilidade de giro

(balanço).

Sistema de translação - possui eixos independentes de rodas que giram em ângulo de 90o,

possibilitando que o guindaste possa realizar manobras com maior facilidade para quaisquer

direções operacionais. A estabilização é efetuada por um conjunto de patolas que tem a função de

estabilizar a máquina e torná-la segura para o trabalho ou estacionamento. Esse patolamento o

contrapeso mantém o equilíbrio entre o guindaste e o peso de carga e a oscilação da lança.

Além desses dispositivos operacionais, o MHC possui uma tecnologia embarcada

de última geração, com computadores de bordo, dysplays touch screen e vídeo-câmera. Toda essa

tecnologia orienta o operador sobre as condições operacionais do guindaste, permitindo que o

equipamento realize a movimentação de contêineres de forma segura.

6.3 Características de operação do MHC

Por ter uma lança móvel, o MHC pode ser adaptado às diversas condições operacionais

do navio, auxiliando a logística de abastecimento e de posicionamento de contêineres nos diversos

porões e conveses do navio.

O guindasteiro tem a opção de executar movimentações de contêiner em até três baias

operacionais do navio, efetuando operações simultâneas de embarque ou descarga de volumes. A

versatilidade do MHC é reconhecidamente uma vantagem competitiva no número de opções que o

equipamento apresenta aos profissionais responsáveis pela logística de ordenamento e execução da

operação.

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6.4 Apresentação técnica

Para demonstrar as estruturas e as especificações técnicas do guindaste tipo MHC, será

apresentado a série de guindastes da linha LHM fabricados pela Liebherr.

6.4.1 Produto

A grande flexibilidade do LHM o torna um equipamento multipropósito e universalmente

versátil para manusear todos os tipos de cargas, desde contêineres a granéis, cargas gerais e também

elevações de cargas pesadas até 208 toneladas (t).

6.4.2 Vista geral da estrutura

Comprimentos otimizados da lança – para aplicações práticas;

Design da torre fechado – com acesso resistente a intempéries à cabine da torre;

Extensão de torre 4,8m – para maior ponto de apoio da lança e altura da cabine,

opcional;

Versão S – maior capacidade de elevação, opcional;

Chassis - com tanque de combustível integrado e acesso adicional na seção

central;

Cilindro de elevação da tensão – para mais segurança durante a operação;

Guinchos - configurações orientadas para a aplicação;

Motorização – motores diesel com escalas diferentes, dependendo da finalidade

e tamanho do guindaste;

Plataforma de giro – PRFV (plástico reforçado com fibra de vidro).

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Figura 24: Vista Geral da estrutura.

Fonte: Liebherr

6.4.3 Condições de operação

6.4.3.1 Modelo: LHM – 600

Figura 25: Especificação de carga - modelo LHM 600

Fonte: Liebherr

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6.4.3.2 Levantamento de carga

Figura 26 - Diagrama de limite de carga para içamento.

Fonte: Fonte: Liebherr

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Figura 27: Demonstração de limite de carga para içamento.

Fonte: Liebherr

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6.4.3.3 Operação com Bulk

Figura 28- Diagrama de limite de carga com operação Bulk.

Fonte: Liebherr

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Figura 29 - Especificação de carga com operação Bulk

Fonte: Liebherr

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6.4.3.4 Operação com Contêineres

Figura 30- Diagrama de limite de carga com operação de contêineres.

Fonte: Liebherr

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Figura 31: Especificação de carga com operação de contêineres.

Fonte: Liebherr

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6.5 Possíveis direções da base e estabilização

Figura 32: Possíveis direções da base.

Fonte: Liebherr

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Figura 33: Sistema de estabilização da base.

Fonte: Liebherr

7. PLANO DE RIGGING

Este documento é um detalhamento da abordagem a ser feita no local de içamento de

qualquer tipo de peça envolvendo guindastes, este plano dever ser elaborado por engenheiros

cadastrados no CREA e por riggers, que são profissionais treinados para trabalhos com manuseio e

transporte de cargas utilizando equipamentos mecânicos dos mais variados tipos.

No Brasil a ocupação de rigger é associada a projetista ou ao chamado homem de campo,

o projetista rigger que é um profissional geralmente com nível superior ou técnico, elabora a

documentação do plano abordando a gestão dos procedimentos administrativos relativos a liberação

da execução da operação, a escolha do equipamento a ser utilizado, acessórios necessários naquela

ocasião, liberações e autorizações especiais e suporte ao supervisor do local, ou seja, o rigger

projetista é o responsável pela emissão do plano de rigging.

O rigger “homem de campo” é o responsável pelo preparo da carga para o içamento

conforme descrito no plano emitido pelo rigger projetista responsável, e é auxilia o operador na

movimentação da carga através de sinalização por sinais manuais, fazendo com que o plano seja

executado de maneira a atender os estudos feitos anteriormente.

O plano rigging é dividido em partes que juntas geram uma ART (Anotação de

responsabilidade técnica). O primeiro passo é o planejamento no local com a visita dos técnicos

responsáveis pela emissão, coletando dados, como: espaços que sejam possíveis a alocação do

guindaste, estudo do solo para análise da resistência do mesmo quando exposto ao peso do

guindaste somado a carga, no local é realizado também o estudo dos fatores de segurança definindo

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áreas a serem isoladas, onde definem o tipo de amarração necessária para a ocasião e o tipo de

guindaste recomendado para a execução do trabalho.

No plano de rigging devem conter basicamente as seguintes informações:

Definição do guindaste a ser utilizado;

Configurações do guindaste (lança, contrapeso, jib, cabos, moitões, etc.);

Acessórios (estropos, manilhas, balanças, esticadores, madeiras,etc.);

Raio de giro;

Posição da peça e do guindaste;

Capacidade do guindaste na situaçãoproposta;

Peso da peça e acessórios;

Providências adicionais (ex.: acompanhamento topográfico, guinchos,etc.);

Folga (%) capacidade em relação àcarga.

Dentre estas informações de execução apresentadas, devem também conter informações

técnicas, como:

Responsáveis pelo planejamento e execução;

Memórias de cálculo;

Desenhos técnicos;

Análises das condições do solo;

Análises da ação do vento;

Estudos da carga a ser içada;

Estudo das máquinas disponíveis e dosseus acessórios;

Verificação da resistência do terreno;

Análise da resistência de carga para oiçamento;

Análise para capacidade de suporte doguindaste;

Estudo e análise de dispositivosespeciais;

Estudo dos equipamentos empregados.

8. SINALIZAÇÃO

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A chamada sinalização rigger é de total responsabilidade do profissional rigger homem

de campo e ele deve responder e atuar de maneira a garantir a sua segurança e a dos demais

companheiros.

Existem cursos preparatórios para o entendimento da sinalização, pois apenas decorar as

posições das mãos não faz com que o profissional esteja ciente da necessidade de intervir em uma

situação ou de manipular grandes cargas apenas com o movimentar de mãos, para entendermos

melhor a comunicação rigger a seguir podemos ver um folheto de sinais básicos.

Figura 34: Sinalização manual Rigger

Fonte: http://www.aricabos.com.br/blog/sinalizacao-manual-para-equipamentos-de-movimentacao-de-

carga/

O escopo de detalhamento do plano rigging traz um detalhamento do local de

içamento, da pressão exercida no solo pelo equipamento com a carga içada, descrição da carga

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contendo massa, largura, altura e comprimento, traz também descrição dos acessórios de içamento,

as configurações do guindaste utilizado, os responsáveis por cada operação e os horários previstos

para execução.

Figura: Estudo de Rigging

Fonte:https://alllift.com.br/servicos

https://alllift.com.br/servicosF

Figura 35: Plano de Rigging

Fonte: https://alllift.com.br/servicos

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Figura 36: Plano rigging de movimentação de cargas

Fonte: https://pt.slideshare.net/AntonioFernandoNavarro/plano-de-movimentao-de-cargas-plano-de-

rigging

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Figura 37: Plano rigging de movimentação de cargas

Fonte: https://pt.slideshare.net/AntonioFernandoNavarro/plano-de-movimentao-de-cargas-plano-de-

rigging

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9. NORMATIZAÇÃO

9.1 NR 11

Esta norma regulamentadora estabelece requisitos de segurança nos locais de trabalho,

em tudo que diz respeito a movimentação, à armazenagem e manuseio de materiais, seja de forma

mecânica ou manual, no que se refere a guindastes o trabalhador deve receber treinamento da

empresa, todo o equipamento e guindastes devem ser calculados e construído de modo que ofereça

segurança e se mantenha em boas condições de trabalho, sua carga máxima deve estar exposta

visivelmente de modo que todo aquele que for manuseá-lo veja, e deve possuir boa sinalização

inclusive sonora, inspeções devem ser periódicas de modo que atenda as especificações de

operação.

9.2 NR 18

Esta norma regulamentadora estabelece critério referentes aos canteiros de obras visando

as condições relativas a segurança do trabalho no transporte de carga e trabalhadores suspensos por

equipamentos elevados, o transporte de materiais em guindastes estão inclusos, em seu escopo ela

regulamenta providências a serem executadas em função do cronograma da obra, estabelecendo

critérios para evitar acidentes e diminuir riscos, quanto a guindastes a norma estabelece parâmetros

sobre cabos de aço e cabos de fibra sintética para utilização na elevação de cargas, os pricipais são:

- Os cabos de aço de tração não podem ter emenda nem pernas quebradas que possam

comprometer sua segurança.

- Os cabos de aço devem ter carga de ruptura equivalente a, no mínimo, 5 vezes a carga

máxima de trabalho a que estiverem sujeitos a resistência à tração de seus fios de, no mínimo, 160

kgf/mm²

- Os cabos de aço e de fibra sintética devem ser substituídos quando apresentarem

condições que comprometam a sua integridade em face da utilização a que estiverem submetidos.

9.3 NBR ISO 4309

Guindastes, cabos de aço, critérios de inspeção e descarte

Esta norma trata da vida útil do cabo em relação a características particulares do guindaste

e suas condições de uso, para a movimentação segura de cargas por equipamentos operados

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corretamente o cabo deve ser examinado com frequência para que seja substituído mediante

qualquer condição de uso.

A norma estabelece critérios de inspeção e descarte em cabos de aço, em resumo ela é

aplicada a:

Pórticos de cabo;

Guindastes em balanço (cantiléver) (guindaste de coluna, guindaste móvel de

parede e guindaste velocípede);

Guindastes de convés

Guindastes estacionários (derrick);

Derrick cranes with rigid bracing;

Guindastes flutuantes;

Guindastes móveis;

Pontes rolantes;

Pórticos e semipórticos rolantes;

Guindastes com pórtico ou com semipórtico;

Guindastes locomotivas;

Grua.

Os efeitos desta norma aplicam definições próprias para classificação do local específico

de utilização do cabo bem como seu perfil de junção e material, a norma estabelece que todo cabo

antes de sua instalação esteja em boas condições e as especificações de fábrica estejam de acordo

com o material apresentado, quanto a instalação os cuidados especiais que devem ser tomados afim

de não causar o afrouxamento do mesmo para não formar dobras.

Os critérios utilizados para descarte são descritos como os seguintes:

Natureza e número de arames partidos;

Arames partidos na região dos terminais;

Agrupamento localizado de arames partidos;

Taxa de aumento de arames partidos;

Ruptura de pernas;

Redução do diâmetro do cabo incluindo a resultante de deterioração

Redução da elasticidade;

Desgaste externo e interno;

Corrosão externa e interna;

Deformação;

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Danos causados pelo calor ou arco elétrico;

Taxa de aumento do alongamento permanente.

Todas as inspeções segundo a norma devem considerar estes fatores, o inspetor deve

sempre investigar se a deterioração foi causada pelo defeito no equipamento ou outros fatores gerais

tomando as medidas cabíveis.

9.4 NBR 8400 de 1984 (versão corrigida em 1987)

Figura 38: Informações da NBR 8400.

Fonte: ABNT

Apesar de ser uma norma relativamente antiga, está ainda em vigor nos dias de

hoje ela fixa diretrizes para cálculo de partes estruturais e componentes mecânicos de todos os

equipamentos de levantamento e movimentação de cargas, ela estabelece as solicitações e

combinações a serem consideradas de cargas, resistência dos componentes do equipamento em

relação as cargas de trabalho, porém não se aplica a guindastes montados sobre pneus.

O estado de carga caracteriza segundo a norma a proporção em que o equipamento

levantará a carga máxima ao longo de sua vida útil através de diagramas podemos representar o

número de ciclos dos quais garantem a vida útil do equipamento, outro fator que auxilia o cálculo

de cargas dos equipamentos são as classes de utilização que são classificadas pelas estruturas dos

equipamentos, abaixo encontramos as tabelas referentes á classes e estados das cargas:

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Figura 39: Classes de utilização.

Fonte: ABNT

Figura 40: Estados de carga.

Fonte: ABNT

Abaixo encontramos os diagramas de estados das cargas descritos em norma de acordo

com os ciclos de utilização:

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Figura 41: Classes de utilização.

Fonte: ABNT

Para que possamos fazer os cálculos da estrutura do equipamento precisamos determinar

as tensões atuantes na mesma, estas tensões são calculadas com base nas seguintes solicitações:

Cargas desfavoráveis sobre a estrutura do equipamento imóvel no estado de carga

desfavorável;

Cargas devidas aos movimentos verticais;

Devidas aos movimentos horizontais;

Devidas aos efeitos climáticos.

Para iniciar os cálculos é necessário que se conheça os pesos próprios dos elementos

estruturais do equipamento e também as cargas de serviço formados pelos fatores citados

anteriormente, em resumo as cargas devido aos movimentos verticais são aquelas provocadas por

içamentos bruscos e causadas pelo que chamamos de coeficiente dinâmico que é tabelado segundo

a norma. Abaixo encontramos a tabela dos valores do coeficiente dinâmico:

Figura 42: Valores de coeficiente dinâmico.

Fonte: ABNT

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Baseando-se no fato de que o coeficiente dinâmico determina o valor da amplitude

máxima das oscilações que se estabelecem na estrutura no levantamento de carga a norma apresenta

o seguinte exemplo de cálculo:

Onde:

SG = Solicitações devido a peso próprio;

SL = Solicitações devido á carga de serviço;

Ψ = Coeficiente dinâmico.

Além das solicitações verticais encontramos solicitações horizontais devido aos efeitos de

inércia pela aceleração e desaceleração dos movimentos de direção e translação, forças centrífugas,

etc.

Os fatores que influenciam as cargas apresentadas vão definir a estrutura a ser montada

do equipamento, seus perfis, travamentos, e mecanismos a norma estabelece cálculos para tipos de

estruturas, inclusive de acordo com o modelo estrutural se estabelece um fator chamado de

coeficiente aerodinâmico, do qual é estabelecido o tipo de perfil e estrutura, abaixo vemos a tabela

que estabelece tal coeficiente:

Figura 43: Valores de coeficiente aerodinâmico.

Fonte: ABNT

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10. CONCLUSÃO

Concluímos que o entendimento básico dos temas referentes a elevação de carga é de

importante no ramo ao qual estamos nos formando, de modo que enquanto gestores ou

administradores de setores dos mais diversos tipos empresas podemos estar sujeitos a presença de

guindastes ou algum tipo de mecanismo elevador de cargas, de maneira que ao ter um entendimento

básico e não estarmos alheios aos assuntos podemos supervisionar a operação e de certa maneira

saber identificar irregularidades, proporcionando segurança e qualidade no ambiente de trabalho.

11. REFERÊNCIAS

PERALTA, Marcelo Azeredo. GUINDASTE - HISTÓRIA E

DEFINIÇÃO. Disponível em: <https://docplayer.com.br/16937159-1-guindaste-

historia-e-defnicao.html>. Acesso em: 24 abr. 2019.

GUDME, Jan Bonoro. PROJETO ESTRUTURAL PARA UMA MÁQUINA DE

ELEVAÇÃO E TRANSPORTE. Disponível em:

<http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10016895.pdf>. Acesso em: 20

abr. 2019.

LIEBHERR, Catálogo técnico – MHC – LHM. Disponível em:

https://www.liebherr.com/external/products/products-assets/236780-2/liebherr-lhm-

600-mobile-harbour-crane-datasheet-english-.pdf

NOGUEIRA NETO, Mário de Souza. EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS DE

MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES: PORTÊINER E GUINDASTE MÓVEL

SOBRE PNEUS. Disponível em:

<http://www.fatecguaratingueta.edu.br/fateclog/artigos/Artigo_129.PDF>. Acesso em:

20 abr. 2019.