Gyptec - Manual Técnico de Instalação de Sistemas em Placas de Gesso

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O Manual fornece as bases e as recomendações necessárias para a elaboração de um projecto rigoroso e para a correcta aplicação e manuseamento das placas de gesso GYPTEC.Trata-se de um documento completo e detalhado sobre as técnicas e boas práticas na construção a seco, que serve para auxiliar técnicos e instaladores, tanto em fase de projecto como em fase de obra. Este documento surge na sequência de um trabalho conjunto realizado pelo ITeCons – Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção e a Gyptec Ibérica - Gessos Técnicos S.A.

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  • 1Manual Tcnico insTalao de sisTeMas

    eM Placas de Gesso

    Ma

    nu

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    ico

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    Ges

    so

  • 2

  • 3A sua obra merece o melhor

    A Gyptec Ibrica - Gessos Tcnicos, SA, de capital exclusivamente nacional e

    inserida no Grupo Preceram, dedica-se produo de placas de gesso, atravs

    de mtodos no poluentes e ambientalmente sustentveis.

    Atravs de uma poltica de constante inovao e melhoria contnua dos

    produtos e mtodos de produo, a Gyptec afirma-se nos mercados nacional e

    internacional com produtos de excelncia, sendo presena incontornvel nas

    principais obras em toda a Pennsula Ibrica.

    A Gyptec Ibrica disponibiliza ao mercado uma gama completa de solues que

    garantem altos desempenhos acsticos e trmicos, resistncia ao fogo, impacto

    e humidade, permitindo todo o tipo de acabamentos, pormenores decorativos e

    os mais exigentes detalhes tcnicos.

    As placas Gyptec, para alm do cumprimento dos requisitos da marcao CE, so

    certificadas com a marca [N] AENOR.

    O presente documento surge na sequncia dos trabalhos de investigao e

    ensaios escala real de solues para construo e reabilitao realizados

    em parceria com o ITeCons Instituto de Investigao e Desenvolvimento

    Tecnolgico em Cincias da Construo.

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    eM Placas de Gesso

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  • 41. EnquadramEnto

    2. IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma 2.1 placas dE gEsso para sIstEmas construtIvos placas de gesso laminado (En 520:2004+a1:2009) placas compostas (En 13950:2005 e En 14190:2005) 2.2 Estrutura mEtlIca tipos de perfis metlicos acessrios 2.3 massas dE colagEm E barramEnto massas de colagem massas para juntas e acabamentos 2.4 bandas dE juntas 2.5 parafusos 3. transportE, manusEamEnto E armazEnagEm 4. sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso 4.1 dIvIsrIas generalidades determinao da altura mxima dos sistemas comprimento mximo dos sistemas juntas de dilatao 4.2 rEvEstImEntos generalidades determinao da altura mxima dos sistemas juntas de dilatao 4.3 tEctos contnuos generalidades modulao dimensionamento caixa-de-ar juntas de dilatao 5. aplIcao Em ambIEntEs hmIdos 5.1 humIdadE rEduzIda 5.2 humIdadE mdIa divisrias e revestimentos tectos contnuos 5.3 humIdadE ElEvada divisrias e revestimentos tectos contnuos 5.4 humIdadE muIto ElEvada

    5

    7 8 8

    13 15 15 17 17 17 17 18 18

    19

    23 24 24 26 31 32 33 33 34 39 40 40 41 43 44 44

    45 46 47 47 47 48 48 48 48

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  • 56. rEcomEndaEs dE montagEm 6.1 prEparao da obra 6.2 rEgras bsIcas aparafusamento das placas aos perfis corte das placas juntas entre placas cuidados especiais com isolamentos e instalaes tcnicas 6.3 rEgras partIcularEs para dIvIsrIas sequncia de montagem Implantao do sistema aplicao dos elementos horizontais - perfis raia aplicao dos elementos verticais - perfis montante aplicao das placas 6.4 rEgras partIcularEs para rEvEstImEntos revestimentos directos com cola adesiva revestimentos directos com estrutura auxiliar (perfis mega) revestimentos autoportantes 6.5 rEgras partIcularEs para tEctos contnuos tectos directos tectos suspensos de estrutura simples tectos suspensos de estrutura composta 7. tratamEnto dE juntas 7.1 gEnEralIdadEs 7.2 juntas com bandas dE papEl mIcropErfurado 7.3 juntas com bandas adEsIvas 7.4 juntas sEm bandas 8. tolErncIas na ExEcuo dos sIstEmas E acabamEntos 8.1 tolErncIas Implantao aspecto planeza deformao horizontalidade 8.2 acabamEntos 9. suspEnso dE cargas 9.1 dIvIsrIas E rEvEstImEntos 9.2 tEctos contnuos 10. bIblIografIa

    49 50 51 51 53 53 54 57 57 57 57 61 68 72 72 76 81 94 94 98

    103

    107 108 109 110 111

    113 114 114 114 114 114 115 115

    119 120 123

    125

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  • 7Pretende-se com este Manual Tcnico fornecer as bases e as recomendaes necessrias para a elaborao de um projecto rigoroso e para uma correcta aplicao dos sistemas GYPTEC. A utilizao deste manual, tanto em fase de projecto como na fase de aplicao, proporcionar a obteno do melhor desempenho dos sistemas em placas de gesso, conferindo-lhes as caractersticas necessrias para garantir o cumprimento das exigncias estruturais, funcionais e estticas previstas. O documento inicia-se com a apresentao de todos os componentes que constituem os sistemas em placas de gesso GYPTEC, incluindo a sua caracterizao captulo 2. Cada um dos componentes analisado em seco prpria, pela seguinte ordem:

    - placas dE gEsso lamInado sImplEs E compostas;- Estrutura mEtlIca;- massas dE colagEm E barramEnto;- bandas dE juntas;- parafusos.

    Seguidamente, no captulo 3, so apresentadas as recomendaes a ter em conta nos processos de transporte, manuseamento e armazenagem das placas.

    No captulo 4 so caracterizados os trs tipos de sistemas em placas de gesso desenvolvidos pela GYPTEC: divisrias, revestimentos e tectos contnuos. Neste captulo so definidas as modulaes das estruturas, as alturas mximas dos sistemas, as distncias mximas entre pontos de reforo de rigidez e a localizao de juntas de dilatao.

    Previamente s recomendaes de montagem efectuada uma abordagem sobre ambientes hmidos, constante no captulo 5, onde so classificados os tipos de ambientes, em funo da humidade relativa do ar possvel de ser originada no interior de um dado espao, e definidas algumas regras especficas para cada tipo de ambiente.

    No captulo 6 ento apresentada uma lista de boas prticas, destinada fase de montagem dos sistemas. Inicialmente so enumeradas as medidas necessrias preparao prvia da obra, seguida de uma lista de regras bsicas, comuns a todos os sistemas. Seguem-se as recomendaes de montagem particulares para cada tipo de sistema.

    Aps as recomendaes de montagem, so apresentadas regras para o tratamento final das juntas, no captulo 7, fundamentais para o cumprimento das exigncias estticas previstas para o produto final, tendo em conta que foram seguidas as regras anteriores durante a fase de montagem.

    Nas fases de montagem e de acabamento devem ainda cumprir-se determinadas tolerncias, de forma a garantir a qualidade e o desempenho do sistema no final da sua montagem, em funo do tipo de utilizao previsto. Estas tolerncias so abordadas no captulo 8.

    Por fim, no captulo 9, so definidos os limites de carga que podem ser aplicados nos sistemas em placas de gesso, devido suspenso de armrios e objectos. O modo e o tipo de fixao dessas cargas so tambm analisados neste captulo.

    5EnquadramEnto captulos

    1 EnquadramEnto

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  • 9Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    2 IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma

    2.1 placas dE gEsso para sIstEmas construtIvos placas de gesso laminado (En 520:2004+a1:2009) placas compostas (En 13950:2005 e En 14190:2005) 2.2 Estrutura mEtlIca tipos de perfis metlicos acessrios 2.3 massas dE colagEm E barramEnto massas de colagem massas para juntas e acabamentos 2.4 bandas dE juntas 2.5 parafusos

    8 8

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    8 IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma placas dE gEsso para sIstEmas construtIvos

    2 IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma

    2.1 placas dE gEsso para sIstEmas construtIvos

    placas dE gEsso lamInado (En520:2004+a1:2009)

    As placas de gesso laminado, tambm conhecidas como placas de gesso cartonado, so um produto cada vez mais utilizado na construo de divisrias interiores e no revestimento e isolamento de paredes e tectos.

    As placas so fabricadas industrialmente mediante um processo de laminao contnua de uma mistura de gesso, gua e aditivos entre duas lminas de carto, de modo a cumprir a Norma EN 520:2004+A1:2009, apresentando-se sob a forma de placas rectangulares com espessuras e dimenses variveis. Durante este processo, a GYPTEC visa a promoo da recolha selectiva de restos de placa, reciclando-os e reintegrando-os na produo de novas placas.

    Actualmente a GYPTEC fabrica quatro tipos de placas: Placa A (standard), Placa H (hidrfuga), Placa F (anti-fogo) e Placa D (alta dureza).

    Figura 1: Fabrico das placas de gesso laminado.

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    9IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma placas dE gEsso para sIstEmas construtIvos

    tIpos dE placas

    placa a (standard)

    Esta placa indicada para um vasto conjunto de obras secas em espaos interiores, tais como divisrias interiores, revestimento interior de paredes exteriores, tectos-falsos, sancas de iluminao e outros elementos de decorao.

    Figura 2: Placa A (standard).

    placa h (hIdrfuga)

    Esta placa tratada com um agente hidrfugo para diminuir a absoro de gua, sendo adequada para zonas hmidas. Assim, est indicada para todo o tipo de obra seca em espaos interiores, tal como a placa A, e ainda recomendada para cozinhas e casas de banho, podendo ser revestida com azulejos ou material similar. Esta informao deve ser complementada com as recomendaes constantes no captulo 5.

    Figura 3: Placa H (hidrfuga).

    Em funo da capacidade de absoro de gua, segundo a norma EN 520:2004+A1:2009, estas placas podem ser designadas como sendo do tipo H1, H2 e H3.

    Tabela 1: Classes de absoro de gua.

    Classes de Absoro de guaAbsoro Total de gua

    (segundo o mtodo indicado na norma EN 520:2004+A1:2009)

    H1 5%

    H2 10%

    H3 25%

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    10 IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma placas dE gEsso para sIstEmas construtIvos

    placa f (antI-fogo)

    Esta placa reforada com fibra de vidro, de modo a melhorar a reaco ao fogo da alma de gesso, sendo adequada para zonas que necessitem de elevada resistncia ao fogo. Pode ser aplicada, tal como as placas do tipo A, em todo o tipo de obra seca em espaos interiores.

    Figura 4: Placa F (anti-fogo).

    placa d (alta durEza)

    Esta placa possui uma densidade controlada e uma dureza superficial melhorada, sendo apropriada para zonas em que seja necessria maior resistncia ao impacto, tais como escolas, hospitais e pavilhes. Pode ser aplicada, tal como as placas do tipo A e F, em todo o tipo de obra seca em espaos interiores.

    Figura 5: Placa D (alta dureza).

    dImEnsEs

    Largura: 1200 mmComprimento: 2000 mm a 3000 mmEspessura: 6 mm, 9,5 mm, 12,5 mm, 15 mm e 18 mm

    Figura 6: Dimenses das placas de gesso laminado.

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    11IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma placas dE gEsso para sIstEmas construtIvos

    bordos

    As placas de gesso laminado podem apresentar bordos longitudinais com perfis de vrios tipos, consoante a utilizao a que se destinam ou o tipo de acabamento. Quanto aos bordos transversais, estes so sempre do tipo cortado (BCT).

    Bordo afinado (BA) Bordo quadrado (BC) Bordo cortado (BCT) Bordo semi-arredondado (CC)

    Bordo semi-arredondado afinado (BV) Bordo biselado (BB) Bordo arredondado (BR)

    Figura 7: Tipos de bordos das placas de gesso laminado.

    rEsIstncIa flExo

    A resistncia flexo, nas direces longitudinal e transversal, determinada atravs de um ensaio especificado na norma EN 520:2004+A1:2009, no devendo os valores obtidos ser inferiores aos valores apresentados na tabela abaixo.

    Tabela 2: Rotura flexo (N).

    Tipo de placa Placa A Placas H, F e D

    Espessura (mm) 9,5 12,5 15 18 12,5 15

    Rotura

    flexo (N)

    Longitudinal 400 550 650 774 550 650

    Transversal 160 210 250 303 210 250

    rEsIstncIa ao Impacto com corpo duro

    Para as placas de alta dureza, tipo DI de acordo com a norma EN 520:2004+A1:2009, a marca provocada por um impacto de 2,5 J no dever possuir um dimetro superior a 15 mm.

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    12 IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma placas dE gEsso para sIstEmas construtIvos

    condutIbIlIdadE trmIca

    De acordo com a norma EN ISO 10456:2007, o coeficiente de condutibilidade trmica depende da massa volmica das placas de gesso laminado, tal como apresentado no quadro seguinte:

    Tabela 3: Condutibilidade trmica.

    Massa volmica (kg/m3) Condutibilidade Trmica (W/(m.C))

    700 0,21

    900 0,25

    hIgroscopIcIdadE

    Em relao humidade, as placas comportam-se como uma terceira pele, absorvendo a humidade quando o ambiente est excessivamente hmido e libertando humidade quando o ambiente est seco.

    curvatura

    Em funo da sua espessura e tipo, as placas possuem um raio de curvatura natural, que pode oscilar entre 600 e 1500 mm.

    EstabIlIdadE dImEnsIonal

    As placas de gesso laminado praticamente no sofrem variaes dimensionais at aos 200C de temperatura. No entanto, so muito sensveis em relao humidade relativa do ar, sofrendo variaes dimensionais quando sujeitas a humidades compreendidas entre 15% e 90%.

    pErmEabIlIdadE ao ar

    As placas de gesso laminado possuem uma permeabilidade ao ar de 1,4x10-6 m3/(m2.s.Pa), o qual foi determinado segundo a norma EN 12114:2000.

    rEsIstncIa ao vapor dE gua

    De acordo com a norma EN ISO 10456:2007, as placas de gesso laminado possuem um factor de resistncia ao vapor de gua de 10.

    rEaco ao fogo

    De acordo com a norma EN 520:2004+A1:2009, as placas so classificadas como incombustveis, de classe A2-s1, d0.

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    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    13IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma placas dE gEsso para sIstEmas construtIvos

    placas compostas (En13950:2005 E En14190:2005)

    As placas compostas so fabricadas em conformidade com os critrios definidos nas normas EN 13950:2005 e EN 14190:2005. A norma EN 13950:2005 especifica as caractersticas e as prestaes das placas compostas, de placas de gesso laminado contempladas na norma EN 520:2004+A1:2009, com isolamento trmico/acstico do tipo poliestireno expandido, extrudido ou l mineral. A norma EN 14190:2005 especifica as caractersticas e as prestaes das placas compostas, de placas de gesso laminado contempladas na norma EN 520:2004+A1:2009, procedentes de processos secundrios, neste caso atravs da colagem do isolamento trmico e acstico no verso da placa de gesso.

    Actualmente, a GYPTEC fabrica 3 tipos de placas compostas, constitudas por uma placa de gesso laminado e isolamento em poliestireno expandido (EPS), extrudido (XPS) e ainda em aglomerado de cortia expandida (ICB), tambm designada por Gypcork. As placas compostas com poliestireno expandido e extrudido encontram-se no mbito da norma EN 13950:2005, enquanto que as placas compostas com aglomerado de cortia expandida enquadram-se no mbito da norma EN 14190:2005.

    Estas placas so adequadas para obra seca em interiores, para o isolamento trmico/acstico de elementos construtivos.

    a) b) c)

    Figura 8: Tipos de placas compostas: a) com EPS, b) com XPS, c) com ICB.

    tIpos dE placas

    Placa composta com EPSTrata-se de uma placa composta de gesso laminado, com isolamento incorporado em poliestireno expandido (EPS) de diferentes espessuras, a qual contribui para a melhoria do desempenho trmico das solues construtivas.

    Placa composta com XPSTrata-se de uma placa composta de gesso laminado, com isolamento incorporado em poliestireno extrudido (XPS) de diferentes espessuras, a qual contribui para a melhoria do desempenho trmico das solues construtivas.

    Placa composta com ICB (Gypcork)Trata-se de uma placa composta de gesso laminado, com isolamento incorporado em aglomerado de cortia expandida (ICB) de diferentes espessuras, a qual contribui para a melhoria dos desempenhos trmico e acstico das solues construtivas.

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    14 IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma placas dE gEsso para sIstEmas construtIvos

    dImEnsEs

    Largura: 1200 mm

    Comprimento: EPS e XPS 2500 mm e 2600 mmICB (Gypcork) 2000 mm e 2400 mm

    Espessura: a espessura total das placas compostas dada pela soma da espessura da placa de gesso laminado com a espessura da camada de isolamento. Em funo do tipo de isolamento utilizado, existe o seguinte conjunto de espessuras disponveis:

    Placa Composta EPS: 10-20, 13-20, 10-30, 13-30, 10-40, 13-40, 10-60, 13-60

    Placa Composta XPS: 10-20, 13-20, 10-30, 13-30, 10-40, 13-40

    Placa ICB (Gypcork): 10-40, 13-40, 10-60, 13-60

    (o primeiro valor indicado corresponde espessura da placa de gesso laminado e o segundo corresponde espessura do

    isolamento adicional)

    rEsIstncIa flExo

    O valor da resistncia flexo das placas compostas corresponde ao valor da resistncia flexo da placa de gesso laminado. possvel encontrar esta informao na pgina 11 deste documento.

    rEsIstncIa trmIca

    A resistncia trmica (R) das placas compostas determinada com base na espessura de cada material que compe as placas e respectivos valores da condutibilidade trmica.Nas tabelas seguintes apresenta-se a resistncia trmica dos vrios tipos de placas compostas.

    Tabela 4: Resistncia trmica das placas compostas com EPS.

    Ref.EPS

    10-20

    EPS

    13-20

    EPS

    10-30

    EPS

    13-30

    EPS

    10-40

    EPS

    13-40

    EPS

    10-60

    EPS

    13-60

    R ((m2.C)/W) 0,49 0,50 0,79 0,80 1,04 1,05 1,59 1,60

    Tabela 5: Resistncia trmica das placas compostas com XPS.

    Ref. XPS 10-20 XPS 13-20 XPS 10-30 XPS 13-30 XPS 10-40 XPS 13-40

    R ((m2.C)/W) 0,59 0,60 0,89 0,90 1,14 1,15

    Tabela 6: Resistncia trmica das placas compostas com ICB (Gypcork).

    Ref. ICB 10-40 ICB 13-40 ICB 10-60 ICB 13-60

    R ((m2.C)/W) 1,04 1,05 1,54 1,55

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    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    15IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma Estrutura mEtlIca

    2.2 Estrutura mEtlIca

    A estrutura metlica utilizada nos sistemas construtivos em placas de gesso GYPTEC (divisrias, revestimentos e tectos contnuos) composta por perfis em ao, enformados a frio, fabricados de acordo com as especificaes da norma EN 14195:2005, e que devem possuir as seguintes espessuras mnimas para as prestaes indicadas neste manual:

    Perfis portantes:o Montantes e perfis de tecto contnuo: 0,60 0,05 mm;o Perfil mega: 0,55 0,05 mm.

    Perfis no portantes:

    o Raias e cantoneiras: 0,55 0,05 mm.

    Tabela 7: Perfis metlicos portantes e no portantes.

    Perfis portantes Perfis no portantes

    Montante Perfil tecto Perfil mega Raia Cantoneira

    tIpos dE pErfIs mEtlIcos

    pErfIl montantE

    Trata-se de perfis verticais em C, utilizados na construo de paredes divisrias e em alguns sistemas de revestimentos, os quais so aplicados entre os perfis raia, com um afastamento entre si dependente do tipo de soluo a construir, aos quais so aparafusadas as placas de gesso.Os sistemas construtivos GYPTEC utilizam normalmente perfis montante com 48, 70 e 90 mm de largura.

    pErfIl tEcto

    Trata-se de perfis verticais em C, utilizados na construo de tectos contnuos, com um afastamento entre si dependente do tipo de soluo a construir, aos quais so aparafusadas as placas de gesso.Os sistemas construtivos GYPTEC utilizam normalmente perfis tecto com 45 e 60 mm de largura.

    pErfIl mEga

    Trata-se de perfis verticais em forma de (mega), utilizados no revestimento interior de paredes ou em tectos contnuos, os quais so fixados directamente ao suporte e permitem o aparafusamento de placas de gesso na outra face.

    pErfIl raIa

    Trata-se de perfis horizontais em U, utilizados na construo de paredes divisrias e em alguns sistemas de revestimentos, para assegurar a ligao das respectivas extremidades superior e inferior ao suporte. Tambm podero ser usados como perfis perimetrais na construo de alguns tipos de tectos contnuos.Os sistemas construtivos GYPTEC utilizam normalmente perfis raia com 48, 70 e 90 mm de largura.

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    16 IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma Estrutura mEtlIca

    cantonEIra

    Trata-se de perfis em L, utilizados como perfis perimetrais na construo de tectos contnuos.

    acEssrIosTrata-se de peas complementares utilizadas na montagem dos diferentes sistemas construtivos em placas de gesso.

    fIxaEs

    Elementos que garantem a unio entre os perfis, a fixao de suspenses ou elementos de suporte estrutura do edifcio ou a outro elemento construtivo. Podem ser de vrios tipos, em funo da natureza do suporte, tipo de suspenso ou elemento de suporte ou carga a suportar. A seguir mostram-se alguns exemplos das fixaes mais utilizadas na execuo dos sistemas construtivos GYPTEC.

    Figura 9: Exemplo de fixaes.

    suspEnsEs

    Trata-se de elementos metlicos, que servem para suspender a estrutura metlica dos tectos contnuos.

    Figura 10: Exemplo de suspenses.

    EmEndas

    Tal como o nome indica, trata-se de elementos metlicos que se utilizam para a emenda de perfis.

    Figura 11: Emendas em perfis tecto.

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    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    17IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma massas dE colagEm E barramEnto

    2.3 massas dE colagEm E barramEnto

    massas dE colagEm

    As massas de colagem destinam-se fixao das placas de gesso aos diferentes tipos de suporte e devero ser fabricadas de acordo com o estabelecido na norma EN 14496:2005. Este tipo de produto fornecido em p, sendo a mistura com gua realizada em obra. Podem existir diferentes tipos de massas de colagem, em funo dos tipos de placas a fixar ou tipo de suporte.

    Para o efeito, a GYPTEC possui uma mistura de cola adesiva de secagem rpida que permite a colagem de todos os tipos de placas de gesso laminado e o enchimento de juntas.

    Figura 12: Massa de colagem.

    massas para juntas E acabamEntos

    Estas massas destinam-se ao enchimento de juntas, colagem de bandas e camadas de acabamento e devero ser fabricadas de acordo com o estabelecido na norma EN 13963:2005. Este tipo de produto fornecido em p, sendo a mistura com gua realizada em obra. Podem ter apenas uma funo ou ser polivalentes e permitir a realizao de todos os trabalhos identificados acima, tal como acontece com as massas disponibilizadas pela GYPTEC.

    Figura 13: Massas para juntas e acabamentos.

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    18 IdEntIfIcao E caractErIzao dos componEntEs do sIstEma bandas dE juntas, parafusos

    2.4 bandas dE juntas

    Estas bandas, normalmente em papel, so utilizadas no tratamento de juntas, de modo a garantir a continuidade do conjunto de placas de gesso da soluo.

    Existem bandas de papel microperfurado, armadas e adesivas.

    2.5 parafusos

    Os parafusos podem ser de vrios tipos e esto indicados para a unio dos vrios componentes dos sistemas em placas de gesso.

    De uma forma geral, podem ser agrupados em dois tipos, Placa-Metal (tipo PM) e Metal-Metal (tipo MM), consoante o material do componente.

    Os parafusos tipo PM so autoroscantes e destinam-se unio das placas de gesso aos perfis metlicos, pelo que nunca devero ser utilizados na ligao entre perfis.

    Os parafusos tipo MM podem ser autoperfurantes ou autoroscantes e destinam-se unio de perfis metlicos. Este tipo de ligao pode, em alternativa, estabelecer-se por cravamento (atravs de alicate prprio), desde que seja garantida a mesma resistncia da ligao por aparafusamento.

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    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    3 transportE, manusEamEnto E armazEnagEm

    19

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    20 transportE, manusEamEnto E armazEnagEm

    [email protected] Figueira da Foz, Portugal T (+351) 233 403 050

    3 transportE, manusEamEnto E armazEnagEm

    Neste captulo so apresentadas algumas regras a ter em conta durante as fases de transporte, manuseamento e armazenagem dos materiais fornecidos de fbrica. O cumprimento das regras permite que o trabalho decorra dentro da normalidade e com a qualidade final pretendida.

    O manuseamento das paletes, quer seja durante a carga, descarga ou no local da obra, deve ser realizado recorrendo ajuda de empilhadores ou gruas com unhas de descarga na sua mxima abertura.

    Figura 14: Carga e descarga de paletes.

    As placas devero ser sempre armazenadas num local abrigado, livre de humidade e limpo. Devem tambm ser colocadas sobre um pavimento horizontal e plano. A obra dever encontrar-se fechada e totalmente seca. Caso ainda no se verifiquem as condies ideais de humidade, a construo dever ser ventilada at que seque.

    Figura 15: Armazenamento das placas de gesso.

  • 23

    21transportE, manusEamEnto E armazEnagEm

    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    As placas devem ser mantidas envoltas em plstico e colocadas sobre os calos respeitando o seu posicionamento original, determinado pela fbrica, de modo a que o peso da palete seja distribudo uniformemente.

    Figura 16: Colocao das placas sobre calos.

    Se o local de armazenamento reunir todos os requisitos de acondicionamento, possvel empilhar at 6 paletes de placas de gesso GYPTEC, caso contrrio aconselhado empilhar, no mximo, 4 paletes. Quando empilhadas, cada palete ter de ser separada por calos para no danificar as restantes placas.

    Figura 17: Empilhamento de paletes.

    Quando for impossvel o acesso de meios mecnicos, a descarga dever ser feita manualmente por duas pessoas. Nesta situao, devem transportar-se as placas na vertical e com o recurso aos acessrios destinados para esse fim.

    Figura 18: Transporte manual de placas.

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    22 transportE, manusEamEnto E armazEnagEm

    As placas devem ser sempre colocadas na posio deitada e sobre barrotes de madeira. Nunca devero ficar encostadas a paredes ou qualquer outro tipo de apoio. Dever tambm ter-se o cuidado de manter as placas em local seguro, onde no fiquem sujeitas a choques ou outras condies que as possam danificar.

    Figura 19: Armazenamento das placas no interior da obra.

    Depois de armazenadas no interior da obra, as placas devem adaptar-se s condies de humidade e temperatura do local, pelo que se recomenda que seja aliviado o plstico que as confina.

    As massas de colagem ou barramento, os perfis metlicos e acessrios devem igualmente armazenar-se em local abrigado, limpo e seco.

    Os desperdcios das placas devem, no final da obra, ser cortados em pedaos e reencaminhados para reciclagem.

    Figura 20: Reencaminhamento de desperdcios para reciclagem.

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    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso 23

    4 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso

    24 24 26 31 32 33 33 34 39 40 40 41 43 44 44

    4.1 dIvIsrIas generalidades determinao da altura mxima dos sistemas comprimento mximo dos sistemas juntas de dilatao 4.2 rEvEstImEntos generalidades determinao da altura mxima dos sistemas juntas de dilatao 4.3 tEctos contnuos generalidades modulao dimensionamento caixa-de-ar juntas de dilatao

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    24 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso dIvIsrIas

    4 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso

    Os sistemas construtivos em placas de gesso so solues adequadas para o interior de edifcios, podendo ser utilizados em obras novas e em obras de reabilitao.

    Os sistemas em placas de gesso dividem-se em trs grupos: divisrias, revestimentos e tectos contnuos. Para cada tipo de sistema podem existir inmeras combinaes de estrutura e placa, devendo ser cumpridas as recomendaes especficas adequadas, que se descrevem em seces prprias ao longo do presente documento, para que sejam garantidas as exigncias estruturais, funcionais e estticas previstas.

    Estes sistemas apenas podem ser aplicados em obras fechadas e ventiladas, que garantam as condies de salubridade adequadas, nunca devendo ser aplicados no exterior. Podem, no entanto, ser aplicados em ambientes hmidos desde que se garantam as seguintes condies: temperatura nunca inferior a 5C e humidade relativa do ar nunca superior a 80%. Nesses casos, devem ser seguidas as recomendaes adicionais constantes no captulo 5 deste manual.

    4.1 dIvIsrIas

    gEnEralIdadEs

    Os sistemas de divisrias em placas de gesso so geralmente utilizados, no interior de edifcios, para compartimentao de espaos. Mediante as exigncias estruturais e funcionais do tipo de utilizao dos compartimentos, estes sistemas podem apresentar um elevado nmero de combinaes, fazendo variar o tipo de estrutura, o tipo e afastamento de montantes, o nmero e tipo de placas em cada face e o eventual preenchimento da(s) caixa(s)-de-ar com isolamento trmico/acstico.

    A modulao da estrutura metlica pode ser de 400 mm ou de 600 mm, correspondendo distncia entre eixos dos perfis montante. Estas modulaes so aplicveis em ambiente seco, pelo que, no caso de aplicao em ambientes de humidade mdia ou elevada, a distncia entre montantes deve ser limitada a 400 mm.

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    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    25sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso dIvIsrIas

    A tabela seguinte apresenta algumas das combinaes com diferentes tipos de estrutura.

    Tabela 8: Exemplos de solues com diferentes tipos de estrutura.

    Estrutura simples

    Placa simples Placa dupla Placa mltipla (>2)

    Estrutura reforada em H ou caixo

    Estrutura dupla

    Estrutura dupla independente Estrutura dupla interligada

    por placas de gesso

    Estrutura dupla separada

    por placa de gesso

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    26 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso dIvIsrIas

    dEtErmInao da altura mxIma dos sIstEmas

    A determinao das alturas mximas, pelos mtodos descritos neste manual, tanto para o caso de divisrias de estrutura simples, como para o caso de estrutura dupla, apenas ser vlida se as divisrias se encontrarem aplicadas nas seguintes condies:

    a) b) c) d)

    Figura 21: Condies a observar na determinao das alturas mximas.

    Refira-se que a situao c) da figura anterior apenas tem validade se a ligao entre a divisria e o tecto for rgida. Em qualquer caso, as divisrias no podero ter uma altura superior a 15 m.

    altura mxIma dE sIstEmas dE Estrutura sImplEs

    Na escolha da soluo a aplicar numa divisria deve ter-se em conta a altura mxima recomendada, para evitar danos estruturais ou funcionais, designadamente deformaes excessivas. A determinao das alturas mximas a considerar para divisrias baseia-se num mtodo descrito na norma UNE 102043:2013, a qual define uma relao entre a altura mxima de uma dada soluo e a altura mxima e inrcia de uma soluo de referncia. A soluo de referncia constituda por montantes de 48 mm, afastados de 600 mm. Dependendo da espessura total das placas em cada face desta soluo, a altura de referncia varia.

    A inrcia de referncia corresponde inrcia do perfil metlico do montante e assume o valor de: I0=2.43 cm4.

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    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    27sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso dIvIsrIas

    As alturas de referncia so as seguintes:

    Tabela 9: Alturas de referncia em funo da espessura total de placas, em cada face da soluo.

    Espessura total das placas por face (mm)

    Altura de referncia H0 (m)

    12.5 - < 18.0 2.50

    18.0 - < 25.0 2.80

    25.0 - < 30.5 3.00

    30.5 - < 36.0 3.20

    36.0 3.35

    Considerando que a deformao mxima, para qualquer soluo, deve ser igual deformao mxima da soluo de referncia, possvel calcular a altura mxima de uma dada soluo a partir da seguinte expresso:

    em que,

    H altura mxima da soluo a instalar (m);H0 altura mxima da soluo de referncia, para uma dada espessura de placas em cada face (m);I

    momento de inrcia do perfil montante da soluo a instalar (m4);

    I0 momento de inrcia do perfil montante da soluo de referncia (m4).

    Os valores a adoptar para I, em funo do tipo de montante, devem ser os seguintes:

    Tabela 10: Momentos de inrcia dos perfis montante a instalar.

    Perfil montante I (cm4)

    48 2.43

    70 6.51

    90 11.97

    100 15.03

    125 25.38

    150 39.24

    No caso do afastamento entre montantes ser de 400 mm, o momento de inrcia I dever ser multiplicado por 1.5. Para estruturas reforadas em H ou caixo, o momento de inrcia I dever ser multiplicado por 2.

    Para a utilizao do mtodo descrito, os perfis montante a instalar devem apresentar uma inrcia mnima igual s inrcias apresentadas na tabela anterior e todos os elementos devem ser aplicados seguindo as recomendaes deste manual.

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    28 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso dIvIsrIas

    A tabela seguinte apresenta as alturas mximas para as solues mais correntes de estrutura simples.

    Tabela 11: Alturas mximas para divisrias de estrutura simples ou reforada em H ou caixo.

    Perfil montanteAfastamento entre

    montantesEspessura total das

    placas por face (mm)Altura mxima est.

    simples (m)Altura mxima est.

    H ou caixo (m)

    48

    600

    12.5 - < 18.0 2.60 2.95

    18.0 - < 25.0 2.80 3.35

    25.0 - < 30.5 3.00 3.55

    30.5 - < 36.0 3.20 3.80

    36.0 3.35 4.00

    400

    12.5 - < 18.0 2.80 3.30

    18.0 - < 25.0 3.10 3.70

    25.0 - < 30.5 3.30 3.95

    30.5 - < 36.0 3.55 4.20

    36.0 3.70 4.40

    70

    600

    12.5 - < 18.0 3.20 3.80

    18.0 - < 25.0 3.60 4.25

    25.0 - < 30.5 3.85 4.55

    30.5 - < 36.0 4.10 4.85

    36.0 4.30 5.10

    400

    12.5 - < 18.0 3.55 4.20

    18.0 - < 25.0 3.95 4.70

    25.0 - < 30.5 4.25 5.05

    30.5 - < 36.0 4.55 5.40

    36.0 4.75 5.65

    90

    600

    12.5 - < 18.0 3.75 4.40

    18.0 - < 25.0 4.15 4.95

    25.0 - < 30.5 4.45 5.30

    30.5 - < 36.0 4.75 5.65

    36.0 5.00 5.95

    400

    12.5 - < 18.0 4.10 4.90

    18.0 - < 25.0 4.60 5.50

    25.0 - < 30.5 4.95 5.90

    30.5 - < 36.0 5.30 6.30

    36.0 5.55 6.55

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    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    29sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso dIvIsrIas mEtlIca

    altura mxIma dE sIstEmas dE Estrutura dupla

    Para divisrias de estrutura dupla a metodologia para determinao das alturas mximas anloga apresentada para divisrias de estrutura simples.

    Neste caso, o momento de inrcia de cada um dos perfis dado por: .A expresso para determinao da altura mxima de uma dada divisria de estrutura dupla passa, portanto, a:

    em que,

    H altura mxima da soluo a instalar (m);H0 altura mxima da soluo de referncia, para uma dada espessura de placas em cada face (m);I

    momento de inrcia do perfil montante da soluo a instalar (m4);

    I0 momento de inrcia do perfil montante da soluo de referncia (2.43x10-8 m4);

    A seco do perfil montante (m2);Xg distncia entre a extremidade e o centro de gravidade da seco do perfil montante (m);d distncia entre os perfis montante (m);N nmero de montantes: 2 para uma divisria de estrutura dupla normal e 4 para uma divisria de estrutura dupla reforada em H ou caixo;E coeficiente que tem em conta o afastamento dos montantes: 1 para um afastamento de 600 mm e 1.5 para um afastamento de 400 mm.

    Para divisrias de estrutura dupla, as alturas de referncia so as seguintes:

    Tabela 12: Alturas de referncia em funo da espessura total de placas, em cada face da soluo.

    Espessura total das placas por face (mm)

    Altura de referncia H0 (m)

    12.5 - < 18.0 2.55

    18.0 - < 25.0 2.85

    25.0 - < 30.5 3.05

    30.5 - < 36.0 3.25

    36.0 3.40

    Os valores a adoptar de I, Xg e A, em funo do tipo de montante devem ser os seguintes:

    Tabela 13: Valores de I, Xg e A da seco de cada tipo de montante.

    Perfil de montante I (cm4) Xg (mm) A (cm2)

    48 2.43 22.14 0.651

    70 6.51 33.79 0.776

    90 11.97 43.75 0.936

    100 15.03 48.72 0.977

    125 25.38 61.16 1.110

    150 39.24 74.37 1.250

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    30 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso dIvIsrIas

    A tabela seguinte apresenta as alturas mximas para as solues mais correntes de estrutura dupla, considerando um exemplo de afastamento de 20 mm entre as duas estruturas.

    Tabela 14: Alturas mximas para divisrias de estrutura dupla normal e reforada em H ou caixo,

    admitindo um afastamento de 20 mm entre as duas estruturas.

    Perfil montante nas duas estruturas

    Afastamento entre montantes da mesma es.

    Espessura total das placas por face (mm)

    Altura mxima est. normal (m)

    Altura mxima est. H ou caixo (m)

    48

    600

    12.5 - < 18.0 4.20 5.00

    18.0 - < 25.0 4.70 5.60

    25.0 - < 30.5 5.05 6.00

    30.5 - < 36.0 5.40 6.40

    36.0 5.65 6.70

    400

    12.5 - < 18.0 4.70 5.55

    18.0 - < 25.0 5.25 6.20

    25.0 - < 30.5 5.60 6.65

    30.5 - < 36.0 5.95 7.10

    36.0 6.25 7.40

    70

    600

    12.5 - < 18.0 5.20 6.20

    18.0 - < 25.0 5.85 6.95

    25.0 - < 30.5 6.25 7.45

    30.5 - < 36.0 6.65 7.90

    36.0 6.95 8.30

    400

    12.5 - < 18.0 5.80 6.85

    18.0 - < 25.0 6.45 7.70

    25.0 - < 30.5 6.90 8.20

    30.5 - < 36.0 7.35 8.75

    36.0 7.70 9.15

    12.5 - < 18.0 6.05 7.20

    18.0 - < 25.0 6.80 8.05

    600 25.0 - < 30.5 7.25 8.65

    30.5 - < 36.0 7.75 9.20

    90 36.0 8.10 9.60

    12.5 - < 18.0 6.70 8.00

    18.0 - < 25.0 7.50 8.95

    400 25.0 - < 30.5 8.05 9.55

    30.5 - < 36.0 8.55 10.20

    36.0 8.95 10.65

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    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    31sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso dIvIsrIas

    Note-se que as consideraes anteriormente descritas apenas tm validade se os perfis montante a instalar apresentarem caractersticas iguais ou superiores s apresentadas na Tabela 13 e se a ligao entre as estruturas e a montagem de todos os elementos for realizada de acordo com as recomendaes deste manual.

    Caso se opte por uma soluo de estrutura dupla sem ligao interna, a determinao das alturas mximas das solues deve obedecer ao prescrito para revestimentos com estrutura autoportante sem fixao ao suporte, constante na seco 4.2. pgina 36.

    comprImEnto mxImo dos sIstEmas

    No caso de divisrias devem admitir-se os seguintes comprimentos livres mximos entre pontos de interseco ou elementos de reforo de rigidez (montantes reforados em caixo, por exemplo):

    Figura 22: Comprimentos livres mximos.

    Tabela 15: Distncia mxima admissvel entre elementos de reforo ou interseces.

    Tipo de montanteN de placas por

    face

    Espessura das placas

    (mm)

    Comprimento mximo, d

    (m)

    48

    112.5 5

    15 6

    212.5 8

    15 10

    70

    112.5 5

    15 7

    212.5 8

    15 12

    90

    112.5 5

    15 7

    212.5 8

    15 12

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    32 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso dIvIsrIas

    juntas dE dIlatao

    Em divisrias devem ser previstas juntas de dilatao a cada 15 m.A tabela seguinte apresenta os pormenores construtivos de juntas de dilatao em divisrias.

    Tabela 16: Pormenores construtivos de juntas de dilatao em divisrias.

    Estrutura simples Placa simples Estrutura simples Placa dupla

    Em qualquer caso, note-se que deve ser garantida a existncia de uma junta de dilatao sempre que haja atravessamento de uma junta de dilatao do edifcio.

    Figura 23: Junta de dilatao do edifcio.

  • 35

    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    33sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso rEvEstImEntos

    4.2 rEvEstImEntos

    gEnEralIdadEs

    Os sistemas de revestimentos em placas de gesso so sistemas utilizados, geralmente, para o revestimento da face interior de paredes exteriores. Trata-se de uma tcnica muito utilizada na reabilitao de edifcios, promovendo desta forma a melhoria dos desempenhos trmico e acstico do elemento construtivo existente, sendo por vezes importante a componente esttica associada.

    Existem vrios tipos de revestimentos, dependendo da forma como so ligados ao elemento construtivo existente. Podem ser de aplicao directa, com cola adesiva ou estrutura metlica auxiliar (perfis mega), ou autoportante, utilizando, neste caso, uma estrutura metlica autoportante idntica utilizada nas paredes divisrias ou, em casos mais especficos, perfis de tecto.

    a) b) c)

    Figura 24: Tipos de revestimentos:

    a) directo com cola adesiva, b) directo com estrutura auxiliar, c) autoportante.

    O sistema de revestimento autoportante pode subdividir-se em dois tipos: fixo pontualmente ao elemento de suporte ou livre, completamente independente do elemento construtivo que reveste. O sistema autoportante tem a vantagem de permitir a aplicao de uma camada de isolamento no interior do espao formado entre as placas e o elemento construtivo existente.

    a) b)

    Figura 25: Revestimentos autoportantes:

    a) fixo pontualmente ao elemento de suporte, b) livre estrutura independente.

    Nos sistemas de revestimentos podero utilizar-se placas simples de gesso laminado, assim como placas compostas.

    O sistema recomendado depende das condies da parede existente e do isolamento pretendido.

  • 36

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    34 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso rEvEstImEntos

    dEtErmInao da altura mxIma dos sIstEmas

    altura mxIma dE soluEs dE aplIcao dIrEcta

    Devem considerar-se as seguintes alturas mximas para solues de revestimentos de aplicao directa (fonte: UNE 102043:2013):

    Tabela 17: Alturas mximas para revestimentos directos.

    Tipo de aplicao Tipo de placas Altura mxima (m)

    Cola adesivaPlacas simples (A, H, F e D) 5.00

    Placas compostas (EPS, XPS e ICB) 3.60

    Estrutura auxiliar (perfis mega) Qualquer 9.00

    Nos revestimentos directos com cola adesiva, caso se necessite de uma altura superior s indicadas no quadro anterior, devem ser previstos reforos na zona das juntas das placas (em madeira, por exemplo).

    Figura 26: Reforos em revestimentos directos com cola adesiva.

  • 37

    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    35sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso rEvEstImEntos

    altura mxIma dE soluEs dE Estrutura autoportantE

    A determinao da altura mxima de uma dada soluo com estrutura autoportante independente deve respeitar o prescrito para as paredes divisrias, na seco 4.1, atendendo, no entanto, ao facto de que este sistema apenas possui placas numa das faces, resultando na seguinte expresso:

    em que,

    H altura mxima da soluo a instalar (m);H0 altura mxima da soluo de referncia, para uma dada espessura de placas (m);I

    momento de inrcia do perfil montante da soluo a instalar (m4);

    I0 momento de inrcia do perfil montante da soluo de referncia (m4).

    O momento de inrcia de referncia de 2.43 cm4.Para revestimentos de estrutura autoportante independente, as alturas de referncia so as seguintes:

    Tabela 18: Alturas de referncia em funo da espessura total de placas.

    Espessura total das placas (mm) Altura de referncia H0 (m)

    12.5 - < 18.0 2.10

    18.0 - < 25.0 2.25

    25.0 - < 30.5 3.50

    30.5 - < 36.0 2.70

    36.0 2.80

    Os valores a adoptar para I, em funo do tipo de montante, devem ser os seguintes:

    Tabela 19: Momentos de inrcia dos perfis montante a instalar.

    Perfil de montante I (cm4)

    48 2.43

    70 6.51

    90 11.97

    100 15.03

    125 25.38

    150 39.24

    No caso do afastamento entre montantes ser de 400 mm, o momento de inrcia I

    dever ser multiplicado por

    1.5. Para estruturas reforadas em H ou caixo, o momento de inrcia I dever ser multiplicado por 2.

    Para a utilizao do mtodo descrito, os perfis montante a instalar devem apresentar uma inrcia mnima igual s inrcias apresentadas na tabela anterior e todos os elementos devem ser aplicados com as recomendaes enunciadas neste manual.

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    36 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso rEvEstImEntos

    A tabela seguinte apresenta as alturas mximas para as solues mais correntes.

    Tabela 20: Alturas mximas para revestimentos de estrutura autoportante simples ou reforada em H ou caixo.

    Perfil montanteAfastamento

    entre montantesEspessura total das placas (mm)

    Altura mxima est. simples (m)

    Altura mxima est. H ou caixo (m)

    48

    600

    12.5 - < 18.0 2.10 2.50

    18.0 - < 25.0 2.25 2.70

    25.0 - < 30.5 2.50 2.95

    30.5 - < 36.0 2.70 3.20

    36.0 2.80 3.35

    12.5 - < 18.0 2.30 2.75

    18.0 - < 25.0 2.50 2.95

    400 25.0 - < 30.5 2.75 3.30

    30.5 - < 36.0 3.00 3.55

    36.0 3.10 3.70

    12.5 - < 18.0 2.70 3.20

    18.0 - < 25.0 2.90 3.40

    600 25.0 - < 30.5 3.20 3.80

    30.5 - < 36.0 3.45 4.10

    70 36.0 3.60 4.25

    12.5 - < 18.0 2.95 3.55

    18.0 - < 25.0 3.20 3.80

    400 25.0 - < 30.5 3.55 4.20

    30.5 - < 36.0 3.80 4.55

    36.0 3.95 4.70

    12.5 - < 18.0 3.15 3.70

    18.0 - < 25.0 3.35 4.00

    600 25.0 - < 30.5 3.70 4.45

    30.5 - < 36.0 4.00 4.80

    90 36.0 4.15 4.95

    12.5 - < 18.0 3.45 4.10

    18.0 - < 25.0 3.70 4.40

    400 25.0 - < 30.5 4.10 4.90

    30.5 - < 36.0 4.45 5.30

    36.0 4.60 5.50

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    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    37sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso rEvEstImEntos

    As alturas mximas deduzidas a partir do mtodo descrito correspondem altura total da soluo, no caso dos montantes no se encontrarem ligados parede (alneas a) e b) da figura seguinte), ou distncia entre pontos de ligao, no caso contrrio (alnea c) da figura seguinte).

    As consideraes apresentadas anteriormente apenas tero validade se o sistema for construdo de acordo com as recomendaes descritas neste manual e se apresentar as configuraes ilustradas na figura seguinte.

    No caso da alnea d), no existe rigidez na ligao superior do revestimento, pelo que as disposies anteriores no devem ser consideradas.

    a) b) c) d)

    Figura 27: Condies a observar na determinao das alturas mximas.

    No caso da estrutura autoportante se encontrar ligada parede de suporte, dever ser colocada uma linha de acessrios de fixao, em todos os montantes, a cada 9 m de altura, independentemente das ligaes necessrias do sistema a instalar.

    No caso de serem utilizados perfis de tecto em vez de perfis montante, as alturas mximas podem ser deduzidas a partir do exposto anteriormente. Este tipo de soluo s poder ser utilizado at 10 m de altura.

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    38 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso rEvEstImEntos

    A tabela seguinte apresenta as alturas mximas correspondentes aos perfis de tecto mais correntes.

    Tabela 21: Alturas mximas para revestimentos de estrutura autoportante constituda por perfis de tecto.

    Perfil de tecto Afastamento entre perfis Espessura total das placas (mm) Altura mxima (m)

    F530

    (I=0.2085 cm4)

    600

    12.5 - < 18.0 1.15

    18.0 - < 25.0 1.20

    25.0 - < 30.5 1.35

    30.5 - < 36.0 1.45

    36.0 1.50

    400

    12.5 - < 18.0 1.25

    18.0 - < 25.0 1.35

    25.0 - < 30.5 1.50

    30.5 - < 36.0 1.60

    36.0 1.70

    12.5 - < 18.0 1.55

    18.0 - < 25.0 1.65

    600 25.0 - < 30.5 1.80

    30.5 - < 36.0 1.95

    F560 36.0 2.05

    (I=0.6839 cm4) 12.5 - < 18.0 1.70

    18.0 - < 25.0 1.80

    400 25.0 - < 30.5 2.00

    30.5 - < 36.0 2.20

    36.0 2.25

  • 41

    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    39sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso rEvEstImEntos

    juntas dE dIlatao

    Em revestimentos devem ser previstas juntas de dilatao a cada 11 m.A tabela seguinte apresenta os pormenores construtivos de juntas de dilatao em sistemas de revestimento.

    Tabela 22: Pormenores construtivos de juntas de dilatao em sistemas de revestimento.

    Revestimento directo com cola adesiva Placa simples

    Revestimento autoportante com perfis montante Placa simples

    Revestimento autoportante com perfis montante

    Placa dupla

    Revestimento autoportante com perfis de tecto

    Placa simples

    Em qualquer caso, deve ser garantida uma junta de dilatao sempre que haja atravessamento de uma junta de dilatao do edifcio.

  • 42

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    40 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso tEctos contnuos

    4.3 tEctos contnuos

    gEnEralIdadEs

    Trata-se de sistemas construtivos que so normalmente aplicados na face inferior de lajes, que podem ser horizontais ou inclinadas, sem juntas aparentes e que so suportados por uma estrutura portante oculta, formando uma caixa-de-ar de dimenso varivel.

    De uma forma geral, os tectos contnuos podero ser de dois tipos: directos ou suspensos.

    Os tectos contnuos directos so todos aqueles cuja estrutura portante fixada directamente ao elemento de suporte. Apresentam como limitao o facto de apenas poderem ser utilizados quando o suporte se encontra correctamente nivelado e sem irregularidades, pois o seu nivelamento limitado. Normalmente, este tipo de tecto formado por uma estrutura portante, composta por perfis mega ou perfis de tecto.

    a) b)

    Figura 28: Tectos contnuos directos:

    a) com perfis mega, b) com perfis de tecto.

    Os tectos contnuos suspensos so caracterizados pelo facto da estrutura portante estar fixa ao elemento de suporte atravs de acessrios metlicos denominados por suspenses. Estes tectos podem ser de dois tipos, de estrutura simples, ou de estrutura composta, sendo estes ltimos constitudos por duas estruturas ortogonais primria e secundria. Neste ltimo caso, as placas de gesso so fixadas estrutura secundria, sendo o conjunto suportado pela estrutura primria. No caso dos tectos de estrutura simples, a estrutura portante pode ser realizada atravs de perfis de tecto ou perfis montante. No caso dos tectos de estrutura composta, a estrutura primria pode realizar-se atravs de perfis de tecto, perfis montante ou perfis primrios especiais (rgua de suspenso), enquanto que a estrutura secundria sempre realizada com perfis de tecto.

    a) b)

    Figura 29: Tectos contnuos suspensos de estrutura simples:

    a) com perfis tecto, b) com perfis montante.

  • 43

    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    a) b) c)

    Figura 30: Tectos contnuos suspensos de estrutura composta:

    a) com perfis tecto, b) com rgua de suspenso, c) com perfis montante.

    modulao

    dIstncIa EntrE pErfIs

    tEctos dIrEctos ou suspEnsos dE Estrutura sImplEs

    A modulao da estrutura de um tecto contnuo, directo ou suspenso de estrutura simples, quando as placas de gesso so aplicadas perpendicularmente aos perfis, deve obedecer ao disposto no quadro seguinte, em funo do grau de humidade do espao em causa:

    Tabela 23: Modulao da estrutura de tectos contnuos.

    Ambiente Tipo de placa N. PlacasEspessura das placas

    (mm)

    Distncia entre

    perfis (mm)

    Seco Qualquer Qualquer12,5 500

    15 550

    Hmido

    (ex: cozinhas

    ou instalaes

    sanitrias)

    H1 (hidrfuga)

    1 15 400

    212,5 400

    15 550

    Note-se que os valores apresentados na tabela anterior apenas tm validade se os perfis de tecto a instalar apresentarem uma inrcia no inferior a 0.2085 cm4 e 0.6839 cm4, para F530 e F560, respectivamente, e se a ligao entre os diferentes elementos e a montagem dos mesmos for realizada de acordo com as recomendaes deste manual.

    41sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso tEctos contnuos

  • 44

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    A aplicao das placas de gesso paralelamente aos perfis, apenas permitida em ambientes secos, devendo a distncia entre perfis ser, neste caso, reduzida para 300 mm.

    Em ambientes com humidade elevada no recomendvel a aplicao de tectos contnuos em placas de gesso.

    a) b)

    Figura 31: Distncia entre perfis:

    a) aplicao das placas perpendicularmente aos perfis, b) aplicao das placas paralelamente aos perfis.

    tEctos suspEnsos dE Estrutura composta

    No caso de tectos suspensos de estrutura composta, a distncia mxima entre os perfis da estrutura primria deve ser estabelecida em funo da resistncia dos acessrios de ligao da estrutura secundria estrutura primria e de forma a limitar a deformao dos perfis da estrutura secundria, que no deve ser superior a L/500, sendo L o comprimento do perfil metlico entre apoios. A tabela seguinte indica o afastamento mximo entre perfis primrios de tectos suspensos de estrutura composta.

    Tabela 24: Afastamento entre perfis primrios.

    N. Placas Espessura das placas (mm) Distncia entre perfis primrios (mm)

    112,5

    1000 15

    212,5

    15 750

    Relativamente distncia entre perfis da estrutura secundria, devem ser observadas as condies estabelecidas na seco anterior, para os tectos directos ou suspensos de estrutura simples.

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    42 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso tEctos contnuos

    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

  • 45

    dIstncIa EntrE suspEnsEs

    A distncia mxima entre suspenses deve ser estabelecida em funo da resistncia das prprias suspenses e respectivas fixaes e de forma a limitar a deformao dos perfis da estrutura portante, que no deve ultrapassar L/500, sendo L o comprimento do perfil metlico entre apoios. As tabelas seguintes indicam os afastamentos mximos entre suspenses, para tectos suspensos de estrutura simples e composta.

    Tabela 25: Afastamentos mximos entre suspenses, em tectos suspensos de estrutura simples.

    Carga total [kg/m2] N. Placas Espessura das placas (mm)Afastamento mximo entre

    suspenses (mm)

    15 p 30 1 12,5 1000

    15 p 30 1 15 1000

    15 p 30 2 12,5 1000

    30 p 50 2 15 750

    Tabela 26: Afastamentos mximos entre suspenses, em tectos suspensos de estrutura composta.

    Carga total [kg/m2] N. Placas Espessura das placas (mm)Afastamento mximo entre

    suspenses (mm)

    15< p 30 1 12,5 750

    15< p 30 1 15 750

    15< p 30 2 12,5 750

    30< p 50 2 15 600

    Estes valores de referncia so vlidos considerando uma carga mxima por suspenso de 25 kg.Os acessrios de suspenso a utilizar devem ser seleccionados mediante a consulta do respectivo fabricante, de forma a garantir as condies anteriores.

    dImEnsIonamEnto

    O dimensionamento de tectos contnuos deve ter em considerao as seguintes cargas:

    O peso prprio (placas de gesso, estrutura metlica, isolamento, etc.); Uma sobrecarga de 0,10 kN/m2, que tem em considerao possveis cargas adicionais, luminrias e

    a suspenso de cargas, abordadas na seco 9.2 do manual; Outras aces, tais como vento e revestimentos adicionais.

    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    43sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso tEctos contnuos

  • 46

    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    caIxa-dE-ar

    A caixa-de-ar de um tecto suspenso o espao formado entre o suporte e a face superior das placas de gesso.

    Este espao pode assumir vrias alturas, em funo do tipo de suspenso utilizada, no devendo, no entanto,

    ser superior a 2,0 m.

    Quando esto previstas caixas-de-ar ventiladas, devem ser aplicados tensores de reforo, ao longo de todo

    o permetro do tecto, tal como ilustrado na figura seguinte. Nestes casos, todas as placas de gesso laminado,

    que constituem o tecto, devem ser do tipo H1.

    Figura 32: Tensores de reforo.

    juntas dE dIlatao

    Devem ser executadas juntas de dilatao, sempre que haja atravessamento de uma junta de dilatao do edifcio e/ou a cada 15 m de desenvolvimento.

    Figura 33: Juntas de dilatao.

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    44 sIstEmas construtIvos Em placas dE gEsso tEctos contnuos

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    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    aplIcao Em ambIEntEs hmIdos 45

    5 aplIcao Em ambIEntEs hmIdos

    47 47 47 47 48 48 48 48

    5.1 humIdadE rEduzIda 5.2 humIdadE mdIa divisrias e revestimentos tectos contnuos 5.3 humIdadE ElEvada divisrias e revestimentos tectos contnuos 5.4 humIdadE muIto ElEvada

  • 48

    5 aplIcao Em ambIEntEs hmIdos

    Na tabela seguinte apresentam-se alguns exemplos de classificao de espaos em funo do seu grau de humidade.

    Tabela 27: Classificao dos espaos em funo do grau de humidade.

    Classificao Descrio Exemplos

    Humidade

    reduzida

    A gua utilizada apenas na limpeza e nunca em forma

    de gua projectada.

    Dormitrios, salas, salas de aula,

    quartos de hotel, hospitais,

    escritrios, etc.

    Humidade mdia A gua utilizada apenas na manuteno e limpeza e

    nunca em forma de gua projectada, mas pode projectar-

    se na forma de vapor. Em qualquer dos casos realiza-se

    esporadicamente.

    Cozinhas, lavabos, casas de banho

    privadas.

    Humidade

    elevada

    Presena, ocasional, de emisso de gua a baixa presso

    (inferior a 60 atm). Tambm poder existir na forma

    de vapor, mas por perodos mais extensos que no caso

    anterior.

    Instalaes sanitrias colectivas,

    lavandarias colectivas e cozinhas

    colectivas.

    Humidade muito

    elevada

    Presena de gua em estado lquido e de vapor, de

    forma praticamente sistemtica. Admite-se a limpeza com

    emisso de gua a alta presso.

    Centros aquticos, piscinas,

    balnerios e casas de banho

    colectivas. Cozinhas e instalaes

    sanitrias. Indstrias lcteas.

    Lavandarias industriais.

    5.1 humIdadE rEduzIda

    Em sistemas expostos a um ambiente com humidade reduzida, devem ser cumpridas as recomendaes de montagem especficas para cada tipo de sistema, no sendo exigidas regras adicionais.

    46 aplIcao Em ambIEntEs hmIdos humIdadE rEduzIda

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  • 49

    5.2 humIdadE mdIa

    dIvIsrIas E rEvEstImEntos

    No caso de sistemas com uma s placa, esta deve ser do tipo H1, de 15 mm de espessura e a modulao dos montantes deve ser de 400 mm.

    No caso de sistemas de placa dupla ou mltipla, com placas de 15 mm de espessura ou superior, s a(s) exposta(s) ao ambiente hmido devem ser do tipo H1. Com placas de 12,5 mm de espessura, todas as placas devem ser do tipo H1. Independentemente da espessura da placa, a modulao dos montantes de 400 ou 600 mm. No entanto, em locais onde sejam previsveis ciclos pontuais de humidade elevada, a modulao do sistema deve ser, em qualquer caso, de 400 mm.

    Nas zonas de banheiras ou duches e, como regra geral, em todos os casos em que os sistemas construtivos de placa de gesso sejam revestidos com elementos cermicos, devem ser reforados tanto o permetro do compartimento, ao nvel do pavimento, como as verticais em cantos ou encontros (reentrantes ou salientes), atravs da aplicao de bandas de reforo e de impermeabilizao, com cerca de 200 mm de largura, tendo como objectivo assegurar uma total estanquidade.

    Figura 34: Reforo do permetro do compartimento com impermeabilizantes e bandas de reforo.

    tEctos contnuos

    Em tectos constitudos apenas por uma placa de gesso laminado, devem usar-se placas do tipo H1 com 15 mm de espessura e a estrutura portante dever ser modulada com um afastamento de 400 mm.

    No caso de tectos de placa dupla ou mltipla de 12,5 mm de espessura, todas as placas devem ser do tipo H1. No caso de 15 mm de espessura, s a(s) exposta(s) ao ambiente hmido devem ser do tipo H1. Relativamente modulao da estrutura portante, esta dever possuir um afastamento mximo de 400 mm, para o caso do tecto com placas de 12,5 mm de espessura, e de 600 mm, para o caso do tecto com placas de 15 mm de espessura. Em locais onde sejam previsveis ciclos pontuais de humidade elevada, o afastamento da estrutura metlica no deve exceder, em qualquer caso, os 400 mm.

    aplIcao Em ambIEntEs hmIdos humIdadE mdIa

    47

    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

  • 50

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    48 aplIcao Em ambIEntEs hmIdos humIdadE ElEvada, humIdadE muIto ElEvada

    5.3 humIdadE ElEvada

    dIvIsrIas E rEvEstImEntosDevem ser seguidas as recomendaes definidas para ambientes de humidade mdia, com excepo do caso de sistemas de placa dupla ou mltipla, em que todas as placas de gesso laminado devem ser do tipo H1. Nestes casos, alm do indicado para zonas de banheiras e duches em ambientes de humidade mdia, recomendado que, previamente aplicao dos elementos cermicos ou da pintura, toda a superfcie da parede seja tratada com um agente impermeabilizante. Alm disso, o tratamento do permetro do compartimento, ao nvel do pavimento, e de todos os cantos ou encontros verticais (reentrantes ou salientes), deve incluir, adicionalmente, uma impermeabilizao especial sobre os produtos referidos para o caso de humidade mdia.

    Este procedimento deve ser respeitado, existam ou no equipamentos sanitrios com risco de queda de gua.

    Figura 35: Reforo do sistema de impermeabilizao no permetro inferior

    do compartimento e cantos ou encontros verticais.

    tEctos contnuos

    Em ambientes com humidade elevada no recomendvel a aplicao de tectos contnuos em placas de gesso.

    5.4 humIdadE muIto ElEvadaEm ambientes com humidade muito elevada no recomendvel a aplicao de sistemas em placas de gesso.

  • 51

    Manual Tcnico de Instalao de Sistemas em Placas de Gesso

    rEcomEndaEs dE montagEm

    6 rEcomEndaEs dE montagEm

    50 51 51 53 53 54 57 57 57 57 61 68 72 72 76 81 94 94 98

    103

    6.1 prEparao da obra 6.2 rEgras bsIcas aparafusamento das placas aos perfis corte das placas juntas entre placas cuidados especiais com isolamentos e instalaes tcnicas 6.3 rEgras partIcularEs para dIvIsrIas sequncia de montagem Implantao do sistema aplicao dos elementos horizontais - perfis raia aplicao dos elementos verticais - perfis montante aplicao das placas 6.4 rEgras partIcularEs para rEvEstImEntos revestimentos directos com cola adesiva revestimentos directos com estrutura auxiliar (perfis mega) revestimentos autoportantes 6.5 rEgras partIcularEs para tEctos contnuos tectos directos tectos suspensos de estrutura simples tectos suspensos de estrutura composta

    49

  • 52

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    50 rEcomEndaEs dE montagEm prEparao da obra

    6 rEcomEndaEs dE montagEm

    No presente captulo so apresentadas as medidas necessrias para uma correcta aplicao e montagem de divisrias, revestimentos e tectos contnuos em placas de gesso, que garantam um bom desempenho da soluo e um efeito visual exemplar.

    6.1 prEparao da obra

    De acordo com a norma UNE 102043:2013, recomendvel que a obra cumpra algumas condies, de forma a permitir a correcta execuo dos sistemas construtivos em placas de gesso, designadamente:

    As fachadas, outras paredes e coberturas, em contacto com as solues em placas de gesso, devero estar totalmente concludas e impermeabilizadas;

    A obra dever estar totalmente fechada e seca; para isso dever garantir-se que todos os vos e caixas de estore se encontrem aplicados em obra;

    Em obra dever garantir-se as seguintes condies ambientais interiores: assegurar uma ventilao adequada, temperatura no inferior a 5C e uma humidade relativa inferior a 80%;

    Garantir a existncia do nmero necessrio de tomadas de gua e electricidade, em funo do tamanho da obra (no mnimo, uma por piso);

    Todas as tubagens das instalaes tcnicas devero encontrar-se instaladas na sua posio definitiva;

    Os ramais de alimentao de luminrias, aparelhos sanitrios, radiadores, etc., devero ficar instalados no interior dos sistemas em placas de gesso, ficando em espera at ao momento da aplicao dos respectivos aparelhos;

    Os tectos devero estar totalmente rebocados e acabados, salvo no caso de estar prevista a execuo de tectos suspensos;

    Os pavimentos devero estar finalizados e nivelados, e o seu revestimento aplicado (ladrilho, pedra, etc.) ou a respectiva camada de assentamento do revestimento, no caso de se tratar de revestimentos que possam ser danificados (por exemplo madeira);

    Todos os elementos a integrar na montagem dos sistemas construtivos devem estar devidamente armazenados e disponveis em obra.

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    6.2 rEgras bsIcas

    aparafusamEnto das placas aos pErfIs

    1. As fixaes devem ser aplicadas de forma contnua e de modo a que cada parafuso atravesse a(s) placa(s) na sua totalidade, e exceda a(s) espessura(a) da(s) placa(s) em, pelo menos, 10 mm.

    Figura 36: Aplicao dos parafusos.

    A tabela seguinte indica os comprimentos de parafusos necessrios para a fixao das placas nas situaes mais correntes.

    Tabela 28: Comprimentos de parafusos a utilizar na fixao de placas.

    Espessura da placa (mm) N de placas Comprimento do parafuso (mm)

    12.5

    1 25

    2 35

    3 55

    15

    1 25

    2 45

    3 55

    181 35

    2 55

    2. No aparafusamento de placas de gesso deve assegurar-se que o parafuso se mantenha perpendicular placa e que penetre na mesma, apenas o suficiente para que a cabea do parafuso fique embebida.

    Figura 37: Perpendicularidade dos parafusos e respectiva penetrao na placa.

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    3. As fixaes devem ser aplicadas a uma distncia mnima de 10 mm do bordo longitudinal da placa de gesso.

    Figura 38: Distncia mnima das fixaes em relao ao bordo longitudinal.

    4. As fixaes devem ser aplicadas a uma distncia mnima de 15 mm do bordo transversal da placa de gesso.

    Figura 39: Distncia mnima das fixaes em relao ao bordo transversal.

    5. As fixaes no bordo longitudinal de duas placas contguas no devem ficar alinhadas.

    Figura 40: Fixaes no bordo longitudinal de duas placas contguas.

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    cortE das placas

    A dimenso mnima admissvel em panos contnuos de divisrias, revestimentos e tectos, nas duas direces, de 350 mm. Podem, no entanto, existir casos excepcionais, em que as condies da obra obriguem utilizao de placas com larguras inferiores. Nestes casos, deve tomar-se maior cuidado no que diz respeito ao corte da placa e sua fixao.

    No corte das placas deve tambm garantir-se que as juntas transversais das placas fiquem desfasadas numa distncia mnima de 400 mm.

    a) b)

    Figura 41: Dimenso mnima admissvel das placas e desfasamento das juntas transversais das placas:

    a) em divisrias e revestimentos; b) em tectos.

    juntas EntrE placas

    Nas juntas entre placas deve garantir-se que estas ficam encostadas, tanto quanto possvel. Nas juntas longitudinais admite-se um afastamento mximo de 3 mm.

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    cuIdados EspEcIaIs com IsolamEntos E InstalaEs tcnIcas

    Em dIvIsrIas E rEvEstImEntos

    1. Sempre que esteja prevista a aplicao de isolamento no interior de divisrias ou revestimentos, este dever ficar correctamente fixado, de modo a garantir que o isolamento ocupe todo o comprimento e altura do sistema construdo.

    2. Na modulao do sistema deve, sempre que possvel, ficar definida a localizao de aberturas e instalaes tcnicas, de modo a evitar o corte e perfurao da estrutura metlica do sistema de placas de gesso. No caso de no ser possvel evitar o corte ou perfurao da estrutura metlica, deve garantir-se o adequado reforo estrutural, atravs da colocao de perfis auxiliares.

    3. Todas as aberturas para aplicao de caixas tcnicas ou quaisquer outros elementos embutidos em sistemas de divisrias ou revestimentos devem ficar convenientemente isolados.

    Figura 42: Isolamento de aberturas para aplicao de caixas tcnicas.

    4. Sempre que seja necessria a perfurao das placas para passagem de tubagem de gua, a abertura deve ser selada em torno do tubo, com produto adequado, de forma a garantir a total estanquidade do sistema.

    Figura 43: Selagem de aberturas para passagem de tubagem de gua.

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    5. Em divisrias com elementos embutidos nas duas faces, deve ter-se o cuidado de desfasar os elementos, para garantir que estas zonas no atravessam completamente a espessura do sistema aplicado.

    Figura 44: Desfasamento de elementos embutidos.

    6. Em divisrias de estrutura dupla, em que ambas as estruturas se encontrem totalmente desligadas, recomendvel, sempre que possvel, a separao do pavimento de assentamento, atravs da criao de uma junta ao longo do eixo da divisria. Este princpio minimiza a transmisso de rudos entre os compartimentos.

    Figura 45: Junta ao longo do eixo da divisria.

    7. Na definio do sistema de uma divisria de estrutura dupla, deve ter-se em considerao que a aplicao de uma ou mais placas intermdias melhora o desempenho acstico.

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    Em tEctos contnuos

    1. Sempre que esteja prevista a passagem de instalaes no interior da caixa-de-ar, deve manter-se uma distncia de segurana entre essas instalaes e as placas de gesso, que permita que possveis deformaes nessas instalaes no interfiram com o tecto contnuo. Essa distncia deve permitir uma folga de 5 mm em relao deformao prevista para as referidas instalaes.

    Figura 46: Altura da caixa-de-ar quando h instalaes no interior do tecto.

    2. Caso haja a necessidade de aplicar uma camada de isolamento no interior da caixa-de-ar, esta deve ser do tipo manta, de modo a permitir a sua aplicao de forma contnua. Recomenda-se que a camada de isolamento seja dobrada junto s paredes perifricas, tal como indicado na figura seguinte.

    Figura 47: Isolamento no interior da caixa-de-ar de tectos contnuos.

    3. Quando seja previsvel a ocorrncia de condensaes no interior da caixa-de-ar, recomenda-se a aplicao de manta(s) de l mineral protegida(s) com uma lmina pra-vapor na face em contacto com a placa de gesso. No entanto, deve ser realizada uma anlise mais cuidada da situao, dependendo das condies em que o tecto se encontra.

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    6.3 rEgras partIcularEs para dIvIsrIas

    sEquncIa dE montagEm

    De uma forma geral, a montagem de sistemas construtivos de divisrias em placas de gesso deve respeitar a seguinte sequncia de procedimentos:

    Implantao do sistema; Aplicao dos elementos horizontais perfis raia; Aplicao dos elementos verticais perfis montante; Aplicao das placas.

    Implantao do sIstEma

    Os trabalhos de implantao devem ser realizados o mais rigorosamente possvel, para que no haja desvios em relao ao previsto em projecto.

    Nesta fase, ficar definida a modulao do sistema, localizao de possveis aberturas e instalaes tcnicas.Em certas situaes, podero ocorrer dvidas acerca da montagem de um determinado sistema, aconselhando-se, nestes casos, a delimitar uma zona ampla no local da obra, onde no estejam a decorrer outros trabalhos, para a realizao de testes.

    aplIcao dos ElEmEntos horIzontaIs pErfIs raIa

    1. Os perfis raia inferiores devem ser colocados sobre o pavimento j revestido ou sobre uma camada de assentamento (betonilha).

    2. No caso de aplicao do perfil raia directamente sobre uma laje de beto, deve ser sempre aplicada uma pelcula de polietileno. Esta pelcula deve prolongar-se 20 mm acima do revestimento final, sempre que se trate de uma zona hmida (cozinha, casa-de-banho, etc.). Alm deste procedimento, deve ainda colocar-se tiras de material flexvel adequado, para garantir que no haja ligao entre o enchimento do pavimento e a parede divisria.

    Figura 48: Aplicao de pelcula de polietileno, entre a laje de beto e o perfil raia, e de tiras de material flexvel,

    para separao da divisria do enchimento da laje.

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    3. Recomenda-se que os perfis raia superiores sejam aplicados sob a face inferior do tecto j revestido, mesmo no caso de estar prevista a execuo de um tecto em placas de gesso. Se por imposio da obra for necessrio fixar os perfis raia ao tecto constitudo por placas de gesso, aconselhvel a realizao de um estudo tcnico para definir a soluo de ligao mais eficaz em termos estruturais e acsticos (a prever no interior da caixa-de-ar do tecto).

    a) b)

    Figura 49: Aplicao do perfil raia superior:

    a) directamente na laje; b) sob tecto contnuo de placas de gesso.

    4. Os perfis raia devem ser sempre aplicados com uma banda acstica colada na superfcie de contacto com o suporte.

    Figura 50: Aplicao de banda acstica entre o perfil raia e o suporte.

    5. O tipo de fixao a utilizar na ligao dos perfis ao elemento de suporte, depende da natureza deste ltimo. A seleco do elemento de fixao adequado deve ser feita seguindo as recomendaes dos respectivos fabricantes.

    6. Nas raias aplicadas num suporte resistente, devem ser utilizadas fixaes afastadas, no mximo de 600 mm. No caso de o suporte ser um elemento menos resistente, como um tecto contnuo em placas de gesso, por exemplo, o afastamento mximo entre fixaes dever ser de 400 mm.

    Figura 51: Afastamento entre fixaes.

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    7. As fixaes das extremidades no devem encontrar-se a uma distncia superior a 50 mm da extremidade do perfil.

    Figura 52: Distncia da fixao de extremidade ao topo do perfil raia.

    8. No caso de elementos aplicados na extremidade de uma laje, a fixao do perfil raia deve encontrar-se a, pelo menos, 50 mm do limite da laje. No caso de perfis raia com 48 mm de altura de alma, recomenda-se que sejam efectuados uns recortes no banzo para permitir planificar o perfil metlico nessas zonas e aplicar fixaes.

    a) b)

    Figura 53: Fixao do perfil raia na extremidade de uma laje: a) perfis de 70 mm e 90 mm; b) perfil de 48 mm.

    9. Para elementos de comprimento superior ou igual a 500 mm, devem ser aplicadas, no mnimo, 3 fixaes. Para elementos de comprimento inferior a 500 mm so sempre necessrias 2 fixaes.

    Figura 54: Nmero de fixaes em funo do comprimento do perfil.

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    10. permitida a interrupo do perfil raia inferior ou superior, num comprimento mximo de 300 mm, desde que se verifique uma estrita imposio de descontinuidade durante a construo da divisria.

    11. A continuidade dos perfis raia deve ser garantida por encosto simples entre eles e nunca por sobreposio.

    Figura 55: Perfis raia em continuidade.

    12. Nas interseces de divisrias, os perfis raia devem encontrar-se espaados de uma espessura equivalente da placa ou placas da divisria em continuidade.

    Figura 56: Afastamento entre perfis raia de divisrias que se intersectam.

    13. Em zonas de portas ou outras aberturas, as extremidades dos perfis raia inferiores devem ser quinados a 90, por forma a ficarem com um troo vertical de altura igual ou superior a 150 mm. Os perfis raia superiores devem manter-se contnuos, excepto em casos em que a altura da abertura coincida com o espao livre entre o pavimento e o tecto. Em zonas de janelas, tanto o perfil raia inferior como o superior mantm-se contnuos.

    Figura 57: Quinagem dos perfis raia em zonas de aberturas.

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    aplIcao dos ElEmEntos vErtIcaIs pErfIs montantE

    1. O comprimento dos perfis montante deve ser estimado como sendo igual altura til (altura entre o tecto e o pavimento) menos 10 mm.

    Figura 58: Comprimento dos perfis montante.

    2. Sempre que haja necessidade de execuo de emendas, estas devem ser realizadas por sobreposio dos perfis montante ou com a utilizao de peas auxiliares (realizadas em perfil raia, por exemplo). O comprimento mnimo da sobreposio dos perfis montante ou do perfil raia, para cada lado da junta, deve ser adoptado em funo do tipo de perfil dos montantes a emendar.

    a) b) c)

    Figura 59: Emendas possveis em perfis montante:

    a) perfil 48 mm: d=240 mm; b) perfil 70 mm: d=350 mm; c) Perfil 90 mm: d=450 mm.

    As emendas devem garantir uma perfeita solidarizao dos perfis, atravs de parafusos tipo MM (metal-metal).

    3. As emendas dos vrios perfis montante de uma estrutura nunca devem ficar alinhadas mesma altura.

    Figura 60: Alinhamento de emendas em perfis montante.

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    4. Os perfis montante de extremidade (ou de arranque) devem ser fixos a elementos construtivos ou estruturais existentes, de igual forma ao referido para a fixao dos perfis raia ao suporte.

    Deve, portanto, garantir-se um afastamento mximo entre fixaes de 600 mm, e uma distncia no superior a 50 mm entre as fixaes de incio e fim e a extremidade do perfil montante.

    Para elementos de comprimento igual ou superior a 500 mm deve garantir-se um mnimo de 3 fixaes. Para elementos de comprimento inferior devem garantir-se 2 fixaes.

    Deve ainda ser aplicada uma banda acstica perimetral entre o perfil montante e o suporte.

    Figura 61: Fixao mnima de perfis montante de extremidade.

    5. Os perfis montante de extremidade devem ser aparafusados aos elementos horizontais (perfis raia), inferiores e superiores, com parafusos tipo MM (metal-metal) e nunca do tipo PM (placa-metal).

    6. Os perfis montante de extremidade devem ser sempre contnuos desde o pavimento at ao tecto. No entanto, so permitidas interrupes pontuais, desde que as condies em obra as justifiquem. O comprimento total das interrupes pode atingir um comprimento mximo equivalente a 40% da altura da divisria, sendo repartidas, caso necessrio, de forma a que cada interrupo no possua um comprimento superior a 250 mm.

    Figura 62: Interrupes permitidas nos perfis montante de extremidade.

    7. Os perfis montante intermdios devem encaixar entre os perfis raia inferior e superior atravs da direco mais estreita. Seguidamente, so colocados na direco correcta (alma perpendicular ao plano da parede), atravs de rotao simples. Estes perfis montante no devem ser ligados aos perfis raia, atravs de qualquer tipo de fixao, excepto em casos de pontos singulares que se

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    exige que se mantenham fixos, tais como interseces, aberturas, zonas de suporte de cargas, ou outros pontos especiais. Nestes casos, so utilizados parafusos tipo MM (metal-metal).

    Figura 63: Encaixe dos perfis montante nos perfis raia.

    8. No caso de solues com perfis montante duplos em H, a ligao entre os dois perfis realizada atravs de parafusos tipo MM (metal-metal), afastados, no mximo, 900 mm e, sempre que possvel, em quincncio (zigzag). As juntas dos perfis devem encontrar-se desfasadas, no mnimo, de 400 mm.

    a) b)

    Figura 64: Ligao entre dois perfis montante:

    a) parafusos em quincncio; b) juntas em perfis montante em H.

    9. O afastamento entre perfis montante deve ser de 400 mm ou 600 mm, conforme a soluo construtiva adoptada.

    Figura 65: Afastamento entre perfis montante.

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    10. Os perfis montante devem ser colocados sempre no mesmo sentido, com excepo dos perfis da extremidade final ou dos que limitam aberturas ou zonas preparadas para suportar objectos pesados.

    Figura 66: Posio dos perfis montante.

    11. No corte e montagem dos perfis montante deve ter-se o cuidado de garantir que as perfuraes dos perfis, para passagem de instalaes tcnicas se mantenham ao mesmo nvel, de modo a facilitar a aplicao das mesmas, no interior das paredes.

    Figura 67: Alinhamento das perfuraes dos perfis montante.

    12. No caso de divisrias com duas estruturas totalmente independentes, afastadas entre si e sem uma camada de placas de gesso no eixo da divisria, estas podem ser interligadas por pedaos de placa simples de 12,5 mm de espessura e com altura mnima de 300 mm, de forma a conferir maior rigidez ao sistema. As placas devem aplicar-se a uma distncia mxima de 300 mm do pavimento e do tecto e com um afastamento mximo entre elas de 900 mm.

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    Refira-se que a aplicao excessiva destes reforos pode causar um elevado aumento da rigidez do sistema, prejudicando o desempenho acstico.

    Figura 68: Ligao entre estruturas.

    13. Em pontos singulares como interseces, devem aplicar-se perfis montante de reforo, ligados aos perfis raia inferior e superior, sem interromper a modulao dos perfis montante intermdios:

    Em cantos, os perfis montante de arranque devem ser interligados, utilizando parafusos do tipo PM (placa-metal), os quais devem atravessar a(s) placa(s) da divisria em continuidade.

    a) b) c)

    Figura 69: Ligaes em cantos: a) Estrutura simples placa simples;

    b) Estrutura simples placa dupla; c) Estrutura dupla placa dupla.

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    Em encontros, o perfil de arranque deve ser ligado ao(s) perfil(s) montante de reforo, colocado no interior da parede em continuidade, atravs de parafusos do tipo PM (placa-metal), os quais devem atravessar a(s) placa(s) desta ltima.

    a) b) c)

    Figura 70: Ligaes em encontros em T: a) Estrutura simples placa simples;

    b) Estrutura simples placa dupla; c) Estrutura dupla placa dupla.

    a) b) c)

    Figura 71: Ligaes em encontros em cruz: a) Estrutura simples placa simples; b) Estrutura simples placa dupla; c) Estrutura dupla placa dupla.

    No caso de um encontro cujo elemento em continuidade j se encontre finalizado e sem reforo no interior, o perfil montante de arranque da nova parede pode ser ligado directamente (s) placa(s) da divisria existente, atravs de buchas de expanso. Neste caso, as fixaes na vertical devem ter um afastamento mximo de 300 mm e, se possvel, colocadas em quincncio (zigzag).

    Figura 72: Ligao de um perfil montante de arranque a um sistema existente.

    14. Os perfis montante em zonas de aberturas devem, como j referido, encontrar-se ligados s raias inferior e superior, atravs de parafusos tipo MM (metal-metal). Estes perfis montante no devem interromper a modulao dos perfis montante intermdios da divisria.

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    15. No caso de portas ou janelas, deve ser aplicado nos limites superior e inferior (no caso de janelas) da abertura um perfil raia, quinado nas extremidades a 90, por forma a ficar com um troo vertical igual ou superior a 150 mm. Estas extremidades devem colocar-se no sentido da abertura e ligar-se aos perfis montante que limitam a abertura, atravs de parafusos tipo MM (metal-metal). No caso de aberturas de altura igual altura da divisria, esta prtica no se aplica.

    a) b)

    Figura 73: Estrutura metlica em: a) portas; b) janelas.

    16. Nas zonas sobre e sob (no caso de janelas) as aberturas devem ser reforados os perfis montante que delimitam a abertura, atravs