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H° 2025 — AGOSTO DE 1954 — ANO XLIX

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^^^^___-^PA NAT__£2AOS PEIXES

OS peixes são seres aquáticos

que respiram por meio debrânquias o oxigênio que a águacontém. São dotados de nadadei-ras.

Os peixes que vemos nas feirase mercados, todos se parecem (Entretanto, existem no fundo dosoceanos peixes de formas estra-nhas e raras, surpreendentes einacreditáveis, muitos dos quaisaqui aparecem, para que vocês,ao menos de modo superficial,os fiquem conhecendo.

Uns são dotados de espinhos,outros têm o corpo como se lhefaltassem pedaços, outros apre-sentam nadadeiras compridas,como o primeiro da esquerda, aoalto; já o 4.°, também à esquerda,a contar de cima, aquele magri-nho, é um dos raros peixes que"fazem ninho" onde lhes nascemos filhotes.

A maior parte dos peixes bizar-ros, mantém entre si uma guer-ra ativa, e se compõe de peixescarnívoros.

O homem tira dos peixes osprodutos mais diversos e maisúteis. Do ponto de vista alimen-tar, sua carne é das mais nutri-tivas.

Ela fornece óleos preciosos paraas indústrias. As bexigas natató-rias dos peixes, servem para fa-bricar cola. A pele, de alguns, éusada em confecção de bolsas,etc.

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Meus netinhos

LUIZ Alves de Lima e Silva — que será evocado e homenageado este mês

no "Dia do Soldado", é figura das mais expressivas para os brasileirosmoços que um dia terão de ser os dirigentes da vida nacional.

Caxias não foi apenas exemplar como soldado. Nas vezes em que exerceuo poder civil, ou esteve ligado à administração dos bens públicos, foi o mais in-corruptivel dos governantes, e jamais se afastou dos preceitos de justiça, sere-nidade, honradez e hombridade.

Foi um general que não conheceu derrotas mas soube ser, principalmen-te, um cidadão de cuja honra e de cuja.integridade nunca teve alguém o quedizer, porque sua reputação de homem público era inatacável.

Por isso é que seu nome ficou nas páginas da História como o de um dosmaiores homens que já serviram à pátria brasileira.

No "Dia do Soldado", as virtudes desse nobre do Império vão ser relem-bradas.

Será então evocado o maior soldado do Brasil.

Mas não esqueçam, meus netinhos, que a glória maior desse general glo-rioso foi ter sido um homem de bem, cidadão impoluto que sempre, de modocorreto, serviu ao Brasil e honrou sua qualidade de brasileiro.

VOVÔ

\ correto, serviu ao Brasil e honrou sua qualidade de brasileiro. / /

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O profeta acabava de armar barraca na planície de Ghized, e naqueledia havia passado por Muski. cavalgando seu belo cavalo branco.

A sua passagem os indígenas o saudavam, inclinando-se respeitosamente.Anciãos de grandes turbantes brancos, ajoelhavam-se ao vê-lo e até ummajestoso Cadi inclinou-se e alguns estudantes renderam-lhe homena-gem, fazendo a saudação árabe, isto é, tocando o peito, os lábios e afronte.

Quem é aquele velho? — perguntaram alguns curiosos aos indí-genas. É o profeta, que faz milagres e prevê o futuro — respondiam osinterpelados.

Quando êle toca num doente, o doente imediatamente fica cura-do; se encosta o rosto num rosto deformado, este se toma belo e perfeito;sob seu olhar os maus se tornam bons...

E quanto é preciso pagar para se obter dávidas tão preciosas?Êle não cobra nada; mas, se achar injusto o pedido, recusa-se a fa-zer o milagre !

Dois meninos que se achavam por ali, ouviram a conversa e trocaramolhares; ambos tiveram o mesmo pensamento e quando o Profeta se afastou, voltaram para suas casas.

Esses dois meninos moravam em casas vizinhas. Tinham, aproximadamente, doze anos e estavam sempre juntos. Um cha-mava-se Frederico e o outro Amin. Frederico era filho de um alto funcionário público, era louro, muito claro e de olhos azuis,e Amin, filho de um pedreiro, era preto, bem pretinho.

Dias antes de encontrar o Profeta, Frederico, enquanto brincava em casa com o companheiro, ouviu uma senhora, amigade sua mãe, dizer:

É comovedora esta amizade ! E como é feínho este negro côr de alcatrão ! Ao vê-los juntos, tem-se a id idéia do dia eda noite! Teria Amin ouvido aquela frase? Frederico, tremendo de indignação carregou-o dali com esperança de que êle nãotivesse ouvido as insensatas palavras e durante toda a noite esteve pensando na ofensa, que, no seu modo de ver, tinha sofridoseu melhor amigo, em sua própria casa ! E, para consolar-se, dizia consigo:

Amin até que não é feio ! A côr de sua pele é linda e muito mais cômoda do que a minha. Pelo menos êle pôde brincarsem se preocupar de sujar as mãos e os joelhos... Oh ! eu quisera ser negro como Amin !...

Em sua casa, Amin, que ouvira a apreciação da senhora, pensava:É verdade ! Nunca imaginei que fosse tão feio, e tão negro ao lado de Frederico... Oh ! se fosse possível ter a pele tãoalva como a do meu amigo !...',

No dia seguinte, porém, quando passavam pelo bairro indígena, Amin ouviu uma preta dizer a outra:Como são feios os brancos !... Estes meninos quando estão juntos, fazem-me pensar na vida e na morte... O branco,com sua palidez, parece um espectro !...

Amin pôs-se a andar mais depressa, arrastando o amigo para que não ouvisse aquelas palavras.Durante toda a noite não cessou de repetir para si:Dizer que Frederico é um espectro ! Êle que tem a pele branca como o jasmin ! Que injustiça !

Frederico, por sua vez, que também tinha ouvido as palavras da negra, pensava:Essa mulher tém razão: eu, ao lado de Amin, sou mesmo um espectro !... Oh ! quem me dera ser preto como êle !No dia seguinte, naturalmente, quando se encontraram, não trocaram suas impressões, mas sentiam uma angústia, um

remorso, como se ocultassem alguma culpa, alguma deslealdade, um para com o outro.E foi assim que naquele dia, ao verem o Profeta, ambos tiveram a mesma idéia. Olharam-se com ansiedade, pesarosos de

ter um segredo que o outro não pudesse conhecer, e regressaram para casa pensativos. Quando se despediram, Frederico dis-se a Amin:

Amanhã tenho que sair com papai, por isso só nos veremos à tarde para convversarmos um pouco.O negrlnho fitou o amigo e respondeu:Está bem; justamente eu amanhã também tenho que ajudar meu pai, no trabalho...

E permaneceram um instante silenciosos, porque não sabiam mentir e se envergonhavam de ser obrigados a fazê-lo.Então, até amanhã detarde.Até amanhã!

No dia seguinte, um pequeno burro parou em frente á barraca levantada junto à Grande Pirâmide. Um menino envoltoem um manto de lã desceu do animal e se dirigiu ao interior da barraca. Por entre as dobras de seu "haftan" entrevia-se umrosto negro como azeviche.

O Profeta acolheu o menino com bondade.Que queres que faça por ti? — indagou carinhosamente.Oh, senhor ! — respondeu o garoto. Eu quisera que metornasse branco, como o amigo mais querido que tenho.pois quero ser tão bonito como êle, para não desmerecer a seu lado.É este o único motivo? — perguntou o Profeta, que sabia ler o pensamento.O pretinho titubeou um momento, mas achou que era melhor dizer a verdade.Oh, não, senhor... há outra razão. Eu não quero que êle se sinta humilhado e contrafeito ao meu lado. Todos nosolham quando passamos nas ruas.

O TICO-TICO AGOSTO. 1954

O sábio, que compreendeu imediatamente tudo, sorriu... Pôs as mãos sobre a, cabeça encrespada do negrinho e disse notom mais afetuoso:

Desde este momento és branco como o leite !... Mas, se te arrependeres da tua transformação, antes do amanhecer,ainda tens tempo de vir aqui para que te torne novamente preto. Não te esqueças e vem sem receio.

Amin beijou as mãos do ancião e partiu feliz.Náo havia decorrido uma hora, quando outro animal parou em frente á barraca do sábio e dele saltou outro menino. Fez

o mesmo que tinha feito o primeiro, saudou o Profeta e disse enquanto descobria o rosto:Oh, senhor, quero que me torne preto como o meu amigo; êle é lindíssimo ao meu lado

É este o único motivo que tens para querer ser preto? — indagou o sábio.Não senhor, não é só este... É porque" não quero que meu amigo se sinta humilhado quando se compara comigo. Êle é

tão negro !...O ancião sorriu com doçura, pôs a mão sobre a cabeça loura do menino e disse:

De agora em diante serás negro como a noite. Mas, se te arrependeres da modificação, antes do amanhecer, podes pro-curar-me e eu te tornarei branco novamente. Lembra-te bem do que te digo !

Frederico, como Amin, saiu muito feliz, depois de beijar agradecido as mãos do Profeta.À tarde, conforme haviam combinado, os dois meninos se encontraram em uma travessa próxima à sua casa.Uma maliciosa alegria se ocultava no coração de ambos.pois estavam certos de que causariam, um ou outro, grande sur-

presa.Eis-me igual a ti, Frederico ! — exclamou Amin, descobrindo-se completamente.Sou teu irmão, Amin ! — disse por sua vez Frederico, atirando ao chão o manto com que se ocultara até aquele instante.

Tomados pelo mesmo entusiasmo generoso, os dois amigos abraçaram-se com efusão; mas, quando se observaram demoradamente soltaram, ao mesmo tempo, um grito de assombro, que também era de desespero.

Por Deus ! Que fizeste? — gritou Amin.Deus meu ! O que vsjo? — exclamou Frederico.

E, contemplando-se horrorizados, os dois disseram ao mesmo tempo:Mas será possível? Era eu tão feio? Tinha esse rosto? i

De fato: ambos estavam horríveis. Frederico, negro de pele, continuava de olhos azuis e cabelos louros. Era um negro queimpressionava a quem o visse. E Amin, por sua vez, branco, porém com cabelo carapinha, nariz chato e lábios grossos e roxos. Erauma máscara grotesca !

Eram, na verdade, dois fenômenos.Amin foi o primeiro que, sacudindo o amigo pelo braço, disse:

Temos que voltar imediatamente à casa do sábio, Frederico! Se eu estou branco e tu estás negro, quer dizer que nãoconseguimos o nosso objetivo... Teus cabelos dourados não assentam bem no rosto de um africano!... Isto salta à primeira vista.

E um europeu não fica bem com teus lábios ! — observou Frederico... Que diriam nossas mães, se nos vissem assim? !Oh ! que ninguém saiba disto ! — exclamou Amin. — Voltemos rapidamente à barraca do Profeta.

E, já noite, os dois amigos encontraram-se junto à Grande Pirâmide. O ancião não parecia esperá-los.— Oh ! arrependeram-se? — perguntou.

Não é precisamente isto, senhor... apressou-se a esclarecer Amin. — É que há alguma coisa em nosso aspecto quenão está certa !...

. — Oh, senhor ! — disse por sua vezFrederico. — Ainda §e pudésseis conver-ter em pretos também os meus cabe-los !...

E o sábio, envolvendo-os num mesmoabraço, respondeu:

— Não. Tornarão a ser como eram an-tes; dois amigos, dois irmãos, embora ti-pos de raças diferentes. Não é o aspectoexterior o mais importante, e sim o co-ração, e ambos os têm igualmente pu-ros... Continuem sempre amigos e nãoprestem ouvidos aos comentários alheios,por que uma amizade como a de vocêsdois está muito acima de tais insignifi-câncias.

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ACOSTO, 10.54 O TICO-TICO

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MIGUELVIEUCHANGEOs homens, de soa época não procuravam senão a facilidade»

de uma existência banal. Para êle, porém, a aventura valia apena o sacrifício da vida... Aos 26 anos Miguel Vieuchange{tinha desejos de uma prova da tempera da sua coragem. Havia)ainda, em 1930, conquistas a realizar pelos moços desejosos deienfrentar o perigo. Sobre o mapa branco do deserto, no rio doOuro, um nome lhe atraiu a atenção: Smara, a cidade morta,perdida nas areias, in violada ainda. Nenhum europeu dela tia

nha voltado... Como um paladino, Vieuchange decidiu partirpara a conquista de Smara. Não conhecia uma palavra deárabe ou do bérbere, não tinha nenhum apoio. Que importava,se lhe bastava a aventura ? A 10 de Setembro de 1930 êle sopôs a caminho.

A margem de Oued Massa, no extremo sul de Marrocos,»um pequeno grupo se movimenta dentro da noite. Perto docaid de Tiznit, Vieuchange encontra dois guias. Estavam aliA sua espera com os animais. Miguel tirou as roupas européias,vestiu uma túnica branca e. envolveu a cabeça com espesso véu.Isto feito, seu irmão, que o acompanhara até ali, se despediu.

— A caminho ! ordenou.Dão-se adeus com as mãos. Os últimos apelos do muezzin,

são ouvidos na distância; depois, mais fraca, uma sineta militarfrancesa: é o adeus do mundo civilizado... Suas silhuetas de-saparecem na sombra da noite.

Diante deles, a perder de vista, um deserto de rochedos.A terra ardia. Não havia uma sombra. Sobre as pedras ne-gras calcinadas os pés se dilaceram; desde as primeiras eta-pas Miguel experimenta horrível sofrimento; mas nenhumapalavra de desânimo sái de sua boca. Seus guias são compavnheiros mudos, de uma hostilidade mal disfarçada. Nos coaimeços de Outubro cies atingem uma povóação isolada: Tiligit.

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Os mouros olham com desconfiança aqueles visitantes desce-nhecidos. É preciso cuidado com eles: Miguel permanece

atento atrás de um velho muro ao lado dos seus animais. :Ape-iias a noite lhe traz um pouco de tranqüilidade. Sob as estrelasêle sonha com algo que está ainda longe.

Em Tiligit comprou camelos. Vestiu as roupagens azuisdos Sarracenos e tingiu a pele de escuro nas partes que ficamdescobertas... Os guias mostram inquietação; íiles não cc-tnh.cem mais a região. Várias vezes tentam convencer o rapazde que deve arrepiar caminho. A sede se torna insuportável.Miguel sente a fraqueza no seu organismo; vem a febre. Ma_na sua cabeça, que parece querer rebentar, uma única vontade*permanece: avançar ! avançar para atingir Smara!

As margens de um oasia êle redige pacientemente o diário;de sua aventura. A 1.° de Novembro pôe-se em marcha.

No cume de uma elevação de terreno o guia Ait Chogouttoma subitamente o braço de Miguel: — Olhe !

Lá em baixo, impressionante, aparecia a cidade.Templos amarelos, casas em ruinas... Smara, frente ao

deserto, deserta no silencio e na claridade. Os camelos sãoretidos.

Miguel é um vencedor. Durante três horas errou por entreas ruinas. A tarde os guias o chamaram; é preciso partir, timbando de mouros pode surgir. Miguel deixou no "Kasba" oBinai da sua passagem. Agora, qne cumpriu sua missão, sentetodo o peso do esgotamento. O caminho da volta lhe parece-interminável.. Cada dia suas forças diminuem mais. Estalandoda febre atinge enfim Tiznit onde o irmão o espera. A aven-tura durou três meses, mas produziu resultado. Na manhã da30 de Novembro Miguel Vieuchange fecha para sempre oaolhos levando no olhai a visão da cidade proibida, sua coa*qüista solitária.

6 o tico-tico AGOSTO — 1.954

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Meia entrada ? E' estudante ?Não, mas vou ver o filme com umolho só .. •

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O FOLGADO PINTA O FORRO.

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Não te disse ? Saltar e lacil.Mas sem os cavalos, não ?

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AGOSTO

— Vai chover.Meus calos estãodoendo !

— 1954 O TICO-TICO

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lâmpada mais forte do mundo temuma potência de 75 mil watts. Foi

acesa em N. York quando do 75.° aniver-sário da invenção da lâmpada incandes-cente, por Tomás Edison, na Praça Rocke-feller, daquela cidade, e ela sozinha ilumi-nou brilhantemente a pista de patinaçãodo centro da praça.

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O que vocêestá vendonada mais éque uma" maquette "ou projeto degaragemO autor, aolado, diz quese podem alo-jar ali 1.000a u t o m ó-veis. Medirá55 met -os dealtura e seráconstrui-da, sem ne-cessidade deandaimes, emMunich, Ale-manha.

?Em um circo ion-

drino este palhaçotem feito sucesso coma menor bicicleta domundo, que mede só12 centímetros de ai-tura. E roda, a bichi-nha, apesar do s*eu di-minuto tamanho,como você está ven-do!

4Entrou em função,

em. Atlantic - City, opolicial com antena,última novidade ame-ricana. O receptor derádio fica dentro doboné. Por meio dele opolicial recebe ordensnum raio de 30 quilo-metros. Mas não pôderesponder.

O TICO-TICO ACOSTO. 1954

CAVALHEIRO...

No Cinema.Um cavalheiro, muito cava-

lheiro, chama, muito delicada-mente, a atenção de uma senho-ra e diz-lhe:

— V. Ex.a, minha senhora,não podia fazer o obséquio dedeixar de tossir, para dizer ao seumenino que não me ponha maisos pés nas costas, a fim de queeu possa prestar toda a atençãoàs legendas que a irmã de V. Ex*.está lendo em voz alta ?

Pergunta compreensível

Um excusionista reparou numvelho aldeão sentado à porta dasua choupana e perguntou-lhe:

Viveu sempre aqui ?Senhor?Pergunto se viveu sempre

aqui!O homem estava ainda pasma-

do, sem responder, quando a mu-lher dele apareceu no limiar daporta e explicou:

Este senhor quer saber sevivias aqui antes de nascer ounasceste depois de ter vindopara aqui !

IfeHaassssa™**^

d& s&_.'rUSANDO A EFICAZ POMADA

RI

Aconselhada para amaciar a pele, tirar sardas emanchas, fazer desapare-cer as rugas, panos, aspe-rezas e ulcer ações. Com-bate a supuração da pele,inflamações e erupçõeseczematozas.

15 OE AGOSTO: ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Ucembôlso - Caixa Postal .'iir>2 Rio

A Igreja sempre celebrou afesta da Assunção de Ma-ria Santíssima ao céu,

agora proclamada dogma de fé.Como se sabe, após a Ascensão

de Nosso Senhor Jesus Cristo,Maria ficou residindo com SãoJoão Evangelista em Êfeso.

Ela foi o amparo para a Igrejanascente, conforto para os após-tolos.

Narra piedosa tradição, abo-nada por muitos Santos Padresda Igreja, que no momento do fe-Mz trânsito da Mãe de Jesus, porum milagre de Deus acharam-sereunidos todos os Apóstolos jun-to ao leito da Mãe estremecida,

Então aquela alma abrasadajno fogo do amor divino despren-deu-se por si mesma e, acompa-nhada dos coros angélicos, entrouno reino dos Céus.

Seu santo corpo foi depostonum sepulcro no lugar chamadoGetsêmani, a pouca distância deJerusalém.

Por três dias se fez ouvir ocanto jubiloso dos Anjos.

Um Apóstolo houve, no entan-to, que não assistira a santamorte da Virgem. Foi São Tome.

Chegando três dias depois, quisansiosamente ver o sagradocorpo.

Os Apóstolos acharam justodesejo e conduziram-no ao sepul-oro. Aberta a tampa, somente en-contraram os panos e as vestesda Santíssima Virgem; de dentrosaia uma agradável fragrânciaIde flores.

Maria estava, pois, no céu, decorpo e afana.

ACOSTO, 1954 O TICO-TICO

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II AVIA uma vez um oleiro que fabricava cântaros vermelhos, mas cs vendia tão baratos que o que ganha-va mal lhe chegava para dar de comer à família, que era numerosa: mulher e cinco filhos pequenos,

com mais apetite do que um papão faminto e com tanta vontade para pular e correr, que era raro o dia em

que um deles não estivesse com as roupas rotas e os sapatos furados ou descosturados, pelo contínuo correr noscampos próximos.

O que mais almejava o bom oleiro era uma vaca leiteira para dar leite aos filhos.

Depois, com o leite poderia fazer creme, manteiga, queijo e ricota... Como seria bom ter tudo isso ....De que maneira, porém, poderio comprar uma vaca ? Só os ricos podiam fazê-lo, e êle, o pobre Balduino, (as-sim se chamava o oleiro), suspirava e tornava a suspirar, pensando nesse sonho.

Um dia, quando passava pela praça que havia na cidade em que morava, viu junto ao chafariz uma

pobre senhora vestida humildemente, que bebia água na mão. Balduino ficou tão penalizado, ao ver aquelamiséria, muito maior do que a sua, que se aproximou da mendiga e disse:

— Boa senhora, venha comigo e eu lhe darei um cântaro para que possa tomar água com mais co-modidade.

Puseram-se a andar, a caminho da casa do pobre mas generoso homem, e, quando lá chegaram, o olei-ro, mostrando-lhe a coleção de cântaros, disse:

10 O TICO-TICO AGOSTO — 1954

Tradução de M. M. EMEEscolha aqui ò que desejar, grande ou pe-

queno. Eu lho darei com muito gosto.A pobre escolheu um cântaro pequeno e, ao

se despedir, disse:Tu és pobre e, entretanto, sabes dar ao que

tem menos do que tu. Deus te abençoe e te dê o quemais desejares.

A seguir retirou-se, não sem antes tocar comas mãos magras um dos cântaros, depois de pronun-ciar umas palavras misteriosas.

Muito curioso, o oleiro aproximou-se da bilha e

que surpreza ! Viu que a mesma estava até a beiracheinha de leite, o que êle tanto almejava para osfilhos ! Deus havia premiado sua caridade para coma mendiga.

A partir daquele dia, graças ao cântaro mila-

gnososo, nunca mais faltou leite em sua casa. E queleite !... Gordo, doce e — coisa de admirar — quen-te no inverno e fresquinho como refresco nos dias de

calor. Os meninos engordaram.Tornaram-se robustos e for-

tes como os carvalhos do

bosque.

õ•TODAVIA, como Balduino

e sua mulher eram mui-to ¦ bons, começaram a re-

partir com outras famílias

pobres aquele leite milagroso

que dava saúde e força parao trabalho.

Como no mundo não fal-iam pessoas invejosas, umatarde apresentou-se em casado oleiro um seu compadre,chamado Gabriel, que eramuito mau homem.

AGOSTO — 1954

/ \V_j/ «mí

O TICO-TICO

Disseram-me — disse êle ao oleiro — quetens aqui um cântaro mágico, que está sem-

pre cheio de leite. Quero vê-lo, para acre-ditar...

O oleiro trouxe o cântaro, que estava cheio,

derramou o leite e o vaso, imediatamente, tornou

a ficar cheio !Tens muita sorte, amigo! — disse-lhe o vi-

sitante, segurando o cântaro, para olhar.

E, ao colocá-lo sobre uma estante, fingiu quelhe escorregava das mãos e deixou-o cair, .partindo-se em mil pedaços !

Oh! Que horror! Que pena! — disse hipòcri-

temente, Gabriel, enquanto Balduino só a custo con-

tinha as lágrimas.

Quando o invejoso se retirou, mastigando fal-

sas desculpas, o oleiro apanhou os cacos e os colocou

em cima da mesa.

E então se realizou o segundo milagre ! Os

pedaços da bilha uniram-se rapidamente, como

por meio de mágica e a va-

silha ficou como nova, sem

que se lhe notasse a menor

emenda.

Os maus desejos do in-

vejoso Gabriel nada tinham

conseguido e Balduino con-

tinuou com seu cântaro má-

gico, repartindo o saboroso

leite com todos que o pro-

curavam. ' : > *.

Uma precaução/,% piorem,

a partir daquele dia, êle

tomou: escondeu o cântaro*em lugar bem escondido, e

não mais deixou que os ou-

tros pudessem vê-lo.

11

OS PATRONOS/J ,/fl ^s,DAS ARMAS DO 7^JXJÍ^aW^

¦t —- »i*\ i5-_*_iRAIMUNDO GALVÃO

O

patrono do Exército Brasileiro, LuizAlves de Lima e Silva, Duque de Ca-xias, nasceu a 25 de Agosto de 1803,

filho de tradicional familia de militares.Desde os cinco anos foi, também êle, mi-

Jitar, recebendo as estrelas de 'praça de li-nha" em cerimonia realizada a 22 de No-vembro de 1808.

Sua existência foi toda dedicada ao Exér-cito, ao serviço da Pátria, à Ordem, à Lei eà Honra.

Foi êle o único Duque de Império. Faleceua 7 de Maio de 1880.

CAXIAS

PÔR em destaque a glória de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de

Caxias, é situá-lo, devidamente, na galeria dos grandes vultosnacionais. Imortalizado como grande estrategista, fino político e di-plomata de escól, dono de imarcescíveis virtudes morais e cívicas,como de excepcionais dotes militares, foi, por tudo isso, o "Condèsta-

vel do Império" escolhido para ser o patrono do Exército Brasileiro.Outros grandes nomes, porém, avultam e integram a valorosa fa-

mília militar, onde bravos e destemidos soldados têm constituídoexemplos de dedicação à carreira que abraçaram.

E, merCê da organização peculiar de nosso Exército, muitos delesforam eleitos, também, Patronos das Armas ou Serviços aos quais per-tenceram, e pelos quais tudo fizeram com dedicação, sentimentode dever, espírito de sacrifício, bravura, iniciativa e tenacidade.

Vê-se, pois, que o espírito que os animou então, ainda hoje vi-ceja, floresce e frutifica.

Vale como uma afirmação reiterada do nosso culto pelos heróisdo passado, esta homenagem que hoje prestamos aos Patronos doExército do Brasil, exemplos, como Caxias, que os nossos leitores de-vem ter sempre diante dos olhos, à medida que forem, pela vida afora, assumindo responsabilidades, enfrentando obrigações mais sé-rias, no desempenho das tarefas que a cada um caberá, a serviço dagrandeza e do progresso do nosso país.

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SL SAMPAIO ,

PATRONO DA ARMA DE INFANTARIABrigadeiro ANTÔNIO SAMPAIO, um

dos valorosos soldados do Brasil. Filhode família humilde, nasceu a 24 de Maiode 1810, no Ceará. Dedicou-se á carreiradas armas, conquistando suas promoçõespor merecimento ou bravura. Tomou'parte na tomada de Paissandú, mas pas-sou a imortalidade com a batalha deTuiutí, onde combateu com inexcedivelbravura. Retirado do campo de bata-lha quase sem vida, faleceu a bordo dotransporte "Eponina", a 6 de julho de1866, a caminho de Buenos Aires.

n O TICO-TICO AGOSTO, 1954

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PATRONO DA ARMA DE ARTILHARIA PATRONO DA ARMA DE CAVALARIA PATRONO DA ARMA DE ENGENHARIA.Tenente General EMILIO LUIZ MAL-

I-ET, Barão de Itapovy. íoi sagrado o ar-tilheiro máximo do Exército Brasileiro,na batalha que foi sua glória: Tuiuti. Nas-céu a l.° de Junho de 1801, em Dunker-que, na França. Não obstante ser estran-geiro. aqui verificou praça, chegando acapitão. Em 1834 licenciado por nãoser brasileiro, foi reincorporado em 1852e continuou com brilhantismo a carreiraque soube cobrir de louros. Faleceu a 2de Janeiro de 1886, no Rio de Janeiro.

Marechal MANOEL LUIZ OSÓRIO.Nascido no Rio Grande do Sul, a 10 deMaio de 1808. assentou praça em 1823.Cavalaria», notável, elevou essa armabrasileira ao mais alto conceito. Bravo,possuído pelo espirito audaz do caudi-lho, o Brasil teve em Osório o tipo clás-sico de cavaleiro lendário, de lança sem-pre em riste a comandar esquadrões, re-gimentos, brigadas e divisões.

Ten. Coronel JOÃO CARLOS DE VI-LAGRAN CABRITA. Nascido em 30 dodezembro de 1820, assentou praça em1840 como cadete de 1." classe. Seguiupara a guerra do Paraguai como Majore foi o herói e mártir de Itapirú. O Gen.Mitre, em ordem do dia, em 11 de Abrilde 1866, dizia: "Honra e glória aos va-lentes da ilha em frente ao Itapirú. Hon-ra e glória ao malogrado Ten. Cel. Vila-gran que dirigiu com tanto acerto comoenergia êste brilhante feito d armas".

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Í SEVERIAW) (fc DAFO.ISECA ij 1 MARKHAL Ow^arrENCOURT H MUNIZ /vV DE ARAGÃO il^^í<-y^ ^#jp^ k^jl^PATRONO DO SERVIÇO DE SAÚDE

General Dr. JOÃO SEVERIANO DAFONSECA. Filho de uma família de bra-vos, nasceu em Alagoas a 27 de .Maio de1836. Formado pela Faculdade de Medi-cina do Rio de Janeiro, ingressou noExército coma Ten. 2.° cirurgião, em1862 Tomou parte na campanha d»

Uruguai e na guerra com o Praágnai, emambas ressaltando suas virtudes de.per-feito médico militar. Publicou inúmerostrabalhos científicos e era membro de vá-rias Instituições culturais. Faleceu em7 de Novembro de 1897.

PATRONO DO SERVIÇO DEINTENDÉNCIA

Marechal CARLOS MACHADO BI-TENCOURT. Filho de militar, nasceu a12 de Abril de 1840, no Rh» Grande doSuL Tomou parte na campanha do Para-guai, distinguinde-se em Tuiuti, Itororóe AvaL Nomeado Ministro da Guerra,coube-lhe dominar a rebelião de Canu-dos. Ainda como Ministro da Guerra, in-terpondo-se entre um fanático e a pessoado Presidente da República, foi o Maré-cha! Bitencourt assassinado em 5 deNovembro de 1897.

PATRONO DO SERVIÇO DEVETERINÁRIA

Coronel JOÃO MUN*Z BARRETO DEARAGÃO. Descendente de tradicionalfamília baiana, nasceu a 16 de Junhode 1874, naquele estado. Nomeado me-dico adjunto em 1900, Muniz Aragão foio verdadeiro introdutor da Veterináriano Exército. Chegou-se mesmo a dizer,naquela época, que "a Veterinária noExército era Muniz Aragão". Criou aEscola de Veterinária e publicou váriostrabalhos. Foi eleito Patrono da Veteri-nária em Dezembro de 19.0.

ACOSTO, 1954 O TICO-TICO 13

g/ara£\BDa©®

O fracasso da filmagem de "Antonio e Cleópatra",foi, afinal, esquecido, Tamarindo se justificou com«>pôde e prometeu ao dono do Estúdio que faria coisa me-lhor, muito melhor, filmando, por exemplo, a vida deGuilherme Tell.

Quando falou disso a Simplicio, êle perguntou: _lherme Tell não é o Tell que andou caçando maçãs nacabeça do filho ?" Tamarindo não gostou do trocadilhocom o herói suiço e tratou de providenciar tudo para afilmagem.

O doutor Carapetão seria o herói. Simplicio, de ca-misola, seria o Tellzinho. Arranjaram uma bela maçã,colocaram a fruta em cima da cabeça dele e entregarama Carapetão uma besta, recomendando que não fizessebesteira

Era preciso ensaiar, é claro, mas quem disse que Sim-plicio confiava na pontaria do pai ? Quando CarapetãoJá estava dispara-não-dispara, êle sacudia longe a maçã,gritando: "Vocês estão malucos ? O papai está visandomulto baixo!"

"*__N^SssA^*"'''"'' ,<,',y/^?fv!_\_ *^_/^T ^w.'"' >z*zL ^^ \F" '"'.• "•¦'•• í^?

Então Tamarindo, que não gosta de protell...ações,decidiu filmar mesmo sem ensaio. Arranjou um ajudante,segurou Simplicio, bateu com a maçã no caco dele, paraamassar os dote, e correu para a máquina. Mas Simplí-cio. furioso . . .

não deu tempo de Carapetão fazer, sequer, apontaria Agarrou a fruta, f _ pontaria mais ligeiro doque o artilheiro helvécio, e mandou-a direta no papaiTell que lhe tinham arranjado. Carapetão, que não ébobo nem nada

. . . abaixou-se, deixou a maçã passar, e ainda tevetempo de ver quando ela batia em cheio no respeitávelnariz do dono do Estúdio, franzindo-o belamente, comose fosse uma sanfona . . . Tamarindo quase aproveitoupara filmar as estréias . . _

. qúe o homcnzinho viu em pleno meio-dia. Maseis que a bomba veio estourar na mão dele, como sem-pre. E acabou com o nariz sanfonizado também, comum belo soco estrelado do Diretor furioso, furiosíssimo'

(Continuai

14 O TICO-TICO aco: 1954

WüO-QEm BOI/TO e 4Z€/TO/VA-COMPREI ESSA BOLA DE FUTEBOL.SÓPARA MIM. NAO ADIANTA PEDIR ?f\

JOGAR TAMBÉM

RECO, OBOLAO DISSE QUE NO'S NÃOPODEMOS JOGAR COM A BOLA DELE.

i

DENTRO DE POUCO TEMPO VOU FlCAfOI PUXA/ A BOLA FOI CAÍR LONGE. VOU^MAIS FAMOSO OO QUE O ZIZINHO/J> BUSCA-LA, ANTES QUE ALGUÉM A LEVE.'

15AGOSTO — 1954 O HCO-TICO

(^wettãkúu dtfãabepCada qual é artí-

íice da própria sorte,disse, há muito» anos,oalustio.

A famosa espadapertencente a Ale-xandre o Grande,com que êle cortou,de um golpe o nógórdío, era extraordi-náriamente pesada epoucos a podiam er-guer.

•O ato que nomeava

Pedro Alvares capi-tão-mór da esquadra

que; em 23 de Abril,aportou no Brasil, ti-nha a data de 15 deFevereiro de 1500 —quando êle ainda as-ainava Pedro Alvaresde Gouveia. Por que?Porque só «o filhomais velho cabia ocognome paterno; osoutros irmãos usa-vam o sobrenome damãe. Com a mortede João Fernandes, oirmão mais velho,passou Pedro Alvaresa adotar o Cabral..Tá em 1.* de Marçode 1500 êle apt-rece(na carta de D. Ma-nuel ao rei de Call-ente) como PedraAlvares Cabral.

E' preciso queinão façam confusão:ascender, oom s, querdizer subir, elevar-se.Mas acender tem sen-tido multo diferente.Vejam no dlcioná-rio...

Faz dois meses queIsto aconteceu. Fazcinco ano* qne êlechegou. Faz cinco ml-nutos que Jo&o apa-receu. Nessas expres-soes, o verbo Fazer éimpessoal, como sedá como verbo lia-ver, ficando, portanto,sempre no singular.

Inteligência forado comum, possuidorde cultura muito sa-perior à de sua épo-ca, em relação à mal-orla das pessoas, Ti-radentes pro-jetou carreiras debarcas entre Rio deJaneiro e Niterói.Tentou aumentar aaáguas da fonte daCarioca e canalizaros rios Maracanã eAndarai — tendo,para esses três pia-nos, apresentado pro-jetos.

•Vocês conhecem as

obras que realizouJosé de Anchieta. Edevem conhecer,também, .a pronún-cia certa de seu no-me: é como se fossecom x — Anxmtta, enão Anquieta.

•Não precisamos es-

crever nem pronun-dar corbeille, pala-bra francesa. Existe,em nosso lingua, cor-belha. E moitas ou-trás expressões e ter-mos que substituemo ga»cismo.

A flauta campes-tre usada pelos anti-gos pastores bíblicos,composta de váriostubos unidos em es-cala, chamava-seavena.

Sem ordem não háprogresso; sem justi-ça nio há liberdade,assinalou Diogo Feijó.

•Os espanhóis trou-

xeram para o NovoMundo as artes desua península, e foia arquitetura a quoalcançou maior de-.envolvimento, espe-*cialmente ao Norte,bastando lembrar asconstruções do Mé-xico.

Agora, entre os gre-gos, era praça públi-ca, assembléia . . .Agora, paroxitono, é.portanto, fnuito dife-rente...

• ¦

Graças ao Barão doRio Branco —- JoséMaria da Silva Para-nhos Júnior — coubeao Brasil a região dePalmas, que hoje faxparte do n_rrit6riade Iguaçu. Isto em1895.

^Os moinhos devento são o carai».rístico de predomi-nãncia na paisagemholandesa. Apesar damecanização crescen-te da Europa, aindasão numerosos, na-quele pais, os pitores-cos moinhos de pásmovimentados pelaforca do vento.

•Ao norte do Esta-

do do Amazonas, for-mada pelo rio Negroe pelo canal de Cas-siquiare, encontra-se uma ilha real-mente grande. Cha-ma-se Pedro n. Cor-tada pela linha defronteira que separao Brasil da Venezue-Ia. parte dessa ilha ébrasileira; a outraparte é venezuelana.

•As terras, que for-

mam o continente a-mericano, ladeadaspelas águas de doisoceanos, o Atlânticoe o Pacifico, acham-'se divididas em duaazonas, aliás grandes,de aparência trian-guiar, aproximada-mente — América doNorte e América doSul. Estas duas par-tes encontram-seunidas uma à autrapor um isttmo bas-tante montanhoso —a América Central.

Quem fabricou aprimeira bússola?

Foi o italiano Flá-vio Giogia, montan-do a agulha sobreum eixo, dentro deum estôjo especial.

.Em 1497 deixava o

Tejo (Portugal) agrande expedição co-mandada por Vascoda Gama. Realizouuma façanha excep-cional: descobriu o<_—n intui marítimodas índias. Graças aogênio de seus ho-mens do mar e à ei-ência náutica lusita-na, adiantadíssima,Portugal tornou-se aprimeira potên-da naval do mundo.

•São aíamadas, nq

mundo inteiro, a fio-ra e a fauna do con-tinente americano.

Nas desoladas re-giôes da norte do Ca-nada, vivem a raposabranca, a raposa a-.zul; o arminho, ani-mais raros e de altovalor, por Isso mes-mo.

¦*

Quem nasce naPalmada é dálmataNome -proparoxítono.

•Comido, reunião —

substituem o angll-cismo "meeting".

O mate é um verda-deiro tônico;- petosqualidades que con-tém.

O cisne é o maisdesenvolvido dos pai-mipedes. Pertence àfamília dos anátidas,ou ânades. E" amaave elegante, de beloporte e os cisnes ne-gros são muitodisputados pela suararidade.

•Champollion, aos

doze anos de idade,escreveu um traba-lho para provar quea repN-blica era a tiú.-ca forma nacionalgoverno.

•"Os livros, os re-médios, os alimentos,os conselhos e os a-mlgos devem sempreser tomados em pe-quena quantidade —mas bem escolhidos"

¦ L

A pomba e símbolode paz, por causa dapombinha que Noésoltou, após o dilúviouniversal, e que Lhetrouxe um ramo deoliveira, significando.que os elementos jáestavam pacificados.

•A felicidade con-

slste em fazer o bem— (Aristóteles)

•Hebréia é feminino

de hebreu.

As melhores foto-grafias de criançassão as que trazem aassinatura "FotoPREUSS". O atelierPreuss, só para crian*ças, fica na Ciuelàn-dia.

Magnífico conselhode Lavater: fie dese-ja ser delicado e cor-reto, discuta com cal-ma, escute com aten-ção, responda com,tranqüilidade e parede falar quando nadamais tiver m, dizer.

16 O TICO-TICO AGOSTO, 1954

U m trechoescolhido

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A ORDEMCOELHO NETO

Q obre ser exemplo de«1t«rfpHii«t é dellgên-cia porque economi-

aa o tempo: é segurança,porque resguarda; é pre-vldência, porque con-serva.

Onde não há ordemtudo é desbaratado: ex-traviam-se os haveres, aespirito desorienta-se,nada se faz a tempo e,muita vez» o prejutedacresce ao incômodo po-dendo importar na pró-pria vida.

O que alinha e guardaem lugar próprio, vai dl-reito ao deposito e, sa-bendo onde se acha a;que busca, não perdetempo na procura.

A ordem é criada queiJamais falta ao seu de-ver e tudo que se lhe con-fia tem-se a tempo alimpo, conservado e per-leito. - '

f "HORA DO PEOUENO TRABALHADOR" I

NA RÁDIO MAUÁ i

X*3bn ymMW^!^WnJmím^ *'/" * o0 jyÍ zm í. V- ÀÍ^fêk m\w A ijilf% á^L $ô Ai \^m9' x% yw mt mm 3**%* *

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X i sP"""""^ ^^. ^*\ YVI A "^aaiaaai i i ¦ i AX I ,.-•*-¦ 1 •*- ^¦¦P»*"- mau .ii i

Rádio Maná, servindo ao seu objetivo de ajudar a cultura e a re-creação sadia dos nossos trabalhadores e seus filhos, está apre-

Dentando, com justo sucesso, o programa "Hora do Pequeno Trabalha-dor", que proporciona oportunidade a todas as crianças com vocaçãoartística. Aos domingos, das 11 às 12 horas, está no ar, pela PRH-8, esseiovo programa, dirigido pela professora Eva Brayer e que conta comsários e destacados elementos mirins, como: Luiz Carlos, Dolores, Ju-¦ema, Nair e seu acordeon, Tiãozinho — sanfoneiro, Conjunto Brasilei-•inhos do Ritmo e muito outros. Na foto, a garotada em plena atua•ão ao microfone da "Emissora do Trabalhador".

ÕOO<>0<>^Ov<><>OOOOOOOOOv<>OOOOOOvOOOOOO«OOOv

ARTE MODERNA

^8K^ ^m tf*?~Não v€ nada ? Mas i claro I E' ««

avião a jato e já vai longe!

Quantas aventurasde Peter Par»!

A Melhoramentos acabade lançar, para o pó-blico infantil, três fascinai*-

tes livrinfaos coloridos deWalt Disney: "Peter Pan eos índios", "Peter Pan o ospiratas** e "Peter Pan e ostrês irmãos".

Sempre sob a proteção daminúscula fada Sineta, quelhe vem em auxílio nos gran-des e decisivos momentos,Peter Pan realiza entusiás-ticas proesas!

Também os livrlnhos co-loridos da Coleção Primave-ra, publicados pelas EdiçõesMelhoramentos, trazem bo-nitas histórias para os pe-quenos leitores. Acaba deaparecer mais um desses li-vrinhos: "Dois bonecos cor-rem mundo", fasendo traves-suras muito engraçadas. De-senhos, a cores, de ble Hof-

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Cartetaiaku .. .. .... _*•••La». Riu General Rodrijan. *» — MO.

ACOSTO, 1954 O TICO-TICO n

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GLORIFICAI, Brasil, a sagrada memóri*

Do soldado padrão cujo nome nos t»'»Aureolado de luz, refulgente de glória, IA imagem do varão que foi, na pátria Hl*"O mais bravo na guerra, o mais nobre «*!

Caxias! Este nome o passado ilumina -t-E, do tempo através, chega vivo até nós;Seu gênio militar os combates domina;Se comanda com a voz, com o exemplo é q-* blna

A vencer o inimigo o mais forte e ferox-

Nas lutas entre irmãos o ódio rubro o H* °*»a'

O rancor não lhe invade o grande coraÇ*E, forte, varonil, no meio da refrega,Ao rebelde vencido e que as armas ent ,.àNum gesto fraternal lhe estende a noW*..-

íPor isto* o General cujo garboso porteAnima os batalhões, enrija-os de valor,Corre do norte ao sul, torna do sul ao «j

E aos louros da vitória, o CondestavelReúne a flor-de-lis do Pacificador.

É, na guerra estrangeira, a gloriosa ü_!ulAQue está por toda parte, envolta em ttiSANo pampa e nos pauis, nc cerro e na pla? I ¦'

Em Lomas Valentina, cm Vilela e Angus*"!Nos campos de Avaí, no Arroio Itororó.

pó;

.

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Tático e estrategista, o seu cérebro encerraDo combate a travar a perfeita visão;Num relance de olhar os arçanos descerraE parece prever, como um gênio da guerra,Onde vão atingir as balas do canhão.

Como sua ordenança, a Vitória o acompanha;Mas a glória que o cerca, orgulhoso o não faz;E para repousar das lutas da campanha,Novas bênçãos da Pátria o Chefe Egrégio ganha,A servir o Brasil nos embates da paz.

A Pátria, que o venera, hoje o seu busto cobreDe flores; o seu nome exalta os corações.E' o exemplo fulgor do homem humilde e pobre:Chega à excelsa nobreza, à mais bela e à mais nobre;Que, ao serviço da Pátria, é que fez seus brasões.

Caxias! Nome-luz que fulgura na HistóriaEm solar esplendor — forte, soberbo, heril!E's o Nume da Pátria, a cuja trajetóriaPresides, com o fanal de tua excelsa glória,Conduzindo ao futuro o nome do Brasil!

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i^«V E R S 0 > » EBASTOS TÍGRE

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O TICO-TICO AGOSTO — 1954

I CURIÓS' ORIGEM DO FILHII...

— ¦¦ B^BT^^N^n rafc-——¦^^"~***^^^f*****~ "^^ ^^•^¦w JL^&à* áfl-n amW a J "\" \ SE^lSlw J^^wLrjê^ jÈ^~^JsMm Timf/mffftSÉàmwem^emr

CONGREGAÇÃOpM latim, "grex". "gregis"# tem o significação de rebanho, termo que serviu de base

para a formação da palavra "congregara",

que quer dizer" juntar em um grupo".Daí deriva o vocábulo "congregatio"

que passou paro o português sob a forma "con-

gregação".O vigésimo terceiro salmo de Davi justifica plenamente, em seu simbolismo, o ori-

gem dessa palavra e, igualmente, a da palavra "pastor ",

que com ela tem estreita li-

gação.Com efeito, "pascere" significa "pastar, alimentar-se", e as palavras se ligam na

expressão "o pastor e seu rebanho", ou "o

pastor e sua grei, ou congregação".

Congregação é, pois, todo o grupo que se forma sob uma chefia, para um determi-

nado fim útil, honesto, louvável.

AGOSTO. 1954 O TICO-TICO 20

FSchdi*fo> EstudiosoBRASILEIROS NOTÁVEISr\

"Pai d» Aviação" é o nome quelhe deram em todo o Mundo.

Foi o maior inventor brasileiro,criador da locomoção aérea para o"maia pesado que o ar".

Nascido me Minas Gerais, morreuem São Paulo em 1932.

Engenheiro e matemático de re-nome, notarei professor, (oi o guiada mocidade militar na época dapropaganda republicana.

Ministro da Guerra do GovernoProvisório, também ocupou ada Instrução Pública.

De onjem humilde, mas com asublime vocação, é o maior nomemusical do nosso pais, se não daAmérica.

Compôs "O Guarani" e outras ópe-ras que lhe imortalisaram o gênio.Nasceu em Campinas, em 1837.

BRASILEIROS NOTÁVEIS A

Príncipe dos jornalistas fcrasilei-ros. Figura saliente do grupo quemais se bateu pela campanha daAbolição e da República.

Fundou "O Pais" e por suas colu-nas camba tia.

Foi Ministro do Governo Provi-só rio.

Sua energia e seu caráter lhe va-leram o cognome de "Marechal deFerro", com que passou à História.

Foi o consolidador do regime re-publicano.

Era filho do Estado de Alagoas.No Paraguai, fo) dos mais valorososcombatentes.

Vate condoreiro, mereceu o epi-teto do "Poeta dos escravos", tal oardor com que defendeu, com seuestro arrebatador, a Abolição.

Escreveu "Espumas Flutuantes","Cachoeira de Fttulo Afonso", etc.Nasceu na Bahia e morreu com

34

ISTO nõo è concurso. Trata-se de proporcionar ao leitor (estudioso) o meio de formar um interessan-

te fichório, mas que êle mesmo terá de organizar, com o auxílio de "O TICO-TICO4'. Nesta mesma edi-

ção, e nas seguintes, o leitor encontrará os retratos que deverá colar sobre as respectivas legendas, até com-

pletar as fichas, que devem ser coladas em cartolina, recortadas e arquivadas. Se não encontrar todos nesta

edição, aguarde a próxima. Esta página, com outras fichas e novas legendas, será também publicada nas

próximas edições.

AGOSTO, 19S4 O TICO-TICO 21

1

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-4#i {.>¦* s % *> **^t» S^'"/^*-'f i?^^//^^^*^ ^'I*. -5-^Lf y "'êy[ m!i ' Í-_ví' * *^S

Fugindo dos Caras-Sujas, Qonçalinho sabia que seria per-seguido. Conduziu, então, a caravana para um bosque de pi-nheiros do Paraná, onde ordenou que fizessem alto.

Tiraram das carroças duas serras gigantescas e, num abrir.e fechar de olhos, serraram a meio quase todos os pinheiros, bemjunto ao pé. Depois mandou buscar cordas.

Trazidas as cordas, fez os cclcnos subirem pelos troncos,amarrarem as árvores serradas lá em cima, bem amarradas, noque foi prontamente obedecido por eles.

Então reuniram as pontas de todas as cordas, que foramlevadas para um dos grandes carroções. Os demais partiram,e aquele ficou, para maior de espadas...

^rr$&y

stWtikLogo depois se ouviu, na campina, o tropel da cavalhada,

des indios perseguidores. Como todos os indios, os Caras-Sujassó sabem perseguir gritando, berrando.

— Fogo na cangica ! — gritou Gonçalinho, que comandavaas operações de limpeza de Caias-Sujas. Cs cavalos arrancarame as cordas puxaram os pinheiros serrados.

* ^S^^y A^e^^^\ f^^Mi^"^ ^-iP "*"Rapazes, nem queiram saber! Foi uma salada de pinheiro

serrado, cavalo amassado, Cara-Suja danado, braço quebrado,perna machucada... Um carnaval completo !

E, mais uma vez destroçados, graças à astúcia e temeri-dade do mocinho Gonçalinho, voltaram para a taba, a pé, man-quitolando, gemendo, danados da vida!

(Continua)

22 O TICO-TICO AGOSTO — 1954

AVENTURAS DE ZE MACACO

Tá aqui uma orde pra ir tirar o seu ma-caco da cadeia — disse o homem .

Meu marido ? Cruzes !Se é seu marido, não sei. Sei que é ma-

caco...

Imediatamente Faustina saiu a correr. Seu querido Zé Macaconão era repórter, mas estava correndo perigo ! Precisava achá-lo !

E lá se foi ela chorando, desgrenhada, rua a fora, até que seachou diante do delegado.

Um prontidão (que estava sempre na pron-tidão) agarrou a chave, por ordem do chefe, econduziu-a à célula onde se achava preso cypobre Zé Macaco, coitado !

— Êle tem sido alimentado, coitadinho? — perguntou ela.. — Jn •' Tem comido banana como ninguém não queira nemnao saber !

Trêmula, Faustina se aproximou. Aquele era, para ela, ummomento raro, inesquecível ! Quando podia imaginar que...

Mas eis que à porta da célula, em vezdo marido, quem ela viu aparecer foi mes-mo um grande macaco, que veio feliz aoseu encontro à espera de mais bananas !

AGOSTO — 1954

..... C°__° um*avlão, a jato' aPavora.da, a pobre madame Macaco saiu nadisparada, porta a fora...E chegando em casa e encontrando o Zé lendo o jornal calmamente,deu graças a Deus por não ter sido êle quem estivera preso !

O TICO-TICO 23

Existe ape-nas nm vul-.cão em ativl-dade nos Es-tados Unidos,o de MountLassen, aonorte da Ca-lifornla.

A primeiralicença de au-tomóvel con-cedida noBrasil passoupela Preíeí-tura do Riacoca muitasdiscussões próe contra.

O Coliseude Roma.construído noano 80 depoisCristo, tinhac a p a c 1 -dade para ...100.000 espe-ctadores. dosquais 87.000dentados;e foi ediflca-do num anoapenas, por12.oco eacra-vos e cristãos

NAO HA MAL..

QUE POR BEM NAO VENHA

If * V_fl mW

"^ NAO FALHAPAZ DOS FRACQS FORTES.INFALÍVEL NOS CASOS DEESGOTAMENTOANEMIALEBIL1DADE NERVOSAINSONIA

FALTA DE APETITEE OUTROS SINTOMAS DEFRAQUEZA ORGÂNICA DECRIANÇAS E DE ADULTOS

ALTIVEZDurante a aula, um aluno de oito

anos foi surpreendido por um raio desol, que o fez fechar os olhos. Exata-mente nesse momento, o professor,observando-o, interpretou-lhe mal aexpressão da fisionomia.

De que está rindo ? — pergun-tou-Ihe.

Não estou rindo, não senhor.Riu-se, sim. Eu vi, não minta !

O menino, então, levantou-se doseu banco, dirigindo-se para junto doprofessor, e, com voz firme ei os olhosfixos noa dele, falou:

Senhor, não me ri. Foi o sol queme fez fechar os olhos. Não é justoque um homem acuse uma criança,de haver mentido, baseado em simplese falsa presunção. O senhor chegou atuna conclusão errada. Eu não menti!

E com o passo firme, voltou a sen-tar-se. Esse menino veio a ser Massa-rik, o célebre homem de Estado tche-co, falecido há tempo.

AGOSTO, 1954

W>00<K><><>0<K><>0<><<X>00<>00<><><>0

D E.O D O R OSOLDADOIMPOLUTO

DE

AMÉRICO

PALHA

No Estado de Alagoas, no dia

5 de Agosto de 1827, nas-cia Manoel Deodoro da

Fonseca. Foi figura de marcan-te relevo no Exército brasileiro .

ficou ao lado dos camaradas fe-ridos pela política dos Gabinetes-

Procurando o Imperador, cer-ta vez, disse-lhe: "Senhor, a obe-diência do soldado não vai até

na História da nossa pátria, por ao próprio aviltamento. O sol-ter sido o proclamador do regi- dado é obediente mas não é ser-me republicano.

Deodoro tornou-se legendárionas nossas classes armadas pelaretidão do caráter, pela purezados sentimentos e lealdade áclasse a que pertencia.

Grande entre os maiores vul-tos da História, Deodoro ascen-deu ao culto cívico dos brasilei-ros. Tinha amor excepcional:

pela farda que vestia.Como soldado, tomou parte

nas campanhas do Uruguai e doParaguai, salientando-se pelabravura em todas as refregas daâduas campanhas

Foi ferido em Itororó, conde-corado e elogiado em várias ei-tações do comando supremo do narem atos de baixeza e servilis-Exército. me, não é digno da classe a que

Em 1884, era êle Marechal de pertence, não é digno da fardaCampo e desfrutava prestígio in- que veste, e que Vossa Majesta-

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vil, e aquele a quem não repug-

vulgar no seio da classe. No anoseguinte, surge a chamada Quês-tão Militar, provocada pelos po-líticos que hostilizavam o Exér.cito. Deodoro, com aquela alti-vez que era um padrão e a carac-

de Imperial honra, trazendo-a".

cravatura e ante a propagandarepublicana, não encontrou Deo-doro para defendê-lo.

Os republicanos estavam noauge da luta. Deodoro, sem serrepublicano, foi o braço direitoda Revolução Compreendeu quenão era mais possível a perma-nência do Império, e aceitou, a15 de Novembro de 1889, a che-fia do movimento.

E, à frente do Exército, procla-mou a República.

|oi, por essa ocasião, eleita-residente do Clube Mili-tar. Quando o trono va-

teristlca de sua formação moral, cilava, depois da abolição da es-

AGOSTO, 1954 6 tlCÚ-fíÇO

Chefe do Governo Provisório,

o marechal organizou umMinistério com figuras emi-

nentes, entre as quais brilhava ade Rui Barbosa, seu amigo de-dicado de todas as horas. Eleito,depois, primeiro presidente cons-titdcional da República, cometeuo grave erro de dissolver o Osn-gresso.

Mas, quando viu que o seu ato

provocava um movimento ar-mado, renunciou ao poder, paraevitar derramamento de sangue.Sua atitude nobre, leal, era dignade um homem do seu porte

Nessa hora êle salvou a Repú-blica. A pátria lhe deve esse ser-viço inestimável.

O marechal Deodoro faleceu a23 de Agosto de 1892, o mesmomês do seu nascimento.

Como soldado e cidadão Deo-doro foi um brasileiro excelso e

o Brasil lhe deve todas as revê-rências e todas as homenagens.

25

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o c Ê S já ob-servaram o que

faz o burro quando o obrigam apassar por uma ponte ?

O animal deixa-se ficar paratrás, empaca, zurra, dá coices esó à força é que êle atravessa aponte.

E o faz tremendo, o pobreanimal, de orelhas cáidas.

Quando vence a travessiasolta um buf.do que quer dizer:

— Graças a Deus !E vocês sabem por que esse

medo todo do bu.ro ?Esse pavor tem sua origem nu-

ma história antiga contada por umermítão que sempre tinha uma len-da para narrar ou um conselhopara dar.

Foi na época em que os ani-mais falavam e viviam em boaharmonia, que existiu um burrinhoque tinha a fama de ser muito ha-bilidoso.

Sabia fazer muitas coisas e, en-tre elas, obras de engenharia... E,como se arranjava, vocês já irãosaber.26

Talvez o bom ermitão pudessecontar melhor se ainda fosse vivo,mas já morreu há bastante tempo.

O burrinho tinha um escrito-rio, e lá trabalhava como um en-genheiro.

Um dia houve um desmorona-mento nas rochas próximas àmargem de um rio, fazendo des-viar o curso dás águas, as quaisdividiram um vasto pasto, impôs-sibilitando os animais de terem oseu alimento.

Precisavam resolver tal situa-çãCe então foram procurar o bur-ro e lhe explicaram tudo.

Tens que fazer uma ponteentre uma margem e outra do rio.Só assim poderemos ir ao outrolado.

Pois não ! Agora meimodarei início à construção da pon-te — disse o asno.

E em seguida começou a tra-balhar. Serra daqui, prega acolá,dia e noite esteve o burrinho emintensa atividade. Com a ajudade outros animais, em poucosdias o burro estendeu a ponte de

O TICO-TICO

O leão, n& qualidade de rei dos animais,pronunciou longo discurso, que foi calorosamenteaplaudido por todos os presentes.

Os primeiros animais a atravessar o rio/sô-bre a ponte, foram as lebres, rápidas e apressa-das e numa carreira estavam do outro lado. Emseguida passaram os seus primos, os coe-lhos, mas o leão, antes que passassem outrosanimais, disse:

Alto ! Agora, por direito,, quem deveatravessar a ponte é o construtor !

Com todo prazer l — respondeu, o bur-rinho, que não cabia em si de satisfação, acres-centando

Agradeço a honra que vossa majestademe presta !

E se dGspôs a passar pela porttt. Mal dera,porém, três passos, a ponte, não agüentando oseu peso, cedeu e . . . catrapuz ! o burrinho te-mou um bom banho no rio, quase sendo levadopelas águas.

E' que o asnp não tinha experimentado aresistência do material, da madeira, dos verga-Ihões, e outras coisas, tudo porque nada enten-dia de engenharia . . .

Imaginem se fosse um elefante a passar ITodos os animais socorreram o burrinho e

ficaram muito penalizados, país por causa delesé que o asno tinha caído no rio.

E' por isso que nenhum burro gosta de pas-sar por pontes, principalmente quando são feitassobre rios. Lembram-se do que aconteceu comaquele antigo parente, herói desta história quenos ensina uma belalição: a de que nãodevemos nos metera fazer aquilo quenão estamos devida-mente habilitados,sob pena de pagar-mos caro as conse-quências.

Qspz0

uma a outra margem dorio.

Ficou então decididofazer uma inauguraçãosolene com grande fes-^à. No dia marcado,com a presença de to-dos os animais e no meiode muita algazarra, fize-ram a inauguração daponte.

O TICO-TICO 27

—-— ¦¦ mmaammmmmmmÊmmaaa^mmmmaaammmÊammmmmmÊimmammÊmi^^myCONCURSO N.° 326 ^^^

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f, ... ,„| |,|, r, __.ii i i m ii i ¦

Estes seis fragmentos, reunidos, recomporão a silhueta de "Delicado",interessante personagem que é visto, todos os meses, em "nquinho", a revistaque faz a alegria dos "tiquinhos de gente".

Recorte-os, cole-os em folha de bloco, assine seu nome, escreva seu en-derêco e mande a."NOSSOS CONCURSOS" — Redação de O TIOO-TIOO —rua Senador Dantas, 15 — 5-^ andar — Rio i— D. F.

E aguarde a edição de Outubro vindouro, com o resultado. Enquanto isso,compre "Tiquinho" ou "Cirandinha", para se" divertir.

SOLUÇÃO EXATA DOCONCURSO 323

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/jc a r _*y/ Wwk,/|f L lÕJ WmÍfT u |b o RJ Wc

SOLUÇÃO EXATA DOCONCURSO 324

O intruso era o

hipocampo, quenão é signo do

Zodíaco.

QUADRO DE HONRAFORAM CLASSIFICADOS PORSORTE, PARA SAIR NO QUADRODE HONRA, OS SEGUINTES CON-CORRENTES QUE NOS ENVIARAMSOLUÇÕES CERTAS DOS DOIS

ÚLTIMOS CONCURSOS.

— SUELI BRAGA — São Cristo-vão — Rio — D. Federal.— JOSÉ* FRANCISCO G. COSTA— Catete — Rio — D. F.— LIZ-2TE CAMPBELL — Gua-ratinguetá — São Paulo. S. P.— FLÁVIO SOUZA LIMA — San-tos — São Paulo.— CECÍLIA REGINA M. MAROTISão Paulo.— ADELICE C. FAYAR — Campi-nas — São Paulo.— QROZIMBO CARMINE — Re-cife — Pernambuco.— MARIA ELENA CRAVEIRO —.B. do Piraí — E. do Rio.— AMÉRICO HENRIQUE PAZ —Niterói — E. do Rio.

10 — RUI NEMÉSK) CALDAS — Ra-mos — Rio — D. F.

11 — VATJDKT.TNA S. P. ROMA -Pelotas — R. G. do Sul.

12 — NELCIO ALBERTO GAMA —Petropolis — E. do Rio.

13 — CARMEN T. N. GABRIEL —Vitória — Espirito Santo.

14 — ONDDíA SARMENTO — Bocado Mato — Rio — D. F.

15 — JÚLIO CÉSAR P. TRAVAS-SOS — Campo Grande — D. F.

16 — AMÉLIA REGINA TOLLER —Tribobó — Niterói — E. do Rio.

17 — PAULO MAURÍCIO SANTOS —Tijuca — Rio — D. F.

18 — LINO ALBERICO BE-RÃO —Santos — São Paulo.

19 — MARIA ALDA P. SEREJO —Belo Horizoonte — Minas.

20 — INÁCIO RAMOS VENTURA —Pedro do Rio — E. do Rio.

offi&fbMENSARIO INFANTIL

Propriedade da S. A. "O MALHO"Diretor: Antônio A. de Souza e Silva

Rua Senador Dantas, 15 — (5.° andar)RIO DE JANEIRO

ASSINATURAS(Sob registro postal) 12 números Cr» 50,00Número avulso Cr 4,00 — Atrazado.. Cr$ 5,00

OBSERVAÇÃOx TENDENDO a que as soluções enviadas pelos leito-

**¦ res residentes nos Estados nos chegam sempre cem

grande atrazo, resolvemos, no seu próprio interesse, mo-dificar a forma de sorteio dos nomes que devem apare-cer, cada mês, no Quadro de Honra.

Assim, o sorteio abrangerá sempre as soluções DOSDOIS ÚLTIMOS CONCURSOS,

28 O TICO-TICO AGOSTO. 1954

ANIMAIS LUMINOSOS

O s seres vivos não são somentecapazes de produzir calor aeletricidade, mas podem tam-

bém emitir uma luz mais ou menosviva.

O pirilampo, que toda a gente co-nhece, não tem o monopólio dessefabrico.

Os sábios deram o arrevezado no-me de "biofotogênese" a essa pro-dução de luz pelos seres vivos, e,como se trata dum fenômeno fisio-lógico, chamaram-lhe também "fisio-luminiscência".

A luz emitida é uma luz fisiológica; é uma luz fria. Segundo os tra-balhos do Dr. Rafael Dubois, o maisbrilhante piróíoro das Antilhas pro-duz, em dez minutos, uma quanti-dade de calor igual a sete milioné-simas de caloria.

Com esta produção, seriam neces-sários cem dias para aquecer a umgrau uma grama de água.

Há animais luminosos em quasetodos os graus de escala zoológica.O magnífico espetáculo do mar fos-fore»scente é devido a um infusóriomicroscópico, o "nauctiloco", que, soba influência dum excitante mecâni-co, físico ou químico, tem luminosi-dade.

Mas de todos os animais luminosos— incluindo meduzas, estrelas domar, pirilampos, etc., os que dãomaior quantidade de luz são os piro-foros ou "cucuyos" das Antilhas.

São esplendidos e fortes escarave-lhos que produzem um impressionan-te efeito quando voam, de noite, sô-tre a orla dos bosques e plantaçõesde cana.

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í ÓLEO DE OVO ^-V JÊÊ

Cabelos sedosose ondulados

— EXR1908- «PS»^^DIPLOMA DE HONRA Ci ga-BIIIII.Ua*.' W|,

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I?ç—^ , "*-"73*|| Exija o legítimo de ^**k

f—X JüLEu^-V LEITE que traz o nome /

KARtOS BARBOSA LEITE?gL^ Ali c.»io.oo ^^1

FICHÁRIO DO ESTUDIOSO

E. DA CUNHA [ MAL. DEODORO |

Destaque os reíraíospara colar nos seuslugares exatos, nas fi-chás.

Leia as legendas an-tes de colar, para nãoerrar.

No próximo número,sairão outros retratos.

OLAVO B.LAC |EM CADA EDIÇÃO PUBLICAREMOS DUAS FICHAS DO "FICHÁRIO DO ESTUDIOSO" COM LUGARES EM-

BRANCO PARA COLAR OS RETRATOS QUE IREMOS PUBLICANDO. SE NUMA EDIÇÃO NAO APARECEMTODOS OS RETRATOS DE UMA FICHA, O LEITOR DEVE ESPERAR A EDIÇÃO SEGUINTE ATÉ PREENCHERTODOS OS ESPAÇOS DE CADA UMA.

AGOSTO, 1954 O TICO-TICO 29

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30 O TICO-TICO AGOSTO — 1954

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CASTANHA

AGOSTO — 1954 O TICO-TICO 31

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CASTANHAfrofnw ÕetfatUiõA

(VER ILUSTRAÇÕES NO OUTRO LADO DA PAGINA)

AS castanheiros, muito abundan-

tes nas matas amazônicas, re-presentam grande riqueza nacional.

Nativa em terras brasileiras, acastanheiro é uma árvore gigantes-ca, chegando a atingir cinqüentametros de altura e notável robustez.Seu tronco é reto e cilíndrico e seusramos são compridos e encurvadosna extremidade. As falhas são gran-des, verdes na face superior e es-branquiçadas na inferior. O frutoapresenta-se como uma noz esféri-ca, bem maior do que uma laranja,verde, lisa, abrigando muitas sêmen-tes (de doze a vinte e duas casta-nhas).

A colheita é feita depois que asnozes amadurecem e caem no

chão. Essa colheita exige do caboclocastanheiro muita precaução e cau-tela, pois arrisca-se a vários aciden-tes graves. Na procura das casta-nhas ou ouriços que já tombaram aosolo, deve cuidar-se dos outros, játambém maduros mas que aindapermanecem presos aos ramos e quea qualquer momento, tocados pelovento, ameaçam cair de uma altura,às vezes, de cinqüenta metros e pe-sando dois quilogramas.

DEPOIS de colhidas as castanhas,

ou ouriços, são elas partidascom muito custo pois a casca é mui-to dura e oferece resistência aosmais fortes golpes. Das cascas doouriço fabrica-se estôpa de ótimaqualidade.

As castanhas, depois de retiradasdos ouriços, são levadas em canoaspara Belém ou Manaus, de onde se-rão exportadas.

As castanhas possuem uma amên-doa branca, de bom sabor.

Grande é o valor nutritivo, sendotambém grande e importante a suaprocura no mercado mundial.

As amêndoas, quando novas, for-necem um leite que é utilizado emmingaus, doces, etc ...

kS maiores produtores de casta-nhas são os Estados de :

1.° — Amazonas2° — Pará;

e os territórios de :

3° — Acre4.° — Amapá5.° — Rio Branco.

32 O TICO-TICO AGOSTO. 1954

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TESOURO .'TESOUEO -'SO'PENSAM NISSO» MEU ___/TES0UR.O E UH BOKOSSO , /o*"TT-YZB . yyví-a.VH-

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ACOSTO. 1954 O TICO-TICO 33

(7 mX-^^TT^/ '( O SENHOR QUER VER ( AH> E QUE TAL* AQUlzLE )\ AQUELE DE CAMURÇA V_- AMARELO <

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J tz <^^~>t\^w 1 ns *\ St^ MM... ESTOU ME AGRADAN- Xkf/%1 0f{> LINDÍSSIMO* JSfãl OO DAQUELE ALI EM ^ WP X && AQUI/ f* J|lgp— eiMA... ^—"^"^ TO ^-^sr^ fk

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(F AfíyE AQUELE DE ARGOUNHA... ) l W/1/5 TAROE.TJy A qbriôADA, QUANDOIV tf//£ AMOR/ ~^S S fi/ PRE&SAR cíA'

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34 O TICO-TICO AGOSTO — 1954

V/ISS/ITfMPOLIGUE COM UMTRAÇO OS PONTOSNUMERADOS

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a Perseguido pelo gordinho do macarrão, Chiquinho enveredou por uma porta,^primeira que encontrou. E o gordinho atrás dele '. Enquanto corria, Chiquinhogritava por Benjamim. Onde se teria metido o marreco do pretinho, que não dava,por enquanto, nenhum sinal de vida ? Teria sido feito prisioneiro, talvez ?

Distraído com esses pensamentos, Chi-quinho não viu que havia uma escada e...catrapuz ! Lá se foi por ela abaixo, sem-pre seguido pelo gordinho implacável !

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E foi cair dentro de uma velha barrica, que havia lá embaixo, onde, para surpresa sua, já encontrou, tremendo e assus-tado, o procurado Benjamim, que já ali se escondera por precau-ção, porque di__ êle qye seguro morreu de velho...

Saíram, então, os dois, de dentro da barrica e promoveramali mesmo uma reunião, para discutir o meio de escapar da casado gordinho, que tinha voltado, com certeza, ao seu prato demacarrão dansante, disposto a ganhar a parada.

— Vamos por aqui .—disse Chiquinho,começando o subir. E foram mesmo. Maseles não sabiam da melhor... O dono dacasa tinha disposto seus sequozes. ..

... de tocaia, em todas as portas, para apanhar os dois intrusos. t lá em cima duasclavas pontudas os esperavam, manejadas por escravos de grandes bigodes e semcoração. Como escaparão os fugitivos a essas duas feras ?

(Continua)GRAFICA PIMENTA DE MELLO S. A. — RIO