Hackeando a educação: criando tendências no processo de...

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Anais da IV Mostra Integrada de Iniciação Científica – CNEC Osório Ano 4 – N° 4 – Vol. 4 – JUN/2013

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Hackeando a educação: criando tendências no processo de ensino e aprendizagem

Alan Alves Correa1 Augusto Weiand1

Deividi Schumacher Velho1 Andrio dos Santos Pinto2

O termo hacker tem sido erroneamente utilizado pela mídia para descrever um

usuário de computador que invade sistemas, quebra dados sigilosos, enfim, utiliza

suas habilidades técnicas para fins errados. O conceito de hacker surgiu nos anos

60, no Massachusets Institute of Technology - MIT. Himanem (2001) define os

hackers como indivíduos que se dedicam com entusiasmo à programação, que

acreditam que o compartilhamento de informações é um bem poderoso e positivo.

Entretanto, vale ressaltar neste momento, que um hacker não precisa ser,

necessariamente, da área de tecnologia para ser considerado como tal. Um hacker

é, resumidamente, uma pessoa com grandes habilidades técnicas, que tem paixão

pelo que faz, e se dedica a aprimorar seu conhecimento e criar inovações em sua

área. Assim pode-se afirmar que os hackers tem uma metodologia que busca o

conhecimento, portanto, qualquer área pode ter seus hackers. Podemos desta

maneira, criar um vínculo com a educação, desenvolvendo nos alunos um

pensamento hacker. Com isso, como já demonstramos acima, estes alunos terão a

busca do conhecimento como foco de seus estudos, esta busca será algo direto e

voltado para o aprimoramento da informação. Buscando este perfil, estamos

desenvolvendo dentro do projeto ao qual estamos inseridos no Programa

Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência - PIBID, na escola Osmany Veras, no

município de Osório, uma visão nos alunos a qual se volta para o conceito do

aprendizado hacker. Sendo assim, os alunos desenvolvem uma forma de

aprendizado baseada na busca do conhecimento teórico e prático.

Em face a essa abordagem, é possível que todo e qualquer educador adquira e

desenvolva uma prática hacker, programando, entenda-se por planejando, aulas em

que o conhecimento possa ser adquirido, compartilhado, aplicado e discutido com

seus alunos, de maneira que eles o busquem com seus próprios métodos e com

1 Acadêmico do Curso de Computação – FACOS/CNEC.

2 Professor orientador.

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curiosidade. Hackear a educação é uma ação de subverter o ensino como

concepção bancária, onde o professor transmite informações, depositando saberes

e conhecimento em alunos que recebem esses depósitos, armazenam e consultam

quando necessário, de forma passiva e silenciosa. É provocar, desafiar, instigar o

aluno a buscar as informações que irão servir de subsídios como possível solução

do problema proposto e, em seguida, romper com a cultura do silêncio e estimular

os alunos a socializarem com os colegas as novas competências, habilidades e

conhecimentos adquiridos. Portanto, hackear a educação não é fazer dos alunos

vândalos virtuais e altercadores da ordem escolar, não obstante, é criar nos alunos

tendências à criticidade, à reflexão, à dúvida, à pesquisa. Criar a cultura hacker na

educação é ensinar os alunos a aprenderem.