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Halliday

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Fundamentos de Física

Volume 3

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Capítulo 27

Circuitos

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“Bombeamento” de Cargas

Se queremos fazer com que cargas elétricas atravessem

um resistor, precisamos de um dispositivo que estabeleça

uma diferença de potencial entre as extremidades do

resistor. Um dispositivo desse tipo é chamado de fonte

de tensão ou, simplesmente, fonte.

Uma fonte muito útil é a bateria, usada para alimentar

uma grande variedade de máquinas, de relógios de pulso

a submarinos. A fonte mais importante na vida diária,

porém, é o gerador de eletricidade, que, através de

ligações elétricas (fios) a partir de uma usina de energia

elétrica, cria uma diferença de potencial nas residências

e escritórios.

As células solares, presentes nos painéis em forma de

asa das sondas espaciais, também são usadas para gerar

energia em localidades remotas do nosso planeta. Nem

todas as fontes são artificiais: organismos vivos, como

enguias elétricas e até seres humanos e plantas, são

capazes de gerar eletricidade.

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Trabalho, Energia e Força Eletromotriz

Em um intervalo de tempo dt, uma carga dq passa por

todas as seções retas do circuito, como aa'. A mesma

carga entra no terminal de baixo potencial da fonte de

tensão e sai do terminal de alto potencial.

Para que a carga dq se mova dessa forma, a fonte deve

realizar sobre a carga um trabalho dW.

Definimos a força eletromotriz da fonte através desse

trabalho:

Uma fonte de tensão ideal é a que não apresenta nenhuma resistência ao movimento de

cargas de um terminal para o outro. A diferença de potencial entre os terminais de uma fonte

ideal não depende da corrente; é sempre igual à força eletromotriz da fonte.

Uma fonte de tensão real possui uma resistência interna que se opõe ao movimento das

cargas. Quando uma fonte real não está ligada a um circuito e, portanto, não conduz corrente,

a diferença de potencial entre os terminais é igual à força eletromotriz; quando a fonte

conduz corrente, a diferença de potencial é menor que a força eletromotriz.

Força Eletromotriz (fem) – Dispositivo que realiza trabalho sobre os portadores de carga. O

termo fem vem da expressão antiquada “força eletromotriz”, adotada erroneamente antes de

sua clara compreensão.

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Células voltaicas

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Energia Química perdida na bateria B

Energia Térmica dissipada no resistor R

Energia Química armazenada na bateria A

Trabalho realizado pelo motor elétrico sobre a massa m

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De acordo com a equação P = i2R, em um

intervalo de tempo dt, uma energia dada por i2R

dt é transformada em energia térmica no resistor.

No mesmo intervalo, uma carga dq = i dt

atravessa a fonte B, e o trabalho realizado pela

fonte sobre essa carga é dado por

Cálculo da Corrente em um Circuito de uma Malha

Assim, a energia por unidade de carga transferida para as cargas que atravessam o

circuito é igual à energia por unidade de carga transferida pelas cargas em

movimento.

De acordo com a lei de conservação da energia, o trabalho realizado pela fonte

(ideal) é igual à energia térmica que aparece no resistor:

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Nós, Malhas e Ramos

Antes de prosseguirmos com a análise dos circuitos, é essencial termos em mente três

definições essenciais:

Nó – é um ponto no circuito onde 3 ou mais condutores são interligados.

Malha – é qualquer caminho condutor fechado em um circuito.

Ramo – é um caminho único caminho entre dois nós consecutivos

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Cálculo da Corrente em um Circuito de uma Malha

Na Fig. 27-3, vamos começar no ponto a, cujo potencial é

Va , e nos deslocar mentalmente no sentido horário até

estarmos de volta ao ponto a, anotando as mudanças de

potencial que ocorrem no percurso.

• Nosso ponto de partida é o terminal negativo da fonte.

Como a fonte é ideal, a diferença de potencial entre os

terminais da fonte é .

• Quando passamos do terminal positivo da fonte para o

terminal superior do resistor, não há variação de

potencial, já que a resistência do fio é desprezível.

• Quando atravessamos o resistor, o potencial diminui de

iR.

Voltamos ao ponto a através do fio de baixo. No ponto a, o

potencial é novamente Va . O potencial inicial, depois de

modificado pelas variações de potencial ocorridas ao longo

do caminho, deve ser igual ao potencial final, ou seja,

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Cálculo da Corrente em um Circuito de uma Malha

Em circuitos mais complexos que o da figura anterior, duas regras

básicas podem ser usadas para calcular as diferenças de potencial

produzidas pelos diferentes dispositivos ao longo do circuito:

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Outros Circuitos de uma Malha: Resistência Interna

A figura acima mostra uma bateria real, de resistência interna r, ligada a um resistor

externo de resistência R. De acordo com a regra das malhas,

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Outros Circuitos de uma Malha: Resistências em Série

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Outros Circuitos de uma Malha: Resistências em Série

n Resistores em Série

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Diferença de Potencial Entre Dois Pontos

No sentido horário, a partir de a:

No sentido anti-horário, a partir de a:

Como

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Diferença de Potencial entre os Terminais de uma Fonte Real

Se a resistência interna r da fonte do caso anterior fosse zero, V seria

igual à força eletromotriz E da fonte, ou seja, 12 V. Entretanto, como

r = 2,0 , V é menor que E.

O resultado depende da corrente que atravessa a fonte. Se a fonte

estivesse em outro circuito no qual a corrente fosse diferente, V teria

outro valor.

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Aterrando um Circuito

Este é o mesmo circuito do caso anterior, exceto pelo fato de que o ponto a está

ligado à terra na Fig. 27-7a. Aterrar um circuito pode significar ligar o circuito ao

solo; nos diagramas de circuitos, porém, o símbolo de terra significa apenas que o

potencial é definido como sendo zero no ponto em que se encontra o símbolo.

Na Fig. 27-7a, o potencial de a é definido como sendo Va = 0. Nesse caso, o

potencial de b é Vb = 8,0 V. A Fig. 27-7b mostra o mesmo circuito, exceto pelo

fato de que agora é o ponto b que está ligado à terra. Assim, o potencial do ponto b

é definido como sendo Vb = 0; nesse caso, o potencial no ponto a é Va= −8,0V.

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Potência, Potencial e Força Eletromotriz

A potência P fornecida por uma fonte aos portadores de carga é dadapor

onde V é a diferença de potencial entre os terminais da fonte.

Como , temos

Acontece que i2r é a potência dissipada no interior da fonte:

O termo iE é a soma da potência transferida aos portadores de carga com a potência

dissipada na fonte. Essa soma pode ser chamada de Pfonte. Assim, temos:

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Exemplo: Circuito de uma Malha com Duas Fontes Reais

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Exemplo: Circuito de uma Malha com Duas Fontes Reais (continuação)

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Considere o nó d do circuito. As cargas entram

no nó através das correntes i1 e i3 e saem através

da corrente i2. Como a carga total não pode

mudar, a corrente total que chega é igual à

corrente total que sai:

Essa regra é também conhecida como lei dos nós

de Kirchhoff.

Na malha da esquerda,

Na malha da direita,

Na malha externa,

Circuitos com Mais de uma Malha

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Circuitos com Mais de uma Malha: Resistores em Paralelo

onde V é a diferença de potencial entre a e b.

De acordo com a regra dos nós,

n Resistores em Paralelo

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Circuitos com Mais de uma Malha

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Exemplo: Resistores em Paralelo e em Série

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Exemplo: Resistores em Paralelo e em Série (continuação)

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Exemplo: Fontes Reais em Série e em Paralelo

(a) Se a água em torno da

enguia tem uma resistência

Ra = 800 , qual é o valor da

corrente que o animal é capaz

de produzir na água?

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Exemplo: Fontes Reais em Série e em Paralelo (continuação)

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Exemplo: Circuito com Mais de uma Malha: Equações de Malha

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O Amperímetro e o Voltímetro

O instrumento usado para medir correntes é chamado de amperímetro. É essencial que

a resistência RA do amperímetro seja muito menor que as outras resistências do

circuito.

O instrumento usado para medir diferenças de potencial é chamado de voltímetro. É

essencial que a resistência RV do voltímetro seja muito maior que a resistência do

elemento do circuito cuja diferença de potencial está sendo medida.

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Circuitos RC: Carga de um Capacitor

Esta equação diferencial pode ser resolvida por separação de variáveis

Equação de

carregamento

Aplicando a substituição

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Circuitos RC: Carga de um Capacitor

Carga de um

capacitor carregando

Derivando a carga, obtemos a corrente elétrica para o capacitor carregando.

Corrente de um

capacitor carregando

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Carga de um capacitor carregando

Corrente de um capacitor carregando

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O produto RC é chamado de constante de tempo capacitiva do circuito e

representado pelo símbolo (lê-se tau):

No instante t = = RC, a carga de um capacitor inicialmente descarregado

aumentou de zero para

Isso significa que, após decorrido um intervalo de tempo igual à constantede tempo o valor da carga é 63% do valor final, CE.

Circuitos RC: Constante de Tempo

A análise dimensional de leva à

As funções de carga e corrente podem então ser reescritas em termos de

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Circuitos RC: Descarga de um Capacitor

Suponha que o capacitor da figura esteja totalmentecarregado, ou seja, com um potencial V0 igual à fem E

da fonte.

Em um novo instante t = 0, a chave S é deslocada da

posição a para a posição b, fazendo com que o capacitor

comece a se descarregar através da resistência R.

Equação de descarga

De maneira similar à anterior, podemos resolver por separação de variáveis

Descarregando um capacitor

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Derivando a carga, obtemos a corrente elétrica para o capacitor descarregando.

Corrente de um

capacitor descarregando

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Exemplo:Descarga de um Circuito RC