Hans Sitt: conexões entre o 1º volume dos 100 Etüden für die Violine, op. 32, e o Student’s...

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    Universidade Estadual de Maring

    Karyni Danielly da Silva Da Vila

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    Violine, op. 32, e oStudents Concertino n 1, op. 104

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    Maring

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    Karyni Danielly da Silva Da Vila

    Hans Sitt: conexes entre o 1 volume dos 100 Etden fr die Violi ne,op. 32,

    e oStudents Concertino n 1, op. 104

    Trabalho de Concluso de Curso de Licenciatura em

    Educao Musical do Departamento de Msica daUniversidade Estadual de Maring.

    Orientador:

    Prof. Me. Paulo Egdio Lckman

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    Maring

    2016 3

    Karyni Danielly da Silva Da Vila

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    e oStudents Concertino n 1,op. 104

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado comorequisito para obteno do grau de Licenciada emEducao Musical, do Departamento de Msica daUniversidade Estadual de Maring, sob apreciao daseguinte banca examinadora:

    Aprovado em __/__/__

    ______________________________________________

    Paulo Egdio Lckman, Mestre (UEM)

    ______________________________________________

    Cssia Virgnia Coelho de Souza, Doutora (UEM)

    ______________________________________________

    Jos Roberto Imperatore Vianna, Doutor (UEM)

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    Universidade Estadual de Maring

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a Deus, que minha maior inspirao para todas as aes

    dentro da msica. Sem Ele, no teria conseguido dar esse grande passo, que a graduao em

    Msica. Atravs dela, poderei cumprir com a misso a que fui destinada.

    Em segundo lugar, quero dedicar este trabalho minha famlia que sempre me

    incentivou a estudar msica, em especial meu falecido pai, Celso, que deixou essa grande

    herana: o sangue de msico que corre em minhas veias! Nesta famlia est inclusa minha

    me Marli, meus irmos Karolyni Da Vila, Douglas Lemes, Jackson Davila e Indiane

    Senhorinha, e todos que acompanharam minha trajetria. Dedico parte dessa homenagem ao

    Pedro Leal, que me inspirou nos estudos de viola, e me fez refletir sobre quem eu sou, me

    incentivando a eliminar meus defeitos e progredir.

    No posso deixar de agradecer ao meu orientador, Me. Paulo Egdio Lckman. Desde

    meu primeiro ano de Universidade me ajudou a resolver no s problemas tcnicos no

    instrumento, mas sim a avanar como uma pessoa honesta e que deve enfrentar todas as

    dificuldades da sociedade. Mais do que um professor, foi um grande amigo.

    Deixo mais um agradecimento aos meus amigos da faculdade: Estfani Valente, Suzana

    Osipi, Rafael Graboski e Simenton Pereira. No posso deixar de citar a OrquestraFilarmnica UniCesumar (OFUC) e ao Maestro Davi Oliveira, sem a experincia musical que

    adquiri dentro com ambos talvez eu no teria avanado de tal maneira, pois a orquestra ajuda

    a formar cidados crticos e pensantes. Tambm agradeo a Orquestra de Cmara da UEM.

    Agradeo a participao dos professores da banca, Dra. Cssia Virgnia Coelho de

    Souza e Dr. Jos Imperatore Vianna. Destaco o nome da Cssia, pois ela foi minha

    orientadora de estgio com uma turma de violino coletivo. Ela me ensinou conceitos sobre ser

    uma educadora musical que nunca esquecerei, levarei pra sempre em minha carreira.Obrigado por me ajudar nessa grande etapa.

    Sobre minha histria no instrumento, no posso deixar de ressaltar a importncia do

    professor Marco Damm. Suas aulas so muito didticas e preparadas, me baseio muito em sua

    metodologia para aplicar minhas aulas. Destaco o nome do Prof. Abner Teodoro Marcelino,

    que foi meu primeiro professor de violino pelo Projeto Guri. Tambm agradeo ao professor

    Jairo Chaves, que sempre acreditou no meu potencial como violista. Gostaria de citar tambm

    o professor Brett Deubner, que me fez lembrar que eu devo tocar aquilo que eu amo, ento medei conta que a viola meu verdadeiro amor dentro da msica.

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    RESUMO

    Esta pesquisa aborda o 1 volume dos 100 Etden fr die Violine de Hans Sitt a fim deentender mais a fundo a utilizao tcnica e pedaggica desse livro. Foram elencados aspectostcnicos trabalhados em cada um dos estudos e, a partir da, relacionadosquando possvelcom uma obra didtica do mesmo autor, o Students Concertino n 1 in C major, op. 104.Com isso, foram estabelecidas possveis conexes entre os Estudos e o Concertino, o que

    pode servir como guia para um professor ou estudante que se interesse pelo material.Conscientizar o estudante para tais conexes leva-o a compreender melhor a importncia

    prtica das coletneas de estudos, bem como sua aplicabilidade.

    Palavras-chave: Hans Sitt; estudos; ensino de violino.

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    ABSTRACT

    This research approaches the 1st volume of 100 Etden fr die Violineby Hans Sitt, in order

    to understand on a deeper level the technical and pedagogical application of this didacticbook. It was listed technical aspects worked in each study and, thereafter, related towhen itwas possible - a didactic composition of the same author, the Student's Concertino No. 1 in Cmajor, op. 104. So, it was suggested possible connections between the Studies and theConcertino,which can assist as a guide for teachers or students interested on this teachingmaterial. Guide violin students for such connections can help them to understanding better the

    practical importance of the studies collection, as well as its applicability.

    Keywords:Hans Sitt; studies; violin teaching.

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    SUMRIO

    Introduo ................................................................................................................................. 8

    1. Panorama geral sobre os Estudos de Hans Sitt ................................................................ 11

    2. Anlise dos estudos do 1 volume ...................................................................................... 12

    3. Principais aspectos tcnicos desenvolvidos ao longo do mtodo.................................... 28

    Students Concertino n 1 in C major, op. 104Hans Sitt ............................................ 28

    4. Consideraes Finais .......................................................................................................... 31

    Referncias ............................................................................................................................. 32

    Anexo -Students Concertino n 1, op. 104de Hans Sitt...................................................... 39

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    Introduo

    A pesquisa que resultou neste trabalho originou-se nas aulas prticas de viola que fiz

    nas disciplinasInstrumento Meldico I e II docurso de Licenciatura em Educao Musical da

    Universidade Estadual de Maring. Meu professor na disciplina (e que se tornou orientador

    dessa pesquisa) comeou um trabalho tcnico preparatrio, para que em seguida inicissemos

    a prtica dos 100 Etden fr die Violinede Sitt, material bastante utilizado na pedagogia do

    violino e viola1.

    Segundo Bergmann (2010, p. 59), os estudos so composies escritas com o

    objetivo especfico de trabalhar uma ou mais partes isoladas da tcnica violinstica. Na

    maioria das vezes so escritos por violinistas com o intuito da pedagogia, mas algumas vezes

    atingem tambm objetivos estticos artsticos. Portanto, praticar estudos contribui para a

    formao tcnica e performtica do aluno, pois eles constituem uma ponte entre os exerccios

    tcnicos e o repertrio do instrumento.

    Em meio ao processo de estudo do primeiro volume do material de Hans Sitt, comecei

    a dar aulas de violino e viola em Escolas de Msica de Maring. A partir da, veio

    naturalmente a necessidade de compreender melhor a metodologia utilizada no ensino do

    instrumento, incluindo estes estudos.

    Durante o curso de Licenciatura, assistindo aulas minhas e de outros alunos de

    violino e viola, tive contato com obras didticas de Rieding, Portnoff e Seitz, alm de algumas

    coletneas, e observei que muitos professores usam o Concerto em Si menor de Oskar

    Rieding2, op. 35, como uma primeira abordagem de concertos.

    Ao me deparar com essas obras, e a partir tanto de relatos de colegas quanto da minha

    experincia pessoal, entendi que um dos grandes estmulos que um professor pode dar a um

    violinista iniciante lev-lo a vislumbrar a possibilidade de, num certo tempo, tocar um

    concerto para o instrumento. Tssia Fagundes da Silva (2011), por exemplo, relata:

    Ao ouvir os CDs que havia ganhado de minha me, nos quais seapresentavam grandes orquestras e violinistas, eu sonhava em um dia podertocar uma msica de violino, como aquelas. No decorrer dos meus estudosficava cada vez mais ansiosa para chegar o dia em que eu tocaria meuprimeiro concerto, mas esse dia nunca chegava. Eu questionava meuprofessor porque ele no me passava algum concerto, como os clssicos queeu ouvia, e ele dizia que ia procurar um concerto para iniciantes. Como

    1

    Baseio essa afirmao em observaes de aulas de violino e viola de diversos estudantes de Maring e regio,e relatos de estudantes que frequentam festivais de msicas no Brasil.2Oskar Rieding(1840-1918) compunha concertos para os prprios alunos. Suas peas trabalham desde o nvel

    iniciante at o avanado.

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    aluna, cheguei a procurar, na literatura violinstica, concertos que poderiatocar, mas no encontrei nada que fosse ao encontro do nvel tcnico no qualme encontrava. Meu professor tambm parecia encontrar dificuldades paraatender as minhas expectativas, devido falta de acesso a esse tipo derepertrio (SILVA, 2011, p. 7).

    Tambm tive o interesse em ampliar meu conhecimento sobre o repertrio didtico,

    alm daquele que via alguns professores utilizarem. Considero importante que ele seja o mais

    variado possvel, de modo que, mesmo havendo obras indispensveis na formao de um

    violinista, tenhamos um repertrio diversificado para oferecer aos alunos, evitando uma

    abordagem montona do ensino de instrumento.

    Baseada na convico oriunda de meus estudos como licencianda em Educao

    Musicalde que tal diversificao traria estmulo aos alunos, que veriam maior quantidade

    de obras sendo executadase, em consequncia, isso melhoraria a qualidade do meu trabalho

    pedaggico, por aumentar meu leque de opes , comecei a buscar outras obras didticas

    para violino, e acabei por encontrar oStudents Concertino n 1, op. 104, coincidentemente

    composto por Hans Sitt. Ele foi escrito em primeira posio, assim como o primeiro volume

    dos Estudos. A partir da anlise destes materiais, foi possvel buscar associaes entre os

    Estudos e o Concertino, bem como avaliar a utilidade desta obra em meu repertrio didtico.

    Alm disso, minha prtica como professora de violino e viola em escolas de msicade Maring comeou no primeiro ano da Universidade, gerando um processo de reflexo

    sobre a postura do professor, suas responsabilidades, e seu impacto sobre a classe. Sem deixar

    de ser aluna, tornei-me tambm uma professora ativa, tornando minha formao mais

    completa.

    Essa mudana de posicionamento, tornando-me professora de iniciao instrumental e

    ainda sendo aluna, gerou apreenses sobre como aplicar o ensinamento desses estudos nas

    aulas prticas. A partir desse momento nasceu a ideia de responder alguns destesquestionamentos nesta pesquisa: Qual a importncia de se utilizar um livro de estudos? Como

    aplicar esses estudos na hora de estudar um concerto, como, por exemplo, o Students

    Concertino n 1, op. 104? Qual a possvel relao desse concerto com esses estudos? Em qual

    aspecto essa pesquisa vem a contribuir para a educao musical e para a prtica violinstica?

    Esta pesquisa, portanto, atende a questionamentos surgidos na minha formao como

    musicista e professora, e aborda os estudos do primeiro volume dos 100Estudos de Sitt. Aps

    uma anlise de questes tcnicas abordadas nessa coletnea, relacionam-se alguns destes

    estudos com o Students Concertino n 1, op. 104, do mesmo autor, para: estabelecer um

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    objetivo para cada estudo; encontrar questes tcnicas que sejam apresentadas em mais de um

    estudo; e buscar compreender como o conhecimento obtido nos estudos se aplica diretamente

    na performance instrumental. Em particular, esta ltima questo nem sempre fica clara aos

    estudantes, como Scheffler (2013) aponta:

    [...] pode haver dificuldade, por parte do violinista, em reconhecer aobjetividade dos estudos, assim como de conciliar tecnicamente o programade estudos com o seu repertrio. A preocupao com a prtica contnua deestudos, diante desta dificuldade, pode levar ao conceito equivocado datcnica pela tcnica a ideia da tcnica como uma finalidade em si mesma,portanto desconectada da performance. A construo de exemplos de comoconcatenar os estudos com o repertrio pode ento servir para violinistas quequeiram entender melhor a aplicabilidade dos estudos que praticam.

    (SCHEFFLER, 2013, p. 3)

    O autor se refere ao conceito equivocado da tcnica desconectada da performance.

    A tcnica pela tcnica tambm responsvel pelo desestmulo precoce de muitos estudantes

    de violino, e a capacidade de conscientizar o aluno do benefcio do trabalho tcnico no

    resultado da performance deve estar no horizonte de todo professor de instrumento, para

    evitar tal desestmulo do aluno.

    O registro escrito da pedagogia instrumental vem sendo incrementado desde o sculo

    XX. Mas, para alguns autores, uma rea ainda a ser mais bem explorada. Bossio e Lavigne

    (1999), por exemplo, escreveram a respeito:

    Apesar de ser uma atividade que ocupa horas e horas de boa parcela dosmsicos de um pas, o estudo de um instrumento de corda ainda conta compouco subsdio escrito acerca de sua mecnica, principalmente seconsiderarmos a extensa bibliografia sobre outras reas da denominadamsica erudita. (...) As descries de tcnicas instrumentais imprescindveis para a manuteno dos repertriosno fazem parte de suastradies. Em ltima anlise, tais tcnicas de produo sonora so

    transmitidas oralmente, atravs de uma interao professor e aluno, duranteaulas e ao longo das geraes (BOSSIO; LAVIGNE, 1999, p. 4).

    Referindo-se especificamente ao Brasil, Scheffler (2013, p. 13) coloca: Com relao

    pesquisa acadmica, possvel afirmar que, ao contrrio da tradio em outros pases, a

    produo bibliogrfica acadmica brasileira tem contemplado pouco a pesquisa relacionada s

    obras intituladas estudos para instrumentos de cordas friccionadas. Meu trabalho, inserido

    neste contexto, apresenta possveis conexes entre alguns estudos e uma obra do repertrio

    didtico, e deixa registrada por escrito esta anlise.

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    Como citado anteriormente, uma das metas deste trabalho foi estabelecer um objetivo

    tcnico para trabalhar cada um dos estudos. interessante pontuar que estas coletneas de

    estudos, em geral, trazem poucas informaes sobre como e por que praticar cada um dos

    estudos. As orientaes quanto forma de pratic-los, bem como os exerccios tcnicos e o

    repertrio, costumam ser transmitidas pelo professor diretamente ao aluno nas aulas prticas,

    o que se denomina tradio oral3.

    Os mtodos, material utilizado como ferramenta do aluno no estudo em casa,normalmente no trazem explicaes de como devem ser trabalhados, sendoescolhidos pelo professor segundo seus paradigmas e experincia, que (aomenos na maioria dos bons professores) fazem parte da tradio(LCKMAN, 2012, p. 3).

    Scheffler (2013), alm de apontar a importncia de se desenvolver pesquisas nessa rea,

    como citado anteriormente, escreveu sobre a prtica e a aplicabilidade de estudos, alm de

    aprofundar a compreenso sobre o significado do termo estudo:

    O termo estudo, designando peas musicais independentes para violinocom carter didtico, comeou a ser utilizado principalmente entre o final dosculo XVIII e o incio do sculo XIX; Walter Kolneder observa que, naAlemanha, houve uma diferenciao gradual entre o estudo (EtudeouEtde)

    e o simples exerccio (bung). Os mtodos de violino do final do sculoXVIII ainda se utilizaram de diversos termos (incluindo bung, lesson ecapriccio, por exemplo) para designar tipo similar de material; com otempo, no entanto, o termo capricciopassou a se referir a peas totalmentedesenvolvidas, como observa Kolneder, aproximando-se na forma e notamanho ao que se convencionou chamar, posteriormente, de estudo(SCHEFFLER, 2013, p. 1).

    Esta pesquisa mescla, portanto: A conscincia da importncia dos estudos; o

    embasamento terico desta importncia, vindo dos autores citados; a pesquisa sobre uma obra

    didtica que eu desconhecia; e a documentao de parte dos critrios sob os quais, como

    aluna, fui ensinada a passar pelo primeiro volume dosEstudos de Sitt.

    3Termo utilizado, por exemplo, por BOSSIO; LAVIGNE, 1999, p.4.

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    1. Panorama geral sobre os Estudos de Hans Sitt

    Nascido na cidade de Praga, Hans Sitt (1850-1922) era filho de um luthier e foi

    estudante de violino e viola em Leipzig. Atuou como violista no Quarteto Brodsky. Suas

    composies no so to conhecidas, ao contrrio de seu material didtico para violino e

    viola.

    O primeiro volume dos seus 100 Estudos para violino (Sitt, 1981) composto para

    iniciantes no instrumento, todo em primeira posio, enquanto o segundo volume trabalha da

    segunda quinta posio. J o terceiro volume aborda mudana de posio (entre 1 e 5). O

    quarto volume prope exerccios de sexta e stima posio, alm de mudanas entre 1 e 7. O

    quinto volume dedicado s cordas duplas.Em paralelo aosEstudosde Sitt, so muito utilizados mtodos condizentes aos nveis da

    tcnica instrumental, como por exemplo, o School of Violin Technics de Otakar Sevcik

    (SEVCIK, 1905), o qual trata de exerccios de mo esquerda, como afinao, articulao e

    agilidade, alm de alguns exerccios de arco, e repertrio com concertos basicamente em

    primeira posio dos autores j mencionados na Introduo.

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    2. Anlise dos estudos do 1 volume

    Estudo n 1desenvolve arcadas de extremo talo extrema ponta, aplicando a distribuio

    de arco com arcadas inteiras e metades. Sitt prope estas variantes para que o aluno possa

    comear a entender as formas de diviso do arco. Para uma boa execuo, necessrio

    executar arcadas em diferentes velocidades. Nas arcadas com trs semnimas ligadas, por

    exemplo, h a necessidade da primeira semnima (que est sem ligadura) ir at a extrema

    ponta, para que as trs semnimas restantes percorram o arco at o talo.

    Figura 1Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 1, compasso 61.

    Alm da dificuldade com o uso do arco e sua distribuio, o aluno desenvolve intervalos

    de oitava. Quando a nota da oitava grave o 1 dedo, a nota oitavada o 4 dedo na corda

    aguda seguinte. A extenso que ocorre nesse intervalo solicita um maior esforo do 4 dedo,

    que neste estgio tcnico possivelmente ainda est sendo fortalecido.

    Figura 2Idem, compasso 5.

    Outro aspecto que o estudo prope o recuo do 1 dedo da mo esquerda, por exemplo,

    quando a nota f (corda mi) natural (figura 3). Nas diferentes edies disponveis dos

    Estudos de Sitt, v-se frequentemente o uso do 4 dedo em passagens descendentes (figura 4),

    forando o aluno a desenvolver a relao entre os dedos 1 e 4, j proposta nos intervalos de

    oitava.

    Figura 3Idem, compasso 45.

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    Figura 4Idem, compasso 52.

    Estudo n 2Em relao ao primeiro, este estudo apresenta arcadas de velocidade constante:

    dois tempos para baixo e dois para cima, ao longo de todo o estudo. Quanto mo esquerda,

    eleva-se um pouco a dificuldade pela presena de fragmentos de escalas, na maior parte das

    vezes descendentes, e figuras rtmicas incluindo de mnimas a colcheias.

    Uma parte do estudo individual do aluno envolve estudar escalas como elemento

    puramente tcnico. Neste estudo, as escalas so vistas sob um prisma artstico.

    Para desenvolver o senso de afinao o que geralmente uma grande dificuldade de

    iniciantes em msica os compassos 18 e 19 propem a nota mi (corda solta) seguida da

    mesma nota na outra corda, utilizando o 4 dedo.

    Figura 5Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 2, compasso 18, 19 e 20.

    Tambm para desenvolver a percepo, o autor prope uma harmonia diferenciada, ou

    seja, acidentes ocorrentes e bequadros.

    Figura 6Idem, compasso 43 e 44.

    Outra dificuldade que surge a colocao do 3 dedo na corda sol na posio alta (dois

    tons acima do primeiro), mas ainda dentro da frma. Tocar na 4 corda exige um ngulo maior

    do brao direito, e o brao esquerdo precisa girar mais, alm de, neste caso, exigir um maioresforo do terceiro dedo para alcanar o d sustenido.

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    Figura 7Idem, compasso 30 e 31.

    Estudo n 3 Este estudo aborda arcos de velocidade desigual, variando entre metade de arco

    e arco inteiro em compasso .

    Figura 8Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 3, compasso 2, 3, 4 e 5.

    A cada passo que o aluno evolui no instrumento, algumas questes tcnicas precisam

    sempre ser desenvolvidas e aperfeioadas. Um exemplo disso a utilizao do quarto dedo e

    a presena de ritmos que exigem a utilizao do arco retrgrado 4 , temas que sempre

    aparecem no decorrer dos estudos de Hans Sitt.

    A mudana de tonalidade exige ateno do executante, podendo o professor relacion-la

    com a anlise musical do estudo. Iniciando em r maior, o compositor passa pela regio da

    dominante (l maior), adicionando um sol sustenido que ser tocado na corda r com o 3

    dedo mais aberto, em uma escala descendente seguido de arpejos. Tambm se encontram

    intervalos de oitava, alertando o aluno iniciante a prestar ateno na afinao desse intervalo.

    Figura 9Idem, compasso 14 e 15.

    4BOSSIO; LAVIGNE, 1999, p 22.

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    Estudo n 4 Inicialmente aparecem figuras rtmicas para o uso de legato usando o arco

    todo, sempre de dois tempos. A primeira parte desse estudo (antes da barra dupla) e a segunda

    parte (a partir do compasso 49) se assemelham ao estudo n 2 em relao ao arco e

    parcialmente com os estudos n 1 e 3.

    Figura 10Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n4, compasso 9, 10 e 11.

    Na segunda parte do estudo, a partir do compasso 25, aparece pela primeira vez neste

    mtodo o golpe de arco chamado martel5.Na mesma passagem, o estudo modula de si bemol

    maior para sol menor. A presena de muitas alteraes nessa passagem em tonalidade menor

    exige grande ateno do aluno.

    Figura 11Idem, compasso 25 e 26.

    No compasso 41, retomado o ritmo inicial com ligaduras de dois tempos na

    tonalidade anterior, porm desta vez h umstaccato6em algumas notas:

    Figura 12Idem, compasso 41, 42 e 43.

    5O termo martel, em francs, significa martelado, ou seja, arcada de efeito percutido, onde o volume

    mximo da sua nota situa-se no momento do ataque, com rpida e repentina queda de gradao (BOSSIO;

    LAVIGNE, 1999, p. 23).6O verbo staccare, em italiano, significa destacar, separar, desligar. O termo staccato, no que diz respeito aosinstrumentos de corda, normalmente refere-se execuo de uma srie de notas, intercaladas por pausas earticuladas em uma mesma direo, para baixo ou para cima (BOSSIO; LAVIGNE, 1999, p. 27).

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    Estudo n 5esse o primeiro estudo do livro que prope variaes contendo golpes de arco,

    o que o torna particularmente importante.

    recomendado que esse estudo seja decorado pelo aluno, pois ser praticado com

    frequncia, mesmo quando o aluno j o tiver completado e avanar para os prximos.

    A figura abaixo apresenta as variaes tcnicas propostas por Sitt. Podem-se dividir as

    variaes em dois grupos: variaes simtricas (n 2, 3, 6, 7, 8, 9 e 10) ou assimtricas (n 4,

    5, e 12) em relao ao arco. As variaes n 1 e 11 j alteram o tipo de golpe de arco, usando

    dtach7no n 1 estaccato combinado com ligadurasna n 11.

    Figura 13Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 5: variaes.

    As variaes auxiliam na formao tcnica do instrumentista, pois a [...] a cada vez que

    uma nota etapa do exerccio apresentada, o aluno percebe que est aprendendo um elemento

    novo que ir elevar o nvel de sua tcnica. Isso o torna mais consciente da importncia do

    exerccio (ARAJO, 2007,p. 22).

    Pode-se utilizar como preparao para algumas variaes do estudo n 5, um

    aquecimento de arco apresentado por Paulo Bossio8. Esse esquema rtmico se relaciona com

    as variaes n 1 e n 7:

    Figura 14Aquecimento de arco de Paulo Bossio9.

    7

    O verbo dtacher, em francs, significa separar, desligar (BOSSIO; LAVIGNE, 1999, p. 19).8Esse exerccio, ritmicamente simples, dos primeiros utilizados por Paulo Bossio para aperfeioamento daconduo do arco.9Material no publicado.

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    Neste aquecimento, usam-se todas as cordas soltas do violino, iniciando pela corda L.

    Iniciando-se no talo, as duas primeiras semnimas so tocadas na ponta do arco, em seguida a

    mnima deve obrigatoriamente chegar at o talo, e as duas prximas semnimas so tocadas

    no talo, repetindo essa sequncia algumas vezes em cada corda. importante citar que esse

    exerccio no trabalha apenas o uso total e o domnio do arco, mas sim um trabalho de

    soltura e relaxamento dos ombros, queixo e pulsos, evitando o enrijecimento corporal.

    O estudo n5, em sua primeira fase, pode ser estudado entre o meio e a ponta. No h

    mudanas bruscas de corda, permitindo ao aluno iniciante que preste ateno na aderncia do

    arco e soltura do pulso. Ao mesmo tempo, o estudo trabalha escalas assim como os exerccios

    anteriores, retomando a relao de arco e relaxamento.

    Figura 15Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 5, compasso 1, 2 e 3.

    Estudo n 6 trata de trabalhar intervalos de 8 justa, 7 e 6 usando meio de arco. desafiador para a afinao neste estgio de desenvolvimento do estudante, bem como para o

    arco, que transita continuamente entre duas cordas.

    Figura 16Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 6, compasso 1, 2, 3 e 4.

    Este estudo o primeiro a inserir um acorde, em especial a ttrade, que j necessita de

    certa maturidade de estudo, pois envolve um arco em que a aderncia da crina deve estar

    mirada mais na corda grave do que na aguda.

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    Figura 17Idem, compasso 57, 58 e 59.

    Estudo n 7 o primeiro estudo do livro que no comea com a tnica e introduz tercinas.

    Para desenvolver um senso maior de ritmo e diviso matemtica da pulsao, o aluno precisa

    exercitar a elasticidade e relaxamento do pulso direito usando arco inteiro, e a leveza e

    flexibilidade dos dedos da mo esquerda.

    Figura 18Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n7, compasso 1, 2, 3.

    Alm dos aspectos citados, trabalha-se a articulao dos dedos, estimulando o estudante

    a sentir o movimento de forma mais consciente.

    Outra dificuldade encontrada a utilizao de notas que envolvem duas cordas numa

    mesma arcada, utilizando o 4 dedo e a corda solta para fazer a comparao da mesma nota,

    estimulando a percepo musical e senso de afinao. Esse aspecto muito presente no

    decorrer dos estudos seguintes.

    Figura 19Idem, compasso 5 e 6.

    Estudo n 8 o primeiro estudo que trabalha sncopas. Pode-se observar na figura abaixo a

    existncia de staccato10. Tambm so usados intervalos de oitava em notas consecutivas ou,

    s vezes, entre a primeira e a ltima nota do compasso.

    10Resolvido em geral na ponta, usando o golpe de arco martel,j citado anteriormente.

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    Figura 20Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 8, compasso 1 e 2.

    Sitt tambm coloca intervalos de oitava com saltos entre cordas, trabalhando a agilidade

    e ngulo do brao direito. Este tambm um estudo que apresenta muitas modulaes,

    recuando a forma da mo e dificultando a afinao.

    Figura 21Idem, compasso 27 e 28.

    Estudo n 9 alm da presena de compasso ternrio com tercinas, preciso usar arcos

    inteiros com velocidade desigual, exercitar o 4 dedo e os acidentes ocorrentes, como j

    utilizados nos estudos anteriores.H a presena de muitas escalas, tanto ascendentes como descendentes. O compositor

    coloca muitos acidentes ocorrentes, alterando a posio dos dedos, exigindo maior destreza

    para afinar, por exemplo, o si bemol (1 dedo da corda l) que est rebaixado, e a nota mi

    natural (1 dedo da corda r na posio mais comum).

    Figura 22Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 9, compasso 31 e 32.

    Estudo n 10 Esse estudo prope um andamento mais rpido (Allegro) e, por ser

    inteiramente composto em semicolcheias, exige um maior nvel de agilidade.

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    Figura 23 - Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n10, compasso 1, 2 e 3.

    Esse estudo, assim como o n 6, pode ser considerado como uma introduo s cordas

    duplas, por trabalhar notas em cordas vizinhas, de modo a com frequncia precisarmos manter

    dois dedos simultneos.

    Figura 24Idem, compasso 25, 26 e 27.

    Sitt coloca intervalos de oitava seguidos de diversos intervalos, como quintas, teras e

    quartas.

    Figura 25Idem, compasso 32, 33 e 34.

    Estudo n 11Este estudo trabalha escalas em colcheias e semicolcheias. Como o estudo n

    2, ele imprime um carter artstico s escalas, l em ritmo mais lento e ligado, aqui mais gil.

    Figura 26Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 11, compasso 1 e 2.

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    Este estudo tocado predominantemente na metade superior do arco, e contm diversas

    modulaes a tonalidades distantes, obrigando o estudante a alterar continuamente as

    colocaes do 1 e 2 dedo.

    Figura 27Idem, compasso 13 e 14.

    Na escala descendente, o f natural dificulta o 4 dedo (nota mi), exercitando a extenso

    da mo.

    Figura 28Idem, compasso 15 e 16.

    Uma novidade a presena de um acorde com quintas justas no primeiro dedo (mi e si).

    Figura 29Idem, compasso 39.

    Estudo n 12Em compasso ternrio, o estudo utiliza tercinas, na maioria das vezes no 2 e

    3 tempo, dificultando a contagem e a subdiviso dos tempos. Intervalos de oitava

    eventualmente ocasionam um salto entre cordas, aplicando com escalas e staccato la

    corda11, que o principal aspecto trabalhado.

    11Staccato na corda. Uma sucesso de staccatosem martel na mesma direo, em geral arco para cima.

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    Figura 30Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 12, compasso 1 e 2.

    O uso do 4 dedo em semitom com o primeiro.

    Figura 31Idem, compasso 49.

    Excepcionalmente, no compasso a seguir, a ligadura ocorre de maneira diferenciada, por

    se tratar do nico compasso do estudo que aparecem colcheias simples, ento Sitt liga as duas

    primeiras colcheias e coloca tenuto nas demais notas.

    Figura 32Idem, compasso 59.

    Estudo n 13Por se tratar de notas em semicolcheia, o estudo limitado na metade de arco,

    variando entre semnimas no primeiro tempo e excepcionalmente no terceiro tempo.

    Figura 33Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 13, compasso 1 e 2.

    possvel relacionar ritmicamente esse estudo com o estudo 2, por conter elementossemelhantes. Alm de ter muitos trechos com escalas, os dois estudos esto em andamento

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    Moderato e, enquanto o estudo 2 contm basicamente mnimas e colcheias (evitando a

    semnima), este formado exclusivamente de semnimas e semicolcheias.

    Estudo n 14Semelhante ao estudo anterior, Sitt tambm utiliza semicolcheias, porm no

    focaliza escalas, mas articulao. Por isso, h predominncia de intervalos de segundas. Pode-

    se imaginar que isso, de certa forma, prepara os trinados do estudo seguinte.

    Figura 34Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 14, compasso 11.

    Alm das segundas menores demonstradas acima, os intervalos de segunda tambm

    aparecem com o uso do 4 dedo.

    Figura 35Idem, compasso 15.

    Estudo n 15 o primeiro estudo que utiliza compasso composto (6/8), embora estudos

    anteriores j estivessem baseados em elementos de tercina, como os estudos 7, 9 e 12.

    Sitt retoma o uso destaccato na metade superior do arco.

    Figura 36Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 15, compasso 1 e 2.

    Tambm aparece pela primeira vez a figura rtmica da fusa. Da maneira em que Sitt as

    escreve pressupe-se uma introduo ao trinado. As fusas aparecem sempre iniciando com a

    nota superior.

    Repete-se neste estudo a utilizao do 4 dedo em mudana descendente de corda, como

    demonstra a figura a seguir:

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    Figura 37Idem, compasso 12.

    Os arpejos ajudam a entender a tonalidade, bem como as modulaes.

    Figura 38Idem, compasso 21, 22 e 23.

    Estudo n 16 Retornando ao compasso 4/4, Sitt aplica as tercinas com arpejos, no que o

    estudo desenvolve algo j trabalhado anteriormente. Mas agora, ao invs de legatos mais

    longos, o estudo escrito com combinaes de dtach e ligados curtos.

    Figura 39Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 16, compasso 1 e 2.

    Na figura anterior, Sitt utiliza uma ligadura na tercina do 3 tempo. Na prxima, veem-

    se combinaes diferentes:

    Figura 40Idem, compasso 4.

    Observa-se outro tipo de variao nas ligaduras (figura 42). O uso do 4 dedo na escala

    ascendente e descendente aparece. O recuo do primeiro dedo e seu consequente retorno

    posio bsica no compasso 17 exige que a mo esquerda esteja flexvel.

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    Figura 41Idem, compasso 16 e 17.

    Estudo n 17 A presena de semicolcheias em andamento allegro exige coordenao e

    velocidade da mo esquerda, e flexibilidade da mo direita.

    Figura 42Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 17, compasso 1 e 2.

    H muitos arpejos e, para complementar a prtica das escalas, Sitt coloca escalas em

    teras, variadas entre ligaduras.

    Figura 43Idem, compasso 17 e 18.

    H presena do recuo do 1 dedo da mo esquerda. Em seguida, esse recuo apresenta

    uma dificuldade de afinao com o terceiro dedo aumentado, ocorrendo um intervalo de

    quarta justa, exigido que o terceiro dedo caia mais esticado do que de costume.

    Figura 44Idem, compasso 29.

    No penltimo compasso, ocorre uma trade em que nenhuma nota corda solta, assim

    como j apresentado no estudo 11 (Figura 30) o que gera uma dificuldade extra na mo

    esquerda (Figura 46).

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    Figura 45Idem, compasso 77.

    Estudo n 18 No estudo anterior aparecem escalas em teras e, neste estudo, o autor d

    maior nfase nessas escalas, explorando a sonoridade das quatro cordas.

    Figura 46Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo 18, compasso 1.

    Na Figura 48, possvel observar a retomada dos arpejos, porm desta vez o autor

    insere uma variao com segundas maiores, retomando novamente o desenvolvimento das

    articulaes trabalhadas especialmente no estudo 14. Em contrapartida, como se pode ver na

    Figura 49, Sitt varia as segundas maiores com as escalas descendentes. Portanto, a

    distribuio das notas prope aumentar a qualidade da articulao.

    Figura 47Idem, compasso 29.

    Figura 48Idem, compasso 32.

    De uma maneira geral, os aspectos trabalhados neste estudo so as semicolcheias com

    ligaduras utilizando o arco inteiro, arpejos, escalas em teras e articulao da mo esquerda.

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    Estudo n 19Este o penltimo estudo do primeiro volume. A partir daqui, as informaes

    sobre os contedos violinsticos vo sendo resumidos. Retomam-se os aspectos violinsticos

    em que as semicolcheias ligadas explorando todo o arco, escalas (incidentalmente em teras),

    uso do 4 dedo, qualidade da articulao, etc.

    Figura 49Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo 19, compasso 1.

    Estudo n 20 o ltimo estudo do primeiro volume. Com o uso do compasso 6/8, Hans Sitt

    coloca ligaduras com mudanas de corda variadas, utilizando arco inteiro. O estudo baseado

    em arpejos e com presena de muitas alteraes.

    Figura 50Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo 20, compasso 1 e 2.

    Muitos dos arpejos tm acidentes ocorrentes devido a modulaes, o que dificulta a

    preciso de afinao. No caso apresentado na prxima figura, o d e o f ficam naturais,

    descendo a mo esquerda em um semitom e incluindo o si bemol, de modo que aparece um

    semitom entre o terceiro e quarto dedo da corda mi.

    Figura 51Idem, compasso 19 e 20.

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    3. Principais aspectos tcnicos desenvolvidos ao longo do mtodo

    Este primeiro volume dos 100 Etden fr die Violine de Sitt uma primeira abordagem

    de estudos a um aluno de violino, abrangendo de um modo bsico questes como afinao,

    golpes de arco, diviso de arco, trinados, escalas, escalas em teras, arpejos e combinaes de

    notas ligadas e soltas. Se, como dito anteriormente, os estudos so ponte entre os exerccios

    tcnicos e o repertrio, uma maneira de avanar no crescimento do aluno levando-o a

    executar um concerto.

    Logo, ser feita agora uma anlise de uma obra para violino e piano composta pelo

    prprio Hans Sitt, o Students Concertino n 1 in C major, op. 104.

    Como at o presente momento no foi encontrado nenhum registro em udio ou vdeodessa obra, sero levadas em considerao as anotaes existentes nas edies da partitura.

    Students Concertino n 1 in C major, op. 104Hans Sitt

    A obra Students Concertino n 1 in C major, op. 104 de Hans Sitt foi composta em

    1909 e faz parte de trs concertos para estudante, sendo o nico em 1 posio12. Podemos

    relacionar passagens do Concertino com alguns estudos do primeiro volume. Em primeirolugar, apontamos a presena de divises de arco semelhantes s do Estudo 1. Pode-se

    observar a figura 53 referente ao concertino, e a figura 54 com um fragmento do estudo. Essa

    passagem exercita o legato, com o uso do arco inteiro e metades, e desenvolve o cantbile do

    aluno.

    Figura 52Hans Sitt, Students Concertino n 1 in C major, op. 104, compasso 26 e 27.

    12

    Os outros so o Student's Concertino No. 2 in A minor for violin and piano, Op. 108, que vai ata 3 posio,composto tambm em 1909, e o Student's Concertino No. 3 in D minor for violin and piano, Op. 110,que vai ata 5 posio, composto em 1911.

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    Figura 53Hans Sitt, 100 estudos, estudo n 1, compasso 53 e 54.

    No final do primeiro movimento do Concertino, h uma passagem cuja escrita se

    assemelha muito ao estudo 13. Onde no estudo h semnimas, v-se colcheia e pausa de

    colcheia na obra.

    Figura 54 - Hans Sitt, Students Concertino n 1 in C major, op. 104, compasso 123e 124.

    Figura 55Hans Sitt, 100 Estudos, estudo 13, compasso 19.

    Em seguida, encerrando o primeiro movimento, h uma semelhana entre o compasso

    141 (Figura 57) do concerto com o estudo n 14 (Figura 58). Em ambos se enfatiza a

    necessidade da clareza de articulao, com notas repetidas em sequncia.

    Figura 567Hans Sitt, Students Concertino n 1 in C major, op. 104, compasso 141.

    Figura 578 - Hans Sitt, 100 Estudos, Estudo n 14, compasso 1 e 2.

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    Em vrios estudos, Sitt trabalha a afinao do 4 dedo com a corda solta seguinte 13, que

    corresponde mesma nota. Pode-se encontrar esse procedimento em trechos do concertino:

    Figura 59Hans Sitt, Students Concertino n 1 in C major, op. 104, compasso 183.

    Figura 58Hans Sitt, Students Concertino n 1 in C major, op. 104, compasso 54.

    O concertino apresenta o mesmo ritmo e combinao de arcada de trechos do estudo 16

    na passagem a seguir:

    Figura 59Hans Sitt, Students Concertino n 1 in C major, op. 104, compasso 139 e 140.

    Outro aspecto muito comum encontrado nos estudos que Sitt utiliza a extenso do

    quarto dedo na escala descendente, quando o primeiro dedo est rebaixado.

    Figura 60Hans Sitt, Students Concertino n 1 in C major, op. 104, compasso 207.

    A partir do compasso 443, onde aparece oPi stretto, v-se a ligadura caracterstica do

    estudo n 10 (ver figura 24): duas notas ligadas e duas soltas em semicolcheias.

    13Ver, por exemplo, a figura 5.

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    Figura 61Hans Sitt, Students Concertino n 1 in C major, op. 104, compasso 443, 444 e 445.

    Estas comparaes entre fragmentos dos Estudos e do Concertino so bastante

    evidentes, e cabe ponderar algumas outras, talvez menos evidentes. Por exemplo, o

    Concertino contm numerosas passagens que se desenvolvem sobre fragmentos de escalas e

    arpejos, o que caracterstico da msica tonal. Do mesmo modo, em quase todos os estudos

    aparecem escalas desenvolvidas, musicalizadas.O benefcio desse trabalho progressivo,

    se feito com conscincia, resultar naturalmente em uma maior facilidade para resolver as

    passagens em escalas do concertino.

    Tambm se pode citar a longa passagem em tercinas no final da primeira pgina do

    Concertino (cf. anexo). Tal qual como aparece na obra, no a vemos nos estudos analisados.

    Mas o staccato na ponta, executado com o golpe de arco martel, pode ser encontrado em

    alguns estudos. O ritmo de tercinas, com ligados longos, curtos e notas soltas, tambm

    aparece em diversos estudos.

    V-se por estes exemplos que o somatrio das habilidades aprendidas nos Estudos, se

    bem conduzido pelo professor, auxilia na execuo global do Concertino.

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    4. Consideraes finais

    Aps a anlise do material composto por Hans Sitt, percebe-se que os estudos propostos

    no primeiro volume do livro proporcionam um bom preparo ao estudante para iniciar a prtica

    de concertos, pois neles so trabalhados aspectos tcnicos e musicais, tais como golpes de

    arco, afinao, escalas, percepo, pulsao e ritmo.

    Alm disso, como demonstrado na parte final do trabalho, podem-se estabelecer

    correlaes entre alguns estudos e fragmentos do Students Concertino n1, op. 104 de Sitt.

    Esse trabalho contribui para a formao de educadores, pois est envolvido com o

    ambiente das aulas de instrumento que tambm faz parte da educao musical. Todas as

    diferentes prticas de educao musical so importantes para a sociedade. SegundoQUEIROZ (2013), otermo educao musical representa atualmente um campo diversificado

    de estudos e de prticas de formao em msica, abrangendo quaisquer espaos sociais,

    situaes e processos de transmisso de saberes musicais (QUEIROZ, 2013, p. 95).

    O conhecimento musical pode ser passado em ambientes educacionais, como tambm

    atravs do cotidiano e suas interaes sociais:

    [...] a educao musical ocorre em mltiplos lugares e mediada por

    estratgias diversas de formao em msica, podendo ser estabelecida viaprocessos educacionais intencionais, como acontece em uma instituio deensino, ou por etnometodologias estabelecidas nas diferentes relaes dossujeitos com o mundo social, via processos no-intencionais de educao. Sena primeira categoria a educao musical se estabelece em lugaresconstitudos socialmente para educar, a partir de estratgias concebidas paraesse fim: uma aula, um curso especfico de formao, entre outras aesintencionais, na segunda ela se d via interaes dos indivduos constitudasnas suas prticas cotidianas: ouvindo rdio, jogando games, participando decultos religiosos, se divertindo em festas, entre diversas outras formas derelaes estabelecidas socialmente com a msica (QUEIROZ, 2013, p. 95).

    Todos os ambientes em que se manifesta a msica tm seu valor na sociedade,

    Portanto, no se pode estabelecer uma hierarquia valorativa entre dos diferentes espaos de

    educao musical, pois cada um deles possui seus prprios parmetros de complexidade, suas

    formas singulares de organizao e suas nuances nas estratgias de transmisso de

    conhecimentos (QUEIROZ, 2013, p. 96).

    Compreender a msica e dominar a prtica do ensino ambos devem estar relacionados

    para se poder captar o conhecimento de forma eficaz. Para ensinar msica, portanto, no

    suficiente somente saber msica ou somente saber ensinar. Conhecimentos pedaggicos e

    musicolgicos so igualmente necessrios, no sendo possvel priorizar um em detrimento do

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    outro (DEL BEN, 2003, p. 31). enfatizada a necessidade, por parte de um educador

    musical consciente, de no ir direo de um conhecimento (pedaggico x musicolgico) em

    detrimento do outro.

    Assim sendo, com um ensino planejado pelo educador, o aluno absorver o

    conhecimento mais profundamente. PENNA (2011) defende que um educador musical no

    simplesmente direcione a transmisso de contedos do professor para o aluno, mas que seja

    agente de descobertas pessoais do estudante:

    indispensvel articular o que e como para ensinar efetivamente, querdizer, para desenvolver um verdadeiro processo educativo, compreendidono apenas como transmisso de contedos, mas como um processo de

    desenvolvimento das capacidades (habilidades, competncias) do aluno, demodo que ele se torne capaz de apropriar-se significativamente de diferentessaberes e fazer uso pessoal destes em sua vida (PENNA, 2011, p. 14 osnegritos so da prpria autora).

    So poucos professores que possuem conhecimento vasto sobre como ensinar violino de

    maneira adequada. preciso incentivar o crescimento de professores pesquisadores que

    estejam em busca de materiais de estudo, tais como livros e obras do repertrio violinstico. O

    ensino do violino, assim como qualquer outro instrumento, deve ser planejado e adequado a

    cada aluno, se baseando em suas dificuldades, conforme afirma Barbado (2013):

    Como o violino extremamente difcil de ser tocado e ensinado, facilmenteencontramos pedagogos do instrumento que possuem poucas ferramentas deensino para identificar e resolver as dificuldades de seus alunos. necessrioque o professor saiba criar e organizar uma metodologia de ensino direta eeficiente, e saiba identificar e corrigir eventuais problemas, independente domtodo que utilizam (BARBADO, 2013, p. 6).

    Utilizar um livro de estudos ou um mtodo no determina automaticamente que o aluno

    ter um desenvolvimento eficaz no instrumento. O que vai garantir a eficcia da utilizao

    desses estudos uma orientao planejada por parte do educador. Paulo Bossio14exps sua

    posio em entrevista a dois professores da UFPR:

    No que diz respeito ao uso de mtodos, muito comum relacionar umdeterminado mtodo de ensino de instrumento garantia de xito nosestudos. Isso acontece [com] frequncia com o Mtodo Suzuki. No entanto,o mtodo em si no garantia de sucesso no processo de ensino, uma vezque a atuao do professor fundamental. Neste sentido, importanteressaltar que o estudo mal orientado de qualquer mtodo musical pode gerar

    14Professor de violino da UNIRIO.

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    danos graves na formao do estudante. H problemas que soirrecuperveis, mesmo a longo prazo, sobretudo porque afetam a motivaodo aluno, levando, inclusive ao abandono do instrumento e uma frustraoprofunda com a msica (ROMANELLI; ILARI; BOSSIO, 2008, p. 17).

    V-se na seo final desta citao a preocupao de um professor de instrumento no

    meramente com a formao de msicos de alto nvel, mas com a relao geral das pessoas

    com a msica. Paulo Bossio enfatiza o papel do professor em assumir a responsabilidade de

    compreender o material didtico que utiliza e desenvolver uma metodologia coerente de

    transmisso do contedo aos alunos, mas no se limita a isso, destacando tambm a

    importncia de evitar o desestmulo e a frustrao do aluno, no apenas com o instrumento,

    mas com a msica em si.

    Portanto, todo professor de iniciao instrumental no pode prescindir da formao

    terica na rea. Para minha formao como professora, investigar possveis conexes entre

    um concertino didtico e um livro de estudos dos mais utilizados, ambos do mesmo autor, foi

    um projeto enriquecedor, pois pude conhecer mais a fundo o trabalho de Hans Sitt. Pela

    minha experincia com os 100 Estudos, aprendi imensamente como instrumentista e

    educadora, e sei que ainda vou orientar muitos alunos que estudaro esses estudos. Com isso,

    conseguirei ensin-los cada vez de maneira mais adequada, sempre buscando refletir sobre

    cada etapa realizada. d

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    REFERNCIAS

    ARAJO, Aureliano Afonso. Procedimentos tcnicos na iniciao ao violino: umasistematizao de exerccios de apoio ao repertrio Suzuki. 2007. 79 p. Dissertao(Mestrado)Universidade Federal de Minas Gerais, 2007.

    BARBADO, Alessandro G. Os 24 estudos de Jakob Dont: uma abordagem tcnica epedaggica. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Msica Violino) Universidade Estadual de Maring, Maring, 2013.

    BERGMANN, Juarez. A anlise e criao de literatura musical como ferramentas dametodologia contempornea do ensino do violino em sua fase inicial de aprendizado.Dissertao de Mestrado. UFPR: Curitiba, 2010.

    BOSSIO, Paulo Gustavo; LAVIGNE, Marco Antnio. Tcnicas fundamentais de arcopara violino e viola. Rio de Janeiro: 1999. (material no publicado).

    DEL BEN, Luciana. Mltiplos espaos, multidimensionalidade, conjunto de saberes:ideias para pensarmos a formao de professores de msica.Revista da ABEM, PortoAlegre, V. 8, 29-32, mar. 2003.

    LCKMAN, Paulo Egdio. O mtodo de cordas de Luis Soler Realp: Anlise ecomparao com publicaes afins. Dissertao (Mestrado) - UNICAMP: Campinas, 2012.

    PENNA, Maura. A funo dos mtodos e o papel do professor em questo,como

    ensinar msica. In: MATEIRO, Teresa; ILARI, Beatriz.Pedagogias em educao musical.

    So Paulo: IBPEX, 2011, 352p. Introduo, 13-24.

    QUEIROZ, Luis Ricardo Silva. Escola, cultura, diversidade e educao musical: dilogosda contemporaneidade. Revista do Programa de Ps-Graduao em Educao: Intermeio(UFMS), v. 19, p. 95-124. Campo Grande, 2013.

    ROMANELLI, Guilherme; ILARI, Beatriz; BOSSIO, Paulo. Algumas ideias de PauloBossio sobre aspectos da educao musical instrumental. Opus, Goinia, v. 14, n. 2, p. 7-20, dez. 2008.

    SCHEFFLER. Max Gallehr. Aplicabilidade de estudos de Kreutzer, Rode e Dont comvistas execuo de aspectos especficos do repertrio violinstico.Dissertao (Mestrado)

    UFPR: Curitiba, 2013.

    SILVA, Tssia Fagundes. Pedagogia do violino: proposta e anlise de um concertodidtico para alunos iniciantes. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Msica Violino)Universidade Estadual de Maring, Maring, 2011.

    SITT, Hans. 100 Etden fr die Violine. Mainz: Schott, 1981. 5 v.

    _________. Schler-Konzertino No. 1 in der ersten Lage. 1909.

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    ANEXO Students Concertino n 1, op. 104de Hans Sitt

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