Hantavirose

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INTRODUÇÃO METODOLOGIA OBJETIVOS RESULTADOS Governo do Estado do Pará Figura 1: Visualização da área de segurança para manipulação animal e macacão de proteção com pressão positiva ventilada por sistema de suporte de vida Figura 8A-D: Sequência de armação e local de implantação das armadilhas de Sherman Classificada como doença emergente, de caráter aguda, febril, grave e de alta letalidade a Hantavirose tem sido notificado no Estado do Pará com casos de mortalidade, sendo as ocorrências mais restritas na Região Oeste do Estado como: Santarém, Novo Progresso e Altamira. O agravo está condicionado a transformações do ecossistema pela ação antrópica (Figura 6 e 7) e sob influência sócio-econômica e cultural da região. Em conseqüência do registro de um óbito humano (2009) com sintomatologia sugestiva para o agravo (confirmação com vínculo epidemiológico) e posteriormente confirmação sorológica em dois moradores, os quais não apresentaram manifestação clínica da doença, e que residem na Vila Água Azul, à 60km da zona urbana do município de Rurópolis situada às margens da Rodovia Transamazônica, foi realizada avaliação ecoepidemiológica na respectiva Vila com o objetivo de determinar a presença do agente etiológico em roedores. As áreas pré selecionadas localizavam-se em um raio que abrangia propriedade rurais dos soro-positivos e que possuíam aproximação com áreas propícias aos habitats de roedores. Para a captura dos espécimes foram utilizadas armadilhas de Sherman modelo (Figura 8 a-d) nacional e importada instaladas em linhas. Durante dois dias as armadilhas foram distribuídas em 14 linhas, cada linha contendo 35 unidades classificadas de A1 a A35 totalizando no período 980 armadilhas, as quais eram armadas a partir das 16:00h e removidas às 07:00h do dia seguinte. O preparo das iscas foi feito com pasta de amendoim nacional, importada e aveia em flocos (Figura 5), sendo colocada uma pequena porção em cada armadilha correspondente a palma da mão. Foi isolada uma área para realização de biometria, coleta de material e eutanásia (Figura 2, 3 e 4). O material coletado foi acondicionado em Nitrogênio Líquido. Para o desenvolvimento das ações foi utilizado equipamento para nível de segurança 3 (Figura 1 e 2) , sendo os equipamentos e armadilhas higienizados e desinfetados segundo protocolos do MS. Capturam-se três Proechimys sp (Allen, 1899), seis Oxymycterus sp (Waterhouse, 1837), todos com resultados negativos ao teste de Elisa. A vegetação observada abrangia pastagens do tipo Braquiaria decumbens (Figura 6 e 8D) cuja semente é alimento de alguns roedores silvestres e, áreas de reservas periféricas formadas por matas primárias e secundárias. A atividade realizada no período pós- queimadas e tempo reduzido, o qual implica na adaptabilidade à nova fonte de alimento contribuiu para o número reduzido de capturas. (Figura 3) e , 1, 2 2 2 3 4 Silva N.W.F. , Esteves F.A.L. , Lima R.J.S. , Lavocat M.N. , Martins-Hatano F. 1 2 Programa de Pós-Graduação em Saúde e Produção Animal na Amazônia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Secretaria de Estado de Saúde Pública do 3 4 Pará (SESPA), Secretaria de Vigilância em Saúde (MS), Prof. Adjunta da Universidade Federal Rural da Amazônia. CONCLUSÃO Apesar da ausência do agente etiológico nos espécimes capturados, a área em análise está inclusa no contexto dos municípios sob vigilância epidemiológica por apresentarem positividade em análise sorológica de humanos para a Hantavirose. Secretaria de Vigilância em Saúde AVALIAÇÃO ECOEPIDEMIOLÓGICA EM HANTAVIROSE NO MUNICÍPIO DE RURÓPOLIS - PARÁ SESPA Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará - SESPA Figura 2: Momento da sedação de roedor para a eutanásia. Figura 3: Biometria de Proechimys. Figura 4: Abertura para coleta de fragmento de fígado, coração, pulmão e baço. Figura 5: Preparo para isca de 500 armadilhas: um pacote de Aveia em flocos, 25 colheres de pasta de amendoim nacional e 20 colheres de amendoim importada. Figura 6: Visão do ambiente de distribuição de armadilhas. A linha amarela mostra o local da armação das armadilhas Figura 7: Imagem via satélite da ocupação antrópica e demarcação da área investigada 8A 8B 8C 8D

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INTRODUÇÃO

METODOLOGIA

OBJETIVOS

RESULTADOS

Governo do Estado do Pará

Figura 1: Visualização da área de segurança para manipulação animal e macacão de proteção com pressão positiva ventilada por sistema de suporte de vida

Figura 8A-D: Sequência de armação e local de implantação das armadilhas de Sherman

Classificada como doença emergente, de caráter aguda, febril, grave e de alta letalidade a Hantavirose tem sido notificado no Estado do Pará com casos de mortalidade, sendo as ocorrências mais restritas na Região Oeste do Estado como: Santarém, Novo Progresso e Altamira. O agravo está condicionado a transformações do ecossistema pela ação antrópica (Figura 6 e 7) e sob influência sócio-econômica e cultural da região.

Em conseqüência do registro de um óbito humano (2009) com sintomatologia sugestiva para o agravo (confirmação com vínculo epidemiológico) e posteriormente confirmação sorológica em dois moradores, os quais não apresentaram manifestação clínica da doença, e que residem na Vila Água Azul, à 60km da zona urbana do município de Rurópolis situada às margens da Rodovia Transamazônica, foi realizada avaliação ecoepidemiológica na respectiva Vila com o objetivo de determinar a presença do agente etiológico em roedores.

As áreas pré selecionadas localizavam-se em um raio que abrangia propriedade rurais dos soro-positivos e que possuíam aproximação com áreas propícias aos habitats de roedores. Para a captura dos espécimes foram utilizadas armadilhas de Sherman modelo (Figura 8 a-d) nacional e importada instaladas em linhas. Durante dois dias as armadilhas foram distribuídas em 14 linhas, cada linha contendo 35 unidades classificadas de A1 a A35 totalizando no período 980 armadilhas, as quais eram armadas a partir das 16:00h e removidas às 07:00h do dia seguinte. O preparo das iscas foi feito com pasta de amendoim nacional, importada e aveia em flocos (Figura 5), sendo colocada uma pequena porção em cada armadilha correspondente a palma da mão. Foi isolada uma área para realização de biometria, coleta de material e eutanásia (Figura 2, 3 e 4). O material coletado foi acondicionado em Nitrogênio Líquido. Para o desenvolvimento das ações foi utilizado equipamento para nível de segurança 3 (Figura 1 e 2) , sendo os equipamentos e armadilhas higienizados e desinfetados segundo protocolos do MS.

Capturam-se três Proechimys sp (Allen, 1899), seis Oxymycterus sp (Waterhouse, 1837), todos com resultados negativos ao teste de Elisa. A vegetação observada abrangia pastagens do tipo Braquiaria decumbens (Figura 6 e 8D) cuja semente é alimento de alguns roedores silvestres e, áreas de reservas periféricas formadas por matas primárias e secundárias. A atividade realizada no período pós-queimadas e tempo reduzido, o qual implica na adaptabilidade à nova fonte de alimento contribuiu para o número reduzido de capturas.

(Figura 3) e

,

1, 2 2 2 3 4Silva N.W.F. , Esteves F.A.L. , Lima R.J.S. , Lavocat M.N. , Martins-Hatano F.

1 2Programa de Pós-Graduação em Saúde e Produção Animal na Amazônia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Secretaria de Estado de Saúde Pública do 3 4Pará (SESPA), Secretaria de Vigilância em Saúde (MS), Prof. Adjunta da Universidade Federal Rural da Amazônia.

CONCLUSÃOApesar da ausência do agente etiológico nos espécimes capturados, a área em análise está inclusa no contexto dos municípios sob vigilância epidemiológica por apresentarem positividade em análise sorológica de humanos para a Hantavirose.

Secretaria de Vigilância em Saúde

AVALIAÇÃO ECOEPIDEMIOLÓGICAEM HANTAVIROSE NO MUNICÍPIO DE

RURÓPOLIS - PARÁ

SESPA

Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará - SESPA

Figura 2: Momento da sedação de roedor para a eutanásia.

Figura 3: Biometria de Proechimys.

Figura 4: Abertura para coleta de fragmento de fígado, coração, pulmão e baço.

Figura 5: Preparo para isca de 500 armadilhas: um pacote de Aveia em flocos, 25 colheres de pasta de amendoim nacional e 20 colheres de amendoim importada.

Figura 6: Visão do ambiente de distribuição de armadilhas. A linha amarela mostra o local da armação das armadilhas

Figura 7: Imagem via satélite da ocupação antrópica e demarcação da área investigada

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