Health-it 5ª Edição

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Há poucos anos, as Tecnologias de Informação e Comunicação entraram na pauta dos gestores

e líderes da Saúde, que começaram a analisar se as inovações defendidas por fornecedores, consulto-rias e institutos de pesquisa fariam sentido no dia a dia da operação de hospitais, laboratórios e outros serviços assistenciais. Em pouco tempo, ainda que alguns gestores continuem reticentes quanto à efi-cácia e a eficiência de algumas soluções da chama-da saúde digital, o apoio das TICs não só se mostrou efetivo, como imprescindível para o funcionamento do negócio na saúde. Não há mais volta. E, sobretu-do, não há mais tempo a perder.

A adesão às soluções de ehealth está em pleno auge e em processo de expansão. Ainda que haja questões cruciais a serem respondidas, como a se-gurança, padronização e o custo-efetividade de al-gumas inovações, observamos que os gestores de TI estão cada vez mais dedicados a implantar so-luções, clínicas e de gestão, apostando fortemente neste novo modelo de Digital HealthCare.

Saber qual é o estágio atual da adoção tecnológi-ca em hospitais e entender quais são as prioridades para o futuro motivaram o conteúdo desta edição da Health-IT. Através de reportagens e entrevistas, destacaremos não só as megatendências em eheal-th, como também os resultados já conquistados em diversas instituições de saúde.

KELLY DE SOUZAEditorial da Revista Health-IT

[email protected]

UM OLHAR PARA O FUTURO COM O FOCO NO PRESENTE

carta ao leitor

expediente

A revista Health-IT é uma publicação trimestral do Grupo Mí-dia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional.

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Várias ferramentas e estratégias são de-terminantes para a adesão, incorporação e gestão das tecnologias. Uma delas é o papel fundamental que as empresas e associações exercem para que a revolução digital acon-teça no mercado de saúde. Não é exagero: diante de um cenário de incertezas (e tam-bém fora dele) cabe à indústria não só o pa-pel de “fornecer”, como também o de “edu-car” o mercado.

No setor saúde, nem sempre a demanda por soluções digitais é espontânea. Basta lembrar que não faz muito tempo que tec-nologias como a teleconsulta, mhealth, co-munidades virtuais de saúde, business intelli-gence, entre outras, eram vistas quase como artigo de ficção científica. Desde então, um grande caminho já foi percorrido. Mas, a es-trada ainda é longa.

No atual cenário econômico, o papel educa-dor da indústria de tecnologia é ainda mais ur-gente. Informar e orientar os players sobre as inovações e suas aplicações práticas faz par-te das relações de negócios que estabelecem vínculos duradouros de confiança e parceria. Mais do que nunca é hora de “estar presen-

O IMPORTANTE PAPEL DA INDÚSTRIA DE TECNOLOGIA

EDMILSON JR. CAPARELLI

inSiGHt

te”. Seja por meio de conteúdo, publicidade, marketing digital ou participação em eventos.

Só para exemplificar, um estudo publica-do em 2015 pela PwC Brasil indicou que, no setor saúde, países em desenvolvimento são mais abertos a inovações – tanto tecnológi-cas quanto nos processos – além de terem maior aderência e potencial de crescimento. O segmento da saúde tem apresentado evo-luções notáveis muito por conta de empresas que estão na vanguarda das soluções e, so-bretudo, do relacionamento com o seu mer-cado consumidor.

Há quem veja a crise como hora de dimi-nuir iniciativas. E há quem a enxergue como oportunidade. Particularmente, prefiro estar no segundo grupo. Apesar dos riscos ineren-tes a qualquer negócio, investir ainda mais na divulgação de soluções e produtos inovado-res, apoiando hospitais e outras instituições de saúde, criará um filtro natural entre em-presas verdadeiramente comprometidas com o setor daquelas que apenas aproveitam os bons ventos. Mais do que nunca, gestores de TI e líderes de saúde precisam do apoio e da presença forte da indústria da inovação.

CEO e Publisher do Grupo Mídia [email protected]

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08Health-IT Online

39Unimed Federação Minas

40Hospitais Bandeirantes e Leforte

42Hospital Dona Helena

46Hospital Governador Celso Ramos

48Hospital Adventista de São Paulo

23Visão de Mercado

24Rede D’or São Luiz

28Sírio-Libanês

30Beneficência Portuguesa de São Paulo

Edição 5 | 2016

Destaques do portal www.healthit.com.br Mobilidade para a

Gestão

Evolução tecnológica visa Eficiência Operacional

Segurança do Paciente e da Informação

Suporte à Decisão Clínica

Plataformas de Vídeo Colaboração

10 Megatendências em eHealth

Governança de TI em redes multiestabelecimento

openEHR: Reestruturando o modelo para a composição da documentação clínica

Tecnologia alinhada ao negócio

10Feira Hospitalar 2016 Uma nova era de comunicação na área médica

32Hospital São CristóvãoGestão e guarda das informações

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58Cerner

59Philips

60GE

61SAP

62Cisco

63IBM

64Totvs

65Agfa

66Intersystems

67Pixeon

68Benner

52GESTÃO Por que a Governança de TI é fundamental para instituições de saúde

56ESPECIAL: INDÚSTRIAO que esperar das maiores empresas de Digital HealthCare no Brasil

69Slainte

70Konica Minolta

71Orizon

72MV Sistemas

73Medilab Sistemas

74Salux

75ProntMed

76GS1

77Wareline

78Hyland

79Consulta do Bem

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Portal online

Operadora lança comunidade online que funciona como ponte entre usuários e profissionais de saúde

A Telefônica tem reforçado seu posicionamento no mercado com soluções e serviços em saú-

de digital. Uma dessas iniciativas é o lançamento da Saluspot, uma plataforma voltada para escla-recer dúvidas de saúde dos usuários por médicos especializados. Com a ferramenta, qualquer pessoa pode perguntar diretamente suas questões de saú-de para uma comunidade de milhares de médicos credenciados de forma gratuita.

A comunidade online funciona como ponte entre usuários e profissionais de saúde e contribui com o cuidado e a prevenção de doenças. Com esta inicia-tiva, a Telefônica pretende ajudar a criar um ecos-

TELEFÔNICA AMPLIA SOLUÇÕES EM EHEALTH

WWW.HEALTH-IT.COM.BR

sistema digital de saúde aberto sem substituir o consultório médico presencial, conectando os prin-cipais fornecedores de saúde públicos e privados e permitindo que todas as partes interessadas sejam beneficiadas.

Já disponível na Espanha, a Saluspot chega à Amé-rica Latina em países como Brasil, Chile, Colômbia e Equador. Em 2014, o número de acessos do site quadruplicou, com mais de um milhão de visitantes únicos cadastrados e 29 milhões de perguntas res-pondidas. A comunidade conta mais de 26 mil médi-cos cadastrados, sendo cerca de nove mil no Brasil, e conta com aplicativo disponível para iOS e Android.

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ANS disponibiliza solução interativa para facilitar acesso a dados da saúde suplementar

A Agência Nacional de Saúde Suplementar

(ANS) disponibilizou em seu portal uma nova fer-ramenta para consulta aos dados do setor. A Sala de Situação é um painel inte-rativo que apresenta tanto uma visão global como um panorama individualizado das operadoras de planos de saúde em atividade. Com isso, consumidores, atores do mercado, gestores e demais interessados em obter infor-mações relacionadas à saú-de suplementar ganham um instrumento mais completo e de fácil acesso, que permite

SALA DE SITUAÇÃO

Imagem

consultas a dados atualiza-dos mensalmente pela ANS.

Martha Oliveira, diretora de Desenvolvimento Seto-rial da ANS, explica que a ferramenta integra o gran-de esforço da Agência em desenvolver e aperfeiçoar tecnologias de geração e divulgação de informações a fim de disponibilizá-las de forma cada vez mais quali-ficada ao seu público-alvo.

A solução também possui recursos visuais – mapas e gráficos – que possibilitam melhor visualização e com-paração dos dados disponi-bilizados.

Os erros ocorridos em diagnósticos mé-dicos são uma preocupação mundial co-mum a todo o ecossistema de saúde. Peter Bonis, Chief Medical Officer (CMO) da Wol-ters Kluwer, explica em artigo que profissio-nais que fazem uso de soluções de apoio à decisão clínica baseada em evidências são aqueles que obtêm as maiores notas em exames de certificações. Esses recur-sos estão associados a menores taxas de mortalidade e tempo de permanência nos hospitais.

As Tecnologias de Informação podem viabilizar uma melhor tomada de decisão em tempo real, pois, a partir dela, é possível obter informações clínicas consolidadas, que servirão como pilar para uma série de benefí-cios, entre eles tornar o paciente o centro das atenções. Carlos Eduardo Nogueira, Diretor Geral da InterSystems para América Latina, defende como a tecnologia viabiliza uma mudança na prestação dos cuidados, pro-porcionando um melhor atendimento aos pacientes e uma maior competitividade aos prestadores de serviços.

O número de objetos conectados à inter-net é cada dia mais expressivo. Na saúde, há um inúmero contingente de wearables ou healthwears, objetos que “vestimos” nos nossos corpos e que através deles consegui-mos medir, diagnosticar, e até atuar terapeu-ticamente nas condições de saúde. Avi Zins, Head of Healthcare Segment da Neoris do Brasil, destaca o conceito de Internet of Bo-dies (IoB).

COLUNISTAS

COMO A TI PODE AJUDAR A GARANTIR O FUTURO DA SAÚDE

INTERNET OF BODIES: HEALTH IOT

FERRAMENTAS DE APOIO à DECISÃO CLíNICA EvITAM ERROS MéDICOS

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MERCADO FEIR A HOSPITAL AR 2016Mercado Feir a HoSpital ar 2016

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Considerado fundamental para a reestruturação da Saúde, empresas do setor promovem fórum

especializado em saúde digital na Feira Hospitalar 2016

A mudança é inevitável. A medicina entrou de vez na era dos dados e a tecno-logia tem contribuído substancialmente para o desenvolvimento mundial do

setor. Seja na forma de aplicativos médicos, monitoramento remoto do paciente, tomografia computadorizada, cirurgia robótica e, até mesmo, a telemedicina, as diversas alternativas de suporte tecnológico para a saúde tornam os serviços as-sistenciais médicos cada vez mais ágeis e muitas vezes, menos custosos. Isso sem falar na mudança que provocou na relação médico-paciente ao tirar do profissio-nal da saúde o monopólio da informação.

De acordo com a diretora de eventos da Feira Hospitalar, Mônica Araújo, o investimento em iniciativas inovadoras é imprescindível para o atendimento qua-lificado ao paciente e a melhoria do sistema de saúde no Brasil. “A tecnologia se desenvolve tão rápido e, quando chega à área da saúde, melhora todos os pro-cessos. Um paciente que tenha problema cardíaco, por exemplo, vai ser automati-camente monitorado; o sistema de saúde privado vai saber como está sendo feito o acompanhamento e isso é benéfico para todos os envolvidos porque reduz o custo do plano de saúde, já que as atenções estão voltadas para a prevenção, e não para a cura. O avanço do eHealth melhora os atendimentos tanto na rede

EHEALTH UMA NOvA ERA

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MERCADO FEIR A HOSPITAL AR 2016

privada quanto na rede pública, e o paciente será positivamente impactado”, diz.

Prova-se cada vez mais que os investimentos em inovação e tecnologias são fundamentais para a re-modelação e o progresso da Saúde. O desenvolvi-mento e o crescimento da área também dependem significativamente de iniciativas visionárias do merca-do médico-hospitalar que ofereçam aos profissionais e pacientes um serviço de qualidade com custo-be-nefício proveitoso. Segundo previsões da consulto-ria Syte, até os países com baixa conectividade ca-minham para ampliar as redes. Somente em 2015, as cifras para eHealth chegaram à casa dos US$ 4,5 bilhões no mundo. “A área que mais vai crescer no começo de 2016 é a de cuidados de saúde persona-lizados”, prevê o consultor da empresa, Justus Woff.

Empresas de grande porte como a Agfa, Intel, In-terSystems e MV também acreditam que a saúde di-gital seja o caminho com resultados mais visíveis e eficazes para a Saúde. Por pensarem dessa forma, pa-trocinam o fórum internacional: “eHealth-Scenarios, Trends & Investments”, que durante os quatro dias da Feira Hospitalar abordará soluções inovadoras para a

cadeia hospitalar, o venture capital na inovação em eHealth, bem como as demandas e oportunidades em TeleHealth e a chegada ao usuário final.

A MV, fornecedora de soluções de gestão espe-cializadas no segmento, entende que o tema da saúde digital tem vindo à tona em decorrência da necessidade de adoção de tecnologias da infor-mação para aumento de eficiência e qualidade nos processos clínicos. “Esse fórum representa uma das grandes vitrines da inovação tecnológica e digital na área médica que a empresa tem interesse em apoiar pela oportunidade de disseminar a visão de que a TI não é mais apenas um item estratégico, e sim uma ferramenta que está mudando o setor, desburocra-tizando-o e garantindo mais eficiência e melhoria no acolhimento aos usuários”, declara o presidente da MV, Paulo Magnus. “É importante destacar neste contexto a transformação do engajamento do pa-ciente. Com a disseminação de tecnologias, sobre-tudo aplicativos mobile, ele passa a ser um ator no processo de cuidado com a saúde”.

“Hoje em dia, temos diversos aplicativos que aju-dam a cuidar da saúde e a monitorá-la. Podemos

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5 YEARS FROM NOW

Com a Tecnologia da Informação em foco na Feira Hospitalar, a criatividade do brasileiro é estimula-

da ainda mais, e produtos inovadores que provem sua utilidade no dia a dia de clínicas e centros de saúde se destacam e atraem olhares do mercado, que atualmen-te analisa mais cuidadosamente onde e como investir.

Diante disso e por acreditar na capacidade trans-formadora do eHealth para o setor, a Feira criou dentro do Pavilhão Verde uma área que contempla as inovações tecnológicas voltadas para a Saúde. O stand espaço “5 years from now”, que em português pode ser entendido como “daqui a cinco anos”, é uma parceria da Hospitalar com as empresas WhizHealth e Bionexo para fomentar o empreendedorismo digi-tal no setor e será dividido em três espaços: stands estandes para divulgação dos produtos de startups, auditório e workshops relacionados ao tema.

encontrar no mercado uma grande variedade de aplicativos focados no condicionamento físico, no acompanhamento nutricional e em informações so-bre corpo e bem-estar, motivando as pessoas a cui-darem melhor de seus hábitos em relação à saúde”, afirma o diretor geral da InterSystems para a Amé-rica Latina, Carlos Eduardo Nogueira. A empresa é líder global de tecnologia em informação da saúde e possui diversos projetos que envolvem o uso de tec-nologia espalhados por todo o mundo. Entre eles, são atendidas grandes corporações como o Rhode Island, New York (NYeC), Unimed Fortaleza, Sírio-Li-banês, Hospital Israelita Albert Einstein e governo do Distrito Federal.

A ferramenta BI (Business Inteligence), da Agfa HealthCare, por exemplo, é uma dessas soluções. A inovação mescla dados e fornece relatórios elabora-dos na tela do computador. O software ainda permite visualizar todo o processo ocorrido em determinado setor, categorizá-lo e analisá-lo. “Quando implemen-tadas no setor de saúde, as novas tecnologias são ca-pazes de melhorar uma gama de processos, que vão desde a redução de custo, passando pela otimização

dos atendimentos, até o aprimoramento de gestão organizacional”, complementa o presidente da Agfa HealthCare na América Latina, Roberto Ferrarini.

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MERCADO FEIR A HOSPITAL AR 2016

O uso de solução de eHealth no Brasil ainda não está massificado e, por conta disso, o investi-

mento se dá de forma desacelerada, se comparado ao EUA. Além de custo para adoção das soluções, a enorme complexidade das organizações, de pro-cedimentos, a interoperabilidade funcional, padrões de representação de dados e mensagens e, princi-palmente, a regulação do setor são obstáculos para a saúde digital brasileira. “O mundo mudou, o mer-cado está se globalizando e o cenário nacional pre-cisa se reinventar. Precisa de reformas, de inovação, de oxigenação e, acima de tudo, de investimentos”, ressalta Guilherme S. Hummel, do Ehealth Mentor Institute (EMI).

Os hospitais que fazem o uso da TIC – as chamadas ilhas de excelência - não somam mais de uma centena

dentre as mais de 6 mil unidades hospitalares nacio-nais. A maioria faz uso do PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente) e conta com estrutura de imagiologia. Boa parte deles também possui sistemas administra-tivos (ERP) que, embora auxiliem na gestão do hospi-tal, pouco fazem para prover uma estrutura que asse-gure um inventário digital de dados clínicos. “Em sua grande maioria, as informações médicas hospitalares estão em papel, com alto grau de dispersão e total-mente desintegradas do fluxo assistencial. Mesmo o SUS, com boas iniciativas de produzir valor, como o e-SUS, sofre de descontinuidade e desinteresse por parte do poder público”, explica Hummel. Para ele, a mudança acontecerá de forma repentina e imperati-va, como se deu na indústria bancária, por exemplo. “O salto virá de forma rápida. As transformações vão passar como um trator não só pelo setor hospitalar como por todas as demais áreas que gravitam em torno da saúde e do bem-estar do indivíduo. Em uma década o país fará mais pela digitalização da saúde do que o fez em meio século. E, se o Estado não qui-ser produzir o salto e o mercado atrasar o passo, o usuário vai esticar suas pernas e saltar por cima de todos, como, aliás, está acontecendo em quase todas as nações relevantes.”

Já a infraestrutura básica de TI na rede de saúde no Brasil segue em expansão. Segundo o estudo TIC Saúde 2014, realizado pelo Comitê Gestor da Inter-net no Brasil (CGI.br), em 2014, 92% dos estabele-cimentos de saúde utilizaram computador e 85% acessaram a internet. Em 2013, tais proporções eram de 83% e 77%, respectivamente. A pesquisa identifi-cou ainda que 52% dos locais que usaram a internet no período possuem algum tipo de registro eletrô-nico das informações nos prontuários dos pacientes. No caso dos profissionais, embora a maioria ainda tenha dificuldade para visualizar a diminuição na carga de trabalho por conta do uso de tecnologias, a percepção em relação ao cuidado com o paciente e gestão das rotinas médicas é positiva. Para 72% dos médicos e 76% dos enfermeiros, a implantação de sistemas eletrônicos possibilitou a melhora da qualidade do tratamento como um todo.

Ao mesmo tempo, o estudo identificou que a falta de investimento é uma barreira para a adoção de TIC

EHEALTH NO BRASIL

Startups serão selecionadas para ter produtos expostos à comunidade hospitalar e, além disso, terão as melhores soluções premiadas. A escolha levará em consideração inovações que proponham resolver um problema real do sistema de saúde, te-nham componente mobile em seu produto, sejam baseadas em nuvem, tenham potencial de escala-bilidade e preferencialmente já tenham sido testa-das e validadas por alguma instituição do setor.

Até o momento, as atividades previstas para a comunidade empreendedora são: “Tech Talk: fun-damentos tecnológicos para estruturação e cresci-mento de uma solução em nuvem”; “Growth Talk: fundamentos de negócios para estruturação e cres-cimento de uma companhia”; e “Health Talk: conver-sa com executivos sobre necessidades tecnológicas do setor”. Haverá ainda um workshop para treinar profissionais da área da saúde em metodologia de geração de produtos e resolução de problemas.

Entre os nomes que estarão presentes nas ativi-dades, destacam-se o CEO do Hospital Sírio-Liba-nês, Paulo Chapchap; o superintendente do HCor, Ary Ribeiro; o CEO da Bionexo, Maurício Barbosa; e o diretor de estratégias do Twitter, Philip Klein. O estande estará aberto aos visitantes durante os três primeiros dias do evento.

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no setor, segundo a opinião de 79% dos médicos e 78% dos enfermeiros consultados. Os profissionais de saúde veem também a carência de prioridade das po-líticas públicas (76% dos médicos e 69% dos enfermei-ros) e a ausência de treinamento (70% dos médicos e 68% dos enfermeiros) como desafios significativos para a adoção de soluções tecnológicas. O aspec-to ético, que esbarra na questão segurança, é outro impasse para a massificação do uso de tecnologia na área. Ainda atravessamos a fase de quebrar barreiras no que diz respeito à aceitação e até boa vontade das autarquias e entidades de classe reguladoras para que estas inovações sejam implementadas.

De acordo com Jefferson Fernandes, superinten-dente de Educação e Ciências do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, é importante que se tenha consciência do que é seguro e do que é ético. “Ainda não existe uma legislação para a telemedicina e eHealth. Temos o marco regulatório da internet, mas é algo mais ge-nérico que se aplica também à saúde. A questão da privacidade, segurança dos dados e acessibilidade também não são desenhados especificamente para a saúde.” Mesmo considerada um avanço pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), a telemedicina ainda deve ser usada com cautela. Segundo o órgão, não dispomos ainda em nosso país de instrumentos ju-

rídicos e de normas éticas específicas para regular o sistema eletrônico de troca de informações no cam-po da medicina. O CFM defende que a telemedicina deve ser usada somente em situações muito específi-cas da urgência e da emergência.

“O posicionamento do CFM traz uma grande limi-tação para a telemedicina. Esse entrave não existe nos Estados Unidos ou nos países europeus, onde há mais de 15 anos o atendimento direto do pacien-te acontece via telemedicina. Se um paciente que eu não conheço quer se consultar comigo por te-lemedicina pela primeira vez, não posso fazer isso por aqui. É compreensível já que para que o médico possa tomar uma decisão diagnóstica, é necessário que ele examine a pessoa. Porém, se já o conheço, não há problema. No Brasil não há essas nuances.” Outra questão importante é relacionada aos dados do paciente. A quem pertencem? No Brasil, a Re-solução 1643/2002 determina que as informações só podem ser transmitidas a outro profissional com a sua prévia autorização, com a garantia de confi-dencialidade e integridade dos dados. Se o pacien-te não autorizar uso das imagens ou informações confidenciais, em tese, estará sendo cometida uma infração ética, com pena de detenção prevista de três meses a um ano ou multa.

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MERCADO FEIR A HOSPITAL AR 2016

Embora a taxa de adoção de TI na área tem sido lenta, bem abaixo de outros setores da socie-

dade, já é possível destacar algumas iniciativas de sucesso – e até vanguarda – no mercado brasileiro de saúde. Hospitais como Albert Einstein, Oswaldo Cruz e Sírio-Libanês já fazem uso de robôs em ope-rações delicadas. Batizado DaVinci Surgical System, a ferramenta desenvolvida pela empresa america-na Intuitive Surgical tem a capacidade de manejar ferramentas com menos de um centímetro de com-primento e realizar incisões tão pequenas como as feitas por mãos humanas. Para evitar qualquer eventualidade, um software opera para corrigir eventuais tremores em cirurgias minimamente inva-sivas, como as da área de urologia, gastrocirurgia, ginecologia, cirurgias de cabeça e pescoço, cardía-

ca e torácica. O robô permite 7 graus de movimento, en-quanto na laparoscopia só é possível 4 graus, e através da visualização em 3D, o sistema também possibilita ampliar a imagem de 10 a 15 vezes.

De acordo com Carlo Passe-rotti, médico e coordenador de cirurgia robótica do Hospi-tal Alemão Oswaldo Cruz, as vantagens são inúmeras para

o paciente, entre elas menor risco de infecção hos-pitalar, melhorias em relação à perda de sangue, re-dução da dose de medicamentos no pós-operatório e retorno mais rápido. No entanto, a utilização de robôs no procedimento ainda não é reembolsada pelas operadoras de saúde. “A diferença provenien-te do manejo de robôs é cobrada do paciente. Isso, de certa forma, é prejudicial ao setor já que barra o aumento de procedimentos desse tipo. O sistema tem um alto custo da implantação”, afirma. Segundo dados do Valor Econômico, o preço de aquisição de um robô cirurgião varia entre US$ 1,5 milhão e US$ 3 milhões. Além disso, embute-se o custo do treina-mento dos profissionais que manusearão o equipa-mento, que pode variar de US$ 6 mil a US$ 8 mil, e a

ATRASADO, MAS NEM TANTOA conexão médico-paciente, turbinada pelo avan-ço da mobilidade e da conectividade, faz com que a maioria dos médicos seja acionada por seus pa-cientes por meio das redes sociais, aplicativos de conversas instantâneas e SMS. Com isso, se faz necessário que a informação digital seja manejada de modo seguro, respeitoso e dentro dos limites éticos da medicina. Segundo o consultor e Dr Max Grinberg, essa movimentação é mais que positiva e o mercado deve, em breve, cobrar avanços para a regulamentação. “A geração mais nova de médi-cos já está muito mais acostumada com os eletrô-nicos, então isso vai ser muito natural. A tendência é que se comece como complemento de consulta ou como uma oportunidade de tirar dúvidas ou pe-dir uma orientação. Além disso, a conexão eletrôni-ca médico-paciente traz economia de dinheiro, de tempo e de comunicação. Sem contar a facilidade

de trânsito e de disponibilidade.”Para o Dr. Marcos Menezes, diretor médico do

Centro de Inovação InRad HCFMUSP, além de uma regulamentação clara do ponto de vista tanto go-vernamental como médica, precisamos de uma le-gislação que seja adaptável às transformações. “Nós precisamos de ideias e sistemas integrados, preci-samos que as soluções isoladas estejam dentro de um sistema que o paciente acesse de maneira global e não isoladamente. Vamos ter um grande desafio que é a infraestrutura de telecomunicações e como dar acesso à internet em áreas distantes no país e de difícil acesso. É necessário também treinamen-to, principalmente no grupo médico para que ele se adapte às mudanças no mundo digital.”

Médicos agora são acionados por seus pacientes por meio das redes sociais, aplicativos de conversas instantâneas e SMS

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manutenção do sistema, que pode chegar a US$ 100 mil/ano por robô.

No quesito telemedicina, o Oswaldo Cruz tem ou-tro projeto para auxílio no diagnóstico e tratamento à distância de pacientes com quadro de AVC agu-do com o uso da tecnologia. Na primeira fase do projeto, realizada entre 2012 e o primeiro semestre de 2015, o hospital identificou a redução de 26% na mortalidade intra-hospitalar, diminuição substancial do tempo de internação e aumento do alcance do atendimento ao paciente. Em 2009, o HCor (Hospital do Coração) firmou uma parceria com o Ministério da Saúde para o uso de telemedicina nas ambulân-cias do SAMU. A ideia é que sejam produzidos lau-dos em menos de 5 minutos desde o início do aten-dimento de emergência. Cada ambulância do SAMU é equipada com um pequeno aparelho chamado tele-eletrocardiógrafo digital portátil, que capta a atividade elétrica cardíaca do paciente e gera um eletrocardiograma em cerca de dez segundos. O exame então é enviado à central de telemedicina do HCor, em São Paulo, via celular ou internet e o lau-do é emitido em menos de 5 minutos. Somente no primeiro semestre de 2015, o HCor emitiu cerca de 73 mil laudos à distância do SAMU e das UPAs em diferentes partes do Brasil. O número corresponde praticamente ao volume total de atendimentos rea-lizados em 2014, pouco mais de 80 mil.

O hospital Sírio-Libanês também ampliou a sua área de telemedicina e, para gerenciar o grande vo-lume de informações, adquiriu a plataforma InterSys-tems HealthShare para compilar dados provenientes de diversos sistemas especializados, de forma segura, integrada e, o mais importante, padronizada.

Até agora, o mercado de saúde vislumbrou gran-des avanços nos sistemas de TI graças à capacidade de digitalização, armazenamento, processamento e exibição de imagens médicas. Na telerradiologia, o advento da tecnologia, tem proporcionado uma verdadeira revolução nas técnicas diagnósticas e de intervenção. Regulamentada no Brasil em 2010, a telerradiologia crescerá 5 vezes nos próximos três anos, de acordo com o especialista. Dados da con-sultoria Health IT News Direct projetam que a área irá crescer de US$ 9,8 bilhões, em 2010, para US$ 23 bilhões em 2015 no mundo todo. Nos Estados Uni-dos, 75% dos serviços de radiologia utilizam a tele-medicina diariamente. Por conta desse crescimento eminente de demanda, a Telelaudo e a Pró-laudo anunciaram, no final do ano passado, a união de seus expertises. Levando em conta que a teleme-dicina é realidade tanto em pequenas clínicas em cidades do interior quanto em grandes centros de saúde, a nova empresa tem capacidade para emitir 60 mil laudos por mês e uma equipe médica de 150 radiologistas.

Em uma era em que não se aceita a perda de tem-po, minimizar a espera para realizar um exame é pri-mordial para qualquer hospital que queira mais qua-lidade em seus serviços. Para isso, foi criado um dos vetores do eHealth. O PACS (Picture Archiving and Communication System) é um ambiente de storage capaz de interligar sistemas de informação médica a outro integrado de TI das instituições da área de saúde atende ao seu propósito. Formado por har-dware e software, o PACS traz facilidade no acesso a informações diversas, consequentemente, oferece mais suporte à tomada de decisão. Com os recursos e padrões definidos pelo PACS, se tornou possível a realização de laudos de radiologia à distância. Há sistemas que utilizam o armazenamento em nuvem para deixar disponível qualquer informação que o médico venha precisar.

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MERCADO FEIR A HOSPITAL AR 2016

ATUALIZE-SE

Atente-se à agenda de atrações que serão realizadas durante a Hospitalar 2016 e mante-nha-se atualizado sobre as novidades na área.

• 17-20 de maio – Digital Healthcare: eHe-alth-Scenarios, Trends & Investments – Trans-missão ao vivo para o Pavilhão Verde Rua G 88/90

• 18 de maio – Sebrae – Como a tecnologia pode ajudar a saúde. Vagas limitadas! – Audi-tório 09

• 17-20 maio – 5 Years From Now – Área de inovação e apresentação de startups e em-preendedores digitais da saúde

• 17-20 de maio – Hospital Contemporâneo – O mar está para peixe – Propostas e debate para criar mais saúde para um novo Brasil – Pavilhão Branco, Rua FG 125/126

• 20 maio – Manhã de Tecnologia – Organi-zada pela L+M, abordará temas como a gestão automatizada dos materiais, medicamentos e OPME, internet das coisas, equipamentos in-terconectados e métodos de ferramentas de trabalho em equipe – As palestras serão reali-zadas no Auditório 11

Além do desenvolvimento de tecnologias para imagens médicas, é possível encontrar por aqui so-luções para auxiliar na marcação de consultas e ad-ministração de estabelecimento de saúde bem como de Prontuários Eletrônicos do Paciente. O software de administração Centricity Opera, da GE Healthca-re disponibiliza informações do centro cirúrgico para todo o time envolvido no processo. Além de agenda-mento das salas cirúrgicas, prazo estimado de dura-ção e status dos procedimentos, o caso detalhado de cada paciente e todo o material que será utilizado ou necessário para futuras cirurgias; o sistema permite otimização da capacidade do centro cirúrgico e da comunicação da equipe assistencial, bem como re-dução drástica de custos para compra e manutenção. É como um aliado do Prontuário Eletrônico.

O conhecido PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente) é o primeiro aliado de uma comunidade que faz um bom uso do eHealth. Formado por documentos com todos os registros de procedimentos, exames, condi-ções físicas e demais informações do paciente, um PEP é como um dossiê que, além de esclarecer informa-ções médicas e o processo de decisão clínica, serve para demonstrar a qualidade do atendimento e elabo-rar estatísticas clínicas e administrativas. Instrumento valioso para a paciente, para o médico e demais profis-sionais de saúde, o prontuário médico contribui para o ensino, a pesquisa, a elaboração de censos, propos-tas de assistência à saúde pública. A MV Sistemas é um dos principais players da área. Em 2015, recebeu o prêmio 2015/2016 KLAS Category Leader for Global Acute EMR – Latin America. É um reconhecimento da indústria já que se baseia no feedback de profissionais de diversas instituições de saúde do mundo que com-partilham informações e experiências relacionadas ao uso de tecnologias da informação na saúde.

Segundo Ubirajara Maia, diretor corporativo de sis-temas da MV, o prontuário eletrônico é uma ferramen-ta que se tornará indispensável para auxílio da decisão médica. “Aliado à promoção de métodos clínicos mais efetivos, o prontuário eletrônico é a solução utilizada para armazenar e recuperar informações de saúde co-mumente registradas em arquivos de papel, facilitan-do a rotina de médicos e equipes assistenciais”.

O mHealth, tecnologia móvel voltada ao cuidado

da saúde, também terá grande espaço para desen-volver, e até impulsionar, o mercado de saúde digital no Brasil. Segundo projeção da PricewaterhouseCo-opers, até 2017 as soluções de mHealth poderão permitir que um adicional de 28,4 milhões de pes-soas tenham acesso ao sistema de assistência à saú-de no Brasil. Na mesma direção, mHealth poderia reduzir os gastos totais com saúde no país (públicos e privados) em até US$ 14 bilhões. Essa economia seria suficiente para prover assistência a um adicio-nal de 4,3 milhões brasileiros.

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MERCADO FEIR A HOSPITAL AR 2016Mercado tendÊnciaS

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Analistas do Gartner, consultoria especializada no fornecimento de pesquisas e aconselhamento na área de tecnologia da informação, apontaram recen-

temente as 10 principais tendências tecnológicas que serão estratégicas para a maioria das organizações em 2016. Entre os destaques estão a fusão dos mundos físico e virtual, o surgimento da malha digital e a aprendizagem avançada das máquinas. Como estratégica, a consultoria define as tendências tecnológicas que possuem potencial de impacto significativo para as organizações. Fatores que denotam esse impacto incluem a elevada possibilidade de interferência nos ne-gócios, nos usuários finais ou na TI; a necessidade de grande investimento; ou o risco de ser tarde demais para adotá-lo. Essas tecnologias afetam os planos, os programas e as iniciativas das empresas em longo prazo.

Para o mercado de saúde, o eHealth Mentor Institute (EMI), consultoria voltada a estudar e transferir conhecimento estratégico às corporações que compõem a biosfera digital do setor, também apontou as megatendências em digital health-care. Confira as indicações do EMI e do comitê de conteúdo da Revista Health-IT.

10 MEGATENDÊNCIAS EM DIGITAL HEALTHCARE

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MERCADO FEIR A HOSPITAL AR 2016Mercado

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1 Dispositivos, equipamentos e serviços de monitoramento residencial serão cada vez mais utilizados por Sistemas Públicos e Privados de Saúde, principalmente

pelos usuários com patologias crônicas ou com idade avançada. Foco em Telemetria.

É crescente a pesquisa, desenvolvimento e comercialização de dispositivos, artefatos, sensores e outros equipamentos acoplados aos smartphones. A tendência é que tudo

o que puder ser empregado de forma móvel (com uso incidental ou premeditado) será ofertado através de dispositivos eletrônicos (mobile devices), podendo os artefatos ser independentes ou alinhados à telefonia móvel. Trata-se dos desdobramentos do conceito de IoT (Internet of Things), no qual os devices e nanoapplications farão parte de nosso cotidiano de maneira orgânica.

Até o final desta década grande parte da relação médico-paciente será realizada de forma remota, assim como a comunicação com os demais players da Cadeia

Assistencial. A sofisticação das plataformas de integração sistêmica (M2M), com forte apelo de preço e suporte, proverá um amplo e consistente ambiente para TeleConsulta (e-Consult), onde pacientes e médicos se comunicarão remotamente.

A indústria de equipamentos, sensores e sistemas de informação está ampliando fortemente a customização de seus produtos a indivíduos com particularidades

(patologias crônicas, saúde mental, deficiências motoras, etc) ou com conveniências específicas (usuários que viajam muito, moradores de regiões rurais, etc).

Interoperabilidade crescente entre a (1) telefonia móvel, as (2) tecnologias vestíveis (wearables technologies) e (3) a computação em nuvem. A expansão da oferta de

electronic textiles (e-Textiles) estará cada vez mais vinculada e conectada aos vetores de integração sistêmica (como: softwares de gestão de autocuidado, prontuário ele-trônico, controle de pacientes pós-cirurgia, telemonitoramento residencial, etc.). No setor de Saúde, as wearables technologies estarão cada vez mais dependentes de sistemas interoperáveis.

Home HealtHcare Delivery

Devicelization & mobiliDaDe

HealtHcare remotelization

Personalization

Wearables integration

tendÊnciaS

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Os investimentos em impressão 3D (três dimensões) já possibilitaram o uso de uma ampla gama de materiais, incluindo ligas avançadas de níquel, fibra de car-

bono, vidro, tinta condutora, eletrônicos, materiais farmacêuticos e biológicos. Essas inovações estão impulsionando a demanda do usuário, e as aplicações práticas estão se expandindo para o setor médico.

Tornar-se-á mais frequente a criação e implementação de Redes Comunitárias de Saúde. A computação em nuvem deve facilitar, por exemplo, o crescimento das pla-

taformas interoperáveis em Saúde (HIE – Health Information Exchange), possibilitando uma sensível redução de custos e um aumento significativo de facilidades para a Cadeia Assistencial. A expansão da computação em nuvem (dependente da expansão de conec-tividade) deve incrementar consideravelmente a informatização no setor de Saúde.

As tecnologias eHealth estão pavimentando a consciência pessoal do indivíduo em relação aos cuidados com sua Saúde. Esse movimento crescente (ePatient, Patient

Empowerment, etc.) deve provocar em uma ou duas gerações um novo perfil de socieda-de, com novas exigências e orientações dogmáticas em assistência médica. A tendência ao longo do Século XXI é que cada indivíduo aumente gradualmente seu autocuidado, sendo induzido (compulsoriamente ou não) pelos Sistemas de Saúde (públicos e privados).

O movimento para a criação de recursos de Clinical Intelligence e suas aplicações, tanto para o desenvolvimento das instituições propriamente ditas – através do

uso secundário dos dados clínicos – como do conhecimento a ser voltado para o cuida-do dos pacientes, é uma aposta dos CIO’s da saúde e uma tendência promissora.

No contexto da mobilidade digital, a indústria de serviços médicos está aprenden-do cada vez mais a utilizar as Redes Sociais para adicionar valor aos seus objeti-

vos corporativos e assistenciais. Muitas ferramentas estão se integrando ao universo da Saúde interligando indivíduos e corporações.

imPressão 3D

eHealtH clouD comPuting

conscientização Da saúDe Pessoal

clinical intelligence

reDes sociais

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estratégia

Como transformar a governança de TI em um negócio fundamental para a estratégia da sua organização

Tomar decisões importantes sem o apoio de uma governança de TI pode impactar imensa-mente nas empresas, principalmente em grandes organizações de saúde cujos estabele-

cimentos estão fisicamente dispersos. Embora muitas instituições compreendam o quanto a TI agrega valor ao negócio, o conceito é amplo, e ainda existem muitas definições e práticas que nem sempre integram uma receita pronta e definitiva. Neste contexto, as ações e práti-cas de uma boa governança devem começar por promover discussões junto à organização buscando regulamentação dentro dos processos, serviços e políticas internas com o propó-sito de contextualizar a TI como um negócio.

Diante disso, é possível que você esteja se perguntando: Afinal, por que a governança é tão importante? Em muitas situações, a TI ainda é vista como uma área de apoio ou suporte, isso também faz parte do seu escopo; todavia, é muito importante que esses profissionais se posicionem mais e mais como protagonistas do negócio e mostrem o quanto a sua atuação junto às demais áreas da empresa constitui efetivo valor. Incorporada ao negócio, é funda-mental que a TI esteja inserida em todos os níveis da organização – estratégico, executivo, operacional e funcional –, assim poderá desenvolver uma postura proativa nas discussões e influenciar positivamente em decisões importantes. Especialmente na saúde, em que há

GOvERNANÇA DE TI EM REDES MULTIESTABELECIMENTOPOR ADRIANO FONSECA DE OLIVEIRA - CIO DA REDE D’OR SãO LUIZ

HoSpital rede d’or

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Existem boas práticas de mercado, bibliotecas de conhecimento, certificações e muitas meto-dologias aplicáveis para os diversos segmentos e empresas. Mas como mencionado anterior-mente, não há uma receita pronta, cada empresa deve avaliar e elaborar seu próprio plano.

É preciso identificar, efetivamente, as neces-sidades da organização: o nível de maturidade,

COMO ESTABELECER A GOVERNANçA DE TI

um grau de oportunidades muito alto, o desenvol-vimento do segmento está intrinsecamente ligado à atuação de planejamento e estratégia que a gover-nança de TI pode proporcionar.

a cultura existente e as pessoas que lideram o negócio; isso posto, através das ferramentas existentes e de boas práticas de mercado já se pode pensar em um plano para a sua necessida-de. Evidentemente, essa governança deve estar alinhada ao plano estratégico de TI, que, por sua vez, precisa estar alinhado ao planejamento es-tratégico da empresa.

Em uma visão geral, as mudanças são muito recorrentes e acontecem em velocidade elevada, mas, mesmo que os ajustes sejam necessários, um plano estratégico de médio e longo prazo precisa ser estabelecido. Isso é fundamental, em especial porque qualquer processo relacionado à governança gerará grandes mudanças culturais na empresa.

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estratégia

A Rede D’Or vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. São trinta hospitais que fazem parte da rede, mais de 4.200 leitos, quase 13 mil cirurgias/mês e mais de 220 mil atendimentos em emergência. Com quase 35 mil funcionários, a em-presa tem um plano de crescimento ainda maior: sua meta é dobrar o número de leitos em 4 anos.

• Missão: a aplicação de um processo de defini-ção sobre qual é realmente a missão da TI dentro da empresa foi o primeiro passo para que todas as áreas entendessem claramente por que é importan-te haver governança de TI.

• Roadmap: em segundo lugar foi estabelecido um roadmap de TI, construído com uma visão de 3 anos.

• Arquitetura: a arquitetura está diretamente rela-cionada à governança e tem um papel fundamental dentro do ciclo de uma demanda na empresa. Ideias e necessidades que surgem de uma determinada unidade hospitalar da rede são avaliadas quanto à pertinência e aderência ao roadmap existente ou se há necessidade de envolver um parceiro de negócio ou determinar um novo roadmap.

• Gestão de demandas e entregas: trata-se de assegurar que as competências das pessoas asso-ciadas a esses pilares estejam atreladas às questões de qualidade, conhecimento, gestão da demanda e projeto com a monitoração constante do portfólio.

• Operações: a equipe de operações concentra-se em melhoria contínua, otimização de custos e indi-cadores de desempenho. Seu foco está na excelên-cia dos serviços.

*Artigo originalmente publicado pela Philips/Revista Healthcare IT

O CAMINHO DA TRANSFORMAçÃO:

TRANSFORMAçÃO DO GIGANTE MULTIESTABELECIMENTO

HoSpital rede d’or

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estratégia

Reestruturando o modelo de informação para a composição da documentação clínica

Um dos maiores problemas dos Sistemas de In-formação de Saúde está relacionado com a

questão da interoperabilidade, que se refere à ca-pacidade de diferentes sistemas compartilharem in-formações entre si. Esse problema ocorre principal-mente pela falta de padronização. Como solução foi criado o padrão openEHR, que oferece um conjunto de especificações abertas para o Registro Eletrônico de Saúde (RES). Entre as vantagens estão o rápido desenvolvimento e atualização de novos registros eletrônicos, apoio à decisão clínica e sua facilitada adaptação a diferentes diretrizes clínicas.

No Hospital Sírio-Libanês essa é uma prioridade. De acordo com o Dr. Vladimir Ribeiro Pizzo, Gerente de Informática Clínica, a reestruturação do modelo de informação para a composição da documenta-ção clínica baseada no padrão openEHR está em curso, assim como a criação do ambiente para o datawarehouse corporativo. “Estes são projetos de longo prazo que estão em implantação devendo ter as primeiras entregas no prazo dos próximos 3 e 6 meses respectivamente”, explica.

O hospital tem um nível elevado de informatiza-

OPENEHRção (EMRAM-HIMSS estágio 6) estando em opera-ção o ERP (Tasy) e inúmeras integrações que viabi-lizam a prescrição eletrônica, documentação clínica, PACS, sistemas específicos (endoscopia, anatomia patológica, agenda, gestão de pessoal, etc.), assim como ferramenta de ECM (OnBase-Hyland).

Para se manter up-to-date, o Sírio-Libanês man-tém, como parte estratégica em sua atuação,

uma área focada em inovação, superintendência de novos negócios e de Informática Clínica. Para Pizzo, o pioneirismo como valor institucional move esta busca constante pela inovação. “A busca pelas melhores práticas, além de ser eticamente louvável, está associada à entrega de melhores resultados financeiros assim como de valor aos clientes, quer seja pela satisfação, aumento da segurança ou bus-ca da experiência mais agradável possível”, ressalta.

De acordo com o gestor, a grande maioria dos processos administrativos tem a TI como elemento

INFORMÁTICA CLÍNICA

HoSpital Sír io-l ibanÊS

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fundamental, mas tem ficado cada vez mais eviden-te o seu papel em muitos dos processos assisten-ciais, como para aumento de segurança do paciente (prescrição eletrônica e sistemas de gestão de me-dicamentos por exemplo), assim como nos conheci-dos meios de “suporte à decisão clínica”, desde os mais simples links para acesso à informação, pas-sando pelos alertas e chegando nos modernos fare-jadores e sistemas de análises preditivas. “Outro as-pecto importante e crescente é a discussão do uso secundário da informação clínica para o processo de tomada de decisões dos destinos da instituição, assim como para produção de conhecimento cien-tífico”, lembra.

Além das dificuldades financeiras pelas quais todo o país tem passado, um dos maiores desafios é a dificuldade em separar o que é inovação com po-tencial de benefício para os clientes do que é me-ramente modismo. “Muitas ideias “inovadoras” têm surgido, porém, a viabilidade e aplicabilidade des-tas, na maioria das vezes, é discutível. Cabe ao ges-tor estar sensível às novidades, porém sendo crite-rioso nas apostas”, conclui.

Dr. Vladimir Ribeiro Pinto PizzoGerente de Informática Clínica do Hospital Sírio-Li-

banês. Formado pela Faculdade de Medicina da Uni-versidade de São Paulo (USP), especializado em tera-pia intensiva, certificação profissional em Tecnologia de Informação e Comunicação em Saúde (cpTICS).

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estratégia

Gestores focados em inovação devem criar massa crítica que facilite a introdução e adesão às novas tecnologias

Uma palavra resume as estratégias que a Beneficência Portuguesa de São Paulo tem adotado para manter-se up-to-date: parceria. Sejam por modelos de negócio que

facilitem a atualização tecnológica, como a aquisição de infraestrutura como serviço (IaaS), ou por modelos que consideram os níveis de serviço desejados e que garantam atualização para a efetividade. Para Lilian Hoffmann, superintendente executiva de tec-nologia da informação da Beneficência Portuguesa, a aquisição tradicional de infraes-trutura desalinhada ao negócio não é mais uma prática tolerada. “É importante que os parceiros entendam os propósitos e missões individuais das instituições e reflitam isso na customização de suas soluções”.

Por outro lado, gestores com foco em inovação devem criar massa crítica que facili-te a introdução da tecnologia e a sua atualização. Para isso, um passo é fundamental: “transformar a equipe técnica em uma equipe de negócios, que se aproxime dos clientes (externos e internos), percebam suas dores, vivenciem suas experiências e pensem tec-nologia com a cabeça de negócio, de automação e de inovação”.

Outro fator relevante é equilibrar a relação entre investimento para uso efetivo e a ino-vação. “Nem sempre todas as premissas foram resolvidas para garantir o investimento em algo inovador. No entanto, esperar o momento ideal pode significar a perda da opor-tunidade. Escolher projetos em um mundo onde tecnologias despontam diariamente e os orçamentos são sempre restritos é um desafio importante para o CIO”, destaca Lilian.

Na prática, é primordial que a TI esteja contemplada nas macroestratégias das insti-tuições de saúde. “Lidar com vidas humanas exige constante atualização e renovação – do conhecimento, de infraestrutura e de formas de pensar. Em um mundo sempre em evolução, não podemos parar nunca. E a tecnologia é parte inerente desse processo de renovação. Trabalhar centrado nas necessidades do paciente exige regularmente a atua-lização dos nossos equipamentos e infraestrutura”, ressalta Lilian.

TECNOLOGIA ALINHADA AO NEGÓCIO

Maior instituição hospitalar privada da América Latina, atendendo a mais de 1,5 mi-lhão de pessoas por ano, a Beneficência Portuguesa conta atualmente com três

hospitais: Hospital São Joaquim, Hospital São José e Hospital Santo Antônio.

PROJETO CONECTA

HoSpital beneF icÊncia portuGueSa

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Para 2016, os investimentos estão relacionados à continuidade do Projeto Conecta, que prevê a subs-tituição do Sistema de Gestão Hospitalar e a Implan-tação do Prontuário Eletrônico do Paciente em todas as unidades hospitalares e de serviços. As áreas cor-porativas e as unidades hospitalares São José e Santo Antônio já estão operando com o novo sistema.

Já o Hospital Beneficência Portuguesa (também co-nhecido como unidade São Joaquim) passará por al-terações na infraestrutura, garantindo acesso via rede wireless, para que os profissionais de saúde possam ter acesso ao prontuário eletrônico à beira-leito. “Os demais investimentos privilegiam a experiência dos pacientes e dos médicos, como, por exemplo, sistemas mais ágeis e seguros no contact center e apps que facilitem a interação do paciente e do médico com o hospital. Também estão sendo revistas as ferramentas que armazenam e distribuem as imagens radiológicas (Sistemas PACS)”, conclui Lilian Hoffmann.

Lilian HoffmannSuperintendente executiva de tecnologia da infor-

mação da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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estratégia HoSpital SÃo cr iStÓVÃo

Gerenciamento adequado dos dados clínicos e de gestão garantem comunicação mais eficiente entre os vários setores e colabores do hospital, além de serem capazes de gerar conhecimento

GESTÃO E GUARDA DAS INFORMAÇÕES

A informação de qualidade, disponibilizada em tempo hábil, é fundamental para a tomada de decisão em ins-tituições de saúde. Se a TI não estiver alinhada às macroestratégias corporativas é possível que não consiga

atender as premissas do negócio e, desta forma, as decisões que vierem a ser tomadas poderão ser equivocadas, comprometendo os resultados esperados pela organização.

É com esta visão que o Hospital São Cristóvão tem colocado a Gestão da Informação no centro de suas estraté-gias. As demandas da alta direção e dos gestores do hospital, que são registradas em Planejamento Estratégico, impulsionam uma busca contínua por inovações tecnológicas.

Valter Carillo, Gerente de TI do São Cristóvão Saúde, destaca que o principal desafio tem sido atender a deman-da da entidade, sempre crescente, na velocidade e com a qualidade necessárias. “Para superar este desafio busca-mos melhoria contínua nos processos para aumentar nossa produtividade. Buscamos fazer mais com menos”, diz.

Para o gestor, não são apenas as demandas internas que aumentaram. O cliente principal, o paciente, está cada vez mais crítico e exigente. “Toda a estratégia que adotamos para nos manter up-to-date é com o objetivo de atendê-lo sempre da melhor maneira possível. Buscamos continuamente a excelência através de programas de qualidade, de tecnologia atualizada e de capacitação profissional”, explica. A troca de informações com outros hospitais também tem sido uma fonte estratégica para atualização.

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Priorizando a gestão e guarda das informações, o São Cristóvão iniciou estudos para utilização de cloud computing. A gestão das imagens médicas também está na lista de prioridades do hospital, além da adesão de software de controle de OPME, no IDM (Gerenciamento de Identidade e Acesso), bem como em soluções que permitam o monitora-mento e avaliação dos profissionais que trabalham no hospital. “Alguns investimentos já foram reali-zados, outros esperamos realizar a curto e médio prazos. No atual cenário econômico surgiram ou-tras prioridades que estão concorrendo com as de TI. Além disso, tivemos que ajustar nosso plano de

PRIORIDADES DE INVESTIMENTO trabalho de forma a dar prioridade às tecnologias e soluções que darão maior retorno financeiro”, expli-ca Carillo.

Contando hoje com sistema de gestão hospitalar (MV), sistema de gestão administrativa e financeiro (Benner) e de Gestão de RH (Totvs), o São Cristóvão tem operado com outras soluções para a gestão do negócio. Entre elas destacam-se o Visual (suporte ao processo de compras por pregão eletrônico); o Medicinia (mensageria que auxilia na comunicação entre os setores do gerenciamento de leitos); e o Interact (Performance Manager, Business Intelligen-ce, Document Manager, Occurrence Manager, Audit Manager, Competence Manager, Survey Manager, Risk Manager, BPM).

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estratégiaeStratéGia uniMed Feder aÇÃo MinaS

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Plataforma única de gestão integrada otimiza processos e promove redução de tempo e custos

A busca por uma gestão eficiente e segura é um desafio do universo corpo-rativo. No setor de saúde suplementar, a Unimed Federação Minas, institui-

ção que reúne as 61 Unimeds mineiras contabilizando um total de 3 milhões de clientes e 16 mil médicos cooperados, vem obtendo significativos resulta-dos com a criação de um novo projeto, o Unimed HRP. Mirando um controle efetivo de toda a cadeia de valor das operações das Unimeds no estado, a iniciativa propõe uma plataforma única de gestão integrada e com acesso remoto por qualquer computador ou dispositivo móvel com acesso à internet.

“O Projeto Unimed HRP tem a proposta de substituir três atuais sistemas de gerenciamento utilizados internamente: administrativo, gestão de planos de saúde e de interface de atendimento para autorização de procedimentos médicos junto aos cooperados (médicos, hospitais e clínicas). É um produto completo, que otimiza os processos e promove redução de tempo e custos, além de ser mais seguro para todos os envolvidos”, explica o gestor de Tecno-logia e Informação da Unimed Federação Minas, Anderson Freitas.

MOBILIDADE PARA A GESTÃO

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estratégia uniMed Feder aÇÃo MinaS

Para viabilizar essa inovação, a Unimed Federa-ção Minas conta com o sistema Dyad, desenvolvi-do por uma empresa cearense de mesmo nome, especialista na gestão para o segmento de saúde suplementar. “Elaboramos um cuidadoso mape-amento ao longo de sete meses, apontando as principais necessidades gerenciais das Unimeds mineiras, e o Dyad nos permitiu customizar o sis-tema para deixá-lo adequado à nossa realidade”, complementa o gestor.

Dentre as funcionalidades que o sistema ofere-ce, destaca-se o controle de rastreabilidade com alto grau de detalhamento. Todas as operações são registradas em bancos de dados, por meio de criptografia, possibilitando o rastreamento de qualquer atividade de qualquer usuário.

Em entrevista, o gestor de Tecnologia da Infor-mação da Unimed Federação Minas, Anderson Freitas, conta quais foram os desafios.

Health-IT: Como são definidos os investimen-tos em Tecnologia da Informação na Unimed Fe-deração Minas?

Anderson Freitas: Nossas prioridades são sempre definidas em planejamento estratégico construído conjuntamente com nossos sócios mantenedores que são as Unimeds mineiras, também nossas clien-tes. A Unimed Federação Minas atua exclusivamente para atender as necessidades das Unimeds mineiras, através de um orçamento construído e aprovado para atender ao planejado, damos andamento aos nossos projetos.

Apesar do cenário de automação na área da saú-de, de uma forma geral, ainda possuir muitas neces-sidades, podemos considerar que no Sistema Uni-med mineiro, o investimento em tecnologia sempre foi uma preocupação das lideranças, fazendo com que o assunto tenha sempre um alto grau de aten-ção e seja visto como um diferencial competitivo.

Qual o atual grau de informatização da instituição? As unidades que mantêm recursos próprios como

hospitais, possuem sistemas de prescrição e de ges-tão hospitalar bem desenvolvidos em parcerias com os principais players deste segmento.

O projeto de EHR (Electronic Health Record) do Sistema Unimed é conduzido pela nossa Confede-ração Nacional, Unimed do Brasil (Projeto RES – Re-gistro Eletrônico de Saúde) e a Unimed Federação Minas é uma das Federações Estaduais que vem aju-dando em sua construção e implementação.

Em relação ao sistema de gestão de gerenciamen-to administrativo e do controle assistencial, estamos em transição de um Sistema Legado para uma nova plataforma Web integrada que é o projeto Unimed-HRP, em parceria com a empresa Dyad Sistemas da cidade de Fortaleza.

Quais estratégias a Federação tem adotado para se manter up-to-date?

Na Unimed Federação Minas temos bem claro o nosso posicionamento quanto à abordagem tecno-lógica: sabemos que tecnologia não é o fim do nos-so negócio e, sim, um meio para atingirmos sucesso e manutenção de nossa liderança mercadológica.

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Assim, buscamos agir de forma coordenada e toda regra do negócio e capital intelectual estão sob ges-tão da organização de forma segura e documenta-da. Para garantir que teremos o que há de melhor em tecnologia, buscamos estabelecer parcerias com fornecedores que podem dar a melhor resposta às nossas necessidades.

Fábricas de Softwares certificadas em processos fabris com grau elevado de maturidade, adequação de nossos projetos aos frameworks consagrados, adoção das melhores práticas, processos consis-tentes de seleção de produtos e serviços, aliados à manutenção de um Grupo de Tecnologia da Infor-mação, formado por profissionais de TI de todo o Estado que colaboram no processo estratégico de avaliação de tecnologias, complementam o proces-so que nos mantêm alinhados com o que o merca-do tem de melhor nas soluções de TI.

Qual impacto dessas estratégias para o negó-cio, bem como para o cliente final?

Há muito tempo percebemos que não podemos fazer tecnologia sem conhecer o que realmente nossos clientes, profissionais de saúde e técnicos em geral necessitam. Existe uma busca incessante em compreender o modus operandi e as expec-tativas. Dessa forma, os projetos sempre são de-senvolvidos dentro da ótica da melhor experiência para o usuário.

Não só acreditamos nesta abordagem, como po-demos aferir seus resultados no grau de satisfação de clientes e demais participantes, seja em um aten-dimento mais rápido, com maior segurança sobre dados e informações e com uma usabilidade que não impacta no desenvolvimento das atividades, seja gerando valor ao cliente em tudo que agrega-mos de tecnologia.

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estratégia uniMed Feder aÇÃo MinaS

Como gestor da saúde, quais os desafios atu-ais? E como você tem buscado resolvê-los?

Em um mercado cuja a margem de manobra é muito pequena, considerando um cenário de acir-ramento da regulamentação, aumento da oferta de serviços e tecnologias médicas, envelhecimento da população, entre outros fatores, sem dúvida os desafios perfazem a capacidade de fazer mais, com cada vez menos.

Dessa forma, a automação ganha uma importân-cia substancial, pois não se trata apenas de controlar processos, mas sim, de gerar conhecimento e ga-rantir resultados, manter equilíbrio entre capacida-de de investimento e retornos esperados.

A forma de manter esta consonância entre desafios e soluções está no conhecimento cada vez mais apro-fundado do setor e na orientação de alinhar os investi-mentos e ações de TI ao negócio da organização.

Qual a importância da TI estar contemplada nas macroestratégias das instituições de saúde?

É fundamental! Mesmo considerando que nem tudo pode ser facilmente automatizado é quase impossível desconsiderar uma ferramenta, como a tecnologia, na busca de soluções no setor da saúde.

No Sistema Unimed mineiro temos trabalhado muito o aculturamento das lideranças para que a TI faça parte de todo o processo de definição da es-tratégia, não apenas acompanhando, mas ajudando a dar os melhores rumos ao negócio. Acreditamos que a manutenção de nossa competitividade passa por não negligenciar o poder que a tecnologia pode ter na solução de problemas e no encaminhamento de diferenciais em serviços e produtos.

Em sua opinião, os fornecedores de TI estão ap-tos para atender as demandas e necessidades das instituições de saúde do País?

Temos muitas empresas com competências téc-nicas apuradas e trabalhando com tecnologias de ponta, mas ainda perecemos muito de fornecedores de TI que se aprofundem em conhecer as cadeias de valor operacionais da área de saúde.

Entender o mercado onde se pretende atuar é o que pode fazer de um fornecedor de tecnologia al-

guém especializado no segmento.Precisamos envolver mais profissionais de saúde

no processo de definição das soluções, na transfor-mação desta inteligência de negócio em tecnologias que realmente venham ao encontro das necessida-des do setor.

Outras carências como a falta de legislações ade-quadas para o trato e proteção das informações de saúde atuam como complicadores deste processo.

Pensando em tecnologias emergentes, o que você citaria como uma tendência atual para o mercado de saúde?

Se tivesse que apostar em uma tendência, ficaria com a construção de registros eletrônicos de saúde que po-dem realmente fornecer uma inteligência clínica, habi-litar a criação de programas efetivos de promoção e prevenção e, paralelamente, a geração de diagnósticos cada vez mais consistentes e mais baratos.

Anderson FreitasGestor de Tecnologia e Informação da Unimed

Federação Minas. Graduado em Tecnologia da In-formação com pós-graduação em Gestão Empre-sarial com foco na área da saúde. Atuando há 21 anos no segmento da saúde suplementar, é mem-bro do Comitê Estratégico de TI do Sistema Uni-med e estudioso do setor de saúde no Brasil.

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estratégia

Atualização constante aliada à redução de custos maximizam a contribuição das áreas de TI ao desempenho dos negócios

Com a velocidade da inovação tecnológica torna-se cada vez mais difícil para os ges-tores de TI fazerem planos a longo prazo. Realizar a gestão adequada nesse ambien-

te dinâmico tornou-se a chave para que hospitais tenham o retorno desejado sobre os investimentos. Para alcançar os objetivos do negócio, não basta implantar – é preciso acompanhar a constante evolução tecnológica e atualizar.

Esta tem sido a estratégia dos Hospitais Bandeirantes e Leforte, do Grupo Saúde Ban-deirantes. De acordo com o Gerente de Tecnologia, Tiago Damasceno Felipe, os hospi-tais têm adotado a estratégia de revisão tecnológica constante em busca da melhor efi-ciência operacional, tanto para infraestrutura do parque tecnológico como de sistemas informatizados. “Nossos principais desafios estão relacionados ao acompanhamento de uma constante evolução tecnológica aliada à redução de custos e obtenção de melho-res resultados assistenciais e financeiros, buscando maximizar a contribuição das áreas de TI no desempenho dos negócios”, explica.

Operando com sistemas de Gestão Hospitalar e Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), o Bandeirantes e o Leforte têm direcionado seus esforços na melhoria contínua dos sistemas implantados visando ampliar o diferencial competitivo, a qualidade dos serviços prestados e a maximização das receitas.

Não à toa, as prioridades de investimento para os hospitais estão direcionadas às so-luções de ERP, Sistemas de Gestão Hospitalar, CRM e, igualmente, ao PEP. A previsão de execução desses investimentos está projetada para o ano de 2016 e primeiro semestre de 2017.

Para Tiago Damasceno Felipe, a TI ser parte integrante das estratégias institucionais é fundamental para se buscar e obter inovação. “A resolução está baseada no alinhamen-to com o negócio, gestão e planejamento estratégico, de forma a priorizar os estudos e investimentos nos temas mais relevantes para as unidades hospitalares”, explica.

EvOLUÇÃO TECNOLÓGICA vISA EFICIÊNCIA OPERACIONAL

Usando as redes sociais e as buscas do Google como ferramentas de divulgação, o Bandeirantes e o Lerforte também têm apostado na comunicação digital e am-

REDES SOCIAIS E WHATSAPP

HoSpita iS bandeir anteS e leForte

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pliado o diálogo com seus players. A Campanha 360º - Do diagnóstico ao tratamento. Tudo em só lugar - busca informar os clientes da instituição so-bre as especialidades médicas e os procedimentos realizados. Há poucos meses no ar, a campanha já aumentou consideravelmente o número de visuali-zações das páginas dos dois hospitais na Internet.

Outra ferramenta importante tem sido o uso do aplicativo de mensagens WhatsApp para agenda-mento de consultas e exames. A iniciativa, ainda pioneira na área da saúde, vem registrando cresci-mento mensal no número de contatos e agenda-mentos efetivos.

Tiago Damasceno Felipe ressalta que o foco das instituições hospitalares é a excelência na promoção e assistência à saúde. Entretanto, o impacto para o negócio é extremamente significativo pois a tecno-logia apoia a cadeia produtiva e todo gerenciamen-to administrativo para obtenção de melhores resul-tados. “Os resultados por sua vez só são alcançados com o impacto ao principal foco da instituição, o cliente final, seja pela melhor qualidade nos serviços prestados ou pelos recursos disponíveis que o le-vam a melhor estada nos hospitais”, conclui.

Tiago Damasceno FelipeGerente de Tecnologia dos Hospitais Bandei-

rantes e Leforte. Graduação em TI para Gestão de Negócios (FATEC) e Pós-graduação em Ges-tão de Projetos em TI (Fundação Vanzolini – USP)

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estratégia

Tecnologias que minimizam riscos e agregam qualidade na segurança do paciente contribuem diretamente nos processos de cuidado

Cada vez mais, transações e informações médicas migram para o mundo digital. O registro e o compartilhamento dos dados clínicos otimizam o atendimento ao

paciente, mas, trazem um desafio tecnológico: a privacidade e a confidencialidade de dados que trafegam em diferentes sistemas e meios. No Hospital Dona Helena esta tem sido uma prioridade e, ao mesmo tempo, uma estratégia competitiva. Segurança do paciente e segurança da informação caminham lado a lado.

De acordo com Wagner Luiz Godinho Valente, Gerente de TI do Hospital Dona Helena, as implementações e escolhas de tecnologias têm como prioridade o foco na segurança do paciente. “Todas devem estar alinhadas com melhorias no processo de cuidado, no gerenciamento e segurança das informações e na eficiência da sua utilização. Toda essa estrutura certamente passa a ser percebida pelo paciente, que acaba valorizando o contexto do resultado e não mais somente seu custo”, ressalta.

Informatizado desde o ano 2000, o hospital realizou recentemente um nivelamento

SEGURANÇA DO PACIENTE E DA INFORMAÇÃO

HoSpital dona Helena

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de requisitos de TICs junto ao HIMMS, no qual foi pré-qualificado com o estágio 5, com a necessi-dade de poucos ajustes para alcançar o estágio 6. Para Valente, isso ratifica um amadurecimento significativo do alinhamento entre TI com os pro-cessos de cuidado preconizados pela instituição. Neste momento, as prioridades de investimentos estão alinhadas à busca de soluções de mobili-dade, comunicações, segurança da informação, suporte à decisão clínica e, principalmente, com os requisitos de boas práticas e inovação preco-nizados pela HIMMS para a construção de um Hospital Digital. “Entendemos que as tecnologias

que minimizam os riscos e agregam qualidade na segurança do paciente contribuem diretamente nos processos de cuidado e, portanto, são im-portantes para sua implementação. Não estamos trabalhando com um produto, um sonho ou ex-pectativas de nossos clientes, mas sim com a vida deles e, principalmente, no seu maior momento de fragilidade que é a doença. Portanto, é impor-tante seguir regulamentações, certificações, pois ainda não temos a possibilidade de reverter algo tão complexo como a vida. Por isso, as soluções são diferentes, as variáveis são enormes e não po-dem falhar”.

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estratégia

Atento às necessidades do mercado, o Hospi-tal Dona Helena tem apostado nas parcerias e

benchmarking com outras instituições. Um exem-plo disso é a participação da instituição no Grupo de Tecnologia da ANAHP (Associação Nacional de Hospitais Privados). “Isso nos aproxima de outros hospitais de referência nacional e internacional, proporcionando um alinhamento de conteúdo e inovação ímpar entre os CIO´s do segmento de saúde. Penso que os problemas para adoção de tecnologias da informação são comuns entre as instituições, o que necessitamos é buscar alterna-tivas viáveis, respeitando a maturidade e a cultura de cada instituição”, defende.

Para o gestor, os desafios para os CIO´s de saú-de são complexos. Wagner Valente cita como exemplo o próprio gerenciamento das instalações hospitalares. “Como atender tantas demandas com velocidade, excelência e custos menores sem onerar a cadeia de cuidado. Para isso, estamos buscando dentro de toda a cadeia do cuidado e suporte ações com foco no desperdício tornando-a uma instituição eficaz. Não quero aqui vender o papel da TI como mais importante do que as outras áreas, mas é notório a diferença em insti-

HoSpital dona Helena

BENCHMARKING

Wagner Luiz Godinho Valente Gerente de TI do Hospital Dona Helena. Atua na

área de saúde há mais de 23 anos. Pós-graduado em Rede de Computadores pela UFSC.

tuições na qual a TI participa das estratégias em todos os níveis. Não acredito na TI maior que o “Core Business”, mas sim com uma responsabili-dade conjugada aos sucessos e insucessos por ela compartilhada”, conclui.

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estratégiaeStratéGia HoSpital GoVernador celSo r aMoS

Aprimorando o conhecimento médico com informações baseadas em evidências

Um recurso de suporte à decisão clínica habilitado para tecnologia móvel tem provido informações atualizadas e apoiado o processo de atualização dos profissionais e re-

sidentes do Centro de Estudos do Hospital Governador Celso Ramos, unidade hospitalar pública subordinada à Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina. A ferramenta, que permite acesso de forma imediata a informações baseadas em evidências, tem sido a estratégia da instituição para melhorar o atendimento aos pacientes e fomentar o processo de aprendizado e requalificação médica.

SUPORTE à DECISÃO CLíNICA

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A ferramenta, que compila informações de mais de seis mil autores médicos, proporciona acesso rápido e fácil a uma grande quantidade de infor-mações clínicas relacionadas a uma série de es-pecialidades médicas. A utilização da tecnologia trouxe velocidade na descoberta do diagnóstico, na decisão do tratamento e orientação da medi-cação mais indicada.

A decisão de adotar o UpToDate além de aten-der uma obrigatoriedade da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), criada pelo MEC (Ministério da Educação), que designa que os programas disponibilizem um portal com infor-mações para apoiar o processo de aprendizado, responde a uma demanda interna dos próprios

participantes do Programa de Residência do Hos-pital Governador Celso Ramos. A ferramenta foi adquirida com recursos próprios do Centro de Es-tudos, levantados junto às inscrições dos alunos residentes.

Para o Dr. José Calza, presidente do Centro de Estudos do hospital, a tecnologia permite respos-tas a qualquer pergunta, dando a possibilidade inclusive de imprimir as informações para mos-trar ao paciente. “Trata-se de um respaldo muito importante tanto para o médico residente, como para quem está passando por consulta. É a cer-teza de que está tendo acesso ao que há de mais moderno em termos de tratamento e o que está sendo executado em qualquer outro lugar do mundo. Estamos muito satisfeitos com a agilidade que a solução trouxe para o aperfeiçoamento do conhecimento de nossos residentes”.

Mais de 100 residentes em processo de espe-cialização e também parte do corpo clínico, to-talizando cerca de 150 usuários, acessam a base de dados de mais de 10.500 tópicos médicos, de 23 especialidades oferecidas pela ferramenta. O recurso está disponível, desde fevereiro de 2015, nos dispositivos móveis e pode ser usado durante o atendimento e também para tirar dúvidas dos mais variados casos médicos, independentemen-te do local onde o médico estiver, seja em casa à noite ou em seu consultório. Algumas especiali-dades como oncologia, por exemplo, no qual o cenário muda constantemente, assim como as opções de tratamento, o UpToDate é considerado crucial. Outras áreas como hematologia e ortope-dia também fazem uso constante.

“Antes quando tínhamos qualquer dúvida, era necessário procurar por informações na internet, que além de desatualizadas poderiam não ser 100% confiáveis. Inclusive, eu mesmo pude com-provar isso com um paciente diagnosticado com Síndrome de Goodpasture, que se encontrava en-tubado na UTI. Consultamos o UpToDate e ele nos orientou quanto ao número correto de sessões de plasmaférese que deveríamos realizar. Sem esse recurso, não saberíamos ao certo quando inter-romper o procedimento”, conclui.

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estratégia

Adoção de soluções de vídeo, voz e conteúdo aumentam a produtividade e agilizam tomada de decisão

PLATAFORMAS DE víDEOCOLABORAÇÃO

eStratéGia HoSpital adVent iSta

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O Hospital Adventista de São Paulo adotou as plataformas de vídeo colaboração para redução

de custos com viagens e de reuniões presenciais. O projeto para implementar a solução de vídeo em grupo teve a duração de seis meses para interligar 100 pontos distintos no País e alguns no exterior, pois envolve outros hospitais e plano de saúde Ad-ventistas, bem como hospitais e planos de terceiros. Os superintendentes e administradores têm realiza-do em média dez videoconferências mensais. “Pare-ce uma quantidade pequena de reuniões com essa plataforma e, embora não tenhamos registros do quanto economizamos financeiramente e em tempo de descolamentos, para nós, é facilmente identificá-vel o aumento de produtividade, a agilidade nas to-madas de decisão e a redução de custos alcançados com essa tecnologia”, destaca Fábio Luiz Carvalho, gerente de TI no Hospital Adventista de São Paulo.

Os diretores viajavam por todo o Brasil, sendo que o número de reuniões era limitado. Assim, ba-seando-se na quantidade de viagens feitas anterior à adoção da videoconferência, há cerca de quatro anos, o gerente estima que houve uma redução de 75% das necessidades de viagens e/ou deslocamen-tos. Hoje, as videoconferências no Hospital Adven-tista de São Paulo crescem além da adoção pelo corpo diretivo. Fábio conta que a plataforma, que é fornecida pela Polycom, possibilitou a realização de treinamentos, como um curso em que o médico convidado o ministrou remotamente para cinco uni-dades hospitalares e duas clínicas do Grupo Adven-tista no Brasil, com uma média de seis pessoas por estabelecimento participando do curso “Gestão de Faturamento da Área de Saúde”.

O hospital mantém gravadas e para consulta so-mente as palestras e aulas por videoconferência, as quais estão disponíveis em tempo integral e inde-terminado nas bases de conhecimentos dos arqui-vos da instituição.

A sala de vídeocolaboração do Hospital Adventista é utilizada também por fornecedores para que eles pos-sam contatar os demais hospitais Adventistas, como faz a empresa Fator RH, uma consultoria que presta serviços ao Grupo Adventista, que necessita contatar os hospitais de outras localidades com frequência.

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estratégia HoSpital adVent iSta

O Plano Garantia de Saúde, pertencente ao Grupo Adventista, também conseguiu acelerar a dissemi-nação das melhores práticas do plano de saúde às suas quatro operadoras e aos hospitais do grupo no País. Propaga ainda com maior rapidez, quase que simultaneamente aos anúncios da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Realizamos as reuni-ões e palestras por videoconferência para a direção geral informar e orientar quanto às novidades da ANS”, diz Thiago Vilas Boas, gerente do Plano Ga-rantia de Saúde.

A vídeocolaboração proporcionou a realização de mais reuniões, com duração de duas horas e a parti-

MELHORES PRÁTICAS E CONFORMIDADE

cipação de todos os hospitais e áreas do grupo. “Pas-samos de três ou quatro reuniões gerais e presen-ciais ao ano com todos nos estados brasileiros para, atualmente, cerca de 15 videoconferências anuais, e algumas vezes em outros países”, informa Vilas Boas. De acordo com ele, entre 40 e 50 pessoas interagem nas reuniões atualmente, contra as três pessoas antes designadas para viajar e marcar presença.

Agora, a expectativa no Hospital Adventista de São Paulo com a videoconferência é que um projeto torne essa plataforma um aplicativo para smartpho-ne, expandindo o uso da plataforma Polycom para um maior número de interações.

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GESTÃO GOVERNANÇA EM T I

Por que a governança de TI é fundamental

POR ROBERTO MAGALHãES

ALTA PERFORMANCE

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Conforme difundido pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), Governança Corpo-

rativa é o sistema pelo qual as empresas e demais or-ganizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.

As boas práticas de Governança Corporativa conver-tem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organi-zação, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longe-vidade e o bem comum.

Sem tirar nem pôr, poderíamos trazer as colocações acima para a seara da Tecnologia da Informação. Da mesma forma que o caminho para se manter saudável e perene, as instituições de saúde passam necessaria-mente pela implantação da Governança Corporativa, para que se tenha uma área de Informática que de fato agregue e esteja alinhada aos objetivos estratégicos, a Governança de TI é fundamental.

Assim como nas instituições, a eficácia e eficiência são mais prejudicadas pela má gestão do que pela de-ficiência de recursos, a Informática ainda sofre por ser conceitualmente imatura na grande maioria dos casos. Presenciamos a todo momento casos em que recursos financeiros, tanto na escassez como na abundância, acabam por ser mal utilizados, pela falta do devido ali-nhamento. Isto sem falar no não atingimento de objeti-vos e expectativas.

A importância inestimável da Governança Corporati-va para as instituições de saúde - por se tratar, ela mes-ma, de um conjunto de boas práticas de gestão - mais do que uma necessidade, deveria ser uma obrigação, da mesma forma, Governança de TI deveria ser para aqueles que pretendem de fato tirar o que a TI pode oferecer de melhor.

A primeira grande dificuldade começa pelo engano em considerar que a Governança de TI é uma atribui-ção do CIO. Trata-se de uma atribuição de todos, onde todos os stakeholders ganham, inclusive o CIO que passa a ter um terreno muito mais fértil para desem-penhar suas atribuições. Cabe a todos definir, discutir, aprovar e acompanhar as políticas para atingir os fins;

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GESTÃO GOVERNANÇA EM T I

o orçamento e sua execução; a gestão dos ativos, a direção estratégica, etc. O gerenciamento da área continua a ser papel do CIO. Ele está lá para isto mesmo e colaborar efetivamente na estruturação da devida Governança.

Porém, não basta contratar um gestor para a área e delegar esperando que tudo se resolva, sa-ída esta que a maioria tem adotado. No máximo, teremos assim mais do mesmo, ou seja, uma área de Informática trabalhando para cuidar da infra e dos sistemas, subestimando todo o potencial de agregação pertinente à área. Há uma questão até mesmo cultural a ser ultrapassada. Grande parte dos gestores e administradores na saúde ainda en-caram a TI como um setor complicado de enten-der e os enxergam somente como a equipe técnica que deve manter o ambiente funcionando. Graças a este ponto de vista, a maioria dos gestores de TI são relegados a questões puramente operacionais. O envolvimento no negócio é praticamente nulo.

Por outro lado, devido à enorme demanda ope-racional que se exige desses gestores, boa parte deles não desenvolveu um pensamento mais es-

tratégico e visão de processos que possam de fato direcionar seus esforços para realmente alavancar as demais áreas e principalmente a alta gestão em seus grandes desafios.

É justamente visando reduzir o enorme “gap” en-tre as áreas e a Informática que surge a Governan-ça de TI. Esta deve permear a organização de saúde como um todo. Não é comandada simplesmente pelo gestor de TI. Este assume um papel chave nes-ta estrutura vindo a ser o catalisador desse pro-cesso para implementá-la. Porém, a devida Gover-nança de TI é responsabilidade de toda a cadeia de comando da instituição. É parte intrínseca da Governança Corporativa. TI deixou de ser assun-to somente de TI há muito tempo e vemos que na saúde isto ainda não está claro para nenhum dos lados envolvidos.

Os profissionais da Informática ficam se achan-do injustiçados por fazerem seu melhor, atuando em jornadas exaustivas constantemente, mas sem conseguir se livrar da pecha de que “não atendem” ou “nunca entregam o prometido”. As demais áreas sempre reclamando dizendo que a TI não compre-

GeStÃo GoVernanÇa eM t i

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ende as reais necessidades da organização e não falam a “linguagem do negócio”. Nitidamente falta alinhamento e este pode e deve ser realizado pela Governança de TI.

A TI precisa sair de um papel coadjuvante e pas-sar a ser assumida como uma verdadeira potência colaborando para que a organização atinja seus objetivos estratégicos, quer sejam financeiros, quer sejam sociais. Esta não é uma missão da TI ape-nas, mas sim da Governança Corporativa como um todo, passando a considerar a tecnologia da infor-mação como parte inerente de sua atuação.

A médio prazo, hospitais de sucesso e demais empresas do segmento compreenderão os enor-mes e vitais benefícios que a TI, sob a devida Go-vernança, pode trazer, indo muito além de manter equipamentos e sistemas operando. Entenderão que o alinhamento das estratégias da Informática com as estratégias de negócio da instituição, cons-truindo relacionamento e efetiva comunicação en-tre as áreas usuárias e a área de TI poderão posi-cionar a instituição em um diferenciado patamar de competitividade.

Roberto Magalhães CEO na Convergence SaúdeEmail: [email protected]

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PERSPECTIVA indúStria

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Digital HealthCare no BrasilA visão das maiores empresas de Tecnologias de Informação e Comunicação no segmento da Saúde

A demanda por excelência tem impulsionado as organizações de saúde a investirem cada vez mais em soluções que permitam melhorar os

processos de gestão e de decisão clínica. A crescente utilização das TICs no setor abre possibilidades para renovação de produtos e empresas, se-jam elas nacionais ou multinacionais, fortalecendo esse importante elo da cadeia produtiva.

A indústria de Digital Healthcare cresce em ritmo acelerado e as de-mandas de TI não param e se tornam cada vez mais necessárias.

Para entender essa movimentação, convidamos os executivos das princi-pais empresas de tecnologia e inovação em saúde que atuam no País para deixarem seu depoimento e visão da atual conjuntura do uso das TICs, o potencial do mercado brasileiro, e as possibilidades de novos negócios e produtos no setor.

Confira o depoimento dos executivos nas próximas páginas.

ESPECIAL INDÚSTRIA

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PERSPECTIVA

Cerner traz ao Brasil prontuário eletrônico que coloca o paciente no centro do sistema

ISRAEL ARMSTRONG - GENERAL MANAGER, CERNER BRASIL

Desde que chegou ao país, a Cerner criou relações com as organizações de

saúde e lideranças. O que essas relações estão nos mostrando é que há uma forte cultura de melho-ria dos serviços e um desejo de trabalhar continua-mente para tornar a saúde mais segura, mais efetiva e mais eficiente. Por isso estamos felizes em trazer nossa experiência global em ajudar as organizações a fazer essa transição, e também estamos animados para trazer o prontuário eletrônico da Cerner para o Brasil. A plataforma Millennium coloca o paciente no centro do sistema, o que é diferente do que ocor-re hoje. De um ponto de vista prático, criamos um prontuário clínico completo ao redor do paciente e depois compartilhamos essas informações com os profissionais de saúde apropriados de toda a orga-nização.

A Cerner também está comprometida com o ge-renciamento da saúde da população. Isso está se tornando cada vez mais a linguagem dos serviços de saúde em todo o mundo. Para chegarmos lá, precisamos registrar com precisão os dados dos pa-cientes e usá-los de modo significativo para enga-jar os indivíduos, compartilhar as informações entre os profissionais de saúde e, assim, obter resultados melhores. Isso irá moldar o futuro da saúde e per-mitirá que um sistema seja orientado por responsa-bilidade, transparência e valor.

Para apoiar de forma efetiva todos os estágios da estratégia, as organizações precisam de um sistema base que conecte as unidades tradicionais, o proces-so de tratamento e as informações avançadas sobre

EXPERIÊNCIA GLOBAL

o estilo de vida de um indivíduo – o HealtheIntent™ é a plataforma da Cerner que faz isso. Ela é basea-da em nuvem e fornece às organizações percepções úteis usando big data.

Há um futuro promissor para nossa indústria aqui no Brasil. Continuamos a aumentar nossa equipe, que conta com o apoio de mais de 21 mil colabora-dores da Cerner em mais de 30 países. Mais de 30% da nossa força de trabalho possui histórico na área clínica, portanto, a área da saúde está no DNA da nossa empresa”.

Israel Armstrong

cerner

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perSpectiVa

Philips destaca soluções que simplificam processos e permitem controle efetivo de fluxos de trabalho clínico e administrativo

RENATO GARCIA CARVALHO - DIRETOR GERAL PARA A ÁREA DE SAÚDE DA PHILIPS NO BRASIL

Hoje, a principal demanda de hospitais e operadoras de saúde no Brasil é a

incorporação de tecnologias que auxiliem na re-dução de custos do sistema como um todo. Por isso, a Philips está trabalhando continuamente no desenvolvimento de soluções inovadoras para os nossos clientes. O Tasy atua nesta linha de melho-rias tecnológicas para o sistema hospitalar, pro-porcionando a redução de custos do sistema em diversas frentes.

Baseados nessas necessidades geradas pelo mercado, buscamos desenvolver soluções. O Tasy é uma solução completa e integrada para a ges-tão de saúde em hospitais, operadoras de planos de saúde e bancos de sangue. O software auxilia no gerenciamento dos processos de entrada na instituição, assim como nas funções de suporte, e contribui para que os prestadores de serviços e operadoras de planos de saúde tenham maior integração e simplificação de processos, o que permite um controle efetivo de todos os fluxos de trabalho clínico e administrativo.

É importante destacar que a linha de soluções da Philips voltada à Tecnologia da Informação, como o Tasy, está apresentando um resultado muito positivo pelo mercado deste segmento. Por isso, estamos trabalhando fortemente na exporta-ção deste produto para a América Latina e Euro-pa, o que reforça ainda mais a tendência de que, nos próximos anos, a otimização dos sistemas de Saúde e a respectiva redução de custos se forta-lecerão ainda mais.

FOCO NA REDUÇAO DE CUSTOS

Como líder em inovação para Saúde e Bem-Es-tar, temos convicção do nosso papel educador. Os departamentos de TI dos hospitais vêm assumin-do um papel cada vez mais estratégico dentro das instituições, com profissionais mais qualificados, integrados a outras áreas, como o board do hos-pital e a engenharia clínica, e abertos a entender as necessidades das equipes assistenciais.

Renato Garcia Carvalho

pHilipS

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PERSPECTIVA

GE Healthcare desenvolve solução em nuvem exclusivamente para o setor de saúde

PAULO BANEVICIUS - DIRETOR DE HEALTHCARE IT AMÉRICA LATINA DA GE

A tecnologia da informação vem sendo considerada uma importante ferra-

menta para o contexto gerencial, principalmente, pela melhora na performance, assim como a agi-lidade, precisão e disponibilidade de informações. O sistema de saúde busca três grandes ganhos: operacional, clínico e financeiro. Em alguns casos, busca-se ainda a combinação desses três pontos. Esses resultados são diretamente impulsionados pela presença de soluções de IT.

A área de Healthcare IT, dentro do negócio de Healthcare da GE, não é só importante como também essencial para as novas tendências do mercado. Como exemplo, podemos citar uma das últimas iniciativas: o GE Health Cloud, que pode ser considerado um exemplo de megatendência. Além de ter sido desenvolvido exclusivamente para o setor de saúde, esse ecossistema em nu-vem e suas aplicações ligam radiologistas e clíni-cos - tanto dentro como fora do ambiente hospi-talar. A ideia é ajudar a melhorar a assistência ao paciente e dirigir os resultados clínicos, financei-ros e operacionais superiores ao lado de profissio-nais de saúde.

Outra grande aposta da empresa na área de Tecnologia da Informação é o software de admi-nistração Centricity Opera, sistema que garante que todas as informações do Centro Cirúrgico es-tejam disponíveis para todos os membros do time clínico, administrativo e cirúrgico. Com essa solu-ção é possível diminuir atrasos e cancelamentos de última hora, otimizar a capacidade do centro

HEALTH CLOUD

cirúrgico e melhorar a comunicação da equipe as-sistencial com o paciente.

A GE Healthcare acredita no potencial de inova-ção do Brasil e como uma das maiores e princi-pais companhias de Healthcare do mundo, posso dizer que continuaremos buscando e oferecendo novas soluções customizadas e conectadas para atender as demandas e a realidade da América Latina, usando todo o conhecimento que temos dentro da organização.

Paulo Banevicius

Ge HealtHcare

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SAP busca integrar e ampliar fluxo da informação em instituições médicas

MARGARETH AMORIM, ESPECIALISTA EM SOLUÇÕES PARA O SETOR DE SAÚDE DA SAP BRASIL

A SAP tem trabalhado ao redor do mun-do com grandes instituições de Saú-

de tais como o National Center of Tumor Diseases (NCT) em Heidelberg, na Alemanha; a American Society of Clinical Oncology (ASCO) e a Stanford School of Medicine. Temos como foco prioritário o segmento da saúde, pois nossa missão corporati-va é melhorar a vida das pessoas. Nesse sentindo, cada vez mais ganha força o conceito de Rede Di-gital da Saúde.

No mercado de saúde, em geral as partes inte-ressadas não compartilham informações ou ali-nham serviços ao longo da cadeia de valor centra-da no paciente. Nós consideramos uma rede digital de saúde integrada como a espinha dorsal de um ecossistema na qual os participantes operam cada vez mais com interesse comum mútuo. A rede digi-tal da saúde pode aumentar a capacidade de qual-quer organização de saúde em fornecer melhores resultados para os pacientes com menor custo. A nossa visão é criar uma rede digital da saúde que permitirá o fluxo livre de informação entre várias entidades que suportam a medicina, através de nossa plataforma em nuvem (SAP Foundation for Health) onde a informação fluirá livremente e irá melhorar a pesquisa e os resultados dos pacientes.

A SAP Foundation for Health é uma plataforma aberta e segura para a consolidação, limpeza, e análise em tempo real de dados clínicos e ge-nômicos que provém de diferentes fontes de da-dos. A solução habilita a medicina personalizada e permite o desenvolvimento de novas aplicações

REDE DIGITAL DA SAÚDE

construídas pela SAP ou parceiros. Como benefí-cios, permite uma visão holística do paciente, de seu histórico clínico e dados genéticos, original-mente armazenados em silos de informação des-conectados; provê acesso em tempo real e análise de grandes volumes de dados estruturados e não estruturados, através de alta capacidade analítica e preditiva. Os dados dos pacientes e do cliente sempre permanecerão privados e seguros.

Margareth Amorim

perSpectiVa Sap

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PERSPECTIVA

Cisco inova com plataforma de tecnologia integrada que permite ao paciente acesso a informações e serviços de maneira digital

JOSÉ PAULO DE OLIVEIRA, DIRETOR DA CISCO PARA AS VERTICAIS DE SAÚDE E EDUCAÇãO

Muitos hospitais têm procurado solu-ções para melhorar a experiência do

paciente dentro de suas instalações - mais especi-ficamente dentro do quarto. Um exemplo de solu-ção é a Cisco Patient Connect (ou “Paciente Conec-tado”), uma plataforma de tecnologia integrada que permite ao paciente o acesso a informações e serviços de maneira digital e inovadora. Com a “Cisco Patient Connect”, por exemplo, é possível acessar o menu da dieta ou solicitar refeições aos seus acompanhantes pela própria TV do quarto. A tecnologia permite ainda ao paciente interagir com enfermeiras, médicos e até mesmo com seus familiares à distância, através de videoconferên-cia, além de ajustar o leito através de tablets ou smartphones. Tecnologias como essa represen-tam um diferencial competitivo frente à concor-rência e uma ferramenta de atração de clientes poderosa para hospitais.

Já no âmbito da gestão, investimos em solu-ções como a Cisco Data Virtualization e Cisco Integration Plataform. Essas soluções permitem integrar facilmente a “origem” dos dados - que pode ser um datacenter, o chamado “Big Data” ou até mesmo planilhas - às principais ferramen-tas de análise, acelerando processos e a toma-da de decisões de uma forma rápida e barata. Outro ponto promissor são as ferramentas de análise de dados (“Analytics”), cada vez mais re-levantes para a tomada de decisões. Um exemplo é a solução Cisco CMX, que permite via WiFi ou BLE (“Bluetouth Low Energy”) identificar quantas

PACIENTE CONECTADO

pessoas entram por dia em um hospital ou em um posto de saúde e detalhar qual é o seu perfil, seu tempo médio de espera, as áreas e setores que mais frequentam, etc.

A Cisco busca sempre inovar - isso está no DNA da empresa. É preciso entender o negócio e os desafios das organizações de saúde e ajudá-las a serem ainda mais ágeis, para que capturem no-vos clientes e aumentem sua receita com soluções inovadoras.

José Paulo de Oliveira

ciSco

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IBM aposta em compartilhamento de dados e medicina personalizada

MÁRCIA ITO – MÉDICA E PESQUISADORA DO LABORATÓRIO DE PESQUISA DA IBM BRASIL

Globalmente, a IBM tem a área de saú-de como um dos principais focos.

Tanto que em abril de 2015, anunciou a divisão de negócios Watson Health que pretende aprimorar a qualidade e eficiência da saúde das pessoas. O propósito é trabalhar com o paciente como centro do tratamento por meio do compartilhamento de dados sociais. Todos os esforços são para o de-senvolvimento da plataforma aberta Watson He-alth Cloud – uma nuvem de dados que oferecerá aos parceiros uma visão completa dos fatores que afetam o bem-estar das pessoas.

Nesse sentido, o nosso produto mais inovador é o Watson Oncology que vem ajudar o médico na escolha do tratamento do câncer de forma per-sonalizada e baseado nas últimas evidências mé-dicas sobre o assunto. A literatura médica é vasta e além disso a todo instante novos resultados de pesquisas são publicados. O Watson Oncology ajuda o médico a encontrar nesta vasta biblioteca as informações para que o médico possa escolher o melhor tratamento para o seu paciente.

São promissores os sistemas que fazem a análi-se não somente dos dados clínicos, mas que usem todos os tipos de dados, aos quais estamos cha-mando de dados exógenos, para melhorar a saúde das pessoas. Ou seja, pensar no bem-estar geral e não somente tratar a doença quando ela aparece.

Sistemas de predição e prevenção em sensores pessoais são uma tendência. Esses sistemas inte-grados com sistemas de monitoramento de saúde podem ajudar a prevenir as intercorrências mais

CUIDADO CENTRADO NO PACIENTE

graves de doentes crônicos e retardar o apare-cimento de outros. Além disso, sistemas colabo-rativos em que a equipe de cuidado do paciente possa trocar informações e discutir o caso do pa-ciente também são uma tendência para aprimorar o atendimento. Em resumo, tecnologias que au-xiliem no cuidado centrado no paciente de forma personalizada são uma tendência.

Márcia Ito

perSpectiVa ibM braSil

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PERSPECTIVA

TOTVS desenvolve novo conceito de prontuário eletrônico mais aderente às rotinas médicas

MARCELO SOUCCAR - HEAD DOS SEGMENTOS DE SAÚDE E MERCADO INTERNACIONAL DA TOTVS

A área de saúde é complexa e muito bu-rocrática, seus processos são muito mi-

nuciosos e isso acaba engessando o atendimento. Estima-se que apenas 20% dos hospitais brasileiros são informatizados. Ao mesmo tempo, a cadeia de saúde engloba diversos atores como: hospitais, la-boratórios e centros de diagnóstico. Todos buscam cada vez mais transparência e integração entre seu relacionamento, com o objetivo de agilizar a opera-ção, reduzir custos, melhorar o desempenho finan-ceiro e elevar o nível do serviço prestado. Um siste-ma informatizado que possibilite ligar todos estes elos, incluindo a vida clínica da população, é a ampla demanda e o grande desafio.

Como proposta de valor, nossas soluções permi-tem maior performance clínica, maximização de re-ceitas e atendimento total às legislações do setor. Trabalhamos diariamente para aprimorar nossos produtos e fazer a diferença na rotina dos nossos clientes e construir uma nova história para a saúde da população brasileira. Atualmente, 45% das Uni-meds do Brasil são clientes da TOTVS, nossas solu-ções administram mais de 32 milhões de vidas em operadoras de planos e cooperativas médicas. Além disso, atendemos mais de 19 mil leitos hospitalares com nossos produtos.

O que vimos muito no mercado de tecnologia para a área da saúde são prontuários eletrônicos pouco aderentes às rotinas médicas, o que causa bastante resistência de uso por parte do corpo médico. Isso nos proporcionou uma grande oportunidade para mudar essa realidade. O PEP 2.0 ou Prontuário Ele-

PRONTUÁRIO ELETRÔNICO 2.0

trônico de 2ª Geração, como gostamos de chamá-lo, pois não se trata de uma nova versão e sim de um novo conceito, é um produto inovador. Ele foi desen-volvido com o apoio de um grupo de médicos, o que permitiu ao produto uma interface sofisticada e, ao mesmo tempo, aderente ao dia a dia de enfermeiros e médicos, colaborando para a análise das operações e para a geração de melhores resultados clínicos e operacionais, além de ser de rápido aprendizado para os profissionais de saúde.

Marcelo Souccar

totVS

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Agfa lança solução de Enterprise Imaging buscando intensificar a integração de dados e imagens

ROBERTO FERRARINI – PRESIDENTE DA AGFA HEALTHCARE PARA A AMÉRICA LATINA

A possibilidade de integração de dados e imagens fornecendo aos médicos in-

formações para um laudo mais preciso e sem neces-sidade de duplicação de exames e com acesso ao histórico do paciente, em qualquer lugar e a qual-quer momento, criará a possibilidade da excelência clínica com uma sensível redução de custos para toda a cadeia da saúde.

A Agfa HealthCare, sempre atenta a novas tec-nologias e soluções em TI para a área da saúde, apresenta a nova Solução de Enterprise Imaging, plataforma única que reúne todas as imagens dis-poníveis na mesma interface. A tecnologia permite que os profissionais envolvidos nos cuidados ao pa-ciente tenham acesso à totalidade das informações diagnósticas de maneira gerenciável, da radiologia à cardiologia, da oftalmologia à dermatologia. A con-jugação desses dados permite ao médico uma visão holística do paciente.

O HYDMEDIA, outra solução que visa o conceito paperless, permite acesso on-line ao prontuário do paciente (100% web); eliminação de papel e redução de custos; acesso simultâneo ao prontuário – team collaboration; pesquisa full-text; ferramentas para Gerenciamento de Processos (Business Process Ma-nagement – BPM); interoperabilidade comprovada com outros sistemas; acesso a outros arquivos do paciente, como vídeos, imagens DICOM, planilhas e outros documentos; gerenciamento de segurança e trilha de auditoria; e aplicações customizadas para gestão de documentos dos departamentos Finan-ceiro e RH.

INTEGRANDO DADOS E IMAGENS

Entendemos a proposta de valor de cada cliente e sua maturidade na gestão de processos. Temos que ouvir os clientes e entender suas necessidades, pois são eles que, ao final do dia, movem o setor de saú-de. Através de nosso modelo de vendas consultiva compartilhamos informações de projetos executa-dos na América Latina e no resto do mundo e, com isto, podemos demonstrar soluções globais e ajustá-las às necessidades locais.

Roberto Ferrarini

perSpectiVa aGFa HealtHcare

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PERSPECTIVA

InterSystems fornece tecnologia avançada para interoperabilidade estratégica e análise de dados

CARLOS EDUARDO NOGUEIRA - DIRETOR GERAL DA INTERSYSTEMS PARA AMÉRICA LATINA

O uso da TI em saúde vem avançan-do nos estabelecimentos de saúde

em todo o país. Já existe uma maior consciência em relação aos benefícios que a tecnologia pode trazer aos negócios, reduzindo custos, melhoran-do o atendimento aos pacientes e promovendo a saúde baseada na prevenção. Também é possível registrar um maior uso da TI pelos pacientes, que têm utilizado cada vez mais aplicativos para gerir melhor a saúde.

A InterSystems fornece os mecanismos da in-formação que alimentam algumas das mais im-portantes aplicações do mundo. A estratégia é continuar inovando para ajudar nossos clientes a antecipar tendências, aumentar a produtividade, reduzir custos e oferecer um melhor atendimento aos pacientes.

Um exemplo é o InterSystems HealthShare, pla-taforma de tecnologia para saúde que forne-ce tecnologia avançada para interoperabilidade estratégica e análise de dados. O HealthShare proporciona coordenar os cuidados e gerenciar a saúde da população; melhorar a comunicação entre fornecedores, agências de serviço comuni-tário, gestores de cuidados, pacientes e familiares; conectar dispositivos, softwares e organizações de atendimento à saúde; aumentar a segurança e reduzir a duplicidade de serviços fornecendo his-tóricos abrangentes dos pacientes e informações acionáveis no ponto de atendimento; construir serviços e soluções tecnológicas de informações de saúde conectada; e, apoiar o intercâmbio de

INTEROPERABILIDADE E ANÁLISE DE DADOS

informações sobre saúde em nível nacional e re-gional, entre outras funcionalidades.

As organizações de atendimento e cuidados à saúde em todo o mundo são cobradas para me-lhorar a qualidade, a acessibilidade e a eficiência. Porém, cuidar melhor da saúde não é fácil. A visão por trás do InterSystems HealthShare é simples: atender a esses desafios e transformar o atendi-mento à saúde compartilhando informações e co-nectando comunidades.

Carlos Eduardo Nogueira

interSYSteMS

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Pixeon otimiza trabalho de profissionais unificando dados e integrando soluções

ROBERTO RIBEIRO DA CRUZ - CEO DA PIXEON

O uso da tecnologia abre diversas possibilidades para agregar valor

às instituições, seja na gestão ou no atendimen-to clínico. Há tendências que prestamos atenção atualmente e que podem ser promissoras, como a telemedicina, data analytics, big data e mobile health. Evoluir constantemente está no DNA da Pixeon e temos como foco simplificar a vida dos profissionais de saúde e do paciente, e propor-cionar a eles um melhor acesso à saúde por meio da tecnologia. Por isso, cremos que ao desenvol-ver soluções de gestão tecnológica para a área de saúde, estamos contribuindo para a evolução desse mercado.

Um exemplo é o FLOW Performance, solução de gestão radiológica em Cloud, desenvolvida para superar as expectativas dos usuários em termos de produtividade, usabilidade e oferta de mais qualidade nos laudos e excelência no atendimen-to dos pacientes. Ao focar nas múltiplas tarefas do usuário apresentando todas as ferramentas para laudar em uma única tela, o Flow Performan-ce promove a produtividade e possibilita realizar laudos em poucos cliques e de qualquer local.

Já o sistema de gestão SmartHealth facilita o controle dos mais variados setores da unidade hospitalar e possibilita a gestão integrada do workflow dos profissionais da instituição. A solu-ção atende desde a emergência ou recepção, con-ta com o prontuário eletrônico do paciente (PEP), acessível via web, gerenciando do estoque ao fa-turamento.

PRODUTIvIDADE PARA A GESTÃO

Entre as novidades de 2016 está o módulo bei-ra leito para dispositivos móveis, que permite ao médico acessar, enquanto está com o paciente, na emergência ou UTI, as informações mais impor-tantes de seu histórico em seu celular ou tablet, garantindo mobilidade. A solução atua de forma integrada com outras soluções de gestão unifican-do as informações entre o centro de diagnóstico por imagem e o sistema de gestão do hospital.

Roberto Ribeiro da Cruz

perSpectiVa pixeon

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PERSPECTIVA

Benner destaca serviço de informação e orientação em saúde por telefone e se prepara para consultas médicas via videoconferência

SEVERINO BENNER – CEO DO GRUPO BENNER

A cadeia produtiva da saúde precisa passar por uma ruptura do modelo

atual. É preciso romper com alguns paradigmas para avançarmos. A tecnologia pode ajudar pois proporciona a integração da cadeia com fornece-dores para eliminar desperdícios, centraliza e in-tegra informações e automatiza a gestão de pro-tocolos clínicos. Os hospitais se informatizaram, porém, não se automatizaram. O desafio é uma mudança cultural dos profissionais da saúde que ainda relutam na adoção da tecnologia. O pro-cesso de decisão clínica deveria ser tomado com adoção de protocolos. Como os hospitais não têm isso automatizado, cada médico trata de uma for-ma diferente.

Já em relação às operadoras de saúde, a ado-ção do BI Analytics com análise preditiva permi-te analisar os potenciais sinistros olhando para o futuro. Com isso, é possível atuar na redução dos custos. Também devemos considerar o uso de In-teligência Artificial para processamento e análise de contas.

As empresas estão buscando redução de custos e a nossa oferta de saúde está baseada em aju-dar o nosso cliente a melhorar a gestão e reduzir custos. A Benner está estruturada em três pilares: tecnologia para a cadeia, gestão de sinistro e BPO. Nossa estratégia segue no sentido da saúde di-gital, serviços de orientação médica e farmacêu-tica. Um exemplo é o Saúde 24H, um serviço de informação e orientação em saúde por telefone, que permite que os beneficiários tenham acesso

CONSULTAS MéDICAS vIA vIDEOCONFERÊNCIA

a qualquer hora do dia ou da noite a uma equipe de saúde especializada. Habilitados para avaliar a gravidade da queixa e analisar a situação, os pro-fissionais de saúde orientam, de forma confiável, sobre a conduta a tomar.

Estamos nos preparando também para poder realizar consultas médicas via vídeoconferência, o que depende de mudanças na legislação. Atual-mente, a lei permite terapias e não consultas. Po-rém, acredito ser apenas uma questão de tempo.

Severino Benner

benner

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Sláinte lança no mercado brasileiro solução paperless para registros médicos

ANDREW MURPHY - CEO & FUNDADOR DA SLÁINTE HEALTHCARE

O maior desafio no uso da tecnologia é o de capturar a informação em tem-

po real de modo eletrônico ao invés do papel. Ao registrar informação em tempo real, a tecnologia pode adicionar suporte à decisão clínica, gerar alertas importantes e sugestões através do uso de algoritmos. Isso costuma ser extremamente difícil de se implementar para médicos e enfermeiros, pois para eles trata-se de algo complicado que consome muito do seu tempo. Esta é a razão por-que estamos tão positivos em trazer o VITRO para o mercado brasileiro.

Acreditamos que a tecnologia pode alterar o modo como a saúde é feita e o Vitro segue esta teoria, no qual o foco é ajudar a equipe clínica a oferecer um melhor tratamento ao paciente, re-duzindo custos e aprimorando resultados. O que o torna um EMR clínico realmente único é o fato de ser uma solução desenvolvida para se adap-tar ao usuário e não ao contrário. Nossos clientes são nossas melhores testemunhas e podem con-tar sobre sua rápida implementação, que em ge-ral acontece em meses, sua adoção por 100% dos usuários, e o impacto clínico ao aumentar signifi-cativamente a segurança do paciente.

A chave para antecipar tendências é ter esse en-tendimento real da rotina clínica e dos desafios que os profissionais da saúde enfrentam, e então procurar meios de aprimorar tudo isso, depois olhar para as macrotendências do mercado e as-sim desenvolver conceitos corretos para melhorar este caminho.

INFORMAÇÃO EM TEMPO REAL

Quando falamos em mercado brasileiro trata-se de um número de quase 7 mil hospitais e clíni-cas. Instituições com realidades diversas, algumas com mais ou menos acesso à inovação ou recur-sos. No entanto, há uma ampla conscientização da necessidade de se promover mais segurança e melhor tratamento ao paciente aliada à agilida-de dos profissionais e tentativa de redução dos custos. Isso só se torna possível com tecnologia e através da busca por ferramentas adequadas.

Andrew Murphy

SlÁinte HealtHcare perSpectiVa

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PERSPECTIVA

Konica Minolta investe no conceito Design Thinking, que tem como objetivo cocriar, junto com o cliente, soluções em imagem primária

DANIEL MARTINS, GERENTE NACIONAL DE VENDAS & MARKETING DA KONICA MINOLTA HEALTHCARE

A Konica Minolta possui três pilares que compõem suas Soluções de Ima-

gem Primária: Soluções Digitais, Ultrassonografia e TI. O foco é ajudar os clientes a agilizar os pro-cessos de diagnóstico, sem perder a eficácia, ou seja, alcançar mais resultados com menos custos. Na radiologia digital, os painéis digitais têm custo maior, se comparados com o CR. Mas, quando se olha o ROI, estes custos são diluídos e o fluxo fi-nanceiro fica positivo. Por isso, o maior desafio é, sem dúvida, a pressão por baixos custos contra a necessidade de atualização tecnológica.

A alta tecnologia de centros de diagnósticos de imagem e de centros de laudo tem possibilitado diagnósticos cada vez mais precisos e detecção de problemas mais precocemente. Um exemplo ino-vador é o AeroSync, nova tecnologia de digitaliza-ção de raios X portáteis e fixos da Konica Minolta. O equipamento, que não requer conexões a cabo, detecta uma exposição aos raios X, gera automa-ticamente uma imagem e faz a transição para o processo de armazenamento de raios X, ou seja, a comunicação com o gerador de raios X não é mais necessária.

Estamos trazendo para os nossos clientes no Brasil o conceito de Design Thinking, que tem como objetivo cocriar, junto com o cliente, as So-luções em Imagem Primária que suportarão seus desafios atuais e futuros. A tendência é que os clientes busquem empresas que forneçam so-luções e não produtos. Para isso, é preciso ou-vir o cliente e desenvolver soluções alinhadas às

RADIOLOGIA DIGITAL

suas necessidades. Na metodologia de Design Thinking, criamos um mapa de processos onde se discute os principais gargalos dentro das institui-ções de saúde e propõe-se novos processos e so-luções tecnológicas que atuem na otimização dos recursos dos clientes. A Konica Minolta procura, assim, se diferenciar no mercado, se posicionando mais como consultores confiáveis do que simples fornecedores.

Daniel Martins

Konica Minolta do braSil

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Orizon simplifica processos gerando informações estratégicas que auxiliam na tomada de decisão

LUIZ ALBERTO ORTIZ – CIO DA ORIZON

A Orizon nasceu para oferecer soluções que simplifiquem os processos, agre-

gando tecnologia e eficiência a toda a cadeia de saúde. Isso permite que os agentes do setor de saúde possam se focar no que realmente é seu objetivo: o cuidado ao paciente. Essa é a forma como a Orizon ajuda, não apenas os CIOs e CMIOs (Chief Medical Information Officer), mas também algumas outras áreas, como a financeira desses agentes.

Para isso, utilizamos algumas metodologias de vanguarda, como Design Thinking, DevOps, Lean, de forma a termos uma visão centrada no usuá-rio de nossas soluções, inovando e entregando de forma rápida e segura.

O Concilie é um produto inovador e que dá transparência à relação financeira entre prestado-res e operadoras. Normalmente, tanto prestado-res quanto operadoras têm equipes dedicadas a cruzar informações de cobrança e de pagamento, com muito trabalho manual e sujeito a erros. O Concilie faz tudo isso automaticamente, liberando tempo dessas equipes.

Outra solução com grande apelo ao consumidor final é nosso aplicativo de Benefício Medicamento, que permite ao beneficiário usufruir de descontos em medicamentos, consultar os descontos, loca-lização e rotas para as farmácias mais próximas.

Existe uma tendência clara de se colocar o pa-ciente no centro do processo de atenção à saú-de. Isso indica uma demanda clara por um me-lhor conhecimento do paciente, de dados clínicos,

SIMPLIFICANDO PROCESSOS

histórico de saúde e hábitos. Com isso os hospi-tais e médicos teriam uma informação histórica e abrangente do paciente, permitindo uma melhor assistência.

Em relação às operadoras, esse tipo de informa-ção também permite um melhor conhecimento do perfil do paciente, possibilitando que as empresas identifiquem tendências clínicas que possam indi-car crises agudas ou identificar precocemente as doenças crônicas.

Luiz Alberto Ortiz

perSpectiVa oriZon

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PERSPECTIVA

MV cria comunidade voltada ao cuidado da saúde conectando pessoas, médicos, hospitais e outras instituições de saúde

PAULO MAGNUS - PRESIDENTE DA MV

A nova onda de inovações tecnológicas está mudando a natureza dos negó-

cios pela capacidade de detectar padrões, prever ameaças, obter aplicações à prática cotidiana e, dessa forma, auxiliar na tomada de decisões em diversas áreas. E isso não poderia ser diferente na saúde. O uso da tecnologia adequada e a me-lhoria dos processos é crescente. Nos hospitais, a busca é pelo conceito de hospital digital.

Com o objetivo de conectar pessoas, médicos, hospitais, clínicas, laboratórios, operadoras e de-mais atores da saúde pública e privada para criar uma comunidade voltada ao cuidado da saúde e do bem-estar, a MV desenvolveu a plataforma Global Health. Permitindo que tanto as pessoas sadias quanto com doenças crônicas tenham fa-cilidade no acompanhamento da saúde de forma preventiva, a plataforma unifica e armazena dados pessoais relacionados a consultas médicas, resul-tados de exames, atividades físicas, hábitos ali-mentares, além de informações provenientes de outros aplicativos e wearables, para que possam ser disponibilizados, com a autorização do usuá-rio, a médicos e hospitais. Com isso, a saúde deixa de ser tratada de forma isolada e, ao promover o compartilhamento de informações e favorecer análises de comportamentos, a solução gera pre-ditividade e aumenta a expectativa de vida com monitoramento, inclusive, de pessoas sadias.

A experiência acumulada no acompanhamento da evolução da saúde há quase três décadas me permite confirmar que, com o imenso volume e a

PLATAFORMA GLOBAL HEALTH

rápida velocidade com que os dados são diaria-mente gerados hoje na saúde, a tendência mais promissora está voltada à adoção de tecnologias capazes de armazenar, cruzar e gerenciar essa avalanche de dados. Big data, wearables, cloud computing, interoperabilidade, inteligência clí-nica, analytics, soluções BPM mobile, Internet of Things (IoT) e user experience são com certeza as palavras-chaves quando o assunto é o futuro (próximo) em ehealth.

Paulo Magnus

MV

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Medilab Sistemas concentra esforços na produção de soluções que viabilizem processos completos e integrados, gerando mais produtividade e economia de tempo e recursos

ELIAS ANTONIO – DIRETOR E COFUNDADOR DA MEDILAB SISTEMAS

O desafio das empresas deve estar voltado ao aprimoramento das fer-

ramentas para uma gestão ampla de todas as etapas das operações clínicas, hospitalares e de operadoras de saúde. É necessário concentrar es-forços na produção de soluções que viabilizem processos completos e integrados, gerando mais produtividade, economia de tempo e recursos.

A Medilab desenvolve há 20 anos tecnologia em saúde e, nos últimos quatro, vem passando por um processo de crescimento ligado à evolu-ção das nossas tecnologias e reestruturação or-ganizacional. Ao longo do tempo, aprimoramos conhecimento técnico, otimizamos metodologias de trabalho e, com isso, os produtos tornaram-se robustos e maduros o suficiente para atender dis-tintas ramificações dentro do segmento.

O desenvolvimento dos nossos softwares está focado no rápido atendimento ao paciente, para que os profissionais de saúde possam pensar na humanização das relações e cuidados médicos.

O MediWeb, nossa solução de Telerradiologia, é um marco para a Medilab enquanto empresa desenvolvedora de tecnologia em saúde e, prin-cipalmente, uma evolução quando falamos em medicina diagnóstica. Com a solução, pacientes e médicos solicitantes visualizam resultados de exa-mes, com integridade e segurança dos dados. Ao rodar processos em nuvem e se adaptar a qual-quer dispositivo móvel, otimiza o trabalho do mé-dico solicitante e agiliza o atendimento ao pacien-te e diagnósticos. A solução de Telerradiologia da

PRODUTIvIDADE QUE GERA ECONOMIA

Medilab é totalmente integrável ao nosso PACS e sistemas de outros fabricantes.

Ferramentas conectadas à internet, associadas à tecnologia de cloud computing serão, em breve, realidades em todas as operações. Acesso remoto ao histórico de pacientes, manipulação virtual dos recursos hospitalares e difusão dos dispositivos portáteis já estão no centro dos investimentos e atingirão integralmente a saúde como conhece-mos.

Elias Antonio

Medilab SiSteMaSperSpectiVa

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PERSPECTIVA

Salux pauta inovações no modelo de cocriação de soluções alinhadas às necessidades reais das instituições de saúde

FABRICIO COLVERO AVINI - CEO DA SALUX

A s soluções de TI estão cada vez mais assumindo papel estratégico nas

organizações de saúde. Os principais eixos para utilização da tecnologia estão relacionados à efe-tividade na gestão e na assistência. Ao mesmo tempo, eles estão relacionados entre si, pois sem uma assistência custo-efetiva, assertiva, não te-mos também sustentabilidade financeira e redu-ção de desperdícios nas organizações de saúde.

No mercado de pequenos e médios hospitais, a Salux conta com solução avançada e ao mes-mo tempo viável financeiramente. O HIS (Hospital Information System) é uma ferramenta reconhe-cidamente robusta e completa por ter nascido dentro do ambiente de gestão hospitalar e em grandes instituições. Ao mesmo tempo, mante-mos a viabilidade desta solução para atender o grande mercado de pequenos e médios hospitais. Aliado a isto, temos desenvolvido soluções que entregam “melhoria em saúde através da tecno-logia”, conforme nossa missão, indo desde painel de acompanhamento de indicadores e metas de contratualização, Plataforma de Benchmarking de indicadores em saúde e plataforma de serviços médicos integrado à prescrição eletrônica.

Existe uma teoria chamada de co-creation em que o fornecedor cria junto com o cliente as solu-ções alinhadas às necessidades reais. A Salux sem-pre pautou suas inovações neste modelo de co-criação das soluções orientadas não a modismos tecnológicos e sim em entrega que tangibilize re-sultados direcionados a resolução dos problemas

CO-CREATION: UM NOvO MODELO PARA INOvAÇÃO

e necessidades das organizações de saúde.É fundamental que a área de Tecnologia em saú-

de esteja sempre up-to-date em relação ao que há de mais avançado e que agregue realmente valor ao ecossistema de saúde, aliado a sensibili-dade do empreendedor em não apenas focar em qual lucro isto dará para sua empresa, mas sim no valor que está gerando ao cliente e de forma viável, com retorno efetivo sobre o investimento.

Fabricio Colvero Avini

Salux

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Prontmed disponibiliza Prontuário Eletrônico intuitivo e focado na experiência do médico ao atender o paciente

LASSE KOIVISTO - SÓCIO E CEO DA PRONTMED

A principal demanda de hospitais e ope-radoras é uma maior visibilidade e in-

tegração de informações, fundamental para a boa gestão. A adesão dos sistemas pelos usuários finais ainda é uma oportunidade. O setor de saúde tem enfrentado grandes desafios, pois os custos cres-cem a um ritmo alarmante, com projeções que in-dicam uma inflação médica de cerca de 20% para 2016. Isso obrigou as empresas a olharem para den-tro e revisarem processos para melhorar a gestão e ganhar produtividade. A tecnologia tem sido pro-curada como um facilitador desse processo, o que tem impulsionado a adoção dos HIS, LIS, RIS/PACS e Prontuário Eletrônico.

No caso de prontuário médico eletrônico, o usuá-rio final é principalmente o médico, e por isso, nesse caso, a adesão dos médicos é o grande desafio. Para isso, as empresas estão tendo que aprender como os médicos atendem seus pacientes nas diversas es-pecialidades para desenvolver um sistema que seja amigável e garanta uma adesão adequada.

Em nossa percepção, o mercado nacional tem demandado soluções que facilitem ao máximo os processos diários em consultas clínicas. O Prontmed é um sistema de prontuários eletrônicos com foco em diferentes especialidades médicas, o que já é um grande diferencial, pois a maioria das empresas oferece um prontuário igual para todas as especia-lidades. O diferencial em relação à concorrência é o foco na entrega de uma solução baseada nas neces-sidades do médico dentro do âmbito assistencial.

Já atendemos mais de 20 especialidades diferen-

O DESAFIO DA ADESÃO TECNOLÓGICA

tes com um prontuário feito de médico para médico para, dessa forma, oferecer algo diferenciado. Além disso, nosso prontuário é todo parametrizado, o que possibilita, por meio da organização das infor-mações clínicas, a inserção de inteligências, como, por exemplo, protocolos de conduta baseados em diagnósticos e resultados de exames. Nossa visão de curto e médio prazo é a criação de parcerias e integrações com outras empresas do setor para in-crementar a nossa oferta de valor.

Lasse Koivisto

perSpectiVa prontMed

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PERSPECTIVA

GS1 fomenta a implantação em grande escala dos softwares de gestão e de rastreabilidade que apoiam o processo de gestão

MARCELO SÁ OLIVEIRA - EXECUTIVO DE NEGÓCIOS DA ASSOCIAÇãO BRASILEIRA DE AUTOMAÇãO, GS1 BRASIL

Osetor da saúde é, tradicionalmente, atento à evolução da tecnologia no

que diz respeito à área médica, e o que estamos observando é o uso da tecnologia na condução de diversos processos e na gestão, que passou a ser um fator indicativo de qualidade no atendimento ao paciente. Alguns hospitais são pioneiros no Brasil na gestão de seus ativos e medicamentos para ga-rantir a segurança do paciente, entre eles Hospital Moinhos de Vento (RS), Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital e Maternidade Santa Joana e Hospital Israelita Albert Einstein. Eles já usam o padrão GS1 Datamatrix para que o paciente certo receba o me-dicamento certo pela via certa, na dose certa e no horário certo. O que chamam de 5 certos.

Para garantir excelência em qualidade na segu-rança do paciente, o que traz plena confiabilida-de ao hospital em relação ao seu público, garantir a procedência dos medicamentos e dos insumos hospitalares e a gestão dos 5 certos são as deman-das mais evidentes hoje. O primeiro desafio é a im-plantação em grande escala dos softwares de ges-tão e de rastreabilidade com base no padrão GS1 Datamatrix. Trata-se de um código bidimensional para leitores infravermelhos que carrega uma série de informações dos produtos e medicamentos. A rastreabilidade é o principal objetivo. Inclusive, a Anvisa o adotou como padrão para a serialização dos medicamentos, o que evita erros de adminis-tração, falsificação dos remédios e contrabando.

O código de barras é uma tecnologia que está no mercado global há mais de 40 anos. Por isso,

PADRÕES vISAM A EXCELÊNCIA DA GESTÃO

é visto como “velho”. Todavia, a inovação está na modelo de implantação utilizado. A rastreabilida-de é tema pujante no setor e o código de barras é uma das tecnologias mais baratas e fáceis de se implantar para apoiar o processo de gestão, controle e a própria rastreabilidade. Portanto, o código GS1 DataMatrix surge como uma tendên-cia quando se fala de marcação de dose unitária e produtos para saúde.

Marcelo Sá Oliveira

GS1 braSil

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Wareline investe em solução de Business Intelligence com conjunto de Dashboards para cada tipo de cenário hospitalar

RAPHAEL CASTRO - GERENTE COMERCIAL DA WARELINE SISTEMAS

Autossuficiência e capacidade de in-vestir são pontos em comum quan-

do falamos de desafios a serem superados, tanto por hospitais quanto por operadoras. Existe hoje no mercado uma forte tendência em aquisição de tecnologias que não sejam baseadas em estrutu-ras proprietárias de banco de dados e sistemas operacionais de servidores, com o propósito de canalizar a economia obtida com isso, revertendo-a em horas de capacitação e treinamento. Com isso os hospitais ganham em eficiência e exce-lência operacional com menor custo em projetos. Crescemos muito nos últimos anos, pois acredita-mos no uso de tecnologias open source, diferente de nossos principais concorrentes. Levamos nosso sistema para unidades que precisam de apoio de uma ferramenta de gestão robusta e inteligente, mas que não dispunham de grandes cifras para investir.

Estamos lançando o Conecte/w Indicadores, solução de BI 100% desenvolvida pela Wareline e baseada em WEB. O grande diferencial desta ferramenta é que ela vem com um conjunto de Dashboards para cada tipo de cenário hospitalar, diminuindo a necessidade de gastos com analis-tas de BI e desenvolvimento de tecnologias. Por trabalhar com conceito em cubos, é possível fa-zer uma completa análise de dados, levando em consideração a especificidade de cada estabele-cimento de saúde. Existem muitas ferramentas de Business Intelligence no mercado, mas entende-mos que os CIOS não querem um controle fora do

ANÁLISE ESPECíFICA DE DADOS

contexto das unidades que administram mas, sim, que esses indicadores façam parte do sistema de gestão de suas unidades.

As nossas soluções são desenvolvidas de forma integrada e com a preocupação de proporcionar ao usuário uma experiência de uso intuitiva e des-complicada, com isso a admissibilidade dos usuá-rios ao sistema é maior e atingimos, assim, todos os setores das instituições.

Raphael Castro

Wareline SiSteMaSperSpectiVa

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PERSPECTIVA

Hyland destaca importância de plataforma de informações empresariais para a gestão de conteúdo, processos e casos

PAULO CÉSAR ALVES LIMA - GERENTE DE CONTAS DA HYLAND

O mercado brasileiro e latino-ameri-cano possui um grande potencial de

adoção de soluções de TI na área de saúde. As principais soluções, como sistemas de gestão hos-pitalar, PACS, entre outros que são fundamentais para a gestão administrativa e clínica das institui-ções já estão consolidadas, porém, gerenciam um pequeno grupo de informações estruturadas. A grande maioria das informações (não estruturadas) ainda permanece sem o efetivo gerenciamento e fácil acesso, demandando a utilização de soluções que permitam a melhor gestão da grande massa de informações das instituições de saúde.

O Onbase é uma plataforma empresarial que unifica informações para o gerenciamento de con-teúdo, processos e casos, auxiliando as organiza-ções a administrar documentos e dados, e simpli-ficar operações de negócios.

O uso e adoção das soluções de TI vem crescen-do ano a ano, principalmente nas áreas clínicas, fornencendo aos profissionais de saúde todas as informações necessárias para obter uma melhor qualidade na prestação dos serviços médicos. Neste sentido, as informações históricas do pron-tuário eletrônico do paciente são de fundamental importância, bem como a automação de proces-sos que agilizam a tomada de decisões.

Encontramos uma necessidade ímpar para a utilização de uma solução de ECM (Gestão de Conteúdo Empresarial) pois existem muitas infor-mações ainda em papel, espalhadas por todas as instituições, que podem ser integradas ao pron-

GERENCIANDO DOCUMENTOS E DADOS

tuário eletrônico, permitindo o acesso imediato as informações dos pacientes. O setor de saúde é considerado um dos mais complexos em termos de processos de negócios. Muitos deles ainda não possuem um nível de automação adequado. Tal cenário reforça a adoção de plataforma corpora-tiva capaz de automatizar os processos de negó-cios de toda a instituição, bem como a gestão da maioria das informações existentes em uma orga-nização.

Paulo César Alves Lima

HYland SoFtWare

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Wareline SiSteMaS

Consulta do Bem desenvolve plataforma digital que busca a melhoria do acesso à saúde de qualidade

RAFAEL SEIXAS MORGADO - CFO E CO-FUNDADOR DO CONSULTA DO BEM TECNOLOGIA

Hospitais e planos de saúde têm de-mandas por soluções de TI diferentes

entre si, e até mesmo diferentes entre os distintos departamentos dessas organizações. Na questão clínica de interação com o usuário/paciente, nota-mos um aumento pelo interesse na análise de com-portamentos do cliente para encontrar oportuni-dades de redução de custo. O desafio é como fazer isso sem piorar o atendimento ou experiência do cliente. Em outras palavras, a redução de custo não pode vir da falta de tratamento adequado, e sim da solução mais eficiente para o paciente.

Pensando nisso, criamos uma solução que gera valor para clínicas e pacientes, sem aumentar os custos para nenhum dos lados. O Consulta do Bem é pioneiro em seu modelo de negócio. Somos uma startup de tecnologia que desenvolveu uma plataforma digital que busca a melhoria do acesso à saúde de qualidade. Através do portal e do apli-cativo (disponível para Android e iOS) é possível agendar consultas selecionando especialidade, endereço e preço. O paciente encontra o médico por geolocalização, agenda o horário e paga um valor popular. Ou seja, ele é atendido onde quer, quando quer e pelo preço que pode pagar. A em-presa, que surgiu em 2015, foi criada por médicos e empreendedores, já está presente em várias ci-dades do Estado de São Paulo e tem planos de expansão para todo o país.

Algo que certamente vem chegando para ficar é a geração e análise de Big Data. Isso vai revolucio-nar a forma como as pessoas tratam e previnem

AGENDAMENTO E PAGAMENTO ONLINE DE CONSULTAS

doenças. Os dispositivos vestíveis (wearables) integrados com a computação em nuvem serão cada vez mais parte do cotidiano das pessoas. Isso sem falar no acompanhamento inteligente e integrado de todo o histórico dos pacientes. No Consulta do Bem, nós nos mantemos atentos a esse movimento mas sabemos que, no Brasil de hoje, o maior problema ainda é o acesso à saúde. Não dá para gerar dados de saúde de alguém que nunca vai ao médico.

Rafael Seixas Morgado

conSulta do beM perSpectiVa

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