HealthARQ 13ª Edição

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A Revista HealthARQ, além de apresentar os premiados pelo “Líderes da Saúde” nas categorias relacionadas à infraestrutura (Arquitetura, Arquitetura da Saúde, Engenharia e Engenharia Clínica), destaca também o investimento que a Unimed-BH tem feito em saúde na capital mineira e sua região metropolitana. A matéria apresenta a proposta que rege os projetos de ampliação, retrofit e construção de novos prédios da instituição. A edição ainda destaca o projeto do novo bloco do Imperial Hospital de Caridade, localizado em Florianópolis (SC), o primeiro hospital do Estado de Santa Catarina e a 3° Santa Casa do Brasil.

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CARTA AO LEITOR

Caro leitor,

A última edição de 2014 da Revista HealthARQ, des-taca o investimento que a Unimed BH tem feito no seg-mento da saúde na capital mineira e sua região metro-politana. A matéria apresenta a proposta que rege os projetos trabalhados pela instituição. Também estão nas páginas desta edição, detalhes das

obras do novo bloco do Imperial Hospital de Caridade, localizado em Florianópolis (SC). A instituição é o pri-meiro centro hospitalar na história do Estado de Santa Catarina e a terceira Santa Casa construída no Brasil. Outro destaque da revista é o investimento do Hospi-

tal Albert Einstein em reformas e ampliações. Recente-mente, foi entregue o Centro Integrado de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval e o consultório do Vice--presidente da instituição, Dr. Sidney Klajner. A construção de um espaço dedicado exclusivamen-

te a crianças, no interior de São Paulo, também chama atenção na 13ª edição da HealthARQ. O HC Criança, de Ribeirão Preto, tem obras em andamento de um prédio totalmente novo, que será o primeiro hospital da região com foco 100% voltado para o público infantil.Quem também está investindo em um espaço dedica-

do é o AngioCorpore, de Santos (SP). O projeto englo-ba um espaço de, aproximadamente, 4.5 mil m² de área construída, voltado para atendimento das especialida-des de cardiologia, cirurgia cardíaca, cirurgia vascular e neurocirurgia.Na editoria Humanização, você confere o case do Hos-

pital Municipal de Mogi das Cruzes (SP), ao mostrar que é possível haver acolhimento em instituições públicas de Saúde. O hospital investiu em seu design interior através de mobiliário projetado exclusivamente para o local.Ainda no interior de São Paulo, a Unimed São José do

Rio Preto investiu fortemente na ampliação de seus ser-viços e, consequentemente, na expansão de sua estrutu-ra física. Entre os destaques está a loja-conceito, locali-zada em um grande shopping da cidade.

E se o assunto são obras em instituições de saúde, é im-prescindível ressaltar o uso do aço inox nas edificações. Nossa revista traz uma reportagem sobre as vantagens deste metal, a exemplo da redução dos custos com ma-nutenção e facilitação da higienização dos espaços.Nesta edição, você conhece também as instituições

premiadas pelo Excelência da Saúde, realizado pela Re-vista Healthcare Management. Entre elas está a Funda-ção São Francisco Xavier, que investiu em estruturas mo-dernas e de primeira linha para o Hospital Márcio Cunha através das obras de seu novo Pronto-Socorro. A HealthARQ apresenta ainda, a cobertura do VI Con-

gresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, realizado pela ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar), realiza-do no mês de agosto em Florianópolis (SC).

Investindo para salvar vidas

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

Que todos tenham uma excelente leitura!

Investindo para salvar vidas

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CAPA

PROJETOS INOVADORESDávila Arquitetura comemora 25 anos de fundação com uma missão de grande responsabilidade: o projeto de modernização e expansão de serviços de saúde da Unimed-BH. O projeto visa a funcionalidade, avanços técni-cos e qualidade arquitetônica, ofere-cendo aos clientes novos patamares de qualidade.

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DETALHEO Hospital Sírio-Libanês preocupou-se com cada detalhe de seu projeto de expansão para garantir o funcionamento de seu complexo hospitalar de maneira única e fluida.

42 132SUSTENTABILIDADE

O novo Centro de Diag-nóstico da UNIMED, em Goiânia, será a primeira obra comercial vertical da cidade certificada no processo LEED categoria New Construction.

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NESTA EDIÇÃON.13 I setembro | outubro | Novembro | 2014

CONSTRUçãOComplexo Médico Delfin, inaugurado recentemente na Bahia, oferece estrutura para o tratamento do câncer.

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EXPANSãOImperial Hospital de Caridade, de Florianópolis (SC), constrói Novo Bloco Intensivo, para adequar-se as novas tecnologias e normativas e expandir os serviços.

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ARQ DESTAQUE

A Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH) reuniu profissionais de alto gabarito em arquitetura e engenharia hospi-talar no VI Congresso Brasileiro para o Desenvol-vimento do Edifício Hospitalar para discutir o tema “Excelência em Ambientes de Saúde: experiências e evidências.

HUMANIzAçãO

Projeto arquitetônico do Complexo Hospitalar Unimed Resende visa a humanização com ênfase em hotelaria e operação.

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Luto Perda para arquitetura da saúdeNeste segundo semestre, a arquitetura da saúde perdeu um de seus profissionais de destaque: Domingos Fiorentini. Aos 69 anos, o arquiteto, que residia em São Paulo, faleceu em decorrência a uma embolia pulmonar no dia 21 de setembro. Fiorentini deixou quatro filhos e sete netos. Entre os filhos, a arquiteta Paula Fioren-tini, que assumiu a diretoria do escritório de arquitetura que leva o nome da família.À frente de importantes projetos do setor da saúde, como das Uni-meds Blumenau e Sorocaba, Hospital Infantil Sabará, Hospital Israelita Albert Einstein, Centro Cirúrgico e conforto do Hospital Sírio-Libanês e Hospital Regional de Divi-nópolis, entre outros, o arquiteto Domingo Fiorentini tornou-se referência em arquitetura da saúde.

ABDEHAssociação promove palestra no PRNo mês de outubro, a ABDEH promoveu uma pa-lestra em Curitiba (PR) ministrada pelo arquiteto Gilson Werneck para tratar do tema “Unidades de Alimentação: uma reflexão existencial e projetual”. No evento, estiveram presentes arquitetos, enge-nheiros e nutricionistas da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. O palestrante compartilhou sua experiência e desenvolveu algumas reflexões a respeito dos ambientes de nutrição e alimentação voltado aos serviços de saúde.

PREvEnção Anvisa lança publicação contra incêndio em hospitaisA Anvisa lançou, recentemente, um manual de “Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saú-de”. A obra, direcionada a gestores e profissionais envolvi-dos com projetos e obras em estabelecimentos de saúde, tem por objetivo fornecer orientações sobre prevenção e combate a incêndios nos Serviços de Saúde, em comple-mentação às regulamentações contidas na Resolução nº 50/2002, norma que trata de projetos de arquitetura para prédios destinados a esses serviços.

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EvEntoI Fórum HealthCare Business A arquitetura e engenharia foram alguns dos assuntos debatidos no 1º Fórum HealthCare Business, realizado pelo Grupo Mídia, no Espaço Apas, em São Paulo (SP). O evento contou com um debate sobre construção e manutenção em hospitais de grande porte e os desafios da gestão neste período. Este módulo teve a participação de Giovanni Guastelli – Supervisor de Estrutura Hos-pitalar no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Antonio Carlos Cascão – Diretor de Obras do Hospital Sírio Libanês, Adriana Leite Chaves Quintela – Superintendente de Gestão do Hospital Márcio Cunha, Cibeli Bargnato – Arquiteta do Hospital São Cristóvão, Ana Paula Peres – Vice-Presidente Executiva da ABDEH, e Ko Chia Lin, Gestora do Hospital Sino Brasileiro.

HoRtALIçAsPaisagismo diferenteO Sidney & Lois Eskenazi Hospital, nos Estados Unidos, investiu em uma nova estratégia de paisagismo para conectar seus pacientes à natureza e incentivar estilos de vida saudáveis. O jardim feito de hortaliças incorpora iluminação natural abundante e pode ser vistos a par-tir de vários locais da instituição. O espaço de 5 mil m² conta com uma paisagem formada por plantações de verduras e legumes e possui um horti-cultor de tempo integral para cuidar do local.

IFHEArgentina sedia congresso mundialOs mais renomados profissionais de arquitetura e engenharia em saúde reuniram-se em Bueno Aires entre os dias 13 e 16 de outubro. A capital da Argentina sediou o 23º Congresso Interna-cional de Arquitetura e Engenharia Hospitalar e 25º Congresso Latino Americano de Arquitetura e Engenharia Hospitalar, pro-movido pela IFHE - International Federation of Hospital Engine-ering. O evento, que aconteceu pela primeira vez na América La-tina, teve como foco das discussões o tema “Healthcare Facilities in Times of Radical Changes”.

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RedeS SOcIAIS ceLULAR e TABLeT

VI CBDEHEntre os dias 27 e 29 de agosto, Florianópolis recebeu centenas de renomados arquitetos e engenheiros ligados à Saúde. A cida-de foi o cenário do VI Congresso Brasileiro para o Desenvolvi-mento do Edifício Hospitalar, realizado pela ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar), com o tema “Excelência em Ambientes de Saúde: experiências e evidên-cias”. Além disso, uma assembléia extraordinária durante o con-gresso nomeou o novo Presidente da ABDEH, o arquiteto Márcio Oliveira, e definiu o nome que o sucederá: Emerson Silva. Assista aos vídeos no Saúde Online: http://saudeonline.grupomidia.com/category/videos/

Healthcare Management traz “Líderes da saúde”A 33ª edição da revista Healthcare Management traz o especial “Líderes da Saúde”. Trata-se de um especial que destaca as empresas de diversos setores da Saúde, bem como associações, federações e outras instituições que desempenham importante papel para o setor. A votação foi feita pelo conselho editorial da revista Healthcare Management, HealthARQ e Health-IT, além do voto de gestores de importantes hospitais do país. Também estão entre os líderes importantes nomes da arquitetura, arquitetura de interiores, engenharia, entre outros. Além disso, o leitor também poderá conferir a excelência do atendimento ao paciente no Biocor Instituto; como é feito o descarte correto de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) realizado pelo Hospital Albert Einstein e do modelo de gestão OSS na Clínica da Família Gardênia, no Rio de Janeiro.A revista está disponível através do portal www.saudeonline.net.br.

Agende-se!O Saúde Online traz a agenda completa dos principais eventos que acontecem no setor da saúde. São encontros direcionados para todas as especialidades do setor como TI, Sustentabilidade, Hotelaria, Arquitetura Hospitalar, dentre outros quesitos que permeiam pontos fundamentais da gestão hospitalar. Você também confere a cobertura completa dos principais debates que acontecem no segmento e entrevistas exclusivas com gestores, CIOs, especialistas, dentre outros profissionais.

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A Sherwin Williams desenvolveu uma linha de tinta profissio-nal chamada de Ultra Proteção. O produto é destinado a lo-cais de grande circulação. A versão em Epóxi Base Água é

direcionada à pintura de paredes e pisos, promovendo a aderência do acabamento sobre superfícies de concreto, melhorando a resis-tência contra o descascamento e diminuindo a frequência de repin-tura. Já o Esmalte Base Água é a melhor opção para a pintura de metais e madeiras. Juntos eles formam um sistema que aumenta a durabilidade e a resistência do acabamento.

Conforto térmico

A Tigre lançou, recentemente, uma nova conexão que per-mite a ligação das tubulações de entrada e saída à caixa d’água. Seu grande diferencial é que ele já possui o regis-

tro para as manobras de abertura e fechamento, com apenas 1/4 de volta, o que economiza em conexões e torna a instalação mais rápida e fácil.

A Sasazaki lançou, recentemente, uma nova linha de produtos que proporciona proteção solar e conforto térmico. As Jane-las e Portas da Linha Aluminium Smart Reflex possuem como

principal vantagem a capacidade de reduzir em até 60% a passagem de calor e 80% a dos raios ultravioletas para o interior do ambien-te, tornando-o mais confortável, reduzindo a necessidade de uso de condicionadores de ar. Além disso, os produtos primam pela entrada de luz natural, diminuindo o consumo de energia elétrica.

Ultra proteção

Adaptador para Caixa D’Água

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Chegamos ao final de mais um ano, e 2014 foi um tempo de grandes perdas para a arquitetura na-cional. Profissionais de renome no setor, que con-

tribuíram para a história, crescimento e aprimoramento da edificação hospitalar no País partiram deixando um legado para aqueles que trilham o mesmo caminho.Primeiro, foi um dos precursores da arquitetura hospi-

talar no Brasil, Lelé Figueiras. Lelé faleceu no dia 21 de maio aos 82 anos, vítima de câncer de próstata. Figuei-ras desenvolveu os projetos arquitetônicos dos hospi-tais da Rede Sarah no País, criando espaços que per-mitiram a implantação de uma cultura em medicina de reabilitação, beneficiando milhares de brasileiros. Neste segundo semestre, perdemos Domingos Fioren-

tini em decorrência a uma embolia pulmonar. O arqui-teto esteve à frente de importantes projetos do setor da saúde como das Unimeds Blumenau e Sorocaba, Hos-pital Infantil Sabará, Hospital Israelita Albert Einstein, Centro Cirúrgico e conforto do Hospital Sírio-Libanês e Hospital Regional de Divinópolis, entre outros.Não exatamente ligado à construção ou projeção de

hospitais, Antônio Ermírio de Moraes também marcou o setor da saúde em nosso País. O empresário, gradua-do em engenharia, ganhou o destaque por estar à fren-te do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e pela participação no conselho curador e da rede vo-luntária do Hospital A.C. Camargo. O engenheiro fale-ceu no dia 18 de agosto após lutar durante quatro anos contra um câncer. Mas nem tudo foram perdas em 2014, o setor ganhou

muito também. Por exemplo, no tanque à sustentabi-lidade, assunto que tem ganhado cada vez mais espa-ço dentro do universo da arquitetura e da engenharia. A preocupação com o meio-ambiente foi incorporada não somente por arquitetos e engenheiros, mas tam-bém pelos empresários e profissionais que atuam den-

Perdas e ganhosPalavra da Editora

tro das instituições de saúde. Este fato tem feito com que vejamos crescer o número de construções e refor-mas que utilizam materiais que não prejudicam a natu-reza, madeira de reflorestamento e também que façam a destinação correta dos entulhos.Para consagrar as obras que conseguem seguir à risca

esses cuidados está a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), um sistema interna-cional de certificação e orientação ambiental para edifi-cações, utilizado em 143 países, concedido pelo Green Building Council. Um exemplo de construção dentro do segmento da saúde que segue com esta certificação é a obra de ampliação do Hospital 9 de Julho em São Paulo. Outro destaque positivo deste ano é a construção do

Novo INCA, complexo, no Rio de Janeiro, que integrará pesquisa, educação e atendimento. O objetivo do pro-jeto é preparar a instituição para o futuro no desafio do controle do Câncer no País.

Patricia Bonelli,Editora da Revista HealthARQ

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A evolução da pro-dução da regu-lamentação es-

pecífica das edificações hospitalares no Brasil tem uma história recente com a publicação do “Projeto de Normas Disciplinado-ras das Construções Hos-pitalares” pelo Ministério da Saúde em 1965. Este trabalho foi desenvolvi-do por alguns dos pio-neiros nesse trabalho no País, os arquitetos Oscar Valdetaro, Roberto Nada-lutti e Henrique Bandeira de Mello. Eles assinaram a apresentação do livro destacando que “o pre-sente trabalho representa uma tentativa de promo-ver uma orientação nas construções hospitalares,

ordem e desordem na construção hospitalar: regulamentações, legislações e normas técnicas - Parte 2

Fábio Bitencourt Arquiteto D Sc e Professor

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não se revestindo de rígi-dos partidos a serem im-postos” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1965, p. III). Essa publicação traz al-

guns avanços para a de-finição dos conceitos do edifício hospitalar e ao mesmo tempo reconhece ainda valores baseados nas antigas instituições.Em 6 de junho de 1977

seria publicado o primei-ro trabalho institucional destinado a regulamen-tar o assunto: “Normas e Padrões de Construções e Instalações de Servi-ços de Saúde – Portaria nº 400”. As bases destas Normas estavam basea-das em outro documento anteriormente publicado denominado “Normas de

Construção e Instalação do Hospital Geral”, elaborado pela Coordenação Médica e Hospitalar / SAM, do Mi-nistério da Saúde. A publicação do “Regu-

lamento Técnico para Pla-nejamento, Elaboração, Avaliação de projetos Fí-sicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde”, Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 50, da Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária em 21/fevereiro/2002, incorpo-rou expressivas alterações e recomendações legais ao controle e organiza-ção do projeto (Anvisa, 2004). Dentre as inova-ções provenientes dessa Resolução, é importante destacar a inserção do

controle sobre as caracte-rísticas físicas ambientais e a organização dos pro-cedimentos formais para a apresentação de projetos. Este último aspecto foi detalhado de forma mais abrangente em legislação posteriormente aprova-da, através da Resolução - RDC nº 307, publicada pela mesma Anvisa em 14/novembro/2002. Em 18 de julho de 2003,

complementando as for-malidades projetuais aci-ma descritas, a mesma Agência publica a Reso-lução – RDC nº 189, que passa a exigir que todos os projetos de arquitetu-ra de estabelecimentos de saúde, públicos e priva-dos, devam ser avaliados

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funcionais e de fluxo pos-síveis do que a sistemati-zação de ter-se o ajuste ilegal como prática. A ordem e a desordem

do sistema de saúde no Brasil passam necessaria-mente pela qualidade da infraestrutura predial hos-pitalar que o país possa oferecer. Esta é uma im-portante oportunidade de qualificar-se a própria res-ponsabilidade projetual, e esta passa pelo compro-misso coletivo com os pa-râmetros legais possíveis à realidade de cada região do Brasil, sustentáveis e acessíveis.

pelos órgãos de vigilân-cia sanitária, estaduais ou municipais, previamente ao início da obra a que se referem os projetos.No Brasil, a função de-

sempenhada pela Agên-cia Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa) de coordenar a produção e organização das normas de planejamento, pro-gramação, organização e concepção projetual dos referidos estabelecimen-tos assistenciais de saúde (EAS), ainda tem espe-cial destaque face ao seu papel de análise e fisca-lização dos projetos que

estejam submetidos à dependência de recursos provenientes do Ministé-rio da Saúde.Durante a realização do VI

Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifí-cio Hospitalar da ABDEH em Florianópolis, Santa Catari-na, a essência do tema foi a Excelência dos Ambientes de Saúde. Oportunamente, representa uma evolução a partir do estágio dinâmi-co que se faz necessário na contínua revisão de neces-sidades e adequação aos novos materiais de constru-ção, práticas de assistência à saúde e inovações de con-

ceitos de saúde.Há uma revisão da le-

gislação do planejamento e elaboração de projetos hospitalares em anda-mento ou por acontecer. Uma oportunidade de re-ciclar valores funcionais e atualizar serviços de saú-de que já existem, mas sem ambientes compatí-veis e estabelecer as ba-ses da sua exequibilidade regionalizada e adequada aos recursos que dispo-mos. Melhor o projeto do edifício hospitalar aprova-do com as limitações de sofisticações tecnológi-cas, mas com os cuidados

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Investimento em estruturaInstituição de saúde na Bahia investe fortemente em reforma e ampliação

O Hospital Cardio Pulmonar, localizado em Salva-dor (BA), está situado em um bairro estratégico da capital baiana. Atualmente, a instituição é

definida, pelos profissionais que nela atuam, como um pequeno grande hospital, mantendo-se viável, apesar de seus 56 leitos, graças a alta complexidade dos proce-dimentos que realiza. O hospital atual é composto de três blocos: o bloco A, original, de 1976, o bloco B de 1998, e o bloco C inaugurado em 2005. “A instituição é vista pelos Diretores e pelo Conselho

de Administração como um local onde os médicos en-contram um ambiente agradável e com os recursos tec-nológicos, fluxos e processos adequados ao exercício de suas atividades, e onde os pacientes percebem as evidencias de condições diferenciadas de qualidade e segurança, com um atendimento humanizado, em um ambiente acolhedor”, diz o Diretor Superintendente da Cardio Pulmonar, Francisco Peltier.Visando aprimorar seus atendimentos e sua infraes-

trutura física, a instituição passará por algumas obras. O projeto de ampliação para 232 leitos, de autoria dos ar-quitetos José Carlos Cerqueira e Fernanda Sales, necessi-tou de muitos estudos e de um planejamento detalhado, contando com a experiência e colaboração dos integran-tes dos setores técnicos e administrativos do hospital. Os estudos contaram também com o apoio do Instituto Is-raelita de Consultoria e Gestão da Sociedade Beneficente Albert Einstein (IICG), que realizou um extenso diagnósti-co da Cárdio Pulmonar. A SD&W contribuiu com estudo de mercado. “A Cardio Pulmonar optou por ter uma equi-pe, composta pelos arquitetos e mais três engenheiros: Miriam Aparecida, Eduardo Lyra e Augusto Rios, atuando nas áreas de construção civil e de planejamento, que es-tão diretamente ligadas ao Superintendente e têm a pos-tura de integrantes da instituição”, comenta Peltier.Com a escassez de espaço, o projeto foi viabilizado gra-

ças ao arrendamento de uma área adicional pertencente à Arquidiocese de Salvador. Essa área, situada atrás do atual hospital, abrigará o estacionamento e os setores de apoio e serviços gerais.Além disso, o projeto, que está norteado

no Plano Diretor elaborado para atender ao Planejamento Estratégico 2012 – 2016, se desenvolverá em três momentos que irão requerer gestão adequada de clien-tes, integrantes da instituição e vizinhança.A sequência de obras terá início pelo tra-

balho de transição, depois as obras de am-pliação do hospital e, por último, as obras de adequação dos prédios existentes em funcionamento para os padrões de estéti-ca e de atendimento às legislações, o Re-trofit. “A instituição sofrerá intervenções em fundações, estrutura e instalações em funcionamento e isso requer extremo cui-dado”, explicam os arquitetos.Os profissionais explicam que as obras de

transição são todas as intervenções feitas com o objetivo de desocupar as instala-ções do bloco A, a ser demolido, visando acomodar os profissionais e integrantes do hospital sem que haja perda na quali-dade e disponibilidade dos atendimentos atuais mantendo os padrões Cardio Pul-monar. Para tal, a instituição alugou, nas proximidades, um prédio de 2.000,00 m² - o Centro Médico Cardio Pulmonar já em pleno funcionamento, transferindo para lá os setores de consultório e de serviços diagnósticos e terapêuticos ambulatoriais. Para outro imóvel transferiu grande parte

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do setor administrativo. Já as obras de ampliação

compreendem a demoli-ção do bloco A original e a construção do novo bloco A com espaços para área hospitalar, apoio/serviços e estacionamento, que será integrado aos blo-cos B e C, resultando em área total construída de 33.000,00 m².Por fim, as obras de Retro-

fit objetivam harmonizar os padrões construtivos dos blocos B e C no processo de união e integração ao novo bloco. “Ao lado da evolu-ção do projeto, iniciou-se um processo para acredita-ção da Instituição pela Joint Commission International, atividade que tem moti-vado e envolvido todos os integrantes dos diversos setores do hospital. A Car-dio Pulmonar adota uma cultura organizacional que tem como base a tecnolo-gia empresarial de Norber-to Odebrecht, cujo ponto fundamental é a satisfação do cliente”, revela Peltier.

o projetoAlém da ampliação do

número de leitos e dos recursos tecnológicos e diagnósticos adequados, o projeto de ampliação da Cardio Pulmonar tem como diferenciais o heli-ponto e, no centro cirúr-gico, duas das dez salas com dimensões e recursos adequados para realizar

procedimentos híbridos e cirurgia robótica. Além disso, conta com duas sa-las de hemodinâmica, três UTIs (Geral, Cirúrgica e Cardíaca) e quarenta leitos semi-intensivos, incluindo unidade especializada para pacientes neurológicos. “Uma atenção especial foi dedicada à emergência, no que se refere ao fluxo dos pacientes, classificação de risco e acomodações para diferentes níveis de cuida-dos assistenciais”, revela o arquiteto José Carlos.Por ser um projeto de

ampliação e reforma, onde 70% será dedicado a am-pliação, a unidade não po-deria deixar de funcionar durante a execução das obras. Isso fez com que houvesse pouco espaço disponível para o canteiro, localizado junto a outro hospital. Por isso optou-se por utilizar o sistema construtivo com pouco ou quase nenhum resíduo, fazendo uso de estrutu-ra metálica com lajes em steel deck, fechamentos em painéis de gesso dry-wall, fechamento do pré-dio principal em fachada cortina de vidro e painéis de alumínio composto. A humanização foi traba-

lhada em todo o projeto, refletindo na escolha dos materiais e na utilização de cores específicas que trou-xessem sensações de con-forto e bem-estar ao usuá-

Climatização

O projeto do sistema de AVAC foi desenvolvido pela FJS con-sultoria e Projetos, considerando os critérios para sustentabilidade e acreditação pela Joint Com-mission International. Conforme o engenheiro Francisco José, o sistema utilizado é a expansão direta, com uso de água gelada como meio de resfriamento in-termediário, sendo a central de água gelada localizada no térreo e as torres de resfriamento na cobertura do prédio. A capacida-de do sistema é de 3150KW (900 TR), constituído de três unidades resfriadoras de líquido de 1050 KW (300 TR), todas com moto-res equipados com variador de frequência, com condensação à água, bombas de recirculação de água gelada e condensação. O circuito de água gelada pos-sui circuito primário e secundá-rio composto por oito bombas centrífugas e montagem In Line. Visando reduzir cerca de 25% da perda de água pelas torres de arrefecimento (evaporação e arraste). Além disso, foi imple-mentado o reaproveitamento da água dos climatizadores de ar tipo Fan-Coil, bem como a utili-zação de inversores de frequên-cia nos motores dos ventiladores das torres de arrefecimento.

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rio. “Além desses aspectos, haverá peculiaridades de cada pavimento, podendo citar um espaço de hos-pitalidade e um solarium onde o paciente interna-do pode fazer fisioterapia além de relaxar, caminhar e ter exposição ao sol”, diz o arquiteto.Tanto a iluminação na-

tural, como a artificial são incorporadas ao projeto com o objetivo de trazer impressões ambientais que influenciam as respostas emocionais dos usuários. “A iluminação natural será uti-lizada e aproveitada prin-cipalmente nos ambientes de relaxamento, como va-randas e demais áreas de convívio. O projeto lumino-

técnico será composto de lâmpadas fluorescentes. Há ainda um estudo sobre a possibilidade de utilização do LED como substituição da fluorescente”, explica José Carlos.De acordo com os profis-

sionais envolvidos no pro-jeto, a escolha dos reves-timentos foi feita dentro das normas hospitalares vigentes (RDC 50 da Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária) e com a finalida-de de levar conforto para o paciente inserindo-o em um ambiente aconchegan-te em condições térmicas satisfatórias tornando o hospital menos impessoal e frio, e dando melhores condições para a recupe-

ração do paciente.“Serão utilizadas tintas

resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes; ce-râmicas e rejuntes com ín-dice de absorção de água inferior a 4%; mantas vi-nílicas que proporcionam superfícies monolíticas e o menor número possível de frestas. O uso de lamina-do nas paredes tem como propósito a durabilidade, proporcionando facilidade na limpeza e conservação”, ressaltam os arquitetos.Todas as especificações

visam atender às condi-cionantes de flexibilidade, adaptabilidade e expansibi-lidade das construções hos-pitalares. E os materiais que compõem os acabamentos

tais como pisos e reves-timentos visam atender aos critérios de facilidade de limpeza e higienização, conservação e durabilidade no tocante à resistência a produtos químicos tipica-mente utilizados neste tipo de construção.“Com certeza o maior de-

safio, sobretudo na fase de transição, é o de inter-vir no ambiente construí-do estando este em pleno funcionamento. Visando o cuidado com clientes, vizi-nhança e integrantes. Con-tamos com procedimentos internos e uma programa-ção rígida de tarefas com a participação direta e permanente de uma Co-missão de Obras que tem

Equipe FJS - Projetos

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como membros, além da equipe de arquitetura e engenharia, o próprio Su-perintendente do Hospi-tal, a Gerente de Práticas Assistenciais, o Gerente da Engenharia Clínica e o Coordenador do SCIH”, ex-plica o arquiteto.

sustentabilidadeNa gestão de resíduos

sólidos, o hospital contará com a coleta seletiva, man-tendo os resíduos comuns em câmaras frigoríficas e encaminhado para empre-sas de reciclagem tudo o que seja passível de apro-veitamento. Está em estudo também o

sistema de refrigeração de ar com a possibilidade de utilização de fancoils, que captam a água que seria dispensada e a reutilizar em cerca de 20%, reduzindo o consumo geral hospitalar e contribuindo com o meio ambiente. “A utilização de placas fotovoltaicas insta-ladas na cobertura do hos-pital trará uma economia significativa no custo com a energia. Além da preocupa-ção ambiental, o sistema é um dos itens da sustentabi-lidade socioeconômica por ser uma energia abundante, limpa e não contaminante”, explica o arquiteto.Em relação ao meio am-

biente, foi selada uma par-ceria com o SENAI e está em construção conjunta um EIV (Estudo de Impac-

to de Vizinhança), que tem como objetivo principal re-duzir ao máximo possível as perturbações e impac-tos inerentes de uma obra na vizinhança imediata, bem como a minimização dos impactos ambientais. “Dentro deste documento há uma série de compro-missos firmados incluindo a destinação adequada de resíduos”, conta o Diretor Superintendente da Cardio Pulmonar, Francisco Peltier.InterioresA arquitetura de inte-

riores tem Claudia Biglia como arquiteta responsá-vel pelo projeto. Esta bus-ca adequar os espaços do hospital ao conceito de atendimento e padrão de conforto e expectativas do cliente. “O mobiliário está em fase de definições, tem como premissas o atendi-mento às questões de er-gonomia e segurança para os clientes e integrantes da instituição bem como conforto e estética”, conta Claudia Biglia.Segundo Claudia, o hos-

pital será trabalhado como um espaço de recuperação onde o paciente terá cons-ciência de que está em tratamento e que precisa de cuidados, porém com um diferencial. “Ele esta-rá internado em um local confortável, bonito, aonde ele se sinta bem e possa se beneficiar clinicamente deste ambiente”.

sistema de exaustão de Cozinha

Foi projetada uma instalação de exaus-tão para área de cocção da cozinha sen-do prevista a instalação de duas coifas com montagem tipo ilha, sistema Wash-Pull, Fire-Safe, cada coifa interligada a um exaustor centrífugo, tipo Limit Load, com simples aspiração.A introdução de ar externo, necessária

para a higienização e renovação do ar, é efetivada por caixa de ventilação com ventiladores do tipo Sirocco, com a con-dução do ar feita através de dutos de chapa de aço galvanizado e a filtragem do ar de renovação através de filtros de categoria G4+M5.

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Visando o bem-estar do acompanhante, seja nas instalações de internação, assim como na criação de estrutura externa para apoio, foi concebida, no projeto, áreas tais como, café com livraria, e loja de conveniência.

ApartamentosAs áreas dos apartamen-

tos serão atendidas por climatizadores de ar tipo fancoletes hidrônicos tipo K-7 (teto), montados com KIT hidráulicos com man-gueiras flexíveis e engates rápidos para facilitar a re-tirada dos mesmos para realização de manutenção. A renovação de ar des-

tes ambientes é efetivada através de insuflamento direto de ar, com filtragem M5 (ABNT) com estratifica-ção de ar através do siste-ma de exaustão dos sani-tários dos mesmos.Salas Especiais Para as áreas que neces-

sitavam de tratamento es-pecial (controle de tempe-ratura, umidade e pureza do ar), como centro cirúr-gico, UTI, hemodinâmica, Ressonância Magnetica e Tomografia, foram utili-zados climatizadores tipo fan-coil, modular, classifi-cação hospitalar, com fil-tragem fina e filtro abso-luto com caixas terminais. Para as salas de ressonân-

cia e tomografia foi utiliza-do sistema de distribuição de ar tipo VAV (Volume de Ar Variável) com caixas de VAV com serpentina de reaquecimento com água quente, com a finalidade de realizar o controle de temperatura e umidade destes ambientes.Ainda para estas áreas

que necessitam de um controle elevado de con-taminação, foi utilizada a tecnologia de desconta-minação e desodorização do ar interno e superfícies, que consistem na aplica-ção de oxidantes naturais baseado no peróxido de hidrogênio ionizado o qual elimina qualquer tipo de

microrganismo presente, seja ele um fungo, uma bactéria e/ou um vírus, além de quebrar as molé-culas de gases voláteis. Utiliza-se a tecnologia RCI

(Ionização Radiante Catalí-tica), que neste processo é responsável pela reação química que produz os oxidantes. “Instalada nos dutos de ar-condiciona-do, as células produzem o plasma que é transpor-tado pela corrente de ar descontaminando todo o ar do trajeto que percorre assim como o ambiente e suas superfícies atendidas pelo sistema de climatiza-ção”, explicam os profissio-nais da FJS.

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Trajetória de sucessoInstituição no interior de SC investe em crescimento

O Hospital e Maternidade Jaraguá, localizado em Jaraguá do Sul (SC), é mantido pela Co-munidade Evangélica Luterana de Jaraguá do

Sul, e atua com base na assistência multiprofissional ao paciente, priorizando o cuidado no atendimento e reafirmando, a cada ano, o compromisso com as me-lhores práticas assistenciais. Sua trajetória começa em 1966 com base na serie-

dade, na competência, no respeito às pessoas e aos valores éticos e segue oferecendo para região atendi-mento em todas as especialidades na área da saúde, dispondo de atendimento de emergência na área pe-diátrica. O hospital conta com leitos, sala de cirurgia e UTI Neonatal.Hoje, a instituição conta com 137 leitos e atende em

sistema 24 horas. No segundo semestre de 2014, o hos-pital ganhou um laboratório de enfermagem. A exe-cução do projeto foi possível graças a doação de R$ 24.078,95 por parte do Juizado Especial Civil e Criminal

da Comarca de Jaraguá do Sul. Conforme o Diretor da Instituição, Jeferson Go-mes, declarou a imprensa local, o espaço irá contri-buir para o aprimoramen-to das práticas entre os colaboradores, elevando ainda mais o nível de ex-celência do atendimento. O laboratório também

deve viabilizar parcerias com as instituições de en-sino da região para a rea-lização de aulas práticas e capacitações, trazendo os estudantes de enfer-magem para o ambiente hospitalar.

“À medida que os pavimentos eram liberados para o fun-cionamento, programávamos a execução dos serviços com ruídos em horários ‘menos traumáticos’ e, dependendo da situação, apenas uma parte do pavimento era ocupada. Além disso, fazíamos barreiras úmidas e fechamento dos ambientes para amenizar a questão de poeira”, Fabiane Patricia Haak, Engenheira Responsável Técnica da CHF Construtora

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Mas o crescimento da institui-ção não para por aí. Recente-mente, o Hospital e Maternidade Jaraguá ganhou um novo bloco, composto por seis pavimentos, além do térreo. O andar térreo da espaço a recepção, hemodi-nâmica, observação, consultórios e rouparias. Enquanto o 1º pavi-mento dá espaço à internação e está interligado ao prédio anti-go. Os 2º e 3º pavimentos tam-bém são dedicados aos leitos de internação. Já o 4º andar abriga a UTI. Os 5º e 6º pavimentos foram destinados ao Centro Cirurgico, Central de Material Esterelizado e Hospital Dia. A obra foi dividida em dez eta-

pas. O processo iniciou-se pelas fundações, seguido da implanta-ção das estruturas e dos fecha-mentos, compostos por alvena-ria, elétrica, dados e telefonia, gases medicinais, instalações hidro-sanitárias, climatização, equipamentos médicos, eleva-dores e instalações preventivas de incêndio. O próximo passo foi a aplicação dos acabamentos, entre térreo e 6º pavimentos.“Nós fomos contratados pelo

Hospital Jaraguá em regime de empreitada global para forne-cimento de materiais e mão de obra. Para isso, contratamos equipe própria de funcionários e firmamos parcerias em insta-lações especificas”, conta Walter Burger, Gerente Comercial da CHF Construtora.Todo o dimensionamento do

canteiro de obras foi priorizando a funcionalidade dos processos, abrindo os melhores espaços

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para o armazenamento de materiais e equipa-mentos, apoio aos fun-cionários (refeitório, sani-tários e vestiários). “Para o deslocamento vertical, foi utilizado elevador de obra”.Durante o processo de

construção, a sustentabi-lidade também foi consi-derada e, pensando nisso, a construtora optou pela utilização de escoras me-tálicas e formas de laje em PVC, no lugar de ma-deira. “Além disso, todo o resíduo gerado na obra, foi destinado a locais com licenciamento ambien-

tal com fornecimento de Certificado de Destina-ção Final de Resíduos da Construção Civil (RCD)”, revela a engenheira Fa-biane Patricia Haak.Para que o hospital pu-

desse ser mantido em funcionamento durante o processo de obras. Antes do início de cada ativida-de, a equipe de constru-ção se dedicava a uma re-união com a gerência da instituição para identificar a melhor forma de operar. “A medida que os pavi-mentos eram liberados para o funcionamento, programávamos a execu-

ção dos serviços com ruí-dos em horários ‘menos traumáticos’ e, depen-dendo da situação, ape-nas uma parte do pavi-mento era ocupada. Além disso, fazíamos barreiras úmidas e fechamento dos ambientes para ameni-zar a questão de poeira”, conta a engenheira.Através de reuniões,

também foi mensurada a qualidade das obras. “Conversávamos entre as equipes de engenharia, arquitetura, supervisão, o mestre de obras e a co-missão de construção do hospital”, lembra.

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Um projeto dedicado à inovaçãoCase de arquitetura da Unimed São José do Rio Preto reforça as novas estratégias de gestão aliadas ao bem-estar do usuário

Apostar na renovação da marca e ter na arqui-tetura um dos pilares inspiradores para essa mudança estratégica. A tarefa não é fácil, mas

foi feita com primor pela Unimed de São José do Rio Preto.A instituição investiu fortemente na ampliação de

seus serviços e, consequentemente, na expansão de sua estrutura física. Para cada metro quadrado dese-nhado no projeto, a arquiteta Juliana Affini, da Affini Arquitetura, conseguiu levar toda beleza, humaniza-ção e bem-estar que a arquitetura pode oferecer para o setor da Saúde. A começar pela loja-conceito que reforça ainda mais

a nova estratégia da Unimed de Rio Preto. A unida-de se localiza em um grande shopping da cidade e

tem como principal obje-tivo proporcionar aos be-neficiários um ambiente confortável. “Este foi um projeto alinhado com as estratégias de Marketing da Unimed. O sucesso dessa comunicação pos-sibilitou concluir a obra em tempo recorde, em apenas 26 dias”, salienta Juliana.O projeto de arquitetu-

ra e design de interiores conseguiu proporcionar

leveza para todo o am-biente. Para tanto, ele-mentos como tecnologia e sustentabilidade cami-nharam lado a lado, com-plementando a nova pro-posta da Unimed. O usuário encontrará um

ambiente claro, aconche-gante, em que até o tem-po de espera pode pas-sar mais rápido do que acontece nos tradicionais centros. Isso porque, a unidade traz um espaço

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“Estamos oferecendo uma arquitetura nos conceitos de sustentabilidade e que primam pelo conforto de pacien-tes e seus familiares. A missão de proporcionar qualidade e bem-estar do usuário está em cada linha traçada em nosso projeto.”

Juliana Affini,Arquiteta

específico para crianças, tablets para os clientes e uma pequena cafeteria. O mobiliário também complementa todo esse bom

gosto, com alguns móveis assinados pela própria ar-quiteta, além de outras peças de designers italianos e americanos. O chão da unidade também ganha mais vida e inte-

ração com o usuário, tendo no piso painéis que ascen-dem por sensores. A proposta desta interatividade, além de trazer inovação para o ambiente, também re-força ainda mais conceitos que a Unimed preza, como qualidade de vida, exercícios físicos, bem-estar, entre outros pensamentos.

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Outro quesito muito importante na criação e inspiração da loja-con-ceito foi a sustentabili-dade. Conforme explica a arquiteta Juliana, o pro-jeto priorizou o uso de materiais e acabamentos de empresas certificadas. “Desde a tinta que utili-zamos, até as lâmpadas econômicas, fitas de LED, madeiras certificadas, en-tre outros materiais são de empresas certificadas e que, assim, comprovam sua responsabilidade am-biental em seus proces-sos de fabricação.”Para a arquiteta, a prin-

cipal ideia era proporcio-nar um ambiente clean, confortável e sofisticado

e que trouxesse todos os valores que a Unimed vem reforçando em sua nova estratégia de ges-tão, o que foi obtido no projeto desenvolvido pela Affini Arquitetura. “O objetivo era dialogar com o beneficiário de maneira diferenciada, desde uma comunicação com mo-nitores, até mesmo um chão interativo. Com isso, é possível intensificar nossas principais ações como a sustentabilidade, responsabilidade social, qualidade de vida, entre outras mensagens que queremos passar para o cliente.”Essa aposta na inova-

ção, proporcionando um

local diferente de atendi-mento e com modernos elementos de arquitetura e decoração vem dando certo para a Unimed. “Es-tamos diante de um mer-cado competitivo que nos exige inovar a cada dia. A loja-conceito foi uma alternativa para ser o di-ferencial diante de nossos concorrentes. Nossa ideia era otimizar o tempo do beneficiário e para isso investimos nessa unida-de. Neste local podemos recebê-lo em horários diferenciados em um am-biente confortável”, sa-lienta Fátima Aparecida Noronha Bozelli, Diretora de Marketing, Vendas e Farmácia.

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“A loja-conceito foi uma alternativa para ser o diferencial diante de nossos concorrentes. Nossa ideia era otimizar o tempo do beneficiário e para isso investimos nessa unida-de. Neste local podemos recebê-lo em horários diferencia-dos em um ambiente confortável.”

Dra. Fátima Aparecida Noronha Bozelli, Diretora de Marketing, Vendas e Farmácia.

Segundo Roberto Bueno, Gerente de Recursos Pró-prios, a nova unidade bem como os investimentos realizados pela Unimed em nome da nova marca com-provam o crescimento da empresa. “Crescemos por-que nossa qualidade aumentou, porque investimos nas pessoas e por também ampliarmos nossos espa-ços com qualidade e instalações modernas. Estamos diante de um cliente crítico e consciente, que exige ações que vão além de um bom atendimento.”Crescimento que não paraAlém do investimento na loja-conceito, a Unimed tam-

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bém está construindo um novo Pronto Atendimento Infantil e Adulto. De acor-do com Dr. Luiz Homsi, Diretor-administrativo da Unimed de São José do Rio Preto, a estratégia visa atender a crescente de-manda. “A expansão da unidade deve-se ao au-mento de nosso público, porém essa ampliação está sendo feita com os pés na sustentabilidade.”Segundo a arquiteta Ju-

liana, o projeto também

utilizou materiais de em-presas certificadas, re-forçando o conceito de sustentabilidade. A cons-trução também procurou trazer todo o bem-estar para o paciente. O ob-jetivo é fazer com que o usuário tenha o máximo de conforto, como se es-tivesse em um hotel. “Pri-mamos pela humanização do atendimento e sabe-mos o quanto isso inter-fere na recuperação do paciente. E nesse quesito,

a arquitetura desempenha um papel fundamental.”Andando pelos corre-

dores do novo Pronto Atendimento Infantil é possível perceber que o ambiente se destoa do tradicional hospital. A aposta em diferentes co-res, decorações, pinturas lúdicas nas paredes e es-culturas são alguns dos exemplos que coloca o pronto atendimento na dianteira da inovação na arquitetura da saúde.

“O objetivo era dialogar com o beneficiário de maneira diferenciada, desde uma comunicação com monitores, até mesmo um chão interativo. Com isso, é possível intensificar nossas principais ações como a sustentabilidade, responsa-bilidade social e qualidade de vida”Graziela Morais, Gerente de Marketing e Comercial da Unimed de São José do Rio Preto

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Não só os pacientes são beneficiados pelo confor-to. Para os colaboradores, o projeto de arquitetura criou ambientes para des-canso e um refeitório com conceitos de humaniza-ção, investindo em cores suaves, confortáveis sofás e cadeiras com design di-ferenciado. A primeira fase da amplia-

ção abrange os setores de Pronto Atendimento Infan-til e Quimioterapia Infantil e Adulto. Ainda está prevista a expansão de setores para

os serviços de homecare, medicina preventiva, infu-são de imunobiológicos e o Pronto Atendimento Adulto, que será feita na segunda fase do projeto com prédio novo de quatro andares, totalizando cerca de 8 mil m². A previsão de término é para o primeiro trimestre de 2015. “Estamos oferecendo

uma arquitetura nos con-ceitos de sustentabilidade e que primam pelo con-forto de pacientes e seus familiares. A missão de

proporcionar qualidade e bem-estar do usuário está em cada linha traça-da em nosso projeto”, diz a arquiteta Juliana Affini.

ReconhecimentoA sustentabilidade na

Unimed de São José do Rio Preto já rendeu im-portantes reconheci-mentos nacionais. O Selo Ouro, em sustentabilida-de pela Unimed do Brasil, e o reconhecimento pela imprensa como uma das empresas de destaque

em trabalhar questões ambientais na mídia são alguns prêmios. “Ambas as conquistas

nos encheu de orgu-lho, principalmente pelo apoio que tivemos de nossos colaboradores, pois toda a mudança só poderia acontecer com o engajamento deles. Isso nos fortaleceu ainda mais para seguir em frente”, diz a Gerente de Marke-ting e Comercial da Uni-med de São José do Rio Preto, Graziela Morais.

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Tradição e qualidadeHospital com mais de 250 anos investe em ampliação e humanização

O Imperial Hospital de Caridade (IHC), localiza-do em Florianópolis (SC), foi fundado em 1° de Janeiro de 1789, pela Irmandade Senhor Jesus

dos Passos, sendo o primeiro Hospital do Estado de Santa Catarina e a 3° Santa Casa do Brasil. No dia 5 de abril de 1994, a instituição, que tinha, na época, 228 anos de existência, sofreu um incêndio que destruiu 70% da área construída. “Foi então que a comunidade de Florianópolis e de outras cidades vizinhas, enga-

jaram-se em uma cam-panha de solidariedade, para auxiliar na recupe-ração do seu tradicional hospital”, conta a arqui-teta da instituição Inara Rodrigues, Diretora da Salutare Arquitetura.Quatro meses mais tar-

de, em 22 de agosto de 1994, o Hospital de Cari-dade reabriu suas portas, já com boa estrutura para prestar assistência médi-co-hospitalar à popula-ção catarinense. “Hoje, a instituição é administra-da voluntariamente pela

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Mesa Administrativa da Irmandade do Senhor Jesus dos Passos. A Irmandade do Senhor Jesus dos Passos e Imperial Hospital de Caridade são entidades sem fins econômicos é filantrópica e privada”, revela Inara.O Hospital de Caridade é referência para

todo o Estado de Santa Catarina, como modelo no atendimento médico-hospi-talar. Atualmente, possui 175 leitos para atendimento de clínica médica e cirúrgica nas mais diversas especialidades, sendo 17 leitos de UTI. A instituição possui um quadro multiprofissional com mais de 908 funcionários, corpo clínico qualificado, parcerias com clínicas especializadas em diagnóstico por imagem, buscando sem-pre os mais avançados recursos no setor saúde-hospitalar, para a segurança e bem-estar dos pacientes e seus familiares.Sua obra mais recente é o Novo Bloco

Intensivo, que nasceu da necessidade do hospital de adequar-se as novas tecno-logias e normativas, aliada à necessidade de expansão dos serviços. “Uma conside-rável parte da estrutura atual do hospital é tombada pelo patrimônio histórico. Por este motivo, em algumas situações, as alterações ficaram impossibilitadas, difi-cultando a implantação das novas tecno-logias. Por tanto, optou-se por fazer um novo Bloco com as unidades mais críticas e que necessitam de maiores interven-ções”, lembra Inara.Em parceria com o Governo do Estado,

elaborou-se o projeto para a ampliação da instituição. O Novo Bloco Intensivo possui seis pavimentos e área total de 7.434 m²,que abrigam recepção geral, cafeteria, central de material esterilizado (CME), centro cirúrgico com oito salas, UTI Geral e UNICOR (UTI Coronariana), cada uma com 20 leitos e heliponto.A humanização foi trabalhada no Novo

Bloco, que conta ainda com uma cafete-

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ria, através de uma grande recepção com iluminação natural e decoração tra-balhada para dar confor-to ao cliente. “Ambientes acolhedores, com ilumi-nação natural e decora-ção clean, cores como di-ferenciais e indicativas, pois cada pavimento tem uma cor predominante, facilitando a orientação”, diz a arquiteta.De acordo com Inara, a

iluminação natural pos-sibilita maior integração com a paisagem exter-na. Por se tratar de áreas extremamente técnicas,

o mobiliário tem que ser o mais funcional e apro-priado possível. “A priori-dade foi a funcionalidade, foram realizadas diversas reuniões com as equipes a fim de atender todos os detalhes necessários, porém com um toque estético. Para deixar os ambientes mais aconche-gantes, optamos traba-lhar com padrão madei-rado”, revela.Na passarela que liga

o Bloco Intensivo com o hospital atual, optou-se por janelas que trazem a iluminação e ventilação

natural, além de permitir maior integração com a paisagem externa, que é muito bonita e agradável, possibilitando um mo-mento de agradável des-contração.A sustentabilidade tam-

bém se faz presente, através do reaprovei-tamento das águas das chuvas para as limpezas externa e jardim do com-plexo hospitalar, equi-pamentos que possuam baixo consumo de ener-gia, iluminação natural e ventilação nas áreas que são permitidas.

“A prioridade foi a funcionalidade, porém com um toque es-tético. Foram realizadas diversas reuniões com as equipes a fim de atender todos os detalhes necessários. Para deixar os ambientes mais aconchegantes, optamos por trabalhar com padrão madeirado.” Inara Rodrigues, Arquiteta do Imperial Hospital de Caridade e Diretora da Salutare Arquitetura

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Vantagens e benefícios

Presente não somente no processo de obras, mas também no dia a

dia das instituições de saú-de, o aço inox apresenta algumas vantagens em sua utilização que conferem destaque ao material fren-te às outras matérias-pri-mas disponíveis no merca-do. “A primeira vantagem é claramente a econômica.

Utilização de aço inox em instituições de saúde reduz a manutenção e proporciona facilidade na limpeza

Quando você coloca um material em aço inox, na maioria das vezes, você tem um retorno no quinto ano em relação a outros mate-riais menos duráveis como o aço cromado”, comenta Alexandre Nascimento, Di-retor Comercial da Palmetal Metalúrgica.Segundo Nascimento, o

aço inox conserva-se per-

feitamente por pelo menos 50 anos, reduzindo o custo com a troca e manutenção, diferente de outros mate-riais. Porém, o Brasil ain-da está caminhando para adesão deste material. No País, o consumo per capi-ta por ano de aço inox gira em torno de pouco mais de 1Kg, enquanto a média mundial está em torno de

8Kg. “Estamos aprendendo agora sobre a importância do planejamento em lon-go prazo, em detrimento do lucro rápido de curto prazo”, diz o Diretor Co-mercial da Palmetal.Existe ainda, a segurança

física que o aço inox pro-porciona, pois não quebra por corrosão, o que em alguns casos gera riscos

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muito altos, e a segurança química, por ser bastante inerte. “Além disso, o aço inox é absolutamente mais sustentável do que a maio-ria dos outros materiais. Uma vez que é dificilmente descartado, gerando menos rejeitos ao meio ambiente”.Nos ambientes de saúde,

além das vantagens cita-das à cima, existe a questão extremamente crucial da adequação às normas da Vigilância Sanitária. “Noto-riamente, o aço inox é dis-parado o material preferido desses órgãos de vigilân-cia devido a sua baixíssi-ma porosidade, segurança química (não é tóxico) e a

facilidade de limpeza e con-servação em geral”, afirma.Pensando justamente

nas questões sanitárias, a Palmetal desenvolveu um Carro de Limpeza em inox. O objetivo do objeto é, por facilitar a limpeza, reduzir os níveis de infecção hos-pitalar, levando bem-estar aos pacientes e lucro para os hospitais. “Normalmen-te, as instituições utilizam um carro de limpeza de plástico e, em pouco tem-po, esse material torna-se completamente impregna-do de impurezas, impos-sibilitando uma perfeita sanitização em um CTI ou um berçário, por exemplo.

As inovações em aço inox têm ganhado mercado e somado a utilização clássi-ca do material em institui-ções de saúde, através de móveis em aço inox para a área de hotelaria. Entre as instituições atendidas pela empresa estão a San-ta Casa de Juiz de Fora, que trocou boa parte do seu mobiliário (banquetas, cadeiras - longarinas, me-sas, lixeiras) por móveis em aço inox. “Outra aplicação extremamente importante e relativamente moderna são as Portas em Aço Inox, adquiridas pelo Hospital Barra Dor. Substituímos os antigos modelos na área

de Fast Track, por modelos combinando vidro e aço inox. O resultado foi tão positivo que fornecemos, na sequência, as portas do centro cirúrgico”, revela Nascimento.Focada em 100% no de-

senvolvimento de produtos com aço inox, a linha da Palmetal vai desde o Ex-purgo Hospitalar, passando pelo carro de limpeza, até as mesas de centro que de-coram a recepção do hos-pital. “Somos a única em-presa no Brasil que atua de ponta a ponta no projeto hospitalar fornecendo mó-veis padronizados em aço inox”, finaliza.

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De olho nos detalhesHospital Sírio-Libanês opta por expertise profissional e inovação em sua expansão

O Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP), segue com seu plano de expansão para aumentar sua capa-

cidade de atendimento. “Essa nova cons-trução irá proporcionar uma modernização principalmente nos sistemas de suporte de energia elétrica, água e ar condicionado”, diz Gonzalo Vecina Neto, Superintendente Corporativo do Hospital Sírio-Libanês.O superintendente ainda conta que a ins-

tituição está aproveitando o ensejo para centralizar tudo que diz a respeito aos fa-cilities, como ar condicionado, oxigênio, gases em geral, central de elétrica, entre outros. “Essa centralização é uma garantia de mais segurança da edificação. Por isso, temos que evitar todas as possibilidades de falta de energia elétrica”, completa. Com isso, o plano de expansão do Hos-

pital Sírio-Libanês tornou-se referência no setor da saúde, por sua flexibilidade, quali-dade e, principalmente, cuidado com cada etapa da obra a ser executada. Para garan-tir o funcionamento de seu complexo hos-pitalar de maneira única e fluida, mesmo após a finalização do projeto de expansão, a engenharia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, preocupa-se com cada detalhe da obra.Entre os detalhes que a instituição consi-

derou está o estacionamento de um novo edifico misto (área de hospital + garagem)

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cujo projeto global ainda está sendo desenvolvido pela instituição. Porém, visando a criação de um novo espaço bem estru-turado, o hospital contra-tou a consultoria de uma empresa especializada em garagens antes de de-senvolver e por em práti-ca seu projeto. “Nosso envolvimento deu-se no inicio do desenvolvimen-to do projeto, onde todas as intervenções e suges-tões que fizemos para a garagem foram sempre definidas em conjunto com a equipe técnica do hospital e com as equi-pes de arquitetura envol-vidas”, conta a arquiteta Fadva Ghobar, Diretora da Ghobar Arquitetura e Planejamento de Gara-gens.A preocupação da insti-

tuição em desenvolver o projeto com base em uma consultoria especializada deu-se devido ao fato de que uma garagem é um espaço que precisa ser bem planejado para ofe-recer conforto, segurança e facilidade de fluxo aos usuários. “Uma boa ga-ragem, que pressuponha um bom resultado no seu todo, começa com o pro-jeto, no qual seus espaços e necessidades são cui-dadosamente pensados”, ressalta a arquiteta.Segundo Fádva, uma

garagem bem projetada tem grandes chances de sair do papel sem criar problemas para o anda-mento da obra, e mesmo que imprevistos aconte-çam, a situação pode ser remediada com base nas diretrizes pré-estabele-cidas. “Quando o projeto nasce corretamente, já leva em consideração al-guns cenários inespera-dos que podem ocorrer e, dessa forma, o pós-obra permite um reestudo e remanejamento de alguns elementos para minimizar o problema”, explica.Cada tipo de empreen-

dimento requer garagens com características dife-rentes. Em um hospital, uma das principais aten-ções deve ser dada aos Idosos e Portadores de Necessidades Especiais (PNE), o que implica em oferecer vagas especiais para esses usuários, e sempre próximas aos ele-vadores, e como área de embarque e desembarque bem dimensionada para que haja efetivo conforto.“Também é importan-

te que seja oferecido um serviço de Vallet nos acessos de veículos que possuem um maior fluxo de pacientes e visitantes, colaborando assim para maior agilidade e confor-to desses usuários, bem como maior conforto aos usuários que possuem dificuldades de mobilida-de”, diz a arquiteta.Fadva ressalta também

que para as áreas de ga-ragem, onde há a possi-bilidade do usuário ir so-zinho até as vagas, deve ser criada uma sinalização horizontal (de piso) com rotas de segurança (ou faixas de retenção), para orientação do trajeto dos pedestres, ao longo das circulações de veículos, até chegarem a algum nú-cleo de Elevadores. Essas rotas também receberam uma Sinalização Vertical (placas) complementar.

“Nosso envolvimento deu-

se no início do desenvolvimento do projeto, onde todas

as intervenções e sugestões que fizemos para a garagem foram

sempre definidas em conjunto com a equipe técnica

do hospital e com as equipes de arquitetura

envolvidas”, conta a arquiteta Fadva

Ghobar, Diretora da Ghobar Arquitetura e Planejamento de

Garagens

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Segurança em foco

O Hospital Sírio-Libanês, em seu projeto de expan-são, não se preocupou apenas com as questões estruturais, mas também em manter a boa logística praticada e a segurança de colaboradores e pacien-tes da instituição. Pen-sando nisso, contratou a instalação de equipamen-tos de bloqueio físico do tipo Wolflap para compor o sistema de controle de acesso do hospital. “Em 2009, a Wolpac forneceu e instalou bloqueios com barreiras de vidro mode-lo Wolflap para controlar o acesso de pacientes e funcionários do hospital e agora, em 2014, fomos novamente contratados para fornecer e instalar nossos equipamentos no novo prédio do comple-xo hospitalar. Para esta segunda fase, foram for-necidos equipamentos do novo modelo, batiza-do de Wolflap II”, conta Alan J. Lourenço, Gerente comercial – Divisão Segu-rança da Wolpac Contro-les Eficientes.

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ço, esses equipamentos precisam proporcionar conforto e segurança, ações plenamente atendi-das pelo modelo Wolflap, pois o usuário não tem contato físico com o equi-pamento, evitando riscos

de contaminação e pos-sibilitando maior aces-sibilidade aos pacientes com dificuldades de lo-comoção. “Além disso, a versão Large possui vãos de passagem de 900 mm, adequada para o acesso de cadeiras de rodas ou até mesmo macas. Outro fator importante é o bai-xo índice de manutenção, essencial em ambientes hospitalares, onde o tem-po é questão crucial para o bom andamento dos atendimentos”, ressalta.O equipamento possui,

além do design revolu-cionário, que acompanha as tendências internacio-nais de mercado, senso-res que monitoram o tra-jeto do usuário ao longo da passagem, impossibi-litando fraudes e garan-tindo a segurança dos pacientes. “Estes sensores também impedem que a barreira de vidro feche sobre os usuários, evitan-do acidentes”, comenta o Gerente comercial.Outro importante as-

pecto relacionado à se-

“Em 2009, a Wolpac forneceu e instalou nove vãos de pas-

sagem do bloqueio com barreiras de

vidro modelo Wolflap e, agora, em 2014, fomos novamente contratados para fornecer e instalar outros 13 vãos de passagem no novo prédio do complexo hospitalar. Para esta segunda fase, foram

fornecidos equi-pamentos do novo

modelo, batizado de Wolflap II”,

Alan J. Lourenço, Gerente comercial – Divisão Segurança

da Wolpac Controle Eficiente

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gurança é a tecnologia Emergency System, que libera o acesso na falta de energia, evitando tumul-tos e permitindo a rápida evacuação do local em casos de emergência. Já a tecnologia Smart Dis-play utiliza pictogramas tricolores de última ge-ração, que por serem in-tuitivos, facilitam o aces-so de pessoas da terceira idade ou que tenham al-guma dificuldade de lei-tura. “A Wolflap II tam-bém é dotada de motores

que utilizam a tecnologia Brushless Motorized, per-mitindo maior precisão, durabilidade e, sobretu-do, garantindo o silêncio do local”, reforça.Por meio de controles

de acesso eficientes, o hospital consegue moni-torar quem está dentro de suas dependências, re-duzindo o risco de roubos à apartamentos. Além disso, é possível controlar de maneira mais eficiente a programação de visitas, garantindo, por exemplo,

que pacientes não sejam incomodados durante seu tratamento. “Em suma, garantem a segurança e o total controle de aces-so de pacientes e funcio-nários. Mas é importan-te lembrar que, mesmo com equipamentos de alta tecnologia, o suces-so da implementação do controle deve-se também ao projeto de segurança, que neste caso foi de-senvolvido pelo consultor Roberto Luigi Bettoni e sua equipe”, finaliza.

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Tecnologia em alumínio

Uma das premissas que nortearam o projeto de expansão do Hospital Sírio-Libanês são as constantes mudanças internas que refletem na composição das fachadas. Ao longo do pro-

cesso de concepção foi avaliada a flexibilidade de layout, na qual buscou-se soluções que atendessem da melhor forma às altera-ções, sem interferir no andamento e na rotina da instituição.O sistema de estrutura modular em aço está em fase de cresci-

mento se comparado ao sistema tradicional. O tempo curto para execução, a precisão dimensional e o fato de ser matéria-prima 100% reciclável, fazem com que o sistema seja viável na maioria das situações.Por essas e outras vantagens, a instituição optou pela adoção de

uma fachada revestida com vidro e alumínio, intitulada Unitized, que possui sistema modular, no qual os módulos já vão prontos à obra e são fixados por encaixe, de baixo para cima da edificação. “Isso torna o processo de instalação mais rápido que o de fachadas tradicionais, algo que é importante para o hospital, pois, neste caso, libera os an-dares para sua respectiva atividade médica”, comenta João Carlos Panzoldo, Diretor-geral da Tecnofeal Esquadrias de Alumínio.De acordo com o profissional, este tipo de fachada possui inclusive

uma vantagem sustentável: a estrutura modular de alumínio ofere-ceu a possibilidade de composição com grandes panos de vidros. “Por conta da refletividade dos vidros, economiza-se muito em ins-talações de ar condicionado, além de elevado aproveitamento da luz e de ventilação naturais”, explica.Os módulos intercambiados nos espaços onde são instalados os

caixilhos conferem uma versatilidade notável ao projeto, pois per-mitem, por exemplo, que janelas com persiana sejam removidas de um lugar a outro, uma vez que o hospital receberá diferentes equi-pamentos em diversas especialidades médicas. “Há ainda um olhar para o futuro: diante de adoção de novas tecnologias, se tiverem de modificar o layout do hospital, poderão transferir a esquadria de um ponto a outro”, ressalta João Carlos.A obra conta ainda com persianas de enrolar Feal Wide e janelas

maxim-ar com persiana e blackout entre vidros automatizado, re-vestimentos metálicos e portas internas, com destaque à tipologia de correr, sistema alçante.O Feal Wide, aplicado no Hospital Sírio-Libanês, consiste em um

produto termoacústico e de silencioso acionamento. Com tais ca-racterísticas, é altamente indicado para ambientes hospitalares, além de salas e dormitórios.Produzido em alumínio extrudado com preenchimento interior de

poliuretano, o sistema oferece controle da ventilação e o blackout do ambiente. Além da notável capacidade para preenchimento de grandes vãos, pois pode atingir até 4,70 metros de largura, caracterís-tica única no mercado brasileiro de esquadrias, o produto apresenta acionamento motorizado por meio de botoeira ou controle remoto.

49ARQ

Health

Expertise em alumínioA Tecnofeal atua no segmento de esquadrias e facha-

das de alumínio personalizadas para projetos de alto padrão. Com 27 anos de atuação e mais de 620 obras atendidas, a empresa tornou-se referência nacional no segmento, uma grife, por conta da elevada qualidade e preocupação com todos os detalhes de seus produ-tos, que nascem em um moderno complexo industrial de 17 mil m², em Diadema. Diferente das empresas que apenas importam caixilhos – por meio de parcerias com companhias e do exterior, a Tecnofeal desenvolve-os e possui uma linha exclusiva, chamada Feal Produtos. Es-tes contam com uma vasta gama de acessórios e medi-das. A instalação é efetuada pela equipe especializada da Tecnofeal.Por conta destas vantagens (qualidade, instalação e

personalização), a empresa está presente não apenas em projetos residenciais de elevadíssimo padrão, mas também em projetos comerciais/corporativos de grande complexidade, como a maior torre corporativa, o WTor-re Morumbi, o shopping JK Iguatemi, os hospitais Os-waldo Cruz e Sírio-Libanês, entre outros.

“Além da notável capacidade para preenchimento de grandes vãos, pois pode atingir até 4,70 metros de largura, característica única no mercado brasileiro de esquadrias, Feal Wide 4000 apresenta acionamento motorizado por meio de botoeira ou controle remoto”. João Carlos Panzoldo, Diretor Geral da Tecnofeal Esquadrias de Alumínio

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Health

Saudável para os pacientes, saudável para os negócios

Com o crescimento da demanda no setor de healthcare, empresas como a Easy Construtora começam a se preparar para uma nova realidade de mercado

Fundada em 2009 pe-los irmãos Caui e Ca-ciporé Torres, a Easy Construtora é uma em-presa especializada em obras rápidas e merca-do corporativo que vem abrindo espaço dentro do segmento hospitalar com diversos cases de sucesso.Mas isso nem sempre

foi assim, já que suas operações para este seg-

mento foram iniciadas há apenas três anos. O que teria mudado? Questio-nado sobre este fato, o Diretor Comercial Caui Torres afirma ter enxer-gado uma grande oportu-nidade no ramo: “Acredi-tamos ser um setor com muita carência de empre-sas especializadas nessa área. É um mercado com grande potencial de cres-cimento.” E ele estava

certo.De 2011 a 2014, a Easy

Construtora realizou a implantação de mais de 50.000m² em obras de healthcare para grandes marcas. Como desta-ques, podem-se citar as obras para o Hospital Pre-mium Care na Vila Olím-pia, na qual a empresa foi responsável por 100% da implantação de um pré-dio de cinco andares em

INFORME PUBLICITáRIOEx

pert

ise

Digimagem

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Health

apenas 100 dias e para o Centro de Diagnósticos IHP Digimagem, localizado no bairro de Santana, em São Paulo.Na opinião dos próprios fundadores, o sucesso

veio graças ao seu diferencial de utilizar mão-de-o-bra própria especializada. Enquanto muitas empre-sas reduzem custos de operação com a terceiriza-ção de funcionários, a Easy Construtora apostou na qualificação de seu time, realizando treinamen-tos constantes com seus colaboradores para que tenham uma visão holística dos processos, fazen-do com que tudo ocorra conforme planejado.Por exemplo: em uma obra realizada para o Cen-

tro de Diagnósticos IHP Digimagem, foram im-plantados mais de 4500m² de laboratórios e con-sultórios, incluindo a construção de Pet Ct e três salas de ressonância magnética que possuem um tratamento específico para atender os padrões dos fabricantes e órgãos reguladores, além de toda a área administrativa e diretoria da empresa. Assim, o conhecimento técnico das necessida-des específicas do setor de healthcare é essen-cial para uma execução correta destes processos e cumprimento de prazos, sendo que a obra foi entregue em apenas 180 dias.Paulo Katz, arquiteto responsável pela equipe de

gestão de obras da empresa, pontua que atual-mente é muito difícil de se encontrar mão-de-o-bra qualificada para este tipo de serviço no Brasil, já que existe uma alta rotatividade dos profissio-nais no mercado.“Na Easy Construtora, fornecemos um plano de

carreira, metas específicas e bonificações trans-parentes, motivando o funcionário a se engajar mais nos projetos. Trabalhamos com treinamen-tos constantes para qualificar nosso pessoal. Quem vai bem, acaba sendo recompensado.”Mas desafios sempre surgem durante uma tra-

jetória de sucesso. A obra da clínica oftalmológi-ca PreventSenior na Alameda Campinas foi uma grande superação da Easy Construtora. O prazo era de apenas 90 dias para entregar a obra com-pleta e não havia sequer um projeto de instalações elétricas e TI pronto. Dessa forma, foi necessário realizar algo ousado e inusitado: elaborar o proje-

O prazo era de apenas 90 dias para entregar a obra completa e não havia sequer um projeto de instalações elétricas e TI pronto

Digimagem

Digimagem

Digimagem

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Health

INFORME PUBLICITáRIOEx

pert

ise

to técnico específico simultanea-mente ao andamento da obra.Tiveram de ser envolvidos no

processo projetistas e os repre-sentantes da empresa cliente, de maneira a acelerar o processo e manter todas as partes informa-das sobre os progressos que es-tavam sendo realizados.Houve também uma preocupa-

ção com o impacto ambiental que a obra poderia causar, sendo que profissionais de campo, supervi-sores, gerentes, orçamentistas e até compradores foram instruí-dos a utilizar recursos de manei-ra sustentável, evitando gastos desnecessários, despejando re-síduos da maneira apropriada e reutilizando materiais quando possível. O resultado deste pro-jeto foi uma obra entregue no prazo, com área total de 2.000 m² distribuídos em 6 andares.A mais recente obra da empre-

sa está sendo realizada para a Clínica Amato, localizada no cru-zamento da Avenida Rebouças com a Avenida Brasil, bem no coração de São Paulo. Com salas de cirurgia e auditório, esta obra terá uma área total de 1.700 m² que deverá ser entregue até o fi-nal do mês de Novembro.Hoje em dia, a Easy Construtora

conta com uma parcela de 10% de seu faturamento proveniente de obras para o setor de healthcare, e as previsões de Caciporé Torres, Diretor de Operações, são muito otimistas. “Da maneira como vie-mos crescendo neste setor nos últimos anos, essa área deverá re-presentar cerca de 30% de nosso faturamento total até 2017.”

“Acreditamos ser um setor com muita carência de empre-sas especializadas nessa área em implantação rápida. Um mercado com grande potencial de crescimento.” Caui Torres, Diretor Comercial da Easy Construtora

Prevent Senior

Prevent Senior

“Na Easy Construtora, fornecemos um plano de carreira, metas específicas e bonificações transparentes, motivando o próprio funcionário a se engajar mais nos projetos.” Paulo Katz, arquiteto

Clínica Mayra

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Health

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Health

HUMANIzAçãO

ACR Arquitetura padroniza projeto para novas unidades da rede Dr. Consulta

Buscar soluções sob medida para cada cliente parece uma

premissa básica quando se pensa em arquitetura na área de saúde. Mas, mesmo os especialistas neste nicho de mercado são desafiados a cada

Olhar Clínico

novo projeto, quando é necessário aproveitar ao máximo a área dispo-nível, otimizar custos e proporcionar um espaço confortável para o cliente e funcional para a equipe de trabalho.Em sua fase de expan-

são, a rede Dr. Consulta buscava justamente to-das estas características no projeto das novas uni-dades, para criar um pa-drão de identidade que refletisse este atual mo-mento do negócio. “A nossa missão é oferecer

Cuid

ado

Entrada – Unidade São Bernardo do Campo

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Health

acesso com dignidade e resolver com agilidade os problemas básicos de saúde da população de menor renda, que não possui plano de saúde e passa a ter uma alternativa além do SUS (Sistema Único de Saú-de). Por isso funcionalidade, conforto e simplicidade eram essenciais no projeto arquitetônico”, enfatiza Thomaz Srougi, CEO da empresa. A expertise neste segmento foi decisiva para o es-

critório ACR Arquitetura e Planejamento viabilizar um projeto otimizado em custo, alinhado com a propos-ta de expansão da rede, respeitando as normas de segurança, acessibilidade e vigilância sanitária, com soluções simples e econômicas, em especial para os espaços menores, mas que somam valor no resultado final do projeto. “Foi essencial o conhecimento dos procedimentos

de saúde para desenvolver o projeto dentro do modo de operacionalização da rede. Inovação, praticidade e simplicidade são os conceitos principais em projetos como este, e foi esta a direção que seguimos”, desta-ca Antonio Carlos Rodrigues, sócio da ACR Arquitetu-ra e Planejamento.O presidente da rede Dr. Consulta ressalta que aten-

der estas características não foi uma tarefa fácil. “Ha-via uma expectativa na padronização arquitetônica, pois o objetivo era mostrar como nos diferenciamos em nosso mercado. Temos como uma de nossas prio-ridades, facilitar a orientação espacial dos nossos pacientes dentro das clínicas, de forma que isso dê fluidez ao atendimento, e era preciso que esta neces-

Sala de Espera – Unidade São Bernardo do CampoConsultório de Oftalmologia Unidade São Bernardo do Campo

sidade também estives-se integrada ao projeto”, destaca Srougi.Com uma comunicação

visual já definida, o novo projeto assinado pela equipe da ACR, alinhou custo baixo, acabamen-tos funcionais e durá-veis, mobiliário prático e moderno, gerando um ganho de qualidade nos serviços. Um dos pon-tos de partida foi ajus-tar como apresentar a marca dentro e fora das unidades e, em parale-lo, realizar uma contínua pesquisa de materiais e fornecedores, sempre melhores e mais baratos. “A rede Dr. Consulta é

um desafio diferente, se comparado a outros pro-jetos de grande porte que já realizamos, pois é pre-ciso ser funcional e agra-dável com ótima relação custo benefício, respeitar a logística do atendimen-

Ficha técnica

Arquitetos: • Antonio Carlos

Rodrigues • Pablo Polop • Maya Akeho • Maira Silvieri• Itamar Rios

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Health

HUMANIzAçãOCu

idad

o

to, com ambientes compactos, porém práticos e acolhedores sem abrir mão da qualidade”, observa Antonio Carlos Rodrigues.

otimização e Funcionalidade

Um dos primeiros aspectos a ser valorizado foi justamente o fluxo de atendimento, consi-derando que o Dr. Consulta segue uma rotina desde a chegada do cliente, que passa pelo cadastro, pré-consulta, consulta e orientação para exames. “Todas estas etapas precisavam de uma solução simples e funcional, com um resultado que aliasse rapidez e qualidade no atendimento, características valorizadas pela rede”, salienta o arquiteto.A proposta foi um fluxo dinâmico de circu-

lação de clientes e colaboradores, mas facil-mente entendido e assimilado por todos. Algo tão simples que fosse intuitivo. “Tudo começa com a humanizadora na porta da frente, de-pois com a receptação para abertura de fichas, passa-se a outra espera, onde estão as salas de pré-consulta. Também estão próximos o setor de análises clínicas e consultórios de oftalmologia. Em corredores uniformes e de simples entendimento de fluxo, organizamos as salas de consulta, exames e procedimentos, sempre dentro das estritas normas de vigilân-cia sanitária e acessibilidade. Na saída ficam os balcões de pós-consulta, onde exames podem ser agendados e o cliente recebe toda a orien-tação”, detalha.Outro aspecto determinante foi a engenha-

ria, optando-se por métodos construtivos que permitem a fácil reforma, sem interromper o atendimento. “As obras são uma rotina em clí-nicas e laboratórios e não devem paralisar a operação”, explica Antonio Carlos Rodrigues. “Por isso utilizamos divisórias drywall e naval. A primeira, adequada para embutir instalações elétricas e hidráulicas e a segunda, com ótimo custo benefício e fácil remanejo. Assim, har-monizamos o uso dos dois materiais nas ve-dações trazendo uma solução prática, bonita e barata. Também pesquisamos porcelanato,

Entrada – Unidade Jabaquara

Atendimento Pós-consulta – Unidade Jabaquara

Sala de Ultrassom - Unidade Jabaquara

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Health

junto aos fabricantes, para encontrar o produto ideal em preço e qualida-de para padronizar o piso a ser empregado em to-das as unidades, fazendo um acordo direto com a fábrica e reduzindo o va-lor da obra. No mobiliá-rio, a opção foi por cadei-ras amarelas e azuis para proporcionar leveza e jo-vialidade ao ambiente”. “Este projeto se dife-

rencia pela parceria, con-sultoria e dedicação na pesquisa por soluções e alternativas para forma-tar um produto ideal às necessidades e perfil ino-vador do cliente. É um de-

safio que se renova a cada nova unidade”, finaliza Antonio Carlos Rodrigues. A rede Dr. Consulta pos-

sui hoje cinco clínicas e a previsão é de que, até 2016, sejam inauguradas mais 15 na capital paulista e na região metropolitana de São Paulo. A unidade Sacomã está de mudança para outro endereço no mesmo bairro seguindo o novo padrão arquitetôni-co. São Bernardo do Cam-po e Jabaquara já estão em operação com o atual con-ceito desenvolvido pelo escritório ACR e estão em obras as unidades Nove de Julho e Tatuapé. Rafael Tozo e Antonio Carlos Rodrigues

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HUMANIzAçãORe

ferê

ncia

Unimed Resende tem projeto humanizado e obras de sucesso

Em uma área aproximada de 10 mil m², está situado o Hospital Unimed Resende, no Esta-do do Rio de Janeiro. Trata-se de um complexo hospitalar com projeto arquitetônico que visa, em especial, a humanização com ênfase em ho-telaria e operação. Com terreno em desnível, o projeto usou a topografia do local a seu favor, setorizando os acessos às áreas do hospital.Foram criados dois níveis de acessos, um pelo

Pavimento Inferior (Acesso ao Pronto Atendi-mento, Emergência e Apoio Técnico e Logísti-co) e outro pelo Térreo (Acesso de Visitantes e Pacientes Eletivos ao Hospital). À partir dessa implantação, as áreas foram distribuídas nos pavimentos de acordo com atividades afins.“A arquitetura do edifício da Unimed Resen-

de, foi concebida de forma a atender espaços funcionais com uma rígida setorização. A topo-grafia do terreno de certa forma ajudou. Por ser um lote de esquina e em declive, foi possível estabelecer dois grandes platôs, permitindo a hierarquização dos acessos de forma clara e objetiva”, comenta o arquiteto Sérgio Reis da Emed Arquitetura.O projeto de arquitetura considerou também

futuras ampliações e remanejamentos de áreas, característica considerada primordial para um hospital, que está sempre evoluindo suas técni-cas e tecnologias e seus espaços precisam ser dimensionados e pensados para acompanhar essa necessidade.A utilização de um sistema estrutural em es-

trutura metálica com lajes tipo steel deck e fun-dações em concreto, possibilitam vãos maiores

Humanização e qualidade

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Health

entre elementos como pi-lares e vigas de dimensões reduzidas, liberando assim áreas maiores para serem compartimentadas de acordo com a necessidade da instituição. Outra ca-racterística do prédio são os pés-direitos mais gene-rosos para distribuição de redes de instalações. “Com a adoção do sis-

tema construtivo em aço, foi possível propor aos investidores, a construção de uma área com pouco mais do que a necessida-de imediata da cooperati-va. Porém, já previamente preparada para logo ser ocupada em um aumento de demanda, sem preci-

sar retornar para a fase de obras de infra e superes-trutura”, explica Reis.A humanização dos es-

paços da instituição inicia--se com a preocupação da setorização de áreas e também dos fluxos entre as mesmas e segue com os cuidados relacionados à ambientação através da escolha de materiais de acabamento, cores, ilumi-nação, na busca por um espaço menos austero e mais aconchegante.A iluminação foi um dos

fatores que contribuíram para isso. Considerando que cada área possui suas necessidades e exigências, o projeto buscou privile-

giar a iluminação natural em áreas de maior per-manência dos pacientes, como Internação, UTI, áre-as de observação e tam-bém nas sociais. Além de um melhor conforto am-biental, também impacta diretamente em economia de energia.Segundo o engenhei-

ro da Emed Eduardo H. Rodrigues, o paisagismo projetado para o hospital propicia uma leveza e in-tegração à vizinhança, de modo a aliviar a tensão naturalmente gerada por um novo hospital. “Outra questão muito considera-da são as recepções e es-peras projetadas de forma

“A arquitetura do edifício da Unimed Resende foi concebida de forma a atender espaços fun-cionais com uma rígida setorização. A topo-grafia do terreno de certa forma ajudou. Por ser um lote de esquina e em declive, foi pos-sível estabelecer dois grandes platôs, permi-tindo a hierarquização dos acessos de forma clara e objetiva.”

Sérgio Reis,Emed Arquitetura

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a aliviar a sensação de hos-pitalização dos pacientes”.Também preocupada com

a sustentabilidade, a ins-tituição conta ainda com um sistema de captação de energia solar, águas plu-viais para reuso e também uma Estação de Tratamen-to de Efluentes (ETE). “Fo-ram considerados diversos itens de sustentabilidade, como também a utilização de luz natural, reaproveita-mento de água de chuva, pavimentos drenantes, etc”, garante o engenheiro.Durante o processo de

obras da instituição, os tramites ocorreram nor-

malmente, sem apresen-tar dificuldades além das normais, que caracterizam o processo de impermea-bilização tais como: chu-vas em épocas que parali-sam os trabalhos por mais tempo. “Isso porque elas deixam a superfície úmida por dois ou três dias para o prosseguimento dos ser-viços ou locais específicos, como a ETE, praticamente submerso no lençol fre-ático, que foi construída abaixo do nível d’água do lençol da região”, explica o engenheiro Gerson Marin, Diretor da Enval Engenha-ria do Vale.

Os trabalhos executados pela empresa pautaram--se, exclusivamente, na impermeabilização do edi-fício, desde a laje de co-bertura do prédio, as áreas frias de sanitários, vestiá-rios e preparos, até as pa-redes e piso do subsolo, incluindo a estação de tratamento de efluentes. “Nossos trabalhos foram executados em atenção ao ‘projeto de impermea-bilização’ elaborado pela empresa Cetimper Consul-toria em Engenharia Ltda”, ressalta o engenheiro.Nas lajes de cobertura

localizadas sobre as áre-

“Foram considerados diversos itens de susten-tabilidade, como também a utilização de luz natural, reaproveitamento de água de chuva, pavimentos drenantes, etc”.Eduardo H. Rodrigues, Engenheiro da Emed

as habitadas, onde foram aplicados os isolamentos térmicos, o sistema ini-ciou-se pela limpeza da área para remoção do pó e outras impurezas, segui-da de lavagem com água para hidratar o concreto e evitar que o mesmo reti-rasse água da argamassa, provocando seu destaca-mento. “Após a cura ou secagem da argamassa de regularização, executou--se a impermeabilização propriamente dita com sistema de manta asfálti-ca e materiais de linha de produtos sustentáveis”, explica Marin.

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Health

Acabamento

Sobre o Primer foi apli-cada uma camada de manta asfáltica pré-fa-bricada com auxilio de asfalto fundido. Após a aplicação da man-ta asfáltica, o sistema passou pelo teste de estanqueidade, depo-sição de uma lamina d’água em toda a área por um período míni-mo de 72 horas. So-bre as áreas habitadas foram executadas as camadas de isolação térmica que consistem em placas de Poliesti-reno Expandido com espessura de 25 mm, aplicadas com auxilio de emulsão asfáltica para fixá-las sobre a manta do asfalto du-rante os trabalhos. “Sobre as placas da

isolação térmica foi aplicado um filme de polietileno, que ser-ve de camada separa-dora entre as placas da isolação térmica, e a argamassa de pro-teção mecânica, que serve para proteger as placas isolantes do efeito do trabalho da argamassa de prote-ção mecânica, uma argamassa de areia e cimento com espessu-ra media de 2 cm, es-

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truturada com uma tela plástica para não sofrer fissuras devido à flexi-bilidade das placas de poliestireno expandido”, revela.Para evitar a contami-

nação do meio ambiente, durante todo o processo, os entulhos foram des-cartados em caçambas apropriadas e a qualida-

de foi mensurada através dos testes de estanquei-dade aplicados, aliado ao acompanhamento téc-nico da equipe da Enval Engenharia e fiscalização da obra. A tecnologia também

se fez presente nas obras através dos diversos ma-teriais utilizados, rela-tivamente novos, como

resina termoplástica com fibra sintética, utilizado na impermeabilização das áreas frias junto às placas de gesso tipo “Dry Wall“, resina epoxídica, utilizada nos muros de arrimo do subsolo e nas placas de poliestireno expandido utilizado na isolação térmica das co-berturas.

“Sobre as placas da isolação térmica foi apli-cado um filme de polietileno, que serve de ca-mada separadora entre as placas da isolação térmica, e a argamassa de proteção mecânica, que serve para proteger as placas isolantes do efeito do trabalho da argamassa de proteção mecânica, uma argamassa de areia e cimen-to com espessura media de 2 cm, estruturada com uma tela plástica para não sofrer fissuras devido à flexibilidade das placas de poliestire-no expandido.” Gerson Marin, Diretor da Enval Engenharia do Vale

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Instituição pública no interior de São Paulo investe nos detalhes para garantir o bem-estar dos pacientes

O Hospital Municipal de Mogi das Cruzes (SP), construído no Distrito de Brás Cubas, soma 8,5 mil metros quadrados de área construída

em um terreno com 10.460 metros quadrados. O pré-dio possui com sete pavimentos e capacidade para 91 leitos, sendo 69 leitos de internação, 10 leitos de UTI – Unidade de Terapia Intensiva (com previsão de inauguração em 2015) e 12 leitos de observação.A instituição oferece três blocos de atendimento ao

paciente: pronto atendimento Infantil 24 horas (tér-reo), ambulatórios da mulher e de especialidade/SADT (1º andar) e internação/centro cirúrgico (2° andar). No 3º andar está o Solarium, um espaço destinado

aos colaboradores, as atividades do grupo de volun-tariado; e pode ser utilizado por pacientes internados. “A meta de atendimentos no Pronto Atendimento é de três mil atendimentos, porém, por mês, o PA tem atendido mais de cinco mil crianças. De 30 de junho a outubro,foram feitos 20.424 atendimentos apenas no PA. São 5 consultórios, um deles na brinquedoteca”, diz Paulo Villas Bôas de Carvalho, médico e Coorde-nador Hospitalar do Hospital Municipal de Mogi das Cruzes.Já nos Ambulatórios, a média de atendimentos é de

2.400 consultas. Em quatro meses, foram 9.684 con-sultas nas seguintes especialidades: Ginecologia; Ci-rurgia geral; Otorrino; Vascular; Urologia; Clínica mé-dica; e Cardiologia. São ao todo nove consultórios. “Nosso SADT (Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Tera-pia) fez nos quatro primeiros meses de funcionamen-to 17.348 exames: Radiografias, Exames laboratoriais, Colonoscopia, Tomografia, Endoscopia, Ecocardio-

Espaço humanizado

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grama, Ecodopler (exames), Ultrassonografia, Eletro-cardiograma, Papanicolau, Cirurgia ambulatorial, e Anátomo Patológico”, explica.A instituição teve seu Centro Cirúrgico inaugurado

no dia 10 de novembro e tem a expectativa de realizar nesta primeira fase de implantação 150 cirurgias por mês. “Com a ativação da UTI, o número será amplia-do. São 4 salas cirúrgicas, duas interligados”, afirma Carvalho.A edificação que abriga o Hospital Municipal de

Mogi das Cruzes é totalmente sustentável e ofereces-se o melhor fluxo de movimentação dos pacientes. Cada bloco conta com uma entrada específica. A liga-ção entre os blocos ocorre apenas na parte interna do prédio. “O projeto do hospital possibilita uma possí-vel ampliação futura. Nos fundos do terreno há um espaço que poderá receber novos blocos (integrados aos já existentes), que atenderão a um possível cres-cimento da demanda de pacientes”, revela o Corrde-nador Hospitalar.Segundo carvalho, o Hospital Municipal conta com

o primeiro prédio 100% sustentável de Mogi das Cru-zes, com recursos para utilização de energia solar, energia de gás natural e energia elétrica. O prédio também faz a captação e reaproveitamento de água e reservatórios com capacidade para até 35 mil litros.Segundo a arquiteta responsável pelo projeto da

instituição Maria Lúcia Freitas , o acolhimento e a humanização foram fatores preponderantes para a escolha de cores, mobiliário e comunicação visual. O objetivo foi dar uma nova fisionomia ao atendimento do público mais carente. Maria Lúcia explica que cada andar possui o predo-

mínio de uma cor nas paredes, na comunicação e por consequência no mobiliário. “No entanto, foi busca-da uma padronização em alguns itens como cadeiras para o público e as cadeiras dos funcionários”, diz.Segundo a arquiteta foi feita a opção de utilização

de poltronas ao invés de longarinas, para mais con-forto e para fugir do estigma de espaço público. “As longarinas mais bonitas apresentavam preços equiva-lentes as poltronas. Para cada andar de atendimento selecionamos uma combinação de cores que identifi-ca e predomina no andar”, lembra.Os confortos dos médicos e de funcionários também

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ário

foi pensado em poltronas reclináveis para descanso das pernas e sofás para socialização e descanso.

Cuidando dos detalhesA instituição se preocu-

pou com cada detalhe de sua edificação, inclusive o design interno e o mobili-ário. Cada peça foi desen-volvida, pensada e adap-tada especialmente para o hospital pela empresa Teto Mobília Corporati-va. Na recepção de aco-lhimento, por exemplo, foram colocadas poltro-nas revestidas em couro ecológico. Já na Espera, foi colocado o mesmo tipo de móvel, porém tra-balhado em outras cores, para criar uma identidade visual diferente para cada ambiente.Na espera infantil os

móveis aparecem com as mesmas características, porém dimensionamentos diferentes para atender a pais e filhos. “Desenvol-vermos algumas poltronas com medidas adequadas para acomodar conforta-velmente crianças de até sete anos. Pensando tam-bém no conforto e segu-rança dos usuários produ-zimos os móveis baseados em critérios como cantos arredondados”, conta Sér-gio Fix, Diretor criativo da Teto Mobília Corporativa e responsável pelo desen-

volvimento de todo o mo-biliário para o hospital.A preocupação durante

o desenvolvimento dos móveis também conside-rou a logística da insti-tuição. Um bom exemplo está nas mesas desenvol-vidas para os consultórios. “Substituímos os gavetei-ros das mesas por gave-tas acopladas e criamos um suporte para CPU dos computadores acoplando eles também,criando um único volume e evitan-do assim que durante a higienização da sala seja necessário deslocar pe-ças separadas otimizando tempo e mão de obra”.Nos boxes, a praticidade

também foi considera-da, acoplando à cadeira de coleta o suporte para o braço. “Desta maneira é possível também oti-mizar espaço, deixando o ambiente mais clean”, considera Fix.Nas áreas infantis a pre-

ocupação da empresa foi com a segurança. As es-tantes e as poltronas tem todos os cantos arredon-dados diminuindo assim drasticamente o risco com acidentes.Nas recepções as poltro-

nas também da Teto são todas conectadas usando o sistema easy clip, dei-xando o ambiente sempre organizado mas permi-tindo que o hospital te-

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Health

nha flexibilidade para mudar o layout sempre que necessário.Outra característica

do mobiliário é a faci-lidade para mudanças. Todos os estofados do hospital são reves-tidos com o sistema Recover, criado e pa-tenteado pela Teto, que permitem alterar suas cores ou substi-tuir peças danificadas no próprio ambiente, sem o desgaste de ter que enviar os produtos para um tapeceiro.

“Substituímos os gavetei-ros das mesas por gave-tas acopladas e criamos um suporte para CPU dos computadores acoplando eles também, criando um único volume e evitan-do assim que durante a higienização da sala seja necessário deslocar pe-ças separadas otimizando tempo e mão de obra”, Sérgio Fix, Diretor criativo da Teto Mobília Corporativa

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ARQ destaquesa

úde

no n

orde

ste

Hospital no interior de Pernambuco cresce para melhor atender à população

O Hospital Esperan-ça Olinda, funda-do em 1980, na

cidade que é patrimônio histórico da humanidade, passou a integrar a Rede D´Or São Luiz em 2007. Trata-se do maior hospi-tal privado de Olinda, com 230 leitos, sendo 58 deles de UTI e 172 de internação. A unidade realiza 10 mil atendimentos mensais nas

Crescimento

Emergências Geral, Cardio-lógica e Pediátrica, com 900 internações e quase 500 ci-rurgias. O bloco cirúrgico é dotado dos mais modernos equipamentos e a equipe profissional é constante-mente treinada dentro do padrão D´Or, voltado para o conceito de humanização no atendimento. A necessidade da criação

desse complexo de saú-

de em Olinda se deu após a análise de números que mostravam que do total de pacientes atendidos pelo Hospital Esperança Recife, localizado na Ilha do Lei-te, cerca de 15% são de Olinda e municípios próxi-mos à cidade-patrimônio. Para alcançar a liderança em toda a zona Norte da Região Metropolitana do Recife, foi necessário rea-

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lizar um forte processo de modernização de seu par-que de equipamentos, con-tando, hoje, com o que há de mais avançado na me-dicina. Toda a estrutura foi remodelada, bem como o formato de atendimento, a logística e a área técnica de apoio com central de gera-dores, que deixa o hospital autossustentável em rela-ção à geração de energia. Um dos destaques é o

serviço de Hemodinâmica. Comandado pelo cardiolo-gista José Breno, o Centro de Hemodinâmica foi ela-borado sobre os principais pilares de qualidade, tanto

a estrutura física, como os processos da SBHCI (So-ciedade Brasileira de He-modinâmica e Cardiologia Intervencionista). “É o pri-meiro hospital do Norte e Nordeste do Brasil a buscar a certificação de qualidade da SBHCI, ainda no ano de 2014. Podemos dizer que temos hoje o mais moder-no centro de hemodinâmi-ca de Pernambuco”, afirma. O Esperança Olinda tam-

bém possui o modelo de atendimento Smart Track, já utilizado em outros hos-pitais da rede. Trata-se da redução significativa do tempo de espera para que

pacientes não tão graves tenham o primeiro con-tato com o médico. Seu sistema de gestão inclui ainda programas como o Epimed Monitor, voltado para as Unidades de Tera-pia Intensiva e através do qual é possível avaliar se os protocolos adotados estão atingindo os resultados es-perados. Outra ferramenta é a UpToDate, que permi-te consultas rápidas sobre quase todas as doenças, inclusive as raras. É a possi-bilidade que o profissional tem de se atualizar sobre as novas condutas, com ar-tigos escritos por especia-

listas em cada tratamento.

Projetos complementaresOs Projetos complemen-

tares foram outro ponto que ganhou atenção no processo de obras do Hos-pital Esperança de Olinda. “Esses projetos são impor-tantes para definir as técni-cas construtivas de modo a proporcionar a execução destas, de uma maneira ra-cionalizada e o mais indus-trial possível”, conta Luiza Raposo, Sócia-diretora da PACI Engenharia.Segundo Luiza, as instala-

ções complementares têm

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como definição influen-ciar o mínimo possível na arquitetura dos projetos, sendo realmente indica-do alterações em trechos onde os itens mínimos normativos vigentes não são atendidos. “Ao se tra-balhar em parceria com empresas de arquitetura e construção de alta qua-lidade, que já abrangem em seus projetos as neces-sidades técnicas dos am-bientes, os impactos são mínimos”.Os projetos seguiram as

normas vigentes adequa-das para cada tipo de ins-talação. Destacando a NBR 13534, própria para esta-

belecimentos assistenciais de saúde. “Os projetos são realizados visando a me-lhor exequibilidade, princi-palmente, por tratar-se de uma reforma em hospital”, indica Giselle Raposo, Co-ordenadora técnica de elé-trica da PACI Engenharia.De acordo com Giselle, a

equipe do hospital partici-pou ativamente do proces-so de obras, explanando as dificuldades reais da ope-ração atual, com a visão de quem conhece plenamen-te o sistema e opinando sobre as soluções propos-tas indicando o que seria mais adequado. Para que o hospital pu-

desse ser mantido em funcionamento durante o processo de obras foram realizadas visitas ao local e alinhamentos com a equi-pe de engenharia da ins-tituição para garantir que essa interface fosse segura e não gerasse interrupções em fornecimento para o hospital em operação. Visando atender as neces-

sidades mais específicas do hospital, a empresa reali-zou parcerias junto aos for-necedores, buscando com-binar o desejo do cliente, o que inclui valores, aplica-ções e prazos, e as neces-sidades técnicas de opera-ção/funcionamento.

Equipe PACI Engenharia

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“A PACI busca constante parceria com fornecedores de equipamentos de quali-dade reconhecida no mer-cado, a fim de proporcionar sempre um projeto com as melhores soluções, aliadas a um custo real e exequí-vel”, completa Giselle.

Os DesafiosPara a interligação entre

os espaços novos e anti-gos, foram necessárias vi-sitas Inloco para o levanta-mento real das instalações a fim de busca soluções que influenciassem mini-mamente nas áreas “anti-gas” em operação. Segundo Giselle, uma

grande preocupação nesta obra foi o fornecimento de energia pela concessionária e os backups internos, com a utilização de grupos ge-radores para atender todas as cargas em caso de sinis-tro. “Estudamos bastante junto à equipe responsável pelo projeto do hospital, Rede D’OR e fornecedores afim de que as cargas prio-ritárias estivessem sempre com alimentação, aplican-do redundâncias e evitan-do sinistros”.Outro ponto que gerou

um alinhamento forte entre os envolvidos foi a lógica dos IT’s Médicos. No caso do Hospital Prontolinda, as áreas monitoradas foram as salas de cirurgia,de he-modinâmica, e os quartos

da UTI. Isto, aliado ao fato de que qualquer falha de energia coloca em risco a vida, impõe rígidos requisi-tos para a segurança e con-fiabilidade de instalações elétricas em locais médicos. “Acreditamos que o ponto chave, como não deveria ser diferente, para a obra do Hospital Esperança de Olinda foi a segurança nas instalações, aliando a tec-nologia em função ao for-necimento, atendimento e funcionamento continuo”, afirma.

QualidadePara certificar a qualida-

de do processo, houve o acompanhamento contí-nuo da diretoria, coordena-ção, engenheiros do hos-pital e contratados através das emissões realizadas e reuniões em que todas as dúvidas eram sanadas e re-alizadas apresentações so-bre o projeto emitido. “A qualidade é fundamen-

tal em nossos trabalhos. Possuímos certificado ISO 9001 em elaboração de projetos, ou seja, todos aqueles oferecidos para nossos clientes são certifi-cados. Qualidade está em nosso sangue e em nossa política: “Projetar visando atender aos requisitos dos clientes e às especificações técnicas, aprimorando con-tinuamente os processos”, finaliza Luiza.

Experiência que contaA PACI – Projetos, Assessoria e Con-

sultoria de Instalações é uma em-presa pernambucana que atua no segmente de Engenharia Consultiva, certificada com ISO 9001 no esco-po de fornecimento e elaboração de projetos de engenharia.Desde 2003, realiza projetos de

grandes construtoras em todos os Estados do Nordeste, bem como em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e a República da Angola, na áfrica. A empresa elabora projetos com-plementares variados, como ins-talações elétricas, hidrossanitárias, telecomunicações, sistema final de esgoto, aproveitamento de água das chuvas, projeto de irrigação, instala-ção de gás combustível, instalação de óleo diesel, prevenção e comba-te ao incêndio, dentre outros, além de relatórios técnicos, ambientais e viabilidades para fontes renováveis e eficiência energética.“Possuímos um leque variado de

clientes que vão desde a rede de supermercados, grandes indústrias, escolas, igrejas, prédios comerciais e residenciais, além de hospitais”, co-menta Luiza Raposo, Sócia-diretora da PACI Engenharia.

Equipe PACI Engenharia

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Projetos legais• Projeto de Combate Contra Incêndio• Elaboração do projeto legal e aprovação, junto ao Corpo de Bombeiros.• Projeto do Sistema Final de Esgoto Sanitário, área saneada• Elaboração do projeto legal da caixa de gordura.• Projeto Subestação Definitiva de 1500kVA• Elaboração e aprovação do projeto da Subestação definitiva, junto a CELPE (concessionária de

energia local) e detalhamento.• Projeto Geração com operação em Rampa de 1650kVA• Elaboração e aprovação do projeto da coordenação e seletividade, junto a CELPE (concessionária

de energia local) e detalhamento.

Projetos executivos• Projeto Elétrico• Elaboração do sistema de energia normal (concessionária), estabilizada (computadores) e rede de

IT Médico e detalhamento.• Projeto Hidrossanitário• Elaboração do projeto de Instalações Hidráulicas, Esgoto Sanitário, Sistema de Captação e Drena-

gem das águas Pluviais e Sistema de água Quente e detalhamento.• Projeto de Óleo Diesel• Elaboração do projeto de armazenamento de óleo diesel e alimentação para os grupos geradores

e detalhamento.• Projeto Cabeamento Estruturado (Rede de voz e Dados)• Elaboração do projeto de Cabeamento Estruturado para rede de Voz e Dados e detalhamento.• Projeto de Combate Contra Incêndio• Compatibilização do projeto aprovado no Corpo de Bombeiros com estrutura e arquitetura exe-

cutiva e detalhamento.• Projeto do SPDA• Elaboração do projeto do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas e detalhamento. • Projeto de Segurança / CFTV /Chamada de enfermagem (Rede de Tubulação)• Elaboração da rede de tubulação para atender os sistemas de alarmes,Circuito Fechado de TV e

chamadas de enfermeiras e detalhamento.

Etapas para desenvolvimento dos projetos• Planejamento: contemplando as diretrizes e orientações da equipe coordenadora.• Aprovação do projeto legal de combate a incêndio junto ao Corpo de Bombeiro local.• Elaboração do anteprojeto executivo: apresentação das plantas baixas à equipe coordenadora

para análise/aprovação. • Elaboração do projeto executivo e detalhamento: apresentação das plantas baixas e detalhes ge-

néricos e específicos da obra contemplando os comentários da equipe coordenadora em relação ao anteprojeto.

• Aprovações junto a Concessionária de energia • Conclusão: compatibilização de todas as instalações contratas.

Projetos desenvolvidos para o Hospital Esperança de olinda

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Excelência em projetosDestacando-se no desenvolvi-

mento de projetos no segmento da saúde, o escritório J. A. Hawatt & Wamberto Gouveia Arquitetos foi responsável pelo projeto do Hospi-tal Esperança Olinda. Trata-se de um conjunto de edifícios desenvolvidos que, ao longo de sua história, pas-sou por ampliações ganhando novos blocos que se integraram ao edifício existente. “Por se tratar de edifícios em terrenos distintos, o projeto de-senvolveu uma passarela sobre uma avenida de grande fluxo de Olinda, que destaca-se como elemento de referência no conjunto”, comenta o arquiteto J.A.Hawatt.Atualmente, nos quase 20 mil

metros quadrados da instituição, incluindo a mais nova torre, são oferecidos desde os atendimen-tos de urgência e emergência, até diagnóstico, terapia e UTI’s. O hos-pital conta ainda com um bloco cirúrgico e também uma nova ala de apartamentos modernos de in-ternação, somando um total de 230 leitos. “A principal preocupação na elaboração dos projetos do Espe-rança Olinda sempre foi a de criar novos espaços que atendessem às necessidades das novas tecnologias e humanização dos espaços, mas sobretudo vencer os desafios apre-sentados por um projeto de expan-sividade do edifício, mantendo a fle-

xibilidade e integração dos serviços existentes com os novos ambientes propostos, o que se constituiu em um êxito alcançado com o resul-tado de um projeto extremamente contemporâneo, otimizando o fun-cionamento da instituição”.Além disso, houve preocupação

também na hora de escolher os materiais de acabamento e mobi-liário a serem utilizados. “Há peças com designs modernos, mas sem-pre atendendo aos pré-requisitos de sustentabilidade, humanização e, acima de tudo, que proporcio-nem o bom funcionamento dos es-tabelecimentos de saúde”, finaliza o arquiteto.

Hospital Esperança Olinda

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Além do Hospital Esperança Olinda, a J. A. Hawatt & Wam-berto Gouveia Arquitetos foi res-ponsável pelo projeto de amplia-ção do Hospital Unimed Caruaru. Localizado na maior cidade da Região do Agreste do Estado de Pernambuco, e com Plano Dire-tor definido, a instituição ganhou um projeto de ampliação visando aumentar sua capacidade de aten-dimento. O projeto contempla um aumento dos atuais 88 leitos para 350 acomodações, e por se tratar de hospital geral, praticamente todos os seus serviços terão sua capacidade ampliada como o blo-co cirúrgico e maternidade, que juntos somarão um total de 20 sa-

Ampliação do Hospital Unimed Caruarulas de cirurgia, salas de parto e 50 leitos de UTI’s. Além de serviços de diagnóstico e terapia com os mais modernos equipamentos de imagem e criação de um edifício anexo, em terreno oposto à rua do hospital. “Os espaços serão interli-gados por uma passarela metálica, e o complexo contará com 700 va-gas de estacionamento”, conta o arquiteto Wamberto Gouveia.Segundo o arquiteto, o grande

desafio do projeto é intervir na estrutura existente do hospital, alcançando um resultado de con-tiguidade dos serviços de forma que os fluxos interfuncionais e in-trafuncionais possam atender a to-das as expectativas de ampliação

do complexo, além da preocupa-ção constante em adotar soluções construtivas racionais, de rápida execução, limpas e acima de tudo, contemporâneas. “Foi pensado nas soluções ambientais, conceitos de sustentabilidade, eficiência ener-gética como preservação e criação de novas áreas verdes como tetos jardins, áreas de convivência para pacientes, acompanhantes e cola-boradores”, comenta.Gouveia revela que o objetivo é

que o Hospital Unimed Caruaru pos-sa atingir os melhores resultados de funcionamento e atendimento hu-manizado aos seus usuários e con-tinue sendo uma referência para a região e todo o Estado.

Unimed Caruaru

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Hospital de Transplante

O projeto elaborado para o Hospi-tal de Transplante para atendimento aos serviços público e privado, que apresenta uma arrojada solução plástica e novas tecnologias cons-trutivas, com área total de 30 mil metros quadrados, com serviços de ambulatório, imagem e diagnóstico,

Além, da experiência na elaboração de edifícios hospitalares, o Escritório J. A. Hawatt & Wamberto Gouveia Arquitetos também desenvolve pro-jetos nas mais diversas áreas como hotéis, empresariais, edifícios resi-denciais e educacionais, restauran-tes, entre outros. Sua atuação acon-tece desde a Região Nordeste do Brasil, passando por outros estados até obras no exterior.

Hospital de Transplante

Expertise

bloco cirúrgico, com amplas salas de cirurgia de aproximadamente 100m², UTIs, TMOe internação, além da es-trutura de ensino e pesquisa.Sua proposta também contempla a

criação de espaços de convivência, humanização e aproveitamento de iluminação e ventilação naturais nas

áreas comuns e nos ambientes não críticos de longa permanência. “A implantação verticalizada possibilita a liberação de boa parte do terreno para utilização de estacionamento e possível ampliação dos serviços propostos”, contam os arquitetos J.A.Hawatt e Wamberto Gouveia.

Hawatt e Wamberto Gouveia

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ABDEH realiza seu VI congresso em Florianópolis

A cidade de Florianó-polis recebeu cente-nas de renomados

arquitetos e engenheiros ligados à Saúde entre os dias 27 e 29 de agosto de 2014 para o VI Congresso Brasileiro para o Desenvol-vimento do Edifício Hospi-talar, realizado pela ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar), com o tema “Excelência em Am-bientes de Saúde: experi-ências e evidências”.O evento contou com a

presença de renomados palestrantes internacionais,

Encontro profissionalcomo o arquiteto argenti-no Mário Corea e o sueco Göran Lindhl. “O congres-so trouxe os nomes mais expressivos na Saúde hoje. Além deles, tivemos tam-bém as pratas da casa, pois temos muitos brasileiros fazendo direito aquilo que precisa ser bem feito. Acre-dito que a vinda desses re-nomes consolida o sucesso do Congresso da ABDEH”, comentou Emerson Silva, Presidente do VI CBDEH. Nas palestras e confe-

rências novos conceitos do que é aplicado nos hospitais europeus e da

América Latina puderam ser conferidos pelo públi-co que lotou o auditório do evento, como no caso apresentado pelo arqui-teto Göran Lindahl, na Suécia, com a proposta de estabelecimentos com poucos leitos e o uso de cor para demarcar e ilu-minar os ambientes. Outro destaque foi o arquiteto Mario Corea, um dos pa-lestrantes mais esperados, que defende um sistema de saúde descentralizado. “O crescimento de um hospital sempre tem um alto custo e seu resultado

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geralmente é disfuncional. É por isso que pleiteamos crescer na rede e não nos edifícios”. Corea desenvol-veu projetos paralelos nas cidades de Santa Fé, na Argentina, Iraque, Argélia e Catalunha, na Espanha. Nesta última projetou o Hospital General de Mol-let del Vallés, que atende uma população de 150 mil pessoas e funciona parale-lamente ao Hospital Socio-sanitario - antiga unidade da cidade, construída na década de 50 e renovada pela sua equipe. Em ambos foi colocado em prática o conceito do hospital em rede, ao invés de concen-

trar todos os serviços em um único prédio.O evento também contou

com a presença da dire-toria da Anvisa e da Vigi-lância Sanitária Estadual. Liliana Font, presidente da Federação Internacional de Engenharia Hospitalar, na gestão 2014/2016, que também estava presen-te no evento, destacou a importância de um inter-câmbio entre os países da América Latina.Além disso, uma assem-

bléia extraordinária duran-te o congresso nomeou o novo Presidente da ABDEH, o arquiteto Márcio Oliveira, e definiu o nome que o su-

cederá: Emerson Silva. O ar-quiteto receberá o posto em 2017, conduzindo a entidade até 2020, ano em que o Bra-sil sediará o Congresso Mun-dial da União Internacional de Arquitetos (UIA). Exposição Durante o VI CBDEH foi re-

alizada uma exposição com imagens inéditas, clicadas por Nelson Koln, especia-lista em fotos de arquitetu-ra, em homenagem a João da Gama Filgueiras Lima, conhecido popularmente como Lelé, um dos expoen-tes da arquitetura brasileira, que faleceu em 2014 aos 82 anos de idade.

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Revista HealthCare premia instituições que se destacam como excelência na categoria Arquitetura e Infraestrutura

A revista HealthCare Management, pu-blicação do Grupo

Mídia, premiou em sua 32ª edição as 39 instituições de saúde que mais se destaca-ram, nos últimos 12 meses, em 13 diferentes catego-rias. Entre elas, foram pre-miados alguns hospitais que investiram em sua in-fraestrutura física: São Joa-quim Hospital e Maternida-de, Hospital Sírio-Libanês e Hospital Márcio Cunha.Localizado em Franca, in-

terior de São Paulo, o São Joaquim Hospital e Mater-nidade dedica-se em elabo-rar, a cada quatro anos, um Plano Diretor de toda a sua infraestrutura. Diante disso e da crescente demanda de

Excelência da Saúde

atendimentos de pacientes da Unidade de emergência, foi priorizada a ampliação de consultórios, de núme-ros de leitos de observação, da área de recepção de pa-cientes, readequação do es-paço de conforto médico e a instalação de laboratório de urgência aliada à estru-tura física. Também foram implantados classificação de risco, descrição de fluxo de atendimento, descrição das atividades de cada área envolvida e a revisão do re-gimento interno. Já o Hospital Sírio-Libanês

vem trabalhando com um plano de expansão que in-clui três novas torres. Serão 85 mil m² dedicados to-talmente ao atendimento

ao paciente. Além disso, a instituição investe em um sistema de recuperação de água de chuva e sistema de dutos para auxiliar na cole-ta de resíduos sólidos. Entre os cases premiados

na categoria está também o da Fundação São Fran-cisco Xavier, instituição que administra o Hospital Már-cio Cunha. Trata-se do pro-jeto de ampliação do Pron-to-Socorro do hospital, que foi idealizado de modo a unir forma e funcionalida-de, sem agredir o estilo do edifício existente. Com ar-quitetura contemporânea, valorizou vãos para entrada de luz e ventilação natural, integrando em seu interior o verde da área externa.

Os acabamentos internos foram selecionados de for-ma a tornar os ambientes harmoniosos, dando leveza e ao mesmo tempo pratici-dade na manutenção, lim-peza e durabilidade.O projeto elaborado em

2010 recebeu investimen-tos de R$ 13 milhões em obras e de R$ 1,40 milhões em equipamentos. “O Pronto-Socorro do Hospital Márcio Cunha está maior e ainda mais preparado para se estabelecer como re-ferência regional na pres-tação de serviços e como parceiro do Estado para o fortalecimento da Rede de Urgência e Emergência de Minas Gerais”, diz Luís Már-cio Araújo Ramos, diretor

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executivo da Fundação São Francisco Xavier.Com estrutura arrojada e

ambientes que unem tec-nologia e humanização, o novo setor conta com 4 mil m² de área construída (três vezes maior que a ante-rior), que contemplam oito novos consultórios, Unida-de de Observação Infantil e de Urgência Pediátrica; Unidade de Observação de Adultos, com 17 leitos de atendimento; Unidade de Observação, com nove leitos de atendimento; sala de medicação para convê-nio com nove pontos de atendimento e ala de me-dicação SUS com seis pon-

tos de atendimento. Além de Unidade de Ortopedia, que conta com quatro lei-tos de observação e uma sala de Raios-X exclusiva para atendimentos a pa-cientes do Pronto-Socorro; sala de Urgência Clínica estruturada para casos de alta complexidade; sala de Emergência com sete pon-tos de atendimento e três salas para pequenos pro-cedimentos. Possui ainda farmácia satélite, equipa-mentos de última geração e sala para Serviço Social e área administrativa para gestão, suporte, treina-mento e estar médico e de enfermagem.

“Na prática, os novos pon-tos de apoio resultam em vantagens como a agilida-de, por permitir a realiza-ção de mais atendimentos simultâneos, e a separação dos pacientes por setores de acordo com a gravidade do caso, fazendo com que crianças no atendimen-to pediátrico clínico, por exemplo, não tenham con-tato com vítimas de trau-mas mais graves”, comenta Luís Márcio Ramos.A Fundação São Francisco

Xavier investiu em estru-turas modernas e de pri-meira linha para o Hospital Márcio Cunha, projetadas com referência nos melho-

res hospitais do País. Mais que uma bela fachada, seu novo Pronto-Socorro é uma edificação totalmente adequada e dentro dos pa-drões exigidos pela Vigilân-cia Sanitária, com o objeti-vo de elevar a qualidade e a segurança na assistência para o atendimento aos ca-sos de alta complexidade. “O maior desafio foi inte-grar a arquitetura existente com a nova de forma har-mônica. Outro desafio foi elaborar as fases em que a obra seria executada, de forma eficaz, pois o Pron-to-Socorro não deixou de funcionar em nenhum mo-mento”, finaliza.

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Hospital investe na reestruturação física e em tecnologia visando ser referência em atendimento de excelência

A Santa Casa de Ara-raquara vive um momento histó-

rico com a renovação e modernização do hospi-tal. Além da construção do Centro Avançado de Diagnóstico por Imagem, a instituição passa tam-bém pela readequação de diversos setores. O inves-timento na revitalização física e na aquisição de equipamentos de ponta visa alcançar a excelência no atendimento, que vai se tornar mais acolhedor e humanizado. As novas instalações também bus-cam a melhoria das con-dições de trabalho dos colaboradores. “O nas-

Ampliação e melhorias

cimento da nova Santa Casa já é uma realidade”, afirma o provedor Valter Curi Rodrigues.A construção do Centro

Avançado de Diagnóstico por Imagem está em fase final e os seguintes seto-res serão ampliados e rea-dequados: hotelaria, Cen-tro Cirúrgico, Oncologia, vestiários, portarias, refei-tório, Administração, UTI e Urgência e Emergência.O Centro Avançado de

Diagnóstico por Imagem receberá R$ 10 milhões em equipamentos, tomógrafo computadorizado (128 ca-nais), ressonância magné-tica, Raio-X móvel, Raio-X telecomandado, videola-

ringoscópio, videolaparos-copia, videoendoscópio, sistema de broncofibros-copia e PET Scan. Com a iminente inaugu-

ração do Centro Avançado de Diagnóstico por Ima-gem, prevista para outu-bro, a Santa Casa de Ara-raquara será referência no interior paulista. O setor receberá equipamentos de alta tecnologia. Parte do Centro será

instalada na ala da anti-ga maternidade e a outra parte está sendo constru-ída para abrigar o serviço. A reforma para atender todas as especificações necessárias já está em an-damento. A obra está or-

çada em R$ 3,1 milhões.O provedor da Santa

Casa, Valter Curi Rodri-gues, explica que o Cen-tro de Diagnóstico será referência regional para 23 cidades próximas e atenderá cerca de 900 mil pessoas. “A nossa unidade será equipada com o que há de mais novo e tec-nológico em diagnóstico por imagem. Com isso, ofereceremos serviços de altíssima qualidade à po-pulação e aumentaremos o faturamento mensal re-alizado pelo SUS, o que torna o hospital mais sus-tentável”.A segunda etapa é a am-

pliação e modernização

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da hotelaria, que come-çou em julho e deve ter-minar em 12 meses. O nú-mero de leitos SUS saltará de 97 para 104. “Estamos realizando diversos pro-jetos na Santa Casa de Araraquara. Este é um tra-balho que vem sendo de-senvolvido há cinco anos. Durante este período, foi possível diagnosticar os principais problemas dos espaços físicos do hospi-tal. Além disso, pudemos acompanhar também as mudanças operacionais que foram implantadas para melhoria dos pro-cessos, de forma que os novos projetos atendam às necessidades funcio-nais das rotinas hospita-lares”, diz a arquiteta Re-nata Aboud Barbugli, da Aboud Arquitetura.O projeto busca moder-

nizar o hospital e melho-rar os fluxos internos e a

funcionalidade, de acordo com as normas da Anvisa, e com isso tornar o aten-dimento mais humaniza-do e acolhedor. De acordo com as dire-

trizes definidas pelo Plano Diretor Físico Hospitalar, o objetivo do projeto do novo Centro de Diagnós-tico foi agrupar todas as salas de exames de diag-nóstico por imagem, re-alizados no hospital; e posicioná-las de forma es-tratégica em relação aos demais setores do hospi-tal, reduzindo fluxos. A hotelaria será equi-

pada com móveis novos: duas camas Fowler, pol-tronas de descanso para os visitantes, mesas au-xiliares para refeição, es-cadas, cortinas blecaute, TVs de LED e enxovais completos. “A tendência é todos os setores, confor-me forem sendo reforma-

dos, receberem móveis novos e equipamentos de última geração”, revela o provedor.Ao final das obras, os co-

laboradores continuarão sendo treinados para de-senvolver o trabalho de maneira mais eficaz pos-sível. “Cada projeto tem sua peculiaridade. É sem-pre um trabalho extenso e envolve muitas pessoas. Além da equipe de projeto, para cada desenvolvimen-to de projeto a equipe de funcionários e administra-ção participa das discus-sões”, diz Rodrigues.A Santa Casa de Arara-

quara está alocada em um prédio de 112 anos. Por ser muito antigo, pre-cisa de reparos constan-tes. É a primeira vez que o hospital passa por uma reforma tão ampla para modernizar, ampliar e re-adequar a infraestrutura

e adquirir novos equipa-mentos de ponta. O ob-jetivo final é que a Santa Casa ofereça aos pacien-tes SUS um atendimento de altíssima qualidade, padrão de excelência, ba-seado nas políticas de hu-manização e acolhimento ao usuário. “Inicialmente, elabora-

mos o Plano Diretor Físi-co do hospital de forma a identificar os principais problemas existentes, os fluxos, as necessidades de expansão, etc. Este é um trabalho que está sendo desenvolvido há cinco anos”, revela Renata Bar-bugli, arquiteta da Aboud Arquitetura, responsável pelo projeto.Segundo Renata, du-

rante este período foi possível diagnosticar os principais problemas dos espaços físicos do hos-pital. A humanização foi

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trabalhada no projeto através de uma atmosfe-ra que cria a sensação de aconchego e proteção, direcionando a escolha de materiais que digam isso às pessoas. Não só os pacientes internos como também às equipes de profissionais da saúde que trabalham nesse am-biente. A iluminação foi um dos fatores que con-tribuiu para isso. “A busca pela iluminação natural, sempre que possível, foi primordial. Nos ambien-tes onde ela foi impos-sível ou não desejável, o trabalho foi criar uma ilu-minação que enfatiza de-terminados pontos além de garantir as condições essenciais para as ativi-dades. Isso evita a mo-notonia da luz puramente

técnica e ajuda a conferir o aspecto de humaniza-ção”, comenta a arquiteta.A tecnologia também

esteve presente em mui-tos aspectos da obra. Nas ferramentas de execução de projeto, nos materiais de construção, nos equi-pamentos e instalações médicas e hospitalares, etc. O uso de maquetes eletrônicas, no caso do projeto arquitetônico, au-xilia muito o entendimen-to do projeto pela equipe de profissionais de saúde que farão uso do espaço. “Isso melhora a comuni-cação entre os profissio-nais de projeto, médicos, enfermeiros e administra-ção, evitando mudanças no decorrer da obra”, afir-ma Renata.De acordo com a arqui-

teta, o principal desafio de projeto é interferir em um ambiente funcio-nal onde o planejamen-to assume um papel pri-mordial a medida que as intervenções que devem acontecer sem causar prejuízos nessa rotina. “A grande dificuldade é que o complexo de edifícios que compõem a Santa Casa de Araraquara tem edifícios de várias idades diferentes”.O prédio principal é o

mais antigo e tem apro-ximadamente 100 anos. Assim, as adequações envolvem reformas e ampliações nos edifícios existentes e históricos assim como a própria adaptação dos mesmos às tecnologias contem-porâneas, exigindo uma

atenção especial com as instalações prediais e sua lógica de distribuição en-tre o antigo e o novo.Outra grande dificuldade

citada por Renata é devi-do a idade avançada dos edifícios, o que faz com que muitas vezes, não haja documentação do projeto. Por se tratarem de edifícios com bastante idade, nas áreas a serem reformadas, na maior par-te dos casos não há pro-jetos que documentem o traçado das Instalações elétricas, hidrossanitárias, etc. “Assim, é sempre ne-cessário realizar um am-plo inventário dos edifí-cios existentes antes de iniciar o projeto, de forma a minimizar as “surpresas” e interferências durante a execução da obra”.

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Inaugurada em setem-bro de 2000, a Unidade Morumbi dos hospitais

da Rede D’Or São Luiz é uma instituição moder-na que possui pronto--socorro adulto e infantil, assim como UTI para as duas classes e um com-pleto centro de diagnós-ticos com equipamentos de alta tecnologia para realizar exames de tomo-grafia computadorizada, ressonância magnética, mamografia, endoscopia, entre outros. Os 21,2 mil m² de área

construída, com capacida-de de 176 leitos, dos quais 116 são apartamentos, 32 são leitos em UTI (adulto e infantil) e 16 na semi-in-tensiva a instituição não para de se modernizar primando pela qualidade de atendimento, conforto e eficiência da rede. Entre suas obras mais

recentes está a ampliação do setor de UTI da insti-tuição, com 550 m². São

Novo espaço

17 leitos de UTI, sala de equipamentos, expurgo, administração, sanitário masculino, sanitário femi-nino, arsenal, roupa suja, entrevista, DML, posto enfermagem, copa e rou-paria. Também o pronto--socorro infantil com 450 m² e box atendimento, box de emergência, tria-gem, sanitário feminino, sanitário masculino, ina-lação e medicação com 15 lugares, recepção, consul-tórios de alta, coleta, hall elevadores e emergência. Além do pronto-socorro adulto com 950 m², 11 boxes, sala de equipa-mento, quarto para plan-tonista, salas de inalação, preparo e coleta, posto de enfermagem, arse-nal, administração, salas de ortopedia, recepção, sutura 1 e 2, quarto de isolamento, triagem, sa-nitários feminino e mas-culino, otorrino, espera, sala de gesso, expurgo, DML e plantonista.

“As obras da UTI e do pronto-socorro infantil foram divididas em duas fases. Já o pronto-socor-ro adulto foi faseado de modo que não necessi-tasse a paralisação dos atendimentos. Foi essa, inclusive, nossa maior dificuldade no processo, trabalhar com o hospital em funcionamento”, con-ta o engenheiro Kegham H. Dadian, Diretor da Ara-rat Engenharia.Para que a instituição

pudesse ser mantida em funcionamento duran-te as obras a equipe de engenharia preparou um planejamento detalhado, eficaz e um cronograma dos serviços. “Definimos com a equipe de enge-nharia do hospital a logís-tica de entrada e saída de materiais, funcionários e terceiros, bem como ho-rários para realização dos serviços”, lembra Dadian.Além disso, priorizou-se

a redução dos ruídos com

Unidade Morumbi da Rede D’Or São Luiz ganha novas alas

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a utilização de isolamen-to acústicos nas paredes e a compartimentação dos ambientes com cons-trução das paredes até a laje. Todo o transpor-te do entulho dentro do hospital também foi feito por meio de carros cubas com tampa para evitar qualquer tipo de suspen-são de poeira no local. “O uso de isolamento e vedação especiais entre as áreas em obras e em funcionamento também foram fundamentais para não gerar contaminação no ambiente hospitalar”.Além da preocupação

com a logística, houve também um cuidado com a sustentabilidade. Todo o material foi separado du-rante a execução da obra. “Depois desta etapa, o descarte é monitorado e controlado. Durante a co-leta, somente empresas licenciadas, certificadas e com autorizações legais foram contratadas”, expli-ca o engenheiro.Para garantir a qualida-

de dentro dos processos, foram adotados procedi-mentos para a execução de cada serviço, por meio de uma equipe de engenharia interna. Esses profissionais

ficaram responsáveis pelo controle e avaliação dos serviços, buscando iden-tificar alguma inconformi-dade para buscar a ação corretiva e revisão dos procedimentos. O Diretor da Ararat

Engenharia afirma que a qualificação dos pro-fissionais também é um ponto importante para garantir a qualidade. “Os funcionários fazem cursos e recebem treinamentos constantemente. Em nos-sas obras, os retrabalhos dos serviços é quase nulo, por isso, ganhamos em prazo e qualidade”.

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AmpliaçãoM

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Parceria que vai alémAlém do trabalho desenvolvido para Unidade Morumbi da Rede D’Or São Luiz, a Ararat Engenharia tem caminhado lado à lado com a instituição para intervenções em outras edificações do grupo. Conheça um pouco desta parceria:

Rede D’or - Hospital e Maternidade BrasilDescrição: Centro Cirúrgico – 3º pavimento.síntese: Execução de centro cirúrgico, adequação de instalações elétricas, hidráulicas.Descrição: Entrada Principal Recepção Térreosíntese: Entrada principal térreo, atendimento pacientes, convenios e lojas de conveniências. Hospital nossa senhora de LourdesDescrição: Enfermaria.síntese: Reforma geral no pavimento para adequação de leitos de enfermaria, adequação também de pontos de elétrica, hidráulica e gases medicinais.

Descrição: smart track – 1º subsolosíntese: Reforma geral do pavimento, para agilidade e qualidade no atendimento de emer-gência. Nas quais realizamos toda a parte civil, e adequação de pontos de instalações.

Descrição: utI – 1º Pavimentosíntese: Execução de 8 leitos de UTI, adequações elétricas, hidráulicas e reforma geral nas áreas necessárias para adaptação do ambiente de terapia intensiva.

Descrição: utI – 5º subsolosíntese: Execução de 10 leitos de UTI, posto de enfermagem, vestiários, resíduos e casa de máquinas. Serviços civis e adequação de pontos de instalações elétricas, hidráulicas, ar condicionado e gases medicinais.

Rede D or Hospital são Luiz unidade MorumbiDescrição: Auditório.síntese: Execução de auditório, instalação de piso, forro e adequação de pontos de instalações.

Descrição: smart track – Adulto e Infantilsíntese: Reforma geral para adequação de leitos e atendimentos de emergência.

Descrição: utI - Morumbisíntese: Execução de 17 leitos de UTI, adequação de pontos de elétrica, hidráulica, ar condicionado e gases medicinais.

Rede D or são Luiz unidade ItaimDescrição: Casa administrativa Suprimentos.síntese: Reforma geral para atender o setor administrativo.

Descrição: Semi Intensiva - 3º e 4º Pavimento.síntese: Execução de leitos de internação e adequações de pontos de instalações.

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Líderes da Saúde elege empresas que se destacaram em infraestrutura

O Grupo Mídia, por meio da revista Heal-thCare Management,

promove, em sua última edi-ção de 2014, o especial Líde-res da Saúde. Trata-se de um reconhecimento às empresas que mais se destacaram no setor nos últimos 12 meses. A votação, para 23 diferentes categorias, com três ganha-dores em cada uma delas, foi realizada pelo conselho das revistas Healthcare Manage-ment, HealthARQ e Health--IT, além de gestores de im-portantes hospitais do Brasil.“O objetivo é abranger toda

a cadeia da saúde, por isso trazemos categorias como

Liderança no setor

Análises Clínicas, Arquitetura, Diagnóstico por Imagem, Te-lecomunicações, entre outras que englobam importantes instituições no setor”, explica Carla de Paula Pinto, editora da publicação.Entre as categorias indica-

das, quatro estão ligadas à infraestrutura em saúde: Arquitetura, Arquitetura de Interiores, Engenharia e En-genharia Clínica. Os ganha-dores serão revelados na cerimônia de premiação que acontece no Espaço Apas, em São Paulo, no dia 11/12, com a presença dos “Líderes da Saúde” e importantes no-mes do setor.

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Conheça os ganhadores do setor:

RAF Arquitetura Fiorentini Arquitetura L+M

MW ACR Arquitetura Teresa Gouveia

Categoria Arquitetura

Categoria Arquitetura de Interiores

Flávio Kelner,Presidente da RAF Arquitetura

Paula Fiorentini, Diretora da Fiorentini Arquitetura de Hospitais

Lauro Miquelin,Diretor -geral da L+M

Moema Wertheimer,Diretora da MW Arquitetura

Antonio Carlos Rodrigues,Sócio-fundador da ACR Arquitetura

Teresa Gouveia,Arquiteta

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MHA Engenharia Afonso França Método Engenharia

Equipacare Tecsaúde Engebio

Categoria Engenharia

Categoria Engenharia Clínica

Hugo Marques da Rosa,Presidente da Método Engenharia

Guilherme Fernandes Xavier,Sócio-diretor da Equipacare

Zeev Katz,Diretor de Operações da Tecsaúde

Rodolfo More,Sócio da Engebio

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Eduardo de Brito Neves,Sócio da MHA Engenharia

Estevam França e Cláudio Afonso,Sócios da Afonso França

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Projetos inovadores da Dávila Arquitetura marcam as novas instalações da Unimed-BH

Espacialidade e humanização

Central de Consultórios e Centro de Inovação

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Com larga expe-riência no mer-cado imobiliário

e institucional, a Dávila Arquitetura comemora 25 anos de fundação fazendo o que sabe fazer melhor: criar e inovar. Sempre lem-brado para a solução de projetos complexos e de maior porte, o escritório foi o escolhido para uma missão de grande respon-sabilidade: o projeto de modernização e expansão de serviços de saúde da Unimed-BH. Nesta inicia-tiva, a instituição, uma das mais respeitadas na área de saúde da capi-tal mineira, pretendeu conciliar funcionalidade, avanços técnicos e quali-dade arquitetônica, tudo com o propósito de pre-sentear seus clientes com novos patamares de qua-lidade. A humanização do atendimento foi uma das premissas colocadas para a Dávila que, em di-versos projetos distribuí-dos pela cidade, buscou imprimir sua identida-de criativa de maneira a somar sinergicamente à identidade corporativa da Unimed. Este case de sucesso, cujos primeiros frutos já se concretizam em Belo Horizonte e re-gião, é o tema desta nos-sa reportagem.

Centro de Promoção à Saúde Santa Efigênia

Centro de Promoção à Saúde Santa Efigênia

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A evolução criativa da unimed-BHTrabalhando por seu crescimento, a Unimed

-BH tem investido na constante expansão de suas unidades e construção de novas áreas para melhor atender aos seus associados. Os prédios e obras vão sendo distribuídos geo-graficamente pela região metropolitana de Belo Horizonte (MG), de acordo com a de-manda dos clientes e logística de atendimen-to da Unimed. Na renovação e ampliação de seu parque de atendimento na região metro-politana de Belo Horizonte, a Unimed-BH vi-sou agregar serviços de qualidade à sua rede, incluindo aqueles com menor disponibilidade na região”, conta o arquiteto Alberto Dávila, fundador e Diretor do escritório. Dentre os investimentos mais recentes da Uni-

med-BH estão o Centro Médico e Centro de Inovação, Centro de Promoção à Saúde – Uni-dade Pedro I, já concluídos; Centro de Promo-ção à Saúde – Unidade Santa, Ampliação do Hospital Unimed e Hospital Unimed Betim, em construção; além de outros projetos em anda-mento, como os de edifícios administrativos.Ao mesmo tempo em que buscou poten-

cializar a capacidade de atendimento geral e para demandas mais específicas, a instituição buscou também desenvolver, nos novos em-preendimentos, os aspectos qualitativos dos serviços oferecidos, colocando-os como pa-râmetros importantes para a rede como um todo. “A Dávila abraçou esta proposta, que in-clui, até hoje, a definição de espaços voltados à saúde que, ao mesmo tempo, complementam a base de atendimento geral do sistema, mas também se contextualizam quanto às diferen-ciadas demandas regionais”, comenta Dávila. Ainda segundo o arquiteto, estes requisitos

quase diametralmente opostos, levaram sua equipe a redefinir vários aspectos das pró-prias tipologias específicas, como o Centro Médico e Centro de Inovação, e o Centro de Promoção à Saúde – Santa Efigênia. “O re-sultado foi e tem sido bastante gratificante. À medida em que estes projetos se transfor-

Expansão do Hospital Unimed

Expansão do Hospital Unimed

Expansão do Hospital Unimed

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mam em obras concluídas, percebemos como estes no-vos empreendimentos vão se somando positivamen-te não apenas ao contexto urbano e à vida dos clien-tes destes equipamentos, mas também à definição da identidade institucional da Unimed”, garante o Diretor.

A identidade humanizadaA empresa de arquitetura

trabalhou para compreen-der exatamente as neces-sidades da Unimed-BH, entendendo sua visão sistê-mica de operação e atendi-mento aos clientes, em con-sonância com sua imagem corporativa. “A partir daí,

ao mesmo tempo em que buscamos uma identida-de arquitetônica humana e contemporânea que es-pelhasse as características e propostas da instituição, não abrimos mão das par-ticularidades do contexto e funcionais, típicas da tipo-logia de cada edificação”, garante Antônio de Pádua Fialho, um dos arquitetos mestre da Dávila, à frente de vários projetos do escri-tório no setor de saúde. Desta forma, tem sido

desenvolvido um conjunto de espaços de arquitetura para a saúde que tanto re-presentam o DNA da Uni-med-BH perante os clientes e a comunidade como um

todo, quanto se distinguem na paisagem pela arquite-tura e qualidade dos am-bientes, privilegiando o conforto dos clientes, sem-pre cuidando da flexibilida-de e da complexa funcio-nalidade que os projetos neste setor exigem.Segundo Fialho, cada pro-

jeto tem suas peculiarida-des, que o tornam único. Cada um deles envolveu uma tipologia específica e um contexto urbano que o diferenciam dos demais. “Peguemos, por exemplo, o caso do Centro de Promo-ção à Saúde – Unidade Pe-dro I. Este projeto corres-pondeu a um retrofit total que partiu de um esquele-

Alberto Dávila, Antônio Fialho, Graziella Malaco e Afonso Walace, Arquitetos da Dávila Arquitetura

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to estrutural pré-existente, transformando-o em um moderno centro de atendi-mento, compatível com as mais modernas demandas médicas”, lembra.Desafio típico dos retro-

fits, o ajuste das estruturas e instalações pré-existen-tes às necessidades pre-sentes e futuras se repetiu na Unidade Pedro I. Ques-tões como equacionar os estacionamentos, a acessi-bilidade universal e o rede-senho das circulações ver-ticais, incluindo sistemas de combate a incêndio e fluxos operacionais foram particularmente desafia-dores. “O resultado final, entretanto, foi compensa-dor, já que a unidade ope-ra com ótimos resultados e com plena aceitação de todo o público envolvido.”

História e inovaçãoOutro projeto desafiador

foi o do Centro Médico e Centro de Inovação, locali-

zado à Rua dos Inconfiden-tes, na capital mineira. Esta unidade, parte do comple-xo Unimed-BH demandou um cuidado ainda maior pela equipe de arquitetu-ra, por situar-se em área tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal. Neste exemplo, no mesmo terre-no em que foi preservada uma casa histórica para a cidade, foram construídos dois prédios modernos, funcionais e plasticamen-te chamativos. “A solução final ficou caracterizada como um avançado com-plexo de atendimento e pesquisa que, ao mesmo tempo, guarda um impor-tante elo com a história do bairro e da cidade”, afirma Afonso Walace de Oliveira, outro dos mestres da Dá-vila e líder do projeto na Inconfidentes. Neste mesmo sentido de

inserção de um equipa-mento moderno em um contexto histórico e fun-

cional pré-existente pode-mos incluir a expansão do Hospital Unimed, no bairro de Santa Efigênia, também em Belo Horizonte. Este empreendimento abran-geu toda a complexidade típica de um projeto de adição a um equipamento já em pleno funcionamen-to – um hospital geral - além de estar inserido em uma praça histórica e pro-tegida da cidade, a Floria-no Peixoto. O Centro de Promoção à

Saúde da Unimed-BH, lo-calizado no mesmo bair-ro, na Avenida Churchill, também enfrentou condi-cionantes restritivos pelo fato de estar inserido em uma área de preservação histórica do município. “O projeto, bastante arrojado e que certamente atrai-rá a atenção dos clientes e transeuntes, conseguiu agregar o avanço tecno-lógico e a beleza formal a uma humanização do am-

Centro de Promoção à saúde - Pedro I Hospital Unimed Betim

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biente que eleva o equi-pamento de saúde a um novo patamar de conforto e bem-estar em sua utili-zação”, afirma Afonso.Outro projeto incluído

no plano de inovação da Unimed-BH e ainda em desenvolvimento, é o Hos-pital Betim, a ser implan-tado na cidade de mesmo nome, vizinha a Belo Ho-rizonte. Dentre todos os projetos, talvez seja aquele que conviveu com menos restrições e condicionantes urbanos, pelo fato de estar inserido em uma região de expansão urbana da cidade e de ocupação mais recen-

te. “Não obstante, trata-se de um hospital completo, que envolve as mesmas questões de humanização do ambiente aliadas às demandas tecnológicas, enfrentadas pelos outros projetos”, destaca Fialho, também um dos líderes do desenho do hospital.Todos os projetos bus-

cam inovar a imagem dos prédios das instituições de saúde, aproximando-os do cotidiano da cidade, evitando os estereótipos comuns à tipologia. O pro-jeto dos diversos edifícios busca alcançar a máxima funcionalidade e flexibilida-

de operacional, ao mesmo tempo em que procura a melhor adaptação entre os diversos sistemas médicos e laboratoriais aos espaços. “Tudo isso criando, ao mes-mo tempo, espaços agra-dáveis e humanos, onde é perceptível o cuidado com o cliente/paciente através da ambientação meticulo-sa, com áreas generosas, iluminação natural e um senso geral de conforto, o mais próximo possível da escala do indivíduo, em sua percepção pessoal e única da realidade”, finaliza Al-berto Dávila, fundador da empresa.

Unimed Centro Administrativo

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HealthARQ: Quando co-meçou a Dávila?Alberto Dávila: Nós fun-

damos a Dávila em 1989. Desde o princípio, nossa filosofia foi a de criar um escritório de arquitetura altamente profissionaliza-do e organizado, capaz de atender às mais desafia-doras demandas de uma indústria que, então, dava os primeiros passos na di-reção de uma industriali-zação propriamente dita, especialmente quanto à padronização, sistemati-zação técnica e inovação focada nos requisitos dos clientes.

HealthARQ: Como o es-critório se desenvolveu?Alberto Dávila: A criativi-

dade objetivada pelo foco na qualidade desde o início foi uma chave para o cres-cimento da nossa empresa. Em 2002, a Dávila foi um dos primeiros escritórios de arquitetura certificados sob a norma ISO 9001 – certi-ficado que mantemos até hoje. Mais que um certifica-do, a adesão a esta norma somou-se a diversas inicia-tivas de aprimoramento de processos e gestão, com o objetivo de maximizar a sa-tisfação de nossos clientes através de uma arquitetura

sensível às suas reais neces-sidades, sempre inovando e surpreendendo o merca-do de uma maneira ampla, muito além das questões plásticas. Hoje, vemos com satisfa-

ção que a Dávila é um dos principais escritórios do País, embora nossa prin-cipal preocupação perma-neça não sendo o tama-nho, mas sim o potencial de realizar a melhor arqui-tetura e urbanismo por um valor justo, no que somos reconhecidos através de dezenas de prêmios que o próprio mercado conferiu aos nossos projetos.

Entrevista

Alberto Dávila

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HealthARQ: Quantos profissionais compõem a equipe?Alberto Dávila: A equipe

geral da Dávila alcança em torno de 100 colaborado-res, distribuídos por nos-sos vários escritórios em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

HealthARQ: E quando começa sua história no setor da saúde?Alberto Dávila: Desde a

década de 1990, a Dávi-la desenvolve projetos no segmento, com tipologias

que vão desde hospitais a centros de saúde, centrais de clínicas e consultórios. Entre algumas de nossas propostas e projetos mais interessantes, além dos de-senvolvidos para a UNIME-D-BH, estão a Cidade Saúde e Rio Saúde – cidades tec-nológicas voltadas ao setor médico – Biocenter, HOB, Vital Brasília e Brasília Medi-cal Center, dentre outros.

HealthARQ: Quais fo-ram as parcerias impor-tantes neste setor?Alberto Dávila: Sem dú-

vida, a principal parceria neste setor tem sido a UNIMED-BH, em um ca-samento que ressaltou as potencialidades e qualida-des de ambas as partes, objetivando um resultado comum inovador e capaz de satisfazer as expectati-vas envolvidas.

HealthARQ: Qual a im-portância de dedicar o trabalho da arquitetura para um setor tão impor-tante como o da saúde?Alberto Dávila: O setor

de saúde apresenta uma

complexidade funcional muito grande e nosso principal desafio sempre foi o de agregar valores humanistas e qualidade espacial a um contexto altamente técnico e fun-cional. Embora difícil, é plenamente possível de ser feito e acreditamos sermos bem sucedidos na área ao observar os resul-tados de nossos esforços traduzidos em satisfação da ampla gama de públi-cos envolvidos em em-preendimentos na área de saúde.

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Especial para os pequenosRibeirão Preto (SP) terá hospital com foco no tratamento infantil

Reconhecido nacionalmente como padrão em qualidade de atendimento e pes-quisa, o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) do Campus Ribeirão Preto está em obras. Trata-se do HC Criança, um prédio totalmente

novo, que será o primeiro hospital da região de Ribeirão Preto com foco 100% vol-tado para o público infantil.O espaço recebeu um investimento de R$ 55.357.165 milhões para a construção do

prédio, localizado ao lado do HC, e R$ 34 milhões em equipamentos modernos que atendem à necessidade dos pequenos pacientes. A expectativa do novo hospital é atender 25 mil crianças e adolescentes por ano. O espaço contará com enfermarias do centro obstétrico, berçário, alojamento conjunto, UTI neonatal, CTI pediátrica e CTI neonatal, além do CIREP (Centro de Cirurgia em Epilepsia) e apoio acadêmico.Para a professora Marisa Márcia Muss Pinhata, chefe do Departamento de Pueri-

cultura e Pediatria da FMRP-USP, o HC Criança foi um sonho realizado. “É a materia-lização de um sonho, esse espaço de atendimento integral à criança em condições que exijam assistência de alta complexidade. O planejamento das atividades está sendo cuidadoso e participativo. Inovações tecnológicas estão sendo incorporadas à infraestrutura hospitalar, além da ambientação com motivos lúdicos”, completa.O novo prédio, além de otimizar os atendimentos e tratamento dos pequenos, vai me-

lhorar também a rotina do HC. A transferência das crianças e adolescentes para o novo ambulatório permitirá uma ampla reorganização dos ambulatórios atuais, que também estão em obras, para garantir melhoria no atendimento e conforto nas internações.A rotina de um hospital já é corrida e, com uma obra em andamento, o cuidado com

os pacientes é redobrado, tanto pelos médicos, quanto pelos profissionais envolvidos na construção. A equipe contratada para a execução do HC criança, TEP Engenharia, tomou todos os cuidados necessários para que o dia a dia dos pacientes não tivesse grandes modificações e riscos para a saúde. “No edifício em que foram realizadas as obras de ampliação, funcionava o Centro de Reabilitação do HC e, durante o início das obras, o térreo, único pavimento em funcionamento, foi isolado do resto do pré-dio para que não houvesse qualquer tipo de contaminação, garantindo o serviço de atendimento aos pacientes. Com o decorrer da obra a Unidade de Reabilitação foi gradativamente realocada para o Bloco “X”, isolando assim toda a construção e man-tendo a segurança e o conforto para os pacientes do hospital”, conta Carlos Alberto Esteves, Gerente Comercial da TEP Engenharia.Criado para oferecer um tratamento humanizado para crianças e adolescentes, o

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prédio localizado anexo ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medi-cina de Ribeirão Preto (USP) terá 233 leitos e 72 consultórios e salas, dis-tribuídos em cinco pavi-mentos. Toda a estrutura foi

construída baseando-se nas questões de susten-tabilidade. Desde a es-colha dos materiais, até o processo de demoli-ção e reciclagem. “Fo-ram utilizados materiais

construtivos visando o menor impacto ao meio ambiente como o uso de tintas, isolantes, adesi-vos e selantes sem com-postos orgânicos volá-teis e materiais menos agressivos. A redução do impacto do barulho e poeira em suspensão foram aspectos tratados com prioridade pela TEP Engenharia”, diz Esteves.Inicialmente, os proje-

tos foram submetidos a uma Análise de Con-

sistência identificando os seus pontos críticos. Esta medida viabilizou o planejamento da obra em três etapas, visan-do atender o cliente em suas exigências contra-tuais. “Primou-se em atender as necessida-des do cliente que são: a conclusão do Prédio HC Criança, entre o pri-meiro e o quinto pavi-mento, além do solário; a reforma com amplia-ção do CER/ORTOPEDIA,

no pavimento térreo; e a reforma com ampliação da Central de Material e Esterilização”, revela.A empresa responsável

pela gestão promoveu campanhas para mu-dança nos hábitos de seus colaboradores com o intuito de implantar soluções tecnológicas sustentáveis e meca-nismos que possam ser aplicados com o objetivo de aumentar a sustenta-bilidade do empreendi-

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mento sem adicionar altos custos. Além disso, foi implantado no canteiro de obras

o Programa TEP + Eco. Um programa ambiental da TEP que visa estimular a reflexão e a mudan-ça de atitude, motivar ações ambientalmente corretas, promover a melhoria na qualidade do ambiente de trabalho, incentivar a melhoria da qualidade de vida e o uso racional dos recursos disponíveis.Em conformidade com a resolução CONAMA

nº 307/2002 todos os resíduos da construção civil provenientes das atividades executadas na construção do HC Criança foram segregados, se-guindo inclusive os procedimentos internos do Programa de Coleta Seletiva com o objetivo de encaminhá-los para o reaproveitamento, recicla-gem ou tratamento. Todas as empresas recepto-ras dos resíduos gerados passaram por um pro-cesso de qualificação ambiental para a garantia de destinação correta de todos os resíduos. “Os principais focos de treinamento e controle

do programa foram o volume de geração de re-síduos através de um Programa de Coleta Seleti-va implantado, que inclui a separação e destina-ção correta de todos os resíduos considerados entulhos da construção civil. A redução no con-sumo de água, de energia e de consumo de pa-pel no canteiro e nas dependências do hospital está incluso nos itens controlados do programa”, explica o Gerente Comercial da TEP Engenharia.Segundo Esteves, a expansão do hospital para

a criação do HC Criança exigia muitos cuidados por se tratar de um complexo hospitalar onde o movimento é intenso e as mudanças provisó-rias aconteciam a todo tempo, sempre visando o bem-estar dos funcionários e pacientes do hos-pital. “O complexo do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo - Campus Ribeirão Preto atinge hoje níveis elevados de assistência, e o H.C. Criança veio, sem qualquer sombra de dúvida, desafogar o edifício onde ocorrem as atividades relacionadas à saúde infantil e juvenil e, sobretudo, no número de leitos e aumento de

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atendimento à popula-ção”, finaliza Esteves.Todo o sistema elétri-

co será monitorado pelo Sistema de Supervisão Predial (SSP) que possibi-litará o controle do con-sumo de energia elétrica das cargas emergências em caso de falta de ener-gia, gerenciando o Grupo Moto Gerador de Emer-gência, bem como na recuperação do sistema elétrico. Além disso, todas as instalações do Hospital HC Criança estão conec-tadas a rede do tipo Inter-net através de tecnologia “Wi-Fi”, nas quais foram tomadas todas as preocu-pações de não existirem

“pontos cegos”.Para atender à deman-

da do novo edifício foi necessária a ampliação da subestação existen-te, com o acréscimo de um transformador de 750kVA (para a alimen-tação elétrica do siste-ma de climatização) e da construção de uma nova subestação elétrica de 1MVA e será atendida pelo sistema de média tensão , 13,2kV , existen-te na instituição. “A nova subestação irá prover energia para o sistema de iluminação interna e externa do prédio bem como as tomadas dos equipamentos médicos,

leitos, área administrati-va e outros do edifício”, revela Esteves.O sistema de ilumina-

ção interna utilizará lumi-nárias de alta eficiência para atender ao confor-to visual dos ambientes e os requisitos mínimos impostos por norma. Também será utilizado o controle de luminosida-de e sistema de controle de consumo de ilumina-ção das áreas comuns. O projeto elétrico também contempla a utilização do sistema de IT Médi-co, sistema de instala-ção elétrica que utiliza transformador de sepa-ração e dispositivo de su-

“O complexo do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo - Campus Ribeirão Preto atinge hoje níveis elevados de assistência, e o H.C. Criança veio, sem qualquer sombra de dúvida, desafogar o edifício onde ocorrem as atividades relacionadas à saúde infantil e juvenil e, sobretudo, no número de leitos e aumento de atendimento à população.” Carlos Alberto Esteves, Gerente Comercial da TEP Engenharia

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pervisão de isolamento (DSI). O Projeto elétrico ainda é composto por um sistema de Grupo-Moto Gerador Diesel (2x Geradores de 625 kVA) responsável pelo aten-dimento de energia em caso de falta da mesma que vem da concessioná-ria com uma autonomia mínima de 24 horas.“A segurança dos pa-

cientes, neste caso, é ponto fundamental na criação de todo o siste-ma elétrico envolvido e, também, a perfeita exe-cução do mesmo levará a total segurança dos

mesmos. Em algumas si-tuações específicas, são utilizadas tecnologias adequadas que possi-bilitam a toda isolação elétrica do paciente sem riscos de estar submeti-do a choques elétricos, como citado no caso do IT Médico”, comenta.Para garantir a qualida-

de de cada um dos pas-sos do processo houve um planejamento es-truturado, utilizando-se de controles detalhados das atividades, tanto de execução quanto de ve-rificação. “A coordenação gerencial neste contexto

implicou em executar e promover suporte para a execução, tomou ações que possibilitou avaliar a atividade a ser realizada, identificou as habilida-des e qualificações exi-gidas, selecionou e trei-nou pessoal apropriado, proveu recursos adequa-dos, reconheceu e fixou as responsabilidades dos executores e verificou e previu a documentação necessária para eviden-ciar objetivamente que a qualidade foi alcançada, e que, cada atividade verifi-cada foi executada satis-fatoriamente”, finaliza.

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Referência na BahiaGrupo Delfin Imagem investe em centro de tratamento para o câncer

Fundada em 1986, a Clínica Delfin foi o primeiro serviço de

saúde a disponibilizar exames de ressonância magnética fora do am-biente hospitalar no es-tado da Bahia. Pioneiro em inovações na área da saúde, em 1990 ad-quiriu a primeira ultras-

sonografia com Doppler convencional e dois anos depois a com Doppler colorido. Atualmente a arca Del-

fin possui 12 empresas no setor de Bio-Imagem sua mais nova edifica-ção está em Lauro de Freitas (BA). Trata-se do Complexo Médico Del-

fin (CMD), inaugurado recentemente, oferecen-do estrutura para o tra-tamento do câncer. “O CMD traz tecnologias de ponta na pesquisa, diag-nóstico e tratamento do câncer. Atenderemos à população em geral - particulares, planos de saúde, SUS - porque é

do nosso entendimen-to que toda a socieda-de deve ser beneficiada neste parque tecnológi-co do Grupo Delfin, que já é referência nacio-nal em diagnóstico por imagem”, explica Delfin Gonzalez Miranda, idea-lizador da Clínica Delfin, que deu origem ao Gru-

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po Delfin. O Complexo recebeu um aporte de R$ 60 milhões e irá gerar muitos empregos di-retos. A capacidade de atendi-mento diária inicialmente é de 2000 pacientes. O setor de diagnóstico por

imagem da instituição é muni-do de PET-CT 610, scanner mais sensível da atualidade, que cor-rige distorções provocadas pelo movimento do corpo humano e reconstrói a imagem com pre-cisão, e o setor de radioterapia que conta com o ElektaSyner-gy, acelerador linear que inten-sifica o tratamento de precisão, permitindo aos profissionais correções pela sala de controle, reduzindo a exposição à radia-ção. “O CMD é um marco para a medicina brasileira pela loca-lização geográfica, atendendo a uma região em crescimento e que precisa de serviços especia-lizados, incorporando o que tem de mais moderno em tecnologia no mundo - produz radioisóto-pos, por exemplo, associado a um parque de diagnóstico por imagem completo”, afirma o Dr. Arthur Rosa, diretor médico da Delfin Radioterapia.Há 15 anos em parceria com o

grupo Delfin, tendo desenvol-vido os projetos das unidades do Itaigara, São Rafael, Hospi-tal Português, Hospital da Bahia (projeto de adaptação), Unidade de Odontologia - Itaigara, Vilas do Atlântico, a Pepe Arquitetu-ra foi responsável também por projetar internamente a Recep-

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ção e a Radioterapia do Complexo Médico Delfin de Lauro de Freitas. “Trata-se de um projeto moderno, que possui um forro flutuante com réguas, visão e fácil acesso para manutenção e instalação. Além do balcão com de-talhe em ônix amarelo iluminado, um painel em Black Light com trabalho em foto-montagem dan-do a ilusão de um jardim vertical. Os dois “Bunker” de radioterapia com um sistema de interligação de informações com os outros dois “Bunker” Hospital Português recém inaugurados, conta a arquiteta Cristiane Pepe, Diretora da Pepe Arquitetura. Outro detalhe do projeto está nas paredes, que uti-

lizou como revestimento a manta hospitalar vinílica,

Vescom,em cores do azul ao amarelo. “Todos os re-vestimentos, inclusive dos estofados, são de mate-riais duráveis e de fácil lim-peza. Pensando ainda na durabilidade, utilizamos também protetores de pa-rede e bate-maca de PVC e iluminação embutida no forro, que além de durável, proporciona acabamento acústico e facilita a limpe-za”, reforça a arquiteta.

“Todos os revestimentos, inclusive dos estofados, são de materiais duráveis e de fácil limpeza. Pensando ainda na durabilidade, utilizamos também protetores de parede e bate-maca de PVC e iluminação embutida no forro, que além de durável, proporciona acabamento acústico e facilita a limpeza.” Cristiane Pepe, Diretora da Pepe Arquitetura

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Nova edificaçãoUnimed inaugura hospital em São José (SC)

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A cidade de São José (SC) acaba de ganhar uma nova,

moderna e completa ins-tituição de saúde, Hos-pital Unimed São José. A edificação vem sendo planejada e construída desde 2011 e foi inaugu-rada recentemente, em 8 de novembro de 2014.O Hospital Unimed foi

equipado com o que há de mais moderno e efi-ciente em diagnóstico e tratamento de adultos e crianças. Com diferencial em internação pediá-trica, atenderá uma das principais necessidades

da Grande Florianópolis. E está preparado para a alta complexidade cirúr-gica, além de contar com profissionais altamente qualificados e rigorosos padrões de qualidade. O empreendimento pos-

sui área total de 32 mil m², dos quais 17 mil m² estão dedicados ao complexo hospitalar. O prédio con-ta com quatro andares de internação, duas UTI’s adulto e uma UTI pediá-trica, seis salas cirúrgicas, sala de hemodinâmica, laboratório e centro de diagnóstico por imagem. No total, são 144 leitos

distribuídos entre interna-ção, Terapia Intensiva, ob-servação e recuperação.O projeto desde sua con-

cepção segue rigorosa-mente as legislações per-tinentes, além das regras de certificação hospita-lar seguindo os princípios das organizações acredi-tadoras e tem como foco principal a qualidade e segurança do paciente e sa-tisfação dos médicos coo-perados. Em todo esse processo

um cuidado bastante im-portante levado em con-sideração pela instituição foram as instalações elétri-

cas, uma vez que estão diretamente ligadas a segurança dos cola-boradores e pacientes. “Fomos responsáveis, em parceria com a Danter, pela Execução da sinstalações: Elétri-cas de Baixa Tensão, Sistema IT Médico e Preventiva de Incên-dio. Atendendo as Normas pertinentes para estabelecimentos Assistenciais de Saú-de, com foco na se-gurança dos usuários”, lembra Volnei zapeli-ni, Diretor da zapelini Instalações.

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Espaço especializadoInstituição investe em sede própria para atendimento em Cirurgia Cardioneurovascular

Localizado na cidade de Santos (SP), o AngioCorpore foi fundado em 1991 por dois médicos especialistas na área de cirurgia vascular e endovascular, NedoRomiti e Mar-

cello Romiti, dentro do Hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos. De imediato, investiram na aquisição de modernos equipamentos de hemodinâmica e ultrassom. A chegada desses aparelhos trouxe notável avanço aos ser-viços de Cirurgia Vascular e Endovascular, Neurorradiologia Diagnóstica e Intervencionista e Radiologia Intervencionista da instituição.Em 1995, começaram a ministrar Residência Médica em Ci-

rurgia Vascular e Endovascular, título reconhecido pela Socie-dade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Isso tornou a empresa reconhecida pela formação de excelentes profis-sionais, com produção de publicações internacionais, o que demonstra que os resultados obtidos se equiparam aos ser-viços de referência nacionais e internacionais. Em 2001, com a expansão das atividades para a área car-

díaca, o IACVS mudou de nome para sua denominação atual: AngioCorpore - Instituto de Medicina Cardiovascular. Mas o espírito investigativo e a vontade de progredir permaneceram. Inauguração de novas unidades, investimento em modernos equipamentos, valorização do Corpo Clínico e do capital hu-mano e excelência no atendimento nortearam o crescimento constante do AngioCorpore nesses últimos anos.O AngioCorpore hoje possui 13 unidades ambulatoriais vol-

tadas principalmente para o atendimento de pacientes que necessitam de tratamento nas especialidades de cardiologia, cirurgia cardíaca, cirurgia vascular e neurocirurgia. Porém, Santos é uma das mais importantes cidades do Estado de São Paulo. Hoje, a rede hospitalar da cidade é insuficiente, o que na maioria das vezes, quando um paciente necessita de um procedimento de alta complexidade, acaba por procurar uma unidade na capital, São Paulo. Com o intuito de suprir esta necessidade, o AngioCorpore – Instituto de Medicina Cardiovascular decidiu investir em uma unidade hospitalar

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própria. Esta unidade hos-pitalar estará localizada em uma das principais ave-nidas da cidade de Santos, a Avenida Pinheiro Macha-do, o que facilitará o aces-so à unidade.O projeto engloba um

espaço de, aproximada-mente,4.5 mil m² de área construída, voltado para atendimento das espe-cialidades de cardiologia, cirurgia cardíaca, cirurgia vascular e neurocirurgia. A unidade vai possuir aproxi-madamente 70 leitos, entre leitos de internação clinica, cirúrgica e de UTI.“Estamos desenvolvendo o Projeto do Hospital Cardiovascular do AngioCorpore desde janeiro de 2014. Tudo foi elaborado com o apoio de toda a equipe técnica da instituição, desde os mé-dicos até a parte adminis-trativa. Toda a operação da unidade foi pensada na elaboração dos layouts o que tornou o projeto extremamente funcional. Somos responsáveis pelo Projeto de Arquitetura da unidade, desde a sua con-cepção inicial até o desen-volvimento dos projetos de interiores”, conta a ar-quiteta Ana Paula Naffah Perez, Sócia-diretora da C+A Arquitetura e Interio-res, responsável pelo de-senvolvimento do projeto

do Hospital Cardiovascular do AngioCorpore.O Hospital terá uma uni-

dade de apoio diagnóstico para atendimento prefe-rencialmente dos pacien-tes internos. “Teremos também um pavimento dedicado ao setor de he-modinâmica, com duas salas preparadas para procedimentos interven-cionistas, sendo que uma é híbrida, na qual podem ser realizadas cirurgias de grande porte associadas a procedimentos de hemo-dinâmica, além de oito lei-tos de recuperação de pa-cientes”, revela a arquiteta.O Centro Cirúrgico terá

três salas de cirurgia, sen-do que duas delas estarão preparadas para cirurgias de grande porte e uma preparada para cirurgias de médio e pequeno porte.Segundo Ana Paula,Todos os apoios logísticos foram previstos a fim de propor-cionar a operação ideal da unidade. “Neste projeto, procuramos contemplar todos os avanços em ter-mos de novas tecnologias a fim de qualificar o hospital como uma unidade inova-dora e sem precedentes no litoral de São Paulo”.Todos os setores pos-

suem luz natural, o que tornará os ambientes ex-tremamente confortáveis.

O projeto de interiores será elaborado a fim de tornar os ambientes acon-chegantes e próximos à experiência de um hotel, dando aos pacientes con-forto e segurança.Os pacientes terão con-

trole dos equipamentos como os comandos da cama, do fechamento dos caixilhos e da iluminação, que será elaborada a fim de dar conforto aos pa-cientes e apoio à equipe operacional do hospital. “Proporcionamos com os layouts uma movimen-tação rápida e eficaz do Corpo Clínico. Isso propor-ciona também a humani-zação para a equipe que trabalhará na unidade”, diz a arquiteta.De acordo com Ana Pau-

la, está sendo elaborado um projeto de luminotec-nia, prevendo nos quartos, por exemplo, uma ilumi-nação de teto que tenha a função de iluminação geral para o ambiente e que ao mesmo tempo possa pro-porcionar a iluminação ne-cessária para execução de um curativo no paciente. “Na régua de cabeceira, faremos a especificação de foco para a equipe, além de uma iluminação de lei-tura para o paciente, bem como uma iluminação in-direta de descanso”.

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Nas circulações do edifí-cio, haverá a especificação de luminárias que tenham difusores e que desta for-ma não agridam a vista dos pacientes que transi-tarão nestes ambientes em maca. Faremos também a previsão de uma ilumi-nação embutida nos ba-te-macas que deverá ser em lâmpadas de LED e que possa ser acesa no perío-do noturno, proporcionan-do também uma economia no consumo de energia do edifício.

Assim como nos projetos de iluminação, o mobiliá-rio também foi escolhido com foco na humanização do local e terá as caracte-rísticas operacionais e de conforto condizentes com o padrão de hotelaria que criaremos para a unidade. “Os detalhes de marcena-ria foram todos elaborados no intuito de termos as necessidades operacionais dos setores atendidas e o designimplementado. Os móveis serão, na sua maio-ria, revestidos em lamina-

do melamínico”, salienta a arquiteta.Assim como a humani-

zação do ambiente, a sus-tentabilidade também foi considerada no projeto através de sistemas que permitam a economia de energia, como a especi-ficação de lâmpadas que tenham alta eficiência e consumo baixo.Os eleva-dores terão sistemas in-teligentes que permitam também a economia de energia, bem como o flu-xo interno garantido de

forma eficaz.Será prevista também a reutilização da água pluvial para sistemas de irrigação e limpeza das áreas comuns e externa da edificação. “Estamos es-tudando para a unidade a previsão de um sistema de ar condicionado que pro-porcione o menor impacto ao meio ambiente e que tenha as características ne-cessárias para um ambien-te hospitalar”, conta.A escolha dos revesti-

mentos também deu-se com vistas a sustentabili-

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dade, além das caracterís-ticas de assepsia e dura-bilidade. Os revestimentos externos foram escolhidos a fim de gerarem a me-nor manutenção possível externa para o edifício. “Como Santos possui ín-dices pluviométricos altos, previmos uma empena na parte frontal do edifício revestida em porcelanato que terá grande durabili-dade. O restante dos re-vestimentos externos se-rão hidro-repelentes para prever a sua durabilidade e a manutenção das caracte-rísticas da fachada”, explica Ana Paula.

Já os pisos internos, na sua grande maioria, se-rão mantas viníilicas que proporcionam conforto térmico e acústico, além de terem como principal característica a fácil assep-sia. Estes pisos também possuem características de sustentabilidade.Nas pare-des dos quartos, serão uti-lizados revestimentos viní-licos indicados para área de saúde, que proporcio-naram as características de hotelaria desejada para o projeto.O projeto foi elaborado

a fim de incorporar todas as novas tecnologias para

as especialidades que vai atender, principalmen-te no tocante ao aten-dimento aos pacientes.Serão utilizados sistema para tráfego de imagens entre os setores, facili-tando o atendimento aos pacientes e diminuindo a movimentação da equipe técnica. “Nossa expecta-tiva é de que tenhamos um sistema controlando as atividades operacionais da unidade, proporcionando uma maior eficiência aos processos e o controle de qualidade no atendimento aos pacientes”, finaliza a arquiteta Ana Paula.

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Atendimento especialHospital Leforte investe em ambulatório exclusivamente infantil

O Hospital Leforte, locali-zado no bairro do Morum-bi, em São Paulo, foi inau-gurado em 2009 e possui infraestrutura que segue tecnologias ecoeficientes que, aliadas ao conceito de hotelaria de alto pa-drão, aos protocolos assis-tenciais e à tecnologia de ponta, cumprem seu papel de oferecer excelência nos serviços de saúde e res-ponsabilidade social.As especialidades atendi-

das e núcleos de referência da instituição são diversos, como Cardiologia, Onco-logia, Neurologia, Trauma-tologia e Pediatria. Além disso, a instituição possui

um espaço exclusivo para o atendimento ambula-torial pediátrico, com di-versas subespecialidades, como Alergologia, Cardio-logia, Cirurgia Geral, Der-matologia, Endocrinologia, Hematologia, Infectologia, Nefrologia, Neurologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia, Otorrinolarin-gologia e Pneumologia.A equipe é coordenada

pelo Dr. Fábio Bedoni, for-mado em cirurgia pediátri-ca pela USP e com MBA em Gestão de Organizações Hospitalares e Sistema de Saúde na FGV e pela Dra. Denise Bedoni, também da USP.

O espaço foi inaugura-do recentemente, e conta com quatro consultórios. Como declarou Fábio Be-doni à imprensa na inau-guração do espaço, o fato de tirar a criança do am-biente hospitalar minimiza os riscos de infecção. As obras realizadas no

ambulatório de pediatria foi um desafio, pois o imó-vel adquirido pelo hospital era uma residência e de-veria passar por grandes modificações. Com a ajuda do setor de arquitetura do hospital foi desenvolvi-do um lay-out apropriado para um ambulatório pen-sando no bem estar das

crianças. Tivemos muitas dificuldades para a mar-cação do posicionamento das novas tubulações hi-dráulicas para os vasos sa-nitários e lavatórios. “O lo-cal haviam paredes e pisos bem antigos, tivemos que derrubar parte delas fa-zendo o reforço necessário para não ocorrer abalos”, conta Luiz Juvencio, Mes-tre de Obras da Brilhante Construções.Havia horários destinados

para retirada de entulhos porque ao lado havia um estacionamento e na rua passavam muitas pessoas. Os materiais como areia, pedra, cimento eram ensa-

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cados e transportados em carros fechados bem como cobertos também. Todo o processo aconte-

ceu em parceria com o se-tor de engenharia do hos-pital, facilitando os acessos dos operários, fornecen-do as plantas hidráulicas, elétricas e orientações de possíveis mudanças das execuções que nem sem-pre ficam do modo que os projetistas pensam. “A participação do enge-nheiro Reinaldo Santos da manutenção foi muito im-portante para o sucesso desta etapa”, destaca Ra-fael Francelino, Coordena-dor de Obras da Brilhante

Construções.Visando a sustentabili-

dade, os entulhos eram separados antes da des-tinação à caçamba. Peda-ços de gesso eram des-tinados para a caçamba de química (que tem um destino próprio) e os en-tulhos como pedras, tijo-los, alvenaria tinham a sua própria destinação bem como as madeiras tam-bém. A tecnologia tam-bém se fez presente na obra através da utilização de equipamentos para dar um bom acabamento como laser a nível, tripé, iluminação para uma boa pintura e ipads.

Elétrica

No que diz respeito as instalações elétricas, fo-ram feitos novos projetos de distribuição de ener-gia, contendo a separação dos circuitos conforme normas brasileiras NBR 5410, NR 10, facilitando a manutenção corretiva fu-tura e ajudando a equipe de manutenção no que diz respeito a preventivas. “Foram instaladas todos os acessórios para aces-sibilidade no banheiro, fraldário e piso antider-rapante para garantir a segurança dos pacientes”, revela Juvencio.

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Investindo em saúde no NordesteEstado de Pernambuco investe em UPA para desafogar hospitais

As Unidades de Pronto Atendi-mento - UPAs já

existentes em Pernambu-co, possuem, cada uma, 1.350,00 m² de área cons-truída para o atendimen-to de baixa e média com-plexidade, diminuindo a sobrecarga dos grandes hospitais de emergência e desafogando o atendi-

mento de alta complexi-dade. A UPA porte III foi plane-

jada para atender, a uma população de até 150 mil pessoas. Pernambuco tem 15 delas já construí-das, sendo 14 unidades em Recife e Região Me-tropolitana e uma unida-de no interior do Estado, na cidade de Caruaru-PE.

O projeto de implanta-ção da UPA Pernambuco, marca um pioneirismo em todo o Norte-Nor-deste. Por ser um pro-jeto-padrão, buscou-se elementos de sustenta-bilidade, eficiência ener-gética e de acessibilidade que dessem condições técnicas ao projeto de ser implantado não só

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Fachada UPA Casa Amarela

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UPA - Engenho Velho

em Pernambuco, mas em qualquer cidade e em qualquer situação de iluminação e ventilação, com pequenos ajustes relativos à sua implanta-ção no lote, “conta Ro-berto Freitas, Diretor da RBF Empreendimentos.” A UPA, porte III, possui os seguintes ambientes: Recepção e sala de espe-

ra, Brinquedoteca, WCs público geral e funcio-nários, Salas de Exames, Sala de urgência, Salas de Observação / posto de enfermagem e WCs. Além da Inalação coletiva; Apli-cação de medicamen-tos; Suturas / curativos; Coleta de sangue; Imo-bilização de fraturas e Quarto individual. Possui

também Eletrocardiogra-ma, Radiologia, Classifi-cação de risco, Farmácia, Rouparias Almoxarifado, DML, Depósito e Arma-zenamento e distribuição de material. Ainda a Sala de utilidades, Guarda de equipamentos, Guarda de macas, Morgue, Hi-gienização de pacientes, Posto policial, Estar de

“O projeto conta ainda com telhas termo-acústicas, pro-porcionando área de sombreamento e conforto térmico às laterais do prédio o ano todo, a partir das 7h, e entre 12h e 17h nas fachadas frontais. Entre a cobertura e a laje, foi criada uma área que funciona como um bolsão de ar que ajuda a baixar naturalmente a temperatura in-terna do prédio e, ao mesmo tempo, serve como área técnica para instalação de equipamentos, por exemplo, os aparelhos de ar-condicionado tipo splits.” Roberto Freitas, Diretor da RBF Empreendimentos

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Unidade de Pronto Atendimento - UPA / Rendeiras / Caruaru - PE

Fachada Principal

funcionários, Repou-sos nível superior, Quarto de plantão, Refeitório, Copa e Arquivo médico. Sem deixar de lado o Armazenamento de resíduos, CPD, Ad-ministração / Sala de Reunião / Direção, Lixo e Grupo gerador e subestação.Ao todo, as UPAs

realizam 9.200 pro-cedimentos de diagnósticos (labo-ratórios e radiolo-gia) e 12 mil atendi-mentos de urgência e procedimentos de baixa e média com-plexidade ao mês.Entre os diferen-

ciais da edificação está a cobertura desenvolvida em estrutura metálica com telhas termo-a-cústicas e grandes beirais de proteção das fachadas, que são de alvenaria e revestidas em cerâ-mica, protegendo-as contra intempé-ries e diminuindo a temperatura interna do edifício.

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A laje impermeabilizada foi utilizada para a implan-tação de equipamentos de apoio ao edifício. “O projeto conta ainda com telhas termo-acústicas, proporcionando área de sombreamento e conforto térmico, às laterais do pré-dio, o ano todo a partir das 7 horas, e entre às 12 horas e às 17 horas nas fachadas frontais. Entre a cobertu-ra e a laje, foi criada uma área que funciona como um bolsão de ar que aju-

da a baixar naturalmente a temperatura interna do prédio e, ao mesmo tem-po, serve como área para instalação de equipamen-tos, por exemplo, os apa-relhos de ar-condicionado tipo splits”, ressalta o ar-quiteto e urbanista.Já o fluxo interno, sepa-

ra bem as áreas de con-sultas médicas da área de procedimentos e inves-tigação de diagnósticos, possuindo recepção ge-ral para 70 pessoas.

O arquiteto ressalta tam-bém o uso de manta viní-lica no piso, nas paredes internas, pintura acrílica, tipo hospitalar e cerâmica nas áreas molhadas. “Além disso, o forro é removível para dar acesso às instala-ções e possui um elevador de acordo com as normas de acessibilidade. Todos os materiais utilizados in-terna e externamente se-guiram os padrões apro-vados pelo Ministério da Saúde”, finaliza Freitas.

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Rápido, eficiente e sustentávelUnimed Ponta Grossa investe em edificação sustentável

Após 30 anos com sede na rua San-tos Dumont, em

Ponta Grossa (PR), a Uni-med Ponta Grossa sentiu necessidade de propor-

cionar um melhor am-biente de trabalho, me-lhor atendimento e mais segurança a seus colabo-radores e usuários. Com este objetivo, deu início,

em abril do ano passado, as obras de suas novas instalações.A nova sede foi entregue

no segundo semestre des-te ano e, na ocasião, Cesar

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Toshio Oda, Presidente da cooperativa, declarou à imprensa que em um pri-meiro momento, o objeti-vo é transferir os equipa-mentos e as pessoas que fazem os processos admi-nistrativos internos. As novas instalações es-

tão distribuídas em três andares e um subsolo, totalizando 2.128 m². A edificação comporta os setores administrativos da instituição, junto com o SAC e o Atendimento. O novo prédio conta com estrutura moderna e es-tacionamento no subsolo para veículos dos geren-tes e diretores da Unimed Ponta Grossa. Outro terreno, também

localizado na rua Gene-ral Carneiro, foi destinado para estacionamento ro-tativo de clientes. Para dar espaço ao novo prédio, dois imóveis localizados na rua General Carneiro foram demolidos. O pré-dio antigo ficou dedica-do ao auditório Enny Luiz Facchin e o departamento de Gestão em Saúde. “Quando da concepção

do projeto, a busca da Unimed foi por um siste-ma construtivo sustentá-vel e de rápida execução, além de conforto térmico

e acústico ao prédio para maior bem-estar dos cola-boradores e usuários. Des-ta forma, chegaram até a SMART para conhecer esta alternativa de construção que tanto cresce no Brasil. Logo, encontraram o que procuravam, um sistema construtivo inovador que atendesse a todos os requi-sitos solicitados. O projeto foi executado com o sis-tema Light Steel Framing, que utiliza aço galvanizado como principal elemento estrutural, que através do uso de lã de vidro atendem ao alto isolamento termo acústico e através de placas de revestimento fecham as paredes internas e externas da edificação”, explica Re-nan Cunha, Gerente Geral da SMART Sistemas Cons-trutivos Inteligentes.Segundo um estudo da

UTFPR (Universidade Tec-nológica Federal do Para-ná), utilizando o sistema Light Steel Framing se re-duz em 71% a emissão de CO² para a atmosfera. Tudo isso, pois o sistema é otimi-zado gerando também um baixo índice de desperdício e baixa utilização de água ao longo da obra”, ressalta sobre as vantagens.Com custo que gira em

torno do atual valor pra-

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ticado por construtores de alvenaria convencio-nal, o Light Steel Framing surpreende pela precisão e industrialização aplica-da, diferente dos sistemas artesanais em tijolos que são oriundos do tempo pré-histórico, há aproxi-madamente 7 mil anos atrás (5.800 A.C.).Outra vantagem levan-

tada por Renan Cunha é a fidelidade orçamentária, pois com o uso da cons-trução a seco não ocorre o descontrole dos mate-riais, acarretando em um orçamento mais preciso e aproximado do que foi planejado, ou seja, sem surpresas. Com isto, é possível trabalhar com um canteiro de obras limpo e organizado, facilitando o controle e reduzindo o desperdício. “Neste projeto, foi utili-

zado a solução SMART Fra-me, cuja concepção está na elaboração do projeto estrutural e a fabricação de toda estrutura sob me-dida, onde todas as peças possuem um nome e um endereço de instalação na obra, ganhando velocida-de na montagem, redução do desperdício de mate-riais, redução do risco de erros de montagem e alta qualidade dos produtos. Após a montagem da es-

“Quando utilizados corretamente em uma obra, o Light Steel Framing pode poupar tempo em sua execução em 50% do período gasto.”

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trutura, foram instaladas as placas estruturais de LP OSB Home, que auxi-liam no contraventamen-to da estrutura e placas cimentícias que permitem receber qualquer tipo de acabamento final (textu-ras, cerâmicas e pedras). No interior das paredes fo-ram utilizados isolamentos térmicos e acústicos em lã de vidro, reforço estrutural e OSB Home e placas de gesso acartonado, que dão

um acabamento liso e per-feito para pintura interna e em áreas úmidas o uso de cerâmicas ou azulejos”, descreve Renan Cunha, que finaliza parabenizan-do a instituição. ”A Unimed está de parabéns pela ini-ciativa e preocupação com o meio ambiente, pois isto mostra a cultura de uma grande empresa se esten-dendo a preocupação com o futuro da humanidade”, conclui Renan Cunha.

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Iniciando um novo processoAmpliação do Hospital Belo Horizonte tem projetos em andamento

Instituição de grande porte na capital mi-neira, o Hospital Belo

Horizonte é destinado ao atendimento de di-versas especialidades médicas tendo como objetivo social o diag-nóstico e tratamento clí-nico em nível cirúrgico das diversas patologias, atendimento médico hospitalar, ambulatorial e domiciliar, exames em geral e desenvolvimento do ensino e pesquisa na área médico-hospitalar. A instituição oferece

ainda, através de seu corpo clínico com mais de 430 profissionais, ser-viços de apoio ao diag-nóstico médico, como endoscopia digestiva, ultrassonografia, tomo-grafia computadorizada, Raios-X digital, mamo-grafia, holter 24h, eco-doppler, hemodinâmica, urodinâmica completo, eletroneuromiografia, bloqueio neuromuscu-lar com toxina botulí-nica e polissonografia (distúrbios do sono).

Além de oferecer alto nível de assistência aos seus clientes, o hospi-tal também oferece in-fraestrutura com 170 leitos para internação, distribuídos em leitos da Unidade Maternoin-fantil, Unidade de Inter-nação Clínica, Unidade de Cuidados Especiais, Unidade de Internação Cirúrgica, CTI Neonatal/Infantil e CTI Adulto.Visando ampliar ainda

mais sua infraestrutura e o número de atendimen-tos, a instituição está in-vestindo em um proje-to de regularização da edificação em diversos órgãos municipais para manutenção da licença ambiental e obtenção dos alvarás sanitário e de localização e funcio-namento. “Toda edifica-ção foi cadastrada para que fosse elaborado um projeto legal de regulari-zação junto à Prefeitura Municipal de Belo Ho-rizonte”, conta Fernan-da Basques, Diretora de Projetos da Viabile Solu-

ções em Projetos.Foi realizado também

projeto de drenagem e ligação de águas plu-viais para aprovação junto à SUDECAP (Supe-rintendência de Desen-volvimento da Capital) e projeto geométrico e de sinalização vertical e ho-rizontal para aprovação junto à BHTRANS (em-presa de transporte de Belo Horizonte). “Todo o entorno da edificação foi avaliado e as solu-ções propostas objeti-vam a melhoria da edi-ficação para os usuários e seus vizinhos”, garante a diretora.Fernanda revela que

para aprovação do pro-jeto na prefeitura de Belo Horizonte foi ne-cessário propor solu-ções de acessibilidade a portadores de ne-cessidades especiais, recuperação das calça-das e sinalização tátil de orientação e segu-rança. “Foi proposta a adequação da área de estacionamento e or-

ganização dos acessos de veículos e pedestres. A acessibilidade inter-na também foi alterada com soluções de ram-pas e sanitários acessí-veis”, afirma.O projeto foi traba-

lhado com uma gestão integrada de todas as condicionantes do pro-cesso de licenciamento ambiental, participando de reuniões com os di-versos agentes envol-vidos e estabelecendo as prioridades no aten-dimento às demandas do processo. “Vale res-saltar que o processo de licenciamento am-biental é focado na es-tratégia de minimizar o impacto gerado pela edificação, refletindo em melhora do transito, da qualidade de vida e da utilização da edifica-ção e de toda área im-pactada por ela. Trata-se de um projeto que visa a melhoria de toda área de abrangência da edificação, área afetada por seus impactos”.

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AuxílioO plano diretor apre-

senta-se como impor-tante ferramenta de organização espacial e de direcionamento de ações a serem tomadas pelas instituições hos-pitalares, na busca de seu reposicionamento como edificaçõesmodernas, flexíveis e

aptas a enfrentar esse cenário. É produto de um processo de pla-nejamento e por isso pode ser abordado sob diferentes perspectivas, sobretudo em estabele-cimentos multidiscipli-

nares como hospitais.Neste contexto, o Pla-

no Diretor destaca-se como importante ins-trumento de direciona-mento de ações por ser o elo de ligação entre o planejamento estraté-gico e a arquitetura do empreendimento, pois a maior competitivida-de do mercado de assis-tência à saúde, o avan-ço das ciências médicas e as constantes necessi-dades de incorporação de novas tecnologias e de aprimoramento de instalações físicas têm levado hospitais a bus-

carem meios de orga-nizar e direcionar suas ações e investimentos. Entretanto, em grande parte dessas estruturas encontram-se situações de obsolescência, im-provisação e dificuldade de atualização espacial, causadas, entre outros motivos, pela falta de planejamento adequa-do da área física. “Nos levantamentos

realizados, identifica-mos várias questões que poderiam ter sido resolvidas se houves-se a elaboração de um bom plano diretor. Em-

bora o trabalho desen-volvido tenha demons-trado a importância do planejamento prévio na concepção das melho-res estratégias de im-plantação do empreen-dimento e seu impacto em relação ao entorno, a etapa que estamos finalizando é de regu-larização e adaptação do que já encontra-se edificado. Assim, não é permitido espaço nes-te momento para sa-narmos questões de improvisação e obso-lescência”, finaliza Fer-nanda.

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Construção em Goiânia investe em sustentabilidade e tecnologia

Obra de destaque

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O novo Centro de Diag-nóstico da UNIMED conta com 14 pavi-mentos, sendo três

subsolos para estacionamento, quatro pavimentos destinados a diagnósticos. Sete pavimentos que abrigam a parte administra-tiva, oferecendo uma estrutura que conta com várias salas de reunião e um auditório com ca-pacidade para 104 pessoas. O projeto trabalhou a huma-

nização através do conforto acústico, luminotécnico, área de convivência para colaboradores e beneficiários. A sustentabilida-de foi trabalhada através do cui-dado com a fachada do edifício, observando orientação leste/oeste; utilização de vidro Cool Lite SKN; Além do ar-condicio-nado VRF, com novo conceito de redução de consumo de energia; utilização de lâmpadas LED; Usi-na Fotovoltáica para captação de energia solar e o aproveita-mento das águas pluviais para utilização nas descargas dos va-sos sanitários e mictórios.Foi aplicado também o apro-

veitamento das águas de dreno de ar-condicionado também para uso nas descargas; te-lhado verde, para redução do coeficiente energético de calor e a utilização de manta vinílica acústica nos pisos dos pavimen-tos superiores. “Essa será a pri-meira obra comercial vertical de Goiânia certificada no processo LEED categoria New Construc-tion, um sistema internacional de certificação e orientação ambiental utilizado em mais de

140 países”, conta o Engenhei-ro Civil Eduardo Bilemjian Neto, Diretor da Bilenge Engenharia.Para atender às exigências do

certificado Leed, a Bilenge Enge-nharia teve que se preparar para atender as novas exigências. Foi implementada uma gestão de resíduos com triagem de ma-teriais que podem ser reincor-porados à obra ou enviados a terceiros para a reutilização e reciclagem. Adoção de várias estratégias para prevenção de poluição e contaminação do ar, do solo, do meio urbano, e do lençol freático. Os produtos e re-síduos perigosos são acondicio-nados conforme procedimento de segurança de maneira a evitar vazamentos e a correta destina-ção do descarte é monitorada. “A água proveniente da lavagem de resíduos de concreto (cami-nhões e betoneira) é filtrada e decantada, sendo reutilizada na aspersão da calçada e canteiro de obras. Também foi executa-da uma boa vedação do tapume para que resíduos da obra não poluam o meio urbano”, comen-ta Bilemjian Neto, dentre outras providencias.A tecnologia empregada na

obra é essencial para sua cele-ridade e redução do volume de resíduos produzidos. A estrutu-ra híbrida tem uma velocidade de montagem muito superior e pouca demanda de formas de madeira quando compara-da à estrutura de concreto ar-mado convencional. O concreto de alto desempenho (50mpa e 40mpa) proporciona a mesma

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SUSTENTABILIDADEIn

vest

imen

to

nossos parceirosFundações Engesolo

Consultoria LEED CTE - Centro tecnológico de edificações

Estrutura Metálica Medabil

Perfis de alumínio Sapa Alumínio / Safra Alumínio

Vidro Cebrace / Vidroforte

Concreto Realmix

Elevadores Atlas Schindler

Gestão de Resíduos RNV - Renove

Aço e Armação Pré Montada ArcellorMittal / Centercon

Rebaixamento e Recarga do Lençol Freático DBO Engenharia

Escavação dos Subsolos Kaviterra

Projeto de Arquitetura Walter &Athos Arquitetos Associados

Projeto de Interiores Walter &Athos Arquitetos Associados

Projeto Hidrossanitário Walter &Athos Arquitetos Associados

Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio Walter &Athos Arquitetos Associados

Projeto de Drenagem Walter &Athos Arquitetos Associados

Projeto Estrutura Metálica Ferenge Estruturas Metálicas LTDA

Projeto Estrutura Concreto Errevê Engenharia

Projeto Elétrico Eletrodória

Projeto de Ar-Condicionado Bombonato Projetos e Consultoria

Projeto de Fundação GH Engenharia

Gerenciadora Metrópolis Consultoria e Planejamento LTDA

Parceiro na obra

resistência utilizando um volume muito menor de matéria. O sistema de fa-chada unitizada garante um melhor aproveitamen-to do material prima em um tempo reduzido de execução.De acordo com o Diretor

da Bilenge Engenharia, a principal dificuldade desta

obra foi a logística de can-teiro, devido ao reduzido espaço disponível, vez que a projeção do prédio utiliza boa parte do terreno, além da localização do imóvel, em uma avenida de trânsi-to intenso. Utilizou-se grua para montagem da estru-tura metálica, elevador cre-malheira para transporte

vertical de pessoal, mate-riais e mini-gruas (aranhas) para içamento dos módu-los unitizados da pele de vidro. “Como a obra não dispõe de espaço para ar-mazenamento, foi neces-sário a utilização de uma área de apoio próxima ao canteiro para recebimen-to dos perfis da estrutura

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Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense-UFFmetálica. Durante a fase de escavação dos subsolos, também foi necessário o aluguel de imóvel na mes-ma rua da obra para servir de apoio ao canteiro de obras”, revela.A qualidade foi aferi-

da a partir do programa de qualidade de acordo com as normas NBR ISO 9001:2008 e PBQP-H ní-vel A, e todos as etapas de execução passam por inspeções e verificações periódicas. Também foi contratado um laborató-rio externo para controle de qualidade do concreto, empresa especializada no tratamento e destinação de resíduos sólidos.

Outra obra que está sendo executada pela Bilenge Engenharia, em fase final, é a obra para abrigar o Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Campus Gragaotá, em Niterói (RJ).A referida obra contará com algumas características especiais, além dos aspectos

convencionais de construções dessa natureza, como três elevadores com capacida-de para 15 pessoas cada um deles; laboratórios para 1.600 alunos; exaustão e siste-ma de ar condicionado tipo resfriador de água gelada com dois equipamentos de 255 TRs e sistema independente de mais dois equipamentos de 45 TRs para o Bio-tério; Além disso, há também subestação rebaixadora de 2.000 KVA com transfor-madores do tipo “a seco”; conjunto de grupo gerador de 500 KVA, rede estabilizada por Nobreak de 100 KVA; sistema de telecomunicações composto por Data Center e interligações em fibra óptica. O espaço contará ainda com instalações especiais como o sistema de reaproveitamento de água pluvial;Os laboratórios terão redes de tubulação a vácuo; de GLP; de ar comprimido, com

capacidades mínimas de 80 m³/h, 7 kg/h e 60 m³/h respectivamente; terão 43 ca-pelas para experimento biológico com exaustão e confinamento dos gases; sistema de esgoto especial direcionados para uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) com tratamento físico-químico (não sanitário) com 3 m³/h de efluentes tratados.Também um reservatório de água salgada para experiência marinhas; Biotério com

controle de temperatura e umidade, atendido por sistema redundante de ar condi-cionado tipo Fancoil e Unidades de Tratamento de ar; com sistema de insuflamento e exaustão.

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Investimento no interior gaúchoNovo complexo hospitalar levará UTI de ponta a Encantado

ARQ reforma

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O Hospital Beneficen-te Santa Terezinha, pertencente à Rede

São Camilo e localizado em Encantado (RS) passará por mudanças nos próximos meses. O projeto de cons-trução do novo complexo da instituição, apresentado à imprensa pelo diretor da instituição, Evandro Klein, no segundo semestre de 2014. A nova torre irá con-centrar os novos serviços, como UTI adulto, centro obstétrico, bloco cirúrgico, laboratório, internações além de serviços de apoio e subsolo garagem. Serão, além do subsolo, mais oito pavimentos, totalizando, aproximadamente. 13.000 m². “Creio que o maior des-

taque deste projeto é seu papel social, pois onde se tinha um hospital com ca-racterísticas físicas de cida-de do interior, surge uma proposta ousada, capaz de competir de frente com as demais instituições, propor-cionando também serviços de alta qualidade ao muni-cípio e arredores”, acredita o arquiteto Jeferson Quei-roz, da Queiroz&Queiroz Arquitetos Associados.De acordo com o decla-

rado por Klein na ocasião, o investimento inicial será de aproximadamente R$ 4 milhões, com recursos pró-prios da Rede São Camilo. A ideia é que as obras se-jam divididas em etapas, dando origem, inicialmen-

te, a quatro pavimentos, entre eles o subsolo para garagem. O processo todo deve durar, em média, três anos. Por a edificação ter uma

estrutura antiga e sem condições de acomodar o crescimento do hospital, foi necessário que o projeto propusesse várias adap-tações. “Mas fizemos isso sem ferir a integridade da arquitetura. Desta forma, procurando manter suas características, criamos um novo prédio que, embora tenhas proporções volu-métricas em dissonância com a planta atual, procu-rou resultar em uma pro-posta que demonstrasse o novo momento da institui-

“Creio que o maior destaque deste projeto é seu papel social, pois onde se tinha um hospital com características físicas de cidade do interior, surge uma proposta ousada, capaz de com-petir de frente com as demais instituições, proporcionando também serviços de alta qualidade ao município e arredores”, Jeferson Queiroz, Arquiteto Sênior da Queiroz&Queiroz Arquitetos Associados

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Nov

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eARQ reforma

ção”, explica o arquiteto.Trabalhando sempre

apoiado no Plano Diretor da instituição, o projeto solucionou o problema de fluxo evitando cruzamen-tos de pessoas (pacientes e funcionários) através das unidades, proporcionando segurança e privacidade ao usuário e equipe mé-dica. “Com as reformas e ampliação garantiremos não só um melhor atendi-mento pelo fato de o es-paço ser novo, mas com ambientes projetados de acordo com a norma e possibilitando conforto ao usuário”, garante Queiroz.Para que a edificação pu-

desse “respirar” o prédio foi deslocado a torre. “O novo prédio abraça o antigo, não

briga com ele, dialogam entre si. Desta forma, foi possível manter e desen-volver iluminação natural para todas as unidades, conferindo espaços dinâ-micos e aconchegantes”, explica.Além disso, a sustentabi-

lidade também foi consi-derada no projeto de ex-pansão do Hospital Santa Terezinha. A fachada rece-berá brises para sombrea-mento de sua pele de vidro, conferindo assim lumino-sidade sem exposição de raios de sol e diminuindo consumo de ar condiciona-do. “Contaremos também com estação de tratamento de efluentes e tratamento para lavanderia diferencia-dos”, diz o arquiteto.

Assim como a sustenta-bilidade, a tecnologia tam-bém esteve presente, desde o processo projetual. “Com a utilização dos software de desenho arquitetônico a escolha dos materiais e processos construtivos que proporcionem velocidade e menos desperdício a obra”.Além disso, o trabalho rea-

lizado junto com uma equi-pe multidisciplinar como engenheiros mecânicos, elétrico, físicos nucleares, engenheiros civis, designer de interiores etc, confere ao projeto a possibilidade de diálogo constante com a tecnologia de projeto e soluções arquitetônicas precisas , o que é indispen-sável para um projeto/obra hospitalar.

Jeferson Queiroz, Arquiteto Sênior da Queiroz&Queiroz Arquitetos Associados e Carolina Queiroz, Arquiteta

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Refe

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Procedimento de sucessoHospital Samaritano (RJ) entrega principais obras de expansão sem deixar de lado a melhoria constante

O Hospital Samarita-no do Rio de Janei-ro é um dos mais

modernos centros de pre-venção, diagnóstico e tra-tamento do País. Esta Uni-dade de Saúde conta com tecnologia de ponta em todos os setores. Sempre investindo em infraestru-tura para seu corpo clíni-co e usuários, a instituição possui um moderno setor de emergência, capacitado para atender todos os ti-

pos de urgências, inclusive as cardiológicas.Os leitos do Setor de

Emergência estão equi-pados com monitores portáteis, respiradores, desfibrilador, gerador de marca-passo e material completo de atendimen-to ao trauma. A Emergên-cia do Hospital Samarita-no conta ainda com duas UTI’S móveis, equipadas com material especialmen-te desenhado para atendi-

mentos domiciliares.Entre seus investimen-

tos em infraestrutura es-tão anova recepção para acolhimento de pacientes, acompanhantes e visitan-tes, e uma nova área de emergência, garantindo maior capacidade de aten-dimento com mais confor-to e qualidade, ambas inau-guradas em 2012. Dentro do programa de moderni-zação, o hospital entregou também uma nova área de

apartamentos.Sem estacionar seu cres-

cimento, a instituição en-contra-se, atualmente, em novo processo de obras, porém já conta com seu principal investimento en-tregue. “Terminamos uma fase onde as principais expansões já foram feitas, fruto de um planejamen-to prévio, onde primeiro precisávamos terminar as obras de maior impacto e que dariam um acrésci-

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mo de área suficiente para que as próximas reformas e intervenções não fossem tão sentidas pelo hospital como um todo”, conta José Carlos Tuton Pereira, ar-quiteto e Sócio-Diretor da Projob EngenhariaDe acordo com Pereira,

houve várias etapas impor-tantes na reformulação da instituição, como a criação de um espaço médico, área exclusiva e única, totalmen-te voltada para proporcio-nar o máximo de conforto e presteza à equipe médica do hospital. “Tivemos tam-bém a criação de um novo Centro de Tratamento In-tensivo, com introdução de grande tecnologia em to-dos os leitos, por exemplo, a instalação de estativas de teto para organizar a gran-de quantidade de equipa-mentos, hoje imprescin-dível em um leito de CTI”, lembra o arquiteto.Foi realizada também a

ampliação e mudança da Unidade Coronariana para um novo local com maior quantidade de leitos, infra-estrutura mais completa e melhor ambientação do lo-cal, retirando o ar pesado do ambiente, próprio de uma Unidade Intensiva.“Também não podemos esquecer a execução de uma nova área de Imagem, com a instala-ção de uma nova e moder-na área de medicina Nucle-ar com um novo aparelho de ‘Spect/CT”.”Esta fase da renovação

do Samaritano culminou com a execução e instala-ção de um novo Centro Ci-rúrgico, local do principal termômetro de uma ins-tituição de Saúde de alta complexidade. Tivemos orgulho de ter participado deste projeto que contou com “salas inteligentes” agregando em seu espaço tudo o que há de melhor em engenharia e arquite-

tura para este fim, inclusive com uma “sala robótica”.Todas estas etapas de re-

formas e ampliações foram rigorosamente planejadas para não atrapalhar o an-damento das atividades da instituição. “Na maio-ria das vezes as obras só eram notadas após a re-tirada das divisórias que eram instaladas para sepa-rar estes espaços do fun-cionamento do corpo do hospital. Podemos dizer que, com a excelência no planejamento em conjun-to com a equipe da insti-tuição, e em conjunto com o setor de arquitetura da Amil, conseguimos reali-zar praticamente 5 mil m² de reformas sem nenhuma interferência ou incidente com a Instituição”, ressalta.A tecnologia também es-

teve presente no proces-so de obras destas novas unidades, desde o empre-go de equipamentos de

IT Médico, até os diversos sistemas de estativas que concentram uma grande quantidade de instalações e infra estrutura, de forma organizada, na beira do leito dos pacientes de uni-dades intensivas. Além dis-so, houve a substituição do sistema de iluminação por sistemas de Led com alto fator de desempenho.“Sendo assim, temos a

certeza de mais uma fase cumprida na etapa de re-novação de um grande centro de referência e tec-nologia em saúde. Sabe-mos que este é um traba-lho constante e delicado nas instituições que optam em estar sempre na van-guarda das novas tecnolo-gias e mantendo-se atuali-zadas em seus ambientes, mas que não podem, e não descuidarão nunca, da qualidade e segurança do seu atendimento”, finaliza o arquiteto.

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Hospital Albert Einstein investe em reformas e ampliações

Para manter a excelência

Reconhecido pela ex-celência no atendi-mento, por sua ca-

pacidade única de alinhar as praticas assistenciais aos princípios de segu-rança e qualidade técnica, o Hospital Israelita Albert Einstein, localizado em São Paulo, está situado em uma área de 221.589 m², disponibilizando 652 leitos operacionais e 35 Salas cirúrgicas aos seus usuários. Com ocupação média de 84,92%, são registradas 50.331 saí-das hospitalares por ano (2013) e realizadas 41.108 cirurgias (exceto cesáreas), por ano (2013). “Realiza-mos também uma média de dez mil atendimentos ao mês no Pronto Aten-dimento da Unidade Mo-rumbi, mais de 50.000 consultas médicas, no Centro de Medicina Am-bulatorial e em torno de 750 mil exames”, revela Dr. Sidney Klajner, Vice-presi-dente da instituição.O complexo do Hospi-

tal Albert Einstein pos-

sui 12 diferentes edifica-ções, que começaram a ser inauguradas no ano de 1971 e seguem até 2013. “O Einstein acabou de entregar as obras do Centro Integrado de On-cologia e Hematologia Dayan-Daycoval”, conta o Vice-presidente. Mas além do Centro, outras obras foram realizadas recen-temente, visando apri-morar o atendimento da instituição, como o Pavi-lhão Vicky e Joseph Safra, Edifício Reynaldo Arthur Brandt, Auditório Moise Safra, Centro Integrado de Oncologia e Hematolo-gia Dayan-Daycoval, Cen-tro de Radiologista Inter-vencionista e o Centro de Imagenologia e Medicina Nuclear para o paciente internado.Recentemente, a insti-

tuição inaugurou a sala híbrida de 2ª geração, com a combinação do angiografo zee Go com o robô Da Vinci e há um projeto para a instalação de tubos pneumáticos por

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toda a unidade Morumbi para o transporte de resíduos e roupas sujas visando eficiência operacional, redução de acidentes e respon-sabilidade com o consumo e descarte de re-cursos. “No final do tubo de resíduos haverá um gaseificador de resíduos, onde eles serão tratados e reduzidos significativamente em volume, antes de ser propriamente destina-do”, explica o gestor.Os projetos arquitetônicos dos novos edifí-

cios, componentes do Plano Diretor de Am-pliação do HIAE, foram pautados pela tra-dução da solidez e segurança da instituição, aliados à inovação técnica. “Neste contexto, fomos pioneiros no Brasil a trazer a certifi-cação de sustentabilidade LEED para o setor hospitalar e da plataforma formal para a de-signação Planetree, um programa abrangente de humanização no atendimento para o qual a arquitetura das instalações tem importância fundamental”, revela Klajner.Para garantir que nenhum desafio atrapa-

lhasse o crescimento da instituição, todo o processo da engenharia foi revisado através da implementação do Lean Construction, desde a concepção do projeto (conceitual; básico; executivo) até a compatibilização das propostas com base em Budget Quotation, garantindo a trilogia: prazo, custo e qualida-de; além da incorporação de ações voltadas a SSCA (Segurança; Saúde Ocupacional e Con-servação Ambiental).O Einstein, como todo grande hospital, de-

pende de uma sistema de ligações entre se-tores extremamente complexo, por isto, o aproveitamento das estruturas existentes para abastecimento das novas áreas teve que ser planejado no Plano Diretor. Fisicamente, o ni-velamento dos edifícios, o projeto de passa-relas de ligação foram elementos chave para o sucesso do projeto. “A interligação das di-ferentes edificações do Complexo Albert Eins-tein permite a eficiência do fluxo interno ,tanto de colaboradores, quanto de pacientes”, diz Klajner.

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Isso permite menor tempo de deslocamento, menor risco de acidentes e de exposição ao cli-ma em dias de chuva ou calor excessivo. Fora isso, todos os processos operacionais (assistenciais ou não assistenciais) tornam-se mais fluídos e efi-cientes.

SustentabilidadeTodas as obras tiveram algum pioneirismo,

como o caso do Pavilhão Vicky e Joseph Safra que, até hoje, é o maior edifício hospitalar no mundo a receber a certificação LEED Gold. “Esta posição inovadora traz inúmeros desafios, pois encontra o mercado despreparado para aten-der às suas demandas. Por isto, o Einstein sem-pre tem que contar com enorme capacidade de aprendizado e excelência na gestão de projetos”, diz o Vice-presidente.Nessas obras de ampliação, a sustentabilidade

foi e continuará sendo trabalhada desde a ideali-zação do projeto. Inclusive, o Pavilhão Vicky e Jo-seph Safra recebeu LEED Gold e a Unidade Avan-çada Perdizes, LEED Silver. “O projeto visa reduzir toda essa exposição e servir como modelo para que outras instituições de saúde consigam mi-nimizar seus riscos de impacto. Além disso, as obras necessárias seguirão as diretrizes do Green Building Council, garantindo a eficiência tanto no consumo de água e energia, quanto na geração de resíduos de construção civil”, conta.Com os objetivos e estratégias claras, outro

ponto chave foi nomear “Vision Keepers”, líderes envolvidos no projeto cuja missão era não per-mitir que as circunstâncias desviassem o projeto da visão original de sustentabilidade e humani-zação. “Ao longo dos anos, nossa prática foi se aprimorando e nossa visão foi sendo ampliada através da influência de referências nacionais e internacionais que nortearam nossas diretrizes estratégicas até o momento”, diz Klajner.Em 2011, a instituição adotou o Relatório de

Sustentabilidade da Global Reporting Initiative (GRI) como instrumento principal de comunica-ção pública de sua performance organizacional. “A metodologia do GRI permite uma comuni-

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cação transparente com nossos públicos de inte-resse e, ainda, torna pos-sível uma comparação de desempenho com outras organizações, através de indicadores gerais (co-muns a diferentes setores) e específicos”.No mesmo ano, o Eins-

tein tornou-se signatá-rio do Pacto Global das Nações Unidas, que tem como objetivo mobilizar a comunidade empresa-rial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e interna-cionalmente aceitos nas

áreas de direitos huma-nos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção, refletidos em dez princípios agrupados em Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Combate à Corrupção. “Atualmente, temos um Plano Diretor de Sustenta-bilidade com metas con-tratadas com as diversas Diretorias”, revela.Ainda com preocupações

voltadas a esta vertente, a instituição trata o resíduo de suas obras de manei-ra qualificada, separando e recebendo como prio-ridade a destinação do

reaproveitamento e reci-clagem. O hospital atinge frequentemente índices de 80% de reciclagem de entulho de obra.

Espaço especialDentro das obras de am-

pliação, a um espaço de-dicou-se especial atenção: o consultório Dr. Sidney Klajner. De acordo com a arquiteta Betty Birger, res-ponsável pelo projeto, o primeiro desafio deste es-paço foi criar uma maneira de “aproximar” a recepção da circulação principal do pavimento, já que o con-sultório, diferente dos

demais , tem seu acesso através de um corredor. “Resolvemos então tirar partido deste corredor frisando a sua horizonta-lidade para dar uma ideia de túnel. Com a composi-ção de um rasgo no forro com fita de Led embutida e um longo e fino espelho bronze acompanhando a parede conseguimos criar a atmosfera desejada. As letras em acrílico transpa-rente com a lateral pinta-da dão a ideia de perspec-tiva e indicam, de forma elegante, o nome do mé-dico”, conta a Betty.Quanto ao layout, de

“As obras necessárias seguirão as diretrizes do Green Building Council, garantindo a eficiência tanto no consumo de água e energia, quanto na geração de resíduos de construção civil” Dr. Sidney Klajner, Vice-presidente do Hospital Israelita Albert Einstein

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acordo com a arquiteta, ele é extremamente fun-cional. Uma pequena sala de espera complementa as salas externas ao con-sultório. “As duas arande-las, cada uma dedicada a uma poltrona, dão a ideia de exclusividade e dedica-ção”, explica.As paredes são todas re-

vestidas em MDF madei-rado, trazendo aconchego e entrando em equilíbrio com o piso branco. “Elas também disfarçam portas e até uma pequena copa encaixada na marcenaria. As divisórias em vidro du-plo serigrafado trazem le-

veza e democratizam a luz do dia”.A iluminação, em grande

parte indireta, compos-ta por sancas e downleds embutidos, criam uma at-mosfera aconchegante e tranquilizadora. “Para as salas de consultas e exa-mes, utilizamos plafons embutidos e pendurais, todos com tecnologia Led. Um lustre decorativo faz o papel de escultura no bal-cão da recepção”. O forro modular mineral

com perfil oculto foi a es-colha para a melhor qua-lidade acústica. O piso vi-nílico em placas tem uma

boa performance acústica além das suas qualidades de durabilidade e limpeza. “Os móveis foram todos desenhados por nós espe-cialmente para o consul-tório do Dr. Sidney”, diz a arquiteta Betty Birger. Ain-da dentro do hospital, o seu escritório está desen-volvendo também alguns projetos de renovação e ampliação de diferentes áreas para as unidades Morumbi e Jardins. “Estes projetos trazem um dife-rencial, pois são a imple-mentação de um ‘projeto maior’ que estamos de-senvolvendo junto com a

equipe de Projetos e Obras do SBIBAE”, conta. Betty refere-se a atualização do Caderno de Produtos ho-mologados de arquitetura para a execução das obras da instituição. “Estamos então revisando e incor-porando novos materiais, sistemas e fornecedores. Trazendo mais tecnologia, modernidade, sustentabi-lidade, novas cores e de-sign diferenciado, sempre atendendo as especifica-ções técnicas construtivas estabelecidas pelos orgãos regulatórios competentes bem como para a certifica-ção Leed”, finaliza.

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Nos projetos de enge-nharia, a inovação tem sido uma forte aliada das obras no Hospital Israelita Albert Einstein. “As atualizações tecnológicas, cada vez mais presentes na medicina, são a razão principal de tantas intervenções em curtos in-tervalos de tempo. Isto faz do HIAE referência mun-dial em tratamentos de saúde com tecnologia de ponta”, comenta Norberto Takahashi, Sócio-fundador e Diretor Geral da Politéc-nica Engenharia, que atua junto ao hospital há mais de 11 anos.Isso porque, segundo o

engenheiro, todas as in-tervenções feitas na insti-tuição decorrem da dire-triz de manter atualizadas as suas unidades com as últimas tecnologias. “Ou-samos estimar que, desde que começamos a parti-cipar desses processos, o HIAE mais que dobrou suas instalações, seja em área ou em complexidade tecnológica”, comenta.Mesmo com o auxílio da

tecnologia, a Politécnica Engenharia precisou ins-taurar alguns processos, ao longo dos anos, para que as obras pudessem ser bem sucedidas. “Nes-ta ou em quaisquer outras obras do HIAE, a dinâmica sempre é a mesma: a coor-

denação geral é exclusiva da Diretoria de Engenha-ria do HIAE que emana as suas diretrizes. Quando o projeto demanda arquite-tura, primeiro ela desen-volve suas propostas que são pré-aprovadas. Depois entra a engenharia de ins-talações, que atende ema-nações dos dois agentes e também emite as suas”, explica o engenheiro.De acordo com Takahashi,

quando não há arquitetu-ra, esta relação se resume apenas as duas partes e, em qualquer situação, tudo é compatibilizado de forma a gerar o melhor produto que integre todas as disci-plinas. “Criamos os proces-sos de maneira a atender os prazos. Pois, dependendo da intervenção, há sempre uma urgência a ser atendi-da e uma logística relacio-nada a ela”.Takahashi explica que

a urgência decorre, na maioria das vezes, quan-do trata-se de reforma ou ampliação de algum setor já existente e ainda em funcionamento. “É como consertar um motor de um carro com ele andando. Essa complexidade deter-mina as etapas e logística de cada intervenção”, diz.Nas reformas e amplia-

ções, as dificuldades mais comuns são adequar os

requisitos das novas tec-nologias de ponta com as infraestruturas existentes. “Não raros são os casos de que tudo é refeito a partir do zero, sem quais-quer reaproveitamentos”, relata o engenheiro. Ou-tra dificuldade comum, é que, devido aos constan-tes e elevado número de vezes em que um setor foi reformado, o congestio-namento das instalações é frequente.Mas as dificuldades são

facilmente sanadas com a parceria entre a empresa e o setor de engenharia do hospital. “Nós projetistas propomos soluções, mas é o setor quem aprova e ga-rante identidade, melhoria contínua dos processos, materiais e equipamentos”. E para garantir a qua-

lidade de todas as exe-cuções, o HIAE emprega os melhores insumos, ou seja, melhores materiais, equipamentos e pessoal altamente qualificado. “A Politécnica encontra-se em fase final de imple-mentação do seu Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ, onde a sua princi-pal ferramenta é a norma ISSO 9001:2008. Essa im-plementação, apesar de estar em fase final, já tem dois anos, mas já é prati-cada há um ano. Nela, a

qualidade é mensurada através de diversos indica-dores de eficiência”, conta.

ElétricaNo que diz respeito à

iluminação, na unidade Morumbi e alguns outros sites do HIAE, a proposta em projeto é de utilizar em 100% luminárias de alta eficiência. “Ressalta--se que ali predomina-vam as luminárias fluores-centes. Para uma mesma quantidade de luz, conse-gue-se hoje, com 23 Watts de lâmpada LED, o que era necessário com 2 x 40 = 80 Watts de lâmpada fluo-rescente. A setorização de áreas é outra importante ferramenta da luminotéc-nica para se economizar energia”, diz.Já no que tange às to-

madas, percebe-se mui-ta preocupação do setor de equipamentos em só especificar dispositivos com alta eficiência ener-gética. Esta diretriz é para garantir a segurança dos pacientes, o atendimento suplementar às normas de execução, manutenção preventiva e preditiva e operação da ABNT, bom-beiros, concessionária, fa-bricante do HIAE, além de orientações, alertas, ide-ogramas, cursos e pales-tras”, finaliza.

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Diminuição de ruídos é um dos destaques na obrada nova torre do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

De alto padrão

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da Améri-ca Latina e é reconhecido pelo seu corpo

clínico renomado, e pelo conceituado serviço de assistência. Com área de internação para os pa-cientes Premium, possui apartamentos de mais de 70 m² para atendimentos de suas especialidades.A instituição atualmente conta com um projeto

de expansão, no qual reflete o compromisso do hospital com a melhoria contínua, oferecendo aos usuários atendimentos de acordo com padrões in-ternacionais de qualidade e segurança. As obras da nova torre (Bloco E) do Oswaldo Cruz

possui um investimento de R$ 240 milhões, no qual acrescentam 31.734,24 m² de área construída ao complexo hospitalar, ampliando também áreas estratégicas, como Centro Cirúrgico e UTI. O Bloco E possui 25 pavimentos entre andares e

subsolos. Sendo que 16 andares – destes, 11 são destinados às Unidades de Internação (o núme-ro total de leitos do hospital cresceu de 255 para 371 leitos). O prédio tem ainda um auditório com capacidade para 200 pessoas e cinco subsolos de garagem, acrescentando novas vagas ao comple-xo hospitalar. Segundo Paulo Vasconcellos Bastian, Superin-

tendente Executivo do hospital, a nova Torre foi projetada pensando em oferecer as melhores con-dições para a prática da Medicina, tanto do ponto de vista do paciente quanto dos profissionais que atuam no local. “Somos uma instituição compro-

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metida com as necessida-des de Saúde da popula-ção e atuamos pautados na melhoria contínua, ga-rantindo o melhor desfe-cho a todos os pacientes”, destaca. Bastian assegura que o

principal objetivo do pro-jeto foi de criar harmonia com as demais torres já existentes da planta do hospital. O local também foi planejado e executa-do dentro da certificação LEED Gold, utilizando um modelo virtual de edifí-cio padrão de referência, baseado na norma ameri-cana Ashare 90.1. “Como

resultado, nos cálculos finais foi obtida uma eco-nomia de cerca de 10% em relação ao modelo padrão, sendo esta uma das principais premissas para a certificação.”O hospital informa que

foram abordados todos os capítulos do manu-al LEED, na obra dentre eles: Terreno Sustentável, Energia e Atmosfera, Uso Racional de água, Mate-riais de Construção Civil e Qualidade do Ambiente Interno. O sistema pre-dial implementado teve os seguintes destaques: o de aquecimento de água

100%, através de painéis solares, estação de trata-mento de água de chuvas para reuso, central de ar condicionado com chillers de alto rendimento, siste-ma de automação predial para ar condicionado e utilidades e lâmpadas de alto rendimento, inclusive LED.Todos os resíduos da

obra foram transportados e descartados em locais devidamente legalizados para este fim. As empre-sas contratadas só eram devidamente remunera-das após a devolução de documentos que com-

“Em um espaço tão grande, facilitar a circulação é fundamental. Para isso foram construídos túneis de interli-gação entre os blocos para facilitar o fluxo dos profissionais e pacientes entre as torres.”

Paulo Vasconcellos Bastian, Superintendente Executivo do

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

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etal

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port

ante

provassem o descarte valida-do anteriormente.O superintendente diz que

implantar um edifício em meio a edificações já existen-tes no complexo hospitalar e em uma região de São Paulo como a Avenida Paulista, com várias restrições de acesso a veículos de carga, foi a parte de maior atenção. “Além dis-so, tivemos o cuidado evitar transtornos em nosso entorno e não interferir nas atividades do hospital” acrescenta.Para a execução desta obra,

foi necessário o envolvimen-to de uma quantidade mui-to grande de profissionais. A equipe de Engenharia do Hospital contribuiu de forma expressiva para o ajuste das

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina e se destaca nos serviços de alta complexidade. A instituição oferece uma das mais quali-ficadas assistências do Brasil e Corpo Clínico renomado, para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Comission International (JCI). No ano passado, foram realizados no hospital 22.233 procedimentos cirúrgicos, 18.687 internações e 67.992 consultas no Pronto Atendimento. Foram realizados também 172.295 exames no Centro de Diagnóstico por Imagem.

Referência na América Latina

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soluções. “Contratamos também empresas para projeto e consultoria; para apoio específico na exe-cução da obra, responsá-vel pela subcontratação e acompanhamento dessas empresas” afirma Bastian.Wilson Veiga, Diretor da

WV Construtora (empresa que participou da execu-ção do projeto para dimi-nuir os ruídos da obra da torre) afirma que o setor de engenharia do hospi-tal contribuiu de maneira bastante significativa nes-te trabalho. “Houve uma avaliação de nossas ações e orientação de quem co-nhece não só obra, mas

também o funcionamento específico deste hospital.”Segundo Veiga, o Plano

Logístico seguido pela construtora visava a con-tinuação dos serviços do hospital e o reforço nos cuidados com os acessos específicos para material, mão de obra e equipa-mentos de baixo ruído. Para o diretor, esta fase

da obra apresentou difi-culdades no setor de lo-gística e cuidados com a segurança do trabalho. “Nossos funcionários ti-veram o acompanhamen-to do nosso técnico de segurança, ao terem sua pressão arterial checa-

da diariamente por duas vezes, no inicio das ativi-dades matutinas e no re-torno após o almoço para apuração do Relatório de Risco da Atividade e libe-ração dos serviços”, res-salta Veiga.Os funcionários da cons-

trutora trabalharam em andaimes na fachada do edifício a 15m de altura. Este foi um dos pontos de segurança de maior aten-ção ao longo da obra. “A qualidade de nossos serviços foi assegurada, através de Laudo emiti-dos por empresa espe-cializada independente”, conclui.

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celê

ncia

Cuidando dos detalhesPara alcançar condições

de conforto, bem-estar e saúde em edificações hospitalares na disciplina acústica, o Hospital Osval-do Cruz adotou soluções sustentáveis para ambien-tes, como salas de recupe-ração, exames, cirurgia e apartamentos. “Essas so-luções auxiliam, principal-mente, quanto aos ruídos dos equipamentos ele-tromecânicos, exaustão / ventilação, ar condicio-nado, motor gerador de energia, chillers, motores bomba de pressurização

de água e outros”, explica o arquiteto Sergio Akker-man, da Akkerman Proje-tos Acústicos.Ao longo de 40 anos, a

empresa atua em áreas hospitalares com a pre-ocupação de proporcio-nar conforto ambiental à comunidade vizinha das instituições de saúde, também sujeita a incidên-cia dos ruídos de equipa-mentos instalados a céu aberto, 24 horas por dia. “Para isso, desenvolvemos estudos prévios como ma-peamento sonoro no qual

simulamos, através do sof-tware CADNA A 3D, que permite conhecer o cam-po sonoro, possibilitando a definição de fachadas, vedações externas (caixi-lhos + vidros) e a preven-ção com silenciamento dos equipamentos exter-nos, interferências, bases antivibratórias. Tudo atra-vés de projetos detalhados com soluções e materiais viáveis de acordo com as normas técnicas ambien-tais brasileiras e demais requisitos hospitalares”, afirma o arquiteto.

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ncol

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Hospital São José ganha Centro Avançado de Oncologia

Tratamento direcionado

Considerado o hospital Premium da Bene-ficência Portuguesa de São Paulo, um dos maiores complexos hospitalares privados

da América Latina, o Hospital São José foi inaugu-rado em 2007 e projetado para ser referência em oncologia, cardiologia, ortopedia e neurologia.No ano de 2010, a instituição foi acreditada pela

Joint Commission International (JCI), o que o colo-cou entre um seleto grupo de hospitais dispondo de serviços, atendimento e estrutura com padrões aprovados e reconhecidos mundialmente.Planejado para atender seus pacientes com os

mais modernos conceitos de hotelaria hospita-lar e gastronomia, além de rigoroso trabalho de prevenção de infecções e acidentes com a utiliza-ção de tecnologias de ponta, o Hospital São José tem orgulho de prestar atendimento referenciado pensando no bem-estar dos pacientes, médicos e colaboradores.O hospital possui mais de 23 mil m² distribuídos

em 9 andares, sete salas cirúrgicas e 65 leitos em estrutura moderna e completa para atuar na pre-venção, diagnóstico, tratamento e reabilitação da saúde dos pacientes. As UTIs e semi-intensivas são privativas, com janela, banheiro, poltronas para acompanhantes, ar condicionado e TV. O Hospital conta, ainda, com um moderno Centro de Diag-nóstico, onde os procedimentos cardíacos e neu-rológicos são realizados com equipamentos tridi-mensionais que garantem mais confiabilidade aos profissionais e pacientes.Para proporcionar mais comodidade e atendi-

mento direcionado aos pacientes oncológicos a instituição decidiu investir em um segundo bloco,

“Executamos a obra seguin-do as normas e legislações, respeitando o meio ambien-te, procurando causar o me-nor impacto a vizinhança e ao Hospital em funcionamento.” Luis Gonçalves, Luis Gonçalves, Diretor de obras da Construtora TODA do Brasil

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o Instituto de Oncologia. O Dr. Antônio Carlos Bu-zaid, renomado oncolo-gista, foi contratado para estar à frente do Centro Avançado de Oncologia, que está prestes a ser inaugurado.O Centro Avançado de

Oncologia do Hospital São José pretende ofere-cer atendimento Premium para pacientes particu-lares e planos de saúde A/B. A infraestrutura do espaço é completa, foram preparados dois andares de leitos para realização de quimioterapia, bem como locais específicos

para sua aplicação, além de consultórios médicos para prestar assistência completa aos pacientes com câncer.Como a edificação está

localizada ao lado do hos-pital em funcionamento, o planejamento e a logística das obras foram algumas das dificuldades do pro-cesso. “Executamos a obra seguindo as normas e le-gislações, respeitando o meio ambiente, procuran-do causar o menor impac-to a vizinhança e ao hos-pital em funcionamento”, diz Luis Gonçalves, Diretor de obras da Construtora

TODA do Brasil.Como os processos

são executados por uma construtora certificada nas normas ISO 9001 e 14001, durante a ges-tão da obra estão sendo aplicados todos os pro-cedimentos e requisitos ambientais. “Estamos tra-balhando de forma a ge-rar o mínimo possível de resíduos e aqueles gera-dos são destinados a lo-cais apropriados e certifi-cados para descarte e ou reciclagem”, comenta.Segundo Gonçalves, al-

gumas tecnologias estão sendo aplicadas na execu-

ção da obra, podendo-se destacar o sistema uniti-zado da fachada que con-siste em um conjunto pré--montado composto de perfis de alumínio, vidros insulados e vedações, ga-rantindo maior rapidez e segurança na execução e estanqueidade. “Para mensurar a qualidade durante os processos, na execução da obra a qua-lidade é atestada através da utilização de materiais certificados e procedi-mentos de execução con-forme normas pertinentes a este padrão de obra”, fi-naliza Gonçalves.

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adeq

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Instituição no Espírito Santo investe em mais espaço com processo coordenado

Regência do processo

Fundado em 2001, o Vitória Apart Hospital, localiza-do em Serra (ES) atua com o objetivo de ser referên-cia em medicina de alta complexidade. A instituição

oferece 217 leitos, todos os serviços de especialidades médicas e 96 consultórios.Alguns serviços fazem o diferencial do hospital. Um

deles é o fato de ser o único hospital privado do Es-tado com Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). Outro destaque é o programa de transplante de órgãos e tecidos, iniciado em julho de 2009, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde.O pioneirismo em cirurgias importantes faz com que o

hospital se torne uma instituição cada vez mais comple-ta. Um exemplo é a videocirurgia cardíaca e a técnica de

prótese reversa do ombro. Há também o serviço de neurocirurgia, que atua em todas as etapas do aten-dimento neurológico e o procedimento de radioci-rurgia, terceiro do país.A partir do conceito de

hotelaria, o cliente é trata-do como hóspede, com a proposta de oferecer con-forto, praticidade e segu-rança. Ele tem à disposição toda a infraestrutura de

um mini shopping.Para readequar as áreas

de apoio, como farmá-cia, lavanderia e nutrição, o hospital passou por um processo de expansão.Durante suas obras, a

instituição sempre levou em consideração o custo e a qualidade. Para isso a empresa gerenciadora dos processos, a Cubus Enge-nharia, afinou de maneira exata os projetos de ar-

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quitetura, engenharia e complementares como cálculo estrutural, elétrico, telefônico, incêndio, hidro-sanitário.“Após tudo estar afinado, as obras estruturais foram

divididas em seis etapas e realizadas em seis meses. Durante a construção do complexo algumas dificul-dades precisaram ser solucionadas, especialmente a coordenação do sistema de instalações dos diversos serviços, conta o Eng. Antonio Carlos R. Oliveira, Coor-denador do projeto.No projeto elétrico, por exemplo, houve preocupação

com o sistema de backup, com o projeto e implantação de geradores de segurança para garantia contínua de energia. Foi executada também uma usina de co-gera-ção de energia (gás e eletricidade). “Para cada serviço específico contou-se com a assessoria do fornecedor, como no caso dos gases medicinais”Apesar de não contar com certificação LEED, o projeto

do Vitória Apart Hospital considerou medidas de susten-tabilidade, como o reaproveitamento de águas pluviais para manutenção de jardins e limpeza externa, a maximi-zação da iluminação natural em todo o empreendimento e também o estudo de implantação de aquecimento de

água em todo o complexo com energia solar ou alter-nativa em gás natural.Além disso, durante as

obras alguns cuidados tam-bém foram tomados tam-bém com enfoque em sus-tentabilidade. “Minimizamos a quantidade de entulho uti-lizando massa pronta para reboco e lajota encomenda-da sob especificação. Opta-mos ainda por escoramen-tos metálicos eliminando grande parte dos resíduos de madeira. E o restante dos dejetos gerados foram cole-tados por uma empresa es-pecializada para dar destina-ção final adequada”, garante a Cubus.A tecnologia também fez

parte das obras da institui-ção, através da utilização dos mais modernos mé-todos construtivos. “No novo prédio em constru-ção, a Cubus preconizou a eliminação de todas as vigas, reduzindo etapas de trabalho, o pé direito e em consequência, menos vo-lume de alvenaria e a ex-tensão das escadarias”.Para garantir a qualidade

em todos os seus proces-so, a empresa gerenciado-ra revisava, semanalmente, todas as etapas da obra, tendo suas metas atualiza-das junto aos colaborado-res e parceiros, com análi-se crítica dos processos de construção e qualidade.

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