HEIDEGGER E O PROBLEMA DO ESPAÇO
Transcript of HEIDEGGER E O PROBLEMA DO ESPAÇO
Universidade Federal do Paraná - UFPRUniversidade Federal do Paraná - UFPRPrograma de Pós-Graduação em GeografiaPrograma de Pós-Graduação em Geografia
Turma DINTER UNIR-UFPRTurma DINTER UNIR-UFPRDisciplina: Estudos Avançados em Território, Representação e CulturaDisciplina: Estudos Avançados em Território, Representação e Cultura
Prof. Dr. Sylvio Fausto Gil FilhoProf. Dr. Sylvio Fausto Gil Filho
HEIDEGGER
E O PROBLEMA DO ESPAÇO
Edilene Chagas de OliveiraRosa Martins Costa Pereira
Zuila Guimarães Cova dos Santos
Porto Velho, outubro de 2012
" Um par de sapatos" (1886)
Vincent van Gogh
O ser Heidegger-no-mundoO ser Heidegger-no-mundoNasce:1889
Morre: 1916
Pai Fazedor de barrissacristão católico
MãeDecoradora da
Igreja
Interesse pela
Filosofia na educação
Básica
Excelente aluno de grego, latim e francês
Entrou na ordem dos Jesuítas, mas desistiu de ser padre
Obcecado pelo sentido do verbo SER e as variedades de seus usos
Habilitou-se para magistério em 1916
Casou se com Elfriede Petri
Amou Hannah Arendt Aderiu ao partido nazista
Imortalizou-se em O ser e o tempo
Proibido de lecionar
Renasce das cinzas
Aposenta-se
O CONTEXTO
Século XIX Século XX
Final do Séc. XIX e Séc. XX – Anos conturbados
O otimismo A Filosofia tem uma visão otimista da Ciência. “Saber para prever, prever para prover” Comte.
O Infinito. Herdeiro da tradição cristã – o mais importante sempre foi a ideia de infinito.
A decepção. A Filosofia desconfia das ciências.Vemos as guerras, os campos de concentração nazistas e estalinistas, as devastações, a poluição, as doenças, o aumento dos distúrbios e doenças mentais, os problemas éticos e políticos, etc... etc... O domínio militar das ciências.
A finitude. O homem é um ser para a morte (existencialismo).
A inquietação de Heidegger – existe um esquecimento do SER
A cabana onde Heiddeger escreveu a maior parte de Ser e Tempo
A Universidade de Freiburg, da qual Heidegger foi reitor, entre 1933 e 1934.
InfluênciasInfluências
Platão Aristóteles
Kierkegaard Nietzsche
Dilthey
InfluênciasInfluências
Seu mestre e criador do método fenomenológico,
Edmond Husserl (1859-1938)
Capítulo 5: Capítulo 5: A Angústia, a A Angústia, a Carne e o Carne e o EspaçoEspaço
Capítulo 6: Capítulo 6: O Espaço e o O Espaço e o Ser-ComSer-Com
Objetivo da ObraObjetivo da Obra
Seguir a construção do conceito de
espaço procurando fazer sobressair
dele a espacialidade incarnada,
tentativa que seria desprovida de
verdadeiro alcance se a mão não
transisse a língua e a conceptualidade
em que se expõe a própria questão do
ser
DaseinDasein
Ente existencial, relacionante.Ser-ente ser e mundoSer-aí homem jogado no
mundoUtensílios todas as coisas do
mundoLugar multiplicidade de
lugares, “ali”, “aqui”
Projeto humanoProjeto humanoSer – aí , é o homem se
relacionando com o mundo ( utensílios).É o homem que traz sentido ao mundo.
Heidegger descobre no homem alguns traços fundamentais característicos do seu ser, traços estes aos quais ele dá a designação de existenciais.
O primeiro existencial é o ser-no-mundo. Dasein é “ser-em-situação”, ser-aí (ser possível, aquilo que pode ser).
O dasein é o homem. O mundo é o homem e o homem é o mundo.
O segundo traço existencial característico do ser é a existência.
É a característica do homem de ser fora de si, por seus ideais, por seus planos, possibilidades. A natureza do homem, ou seja, sua essência, consiste na sua existência, esta precede e determina esta essência.
Heidegger afirmava que a existência é definida por essa característica do homem que é denominada transcendência .
A transcendência que o homem tem de ir além do vivido, da realidade fática, do empírico.
A problematização é buscar algo novo na área do conhecimento que se está pesquisando.
O terceiro traço existencial é a temporalidade.
Inquietação relativa ao tempo, tensão constante no Dasein.
Nesse sentido o homem é futuro, passado e presente. O homem só existe porque está essencialmente ligado ao tempo.
O passado: pré-compreensão do homem (parte de uma situação fática). É o sentir (modo de conhecer).
O presente: o homem faz uso das coisas que o cercam. É o discorrer (modo de conhecer)
O futuro: o homem se encontra além de si mesmo, nas suas possibilidades futuras. É o entender (modo de conhecer)
Entre os dois primeiros existenciais, ser-no-mundo e existência, a vida do homem será inautêntica ou autêntica, conforme deixar-se ele guiar pelo primeiro ou pelo segundo.
Vida inautêntica: o homem se distancia dele próprio, como se levado pelo destino. Ele esquece o ser. Envolvido numa séria de compromissos, procura sempre o ente e não o ser. Homem impessoal, da imitação. Cotidianidade.
Vida autêntica: Leva-a quem a assume como própria, quem a constrói segundo um plano próprio. Ultrapassa a angústia e retorna o destino em suas mãos
Outro existencial característico do ser é a morte. O ser está sempre nesta possibilidade (ela é dada como certa). O homem é um ser de possibilidades. Vai escolhendo realizá-las enquanto vive. Só a morte permite ao homem ser completo. O homem adquire consciência de sua sujeição à morte através da angústia.A angústia se faz presente quando o homem passa a assumir-se nesta projeção futura da morte. O projeto de vida do homem (projeto incompleto limitado pela morte que não pode evitar.A ansiedade abre o homem para o ser. O nada se revela na angústia (enfrenta o vazio). Sensação de não produção de coisas.
Três formulações sobre a Três formulações sobre a mortemorte
O pendente que se encontra na presença: “o ainda não”. Está contido na presença mesmo não real.
Chegar-ao-fim: ganhando a interface de não ser mais presença, na superação de algo pendente
Ao chegar –ao- fim: eliminando determinado modo de ser “não está mais à mão”.
A linguagem é a maneira como o homem se coloca no mundo.Ocupa um lugar especial na filosofia Heideggeriana, que a considera em relação com o ser na sua função ontológica. É no homem que o Ser vem à luz da consciência.
A LINGUAGEM
O Espaço em O Espaço em HeideggerHeidegger
Há uma espacialidade inerente à presença do homem-no-mundo ou à sua mundaneidade.
Podemos ver isso através das categorias advindas das práticas espaciais, como a da localização e da distribuição, da extensão e do habitat.
Essas categorias servem como suporte para o entendimento do modo geográfico de existência dos homens já que são categorias do em-si do espaço.
Mas o em-si liga-se ao para-outro e o espaço, numa perspectiva, é um eixo das coexistências.
Vídeo 2
Sendo assim, a relação do em-si-para-outro revela um tipo de experiência espacial/existencial que se desdobra num para-si sob a forma, não mais do habitat, mas da coabitação ou do recíproco pertencimento.
Este sentido que advém das experiências espaciais/existenciais revela o ser, é via de acesso ao mundo, âmbito do para-si ou da consciência.
O Espaço em O Espaço em HeideggerHeidegger
O pensamento de Heidegger é muito complexo e difícil, tanto pela linguagem hermética com a qual se exprime, quanto pelos desdobramentos pelos quais passou e temática tratada.
O homem consegue desvelar o ser através da problematização da realidade?
Como vou desvelar o ser que está oculto/velado no objeto de minha pesquisa científica?
Nossa angústias...