Hemorróida

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( htp : / www . v i vendasantanna . com . b r ) Hemorróida TRATAMENTO CAUSAL da HEMORRÓIDA RESUMO: A partir da fisiopatologia da hemorróida, a qual tem como causa a “hipertensão portal”, o autor desenvolveu um “tratamento causal” com a medicação antroposófica, cujo resultado tem demonstrado êxito em pacientes tratados com esta patologia varicosa. Pretende-se, neste trabalho, apresentar a argumentação que referenda esta tese, questionar a fisiologia do “fluxo contínuo” e propor um protocolo medicamentoso para esta afecção. UNITERMOS: Hemorróida, varizes hemorroidais, medicamentos antroposóficos. Medicina antroposófica. Todos os pacientes tratados nesta Clínica com hemorróidas tiveram recuperação total com o “tratamento causal” - a não ser um caso, que chegou à consulta com uma tumoração hemorroidal necrosada, do tamanho de um “limão grande”, sendo necessária a intervenção cirúrgica de urgência. Foi um longo caminho para se chegar a este “tratamento causal”, após vários insucessos, em querer tratar apenas o processo varicoso evidente, como preconiza a visão acadêmica-indutiva. Enquanto se fixou neste parâmetro externo, não se logrou êxito esperado. Somente após se debruçar na teoria da fisiologia da circulação venosa (de retorno ascendente, em vasos avalvulados), que se pode denominar, segundo este autor, teoria do fluxo contínuo1, é que se pôde compreender que a “congestão portal hepática” estava na gênese dessa afecção. Nesse sentido, pretende-se apresentar a argumentação que referenda esta tese, questionar a fisiologia do “fluxo contínuo ascendente” (como nota 1 no final do trabalho) e propor um protocolo medicamentoso para esta patologia. Serão citados três casos clínicos abaixo, como exemplos didáticos de procedimentos terapêuticos. 1. ETIOPATOGENIA As hemorróidas são dilatações varicosas do plexo venoso hemorroidário. “Em sua etiopatogenia intervêm fatores constitucionais, o sedentarismo, a constipação, gravidezes e partos e, como causa patológica, a hipertensão porta" (2) (grifos nossos). São classificadas em externas e internas. As externas aparecem como tumefações moles recobertas pela pele, arredondadas, de formato de uma “ervilha”, as quais são denominadas de “varizes anais”. Geralmente são assintomáticas, mas podem complicar, com formação de “ trombose hemorroidária externa ”, episódio esse, agudo e muito doloroso. As internas são flebectasias recobertas por mucosa e acessíveis a exploração digital como tumorações moles. A menos que se compliquem são geralmente assintomáticas. Quando há sintoma, a queixa clássica é de não ter esvaziado totalmente o reto após a defecação e/ou por pequenas perdas de sangue rutilante, regando o conteúdo

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Hemorróida

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    HemorridaTRATAMENTO CAUSAL da HEMORRIDA

    RESUMO: A partir da fisiopatologia da hemorrida, a qual tem como causa a hipertenso portal, o autordesenvolveu um tratamento causal com a medicao antroposfica, cujo resultado tem demonstradoxito em pacientes tratados com esta patologia varicosa. Pretende-se, neste trabalho, apresentar aargumentao que referenda esta tese, questionar a fisiologia do fluxo contnuo e propor um protocolomedicamentoso para esta afeco.

    UNITERMOS: Hemorrida, varizes hemorroidais, medicamentos antroposficos. Medicina antroposfica.

    Todos os pacientes tratados nesta Clnica com hemorridas tiveram recuperao total com o tratamentocausal - a no ser um caso, que chegou consulta com uma tumorao hemorroidal necrosada, dotamanho de um limo grande, sendo necessria a interveno cirrgica de urgncia.

    Foi um longo caminho para se chegar a este tratamento causal, aps vrios insucessos, em querer tratarapenas o processo varicoso evidente, como preconiza a viso acadmica-indutiva. Enquanto se fixou nesteparmetro externo, no se logrou xito esperado. Somente aps se debruar na teoria da fisiologia dacirculao venosa (de retorno ascendente, em vasos avalvulados), que se pode denominar, segundo esteautor, teoria do fluxo contnuo1, que se pde compreender que a congesto portal heptica estava nagnese dessa afeco.

    Nesse sentido, pretende-se apresentar a argumentao que referenda esta tese, questionar a fisiologia dofluxo contnuo ascendente (como nota 1 no final do trabalho) e propor um protocolo medicamentoso paraesta patologia. Sero citados trs casos clnicos abaixo, como exemplos didticos de procedimentosteraputicos.

    1. ETIOPATOGENIA

    As hemorridas so dilataes varicosas do plexo venoso hemorroidrio. Em sua etiopatogenia intervmfatores constitucionais, o sedentarismo, a constipao, gravidezes e partos e, como causa patolgica, ahipertenso porta" (2) (grifos nossos). So classificadas em externas e internas. As externas aparecem comotumefaes moles recobertas pela pele, arredondadas, de formato de uma ervilha, as quais sodenominadas de varizes anais. Geralmente so assintomticas, mas podem complicar, com formao de trombose hemorroidria externa , episdio esse, agudo e muito doloroso. As internas so flebectasiasrecobertas por mucosa e acessveis a explorao digital como tumoraes moles. A menos que secompliquem so geralmente assintomticas. Quando h sintoma, a queixa clssica de no ter esvaziadototalmente o reto aps a defecao e/ou por pequenas perdas de sangue rutilante, regando o contedo

  • fecal. Com o tempo tendem a prolapsar-se durante os esforos da evacuao, para depois reduzirem-se,com ajuda manual. Caso fiquem pendentes externamente, podem trombosar-se, surgindo a tromboflebitehemorroidria interna , que um dos acidentes mais dolorosos da doena hemorroidria. O edema peri-inflamatrio dificulta a reduo manual e freqentemente pode surgir necrose, como no caso excepcionalcitado acima, sendo necessrio ressec-las de urgncia.

    2. FISIOPATOLOGIA

    A hemorrida interna o motivo deste trabalho, pois corresponde a prolapso da tnica mucosa do reto, quecontm as veias normalmente dilatadas do plexo venoso retal interno. Elas correspondem, localmente, a umrompimento das tnicas mucosas musculares, uma lmina de msculo liso profundo tnica mucosa.Caso sofram prolapso atravs do canal anal, sero comprimidas no pedculo, pelos msculos esfincterianoscontrados, impedindo o fluxo sangneo; como resultado, tendero a sofrer estrangulamento, trombosar-see necrosar-se.

    Com relao ao sistema venoso nessa regio (3), existe rica anastomose entre as veias retais (superior,mdia e inferior) e os sistemas venosos portal e sistmico. A veia retal superior drena para a veiamesentrica inferior, cujo dimetro mais fino que a veia mesentrica superior. As veias retais mdia einferior drenam para a veia cava inferior.

    Apesar de haver uma derivao venosa para a via sistmica (v. cava), a causa do processo hemorroidrio imputada ao aumento anormal da presso no sistema portal, o qual por ser destitudo de vlvulas, faz comque ocorra uma presso endovenosa retrgrada. Ou seja, todo processo favorece complicaes (=hemorridas). Vamos abordar essas causas:

    1. O sangue venoso deve ascender do plexo retal at a veia porta, sem haver uma bomba propulsorasangnea na regio anal.

    2. Os calibres das veias mesentrica inferior e retal superior, por serem mais finos, devem favorecer aosistema de capilaridade, proporcionando a ascenso do sangue, numa viso mais mecnica.

    3. No entanto, como a capilaridade s explica a ascenso do lquido a uma distncia curta, no explica aelevao da seiva de uma rvore de grande porte, uma outra hiptese levantada pelo autor, tem a ver com ateoria do fluxo contnuo, a qual ser comentada abaixo no rodap, na nota nmero 1.

    4. Alm disso, pode-se aventar a hiptese de presso negativa venosa heptica, a qual tem a ver comtrabalho do fgado para bombear o sangue para veia cava inferior, gerando uma presso negativa do fluxoque vem de baixo, da Veia Porta. Nesse caso, o fgado funcionaria como se fosse uma bomba de suco,para o sangue que vem de baixo: do plexo hemorroidrico.

    5. Caso surja um congestionamento heptico, por motivo principalmente digestivo (nas dispepsiasfermentativa e putrefativa), congestionar-se- tambm o sistema portal e como conseqncia retrgrada, oplexo hemorroidrio ir se dilatar, fazendo surgir a hemorrida.

    3. CLNICA

    Geralmente o paciente adentra o consultrio com a clssica queixa de desconforto anal, dor ao evacuar,pequeno mamilo em forma de ervilha e, s vezes, pequeno sangramento que regam as fezes. Estas

  • queixas muitas vezes regridem e ao exame clnico no se visualiza nada de anormal na regio anal. Caso seintensifiquem estas queixas, num processo longo e repetitivo, que se denomina de crnico, podem estasvarizes hemorroidrias ser visualizadas ao exame, s vezes como pregas flcidas perianais. Em alguns casosh o relato de histria familiar e ligado alimentao copiosa, uso de temperos picantes, bebidas, etc.

    4. TRATAMENTO

    O tratamento convencional acadmico (4) das hemorridas no complicadas preconiza: 1) higiene retal, comevacuao diria e escrupulosa limpeza. 2) introduo de pomadas ou supositrios adstringentes,antiinflamatrios e anti-spticos. 3) ingesto de medicamentos protetores das veias base de castanha dandia, vitaminas, etc. E, nas complicaes, o tratamento cirrgico.

    O tratamento antroposfico realizado nesta Clnica, parte do pressuposto fisiopatolgico: hipertensoportal. No se furtar o uso de medicamentos locais, os quais so apenas coadjuvantes. O que se intentaaqui a verdadeira causa e ser congruente entre a teoria e a prtica mdica. E isso foi conseguido, comxito em quase todos pacientes tratados com esta conduta, como se comentou. Nesse sentido estetratamento eleger a congesto heptica como a causa primria desta patologia venosa. por isso seroprescritas injeespara o fgado, as quais so as mais importantes para o xito do tratamento. Osremdios antroposficos para a parede do vaso hemorroidrio e para o metabolismo fazem parte comocoadjuvantes do tratamento.

    5. CASOS CLNICOS

    Sero citados trs casos clnicos, no sentido de servir de simples exemplos conduta preconizada:

    1. S.M.G.V. sexo feminino, nascimento em 2.9.36, casada, residente nesta cidade. Consulta em 13.9.05:Hemorrida com sangramento profuso , h um ms. PA 160x100, colesterol 297, triglicrides 160, glicose 112e regio anal sem anormalidades. Com o protocolo medicamentoso preconizado neste trabalho, recuperou-se rapidamente em uma semana e na ltima consulta em 21.2.06 (seis meses depois), no queixou mais dahemorrida. Recorrendo ficha clnica, apresentou uma crise semelhante, mas sem sangramento, relatadana consulta de 26.11.04. Por apresentar outras queixas mais srias, como uma arritmia cardaca, otratamento para hemorrida ficou relegado, naquela poca, segundo plano, retornando agora commanifestao mais contundente: sangramento por 1 ms. Mas com o tratamento preconizado, noapresenta mais queixas. Se houver necessidades, utilizar supositrio de Stibium.

    2. A.P.M. sexo masculino, nascimento em 9.12.31, casado, residente nesta cidade. 1a primeira consulta em21.8.85: Hemorrida e ao evacuar apresenta pequeno sangramento. PA 140x90, colesterol 273, triglicrides155. Tratado na poca com o protocolo medicamentoso acima. 9 anos depois , em consulta de 6.8.94,retorno da queixa clssica de hemorrida. Repetido o mesmo procedimento medicamentoso. 10 anos depois, em consulta de 10.3.04, sem queixas dessa afeco. Atualmente assintomtico.

    3. A.M.F. sexo masculino, nascimento em 1.7.56, casado, residente nesta cidade. 1a consulta em 29.4.89:Hemorrida . PA 110x70, colesterol 195, triglicrides 200, cido rico 7,2. Tratamento com o protocolomedicamentoso antroposfico. ltima consulta 15.7.02, quase trs anos depois , sem queixas.

    COMENTRIOS

  • Aps vrias frustraes em tratar as hemorridas somente na sua manifestao externa, este autorprocurou se basear na fisiopatologia da hipertenso portal, com o intuito de desenvolver um tratamentocausal. Desenvolveu-se assim, um protocolo medicamentoso antroposfico, cujo resultado foi positivo. Epara referendar essa tese, procurou-se levantar os argumentos para justificar a estase do fluxo sangneoascendente.

    SUMMARY

    After several frustrating tries to treat hemorrhoids only by treating its external features, the author proposeda causal therapy based on physiopathology of portal hypertension. A protocol for anthroposophicaltreatment was developed and its positive results. Justification of ascending blood stasis was discussed.

    KEY WORDS: Hemorrhoids, anorectal varices, anthroposophical medicine, anthroposophical remedies.

    NOTAS

    1. Teoria do Fluxo Contnuo (proposta do autor): Os argumentos : No se deve formular a pergunta: quandocomeou o movimento? Essa pergunta no tem significado, porque o movimento no teve comeo nemter fim; o movimento eterno. Mesmo se se pegar o corao humano, como exemplo, ele no comea abater para movimentar o sangue, porque embriologicamente, antes de nascer o corao, o sangue j estem movimento e s depois de algum tempo, em um determinado lugar no embrio, que surgir o corao,como conseqncia do movimento sanguneo e no o contrrio. Portanto, primariamente o sangue quemovimenta o corao e s secundariamente, quando o sangue chega aos vasos de grande calibre (VeiaCava), ao cair no peso da gravidade, que ele precisar de uma fora de impulso, para lhe dar novoempurro, uma acelerada no sangue!

    Portanto, o sangue se movimenta sozinho nos capilares, sem nenhuma propulso, tanto que se se tirar,experimentalmente, o corao de um animal, o sangue sair pela Veia Cava e fica babando, fluindolentamente, mostrando que na periferia (capilares) o sangue se move sozinho. Seria mais certo dizerfluidez, movimento fludico; e este no comeou, mas existe ! Como a vida ; ela no comea, mas existe !O mesmo se observa nas rvores de grande porte, com mais de vinte metros de altura, que levam a seivaat aos pncaros dos menores galhos, para nutrir as suas folhas. No entanto a capilaridade fsica noexplica tudo, pois s se consegue subir o lquido a um metro de altura. Nas rvores, com milhes decapilares, a gua se eleva sem trabalho, porque dentro do capilar, a gua no tem peso; est liberada dasforas da gravidade e colocada sob a ao das foras da periferia ( foras vitais ou etricas ). O ponto deencontro em que o etrico (fora da periferia) se encontra com a gravidade (fora do centro da Terra) ocapilar.

    Na planta s se tm capilares, porque a organizao etrica necessita apenas de superfcie para atuar. Noanimal tm-se vasos grossos (unio de capilares) e vasos finos (capilares). So nestes capilares que existemos fluxos vitais, o que se pode denominar Teoria dos Fluxos contnuos , como prope este autor. Saindodos capilares, o sangue deveria parar. preciso a interposio de uma fora muscular (o corao), para daruma acelerada no sangue, que comea a perder o movimento pelo peso da gravidade. Os msculos sousados pelos animais (que possuem alma ), para realizar o movimento.

  • A concluso : Com esta argumentao dedutiva, procurou-se demonstrar que o mesmo processo ocorre nacirculao venosa retal. O fluxo sangneo ascende, contra a gravidade, sem problema algum, sob a aodas foras vitais ou etricas. Somente numa hipertenso portal, por motivos vrios, como os citados notrabalho, que haver congesto retrgrada nas veias retais, provocando a hemorrida.

    2. FARRERA e ROZMAN. Medicina interna . 9 ed. Rio de Janeiro : Koogan, 1979, v. 2, p.161.

    3. MOORE, K.L e DALLEY, A.F. Anatomia orientada para a clnica . 4. ed. Rio de Janeiro : Koogan, 2001,p.354.

    4. FARRERA e ROZMAN. Medicina interna . 9 ed. Rio de Janeiro : Koogan, 1979, v. 2, p.161.

    BIBLIOGRAFIA

    BOTT, V. Medicina antroposfica, uma ampliao da arte de curar , 2 ed. Juiz de Fora : ABR. 1984.

    FARRERA e ROZMAN. Medicina interna . 9 ed. Rio de Janeiro : Koogan, 1979, v. 2.

    GOODMAN e GILMAN, As Bases Farmacolgicas da Teraputica , 8 ed., Rio de janeiro : Koogan, 1991.

    GUYTON & HALL, Tratado de Fisiologia Mdica , 10 ed., Rio de Janeiro : Koogan, 2002.

    HARRISON, Medicina Interna , 13 ed. Mxico : Interamericana, 1995, v. 2.

    HUSEMANN, F. e WOLFF, O. A imagem do homem como base da arte mdica . So Paulo : ResenhaUniversitria, 1987. v. I, II e III.

    MARQUES, A.J. Repensar a Cincia . Rio Branco : Juiz de Fora. 1996.

    MOORE, K.L e DALLEY, A.F. Anatomia orientada para a clnica. 4. ed. Rio de Janeiro : Koogan, 2001.

    Dr. Antonio Marques

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