Henry James

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Henry James “The art of fiction” - Romance deve tentar competir com a vida. A arte deve reproduzir a vida, mas para isso é preciso liberdade. - Quer a arte literária que se aproxime ao máximo da vida. - O escritor deve tratar cada assunto com liberdade, mas com cuidado. - Para fazer literatura, é preciso observar, não ter a coisa real. - Observação --- Imaginação ---- Produce a reality - Quando o objeto de representação está muito próximo ao artista, a liberdade é castrada. - Muito da realidade para nós é representação, como a palavra. Literatura é linguagem, problematiza questão da representação de modo diferente. - “The real thing” é a ficcionalização da teoria de James The real thing - Projeção da narração: narrador antecipa o que aparecerá no desenrolar da narrativa - Modo pictórico de representação - Negatividade na visão da fotografia - Casal antiquado, aristocracia decadente - Imagem predeterminada do casal. Por muito tempo só se sabe aquilo que o narrador imagina. Projeta a partir de sua visão o que teria acontecido com o casal - Narrador fazia “victorian illustrations” – ilustrações para livros e revistas

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Henry James

“The art of fiction” - Romance deve tentar competir com a vida. A arte deve reproduzir a vida, mas para isso é preciso liberdade.

- Quer a arte literária que se aproxime ao máximo da vida.

- O escritor deve tratar cada assunto com liberdade, mas com cuidado.

- Para fazer literatura, é preciso observar, não ter a coisa real.

- Observação --- Imaginação ---- Produce a reality

- Quando o objeto de representação está muito próximo ao artista, a liberdade é castrada.

- Muito da realidade para nós é representação, como a palavra. Literatura é linguagem, problematiza questão da representação de modo diferente.

- “The real thing” é a ficcionalização da teoria de James

The real thing

- Projeção da narração: narrador antecipa o que aparecerá no desenrolar da narrativa

- Modo pictórico de representação

- Negatividade na visão da fotografia

- Casal antiquado, aristocracia decadente

- Imagem predeterminada do casal. Por muito tempo só se sabe aquilo que o narrador imagina. Projeta a partir de sua visão o que teria acontecido com o casal

- Narrador fazia “victorian illustrations” – ilustrações para livros e revistas

- Narrador deseja pintar, fazer arte elevada, mas precisa ilustrar para se sustentar

- Modelos geralmente são de classes bem mais baixas. Mas o novo casal de modelos são da aristocracia, são “the real thing” para determinado tipo de representação, de uma classe mais alta.

- Justamente por serem a coisa real, não servem para a representação. Isso impede que possua a liberdade de artista para criar.

- O que dava liberdade para o pintor representar era a modelo de classe mais baixa, que não era a coisa real, mas sabia representar.

- Ao mesmo tempo que percebe essa falta de liberdade de pintar o casal, está extasiado por ter encontrado aquele real.

- Não consegue representar a beleza que vê no casal.

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- Casal é vazio enquanto modelos, não tem conteúdo.

- Ser modelo pressupõe a exposição não daquilo que já é de si, mas modelar-se para representar aquilo que lhe é posto como função. Ser modelo não é ser, é reproduzir. O casal não reproduzia, apenas era, por isso como modelos eram ruins.