Hepatite E

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HEPATITE E

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Hepatite E

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Apresentao do PowerPoint

HEPATITE ECONCEITODoena causada pelo vrus HEV, denominada hepatite E, ou hepatite no-A no-B transmitida por via entrica;

No deve ser confundida com outras hepatites virais tambm denominadas no-A no-B, transmitidas por via parenteral;

A hepatite causada por HEV clinicamente similar ao quadro produzido por hepatite A (indisposio, anorexia, dor abdominal, artralgia e febre);

No h casos descritos de hepatite E crnica;ETIOLOGIAO vrus da hepatite E uma partcula com um dimetro de 32 a 34 nm, que pode ser encontrado nas fezes durante a fase aguda precoce da infeco;

O HEV possui uma estrutura muito similar ao Calicivrus, causadores de diarreia no homem;

O vrion apresenta forma esfrica e no possui envelope lipdico;

Trata-se de um vrus RNA composto de trs regies de leitura genmica: ORF1, ORF2 e ORF3;

TRANSMISSOVIA ENTRICA;

O principal modo de transmisso do vrus por gua contaminada e pessoa-a-pessoa, por via fecal-oral, existindo tambm a possibilidade de ser transmitido por alimentos contaminados;

O HEV o segundo vrus de transmisso fecal-oral com hepatotropismo confirmado, aps o vrus da hepatite A;

EPIDEMIOLOGIA

EPIDEMIOLOGIAO vrus da hepatite E foi o agente etiolgico responsvel pelo surto da doena nas dcadas de 1950 e 1960 em Bombaim e Calcut;

Na dcada de 1970, o HEV foi responsvel por surtes na Tunsia, Marrocos e Arglia;

O sudeste asitico apresenta endemicidade do vrus HEV, este agente viral seria transmitido por gua contaminada, principalmente nas pocas de grandes chuvas e inundaes;

Identificou-se o HEV em porcos, galinhas e retos, sugerindo que o vrus tambm pode manter-se como zoonose, com amplas possibilidades de disseminao ambiental;

QUADRO CLNICOO perodo de incubao do vrus varia entre 15 e 65 dias, com mdia de 40 dias. De maneira semelhante ao HAV, o HEV excretado nas fezes durante a semana que precede as manifestaes clnicas da doena, diminuindo significativamente sua eliminao fecal aps a primeira semana que se segue ictercia;

Durante a fase aguda no h peculiaridades clnicas que permitem diagnosticar a hepatite E sem a sorologia especfica;

QUADRO CLNICOA taxa de letalidade semelhante da hepatite A, ou seja, entre 0,1 e 1%, exceto em grvidas, onde a taxa pode alcanar 20% entre aquelas infectadas durante o terceiro trimestre de gestao;

As formas anictricas predominam, dificultando o diagnstico da infeco na fase aguda da doena;

No h casos descritos de hepatite E crnica, geralmente, ela apresenta resoluo espontnea aps 2 a 6 semanas, embora existam formas colestticas prolongadas da doena; DIAGNSTICOO diagnstico baseado em caractersticas epidemiolgicas de surtos e por excluso de viroses de outras hepatites por testes sorolgicos.

A confirmao requer a identificao de partculas do vrus por microscopia eletroimune em fezes de pacientes com a doena em fase aguda; >>>>> FASE PRODRMICA

O diagnstico especfico tambm pode ser feito pela deteco de anticorpos IgM contra o HEV no sangue; >>>>>FASE AGUDA INICIALTRATAMENTONo h tratamento especfico para a hepatite E. Quando no ocorre a forma fulminante, a doena evolui para a cura espontnea;

No h necessidade de dietas especiais ou repouso exagerada (crendices e tabus). Deve-se permitir dieta livre de acordo com a aceitao do paciente;

Antiemticos podem ser usados conforme a demanda, na fase aguda, enquanto que complexo vitamnicos no parecem influenciar a evoluo da doena e no devem merecer prescrio rotineira;

HEPATITE E NO BRASILNo Brasil, desde a dcada de 1990, alguns grupos de pesquisa em Hepatologia tm trabalhado com estudos epidemiolgicos sobre o vrus da Hepatite E. Em Salvador-BA, um inqurito epidemiolgico utilizou kits anti-HEV para detectar exposio previa ao vrus E. Neste inqurito, observou-se que 2,2% da populao de Salvador tinha evidncias de contato prvio com o vrus, todavia na entrevista com esses pacientes, no havia referencia na histria clnica de hepatites aguda sintomtica;

Posteriormente, grupos do Mato Grosso, Rio de Janeiro e So Paulo mostraram resultados semelhantes;

Reportagem publicada por Folha de So Paulo em 24/08/10

REFERNCIASPARAN, Raymundo; SCHINONI, Maria Isabel. Hepatite E. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Salvador BA, v. 35, p. 247-253, mai-jun 2002.

SECRETARIA DE SADE DE SO PAULO, Manual de Doenas Transmitidas por Alimentos. INFORME-NET DTA, So Paulo SP, jul 2010.

SECRETARIA DE VIGILNCIA EM SADE. A, B, C, D, E de Hepatites para Comunicadores. Ministrio da Sade, Braslia DF, 1 ed. 2005.

FOLHA DE SO PAULO, Acesso em 04 de abril de 2015.