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Namorado Fantasma, por Leandro Leão

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NAMORADO

FANTASMA


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Aviso:

Esta obra está disponível somente para leitura qualquer ação de representação em palcos colégios e afins deverão ter a devida autorização do autor.

LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.


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NAMORADO FANTASMA

Personagens Margarida Ricardo Georgio Frida Luiz Zafir Dito Feito


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NAMORADO FANTASMA

COMEÇA TOCAR UMA, ENTRA MÙSICA

RICARDO E FRIDA.

GEORGIO – Frida! Porca miséria desliga esse rádio càspita. FRIDA – Georgio! Pare de implicar com tudo, estamos apenas nos divertindo. GEORGIO – Io no brigaria se parassem de escutar essas benditas músicas eco. RICARDO – Mas papa, esse è o ùnico meio de nos divertir. FRIDA – Ele tem razão georgio, faz tempo que no vem ninguém a esta casa. RICARDO – É isso mesmo mama, o último que veio aqui, nós botamos para correr e deixou este som. GEORGIO – Vabene, ma agora vamos voltar a nos divertir. FRIDA – Divertir? RICARDO – Ma como? GEORGIO – É chegou uma ragatsa para morar aqui em nostra casa. FRIDA – Vamos nos divertir como nunca. RICARDO – Io no agüentava mais de tanto tédio. FRIDA – Mio banbino, espero que no tenha esquecido os truques que aprendemos. RICARDO – Ma è claro que no mama. FRIDA – Ma Georgio como você sabe que chegou alguém.


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GEORGIO – È que io no fico escutando essas benditas músicas e fiquei olhando pela janela e vi quando ela chegou. - Agora me vamos que ela está chegando. (FANTASMAS SAEM ENTRAM LUIZ E MARGARIDA) LUIZ – Bem aqui está como seu avô deixou em seu testamento, aqui é a sala, para lá fica os quartos agora a casa é sua. MARGARIDA – Nossa faz tempo que ninguém entra nesta casa depois mudar algumas coisas e aproveito e dou uma limpada faz tempo que não entra ninguém aqui? LUIZ – Seu avô pegou esta casa como parte de uma dìvida nunca á usou, até chegou a vir para ca não se sabe o motivo, não quis morar aqui. MARGARIDA – Essa casa me da arrepios vai difìcil ficar sozinha aqui. LUIZ – Esqueci de mencionar, você deve arrumar um marido. MARGARIDA – Porque? LUIZ – Talvez ele não imaginava que sua neta herdaria essa casa tão cedo, e para retirar s escritura, preciso da assinatura sua e de seu marido, caso algo esteja incompleto, não será possível a liberação dos documentos. MARGARIDA – E eu não tenho outra escolha?


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LUIZ – Não caso você não se case no prazo de trinta dias a casa será leiloada, e o dinheiro irá para empresa de advocacia dos Monteiros. MARGARIDA - Quem são esses? LUIZ – Sr. Monteiro era sócio de seu avô, ele morreu alguns anos dele, no caso o dinheiro do leilão ficará com seus herdeiros. MARGARIDA – Quando meu avô fez este testamento, nem imaginava o bem que estava fazendo, agora sem meus pais e ainda desempregada, que bemção! Se perder essa casa não terei onde morar. LUIZ – Eu não posso fazer nada a respeito, agora preciso ir embora, tenho uns trabalhos para fazer, adeus margarida. MARGARIDA – Tchau Luiz, obrigada. LUIZ – Cuidado, eu ouvi dizer que esta casa é mau assombrada. MARGARIDA – Assombrada? Acho que foi brincadeira, bem è melhor começar a dar uma arrumada aqui, nossa quanto pó. ZAFIR – Oi de casa. MARGARIDA – UI! Que susto, oi! ZAFIR – Eu sou sua vizinha, vi que estava chegando uma morador novo vim verse não quer uma ajuda. MARGARIDA – Muito obrigada entre. ZAFIR – Meu nome è Zafir. MARGARIDA – Eu sou margarida. Desculpe não oferecer um cafezinho, mas como pode ver acabei de chegar. ZAFIR – Imagine, nem quero incomoda-la, você veio com sua família?


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MARGARIDA – Não sou sozinha, perdi meus pais. ZAFIR – Meus pesamis, mas você comprou aqui? MARGARIDA – Não, eu herdei essa casa de meu avô, faz muito tempo que você mora por aqui? ZAFIR – Desde que nasci, e você é a primeira pessoa que vem parar morar aqui, até apareceu uns aqui, mas não sei o motivo não ficam um dia se quer, bem parece que você vai ter muito trabalho aqui. MARGARIDA – É verdade. ZAFIR – Minha casa é aqui no lado, se precisar de alguma coisa è só chamar. (VÀRIOS BARULHOS E GRITOS ASSUSTAM MARGARIDA) MARGARIDA – Oque é isso? Zafir? LUIZ – Você está condenada, ha, há, há... MARGARIDA – Eu vou sair daqui! RICARDO – Buuuuhhh!!! GEORGIO – Ahhh!!! FRIDA - Onde ela está? GEORGIO – Ma, io escutei ela chegar! RICARDO – E ela estava acompanhada, iria ser mais divertido. GEORGIO – Agora temo que arrumar um novo plano de ataque. FRIDA – Espero que ela não vá embora nunca nos divertimos tanto nesta casa.


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RICARDO – È eu adoro assustar mulheres elas ficam estèricas. GEORGIO – Ma para onde serà que ela foi? FRIDA – Io no sei sò espero que ela volte. RICARDO – Eu também, pois a única coisa que temos para nos divertir foi este som que nos deixaram, se pelo menos ela deixasse alguma coisa para nos divertir. GEORGIO – Quem sabe ela foi buscar as coisas dela. FRIDA – Tomara, bem vamos esperar. (OS FANTASMAS SAEM ENTAM MARGARIDA E ZAFIR) MARGARIDA – Dona Zafir, a senhora pode não acreditar, mas estou dizendo a verdade eu ouvi barulhos estranhos. ZAFIR – Margarida, sua solidão nesta casa deve ter causado um medo enorme, por isso sua imaginação criou os fantasmas. MARGARIDA – Pode ser, mas pareceu tão real. ZAFIR – Nossa mente è capaz de coisas incríveis, mas para você ficar mais tranqüila, eu posso ficar com você esta noite, e mostrar que fantasmas não existem. MARGARIDA – Você ficaria? ZAFIR – Mas è claro, em casa pegar algumas coisas e já volto. (MARGARIDA ESCUTA VÀRIOS BARULHOS PELA CASA)


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MARGARIDA – Mas que barulhos são esses? Ai meu deus, são os mesmos barulhos que ouvi antes, isso deve ser minha imaginação, Zafir deve ter razão. RICARDO – Moça tem compromisso para esta noite? MARGARIDA – Se eu o que? RICARDO – Buuuhh!!! MARGARIDA – Fantasma, socorro Zafir! (MARGARIDA CORRE PARA TODOS OS LADOS E DESMAIA COM O SUSTO DE GEORGIO) RICARDO – Ih mama, io acho que ela morreu. GEORGIO - Que nada, ela apenas desmaiou. FRIDA – Dio mio, io acho que exageramos desta vez. GEORGIO – Que nada càspita, nós existimos para assustar os mortais. RICARDO – Mas ela è tão bonita, faz tempo que não vejo uma moça tão bonita assim. FRIDA – Georgio se no tivesse acontecido aquele achidente conosco nostro filho estaria casado. GEORGIO – Eco, isso è uma grande besteira. RICARDO – Isso è porque você não ficará seco para o resto da eternidade. FRIDA – Ele tem razão. GEORGIO – Parem de falar besteiras, vamos embora antes que ela acorde.


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(OS FANTASMAS SAEM) MARGARIDA – Ai que dor de cabeça, onde estão os fantasmas? Eu acho que foram embora, serà que nunca consiguirei ficar nesta casa, com esses fantasmas me assombrando ou serà que estou ficando louca? O que è isso? Um jornal de 1800, nossa, isso tem 200 anos, vamos ver oque diz aqui, descarrilhamento de trem, família Fernão morre em descarrilhamento de trem Georgio Fernão, juntamente com sua mulher Frida e seu filho Ricardo serão enterrados neste sábado, atè que esse rapaz era bonitinho. Isso não è hora de ficar vendo tragédias, já não basta estas coisas esquisitas que estão acontecendo aqui. Nossa que dia! Se contar ninguém acredita. (ZAFIR ENTRA) ZAFIR – Pronto já peguei minhas coisas. MARGARIDA – Zafir, agora pouco... bem você não vai acreditar mesmo. ZAFIR – Acreditar em que? MARGARIDA – Nada. Não sei como agradecer por tudo oque você está fazendo por mim. ZAFIR – Imagine, não è nada. MARGARIDA – Eu estou exausta vou me deitar.


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ZAFIR – Eu também vou. (ENTRAM GEORGIO E RICARDO) GEORGIO – Ainda bem que elas me foram assi a sala poderá ficar sò para nós. RICARDO – Pai? GEORGIO – Oque è Ricardo? RICARDO – Olha sò oque aquela moça achou, o jornal com a notícia daquele acidente. GEORGIO – Deixe – me ver, ah, deixe isto para lá. RICARDO – Pai como você consegue fazer isso e eu não? GEORGIO – Filho, és apenas um banbino, mas quando for um homem de verdade, ou melhor, fantasma de verdade poderá fazer isso. ma mudando de assunto io adora a note. RICARDO – Pois eu prefiro o dia, assim podemos nos divertir. (ENTRA FRIDA) FRIDA – Pois podemos fazer isto agora, que tal irmos atè os quartos fazer uma brincadeirinha? RICARDO – É uma ótima idéia! GEORGIO – É ma vamos caprichar para esta ragatsa ir embora de una vez. FRIDA – Àquela moça achou o jornal com a notícia daquele acidente.


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GEORGIO – No fique lembrando destas coisas mulher. FRIDA – Io no posso evitar. RICARDO – Calma mama, um dia seremos uma família feliz novamente. GEORGIO – Ma me pare de falar tanta besteira Dio santo. FRIDA – Tem alguém entrando. RICARDO – Vamos nos esconder! GEORGIO – Não da mais tempo! (OS TRÊS FICAM COMO ESTÀTUA) DITO – Olha sò que casa mais velha não è Feito? FEITO – È verdade feito, devem ter várias coisas antigas e valiosas aqui, não è Dito? DITO – Vamos logo não temos a noite inteira. FEITO – Olha aquelas velharias ali, deve valer alguma merreca. Fique olhando se não entra ninguém que eu vou passando as mercadorias e você vai colocando no saco. Oque você está fazem seu idiota? FEITO – Eu to colocando no saco oras. DITO – Neste não seu imbecil, esquece, vai limpando tudo ai enquanto eu olho se não vem ninguém. FEITO – Tudo eu, tudo eu, mas que inferno. DITO – Oque você está fazendo seu burro! FEITO – Limpando oras, e bem que está precisando, isso aqui deve estar cheio de


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ácaro, duvido que debaixo deste tapete não tenha um rato morto. DITO – Esquece Feito, aqui não tem nada para roubar mesmo, olha sò que estàtuas mais bonitas. FEITO – Eu não gostei muito, mas acho que deve valer alguma coisa. DITO – Feito! FEITO – Oque è Dito. DITO – Olhe que estátua mais esquisita, oque serà isso? FEITO - Isso è algo indefinidamente indefinido. DITO – Eu nunca vi nada igual, aliás, vi sim olha aquela outra. Essa aqui è muito parecida com aquela. FEITO – Mas porque serà que fizeram essa pela metade? DITO - Pois è Feito, mas quem fez esta ai foi burro podia pegar a sobra desta aqui e terminas essa outra. FEITO – Dava para fazer mais duas. DITO – Eu acho que depois que fizeram essas duas feias deste jeito deve ter desistido. O meu pare com isso. FEITO – Oque foi que eu fiz? DITO – Eu sei que è difícil, mas não faça essa cara de bobo. FEITO - Se você fizer isso novamente vou te dar um tabefe. DITO – Que tabefe nada você fica ai com essa mão boba. FEITO – Cale a boca e trampa.


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DITO – Eu trabalharia se você parasse com essa mania... Feito a estátua se mexeu! FEITO – Pare de ser idiota eu nunca vi estátua se mexer. DITO – Eu concordo que estátuas não se mexem, mas que ela se mexeu, mexeu, Feito ela se mexeu novamente! FEITO – Olhe Feito esta estátua è feita de pedra, e pedra è a negação do movimento, para você ficar mais tranqüilo pegue na minha mão. DITO – Nossa que mão mais gelada a sua. FEITO – A sua tà que parece um iceberg. DITO – Porque serà? GEORGIO – Ràràràrà!!! DIT, FEI – Fantasma!!! RIC, FRI – Ràràrà!!! GEORGIO – Vocês viram a cara daqueles dois? FRIDA – Há tempos que no me divertia tanto. TODOS – Aràràrà!!! (SAEM OS FANTASMAS ENTRA MARGARIDA) MARGARIDA – Nossa que barulheira foi essa? Zafir? ZAFIR – Oque foi? MARGARIDA – Você não ouviu? ZAFIR – Você de novo com essa história de ouvir barulho. MARGARIDA – Mas eu ouvi sim, acho que essa casa tem fantasmas.


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ZAFIR – Sente aqui, eu entendo destas coisas de fantasmas e assombração, eu posso te ajudar. MARGARIDA – Estas coisas existem mesmo? ZAFIR – Sim. MARGARIDA – Mas você estava tentando me convencer do contràrio. ZAFIR – Este è meu trabalho, eu estudo essas coisas, sò disse aquilo para você deixar eu dormir aqui, este casarão è uma ótima fonte para minhas pesquisas. MARGARIDA – E oque eles querem? ZAFIR – È difícil dizer, eles podem estar presos aqui, pois algum deles deixou de fazer alguma coisa importante ou então estão simplesmente amaldiçoados a assombrar esta casa. MARGARIDA – Você pode espulsà – los? ZAFIR – È claro que sim, eu sou a maior paranormal que existe. MARGARIDA – Então comece sua feitiçaria. ZAFIR – Dei – me sua mão, espíritos que assombram eu madame Zafir ordeno que abandonem esta casa e deixe Margarida em paz, sim madame Zafir, você è muito poderosa nós vamos embora, você é muito poderosa! Pronto está feito. MARGARIDA – Você conseguiu? ZAFIR – Foi difìcil, gastei todas as minhas energias, mas agora você ficara em paz. MARGARIDA – Muito obrigada! Quanto é pelo seu serviço?


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ZAFIR – Nada, afinal foi eu que me ofereci para ajudar. MARGARIDA – Que bom. ZAFIR – Mas por ter que recarregar minhas energias R$500,00. (quinhentos reais) MARGARIDA - R$500,00 (quinhentos reais) só para recarregar as energias? ZAFIR – Você sabe como é, incensos importados, pedra de quartzo, raízes e outros materiais. MARGARIDA – Bem, você expulsou os fantasmas eu acho que é justo, mas eu não tenho esse dinheiro. ZAFIR – Esta bem eu gostei de você, pode pagar depois. Bem já amanheceu vou lá dentro. (ZAFIR SAI) FRIDA – Zafir mentirosa! RICARDO – Zafir enganadora! GEORGIO – Zafir farsante! RIC, GEO, FRI – Rararara!!! MARGARIDA – Essa não eles não foram embora, precisão sair daqui! (MARGARIDA SAE CORRENDO E ZAFIR TELEFONA) ZAFIR – Hei Margarida, volte aqui! Essa moça deve ter problemas. Oi sou eu Zafir, está tudo bem, quero dizer estava, ela saiu correndo com medo de


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fantasmas, ela não bater bem, tá, tá, eu sei que tenho que fazer ela confiar em mim vai dar tudo certo, pode deixar, depois te ligo. (ASSIM QUE ZAFIR SAI ENTRAM OS FANTASMAS) GEORGIO – Perque deixou ela escapar. FRIDA – Devia – mos dar um belo susto, para ela nunca mais brincar com a gente. RICARDO – Na próxima ela não escapa. FRIDA – Vem vindo gente ai. GEORGIO – Ma que saco agora não para mais, estava melhor quando estávamos sozinhos. FRIDA – Má tudo você reclama! GEORIO – Vamos temos que botar essa gente para correr. RICARDO – Mas papa porque temos que assustar essa pessoas? GEORGIO – Ma, serà o benedito, quanta vez eu já disse que existimos para atormentar os mortais, no sei de onde esse menino tirou essa mania de fazer amigos mortais. FRIDA – Seu pai tem razão Ricardo se deixarmos que as pessoas fiquem aqüi na primeira oportunidade irão destruir nostra casa. GEORGIO – Agora me vamos. (OS FANTASMAS SAEM, ENTRAM LUIZ, DITO E FEITO)


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LUIZ – Serà que vocês são tão burros assim? FEITO – A culpa è do dito. DITO – A culpa è do Feito. LUIZ – Não interessa de quem è a culpa, eu falei para vocês virem roubar a casa para que a moça pensasse que morar aqui è perigoso e nem isso vocês conseguem fazer? FEITO – Mas tinha duas estátuas que se mexiam. DITO – È e elas saíram voado no nosso cangote. FEITO – E tinha mais dois fantasmas. DITO – Você precisava ver que orrìveis. LUIZ – E onde estão estas estátuas que eu não estou vendo. FEITO – Uma estava aqui assim... DITO – A outra estava aqui assim... LUIZ – Vocês são mesmos uns imbecis, eu não estou vendo estátua nenhuma. FEITO – Mas chefe eu vi, uma estava aqui assim... DITO – Eu também, a outra estava aqui assim... LUIZ – Vocês são mesmos uns idiotas ficam ai se assustando com qualquer coisa atè parece que nunca entraram numa casa velha antes. FEITO – Mas chefe... LUIZ – Calem a boca! Eu sim tive uma nova estratégia para assustar a moça. DIT, FEI – Que idéia? LUIZ – Ontem entrei de fininho aqui e fiz uns barulhos bééé!!! buuuu! e ela morreu de medo.


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FEITO – Atè eu me assustaria não è Dito? DITO – Nossa! Que susto não faça mais isso se não posso morrer do coração. LUIZ – Parem de falar besteiras e deixe terminar, vocês vão fazer o seguinte, vão colocar lençóis brancos e... E então oque acharam da idéia? DITO – Eu preferia brincar de pic esconde, tá com você. (FEITO) FEITO – Tá com você. (DITO) DITO – Tá com o chefe. LUIZ – Parem com isso seus imbecis, e vão se preparar, e vê se fazem certo desta vez, me arrumam cada um! (ENTRA MARGARIDA) MARGARIDA – Luiz? LUIZ – Desculpe, te assutei? MARGARIDA – Com essa sua carinha è meio difícil não se assustar, quero dizer, é que ando meio assustada. LUIZ – Bem preciso que você assine estes documentos para dar entrada nos papeis. MARGARIDA – Está bem, pode deixar aqui, vou ler e depois assino, você pode pegar mais tarde? LUIZ – É claro que sim, você poderia me arrumar um copo com água. (MARGARIDA SAI E LUIZ PEGA O CELULAR)


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LUIZ – Alô, sò falta pegar o documento, exato, depois te ligo. MARGARIDA – Aqui está. LUIZ – Muito obrigado. (ENTRA ZAFIR) MARGARIDA – Oi Zafir, este è o Luiz, ele è quem está arrumando toda papelada da casa para mim. ZAFIR – Prazer Luiz. LUIZ – Muito prazer, bem me desculpe, mas já estava de saída. MARGARIDA – Que bom que você apareceu Zafir, que brincadeira foi aquela? ZAFIR – Mas oque foi? MARGARIDA – Ah, oque foi? Esta casa continua assombrada, você não fez porcaria nenhuma. ZAFIR – Calma Margarida, deixa eu te explicar. MARGARIDA – Explicar oque? ZAFIR – Olhe eu não sou nenhuma paranormal, aliás, eu continuo achando que essas coisas que você anda vendo è tudo imaginação sua, mas fazendo aquela sessão eu sò queria ajuda – la a esquecer esses fantasmas, talvez se você acreditasse que eles tivessem ido embora pararia de ver essas coisas, intendeu agora? MARGARIDA – Tudo bem! Mas que tem assombração tem!


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ZAFIR – Está bem, eu não vou contraria – la mais, me desculpe pela brincadeira, eu sò quis ajudar. MARGARIDA – Deixe para lá. O Luiz deixou esses documentos para mim, mas eu não entendo nada destas coisas. ZAFIR – Se você quiser eu posso te ajudar, eu curso direito e entendo dessas coisas de testamento. MARGARIDA – È sério mesmo? Ou è outra brincadeira? ZAFIR – Com fantasmas da para brincar, mas com isso não, esta casa deve valer muito, è muita responsabilidade. MARGARIDA – Está bem, afinal você tentou me ajudar. ZAFIR – Vou levar isto, vou examinar e depois te trago. (ZAFIR SAI) MARGARIDA – Que bom que encontrei uma boa vizinha. Nossa esses livros devem estar aqui há muitos anos. Quem será que era o dono? Georgio Fernão? Espere ai eu já vi este nome? Eu não estou ficando louca eles moravam nesta casa. (OUVE – SE BARULHOS)


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MARGARIDA – Ai meu deus, denovo esses barulhos! (OS FANTASMAS ESTRAM E MARGARIDA COMEÇA A CHORAR) RICARDO – Mama papa, a moça está chorando. GEORGIO – Ela deve estar com muito medo. RICARDO – Io acho que não è nada disso. FRIDA – Acho melhor deixar – mo ela em paz. GEORGIO – Que nada a diversão apenas começou eco. FRIDA – Nada disso Georgio, Ricardo tem razão. RICARDO – Nos desculpe moça, não vamos mais lhe importunar. MARGARIDA – Espere! RICARDO – Oque quer moça? MARGARIDA – Por que estravam me assustando? GEORGIO – Perque no queremos que destruam nostra casa. FRIDA – Temos medo que alguém venha e construa coisas como aquela que tem do outro lado da rua. RICARDO – Lá já foi à casa de um parente nostro. MARGARIDA – Aquilo se chama prédio, e eu não vim destruir a casa de vocês, eu vim para morar aqui. FRIDA – Morar aqüi?


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MARGARIDA – É, mas só poderei conservar a casa se me casar. RICARDO – Quer dizer que você não vai destruir a casa? MARGARIDA – Não, pois è o ùnico lugar que tenho para morar. FRIDA – Georgio, nós julgamos mal a moça. GEORGIO – Si moça, não incomodaremos mais, assim poderá arrumar alguém para se casar càspita. MARGARIDA – Vocês podem perambular pela casa quando quiserem, sò que quando chegar alguém vocês se escondem. FRIDA – Io acho una boa idéia. RICARDO – Si papa, nós teremos a casa e ela também. GEORGIO – Eco, vabene. RICARDO – Prazer eu sou Ricardo e esses são meus pais Georgio e Frida. MARGARIDA – Meu nome è Margarida. GEORGIO – Ma ela sò pode ficar com una condição. FRIDA – Ma oque è agora Georgio! GEORGIO - Vamos comemorar! (TODOS DANÇAM) MARGARIDA – Nossa que loucura, se eu contar ninguém vai acreditar. FRIDA – Margarida? MARGARIDA – UI! Desculpe, eu não me acostumei com isso ainda, aproveitando que estão os três aqui vou avisar, que vira aqui


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hoje o Luiz, ele está cuidando da documentação para mim, e talvez vira minha amiga Zafir. FRIDA – Está bem bambina, nós já sabemos oque fazer. RICARDO – Boa sorte Margarida. MARGARIDA – Obrigada. GEORGIO – Vamos que vem gente ai. ZAFIR – Oi Margarida, já examinei estes documentos, você pode assinar que está tudo em ordem. MARGARIDA – Que bom, muito obrigada Zafir. ZAFIR – Ora, imagine, amiga è para essas coisas, e ai nada mais de fantasmas? MARGARIDA – È, bem, acho que você tinha razão, era minha imaginação. (OUVE – SE BARULHOS) LUIZ – Saia desta casa! DITO – Bèèè!!! FEITO – Mòòò!!! ZAFIR – Oque è isso? MARGARIDA – Não acredito, eles prometeram parar. (ENTRAM DITO E FEITO VESTIDOS COM LENÇÒIS) ZAFIR – Eles quem? Fantasmas!!! Socorro!!!


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(SAE CORRENDO JUNTAMENTE COM OS BANDIDOS) MARGARIDA – Droga isso è que da confiar em palavra de fantasma, mas eu me acerto com eles. (ENTRA LUIZ) LUIZ – Falando sozinha Margarida? MARGARIDA – Pois è fico aqui sozinha nesta casa enorme, às vezes tenho que conversar comigo mesma. LUIZ – Então já assinou os documentos? MARGARIDA – Já sim aqui estão. LUIZ – Está bem, preciso dar entrada nisso, você pode me arrumar um copo com água? MARGARIDA – Nossa você vive com sede heim? LUIZ – Sabe come è muita correria. (MARGARIDA SAE E LUIZ PAGA O CELULAR) LUIZ – Oi, so eu, olhe deu tudo certo já estou com os documentos na mão, agora preciso que você me entregue o outro, depois do que? Tá, tá bem, depois eu acerto com você, depois te explico, ela está vindo, tchau. MARGARIDA – Aqui está. LUIZ – Obrigado vou comprar um cigarro e já volto.


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(LUIZ SAI) MARGARIDA – Luiz está muito ansioso. RICARDO – Olà Margarida! MARGARIDA – Ainda tem a coragem de me dirigir à palavra. RICARDO – Mas de que você está falando. MARGARIDA – Ainda você me pergunta? RICARDO – No estou intendendo. MARGARIDA – Não está me parecendo que vocês não querem perder a casa. RICARDO – Me conte oque fizemos para você ficar assim. MARGARIDA – Olhe, se vocês atrapalharem as negociações com o Luiz eu vou perder esta casa, e vocês também. RICARDO – Sim eu sei, mas continuo não intendendo. MARGARIDA – Mas você è sìnico mesmo! (MARGARIDA SAI) RICARDO – Margarida volte aqui! Não estou intendendo. Oque serà que fizemos para ela ficar assim tão brava, vem vindo gente ai, melhor me esconder. (RICARDO SAI ENTRA LUIZ DITO E FEITO) LUIZ – Vocês são mesmo uns imbecis. FEITO – Mas a culpa foi do Dito.


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DITO – Mas eu nunca assombrei ninguém, e nem sabia que estava morto. FEITO – Você morreu, por isso que você sempre teve essa cara. FEITO – È mesmo cara! (RICARDO FICA OLHANDO) DITO – E tem mais nem avisamos nossos familiares. FEITO – Pelo menos assustamos aquela moça. LUIZ – Mas com são idiotas, vocês não asustam ninguém, ela não se assustou nem um pouco. DITO – Você è que pensa eu vivo me assustando com a cara dele, que ver apaga a luz pra ver sò. LUIZ – Pare com essa bobagem, olhe aqui, eu acho melhor vocês fazerem certo desta vez, se não vão ganhar nada com a venda desta casa. FEITO – Ai! Maior explorador! LUIZ – Ela pensa que vai conseguir ficar aqui, eu darei um jeito para que ela nunca se case, ou então ela abrirá mão deste casarão de uma vez, então ficarei com todo o dinheiro. Aquele velho idiota confiou em meu pai, o que ele não esperava è que ele morresse tão cedo e deixasse sua empresa de advocacia para seu querido filho Luiz. agora vão. FEITO – Chefe você esta fazendo figas? LUIZ – Não porque?


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FEITO – Tá com você! LUIZ – Não tá com você! (DITO) DITO - Tá com você! (FEITO) (OS TRÊS SAEM CORRENDO ENTRA RICARDO) RICARDO – Então è isso, esses bandidos e esse tal de Luiz querem ficar com a venda deste casarão, agora entendi tudo, foram eles que assustaram a amiga de Margarida, e vão assustar qualquer um que entrar nesta casa. mas espera Margarida chegar eu vou contar tudo para ela. (ENTRA MARGARIDA) MARGARIDA – Você ainda está ai? RICARDO – Espere Margarida. MARGARIDA – Não quero saber de vocês. RICARDO – Eu quero pedir desculpas, mesmo sabendo que não fomos nós que assustamos sua amiga. MARGARIDA – Como não, vocês são os únicos fantasmas que conheço. RICARDO – Tudo que peço è que confie em mim e me de mais uma chance. MARGARIDA – Tudo bem, afinal todos merecem uma segunda chance. (RICARDO SAI ENTRA ZAFIR)


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ZAFIR – Margarida, aquele seu amigo Luiz virá aqui hoje? MARGARIDA – Sim, ele estava aqui ainda pouco, mas ele já volta, porque? ZAFIR – È que preciso de um serviço dele, ele è bom? MARGARIDA – Ele trabalha muito bem. ZAFIR – Acho que vou espera – lo aqui. MARGARIDA – fique à vontade, vou pegar um cafè para nós. (MARGARIDA SAI ENTRA LUIZ) LUIZ – Zafir, que bom que você veio, preciso deste documento, você fez um bom trabalho. (MARGARIDA FICA OUVINDO) ZAFIR – Se você não me disesse que aqueles fantasmas eram de mentira eu nunca mais voltaria aqui. como você pediu levei o documento verdadeiro para casa e ela assinou o outro nem percebeu. LUIZ – Que ótimo, agora ela pode atè se casar, porque assinando esse documento ela abriu mão de toda herança e passou tudo para meu nome, de qualquer forma preciso deste, porque o original está ai. ZAFIR – Calma, primeiro a grana. LUIZ – Pare com isso, antes que ela volte, depois nós acertamos. ZAFIR – Primeiro o dinheiro.


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MARGARIDA – Então é isso, eu que confiei em vocês dois desgraçados, pois fique bem quietinhos ai vou chamar a polícia. (ENTRAM DITO E FEITO VESTIDOS COM LENÇÒIS) DIT, FEI – Buuuuh!!! MARGARIDA – E vocês parem com isso. LUIZ – Nossa fantasmas! ZAFIR – Ai que medo! MARGARIDA – Já não disse para vocês não vir aqui quando tiver visitas? Parem com essa bobeira! FEITO – Dito, eu acho que ela nos reconheceu. DITO – Eu também acho. FEITO – Mas como pode eu até coloquei máscara. DITO – Eu nem sei è você mesmo Feito. LUIZ – Calem a boca e vamos embora. (LUIZ TENTA SIR E DA DE CARA COM RICARDO) RICARDO – Oi vai algum lugar? (ZAFIR TENTA SAIR POR OUTRO LADO E DA DE CARA COM FRIDA) FRIDA – Está com presa querida?


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(GEORGIO TIRA OS LENÇÒIS DOS BANDIDOS) DIT, FEI – Bush! DITO – Luiz? FEITO – Buuuhhh! Oi, quem tirou nossos lençóis? GEORGIO – Sabe que nem imagino? Z, L, D, F – Fantasmas!!! (SAEM CORRENDO) GEORGIO – Esperem a diversão nem começou! RICARDO – Olha como eles correm. FRIDA – Eles nunca mais vão lhe incomodar. GEORGIO – Como isso è divertido. MARGARIDA – Eu acho que devo desculpas a vocês. GEORGIO – Io acho bom ragatsa. FRIDA – Georgio! MARGARIDA – O Sr. tem razão em ficar bravo, mas eu quero pedirlhes desculpas, pois eu nem desconfiava que meu corretor e minha vizinha queriam tomar minha casa. GEORGIO – Vabene, agora vamos descançar. MARGARIDA – Mas uma vez me desculpem, e obrigada. FRIDA – Vamos filho. RICARDO – Vou ficar mais um pouco mama. GEORGIO – No demore. RICARDO – Certo papa.


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(GEORGIO E FRIDA SAEM) MARGARIDA – Bem, agora tenho que dar um fim neste documento pegue ai para mim? Ah! Desculpe não me acostumei, este è o testamento original. deixe isso para la depois dou um jeito. Oque você faz para passar o tempo? RICARDO – Eu gosto de dançar. MARGARIDA – Eu também gosto de dançar. RICARDO – Quer dançar comigo? MARGARIADA – Dançar com você? Está bem! (OS DOIS DANÇAM) GEORGIO – Ricardo! Quanta vez eu disse par você desligar este rádio càspita! MARGARIDA – Ih! Acho que irritamos seu pai. RICARDO – Que nada ele gosta de ser chato mesmo. MARGARIDA – Esses livros são seus? RICARDO – Alguns. MARGARIDA – E de qual você gosta mais? RICARDO - Eu gosto de ler Shakispare. MARGARIDA – Nossa eu nunca li Shakispare. RICARDO – Você que eu fale de algum? MARGARIDA – Quero sim, quero que você fale deste aqui. RICARDO – O nome livro deste è Romeu e Julieta.


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MARGARIDA – De que fala esta história. RICARDO – Essa história fala sobre um amor impossível. MARGARIDA – Assim como uma mortal não pode namorar um fantasma? RICARDO – È mais ou menos isso, bem havia duas famílias os Montèquios e os Capuletos eles eram duas famílias rivais ... MARGARIDA – È melhor você parar. RICARDO – Mas oque aconteceu? MARGARIDA – Nada! (MARGARIDA SAI) RICARDO – Eu sei oque aconteceu, mas como pode ter acontecido? O amor de uma mortal por um fantasma, o pior è que eu também estou apaixonado por ela, mas oque adianta amar sem perder tocar, beijar, sentir calor de seu corpo no meu... (ENTRA FRIDA) FRIDA – Ricardo ma oque tá acontecendo? RICARDO – Nada mama. FRIDA – Ma como nada, venha aqüi e conte para sua mama. RICARDO – Mama eu estou apaixonado pela Margarida. FRIDA – Io já percebi, ma isso è muito bom. RICARDO – Bom? Bom seria se eu pudesse toca - la beija – la toca – la, compartilhar com ela oque estou sentindo.


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FRIDA – E oque Margarida acha disso. RICARDO – Eu não sei ela saiu correndo, mas acho que ela gosta de mim. GEORGIO – Ridículo! FRIDA – Ma oque è isso Georgio? GEORGIO – Isso mesmo onde já se viu um fantasma apaixonado? FRIDA – Papa, faz 200 (duzentos) anos que ele está no seco. FIRDA – Georgio, não vê oque nos prende neste lugar è exatamente isso. RICARDO – Isso oque? GEORGIO – Nada filho, nada. RICARDO – Como nada, eu preciso saber oque está acontecendo. FRIDA – Papa, nostro filho tem razão. GEORGIO – Io so tenho una coisa a dizer. FRIDA – Olha oque vai falar. RICARDO – Oque è papa? GEORGIO – Filho, è exatamente isso que nos prende há tanto tempo aqüi, você è muito jovem e não deve ir embora tão cedo , mas io e sua mãe devemos seguir nosso destino. RICARDO – Eu não estou intendendo. FRIDA – Explique de una vez. GEORGIO – Má, calma mùlher! Você pode a voltar a ser como antes, um mortal, e ai então io e sua mãe vamos embora e deixaremos você aqüi. (MARGARIDA ESCUTA A CONVERSA) RICARDO – Mas como isso pode acontecer?


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FRIDA – Assim que você beijar una moça que você realmente goste, voltará a ser como antes. RICARDO – Porque você nunca me falou isso papa? GEORGIO – Perque achei que você era muito banbino para se casar, e então preferimos ficar com você aqüi. RICARDO – Eu não posso fazer isso. FRIDA – Nostro tempo já foi filho, agora aproveite que você encontrou essa moça e seja feliche. RICARDO –Mas eu não posso ficar sem vocês. GEORGIO – No se preocupe estaremos sempre olhando por você. FRIDA – Oi margarida, bem agora vamos. RICARDO – Sentirei sua falta. GEORGIO – Nós também. Agora largue ele mulher vamos. FRIDA – Adeus Margarida. MARGARIDA – Adeus Frida, adeus Georgio. (GEORGIO E FRIDA SAEM) MARGARIDA – Desculpe ter saído daquele jeito, mas não pude evitar. RICARDO – Está tudo bem. MARGARIDA – Ricardo, eu ouvi oque seus pais disseram. RICARDO – Ouviu? RIC, MAR – E então? RICARDO – Fale você primeiro. MARGARIDA – Não fale você.


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RICARDO – Bem, eu acho que não precisamos usar as palavras. MARGARIDA – È claro que não. RICARDO – Não Margarida. MARGARIDA – Mas oque foi? RICARDO – Não posso fazer isso, preciso ir com meus pais. MARGARIDA – Mas Ricardo ... (RICARDO SAI) LUIZ – Eu falei que voltava. MARGARIDA – Mas oque è isso? LUIZ – Esta casa esta condenada juntamente com você e seus amigos. MARGARIDA – Pare com isso, você já perdeu essa casa seu louco. LUIZ – Ainda não depois de queimar essa casa juntamente com você o seguro passarà todo para mim. MARGARIDA – Saia daqui ou chamo meus amigos. LUIZ – Pode chamar, pois estou preparado para eles desta vez. MARGARIDA – Socorro! Ajudem-me! LUIZ – Isso fará com que cale a boca, quero ver seus amigos te salvarem. (LUIZ FAZ MARGARIDA ADORMECER, RICARDO ENTRA) RICARDO – Margarida que gritaria è essa? LUIZ – Demônio sai perto de mim!


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RICARDO – Luiz oque você está fazendo aqui? LUIZ – Não chegue mais perto ou eu te destruo. RICARDO – Você esta louco o que você fez com Margarida pare com isso. LUIZ – Tome seu demônio e queime. (LUIZ JOGA ÀGUA EM RICARDO) RICARDO – Seu idiota isso è água benta, sò funciona com vampiros, tome isso! (RICARDO FAZ UM JESTO COM AS MÃOS E DERRUBA LUIZ) RICARDO – Margarida, Margarida ! (MARGARIDA COMEÇA A LEVANTAR – SE) MARGARIDA – Ai que dor de cabeça ? RICARDO – Você está bem? MARGARIDA – Estou sim, onde está o Luiz esse dèbio mental me amarrou aqui. RICARDO – Está ali no chão. MARGARIDA – Ele Está morto? RICARDO – Não està apenas desmaiado. MARGARIDA – Me desamarre, por favor. RICARDO – Eu não tenho como fazer isso. RICARDO – Tem sim.


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(SE BEIJAM, LUIZ ACORDA) LUIZ – Oque aconteceu aqui? RICARDO – Adivinha! LUIZ – Socorro! (LUIZ SAI CORRENDO) MARGARIDA – Agora podemos continuar oque estávamos fazendo. (ENTRAM FRIDA E GEORGIO) GEORGIO – Filho? RICARDO – Papa, mama? FRIDA – Estivemos pensando, acho que não vamos embora. GEORGIO – È filho noi vamos continuar aqüi com você, e seremos una família. RICARDO – Que ótimo pai. FRIDA – Ma è claro se Margarida aceitar. MARGARIDA – Bem eu posso ser sincera com vocês? GEORGIO – Má è claro! MARGARIDA – Bem, morar com sogro, sogra e ainda fantasmas, posso dizer a verdade? RIC, GEO, FRI – Ma è claro! MARGARIDA – Eu adorei a idéia. claro que vocês podem ficar. (TODOS COMEMORAM) MARGARIDA – Mas sò com uma condição.


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GEORIO – Ma me fale. MARGARIDA – Vamos comemorar! (TODOS COMEÇAM A DANÇAR)

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