Hidrante
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"Hidrante é um equipamento de segurança usado como fonte de água para ajudar no combate de incêndios.”
O sistema de hidrantes e de mangotinhos é considerado um sistema fixo de combate a incêndio, funcionando sob comando, liberando um jato de água sobre o foco de incêndio.
Esse jato de água possui uma vazão calculada e compatível ao risco do local visando proteger, controlar ou extinguir o foco de incêndio no seu estágio inicial. Dessa forma, esse sistema possibilita o início do combate ao incêndio pelos usuários da edificação antes da chegada do grupamento do Corpo de Bombeiros.
Os hidrantes em edificações e áreas de risco diferem dos sistemas de hidrantes urbanos em relação a forma de abastecimento de água. Os sistemas urbanos apresentam pontos providos de registros e uniões de engate rápido, ligado a rede pública de abastecimento, podendo ser de coluna ou subterrâneo, enquanto que os sistemas prediais apresentam pontos de tomada com registros e uniões de engate rápido, magueiras, esguichos e chave storz onde está ligado ao reservatório de água da edificação e não na rede pública.
Para melhor desempenho do sistema é essencial que os usuários estejam familiarizados com o equipamento, confiantes e que tenham realizado treinamento teórico e prático de brigada para utilizá-lo na ocorrência de um sinistro.
Classificação dos Sistemas
Os sistemas de hidrantes e de mangotinhos, geralmente são classificados de acordo com o tipo de esguicho utilizado (compacto ou regulável), diâmetro e comprimento máximo da mangueira, número de saídas e vazão no hidrante ou mangotinho menos favorável. Cada tipo é aplicado em função da ocupação e uso da edificação.
Os sistemas variam de acordo com a norma técnica ou regulamento adotado no local de execução do sistema de proteção e combate a incêndio.
Os sistemas poderão, ainda, ser diferenciados quanto:1. ao tipo de sistema de reserva: elevado, nível do solo, semi-enterrado ou enterrado;2. a fonte de energia: ligação independente ou por gerador automatizado;3. ao tipo de sistema de comando: manual (botoeira de acionamento) ou automático (chave de fluxo ou pressostatos);4. aos tipos de bombas empregadas: bomba principal, bomba auxiliar, bomba de reforço e bomba de escorva.5. as características do reservatório: concreto armado, fibra, metálico, utilização de piscinas ou reservas naturais.6. ao material da tubulação: aço, cobre e termopláticos;7. as características do sistema de distribuição: interno ou externo a edificação;8. ao tipo de rede de tubulação: rede aberta (sistema ramificado), rede fechada (sistema em malha) e rede mista (sistema ramificado e em malha).
A aplicação do sistema a ser instalado deve atender as características da edificação ou área de risco a ser protegida, observando-se as exigências da norma técnica ou regulamento adotado, a viabilidade, a eficácia do sistema, a facilidade de operação e manutenção e o custo.
O sistema de hidrantes e de mangotinhos são organizados em três subsistemas: reserva, pressurização e comando, conforme descritos a seguir.
Sistema de Reserva: É composto por reservatório, que pode ser do tipo elevado, no nível do solo, semi-enterrado ou enterrado. Tem como principal função reservar um volume de água destinado exclusivamente ao combate de incêndio.
O reservatório de água pode ser construido, na edificação ou área de risco, em concreto armado, metal apropriado ou qualquer outro material que apresente resistência mecânica as
intempéries e ao fogo.
A reserva de água deve ser prevista para permitir o primeiro combate, durante um determinado tempo. Após esse tempo considera-se que o Corpo de Bombeiros tenha chegado no local e atue no combate, utilizando-se da rede pública de abastecimento, fontes naturais como açudes, lagos e rios ou com seus veículos especiais munidos de reservatório próprio.
Sistema de Pressurização: Pode operar de três formas: por gravidade, por bombas ou por tanque de pressão. Esse sistema tem a função de fornecer energia para o transporte da água e ainda atingir o foco de incêndio a uma determinada distância, com vazão e pressão adequada.
O sistema operado por bombas é composto por bomba principal ou bomba de incêndio, bomba de pressurização ou bomba jockey.
A bomba de incêndio tem a finalidade de recalcar a água do reservatório para os hidrantes ou mangotinhos. Deve possuir motor elétrico ou a explosão.
A bomba de pressurização ou bomba jockey tem a função de manter o sistema pressurizado e compensar pequenas perdas de pressão, em uma faixa pré estabelecida.
O sistema operado por tanques de pressão é composto de bomba de incêndio e de tanque de pressão. O tanque de pressão, acoplado a uma bomba, fornecerá pressão e vazão constantes e contínuas ao sistema hidráulico.
A bomba de incêndio acoplada ao tanque de pressão, com diafragma, poderá succionar água de um reservatório tanto acima quanto abaixo (reservatórios, poços etc.) e simultaneamente pressurizar a rede hidráulica.
Sistema de Comando: O acionamento do sistema de hidrantes e de mangotinhos pode ser manual, por meio de botoeira de comando do tipo liga e desliga ou automático, por meio de chave de fluxo ou de pressostato.
A chave de fluxo aciona o sistema automaticamente pelo deslocamento de água na tubulação, quando da abertura de um hidrante, e o pressostato aciona o sistema devido a uma variação de pressão hidráulica na rede, desta forma acionando a bomba de incêndio.
Sistema de Distribuição: É composto pela tubulação, os hidrantes e mangotinhos. A tubulação consiste de um conjunto de tubos, conexões e de outros componentes hidráulicos como, por exemplo, válvulas de fechamento e de manobra (gaveta, globo, angulares, etc.) destinados a conduzir a água, desde o reservatório até aos pontos de hidrantes ou de mangotinhos.
Todo e qualquer material previsto ou instalado deve ser capaz de resistir aos efeitos do calor, mantendo o seu funcionamento normal, ou seja, o meio de ligação entre os tubos, conexões e outros componentes devem garantir a estanqueidade e a estabilidade mecânica da junta não devendo sofrer comprometimento em seu desempenho.
Os componentes de materiais termoplásticos, como tubos e conexões, podem ser utilizados somente enterrados e fora da projeção da planta da edificação, atendendo aos requisitos de funcionamento da instalação em termos de resistência a pressão interna e a esforços mecânicos.
G R U P O L U C M A RB l o g I n f o r m a t i v o – C o m b a t e e
P r e v e n ç ã o a I n c ê n d i o s
« Profissional de Segurança fique Alerta! Inmetro: Quer saber se a Empresa que escolheu
é credenciada? »
Sistema de Mangotinhos – Prós e Contras
Conforme comentado no post Profissional de Segurança fique Alerta! , não basta o conhecimento teórico, devemos conhecer os equipamentos de prevenção, e neste post vamos falar sobre oSistema de Mangotinhos.
Este sistema é pouco usado em novas instalações, por ser pouco conhecido no Brasil. É composito basicamente por uma rede hidráulica fixa com pontos de tomadas de água distribuídos nos pavimentos das edificações conforme Normas e legislações (conforme cada Estado).
Em cada ponto de saída (valvula esfera) é conectado uma mangueira semirígida (muito parecida com a mangueira de bomba de combustível) de 25mm (1 polegada) por 20m ou 30m de comprimento, na ponta final é conectado o esguicho regulável.
Este equipamento é acoplado junto a parede ou coluna (entre outras formas), onde a mangueira fica armazenada em uma espécie decarretel, e enrolada facilitanto e agilizando o uso em caso de emergência.
Mas qual sistema é melhor?
Mangotinho X Hidrantes
O sistema de hidrantes é composto por um abrigo acoplado a parede, onde ficam armazenados a mangueira (que são planas, chatas com 40mm de diâmetro), o esguicho e a chave storz ( para ajudar no acoplamento do esguicho à mangueira), todos estes equipamentos ficam soltos, desconectados dentro do abrigo.
Contras: Estes itens são facilmente montados por uma pessoa com experiência e agilidade em um tempo médio de 2 a 3 minutos, o que já é um tempo razoável em uma emergência. Agora já imaginou o tempo que uma
pessoa sem conhecimento básico levaria para fazer esta montagem?
Muito tempo! não é verdade?
Prós: Este sistema de mangotinhos facilita para os funcionarios da empresa combater este incêndio logo em seu inicio, evitando assim algo grave.
Dúvida: Então, já tenho o mangotinho instalado, posso retirar os hidrantes?
Não, este sistema de hidrantes será utilizado no caso de um sinistro grave, pelo Corpo de Bombeiros que utilizam seus próprios componentes.
Extintores X Mangotinhos
Prós: Os extintores são os equipamentos mais utilizados, e quando mantido com manutenção e recargas em dia, torna-se um equipamento indispensável no momento critico.Contras: Porem, além da necessidade de ter um conhecimento basico do uso dele, se estiver sem carga (ou mesmo pela metade) ou despressurizado, pode te deixar na mão!
Já os mangotinhos… bom estes é só puxar amangueira, abrir o esguicho regulável, e mirar bem no fogo!
Como em todo sistema, não é só de prós que vive os mangotigos, existem os contras:
1. Só pode ser utilizado em edificações enquadradas no tipo 1 conforme IT 22/2004 (falaremos mais sobre esta IT outro post);
2. A legislação não aceita substituir extintores por mangotinhos devido a composição de alguns extintores serem expecificas para cada tipo incêndio;
3. Este sistema requer uma pressão maior, devido ao diâmetro da mangueira (1 polegada) e ao esguicho regulável, ocorre perda de carga mais rapido que no caso de hidrantes;
4. Além do custo, que acaba tornando-se superior ao hidrante;
Sempre devemos questionar a relação custo e benefício, muitos preferem o comum por custar menos, porém, sem manutenção e trinamento, este equipamento não tem valor.
Conhecimento é tudo!
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Alerta: Com fogo não se brinca, um incêndio pode crescer e espalhar em questão de minutos!
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Esta entrada foi publicada em 22/03/2011 às 2:11 PM e está
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Sistema de mangotinhos x Sistema de hidrantes Por: Telmo Brentano*
O Estado do Rio Grande do Sul tem uma legislação recente (1997) que obriga todas as edificações residenciais coletivas, comerciais, industriais e de localização temporária, como circos, espetáculos musicais, etc., a terem um Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI). Esta medida é bem-vinda, embora haja alguns problemas na legislação. Irei me ater apenas nas instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações.
A NBR 13.714/2000, Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos, está em processo de revisão e que esteve em consulta pública até o dia 30 de julho de 2004 para receber contribuições. Aqui, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul já está tramitando há várias legislaturas um novo Código de Proteção contra Incêndios. Como a análise do projeto de lei está parada ou num ritmo extremamente lento, espero que não haja um grande incêndio no Estado para apressar a sua tramitação e aprovação, como está acontecendo no Estado do Rio de Janeiro.
Mas, neste assunto uma questão tem me preocupado de sobremaneira que é a segurança contra incêndios das edificações de risco mais baixos, principalmente as edificações residenciais coletivas. Este tipo de edificação constitui a grande parte das edificações das cidades de médio a grande porte. Pois minha contribuição para o projeto de revisão da norma brasileira e, talvez, para a legislação do Estado do Rio Grande do Sul, se resume somente num ponto: a instalação hidráulica recomendada para este tipo de edificação.
Nos últimos anos tenho pesquisado e estudado este assunto e formado uma convicção sobre ele. De que adianta ter uma instalação hidráulica bem projetada e executada, com grande vazão, se ela não é adequada ao perfil dos ocupantes da edificação, que certamente não saberão utilizá-la, principalmente numa situação de pânico? Esta é a principal questão que analiso a seguir.
Atualmente os prédios residenciais coletivos, que por norma são obrigados a ter instalação hidráulica de proteção contra incêndio, têm duas opções: sistemas de hidrantes (em Porto Alegre com vazão mínima de 200 l/min, e no interior, que adota a Norma Brasileira, é de 130 l/min), ou sistema de mangotinhos com vazão mínima de 80 l/min, em ambos os casos.
Defendo que os prédios residenciais devam ter somente sistema de mangotinhos, quando a norma exigir proteção hidráulica. Quais são os argumentos que fundamentam esta convicção?
O sistema de mangotinhos é constituído por mangueiras semi-rígidas (iguais às das bombas de gasolina), de diâmetro de 25 mm (as mangueiras de hidrantes têm 40 mm), com vazão de 80 litros/minuto, com somente esguicho regulável que produz o jato de neblina, que tem ação mais eficaz para o combate a um princípio de incêndio, com isso consumindo menos água e necessitando menor reserva técnica de incêndio. Ainda, sua operação é mais simples e rápida (igual a de uma mangueira de jardim somente que de maior porte), permitindo o combate imediato ao incêndio, pois o mangotinho e o seu esguicho estão permanentemente acoplados, sempre prontos para o uso, diferentemente do sistema de hidrantes, que é atualmente o sistema mais adotado, que tem todas as peças separadas e devem ser montadas por ocasião de um incêndio. Surge, então, a pergunta: como um morador de um prédio residencial, sem ou com um mínimo de treinamento e em situação de pânico, num saguão de andar que é geralmente de área muito pequena, irá colocar um sistema de hidrantes em operação?
Os construtores alegam que o custo de instalação de um sistema de mangotinhos é mais caro que um de hidrantes. Na realidade não é, mas se pode contrapor com alguns argumentos entre outros já expostos:
Como não tem demanda os equipamentos do sistema de mangotinhos, logicamente, podem ser mais caros, mas somente se for usado o carretel como elemento acondicionador do mangotinho. Existem outras opções que tornam o sistema de mangotinhos de custo equivalente ao sistema de hidrantes;
Não existe uma cultura de uso dos mangotinhos no nosso meio;
Afinal, o objetivo dos sistemas de proteção não é preservar as vidas humanas e o patrimônio. As primeiras têm custo?
No caso das edificações comerciais, são exigidos 300 ou 500 litros por minuto, dependendo da legislação adotada no local, enquanto que 200 litros por minuto seriam suficientes, desde que o sistema seja bem mantido e utilizado por pessoas treinadas. Como este tipo de edificação não tem classificação escalonada de acordo com o risco real de incêndio, são exigidos volumes realmente exorbitantes para ocupações de riscos extremamente baixos, muitas vezes menores que de edificações residenciais, mas como são classificadas como edificações comerciais caem na vala comum. No caso de riscos mais altos, como em lojas com materiais plásticos ou outros materiais altamente combustíveis, a vazão dos hidrantes deve ser maior, logicamente. A legislação do Estado de São Paulo (Instrução Técnica nº 22/2003, do Corpo de Bombeiros) já exige vazões e reservas de água bem menores, bem dentro de nossa realidade.
Nos prédios comerciais e industriais de riscos mais elevados a legislação pode exigir a utilização de sistemas de hidrantes e chuveiros automáticos (“sprinklers”), em conjunto. Entre as vantagens dos chuveiros automáticos estão:
são ativados somente pelo calor do fogo (independem da ação do homem);
acionam o alarme simultaneamente com a entrada em operação de qualquer chuveiro automático;
tem a ação de aspersão de água restrita sobre a área do foco do incêndio.
O importante nesta questão da proteção contra incêndios nas edificações é conhecer o objetivo, ou talvez melhor, a “filosofia” do sistema hidráulico de combate a incêndios, que é a ação imediata contra o “princípio” de incêndio, para que ele seja extinto ou, então, controlada a sua propagação até a chegada do Corpo de Bombeiros ao local para fazer o combate final ao fogo. Pensando nisso, o que é de extrema importância no caso? O fator tempo. Então, a instalação deve ser posta em operação imediatamente após constatado o princípio de incêndio e, certamente, o sistema de mangotinhos atende melhor a este objetivo.
Para completar o raciocínio, deve-se salientar que o primeiro equipamento a ser usado num princípio de incêndio é o extintor de incêndios, obrigatório em todas edificações, independentemente de sua classificação de risco.
Outra questão extremamente importante é a verificação da pressão mínima necessária para produzir a vazão mínima preconizada pela legislação. As instalações de hidrantes das edificações residenciais em Porto Alegre e no interior do Estado do Rio Grande do Sul, de uma forma geral, não atendem à vazão mínima determinada pelas legislações e normas porque a pressão da água é sempre muito baixa. Prédio residencial com reservatório superior que não possui bombas de reforço no terraço da edificação para aumentar a pressão na rede de incêndio produz uma vazão equivalente a 30% da vazão mínima preconizada pela legislação. Quais são os prédios residenciais que possuem bombas de reforço no terraço em Porto Alegre?
Embora a legislação exija e a fiscalização está fazendo uma varredura em todas as edificações do Estado do Rio Grande do Sul para que ela seja cumprida, não há ainda uma preocupação maior porque os incêndios são raros, tendo como conseqüência um descaso com o treinamento dos ocupantes das edificações, falta de equipamentos mínimos necessários e com a manutenção dos existentes. “A legislação estadual obriga que todos os prédios coletivos tenham o Plano de Proteção Contra Incêndios (PPCI), mas isso não é suficiente porque depende da conscientização” da população. É a falta da “cultura de segurança.
Porque o Sistema de Mangotinhos é mais adequado para as edificações residenciais e demais ocupações de risco leve?
Porque:
Sua operação é mais simples, rápida e fácil que a do sistema de hidrantes;
Permite o combate imediato porque o mangotinho e seu esguicho estão permanentemente acoplados, sempre prontos para serem operados;
Pode ser operado por somente uma pessoa sem maiores dificuldades, desde que tenha recebido um mínimo de treinamento;
Com esguicho regulável sua ação sobre o foco do incêndio é mais eficaz;
Pode ser usado sem estar todo desenrolado;
Apresenta menos problemas de manutenção e tem durabilidade maior;
Requer menor reserva de água, menores diâmetros das canalizações e menor ocupação do espaço físico;
Como é incompatível com as mangueiras de hidrantes usadas pelo Corpo de Bombeiros, deve haver uma tomada suplementar acoplada com válvula de hidrante sem os demais acessórios.
* Engenheiro Civil; Professor da PUCRS;Autor do livro “Instalações Hidráulicas de Combate a Incêndios nas Edificações”;
retorna
:: Artigo selecionadoMANGOTINHOS - Solução viável técnica, operacional e
economica para prédios de pequeno risco
MILTON IRIS SILVA DE OLIVEIRAEngenheiro Civil, Engenheiro de Segurança do Trabalho / RS - PORTO ALEGRE
O preseente artigo trata da utilização de sistemas de Mangotinhos como solução viável técnica, operacional e economica para prédios de pequeno risco para a cidade de Porto
Campo(s) de Atuação que o Presente Artigo trataSegurança do Trabalho
Projetar sistemas de proteção contra incêndios, coordenar atividades de combate a incêndio e de salvamento e elaborar planos para emergência e catástrofes
MANGOTINHOS
SOLUÇÃO TÉCNICA, OPERACIONAL E ECONÔMICA PARA PRÉDIOS DE PEQUENO RISCO
O desenvolvimento e aplicação do sistema de mangotinhos como alternativa ao uso de hidrantes para construções de pequeno risco tem sido até então apenas uma referencia da Norma Brasileira, pois devido a falta de estudos econômicos mais aprofundados é citado como antieconômico, conforme consta inclusive em recente bibliografia editada pelo professor Telmo Brentano "Instalações Hidráulicas de Prevenção contra Incêndio". Entretanto em nossa pesquisa salientamos que as instalações de um sistema hidráulicas de prevenção contra incêndio não podem ser examinadas isoladamente dentro de uma construção e sim como um conjunto de tarefas que variam conforme o sistema escolhido.
Assim por exemplo, para a instalação de sistemas hidráulicos de prevenção de incêndio temos que considerar também: o volume da reserva técnica de água, seu peso, acréscimos de cargas na estrutura e fundações, mão de obra civil, hidráulica e elétrica, materiais empregados, equipamentos necessários etc...
Analisando este conjunto de variáveis para um prédio residencial de 7 pavimentos com 20 apartamentos e com a introdução de um sistema automático de pressurização da rede, concluímos que o sistema de mangotinhos é também viável economicamente.
A introdução do PRESSURIZADOR no sistema de mangotinhos, além de viabilizá-lo também se adequa ao conjunto, pois é um equipamento leve, de simples instalação, baixo custo e de funcionamento automático. Sua instalação, junto ao reservatório superior, aproveita a gravidade como aliada, o que sem dúvida constitui por si só uma economia. Suas características acima citadas estão alinhadas com o sistema mangotinho que apresenta:
a) Operação mais simples, rápida, fácil e menos perigosa, permitindo o combate imediato,mangotinho e o seu esguicho estão permanentemente acoplados, sempre prontos para serem utilizados;
b) Pode ser operado por uma só pessoa sem maiores dificuldades, desde que tenha recebido um simples treinamento;
Pode ser manuseado por pessoas residentes ou usuárias da própria edificação (que possuam um simples treinamento);
d) Como o esguicho utilizado é do tipo regulável sua ação sobre o fogo é mais eficaz;
e) Pode ser usado sem estar todo desenrolado;
Sendo semi-rígido mantém sua secção constante;
g) Apresenta menos problemas de manutenção;
h) Tem maior durabilidade;
A reserva técnica de incêndio e as vazões são bem menores, determinando:
Menor peso na estrutura;
Menores diâmetros das canalizações;
Menor ocupação de espaço físico;
Observando a gama de vantagens operacionais apresentadas pelo sistema de mangotinhos parecia-nos impossível aceitarmos que estas eram deixadas de lado em função do fator econômico, até então enfatizado pelos empreendedores como motivo fundamental para a utilização do sistema de hidrantes, em qualquer situação, em detrimento ao sistema de mangotinhos.
Considerando que as facilidades operacionais apresentadas por este sistema podem se constituir em fator decisivo para a extinção de incêndio e possivelmente salvamento de vidas, resolvemos estudar todos os custos detalhadamente a fim de localizarmos os pontos críticos e as alternativas que poderíamos sugerir para reverter esta disposição. Além de detectarmos as tarefas que teriam seu custo diminuído com a utilização do mangotinho, pesquisamos também uma alternativa de equipamento que pudesse substituir o sistema de bombeamento de água. Este foi sem dúvida o fator mais importante de toda a pesquisa, pois proporcionou-nos apresentar uma alternativa simples, de baixo custo, de fácil instalação e de funcionamento automático por queda de pressão, isto é, ao abrir-se qualquer dos registros (verificando-se ai a queda de pressão) que libera água para um mangotinho o equipamento entra em funcionamento. Estes equipamentos "pressurizadores" são largamente conhecidos, sendo sempre utilizados para pressurizar redes com exigência de baixa vazão. Neste caso específico desenvolveu-se um equipamento especial para vazões maiores o que viabilizou o sistema
O resultado econômico a que chegamos,com a introdução do pressurizador, desenvolvido para aplicação em Porto Alegre (lei 420/98), nos permite afirmar que para prédios de pequeno risco o sistema de mangotinhos é a SOLUÇÃO TÉCNICA, OPERACIONAL E ECONÔMICA PARA PRÉDIOS DE PEQUENO RISCO
Milton Oliveira
Eng. Civil - Crea 6242D - 8ª. Região
Fone: 0 (xx) 51 3019-5454
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Prova de fogo para os edifícios
A segurança começa no projeto, com bom layout, rotas de fuga bem posicionadas, ambientes compartimentados e escadas pressurizadas. Veja como avaliar os riscos da edificação e as soluções que fazem diferença entre um susto e uma tragédia
Texto original de Bruno Loturco
O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo)
realiza ensaios de resistência ao fogo no Agrupamento
de Instalações e Segurança ao Fogo
O desempenho do sistema de isolamento acústico de um edifício pode ser facilmente avaliado. Se o caso for
grave, o próprio ouvido humano acusa. O mesmo vale para o desempenho térmico. Muito calor ou muito frio são
logo sentidos. Já o risco de incêndio a que está sujeito um prédio não pode ser medido com tanta facilidade.
O problema é evidente em edifícios industriais ou armazéns de estocagem de produtos inflamáveis, por exemplo.
Nesses casos, procedimentos bastante específicos devem ser tomados. No entanto, prédios comerciais ou
residências também correm riscos. Por serem menos palpáveis são, em geral, subestimados. Assim, as falhas de
projeto são evidenciadas somente quando o fogo surge e é tarde demais para qualquer providência.
Daí vem a necessidade de o poder público estabelecer normas para o correto dimensionamento e especificação
dos sistemas de proteção e combate a incêndios. O objetivo primordial da regulamentação compulsória é a
proteção da vida humana. Em segundo plano vem a proteção à propriedade. Um edifício seguro apresenta baixa
probabilidade de início de incêndio e alta possibilidade de fuga dos ocupantes, além de considerar as
propriedades vizinhas e a rápida extinção do foco inicial.
A regulamentação pode ser dividida em duas categorias complementares e que devem ser consideradas desde o
projeto até a manutenção. A primeira é relativa aos aspectos construtivos e atua sobre a execução de novos
edifícios, a adaptação de segurança contra incêndios, ampliações, reconstrução ou reparos e mudanças de uso
dos edifícios. A segunda categoria diz respeito ao uso do prédio e engloba questões referentes ao treinamento
dos ocupantes, ao estabelecimento de planos de segurança e à manutenção dos equipamentos de proteção,
dentre outras.
Concatenadas, essas ações visam salvaguardar a vida dos ocupantes, possibilitar, de forma segura, as operações
de resgate e evitar o alastramento do fogo. A definição do risco e, conseqüentemente, das ações preventivas, são
determinadas por características da população do edifício, tipo de ocupação, natureza do edifício e localização do
edifício. Essas quatro determinantes são abordadas diretamente pelos Decretos Estaduais, como o publicado em
agosto de 2001 pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.
Além da determinação de risco e definição de exigências, o decreto detalha as formas de execução e
especificação de sistemas e equipamentos de prevenção e combate.
Como classificar o risco?
O capitão Adilson Antonio da Silva, do Departamento de Segurança Contra Incêndio do Comando do Corpo de
Bombeiros, explica que os edifícios podem ser divididos em grupos de risco de acordo com, principalmente, três
características: tipos de ocupação, altura do edifício e áreas livres não-compartimentadas. As exigências do
sistema de segurança são feitas em função da classificação de cada edifício.
A ocupação depende do tipo de serviço a que se destina o empreendimento. São, pelo Decreto Estadual Paulista,
12 grupos principais subdivididos em grupos mais específicos. O grupo A, por exemplo, abriga as habitações
residenciais e conta com três subgrupos: unifamiliar, multifamiliar e coletiva.
"A altura está intrinsecamente ligada ao combate ao fogo", afirma o capitão Silva. Ou seja, quanto maior a altura,
mais difícil o acesso das equipes de combate. Logo, maiores as exigências do Decreto Estadual quanto aos
sistemas de combate. O mesmo vale para a limitação de área. "Está provado que a compartimentação dificulta
ou até mesmo evita a propagação do incêndio", conta.
Determinada a classificação, o passo seguinte é verificar as exigências. Para edificações comerciais, por exemplo,
a tabela 6C do Decreto Estadual prescreve, dentre outras medidas, que a compartimentação vertical só é exigida
a partir de 12 m de altura. Ainda assim, entre 12 e 30 m de altura, é possível apelar para as alternativas
oferecidas - exceto para compartimentação de fachadas ou selagem de dutos de instalações. O caso em questão
possibilita, em vez da compartimentação interna, a adoção de sistemas de detecção de incêndio, controle de
fumaça e chuveiros automáticos.
No calor do projeto
É no projeto arquitetônico que estão centralizadas todas as soluções do Sistema Global de Segurança contra
Incêndios. O elemento de ligação entre as necessidades dos ocupantes - a destinação do prédio - é o projeto de
arquitetura. Sendo assim, conforme afirma a arquiteta Guiomar Leitão, do escritório GL&B Projetos, cabe ao
arquiteto a coordenação dos projetos de elétrica, hidráulica, automação e segurança.
No entanto, a responsabilidade pelos projetos em si não cabe ao arquiteto, mas aos respectivos projetistas. Daí a
importância do trabalho em conjunto com uma equipe qualificada.
O projeto arquitetônico deve prever as devidas compartimentações para evitar propagação de fogo, fumaça e
gases de um ambiente ou pavimento para outro.
Se a preocupação com a segurança for presente, pode ser feito uso de materiais que contribuam para a extinção
ou retardamento da propagação do fogo.
As distâncias a serem percorridas e a lotação do edifício devem ser calculadas no projeto de modo que permitam
o correto dimensionamento das rotas de fuga. Além disso, a pressurização de escadas ou o uso de dutos de
fumaça com ventilação natural dependem da solução desenvolvida para o layout.
"A segurança e conforto dos usuários é compromisso primordial do arquiteto", afirma Guiomar. Para ela, a
liberdade de criação não é comprometida pela legislação, mas sim favorecida pelo embasamento para busca de
novas soluções.
Proteção passiva
A compartimentação de um ambiente envolve medidas de proteção passiva e é constituída de elementos de
construção resistentes ao fogo. O objetivo é evitar ou minimizar a propagação do incêndio, do calor e dos gases.
Esse procedimento evita a dispersão de gases e fumaça - interna e externamente - no mesmo pavimento ou para
andares superiores.
A compartimentação horizontal pode visar, conforme explica o Capitão Silva, do Comando do Corpo de Bombeiros
de São Paulo, o isolamento de risco ou a simples divisão interna de ambientes.
A diferença de um para outro é, basicamente, o TRRF (Tempo Requerido de Resistência ao Fogo). Enquanto a
primeira necessita de resistência de, na melhor das hipóteses, duas horas, para a segunda o rigor é menor e o
valor do TRRF pode ser menor. O motivo é a função das paredes. O isolamento de risco consiste na separação de
um prédio do outro para que sejam consideradas edificações distintas. Já a compartimentação interna busca a
delimitação da área - ou retardamento - da propagação do fogo.
Os elementos construtivos que proporcionam a compartimentação vertical são: paredes corta-fogo, portas corta-
fogo, vedadores corta-fogo, registros corta-fogo (dampers), selos corta-fogo e afastamento horizontal entre
As paredes corta-fogo, mesmo as internas, devem ser vinculadas à estrutura. Quando se tratar de edificações
térreas, têm de ser estendidas a, pelo menos, 1 m acima da linha do teto. As portas corta-fogo também devem
resistir a duas horas de fogo, conforme especificado na NBR 11742 e na NBR 11711.
Compartimentação vertical
A compartimentação vertical pode ser feita na envoltória ou no interior dos edifícios com o uso de entrepisos
corta-fogo, enclausuramento de escadas com paredes corta-fogo, enclausuramento de elevadores e montacarga,
poços com porta pára-chama, selos corta-fogo, registros corta-fogo (dampers), vedadores corta-fogo, elementos
construtivos corta-fogo, pára-chama de separação vertical entre pavimentos consecutivos e selagem perimetral
corta-fogo. Até 12 m de altura não é exigida pela legislação. Alturas superiores - até 30 m - contam com
alternativas à compartimentação, como chuveiros e detectores automáticos.
Quando na envoltória, duas são as possibilidades atendidas pela legislação. A primeira exige que aberturas de
pavimentos consecutivos sejam distanciadas em, no mínimo, 1,20 m. Caso não seja possível, é necessário
executar o prolongamento da laje. A aba deve ter, pelo menos, 0,90 m além do plano externo da fachada.
Fachadas totalmente envidraçadas ou fachadas cortina devem contar com materiais incombustíveis e, atrás do
pano, devem existir elementos resistentes ao fogo, que garantam a separação de 1,20 m entre os pisos. A
compartimentação interior entre pavimentos pode ser feita por entrepisos - lajes - de concreto armado ou
protendido ou outros materiais que garantam a isolação.
Selagem de dutos e elevadores
Dutos de ventilação e shafts de passagem de cabos atravessam paredes e pisos, tornando vulneráveis os
sistemas de compartimentação. Além da passagem de fumaça, asfixiante, há também a passagem de gases
quentes, que podem provocar fogo por radiação em andares superiores.
Para evitar esses problemas é essencial a presença de registros corta-fogo, acionados automaticamente - por
detecção de fumaça ou fusíveis bimetálicos.
Portas de elevadores devem ter característica pára-chama com resistência ao fogo semelhante à das paredes.
Tais portas devem se fechar automaticamente quando houver fogo ou fumaça. Caso os halls dos elevadores
sejam enclausurados com paredes e portas corta-fogo é possível contar com elevador de emergência.
Pressurização de escadas
Escada pressurizada enclausurada é aquela que tem pressão atmosférica maior que a pressão dos gases gerados
no incêndio. Normalmente a pressão utilizada é de 50 Pa. O sistema de pressurização impede que fumaça e calor
invadam a escada, empurrando, quando abertas as portas, o ar quente para fora.
O projeto de um sistema de pressurização conta com duas opções, o sistema de um estágio e de dois estágios.
No primeiro a pressurização ocorre somente em caso de emergência. O segundo funciona continuamente,
mantendo um nível baixo de pressão e, quando solicitado, aciona um sistema de emergência que eleva o nível de
pressurização. O sistema de dois estágios é recomendado pelos Corpos de Bombeiros por manter um nível
permanente de proteção, além de propiciar a renovação de ar no volume da escada.
Sistemas de pressurização devem atender quatro exigências: sistema de acionamento e alarme, suprimento
mecânico de ar externo, trajetória de escape do ar e fonte de energia garantida.
Escadas pressurizadas de um estágio podem manter as portas abertas. No entanto, as portas corta-fogo devem
ser dotadas de sistema de fechamento automático, acionado por eletroímã.
A utilização de dutos deve prever o uso de grelhas de insuflamento em intervalos regulares por toda a altura da
escada. Os pontos de saída têm de ser balanceados a fim de equilibrar a saída de ar. A reciclagem e o escape do
ar são garantidos por uma grelha no andar inferior e outra no último pavimento superior.
Duto em escadas
Edifícios altos, com mais de 23 m de altura, devem optar por dois tipos de escada de emergência. A regra é que
sejam enclausuradas e dotadas de antecâmara. Se a escada se localizar próxima à fachada do edifício, é possível
optar pela abertura permanente para o exterior. A outra opção prevê a existência de um duto aberto para o
ambiente externo e com saída para o alto.
Para o funcionamento adequado do sistema de ventilação natural, a antecâmara deve ter pelo menos uma das
dimensões 50% superior à largura exigida para a escada. Além de estar diretamente conectada ao duto, a
antecâmara deve ter, no mínimo, 1,80 m de altura. A saída do duto de ventilação deve ser, ao menos, 1 m mais
alta que o teto da edificação.
Sistema global de segurança contra incêndios
Um projeto eficiente do ponto de vista da segurança contra incêndios deve prever as condições mais adversas.
No entanto, o sucesso ao combater o fogo provém, principalmente, de meios que possibilitem a extinção do foco
inicial. Assim, edifícios que contam com equipamentos de detecção e sistemas automáticos de extinção - além de
brigada de incêndio devidamente preparada -têm aumentadas as chances de combate total do fogo com o
mínimo de perdas materiais e nenhuma perda humana.
Casos mais graves, em que os sistemas de combate inicial não são suficientes, exigem medidas alternativas,
como compartimentação horizontal e vertical e acesso seguro para as equipes de combate.
Precauções contra o início do incêndio: corretos dimensionamento e execução das instalações elétricas
Limitação do crescimento do incêndio: controle da quantidade de materiais combustíveis incorporados aos
elementos construtivos
Extinção inicial do incêndio: provisão de equipamentos - manuais e automáticos - de detecção, alarme e
Limitação da propagação do incêndio: compartimentação horizontal e vertical e elementos incombustíveis na
fachada e envoltória
Evacuação segura do edifício: provisão de sistemas de comunicação de emergência e controle do movimento
da fumaça e de rotas de fuga sinalizadas e iluminadas
Precauções contra o colapso estrutural: resistência ao fogo dos elementos estruturais e da envoltória
Precauções contra a propagação entre edifícios: distanciamento entre edifícios e resistência dos elementos
de fachada e envoltória
Rapidez, eficiência e segurança das operações de combate: meios de acesso dos equipamentos e equipes
de combate, provisão de hidrantes e controle do movimento de fumaça
Sistemas de combate
Equipamentos manuais
aparelho portátil ou sobre rodas destinado a combater princípios de incêndio
Mangotinho: conta com saída simples de água, dotada de válvula de abertura rápida, mangueira semi-rígida,
esguicho regulável e demais acessórios. Não precisa ser desenrolada e pode ser acionada por apenas uma
ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas com
respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios. Tem maior vazão de água que
os mangotinhos e necessita de duas pessoas para acionamento
Equipamentos automáticos
Chuveiro automático: sistema pressurizado de tubulações, acessórios, abastecimento de água, válvulas e
dispositivos sensíveis à elevação de temperatura. Os gases quentes esquentam as ampolas, que estouram,
liberando a água para combate ao foco inicial. Após o uso têm de ser reparado
dispositivo acionado por fumaça ou gases. Detecta princípios de incêndio e dispara alarmes,
acionando a brigada
Artifícios de combate
O termo "combate ao fogo" pressupõe que o incêndio já iniciou. A rápida ação dos equipamentos de detecção
permite que os sistemas de extinção entrem em funcionamento num breve intervalo de tempo. Ao projetista cabe
pensar em equipamentos e instalações adequados às características do prédio. Isso depende da legislação
vigente. É lá que estão definidas as medidas a serem tomadas tendo em vista os riscos pertinentes ao local. Com
base na legislação e apoio de outros projetistas o arquiteto entra em ação.
Evolução do fogo
Quatro componentes devem estar presentes para o surgimento e manutenção do fogo. O combustível (qualquer
material inflamável), o comburente (oxigênio), o calor e a reação em cadeia. Para extinguir um foco é necessário
atuar diretamente em cada um desses elementos.
As fases que atravessa um incêndio são a fase inicial de elevação da temperatura (ignição), fase de aquecimento
e fase de resfriamento e extinção. A primeira é caracterizada pela inflamação dos materiais no recinto. Quando
há caminhos para a propagação do fogo para outros materiais e objetos ocorre a elevação da temperatura e o
surgimento de fumaça e gases inflamáveis.
A partir desse momento o incêndio ganha força e todos os materiais são inflamados, num fenômeno denominado
"inflamação generalizada", ou flashover.
Torna-se impossível a sobrevivência no ambiente e os gases são expelidos pelas portas e janelas. O tempo para
alcançar o flashover depende, essencialmente, dos revestimentos e acabamentos utilizados no ambiente. Os
gases gerados pela combustão tendem a se concentrar no teto, que fica mais exposto à ignição do que as
A extinção ou evolução do fogo depende da quantidade, volume e espaçamento dos materiais combustíveis no
local, do tamanho e situação das fontes de combustão, da área e locação das janelas, da velocidade e direção do
vento, e da forma e dimensão do local.
Se as condições forem favoráveis o incêndio irá se propagar por condução, convecção e/ou radiação.
Prevenção e proteção
O conjunto de "medidas e atitudes tomadas para evitar que o incêndio comece", protegendo, assim, os
ocupantes, é chamado de prevenção, define o engenheiro José Carlos Tomina, chefe do Agrupamento de
Instalações e Segurança ao Fogo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo). As ações
pertinentes a essa categoria são atendidas no projeto, instalação e manutenção das fontes de energia, do
distanciamento adequado entre material combustível e fonte de calor e da escolha correta dos acabamentos de
estrutura e da edificação em si.
Em contrapartida, os aspectos relativos ao uso também se encaixam nessa classe. Os objetivos da proteção
contra incêndio devem ser traçados no projeto e considerar a localização em relação aos serviços públicos de
combate; área e altura a fim e facilitar o acesso das equipes de resgate; distanciamento entre edifícios visando
evitar a propagação entre prédios vizinhos; dimensionamentos das compartimentações internas por meio da
resistência ao fogo dos materiais de separação de ambientes; dimensionamento da proteção e resistência ao fogo
da estrutura; e dimensionamento dos sistemas de detecção e alarme, chuveiros automáticos, extintores manuais,
hidrantes, mangueiras e mangotinhos.
As medidas de proteção pretendem controlar o crescimento do incêndio e promover a contenção e extinção do
mesmo. Para tanto, investe na rapidez em descobrir e iniciar o combate ao foco inicial. A proteção ao fogo
depende do funcionamento e desempenho dos sistemas e equipamentos no momento da utilização. A prevenção
de falhas se dá, além da manutenção correta, por meio de sistemas redundantes (alternativos).
Entenda as formas de propagação
A transmissão de calor entre materiais pode ocorrer de três formas distintas e, embora ajam conjuntamente, a propagação é iniciada pela predominância de uma delas. Como a duração e o desenvolvimento de um incêndio é proporcional à quantidade de combustível disponível, é importante entender a mecânica do calor.
Para que o calor seja propagado por condução, as chamas precisam atingir os objetos e materiais diretamente. Dessa forma, o incêndio pode ser propagado horizontalmente ou mesmo entre andares próximos.
A propagação por convecção ocorre com freqüência por meio de dutos, elevadores e escadas, atua por meio da troca entre gases quentes e frios e provoca o surgimento de focos de incêndio em andares distintos. A propagação do fogo entre edifícios - como ocorreu no prédio da Cesp, na avenida Paulista, em São Paulo - acontece, em geral, por radiação. Esse fenômeno faz com que o calor seja transmitido por intermédio de um gás ou do vácuo, em forma de energia radiante.
As duas últimas formas de propagação são responsáveis pelo surgimento de focos de incêndio em andares superiores com grandes intervalos de distância.