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PLANEJAMENTO URBANO: HISTRIA DE BRASLIA

SA JOO DA BOA VISTA-SP

2007

Jlio Cesar

der Clementino dos Santos

PLANEJAMENTO URBANO: HISTRIA DE BRASLIA

Trabalho apresentado, como exigncia da disciplina de planejamento urbano do curso de Gesto Ambienta, do Centro Universitrio de Fundao de Ensino Octvio Bastos.

Prof: Dr. Raphael Bassi Filho

SA JOO DA BOA VISTA-SP

2007

1. Introduo

O incio do sculo XX marca um momento na histria do Brasil em que as cidades vo ser pensadas como espao de interveno de tcnicos. As cidades, assim, necessitariam de uma reordenao de seus espaos e nas formas de vivncia destes. Esse olhar que incide sobre a cidade, cria outras formas de elaborao discursiva sobre o que significa viver em meio desordem, insalubridade, misria, ao caos, falta de higiene fsica e moral que caracterizavam a vida citadina. Ir para a cidade implicava uma nova ordenao espacial, poltica, social, religiosa; era um reelaborar do imaginrio daquele que migrava; era um processo de desterritorializao. Consistia, sobretudo, em adaptar-se a um novo conjunto de cdigos e de imagens que antes no se conhecia. O carter efmero e cosmopolita das cidades grandes impressiona aqueles que saem do campo e que esto acostumados a lidar com cdigos e hierarquias sociais pretensamente rgidas (Ceballos, 2005).

O desenvolvimento urbano ordenado tem constitudo importante desafio a tcnicos em planejamento, administradores pblicos e polticos, com objetivo de ampliar a conscientizao e demanda da sociedade contra a degradao do meio ambiente, em prol de melhor qualidade de vida nas cidades. No entanto, presses exercidas por organizaes no-governamentais (ONG`s) e outras entidades preocupadas com a proteo ambiental tm sido divulgadas com freqncia pela mdia, em todo o mundo.

Uma grande parcela significativa das populaes urbanas de mdias e grandes cidades em pases em desenvolvimento (emergencial), ou seja, perifricos ou semiperifricos, dentre os quais o Brasil no exceo, pelo fato de ser afetada por crescente poltica de desemprego e reduo de renda per capita, alm de outros diversos fatores ligados aos aspectos scio-culturais e econmicos tem feito o uso de espaos urbanos de forma ilegal e/ou ocupado irregularmente terrenos, inclusive ocorrendo o fato de fixao em reas de proteo ambiental (APA`s), necessitando de um melhor planejamento urbano.

O planejamento urbano o processo de criao e desenvolvimento de programas que buscam melhorar ou revitalizar alguns aspectos tais como: a qualidade de vida da populao, dentro de uma dada rea urbana seja cidades ou vilas, ou do planejamento de uma nova rea urbana em uma dada regio, visando propiciar aos habitantes uma melhor qualidade de vida.

O planejamento urbano, segundo um ponto de vista contemporneo, tanto enquanto disciplina acadmica quanto como mtodo de atuao no ambiente urbano, trata-se basicamente de processo de produo, estruturao e apropriao do espao urbano.

A interpretao destes processos, assim como o grau de alterao de seu encadeamento, varia de acordo com a posio a ser tomada no processo de planejamento e principalmente com o poder de atuao do rgo planejador. Neste contexto, os planejadores urbanos, que so os profissionais que lidam com este processo, propem aos municpios, sugerindo possveis medidas que podem ser tomadas com o objetivo de melhorar uma dada comunidade urbana, ou trabalham para o governo ou empresas privadas que esto interessadas no planejamento e construo de uma nova cidade ou comunidade, ou at mesmo fora de uma rea urbana j existente.

Nos dias atuais, o ritmo das mudanas atinge velocidade vertiginosa. O que pareceria impossvel ontem , agora, realidade. O hbito de hoje j deixa de s-lo amanh. E o dia seguinte traz surpresas inimaginveis em curto espao de tempo. Neste mundo em constante modificao, a nica certeza a incerteza. Incerteza de mercados, produtos, servios e comportamentos que explica, em grande parte, o fracasso de tantos exerccios de planejamento no meio empresarial ou governamental, em que esforos, tempo e dinheiro so desperdiados com freqncia.

A dinmica urbana, baseada na dinmica de sistemas, trata da abordagem de desafios especficos na formulao de estratgias para atingir objetivos necessrios melhoria da condio urbana, com emprego da simulao computacional, definindo metas e tentando predizer efeitos no longo prazo.

O objetivo deste trabalho descrever o processo de evoluo histrica da cidade de Braslia-DF, no que diz respeito aos aspectos de planejamento urbano.

2. Histria de Braslia

A histria de Braslia surge com as primeiras idias de uma capital brasileira no centro do pas. O Marqus de Pombal, em 1716, sugeriu pela primeira vez a necessidade de interiorizar a capital do pas. Em 1821, Jos Bonifcio de Andrada e Silva, estadista brasileiro, retorna o assunto da interiorizao da capital, sugerindo o nome de Braslia.

A primeira Constituio da Repblica, de 1891, estabeleceu legalmente a regio onde deveria ser instalada a futura capital, mas somente em 1956, com a eleio de Juscelino Kubitschek, teve o incio a construo da referida cidade.

Em 21 de abril de 1960, aps mil dias de construo, o Presidente Juscelino Kubitschek inaugurou a nova Capital, construda no formato de um avio, e instala o Distrito Federal.

2.1- A interiorizao da Capital

A primeira sede administrativa do Brasil foi So Salvador, onde funcionou de1578 at 1763, transferida posteriormente para o Rio de Janeiro. Entretanto, desde o incio da colonizao a idia de uma capital no interior esteve sempre presente. Apesar da falta de evidncias, credita-se a originalidade da idia ao Marqus de Pombal (1699-1782), que desejaria, ento, uma capital inexpugnvel, no apenas para a colnia, mas de todo o reino portugus.

Os participantes da Inconfidncia Mineira de 1798 pretendiam instalar a capital do pas na cidade de So Joo Del Rei, enquanto os revolucionrios nordestinos de 1817 imaginaram para a capital da repblica que pretendiam construir, uma cidade central, a 30 ou 40 lguas do mar.

Em 1808, a corte portuguesa refugiou-se no Rio de Janeiro. J em 1809, William Pitt, primeiro-ministro do Reino Unido recomenda, por motivos de segurana, a construo de uma Nova Lisboa no Brasil central.

A partir de 1813, Hiplito Jos da Costa, em repetidos artigos de seu Correio Braziliense, reivindicava "a interiorizao da capital do Brasil, prxima s vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para o norte, sul e nordeste".

Por volta de 1821 Jos Bonifcio preparou a minuta de reivindicaes da bancada brasileira para o parecer da comisso encarregada da redao de aditamentos constituio. Acredita-se que tais reivindicaes inspiraram a publicao em 1822 de um in-flio sob o ttulo de "Aditamento ao projeto de Constituio para faz-lo aplicvel ao reino do Brasil", em que se sugere "no centro do Brasil, entre as nascentes dos confluentes do Paraguai e Amazonas, fundar-se- a capital desse Reino, com a denominao de Braslia".

Jos Bonifcio de Andrada e Silva, to logo viu proclamada a independncia do Brasil, ofereceu assemblia constituinte, a que ento presidia, uma Memria, onde demonstra as vantagens "de uma nova capital do Imprio no interior do Brasil, em uma das vertentes do rio So Francisco, que poder chamar-se Petrpole ou Braslia...".

Na legislatura de 1852 a questo tornou a ser ventilada, despertando a ateno do historiador Varnhagen, que defendeu ardorosamente no compndio "A questo da capital martima ou no interior ?". Coube-lhe a primeira verificao prtica no local 1877. Apontou ento como local mais apropriado "para a futura capital da Unio Braslica o triangulo formado pelas lagoas Formosa, Feia e Mestre d'Armas, das quais manam guas para o Amazonas, para o So Francisco e para o Prata!". Determinava assim, com oitenta e trs anos de antecedncia, o ponto onde se iria instalar a nova capital.

Em 1883, na cidade italiana de Turim, o padre Joo Bosco (Dom Bosco) teve um sonho proftico que indicava o nascimento de uma grande civilizao entre os paralelos 15 e 20. Foi exatamente a que se deu a construo da Capital do Brasil.

Com o advento da repblica, volta a velha questo tona, sempre ligada defesa e ao desenvolvimento do pas, afirmando-se expressamente, no art. 3o.da constituio republicana de 1891; "Fica pertencente Unio, no Planalto Central da Repblica, uma zona de 14.000 km, que ser oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a futura Capital Federal." Floriano Peixoto (segundo presidente da repblica) deu objetividade ao texto, constituindo-se a Comisso Exploradora do Planalto Central do Brasil 1892, sob a chefia do gegrafo Lus Cruls, que apresentou substancioso relatrio, delimitando, na mesma zona indicada por Varnhagen, uma rea retangular que ficou conhecida como Retngulo Cruls.

Durante vrios anos pouco se falaria na questo, e, na verdade, para to arrojado plano, naquela poca, seria necessrio vencer as distancias com razoveis estradas de ferro at o mar, exigindo uma tecnologia de que no dispunha o Estado.

Muito embora a constituio de 1934 previsse a interiorizao da capital federal e ordenasse que, "concludos os estudos, sero apresentados Cmara dos Deputados, a qual tomar, sem perda de tempo, as providencias necessrias mudana", sobreveio a carta constitucional de 1937 e foram esquecidos tais propsitos. Reapareceu o mesmo texto no art. 4 das disposies transitrias da constituio de 1946, motivando a comisso chefiada pelo engenheiro Poli Coelho, que reconheceu a excelncia do local j preconizado. Outra comisso, constituda em 1953 e presidida em 1954 pelo general Jos Pessoa, completando os estudos j realizados, delineou a rea de futura capital entre os rios Preto e Descoberto, e os paralelos 15o30' e 16o03', abrangendo parte do territrio de trs municpios goianos (Planaltina, Luzinia e Formosa), o que foi aprovado. Em 09 de dezembro de 1955, o presidente da Repbica em exerccio, Nereu Ramos, atravs do decreto n.38.261 transforma a Comisso de Localizao da Nova Capital do Brasil, em Comisso de Planejamento da Construo e da Mudana da Capital Federal, da qual foi presidente, de maio a setembro de 1956, o doutor Ernesto Silva, que, a 19 de setembro, lanou o concurso nacional do Plano Piloto de Braslia.

Em Jata, no incio de sua campanha eleitoral, Juscelino Kubitschek de Oliveira fora interpelado sobre o assunto da mudana da capital por um popular. Respondera que a mudana era obrigao constitucional e daria os primeiros passos para sua efetivao.Eleito presidente da repblica, logo aps sua posse, em janeiro de 1956, afirmou o seu empenho "de fazer descer do plano dos sonhos a realidade de Braslia"; Em 12 de maro de 1957, instalou-se a Comisso julgadora do Concurso Pblico para a escolha do Plano Piloto da cidade de Braslia.

A cidade se desenvolveu de forma magnfica e assustadora e criou novas subjetividades, novas prticas sociais que passaram a dirigir e a controlar os corpos. Para disciplinariz-los a uma nova forma e ritmo de trabalho surgiram vrias casas de correes ou instituies que tinham este mesmo fim. Outros modelos de sociabilidade foram criados e seguidos pela sociedade civilizada. Entretanto, embora tivessem a pretenso, esses modelos no eram absolutos e no atendiam aos anseios de toda a populao. Sendo assim, existiram homens que mantiveram velhas formas de ser, de viver e de compreender o mundo. Estes homens foram discriminados e marginalizados, ou considerados homens atrasados, fora de seu tempo. A cidade burguesa, por sua vez, fez emergir vrias instituies e cdigos de sociabilidade que funcionariam como instrumentos capazes de enquadrar esses homens marginalizados ao modo de vida ordenado e exemplar que se queria instituir como legtimo (Ceballos, 2005).Neste contexto, tornou-se quase um lugar comum afirmar que o urbanismo no Brasil sofreu uma forte e significativa influncia do urbanismo progressista francs que tem como metas a racionalidade, a modernidade e a eficcia. um estilo que considera o urbano apenas como espao fsico, sem levar em considerao as questes sociais. No entanto, decorre a certeza de que as caractersticas desse progressismo francs no Brasil, apresentam-se na medida em que o fato urbano definido como um fenmeno unicamente fsico, que em seu campo disciplinar atuam quase somente arquitetos e engenheiros civis, e que as proposies resultantes tratam o espao urbano como um grande edifcio... o urbanismo brasileiro no crtico, especializado, e no questiona a cidade como processo social... no existe, assumida e explcita, uma atitude de anlise dos aspectos das cidades brasileiras e este fato transparece nas propostas de novas capitais como Belo Horizonte e Goinia (S, 1991).

A Cidade Modernista descrita por Holston, 1993 que discute a influncia de Le Corbisier e de todo o urbanismo francs, vinculado ao CIAM Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, na elaborao do projeto que criaria Braslia. De acordo com o auto, um projeto de cidade racionalmente elaborada e definida de forma que seus espaos, autosuficientes, conseguissem criar uma imagem de cidade ordenada, limpa, que respondesse aos padres de modernidade e urbanizao que se instituam como modelo a ser seguido.

A cidade de Braslia foi edificada sob os signos da igualdade, da modernidade e do progresso, sendo atribuda a ela a insgnia de Alvorada de um novo Brasil. Essa fisionomia da cidade apresentada reiteradamente como similar atitude de JK, constituindo uma imagem positiva para o seu governo (1956-1961) que aparece, para alguns autores, como um perodo mpar na histria brasileira. Tendo sido um momento de inegvel crescimento econmico alguns pesquisadores vo alm dessa percepo de que estes teriam sido anos dourados e mostram a extrema fragilidade deste governo, talvez to monumental quanto sua grande meta e smbolo. Este smbolo representado por uma simbiose entre o ento presidente Kubitschek e a cidade de Braslia. Essa simbiose se traduz pela impossibilidade de se descrever o ento governo de JK sem falar de sua meta-sntese, Braslia, e vice-versa. A exacerbao da figura de Kubitschek como o poltico audaz que teria realizado o sonho brasileiro de interiorizar sua capital aparece com freqncia nas falas sobre a histria da cidade e confere a ele um papel de excelncia na histria brasileira: aquele que teria inaugurado um novo tempo, um novo ciclo na histria do Brasil.

Juscelino Kubitschek tornou-se o homem que num ato histrico de coragem e patriotismo, lanou-se a ciclpica tarefa e a cumpriu, cumprindo, assim, tambm, a Constituio da Repblica de que foi autntico e bravo defensor (Silva, 1962). importante ver como o prprio JK utiliza essa simbiose para reafirmar o seu lugar como empreendedor e audaz. Em seu texto, Porque Constru Braslia?, ele diz: a despeito dessa prolongada hibernao, com as vrias tentativas infrutferas de mudana da capital nunca aparecera algum suficientemente audaz para dar-lhe vida e convert-la em realidade. Coube a minha pessoa levar a efeito a audaciosa tarefa. No s promovi a interiorizao da capital, no exguo perodo do meu governo, mas, para que essa mudana se processasse em bases slidas, constru, em pouco mais de trs anos, uma metrpole inteira moderna, urbanisticamente revolucionria que Braslia (Oliveira, 1975).A cidade de Braslia teve um alto custo sim, mas que trouxe inmeros benefcios ao pas, por exemplo, como vrias cidades aumentaram suas receitas com as estradas abertas e com a construo da nova capital federal. importante realizar uma leitura contextualizada da construo desta capital, de tal forma que pudesse enxergar que Braslia foi um marco divisor de guas no Brasil, e um fator de desenvolvimento e integrao para o pas.3. Regies Administrativas de Braslia(A I BRASLIA)

O projeto para o Plano Piloto foi escolhido atravs de um concurso promovido pela Novacap em 1957, do qual participaram urbanistas de renome internacional. A proposta premiada foi a de Lcio Costa, definida pela comisso julgadora como clara, direta e fundamentalmente simples. Em trs anos, foi construda a estrutura bsica do Plano Piloto, e hoje se verifica que o desenho original, embora acrescido de pequenas alteraes aprovadas pelo autor, deu certo e funciona conforme planejado.

A soluo urbanstica de Lcio Costa partiu do traado de dois eixos cruzando-se em ngulo reto, como o sinal da cruz. Um deles, o Eixo Rodovirio, foi levemente arqueado para dar cruz a forma de um avio, levando as reas residenciais do Plano Piloto a serem chamadas de Asa Norte e Asa Sul. O corpo do avio o Eixo Monumental, com 16 quilmetros de extenso, que abriga no lado leste os prdios pblicos e os palcios do Governo Federal; no centro, a Rodoviria e a Torre de TV; e no lado oeste, os prdios do Governo do Distrito Federal.

As Asas Norte e Sul so semelhantes, somam 14,3 quilmetros de extenso e tm como via principal o Eixo Rodovirio, formado por uma pista principal com seis faixas, chamada de eixo, e eixos auxiliares conhecidos como eixinhos, separando as quadras residenciais numeradas com as centenas 200 e 400, do lado leste, e 100 e 300, do lado oeste. Toda a estrutura residencial do Plano Piloto baseada nas superquadras, que tm cerca de 200 x 200 metros cada. Os blocos de apartamentos so dispostos de maneira diversa,mas obedecem a um padro geral: mximo de trs andares nas quadras 400, mximo de seis nas quadras 200, 100 e 300, com vegetao e iluminao abundantes. As superquadras so separadas por vias transversais, onde funciona o comrcio local, destinado a servir aos moradores. Cada conjunto de oito superquadras constitui uma unidade de vizinhana, com espaos reservados para reas de esporte, templos e postos policiais.

A Regio Administrativa do Plano Piloto inclui tambm a Vila Planalto, um pequeno ncleo habitacional tombado pelo GDF em 1988, com casas de madeira, destinadas aos primeiros tcnicos e engenheiros contratados para a construo de Braslia. A Vila Planalto est situada entre o Setor de Clubes Norte e a Via N2, logo atrs da Esplanada dos Ministrios, distante apenas quatro quilmetros da Rodoviria do Plano Piloto. A RA I ocupa uma rea de 473,03 quilmetros quadrados.

3.1 Regio Administrativa GAMA

Visto do alto, o Gama assemelha-se a uma colmia, devido ao seu formato hexagonal. Quem chega Regio Administrativa II percebe semelhana com o abrigo das abelhas tambm por outros aspectos. A cidade uma das mais dinmicas do Distrito Federal, e seu desenvolvimento segue um ritmo acelerado.

Cada vez mais independente do Plano Piloto, o Gama possui movimentos culturais que j se firmaram e atraem pblico de outras localidades, como o Festival de Msica Popular e as apresentaes de filmes e peas teatrais no Cineclube Porta Aberta.

A cidade tambm conhecida pelas belezas naturais da regio, como o Parque Recreativo do Gama, onde uma cachoeira e piscinas naturais atraem milhares de visitantes.

Distante aproximadamente 30,2 quilmetros do Plano Piloto, o Gama foi a quarta cidade-satlite a ser oficializada no DF. Ela nasceu em 1960, no mesmo dia da inaugurao de Braslia, para abrigar os operrios que trabalhavam na construo da barragem do Lago Parano. O nome foi escolhido em homenagem ao padre Luiz Gama Mendona, que celebrou a primeira missa no local. Com 377,60 quilmetros quadrados de rea, a cidade se divide nos setores Norte, Sul, Leste, Oeste e Central, todos com reas residncias e comerciais.

3.2 Regio Administrativa TAGUATINGA

um dos municpios brasileiros que mais cresceram na ltima dcada. Com apenas 38 anos, completados em junho de l996, Taguatinga considerada a capital econmica do Distrito Federal, com indstria moderna e comrcio forte e variado. Os novos arranha-cus que surgem a cada dia, animada vida noturna e o trnsito intenso nas largas avenidas contribuem para dar cidade ares de metrpole.

Taguatinga, hoje, no lembra mais a cidade que nasceu como acampamento de operrios da construo de Braslia, mais tarde destinada a abrigar as invases formadas ao redor do Plano Piloto. Atualmente, os investimentos em Taguatinga so cada vez mais numerosos, sobretudo no setor imobilirio.

A vida noturna uma das mais badaladas do Distrito Federal, com seus bares e restaurantes que j conquistaram no s os moradores locais, como tambm os de outras cidades e do Plano Piloto, distante apenas 20,9 quilmetros. As boates, situadas em sua maioria no centro da cidade, atraem os visitantes nos fins de semana,e os cinco clubes recreativos mantm programaes variadas.

A cultura tem sido incentivada e ganha, cada vez mais, fora em Taguatinga, que j revelou muitos artistas, grupos musicais e teatrais. Os artistas locais e nacionais apresentam-se em espaos como a tradicional Feira co Comrcio e Indstria de Taguatinga (Facita), realizada em junho e considerada um dos mais movimentados eventos do Distrito Federal.

O nome da cidade surgiu do tupi-guarani tau-ting, que significa barro branco. Com rea de 121,34 quilmetros quadrados, Taguatinga divide-se em trs setores: Central, composto pela Avenida Central, praas, comrcio, hotis, bancos e escritrios; Norte e Sul, formados por quadras residenciais, comerciais e industriais. Tombada pelo Patrimnio Histrico, a Praa do Relgio, no Setor Central, um dos pontos mais movimentados de Taguatinga. A cidade tem, entre outras atraes, seis clubes sociais, dois cinemas,uma feira permanente localizada na QNL 7, e um grande nmero de restaurantes e bares.

Os eventos principais so a Festa do Peo Boiadeiro, em 5 de junho, e a Facita, tambm em junho.O ponto turstico mais procurado o Parque Vivencial Saburo Onoyama.

3.3 Regio Administrativa BRAZLNDIA

A regio de Brazlndia tem histrias para contar. Nasceu bem antes de Braslia, em 1852, com um povoada nas proximidades da fazenda da famlia Braz, de onde se originou o nome. A propriedade dos Braz ficava prxima trilha das comitivas que se deslocavam do sul para o norte de Gois. Passavam por ali, tambm, viajantes vindos principalmente da Bahia.

Distante 45 quilmetros do Plano Piloto, a cidade atualmente revela a forte influncia recebida da construo de Braslia. O rpido crescimento populacional fez surgir novos setores residenciais, embora isso no tenha tirado de Brazlndia suas caractersticas de cidade de interior, marcantes, principalmente, no setor tradicional, como ficou conhecida sua parte antiga. A condio de cidade s foi outorgada a Brazlndia em 1964, ano em que se iniciou seu processo de crescimento.

Atualmente, Brazlndia vem se destacando por sua forte vocao agrcola. Em torno da cidade, vrias chcaras e fazendas formam um imenso cinturo verde, tornando a regio a principal abastecedora dos hortigranjeiros do DF. Numa dessas propriedades rurais est a conhecida Farmcia Verde, de Seu Beija, que cultiva ervas medicinais e fornece receitas, gratuitamente, a pessoas do DF e de vrios pontos do pas.

Alm da farmcia do Seu Beija, o turista tem outros motivos para ir a Brazlndia, onde existem belezas naturais tpicas do Planalto Central. So cachoeiras como a do Rio do Sal, Mumunhas e Poo Azul. H, tambm, a Gruta do Rio do Sal, muito procurada pelos visitantes, e clubes como o Balnerio Veredinha - o primeiro da cidade - e o Texas, que possui rea de camping.

3.4 Regio Administrativa - SOBRADINHO

Conhecida como a Petrpolis do Planalto, devido ao clima agradvel e vegetao densa e diversificada, a cidade de Sobradinho originou-se de uma fazenda do mesmo nome. Fundada em 13 de maio de 1960, consta da sua histria que o nome Sobradinho uma homenagem engenhosidade do pssaro joo-de-barro, que construiu, s margens de um ribeiro que cortava a fazenda, duas casas superpostas, como sobrado, no brao de um antigo cruzeiro, e que se transformaram em marco geogrfico para os viajantes da poca.

Dominado por casarios baixos, o traado da cidade integrado pelas quadras residenciais, separadas por quadras onde se localizam as reas de esporte, escolas, templos e comrcio. Na Quadra Central, esto concentrados os prdios da Administrao Regional, Rodoviria e rgos de servios pblicos. Extensas faixas verdes e um sistema virio amplo completa o quadro urbano da cidade.

Os primeiros habitantes foram s famlias transferidas do Acampamento Bananal e da Vila Amauri, prxima vila Planalto, cuja rea foi inundada quando se formou o Lago Parano. Mais tarde, fixaram-se na cidade os moradores que compraram os lotes lanados no mercado imobilirio. Em 1961, Sobradinho se transformou em subprefeitura do Distrito Federal e, em 1964, a Lei 4,545 dividiu o Distrito Federal em regies administrativa e Sobradinho passou a ser RA V, com 569,40 quilmetros quadrados.

A vocao de suas terras garantiu RA V a implantao de dois ncleos rurais- Sobradinho I e II, administrados pela Fundao Zoobotnica do Distrito Federal, alm de reas isoladas de produo e de comunidades agrcolas diversas, com reas que variam de um a l.000 hectares. Na rea industrial, a especializao local est na produo de minerais no-metlicos, principalmente o cimento. J o comrcio orientado, basicamente, para as necessidades da populao local.

Sobradinho conta com uma grande quantidade de artesos, na confeco de trabalhos em madeira, couro e pedra. Os produtos so comercializados em feiras livres. A RA V foi escolhida para abrigar as instalaes do Polo de Cinema e Vdeo do Distrito Federal. As principais festas so o aniversrio da cidade, em 13 de maio, as juninas e do Peo Boiadeiro, que ocorrem em junho.

3.5 Regio Administrativa PLANALTINA

Quem acredita que Braslia um smbolo apenas da modernidade pode se surpreender ao visitar a secular cidade de Planaltina. A 38,5 quilmetros do Plano Piloto, a mais antiga das regies administrativas do Distrito Federal conserva, em sua estreitas, centenrios casares que testemunharam,em 1892, a passagem da Misso Cruls, encarregada de estudar a localizao da nova capital do pas. O local, na poca chamado de Vila Mestre Darmas devido a um armeiro que morou na regio, era ponto de escoamento do ouro retirado de Gois.

Batizada de Planaltina em 1917, a cidade assistiu em 1922, anodo centenrio da independncia do Brasil, ao lanamento da pedra fundamental da futura capital, pelo ento presidente Epitcio Pessoa. O lanamento causou, na poca, um surto de desenvolvimento na regio. Atualmente, o local um dos pontos tursticos da cidade, com uma rea de 1.537,16 quilmetros quadrados. Planaltina foi incorporada ao Distrito Federal com a inaugurao de Braslia, recebeu novos loteamentos habitacionais e hoje se divide em duas reas, a antiga e a nova, chamada de Vila Buritis.

Privilegiada em pontos tursticos, a regio de Planaltina oferece aos visitantes atraes como a Lagoa Bonita, a Cachoeira do Pipiripau e o Vale do Amanhecer, uma das maiores comunidades msticas do pas. A mais importante reserva ambiental da Amrica do Sul, a Estao Ecolgica de guas Emendadas, tambm se localiza prximo cidade. Na rea urbana, as maiores atraes so a Igreja de So Sebastio, a Igreja Matriz e o Museu Histrico e Artstico de Planaltina, que conserva a memria da cidade e vende artesanato da regio, onde se destacam a cermica e a tapearia. Os visitantes podem apreciar tambm festas tradicionais como a Folia do Divino, realizada no stimo domingo aps a Pscoa, e a Folia dos Santos Reis, no dia 6 de janeiro. O evento mais importante a Via-Sacra, a mais concorrida festa religiosa do Distrito Federal, representada por atores da cidade, e que leva um pblico de cerca de 150 mil pessoas ao Morro da Capelinha, durante as comemoraes da Semana Santa.

3.6 Regio Administrativa PARANO

A regio est localizada a apenas 28 quilmetros do Terminal Rodovirio do Plano Piloto, o Parano limitada ao norte com as regies administrativas de Planaltina e Sobradinho, ao sul e ao leste com o estado de Gois e a oeste com o Plano Piloto e a regio administrativa do Gama, a cidade est situada em local de altitude privilegiada, que oferece uma bela vista do Lago Parano e do Plano Piloto.

Foi a partir da instalao do canteiro de obras da construo da Barragem do Parano, que se formou o ncleo habitacional que deu origem, inicialmente, Vila Parano. Com o crescimento do nmero de famlias que ali foi se fixando a partir dessa poca, a Vila transformou-se em cidade-satlite e, em 1989, passou a integrar a Regio Administrativa VII, atravs de decreto do Governo do Distrito Federal. A data do decreto, 25 de outubro, transformou-se no dia de comemorao do aniversrio da cidade.

Organizada em dois setores - Parano Velho e Parano Novo -, a cidade possui infra-estrutura bsica e tem, entre os projetos de urbanizao, a previso para a construo de um grande parque turstico, que aproveitar o potencial oferecido pela beleza da Barragem do Parano, onde j existe uma churrascaria.

3.7 Regio Administrativa - NCLEO BANDEIRANTE

A regio conhecida como "Cidade Livre" durante a construo de Braslia, onde o comrcio era livre e no se cobrava impostos, funcionou como centro comercial e recreativo daqueles que estavam diretamente ligados construo da nova capital. A cidade surgiu, efetivamente, em 19 de dezembro de 1956, sendo a primeira rea destinada a abrigar os trabalhadores pioneiros. Em 20 de dezembro de 1961, a Lei n 4.020 estabeleceu os seus primeiros limites geogrficos, que abrangiam 1,15 quilmetros quadrados. Algumas construes de madeira foram mantidas na forma original. So casas, sobrados e construes do porte da escola Metropolitana e do Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), tombado pelo Patrimnio Histrico do GDF, e onde hoje funciona o Museu Vivo da Memria Candanga.

Situado a 13,3 quilmetros do Plano Piloto, o Ncleo Bandeirante possui uma populao de 31.205 habitantes, distribudos em 82,39 quilmetros quadrados. Totalmente urbanizada, a cidade possui um comrcio forte, onde se destaca o setor atacadista. Encontra-se em fase de implantao o Setor Industrial Bernardo Sayo (gemologia, grfica e informtica) e a Placa da Mercedes (armazenamento, indstria e abastecimento). Nesses setores sero implantados pequenas indstrias, comrcio atacadista, de material de construo, beneficiamento de cereais, informtica e lapidao de pedras preciosas, entre outros.

So vrios os pontos tursticos da cidade, destacando-se a Igreja da Metropolitana, que foi construda em madeira e tombada pelo Patrimnio Histrico; Igreja Dom Bosco, erguida no mesmo local onde Padre Roque iniciou a construo original em madeira; o Mercado, antigo Mercado Diamantina, que abriga um comrcio diversificado e restaurantes de comidas tpicas de vrios estados, principalmente do nordeste; a Casa do Pioneiro, construo em madeira onde funciona uma Biblioteca Pblica; e o Museu Vivo da Memria Candanga, conjunto formado por construes em madeira, e pela Escola do Saber Fazer, que oferece cursos de artesanato, principalmente cermica, aos menores da cidade.

3.8 Regio Administrativa CEILNDIA

Segundo maior colgio eleitoral do DF, Ceilndia teve um crescimento acelerado,proporcional esperana dos migrantes de encontrar, na regio, trabalho e melhoria de vida. Surgiu a partir da Campanha de Erradicao de Invases (CEI), realizada em 1971 pelo Governo do DF, de onde se originou o nome da Ceilndia. A cidade divide-se nos setores M, N, O, P e Q, dispostos em torno de dois eixos que se cruzam em ngulo de 90.

Os habitantes da regio de Ceilndia, so em sua maioria, migrantes que vieram de Gois, Minas Gerais, da regio Norte e, principalmente, do Nordeste, fazendo da cidade um ponto de convergncia e de difuso da cultura nordestina. Um exemplo Casa do Cantador, projetada por Oscar Niemeyer para sediar a Federao Nacional das Associaes de Cantores, repentistas e Poetas Cordelistas, que promovem encontros e festivais. A populao da cidade marcou a histria da organizao comunitria no Distrito Federal, com a criao da combativa Associao dos Incansveis Moradores da Ceilndia.

As quadras residenciais so compostas, alm das habitaes, de comrcio local e templos. Os demais equipamentos urbanos so distribudos em reas especiais. Aos domingos, o centro ocupado por duas feiras, a Feira Central, onde se encontram todos os tipos de produtos, e a Feira do Rolo, que utiliza o sistema de trocas para negociar desde eletrodomstico at literatura de cordel.

Localizada a 24 quilmetros do Plano Piloto, com acesso atravs da Via Estrutural e da EPTG, Ceilndia possui uma rea de 232 quilmetros quadrados e seu traado urbanstico do arquiteto Ney Gabriel de Souza. Sua principal atrao a Barragem do Rio Descoberto, cujo acesso atravs da BR-070. As principais Festas so o aniversrio da cidade, no dia 27 de maro, a Festa Colnia Nordestina, na primeira semana de julho e os jogos da Primavera, em setembro.

3.9 Regio Administrativa GUAR

No existe em Braslia quem no tenha ido ou ao menos ouvido falar na feira do Guar. A feira livre, que acontece nos fins de semana, tornou-se o referencial maior dessa que uma das caulas entre as cidades do DF. Com 25 anos de existncia, a Regio Administrativa X possui uma das melhores infra-estruturas urbansticas, com localizao privilegiada, entre Plano Piloto e Taguatinga.

O Guar nasceu de mutiro de funcionrios da Novacap, que em 1967 comearam a construir suas casas, reunidos em grupos de 10 famlias, sob orientao de arquitetos e engenheiros. O xito da experincia fez com que o projeto fosse estendido a servidores de outras instituies do governo. Mais tarde, encerrados os mutires, as casas passaram a ser construdas pela Sociedade de Habitaes e Interesse Social (SHIS). A cidade deve seu nome ao Crrego Guar, que corta sua rea e que provavelmente foi batizado assim em homenagem ao lobo-guar, espcie comum na Regio do Planalto Central.

Dividido em Guar I e II, seu planejamento fsico foi concebido para distribuir as casas em quadras completas, com escola, playground e comrcio. A idia original do Guar do urbanista Lucio Costa, o idealizador do Plano Piloto. A cidade, no entanto, cresceu muito alm do planejado, e recebeu algumas ampliaes, que seguiram o traado bsico. Alm da famosa feira livre, o Guar dispe de um kartdromo, o principal do DF, cuja pista serviu de iniciao para pilotos de renome internacional, como Nelson Piquet, Roberto Pupo Moreno e Alex Dias Ribeiro. O Centro Administrativo Vivencial e Esportivo (CAVE) e a Casa da Cultura do Guar so, os principais espaos para atividades culturais e esportivas da cidade, que ainda dispe de trs clubes recreativos, hotis, bares e restaurantes.

3.10 Regio Administrativa CRUZEIRO

Esta a regio administrativa mais prxima do Plano Piloto, o Cruzeiro tornou-se conhecido como um reduto do samba, com as constantes festas promovidas pela Associao Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro, a famosa Aruc, escola de samba mais premiada dos carnavais do Distrito Federal.

A cidade nasceu de um conjunto construdo em 1958 para abrigar os primeiros funcionrios que chegaram capital, e recebeu este nome por estar a cruz erguida do ponto mais alto do Eixo Monumental, onde em 1957, foi celebrada primeira missa de Braslia. Muito antes disso, em 1894, a rea onde hoje se encontra a cidade, abrigou um acampamento da Misso Cruls, que ali instalou um observatrio.

As primeiras casas construdas foram habitaes geminadas de um pavimento, com reas para comrcio, servios, recreao e templos. Na dcada de 70 foi construdo um conjunto de edifcios residenciais que passou a ser conhecido como Cruzeiro Novo. oficialmente chamado Setor de Habitaes Coletivas Econmicas Sul (SHCES), formado por blocos de apartamentos de quatro andares. A parte antiga, que ficou conhecida como Cruzeiro Velho, formado por 60 quadras.

Oficializado como Regio Administrativa em 1989, possuindo uma rea de 8,99 quilmetros quadrados, que inclui tambm o Setor de Habitaes Coletivas - reas Octogonais (SHC, AO/Sul), formado por oito quadras em forma de octgono. Em 30 de novembro, a cidade comemora seu aniversrio e durante todo o ano so realizadas festas e ensaios abertos na sede da respectiva associao.

3.11 Regio Administrativa SAMAMBAIA

A regio foi criada para responder ao crescimento populacional do DF, Samambaia recebeu os primeiros moradores em 1985 e as casas foram construdas, em parte, com o apoio do Programa de Olarias Comunitrias, organizado pela artes e ex-secretria do Desenvolvimento Social, Maria do Barro. Distante em mdia de 28 quilmetros do Plano Piloto. Seu projeto urbano, traado ao longo de eixos que facilitam o transporte pblico e a distribuio das reas de comrcio e servios, prev uma capacidade para 330 mil pessoas em 106 quilmetros quadrados, distribudas em setores que vo desde o de Manses Leste at a Vila Roriz, onde esto as construes mais populares.

A cidade comemora seu aniversrio em 25 de outubro. Seu principal centro de atividades a Chcara Trs Meninas, localizada na Entrequadra 609/611, do Centro Urbano, onde se encontram a Casa da Cultura, a Olaria Comunitria, a Biblioteca Pblica, postos de sade, escolas e servio social.

3.12 Regio Administrativa - SANTA MARIA

Esta regio est localizada a 39 quilmetros do Terminal Rodovirio do Plano Piloto, limitando-se ao norte com o Ncleo Bandeirante, ao sul com o estado de Gois, a leste com o Parano e a oeste com o Gama.

A Regio Administrativa XIII foi criada pelo Decreto n 14.604, de 10 de fevereiro de 1993, data em que Santa Maria comemora seu aniversrio.

3.13 Regio Administrativa - SO SEBASTIO

A regio distante em mdia de 30 quilmetros da Rodoviria do Plano Piloto, a Regio Administrativa de So Sebastio foi criada pela Lei n 467, de 25 de junho de 1993, com uma rea de 383,18 quilmetros quadrados.

3.14 Regio Administrativa - RECANTO DAS EMAS

Criada pela Lei n 510, de 28/07/93, a Regio Administrativa Recanto das Emas est situada a 26 quilmetros da Rodoviria do Plano Piloto.

3.15 Regio Administrativa - LAGO SUL

Desmembrada da RA I em janeiro de 1994, a Regio Administrativa do Lago Sul possui 190,24 quilmetros quadrados, fica a 8,4 quilmetros da Rodoviria do Plano Piloto e situa-se s margens do Lago Parano.

3.16 Regio Administrativa - RIACHO FUNDO

Foi criada pelo Programa de Assentamento do Governo Joaquim Roriz, em 13 de maro de 1990, e elevada a cidade em 15 de dezembro de 1993. Seu nome origina-se da granja homnima, utilizada, na poca do militarismo, como residncia oficial da Vice-Presidncia, e depois transformada em sede do Instituto de Sade Mental, que alm de assistncia aos doentes, promove cursos profissionalizantes para a comunidade local. A regio responsvel por boa parte do abastecimento agrcola do Distrito Federal. nela que est localizada a Fundao Cidade da Paz, entidade no-governamental, que mantm e administra a Universidade Holstica Internacional.

A cidade est localizada a 18 quilmetros da Rodoviria do Plano Piloto, possuindo 54,53 quilmetros quadrados. A RA XVII comemora seu aniversrio em 13 de maro e em maio celebra a tradicional Festa de So Domingos Svio. As festas juninas envolvem toda comunidade, com muita alegria e animao.

3.17 Regio Administrativa - LAGO NORTE

Desmembrada da RA I em 10/01/94, atravs da Lei n 641, a Regio Administrativa do Lago Norte possui 57,49 quilmetros quadrados.

3.18 Regio Administrativa CANDANGOLNDIA

Esta regio foi criada pela Lei n 658, de 27/01/94, a Regio Administrativa de Candangolndia possui uma rea de 6,64 quilmetros quadrados.

O nome da cidade em homenagem aos pioneiros de Braslia, que ficaram conhecidos como candangos.

4. Consideraes Finais

Braslia foi inscrita e descrita a partir de diversos olhares. Cada um deles elegeu e elege marcos, prope imagens, cria e recria a cidade como se dela pudesse tomar posse, como se pudessem atingi-la em sua essncia. Mas possvel pensar numa cidade real? Numa cidade (ou imagem dela) mais real, mais verdadeira do que outra?

O planejamento urbanstico de Braslia fomenta a impossibilidade de entender a cidade em sua totalidade torna uma abordagem mais aberta pluralidade de leituras e ao entendimento da cidade enquanto essa mesma pluralidade, constituda, assim, por uma complexa rede de olhares e falas que incidem sobre ela e a edificam na sua contextualidade.

Neste sentido, existe um desafio do entendimento dimenso desta metrpole federal, no sentido de entrelaar de fios que tecem a sua imagem abriram lacunas outras que deixam entrever ainda muitos territrios a descortinar, muitas trajetrias a conhecer e muitas redes de relaes a reconstituir, apresentando uma infra-estrutura muito complexa e diversificada aos modelos de cidades modernas.

O desafio se configura desde quando se percebe que a maioria dos documentos e artigos referentes construo de Braslia partia de uma imagem sacralizada da cidade, quase como um territrio de contornos bem definidos e constitudos em que poderamos apenas percorrer o interior de suas fronteiras entendida em sua prpria historicidade. 5. Referncia Bibliogrfica

CEBALLOS, Viviane Gomes de. E a histria se fez cidade...: a construo histrica e historiogrfica de Braslia. (Dissertao de mestrado Universidade Estadual de Campinas-SP).211 p.[s.n.], 2005.HOLSTON, James. A Capital Modernista: uma crtica de Braslia e sua utopia. (trad. Marcelo Coelho). So Paulo, Companhia das Letras, 1993.OLIVEIRA, Juscelino Kubitschek. Porque constru Braslia? Rio de Janeiro, Bloch, 1975. CRULS, Luis. Relatrio Cruls (relatrio da Comisso Exploradora do Planalto Central do Brasil). 7a ed. Fac-similar. Braslia, Senado Federal, Conselho Editorial, 2003.S, Cristina. Olhar Urbano, Olhar Humano. Uma apresentao In: S, Cristina (org.)

Olhar Urbano, Olhar Humano. So Paulo, IBRASA, 1991.SILVA, Ernesto. Histria de Braslia. Braslia, Coordenada / INL, 1971. SILVA, Ernesto. Capital Artificial e Capital Natural. Correio Braziliense, 09 de outubro de

1962.