História com todos - Portuglix

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1 História com todos… Há muitos, muitos anos atrás, num país longínquo chamado Portuglix, junto a uma floresta, perto de um rio com águas límpidas e peixes coloridos havia uma escola mágica. Era uma Escola gigantesca com paredes velhas e negras por falta de pintura, o seu telhado já deixava entrar a água e chovia no seu interior. Tudo exalava um cheiro a mofo devido à humidade que penetrava nas paredes. Nesta escola todas as crianças podiam brincar e aprender magia. Os alunos atingiam o sucesso com relativa facilidade e eram muito felizes na Escola Visorix. Era assim que essa Escola se chamava. Numa manhã chuvosa, a trovoada rasgava os céus e toda a natureza estremecia com o barulho que se sentia naquela região. Ao longe sentia-se o relinchar de quatro cavalos pretos e o barulho forte de uma carruagem, que galgava o caminho. Parecia uma manhã qualquer, mas se ouvíssemos atentamente o som do piar do mocho, saberíamos que algo de estranho estava para acontecer… De repente, a carruagem travou abruptamente em frente ao portão velho e assustador de Visorix. Uma figura sinistra e triste aguardava pacientemente alguém que chegava. Dessa carruagem saiu um menino alto, magro, com uns olhos negros e infelizes. -Bom dia, menino Terrivelix. - Bom dia, Director Mauvelix. Pois é, o que vocês não sabem, é que todos os nomes desta escola mágica terminam em “ix”… - Ah! Ah! Ah! Ah! O menino Terrivelix estava muito sozinho, esperando ansiosamente alguém que o tirasse daquela tristeza.

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História escrita por todos os alunos da EB1/JI do Viso

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História com todos…

Há muitos, muitos anos atrás, num país longínquo chamado Portuglix,

junto a uma floresta, perto de um rio com águas límpidas e peixes coloridos

havia uma escola mágica. Era uma Escola gigantesca com paredes velhas e

negras por falta de pintura, o seu telhado já deixava entrar a água e chovia no

seu interior. Tudo exalava um cheiro a mofo devido à humidade que penetrava

nas paredes. Nesta escola todas as crianças podiam brincar e aprender magia.

Os alunos atingiam o sucesso com relativa facilidade e eram muito felizes na

Escola Visorix. Era assim que essa Escola se chamava.

Numa manhã chuvosa, a trovoada rasgava os céus e toda a natureza

estremecia com o barulho que se sentia naquela região. Ao longe sentia-se o

relinchar de quatro cavalos pretos e o barulho forte de uma carruagem, que

galgava o caminho. Parecia uma manhã qualquer, mas se ouvíssemos

atentamente o som do piar do mocho, saberíamos que algo de estranho estava

para acontecer…

De repente, a carruagem travou abruptamente em frente ao portão velho e

assustador de Visorix. Uma figura sinistra e triste aguardava pacientemente

alguém que chegava. Dessa carruagem saiu um menino alto, magro, com uns

olhos negros e infelizes.

-Bom dia, menino Terrivelix.

- Bom dia, Director Mauvelix.

Pois é, o que vocês não sabem, é que todos os nomes desta escola mágica

terminam em “ix”…

- Ah! Ah! Ah! Ah!

O menino Terrivelix estava muito sozinho, esperando ansiosamente

alguém que o tirasse daquela tristeza.

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Nessa carruagem, deveria ter vindo também, um amigo chamado Asterix,

que conhecera, há muito, muito tempo. Esse amigo não sabia magia, mas

sabia lutar muito bem e correr com grande velocidade. Ao contrário de

Terrivelix, o Asterix era baixo, com uns olhos pequeninos e brilhantes, uma

barriga enorme e um sorriso de felicidade.

O menino Terrivelix perguntou ansiosamente ao director:

- Por acaso, tens contigo o meu amigo Asterix?

- Se me disseres como ele é…

- É em tudo muito diferente de mim, por isso o espero com tanta

ansiedade! Penso que me vai trazer dias mais felizes. Em recompensa, vou

ensinar-lhe todas as minhas magias.

Enquanto conversavam, uma figura estranha e em tudo diferente

daquele lugar sinistro, descia as escadas da carruagem. Trazia no rosto um

sorriso enorme que deixava ver uns dentes maltratados e amarelados, com

uma barriga tão grande que lhe dificultava a sua saída pela porta. Aquelas

duas figuras completamente opostas, no aspeto e no carácter, abraçaram-se

como se não se vissem, há milhares de anos.

Na janela mais alta da Escola Visorix alguém estava observando

atentamente o reencontro dos dois amigos. Esse alguém, tinha olhos

vermelhos de raiva, os cabelos desgrenhados, um sorriso maldoso e dizia

baixinho:

- Se depender de mim, não será este Asterix que me mudará de planos.

Que planos terríveis estariam na cabeça daquela figura maléfica…

Pois bem, aquela figura estranha chamava-se Inimix, tinha doze anos e

já estudava naquela escola há sete, mas sem qualquer hipótese de passar de

nível. Inimix, em todas as provas que prestava, falhava sempre. Era um

autêntico trapalhão, queria uma cebola mas saía-lhe um sapo. O professor

pedia um blusão e saíam-lhe umas cuecas! Com o Inimix era tudo uma grande

confusão.

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No recreio da Escola Visorix, os alunos queriam brincar com ele, mas

como só fazia confusão, ninguém o procurava para experimentar novos truques

de magia. Quando precisavam de testar ou pedir ideias novas, recorriam

sempre ao fantástico Terrivelix!

Assistir a isto, deixava Inimix furioso e pensava:

- Arre! Este é mesmo sortudo, mas quando o apanhar…vou vingar-me

num prato frio!

Durante semanas, Inimix tentou de tudo para tramar o grande génio da

magia, que naquela escola todos admiravam. Numa das suas inúmeras

tentativas, Inimix fez-se amigo de Terrivelix e conseguiu trocar o seu livro de

magia pelo dele, pensando que a origem das suas trapalhices estava na

desatualização do seu. Os problemas não estavam no livro, visto que os

compêndios eram exactamente iguais. O defeito era mesmo de Inimix.

Reconhecendo que Inimix era um falso amigo, Terrivelix mergulhou

numa tristeza profunda. Dirigiu-se ao diretor da escola e fez-lhe um pedido

especial. Pediu-lhe para que mandasse buscar o seu grande amigo Asterix

para passarem uns dias juntos. O pedido foi imediatamente concedido, visto

que a tristeza de Terrivelix invadiu o coração de todos os alunos e professores

de Visorix, pois viam o seu melhor aluno distante de tudo e de todos.

A partir do dia em que Asterix chegou, as coisas mudaram…Ninguém o

reconhecia, estava mais magro, tinha crescido um bocado e o seu sorriso

estava menos brilhante. Algo de estranho tinha acontecido…

Havia mais um mistério para desvendar na Escola. Começaram as

apostas e logicamente, o Terrivelix e o Inimix a tentarem ver, quem

desvendava primeiro o que tinha acontecido. Instalou-se uma enorme

confusão, o diretor Mauvelix teve que atuar e pôr regras reforçadas para que

todos os alunos conseguissem descobrir o que teria acontecido ao Asterix.

O Terrivelix estava muito triste por ver o seu grande amigo tão

diferente. Ficou admirado com a postura e atitude do seu valente e corajoso

amigo. Tinha quase a certeza que havia magia de Inimix nesta história! Jurou

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que usaria a sua inteligência e a sua magia para descobrir o mistério. O Inimix,

por sua vez pensou ser uma partida de Terrivelix contra o grupo de Inimix.

- Quem chegará a descobrir primeiro?

- O que terá acontecido?

Na Escola, os dois grupos não conseguiam desvendar o mistério do

Asterix. Os grupos de Terrivelix e Inimix perseguiam o Asterix para descobrir o

mistério. O grupo de Inimix escondeu o Asterix na cave duma casa velha que

havia perto da escola. Nessa casa havia um quarto, que segundo a lenda

contada pela população da região, era um quarto amaldiçoado. Diziam que

nesse quarto aparecia Marialix, uma bruxa que tinha ficado encantada em

tempos remotos.

Asterix que já tinha ouvido a lenda, quis entrar no quarto, para

desencantar Marialix. Apesar dos esforços do grupo de Inimix para não o

deixarem entrar no quarto amaldiçoado, Asterix deitou a porta abaixo e entrou

mesmo. Para sua surpresa, deu de caras com Marialix, a bruxa amaldiçoada,

que tinha acabado de acordar após duzentos anos de sono profundo. Sem

saber, ao destruir a porta, Asterix tinha quebrado o feitiço.

Marialix não era uma bruxa má, era bastante simpática e ao ver o feitiço

quebrado, ficou tão agradecida que prometeu ajudar Asterix sempre este

precisasse.

É claro que a primeira coisa que Marialix fez foi ajudar o Asterix a sair

da casa misteriosa e a regressar são e salvo à escola. Era muito difícil sair

daquela casa enfeitiçada. Ali havia feitiços sem fim e por todo o lado obstáculos

cada vez mais difíceis de ultrapassar, por isso, a ajuda desta bruxa, era mesmo

necessária para se conseguir sair desta casa sinistra. Asterix e Mariavelix

ficaram muito amigos.

Mal chegou à escola Visorix , Asterix foi contar o sucedido ao diretor,

pois tinha ficado impressionado com os feitiços mágicos que a bruxa fez para

poderem sair da casa fantasma. O director ao ouvir contar todas estas

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aventuras mágicas convidou a bruxa para dar aulas de magia, na escola de

Visorix. Esta aceitou o convite com muito agrado e satisfação.

O regresso de Asterix à escola não descansou o seu amigo Terrivelix

que continuou muito preocupado, pois ainda não sabia o que tinha acontecido.

Pensou, pensou muito e foi falar com a bruxa Marialix e pediu-lhe a sua ajuda.

A bruxa lembrou-se da bola de cristal que já não usava há muito, mas que nos

momentos mais difíceis, lhe era utilíssima, dizendo-lhe sempre a verdade.

Foi ao seu gabinete, lugar exotérico, e assim que entrou libertou-se de

todas as forças negativas. Abriu as portas do plano astral e pegou na sua bola

mágica. Com a ajuda da sua varinha atraiu influências superiores carregadas

de verdade, inspiração, sabedoria, poder oculto e protecção mágica,

pronunciando as seguintes palavras:

- Abracadabra, cabumba, Sabumba, pumba que funcione a bola de

cristal!

Plim !... plim !.... a bola acordou. Explodiu uma luz verde que encheu o

ambiente de calma, tranquilidade e equilíbrio, abriram-se as portas do plano

astral e começaram a aparecer imagens…

Primeiro viu-se um livro mágico, muito grande, pesado, retangular,

vermelho, com letras douradas que apareciam e desapareciam. Parecia querer

dizer sorte e sucesso nos pedidos. Lá estavam escritas muitas palavras

mágicas para descobrir o mistério de Asterix. À volta do livro, apareceram

estrelas e uma grande lua muito brilhante. Uma voz que parecia um trovão

disse :

- Tu que és portadora da paz derramo sobre ti a minha luz, de modo a

que tu vejas o caminho que tens de percorrer e os obstáculos que tens de

ultrapassar.

- Ajudar-te-ei a encontrar a felicidade e a paz, a seres grande nas

coisas pequenas, pois sei que desta forma, conseguirás suportar os maiores

obstáculos…

As palavras do livro, essas é que foram difíceis de decifrar…

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- Que palavras lá estariam escritas?

- Porque teriam aparecido as estrelas e a lua?

Pois bem, entre todas essas palavras mágicas e douradas que

apareciam e desapareciam do livro vermelho, destacava-se uma frase a azul e

branco que dizia:

-“O Portix vai ser campeão! “…

A bruxa Marialix cheia de espanto caiu para trás, ouvindo-se um

grande estrondo, levando atrás de si as cadeiras e a mesa.

Brrruummmmm… pum … pum… pum…

Nem ela com todos os seus poderes conseguia mudar o rumo à

história. Como podia acreditar no que via! Estaria a ver mal? O melhor era

pedir novamente ajuda à sua varinha de condão, utilizando algumas palavras

mágicas….

Mitchi catumba,

Bigui datumba,

Bigui tipangui,

Dibum, pum.

A bola de cristal iluminou-se novamente, saindo dela o Asterix com o

Cristianix Ronaldix às costas, que mais não era do que a estrela que aparecia

junto à lua.

- Mas o que fazia ali a lua?....

A lua iluminava e mostrava os seus poderes. Deu a Asterix e à bruxa

Marialix, o poder de controlar tudo o que os rodeava e adquirir conhecimentos

secretos e sobrenaturais. E por sua vez estes transmitiram a Ronaldix super

poder físico e moral e muita técnica para dominar os adversários de forma a

que a equipa do Portix fosse o grande campeão mundial, tornando-se a mais

poderosa de todas as equipas.

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Surpreendido, o Pintix da Costix deslocou-se à Escola Visorix

conversou com o diretor Mauvelix e convidou todos os alunos desta escola

para assistirem à final da Liga dos Campeões Europeus no campo dos

Dragões. Isto foi um sucesso a nível Nacional, uma escola ser convidada a

assistir a um jogo tão importante e completamente grátis.

A bruxa usou de novo a sua bola de cristal, fez magia com a sua

varinha mágica:

Abracadabra, Chica cadabra….

Ronaldix pôs os seus poderes em prática e driblou e fintou tanto que

os jogadores da outra equipa ficaram cansados, tão cansados que já nem

conseguiam correr para defender a baliza. O futebol Clube do Portix, ganhou o

jogo e a taça dos Campeões Europeus.

No fim todos os alunos regressaram muito contentes e eufóricos à

Escola Visorix. A bruxa Marialix foi juntamente com Asterix dar os parabéns

a Pintix da Costix e fez-lhe uma magia sem ele ver.

Abracadabra

Chica cadabra

-Venham todos comigo para a nova escola…

Passado alguns dias, o director Mauvelix recebeu na escola uma

carta registada de Pintix da Costix, cujo conteúdo era um chorudo cheque para

arranjar a escola de Visorix.

A escola de Visorix tornou-se na escola mais bonita, mais famosa

de Portuglix. . A limpeza era feita por robots e nos recreios havia brinquedos de

toda a qualidade. As salas estavam equipadas com o que havia de mais

moderno. Tudo naquela escola parecia ser magia. Todos os pais queriam

matricular lá os seus filhos. Os alunos não gostavam de estar inactivos, por

isso participavam em imensas actividades. Todos os que frequentavam esta

escola, mais tarde tornavam-se profissionalmente muito competentes e

possuíam um espírito de liderança muito desenvolvido.

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- Que maravilha era a escola de Visorix ! ...

FIM

Viso -5-03-10