História das Missões - ppt da aula

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História das Missões Prof. Paulo Dias Nogueira

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História das Missões

Prof. Paulo Dias Nogueira

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Palavras usadas no decorrer da história para designar a ação da igreja

no mundo:

Missão

Evangelização

Pastoral

Ministério

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Definir e conceituar esta ação da igreja no mundo tem sido a tarefa de muitos

missiólogos no decorrer dos tempos.

Nesta disciplina utilizaremos a palavra MISSÃO

A utilização deste termo na atualidade, não é uma exclusividade dos cristãos e muito

menos do ambiente religioso.

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O termo tem sido muito utilizado no mundo corporativo.

Empresas

Todos deixam claro a seus clientes e usuários qual é a sua missão.

Escolas

Hospitais Clubes

Instituições Sociais Igrejas

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Para se fazer jus à relevância do tema missão para a igreja cristã, façamos uma retrospectiva histórica.

Para Bosch o conceito de missão para os cristãos, ainda que não fosse unívoco, teve um conjunto de sentidos relativamente circunscritos até a década de 50 do século XX:

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MISSÃO significava:

a) o envio de missionários a um território especificado;

b) as atividades empreendidas por tais missionários;

c) a área geográfica em que os missionários atuavam;

d) a agência que expedia os missionários;

e) o mundo não-cristão ou “campo de missão”

f) uma congregação local sem um pastor residente e que ainda dependia do apoio de uma igreja mais antiga, estabelecida; ou

g) uma série de serviços especiais destinados a aprofundar ou difundir a fé cristã, em geral num ambiente nominalmente cristão.

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MISSÃO

Se tentarmos elaborar uma sinopse mais especificamente teológica de “missão” assim como o termo tem sido usado tradicionalmente, observamos que ela foi parafraseada como:

a) propagação da fé;

b) expansão do reinado de Deus;

c) conversão dos pagãos; e

d) fundação de novas igrejas (cf. Muller 1987:31-34)

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MISSÃO

Porém a partir de 1950 houve uma significativa ampliação do conceito.

Porém antes de nos atermos ao século XX, principalmente na segunda metade, faz-se necessário um rápido olhar pelo retrovisor da história da Igreja.

Seguiremos a proposta de David Bosch, em seu livro “Missão Transformadora: mudanças de paradigma na teologia da missão”.

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MISSÃO

Porém a partir de 1950 houve uma significativa ampliação do conceito.

Porém antes de nos atermos ao século XX, principalmente na segunda metade, faz-se necessário um rápido olhar pelo retrovisor da história da Igreja.

Seguiremos a proposta de David Bosch, em seu livro “Missão Transformadora: mudanças de paradigma na teologia da missão”.

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MISSÃO

Diferentemente de outros missiólogos, Bosch preferiu refletir sobre o tema, a partir do Novo Testamento, analisando particularmente o ministério de Jesus e, depois, da igreja primitiva, através dos textos de três importantes escritores bíblicos: Mateus, Lucas e Paulo.

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JESUS: No contexto do século I, Jesus choca o establishment religioso judaico com sua missão oniabrangente, anunciando salvação para os “pecadores” e para os fariseus, tanto aos ricos, quanto aos pobres.

MATEUS: Destaca que no evangelho de Mateus, o conceito de missões está por todo o texto e não somente na Grande Comissão.

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LUCAS: Evangelho e Atos

No Evangelho, Bosch ressalta a preocupação de Jesus com os pobres e com a necessidade dos ricos se arrependerem de suas injustiças.

Em Atos, a missão aos gentios mais especificamente nos textos que tratam dos samaritanos, apresenta a expansão da missão de Jerusalém a todas as nações. Apesar de ênfases diferentes os dois textos se correlacionam. O Espírito Santo é o ponto de ligação entre os dois volumes, pois foi através dele que Jesus iniciou e realizou sua missão, e também foi através dele que a igreja iniciou e realizou a sua missão.

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PAULO: Bosch apresenta a missiologia de Paulo fazendo uma distinção entre a apocalíptica paulina e a judaica. Define a judaica como pessimista diante do presente, enquanto a paulina trabalha em prol da redenção do mundo, aguardando a completa manifestação do reino de Deus.

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PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão

Nos quatro primeiros capítulos, num total de 193 páginas, Bosch apresenta a percepção que três importantes testemunhas da igreja primitiva (Mateus, Lucas e Paulo) tiveram do ministério de Jesus e respectivamente da responsabilidade da igreja frente ao mundo.

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PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão

Portanto não há uma definição ou um modelo de missão bíblicos.

Há, sim, percepções diferentes da ação da igreja no mundo.

Em lugares diferentes, com culturas diferentes, em momentos diferentes, respondendo a desafios diferentes, a igreja precisou mudar sua concepção e estratégia missionárias.

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PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão

Para apresentar um conceito de MISSÃO relevante para a época atual, não se deve saltar diretamente dos tempos bíblicos para hoje. Deve-se levar em conta os vinte séculos de história.

Apelar para os escritos bíblicos, aplicando-os literalmente à sociedade atual sem uma pesquisa exegética apurada, pode gerar interpretações equivocadas com resultados drásticos.

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PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão

Deve-se compreender que a(s) sociedade(s) para qual Mateus, Lucas e Paulo dirigiram seus escritos, são profundamente dessemelhantes da(s) sociedade(s) atual(is).

Esclarecer a impossibilidade de se obter um conhecimento absoluto e imutável das coisas é uma preocupação de Bosch.

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PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão

Ele afirmará que em muitos momentos da história, houve cristãos (e teólogos!) acreditando que sua compreensão da fé era “objetivamente” exata e, portanto, a única interpretação autentica do cristianismo.

Ao expor como a igreja cristã no decorrer da história interpretou e realizou sua missão, Bosch subdividiu em seis paradigmas diferentes:

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PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão

Ao apresentar esta subdivisão, Bosch estava seguindo a proposta de Hans Küng, quando apresentou a história do pensamento cristão em seis grandes eras.

Deve-se ressaltar que esta idéia não é original de Küng, pois ele utilizou-se da divisão apresentada por Thomas Kuhn ao desenvolver a teoria das mudanças de paradigmas em ciências.

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PARTE 2: Paradigmas históricos da missão

Apocalíptico do Cristianismo Primitivo

Helenístico do Período da Patrística

Católico Romano Medieval

Protestante (da Reforma)

Moderno do Iluminismo

Ecumênico Emergente

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Foi apresentado acima

Analisou a percepção missiológica de três importantes escritores bíblicos:

Mateus

Lucas

Paulo

Apocalíptico do Cristianismo Primitivo

Paradigma 1

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Momento em que o cristianismo passou de uma religião judaica a uma religião greco-romana, época esta em que mesmo não havendo uma teologia homogênea, verifica-se “contornos de um paradigma único e coerente”.

Um texto bíblico que sintetiza este paradigma é o de João 3:16, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Helenístico do Período da Patrística

Paradigma 2

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Para a igreja oriental o fundamento da missão é o amor, e seu objetivo principal promover a vida. Estava mais calcada numa teologia joanina, que paulina.

Helenístico do Período da Patrística

Paradigma 2

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Um texto bíblico que sintetizaria este paradigma é o de Lucas 14:23: “e os obrigue a entrar”.

Mesmo não fazendo uma alusão explícita ao texto de Lucas, durante a idade média a igreja, aplicou uma metodologia missionária que obrigava a conversão dos pagãos e judeus (em certos momentos pela força e em outros por lisonjas).

Católico Romano Medieval

Paradigma 3

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A busca por conquistar ou reconquistar as cidades tomadas pelo islamismo, levou a igreja-estado a implementar uma missão de cruzada (guerra santa).

Católico Romano Medieval

Paradigma 3

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Esse paradigma pode ser sintetizado através do texto bíblico de Rm 1:16-17:

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;

visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por

fé”.

Protestante (da Reforma)

Paradigma 4

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Quem precipitou o início deste paradigma foi Martinho Lutero. A Reforma Protestante não rompeu totalmente com o paradigma católico medieval, porém, trouxe novidades que repercutiu na compreensão e realização da missão neste período.

Protestante (da Reforma)

Paradigma 4

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Pode-se destacar: a doutrina da justificação pela fé; doutrina do pecado (catolicismo medieval se concentrava nos muitos pecados da humanidade, o protestantismo fala do pecado ‘original’); subjetividade da salvação; sacerdócio de todos os crentes; a centralidade das Escrituras.

Estes cinco traços acarretaram importantes consequências, positivas e negativas, para a compreensão e desenvolvimento da missão neste período.

Protestante (da Reforma)

Paradigma 4

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Antes do iluminismo, a vida em todos os seus âmbitos era permeada pela religião (as leis, a ordem social, o ethos privado e público, o pensamento filosófico, a arte), porém com sua chegada foi assumido um antropocentrismo radical.

A partir deste período a fé cristã perdeu seu caráter de tácita obviedade, levando-a a sentir-se num mundo estranho e hostil, onde deveria se auto afirmar.

Moderno do Iluminismo

Paradigma 5

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Para demarcar a influência do iluminismo sobre a teologia cristã pode-se apresentar sete características deste paradigma:

1) a razão (passou a ser importante também na teologia cristã)

2) separação entre sujeito e objeto utilizado nas ciências naturais foi aplicada à teologia;

3) a eliminação do propósito da ciência e sua substituição pela causalidade direta como chave para a compreensão da realidade;

Moderno do Iluminismo

Paradigma 5

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4) otimismo no progresso foi aplicado à teologia e à igreja;

5)distinção entre fato e valor (o iluminismo permitia aos indivíduos selecionarem a seu bel-prazer valores entre uma ampla gama de opções);

6)todos os problemas, a princípio, são solucionáveis;

7) os indivíduos são seres emancipados e autônomos.

Moderno do Iluminismo

Paradigma 5

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Diferentemente dos paradigmas anteriores onde pode-se encontrar um traço padrão e até uma referência bíblica que representasse o pensamento e a prática missionária da igreja, neste, há um entendimento diversificado e multifacetado do tema.

Dentre várias pode-se citar pelo menos três referências bíblicas, que representam grupos e entendimentos diferentes sobre a missão:

Moderno do Iluminismo

Paradigma 5

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a) At 16:9, “passa à Macedônia e ajuda-nos”, acreditando que os outros povos estavam em trevas e que os ocidentais cristãos iriam salvá-los;

b) Mt 24:14”E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”, os pré-milenaristas firmam a missão nesta visão; e,

c) Jo 10:10, “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”, alguns grupos comprometidos com o Evangelho Social.

Moderno do Iluminismo

Paradigma 5

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Este paradigma ainda está emergindo não está claro que configuração final assumirá.

Até o momento falou-se do passado, agora no entanto, ao falar do presente utiliza-se provisoriamente o paradigma da pós-modernidade.

Este tempo é marcado pela contestação das máximas levantadas pelo iluminismo (citadas no item anterior).

Ecumênico Emergente

Paradigma 6

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Eventos da história mundial abalaram profundamente a civilização ocidental: duas guerras mundiais; revoluções russa e chinesa; horrores perpetrados por governantes em nome do nacional-socialismo, fascismo, comunismo e capitalismo; colapso de grandes impérios coloniais ocidentais; rápida secularização do ocidente e outras partes do mundo.

Ecumênico Emergente

Paradigma 6

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A igreja, a teologia e a missão, não ficam incólumes a tudo isso, são influenciadas e influenciam esta sociedade.

Neste novo paradigma, pós-moderno, a igreja necessita posicionar-se de forma criativa diante da sociedade para cumprir sua missão.

Ecumênico Emergente

Paradigma 6

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Após este salto histórico, deve-se reconhecer que o conceito de missão foi se transformando, paulatinamente, no decorrer dos tempos.

A cada momento histórico, missiólogos e teólogos, em nome da igreja forjavam conceitos visando firmar o significado de missão e a forma pela qual ela deveria ser realizada.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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No início do século XX a história das missões mundiais foi marcada pela Conferência Missionária de Edimburgo (1910).

Na fase preparatória desta grande conferência aconteceram três outras conferências mundiais de missão:

LIVERPOOL (1860),

LONDRES (1888) e

NOVA IORQUE (1900).

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Aconteceram também conferências continentais (Ásia, África e América Latina).

Todas estas conferências (mundiais e continentais) debateram sobre temas como: tradução da Bíblia; ajuda médica; trabalho social; literatura em língua nativa; formação de pessoal em nível nacional, continental e mundial; lugar e formação da mulher; evangelização de novas regiões; crescimento da igreja.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Na seqüência a Edimburgo também foram realizadas outras conferências:

MISSÃO – Séculos XX e XXI

Lake Mohonk (1921) Jerusalém (1928) Tambaram (1938)

Whitby (1947) Willingen (1952) Achimota (1958)

Nova Délhi (1961)

México (1963) Bangcoc (1972)

Melbourne (1980) San Antonio (1989)

Salvador (1996)

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Ao refletir sobre as Conferências Missionárias Mundiais (Concílios Missionários Internacionais) verificam-se mudanças no paradigma de missão.

Cada Conferência procurava responder às demandas de sua época, dentro de sua visão de mundo.

Em EDIMBURGO (1910), a preocupação era alcançar os continentes não-cristãos.

Em JERUSALÉM (1928), questionou-se o avanço missionário em continentes não cristãos, pois o maior desafio no momento era o secularismo.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Em MADRAS (1938), discutiu-se sobre a mensagem cristã num mundo não-cristão.

Em WHITBY (1947), primeira conferência após a Segunda Guerra Mundial, firmou-se os ideais de Masdra, afirmando que igreja e missão não se separam (missiones ecclesiae). Porém, com a formação do CMI em 1948, verifica-se sua influência sobre o movimento missionário mundial.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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A primeira Conferência a ser realizada é a de WILLINGEN (1952), onde se firma que o ponto de partida para a missão é a Santíssima Trindade, daí o conceito de Missio Dei. Nas palavras de Longuini, tanto a missão como a igreja, deveriam viver da Missio Dei e na Missio Dei. Nesta Conferência, foi questionada a hegemonia européia e norte americana nas missões mundiais, permitindo assim, novas leituras e novos caminhos.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Em ANCHIMOTA (1958), reafirma-se o questinamento e pela primeira vez se afirma aos europeus e americanos: “Antes a missão tinha problemas, hoje a missão em si é o problema”.

Em NOVA DÉLHI (1961), discutiu-se se as igrejas não se colocariam como um empecilho às sociedades missionárias na realização da missão.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Em MÉXICO (1963), utiliza-se pela primeira vez a expressão missão mundial em seu sentido amplo, ou seja, referindo-se aos seis continentes. A partir de então mudou-se a concepção de missão como uma empresa missionária ocidental.

Em BANGCOC (1972), diante das ditaduras militares e da situação de exploração e miséria na qual vivia a maior parte da população mundial, houve uma polarização ideológica na conceituação de missão, dando-lhe um caráter extremamente social.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Em MELBOURNE (1980), veio a reação à conferência anterior, cuja preocupação principal era o pobre, só que a abordagem foi de uma missão integral (holística) que levasse em conta os vários aspectos do ser humano, não apenas o social.

Em SAN ANTONIO (1989), deu-se continuidade na mesma linha de pensamento da conferência anterior, porém o grande avanço foi na composição do plenário, que recebeu 43% de mulheres participando oficialmente, bem como, muitos leigos que não eram “funcionários da missão”.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Em SALVADOR (1996), com o tema: “Chamados para uma mesma esperança: o evangelho em diferentes culturas”, afirmou-se que participar da missão significa cumprir a obra de Deus em Cristo e encarnar sua presença no mundo de hoje.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Até o momento, tratou-se do Concílio Missionário Internacional (Comin), ou seja, as Conferências Internacionais de Missão ligadas à Edimburgo (1910), e que se mantém, até hoje, ligado ao Conselho Mundial de Igrejas (CMI) através da Comissão de Missão Mundial e Evangelização (CMME).

Este concílio no decorrer de suas conferências foi articulando um “conceito ecumênico” de missão ligado à prática social e a uma inserção cada vez maior em meio aos povos do terceiro mundo ou mundo dos dois terços.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Porém, deve-se ressaltar que existem outras estruturas organizacionais, órgãos consultivos e fóruns de debates sobre Missão Internacional, fora estes.

Apresentaremos o

MOVIMENTO EVANGELICAL CONTEMPORÂNEO

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Até o momento, em que Concílio Missionário Internacional (Comin) era um organismo independente, evangelicais e ecumênicos caminharam de forma integrada.

Porém, com a formação do CMI, este Concílio se tornou uma de suas divisões (posteriormente chamada de Comissão de Missão Mundial e Evangelização - CMME).

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Este novo momento, levou a crescente preocupação de articular a missão a partir da prática social e da necessidade dos povos do terceiro mundo.

Diante disso, houve uma reação por parte do movimento evangelical.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Dentre as várias instituições evangelicais dos últimos tempos, pode-se destacar:

Associação Interdenominacional para missão no exterior (Aime);

Associação evangelical para missão no exterior (Aeme);

Associação Evangelística Billy Graham; Comunhão Evangelical Mundial (CEM);

Visão Mundial;

Comunhão Cristã Interuniversitária;

Campus Cruzade International;

Escola de Missões do seminário de Fuller;

Revista Christianity Today.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Estes organismos evangelicais realizaram vários encontros, congressos e fóruns para discutir a missão mundial.

Porém, o marco do redimensionamento da missão no movimento evangelical contemporâneo aconteceu com o Congresso Mundial de Evangelização, realizado em Lausanne (1974).

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Neste congresso (LAUSANE) os participantes (2700) assinaram um pacto (PACTO DE LAUSANNE), onde delineavam sua compreensão de missão e evangelização.

A partir de então os evangelicais passaram a usar este documento como símbolo de unidade, utilizando nomenclaturas como “movimento de Lausanne” ou “espírito de Lausanne”.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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O Pacto de Lausanne apresenta os seguintes temas

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o propósito de Deus,

a autoridade e o poder da Bíblia,

a unicidade e a universalidade de Cristo,

a natureza da evangelização,

a responsabilidade social cristã,

a Igreja e a evangelização,

cooperação na evangelização,

esforço conjugado de igrejas na evangelização,

urgência da tarefa evangelística,

evangelização e cultura,

educação e liderança,

conflito espiritual,

liberdade e perseguição,

o poder do Espírito Santo,

retorno de Cristo

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Logo após o Congresso, foi organizado o Comitê de Lausanne para a Evangelização Mundial (Clem), que se reuniu em 1976 na cidade do México criando três comissões de trabalho:

comunicação

teologia

estratégia.

MISSÃO – Séculos XX e XXI

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Em 1989 o Clem convocou mais um Congresso de Evangelização Mundial, para Manilla (Filipinas), com o tema: “Proclamar a Cristo até que Ele volte”.

Com a participação de 3.600 líderes de 190 nações, este Congresso foi denominado Lausanne II.

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Segundo Longuini, este congresso desejava retornar aos pressupostos básicos do Pacto de Lausanne, porém foi um fracasso, por dois motivos:

o primeiro, porque deixou temas relevantes de Lausanne de fora da discussão;

o segundo, porque sofreu um grande boicote dos evangelicais com posturas radicais (os engajados na linguagem de Bosch).

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Este Congresso foi convocado, organizado e dirigido por missionários norte-americanos, com posturas radicalmente fundamentalistas, isto demonstrou o rumo para o qual se dirigia a missão fundamentada no evangelicalismo.

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Em outubro de 1999, em Foz do Iguaçu (Brasil), a Aliança Evangélica Mundial (AEM) reuniu 160 missionários, missiólogos e lideres de igreja de 53 países, numa consulta missiológica internacional, cujos objetivos são apresentados no documento resultante da Consulta, “A Declaração de Iguaçu”:

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A Declaração de Iguaçu

1. Refletir juntos acerca dos desafios e oportunidades diante das missões mundiais no limiar do novo milênio.

2. Rever as diferentes tendências desenvolvidas durante o século XX na prática missiológica evangélica, especialmente desde o Congresso de Lausanne em 1975.

3. Continuar desenvolvendo e aplicando uma missiologia bíblica pertinente que reflita a diversidade cultural do povo de Deus.

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Nos dias 16 a 25 de outubro de 2010, em resposta a mais convocação do Clem, aconteceu o Terceiro Congresso Missionário (Lausanne) na Cidade do Cabo na África do Sul, seguindo a mesma postura do anterior (Manilla).

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Ainda que na década de 1980, na visão de Bosch, os evangelicais parecessem reformular sua posição dicotômica (evangelismo versus envolvimento social), parece que em Manilla (1989) e cidade do Cabo (2010) o enfoque foi a evangelização no sentido, mais conservador e fundamentalista do termo.

Como se viu na citação acima, a preocupação é proclamar o Evangelho e que as pessoas decidam pessoalmente por Cristo.

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Fez-se necessária esta caminhada histórica pelos últimos vinte séculos, para que se reconheça a complexidade, bem como, a riqueza do termo Missão.

Apelar para a compreensão e percepção missionárias dos escritores bíblicos, aplicando-as literalmente, sem uma pesquisa exegética aprofundada, pode gerar interpretações equivocadas com resultados drásticos.

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Durante toda a história da igreja, missiólogos e teólogos, forjaram conceitos visando firmar o significado da missão e a forma pela qual ela deveria ser realizada.

Sabendo que nenhuma definição será completa, provisoriamente, acolheremos a que Bosch conclui seu livro, por considerá-la, na concepção deste pesquisador, simples e profunda:

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Durante toda a história da igreja, missiólogos e teólogos, forjaram conceitos visando firmar o significado da missão e a forma pela qual ela deveria ser realizada.

Sabendo que nenhuma definição será completa, provisoriamente, acolheremos a que Bosch conclui seu livro, por considerá-la, na concepção deste pesquisador, simples e profunda:

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“missão é, simplesmente, a participação das pessoas cristãs na missão libertadora de

Jesus, apostando em um futuro que a experiência verificável parece desmentir. Ela é a boa nova do amor de Deus, encarnado no testemunho de uma comunidade, em

prol do mundo”.

(Bosch)

MISSÃO – Séculos XX e XXI