História Do Alumínio

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História do Alumínio O alumínio, apesar de ser o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, é o metal mais jovem usado em escala industrial. Há sete milênios, ceramistas da Pérsia já produziam seus vasos com um tipo de barro que continha óxido de alumínio, que hoje conhecemos como alumina. Trinta séculos mais tarde, egípcios e babilônios usaram uma outra substância contendo alumínio na fabricação de cosméticos e produtos medicinais. Sua cronologia mostra que, mesmo nas civilizações mais antigas, o metal dava um tom de modernidade e sofisticação aos mais diferentes artefatos. Não obstante, durante seus primeiros usos, nada se sabia sobre o metal na forma como o conhecemos hoje, já que o alumínio só começou a ser produzido comercialmente há cerca de 150 anos. Cronologia 6000 a.C. Os Persas fabricaram potes e recipientes de argila que continham óxido de alumínio (Al2O3) 3000 a.C. Argilas com alumina eram utilizadas por povos antigos do Egito e Babilônia para a fabricação de cosméticos, medicamentos e corantes de tecidos 1809 Primeira obtenção do que até então mais se aproximava do alumínio. Humphrey Davy foi o mentor da descoberta, fundindo ferro na presença de alumina 1821 O francês P. Berthier descobre um minério avermelhado, que contém 52% de óxido de alumínio, perto da aldeia de Lês Baux, no sul da França. É a descoberta da bauxita, o minério mais comum de alumínio 1825 O físico dinamarquês Hans Christian Oersted consegue isolar o alumínio de outra maneira, a partir do cloreto de alumínio na forma como é conhecido hoje 1854 Primeira obtenção do alumínio por via química, realizada por Henry Saint Claire Deville

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aluminio e suas ligas

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  • Histria do Alumnio

    O alumnio, apesar de ser o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, o

    metal mais jovem usado em escala industrial. H sete milnios, ceramistas da Prsia j

    produziam seus vasos com um tipo de barro que continha xido de alumnio, que hoje

    conhecemos como alumina. Trinta sculos mais tarde, egpcios e babilnios usaram

    uma outra substncia contendo alumnio na fabricao de cosmticos e produtos

    medicinais.

    Sua cronologia mostra que, mesmo nas civilizaes mais antigas, o metal dava um tom

    de modernidade e sofisticao aos mais diferentes artefatos. No obstante, durante seus

    primeiros usos, nada se sabia sobre o metal na forma como o conhecemos hoje, j que o

    alumnio s comeou a ser produzido comercialmente h cerca de 150 anos.

    Cronologia

    6000 a.C.

    Os Persas fabricaram potes e recipientes de argila que continham xido de alumnio

    (Al2O3)

    3000 a.C.

    Argilas com alumina eram utilizadas por povos antigos do Egito e Babilnia para a

    fabricao de cosmticos, medicamentos e corantes de tecidos

    1809

    Primeira obteno do que at ento mais se aproximava do alumnio. Humphrey Davy

    foi o mentor da descoberta, fundindo ferro na presena de alumina

    1821

    O francs P. Berthier descobre um minrio avermelhado, que contm 52% de xido de

    alumnio, perto da aldeia de Ls Baux, no sul da Frana. a descoberta da bauxita, o

    minrio mais comum de alumnio

    1825

    O fsico dinamarqus Hans Christian Oersted consegue isolar o alumnio de outra

    maneira, a partir do cloreto de alumnio na forma como conhecido hoje

    1854

    Primeira obteno do alumnio por via qumica, realizada por Henry SaintClaire

    Deville

  • 1855

    Deville mostra, na exposio de Paris, o primeiro lingote de um metal muito mais leve

    que o ferro. Torna-se pblico o processo de obteno de alumnio por meio da reduo

    eletroltica da alumina dissolvida em banho fundido de criolita. Esse procedimento foi

    desenvolvido separadamente pelo norte-americano Charles Martin Hall e pelo francs

    Paul Louis Toussaint Hroult, que o descobriram e o patentearam quase

    simultaneamente. Esse processo ficou conhecido como Hall-Herult e foi o que

    permitiu o estabelecimento da indstria global do alumnio

    1945

    Na cidade de Ouro Preto (MG) produzido o primeiro lingote de alumnio do

    Hemisfrio Sul, na fbrica da Elquisa.

    Alumnio e Suas Ligas

    O alumnio metlico obtido pela reduo eletroltica da alumina (Al2O3) dissolvida

    em creolina lquida. O processo, chamado de Hall-Herolut foi desenvolvido em 1886 de

    maneira independente por Charles Hall (Estados Unidos) e Paul Heroult (Frana). As

    primeiras aplicaes do alumnio foram objetos de decorao como molduras de

    espelhos, travessas e utenslios domsticos. Com o tempo, cresceu a diversidade das

    aplicaes do alumnio, de maneira que, praticamente todos os aspectos da vida

    moderna so afetados diretamente ou indiretamente pelo seu uso. Recentemente os

    maiores mercados para as ligas de alumnio so:

    Embalagens para alimentos e medicamentos 34%;

    Industria automobilstica e de transportes - 21%;

    Construo civil (fachadas, pontes, torres, tanques de estocagem) - 17%;

    Cabos e componentes eltricos - 9%;

    Bens durveis (8%);

    Indstria de equipamentos e maquinaria - 7%

    Outros - 4%.

  • Localizao da Indstria

    VANTAGENS DO ALUMINIO

    Leveza

    Caracterstica essencial na indstria de transportes, a leveza do alumnio representa

    menor consumo de combustvel, menor desgaste, mais eficincia e capacidade de carga.

    Para o setor de alimentos, traz funcionalidade e praticidade s embalagens por seu peso

    reduzido em relao a outros materiais.

    Elevada conduo de energia

    O alumnio um excelente meio de transmisso de energia, seja eltrica ou trmica. Um

    condutor eltrico de alumnio pode conduzir tanta corrente eltrica quanto um de cobre,

    que duas vezes mais pesado e, consequentemente, caro. Por isso, o alumnio muito

    utilizado pelo setor de fios e cabos.

    O metal tambm oferece um bom ambiente de aquecimento e resfriamento. Trocadores

    e dissipadores de calor em alumnio so utilizados em larga escala nas indstrias

    alimentcia, automobilstica, qumica, aeronutica, petrolfera, etc. Para as embalagens e

    utenslios domsticos, essa caracterstica confere ao alumnio a condio de melhor

    condutor trmico, o que na cozinha extremamente importante.

  • Impermeabilidade e opacidade

    Caracterstica fundamental para embalagens de alumnio para alimentos e

    medicamentos. O alumnio no permite a passagem de umidade, oxignio e luz. Essa

    propriedade faz com que o metal evite a deteriorao de alimentos, remdios e outros

    produtos consumveis.

    Alta relao resistncia/peso

    Importante para a indstria automotiva e de transportes, confere um desempenho

    excepcional a qualquer parte de equipamento de transporte que consuma energia para se

    movimentar. Aos utenslios domsticos oferece uma maior durabilidade e manuseio

    seguro, com facilidade de conservao. Com uma resistncia trao de 90 Mpa, por

    meio do trabalho a frio, essa propriedade pode ser praticamente dobrada, permitindo seu

    uso em estruturas, com excelente comportamento mecnico, aprovado em aplicaes

    como avies e trens.

    Beleza

    O aspecto externo do alumnio, alm de conferir um bom acabamento apenas com sua

    aplicao pura, confere modernidade a qualquer aplicao por ser um material nobre,

    limpo e que no se deteriora com o passar do tempo. Por outro lado, o metal permite

    uma ampla gama de aplicaes de tintas e outros acabamentos, mantendo sempre o

    aspecto original e permitindo solues criativas de design.

    Durabilidade

    O alumnio oferece uma excepcional resistncia a agentes externos, intempries, raios

    ultravioletas, abraso e riscos, proporcionando elevada durabilidade, inclusive quando

    usado na orla martima e em ambientes agressivos.

  • Maleabilidade e soldabilidade

    A alta maleabilidade e ductibilidade do alumnio permite indstria utiliz-lo de

    diversas formas. Suas propriedades mecnicas facilitam sua conformao e possibilitam

    a construo de formas adequadas aos mais variados projetos.

    Resistncia corroso

    O alumnio tem uma autoproteo natural que s destruda por uma condio

    agressiva ou por determinada substncia que dissipe sua pelcula de xido de proteo.

    Essa propriedade facilita a conservao e a manuteno das obras, em produtos como

    portas, janelas, forros, telhas e revestimentos usados na construo civil, bem como em

    equipamentos, partes e estruturas de veculos de qualquer porte. Nas embalagens fator

    decisivo quanto higienizao e barreira contaminao.

  • Resistncia e dureza

    Ao mesmo tempo em que o alumnio possui um alto grau de maleabilidade, ele tambm

    pode ser trabalhado de forma a aumentar sua robustez natural. Com uma resistncia

    trao de 90 Mpa, por meio do trabalho a frio, essa propriedade pode ser praticamente

    dobrada, permitindo seu uso em estruturas, com excelente comportamento mecnico,

    aprovado em aplicaes como avies e trens.

    Possibilidade de muitos acabamentos

    Seja pela anodizao ou pela pintura, o alumnio assume a aparncia adequada para

    aplicaes em construo civil, por exemplo, com acabamentos que reforam ainda

    mais a resistncia natural do material corroso.

    Infinitamente reciclvel

    Uma das principais caractersticas do alumnio sua alta reciclabilidade. Depois de

    muitos anos de vida til, segura e eficiente, o alumnio pode ser reaproveitado, com

    recuperao de parte significativa do investimento e economia de energia, como j

    acontece largamente no caso da lata de alumnio. Alm disso, o meio ambiente

  • beneficiado pela reduo de resduos e economia de matrias-primas propiciadas pela

    reciclagem.

    Cadeia Primria

    O alumnio no encontrado diretamente em estado metlico na crosta terrestre. Sua

    obteno parte da Minerao da bauxita e segue para as etapas posteriores de Refinaria

    e Reduo.

    Minerao

    O alumnio obtido a partir da bauxita, um minrio que pode ser encontrado em trs

    principais grupos climticos: o Mediterrneo, o Tropical e o Subtropical. A bauxita

    deve apresentar no mnimo 30% de xido de alumnio (Al2O3) aproveitvel para que a

    produo de alumnio seja economicamente vivel. As reservas brasileiras de bauxita,

    alm da tima qualidade do minrio tambm esto entre as maiores do mundo.

    A minerao de bauxita pode ser assim exemplificada:

    Remoo planejada da vegetao e do solo orgnico;

    Retirada das camadas superficiais do solo (argilas e lateritas);

    Beneficiamento

    Inicia-se na britagem, para reduo de tamanho;

    Lavagem do minrio com gua para reduzir (quando necessrio) o teor de slica

    contida na parcela mais fina;

    Secagem

    Refinaria

    Essa fase do processo alm de ser insumo para a obteno do alumnio primrio, a

    alumina tem diversas aplicaes como a fabricao de materiais refratrios, tratamento

    de gua, uso em produtos abrasivos e para polimento, como retardante de chamas, na

    fabricao de velas de ignio entre outros.

    O processo mais utilizado para obteno de alumina Bayer.

    Acompanhe o fluxo:

    Moagem e dissoluo da alumina em soda custica;

    Filtrao da alumina para separar o material slido;

    O filtrado concentrado para a cristalizao da alumina;

    Os cristais so secados, precipitados e calcinados para eliminar gua;

    O p branco de alumina pura enviado reduo, onde ocorre o processo de

    reduo eletroltica conhecido como Hall-Hroult.

  • Reduo do alumnio

    A obteno do alumnio ocorre pela reduo da alumina calcinada em cubas

    eletrolticas, a altas temperaturas, no processo conhecido como Hall-Hroult. So

    necessrias duas toneladas de alumina para produzir uma tonelada de metal primrio

    pelo processo de Reduo.

    A transformao da alumina calcinada em alumnio metlico pode ser assim

    exemplificada

    A alumina dissolvida em um banho de creolina fundida e fluoreto de alumnio

    em baixa tenso, decompondo-se em oxignio;

    O oxignio se combina com o nodo de carbono, desprendendo-se na forma de

    dixido de carbono, e em alumnio lquido, que se precipita no fundo da cuba

    eletroltica;

    O metal lquido (j alumnio primrio) transferido para a refuso atravs de

    cadinhos;

    So produzidos os lingotes, as placas e os tarugos de metal primrio.

  • Processos de Produo

    Uma das vantagens mais importantes do alumnio o fato de poder ser transformado

    com facilidade. O alumnio pode ser laminado em qualquer espessura e extrudado numa

    infinidade de perfis de seo transversal constante e grande comprimento. O metal pode

    ser tambm, forjado ou impactado. Arames de alumnio trefilados a partir de vergalhes

    do origem a fios de alumnio que, aps serem encordoados, transformam-se em cabos

    condutores.

    A facilidade e a velocidade com o qual o alumnio pode ser usinado outro importante

    fator que contribui para difundir o uso desse material e que tambm aceita,

    praticamente, todos os mtodos de unio, tais como rebitagem, soldagem, brasagem e

    colagem. Alm disso, para a maioria das aplicaes do alumnio no so necessrios

    revestimentos de proteo.

    Laminao

    um processo de transformao mecnica que consiste na reduo da seo transversal

    por compresso do metal, por meio da passagem entre dois cilindros de ao ou ferro

    fundido com eixos paralelos que giram em torno de si mesmos. Esta seo transversal

    retangular e refere-se a produtos laminados planos de alumnio e suas ligas,

    compreendendo desde chapas grossas com espessuras de 150 mm, usadas em usinas

    atmicas, at folhas com espessura de 0,005 mm, usadas em condensadores. Existem

    dois processos tradicionais de laminao de alumnio: laminao a quente e laminao a

    frio. Atualmente, a indstria tambm utiliza-se da laminao contnua.

    Os principais tipos de produtos laminados so: chapas planas ou bobinadas, folhas e

    discos. Esses semimanufaturados tm diversas aplicaes em setores como transportes

  • (carrocerias para nibus, equipamentos rodovirios, elementos estruturais, etc.),

    construo civil (telhas, fachadas, calhas, rufos, etc.), embalagens (latas, descartveis e

    flexveis) e bens de consumo (panelas, utenslios domsticos, etc.).

    Laminao a quente

    Promove redues da seo transversal com o metal a uma temperatura mnima de

    aproximadamente 350C (igual temperatura de recristalizao do alumnio). A

    ductilidade do metal a temperaturas desta ordem mxima e, nesse processo ocorre, a

    recristalizao dinmica na deformao plstica. O processo transcorre da seguinte

    forma:

    Uma placa (matria-prima inicial) produzida na refuso, por meio de fundio

    semicontnua ou em molde com seo transversal retangular.

    A placa pode sofrer uma usinagem superficial (faceamento) para remoo da

    camada de xido de alumnio, dos gros colunares (primeiro material

    solidificado) e das impurezas provenientes da fundio.

    Posteriormente, a placa aquecida at tornar-se semiplstica.

    A laminao a quente se processa em laminadores reversveis duplos (dois

    cilindros) ou qudruplos (dois cilindros de trabalho e dois de apoio ou encosto).

    O material laminado deslocado, a cada passada, por entre os cilindros, sendo

    que a abertura dos mesmos define a espessura do passe. A reduo da espessura

    por passe de aproximadamente 50% e depende da dureza da liga que est

    sendo laminada. No ltimo passe de laminao, o material apresenta-se com

    espessura ao redor de 6mm, sendo enrolado ou cortado em chapas planas,

    constituindo-se na matria-prima para o processo de laminao a frio.

    Laminao a frio

    Realiza-se a temperaturas bem inferiores s de recristalizao do alumnio. A matria-

    prima oriunda da laminao a quente. A laminao a frio executada, geralmente, em

    laminadores qudruplos, reversveis ou no, sendo este ltimo mais empregado. O

    nmero de passes depende da espessura inicial da matria-prima, da espessura final, da

  • liga e da tmpera do produto desejado. Os laminadores esto dimensionados para

    redues de sees entre 30% e 70% por passe, dependendo, tambm, das

    caractersticas do material em questo. Laminadores mais sofisticados possuem

    sistemas computadorizados de controle de espessura e de planicidade. Na laminao a

    frio utilizam-se dois recursos: tenses avante e tenses a r.

    Ambas aliviam o esforo de compresso exercido pelos cilindros ou aumentam a

    capacidade de reduo por passe. Estes recursos so tambm responsveis pela reduo

    da espessura no caso de laminao de folhas finas, em que os cilindros de laminao

    esto em contato e praticamente sem abertura perceptvel.

    A deformao a frio confere encruamento ao alumnio. Aumenta os limites de

    resistncia trao e ao escoamento, com diminuio do alongamento. Esse

    procedimento produz um metal com bom acabamento superficial e preciso controle

    dimensional.

    Os produtos laminados de alumnio so utilizados em todas as operaes metalrgicas

    usuais de chapas, incluindo aquelas que exigem do metal de excepcional ductilidade,

    como o caso de processos como estampagem, extruso por impacto, perfilao

    (roletagem), etc. Recozimentos intermedirios podem ser realizados para amolecimento

    (recristalizao) e para facilitar posterior laminao ou determinar tmperas

    especficas.

    Os produtos laminados a frio mais finos (folhas), com espessura de at 0,005 mm, so

    produzidos em laminadores especficos, que concebem o processo de laminao de

    folhas dupladas com lubrificao entre elas.

  • Laminao contnua

    Outro processo atualmente muito utilizado o de laminao contnua que elimina a

    etapa de laminao a quente. O alumnio solidificado entre dois cilindros refrigerados

    internamente por gua, que giram em torno de seus eixos, produzindo uma chapa com

    seo retangular e espessura aproximada de 6mm. Posteriormente, esta chapa

    enrolada, obtendo-se assim um produto similar quele obtido por laminao a quente.

    Porm, este produto apresentar uma estrutura bruta de fuso bastante refinada, dada a

    alta eficincia do refinador de gro utilizado no vazamento.

    Estampagem

    Chapas e discos de alumnio so amplamente utilizados para repuxao e estampagem

    profunda. Nesse processo, o material pressionado por uma puno contra uma matriz,

    como acontece com os utenslios domsticos e latas de bebidas. Estas operaes

    requerem material com grande plasticidade, alta ductilidade e com uma baixa taxa de

    encruamento. Os melhores resultados so obtidos quando o metal possui um tamanho de

    gro pequeno e uniforme. Assim, as ligas das sries 1xxx e 3xxx so mais utilizadas

    para estas aplicaes, a no ser que os componentes acabados tenham que ter maior

    resistncia.

    Outro mtodo usado para confirmar se um determinado material foi escolhido

    adequadamente um simples teste de dobramento. realizado em chapas de espessura

    fina em que se determina qual o menor raio em que elas conseguem ser dobradas sem se

    romper. Enquanto um material recozido pode ser dobrado completamente, um raio cujo

    dobramento de cinco vezes a espessura pode ser o mnimo obtido para material duro,

    totalmente tratado termicamente.

    Extruso por impacto

  • Tambm chamado de extruso a frio, esse processo aumenta a resistncia do material,

    melhora o acabamento superficial e permite tolerncias dimensionais mais estreitas. O

    material sofre um sbito impacto por meio de um puno, provocando o seu

    estiramento, como o caso dos tubos de remdio e de aerossis.

    Extruso

    um processo de transformao termomecnica no qual um tarugo de metal reduzido

    em sua seo transversal quando forado a fluir atravs do orifcio de uma matriz

    (ferramenta), sob o efeito de altas presses e temperatura. Como uma pasta de dente

    sendo expelida para fora de seu tubo.

    A variedade de perfis que podem ser extrudados em alumnio praticamente ilimitada.

    O processo reduz custos, pois elimina operaes posteriores de usinagem ou juno, e

    possibilita a obteno de sees mais resistentes pela adequada eliminao de juntas

    frgeis e uma melhor distribuio de metal. Entre os principais tipos de produtos

    extrudados esto perfis slidos, tubulares e semi-tubulares. Suas aplicaes so ideais

    para os setores de construo civil, bens de consumo, indstria eltrica e transportes.

    Trefilao

    um processo de transformao pela deformao mecnica a frio que permite a

    diminuio da seo transversal de um produto pela passagem atravs de uma matriz,

    por esforo de trao. Anlogo laminao, o processo aumenta as propriedades

    mecnicas da liga, diminuindo as tolerncias dimensionais, melhorando o acabamento

    superficial e produzindo bitolas que seriam mais complexas de se obter por extruso.

    Normalmente, so trefiladas ligas no tratveis (aumentando suas propriedades

    mecnicas) e tratveis termicamente (nas quais a funo a de preciso dimensional). A

    indstria utiliza dois sistemas de trefilao:

    Em bancos: para barras e tubos de maior dimetro;

    Em blocos rotativos: para dimenses menores de vergalhes e tubos.

    Forjamento

    O forjamento o processo de conformao pelo qual se obtm a forma desejada de uma

    pea por martelamento ou aplicao gradativa de uma presso. A maioria das operaes

    de forjamento feitas a quente. A indstria utiliza trs mtodos de forjamento: matriz

    aberta, matriz fechada com rebarba e matriz fechada sem rebarba.

  • No forjamento do alumnio, um bloco, tarugo ou perfil aquecido e pressionado contra

    uma matriz bipartida, na qual foi escavada a forma da pea em negativo. O metal escoa,

    preenchendo a cavidade formada pelo ferramental, tomando a forma da pea.

    Depois das ligas ferrosas, o alumnio o metal mais utilizado para forjamento, sendo

    utilizado principalmente nas indstrias aeronutica, blica, transportes, mquinas e

    equipamentos. Sua aplicao abrange peas como rodas, eixos, longarinas, bielas, peas

    de bicicletas, motores, rotores, engrenagens, pistes, etc.

    Fundio

    um dos primeiros processos industriais utilizados na produo de artigos de metal. A

    fundio em alumnio pode ser feita por gravidade, com uso de areia ou molde metlico,

    e sob presso, (alta ou baixa). Alm desses h tambm processos especiais, com cera

    perdida e tixofundio.

    As peas fundidas de alumnio tm suas principais aplicaes na rea automotiva e de

    transportes. Como exemplo, pode-se citar blocos de motor, cabeotes, caixas de cmbio,

    carcaas e rodas para automveis e veculos pesados, entre outros.

    As peas de alumnio podem ser produzidas a partir dos seguintes processos:

    Fundio em areia

    O vazamento de metal lquido em moldes de areia uma das mais antigas artes

    industriais. Ainda utilizado quando as peas fundidas so requeridas em pequenas

    quantidades, de tamanho excepcionalmente grande ou muito intricadas.

    Fundio em Coquilha

    Feito por gravidade, esse processo consiste em obter peas por meio do vazamento do

    metal lquido em um molde metlico, tambm chamado de coquilha. A introduo do

    metal essencialmente determinada pela fora da gravidade.

    Fundio sob presso

    Consiste na injeo de um metal lquido contido em um recipiente (cmara de injeo)

    para o interior da cavidade de um molde fabricado em ao, por meio de um pisto. Na

    primeira fase, o ar eliminado da cmara de injeo. Depois, h um rpido

    preenchimento da cavidade do molde para evitar o resfriamento do metal. A ltima

    etapa a compactao do metal para diminuir o volume das microporosidades

    decorrentes da contrao de solidificao do metal.

    Tixofundio

  • Tambm chamado de fundio de ligas semi-slidas de alumnio, a tecnologia utiliza,

    ao invs de alumnio lquido, o metal em "pasta", evitando o desgaste no contato entre o

    metal e o molde e aumentando a produtividade. As principais aplicaes desse processo

    se do na indstria automotiva, na fabricao de peas como suspenses, carcaas e

    discos de embreagem, entre outras.

    Soldagem

    O desenvolvimento de mtodos para a soldagem do alumnio e suas ligas abriu um novo

    segmento de mercado em aplicaes, como pontes, construes, transportes

    (embarcaes, trens e automveis), etc. O alumnio e suas ligas podem ser soldados

    satisfatoriamente com a escolha adequada da liga de adio, por meio da utilizao de

    tcnicas apropriadas, visto que as linhas de solda so bastante resistentes para as suas

    vrias aplicaes.

    A escolha do processo de soldagem determinada pela espessura do material, tipo de

    cordo de solda, requisitos de qualidade, aparncia e custo. A soldagem envolve a fuso

    conjunta das bordas a serem unidas, frequentemente pela adio de metal lquido para

    preencher um canal com a forma de V. O cordo de solda composto, parcial ou

    totalmente, por um metal-base de ressolidificao com uma estrutura bruta de fuso.

    Tradicionalmente, a solda de oxiacetileno utiliza um fluxo de sal lquido para dissolver

    o xido de alumnio e cobrir o metal lquido. A maioria dos mtodos modernos protege

    o alumnio lquido com um gs inerte (argnio ou hlio), sendo que os dois processos

    mais conhecidos e utilizados so o MIG e o TIG.

    Usinagem

    Embora quase todas as ligas possam ser usinadas, a ao de corte da ferramenta mais

    efetiva em materiais de ligas completamente envelhecidas termicamente, com baixo

    alongamento. Estas produzem cavacos menores, em contraste com as caractersticas das

    aparas contnuas dos materiais mais moles e mais dcteis.

    Ligas especiais de fcil usinagem, desenvolvidas para trabalhos em tornos automticos

    de alta velocidade, contm adies de elementos de ligas, tais como chumbo, bismuto,

    antimnio ou estanho. A presena destes elementos na estrutura do metal propicia a

    fratura de cavacos em fragmentos menores na ferramenta de corte.

    Ligas de fundio com alto teor de silcio, de maneira contrria, necessitam de menores

    velocidades e retificao mais constante da ferramenta de corte, devido s partculas

    abrasivas de silcio presentes na microestrutura.

    Acabamentos

  • importante observar que o alumnio normalmente usado sem acabamentos especiais

    de qualquer espcie. Isto se aplica a todas as diferentes formas de alumnio,

    considerando-se chapas para telhas, perfis extrudados para construo de estufas,

    mveis tubulares para jardim, pistes fundidos para veculos automotores ou folha para

    embalagem de alimento.

    Em outras palavras, para muitas aplicaes, o acabamento natural do alumnio

    totalmente satisfatrio, tanto em aparncia como em durabilidade. O alumnio

    adequado a numerosos acabamentos superficiais de proteo e decorao, alguns

    prprios do alumnio e outros que tambm se aplicam a outros metais.

    Anodizao

    Anodizao o processo pelo qual um filme de xido natural artificialmente

    produzido no alumnio, por meio do nodo de um eletrlito. O filme andico recm-

    formado, antes do estgio final de selagem, poroso e pode absorver material de

    colorao. Esta a base da maioria dos acabamentos coloridos anodizados e possibilita

    a impresso em determinadas reas, reproduzindo claramente pequenos detalhes.

    Uma variada gama de cores para aplicaes arquitetnicas podem tambm ser obtidas

    sem uma separao do tratamento de colorao. Uma porcentagem controlada de silcio

    e outros elementos introduzida na composio da liga e a composio do eletrlito

    modificada. A durabilidade das cores independe da solidez luz dos corantes ou dos

    pigmentos e eles so, por isso, especialmente durveis. A anodizao de colorao

    natural tambm frequentemente empregada para conferir uma resistncia adicional

    corroso.

    Acabamentos Mecnicos

    Alm de oferecer uma boa resposta s operaes de polimento mecnico normal e de

    lustramento, o alumnio pode receber texturas decorativas por processos mecnicos. As

    lavragens so realizadas em chapas por cilindros gravados com o relevo desejado.

    Efeitos de acabamento acetinado podem ser dados por meio de escovamento,

    jateamento ou aplicao de um composto de polimento sem gordura.

    Pintura

    Diversos tipos de pintura, baseadas em acrlicos, vinilas e outros plsticos, so adies

    vantajosas ampla gama de acabamentos para o alumnio. Especialmente em chapas

    para aplicaes na construo civil e na manufatura dos vrios tipos de mveis.

    Filmes plsticos podem ser aplicados na forma laminada, permitindo o uso de

    revestimentos em relevos mais espessos. Tintas e vernizes aderem facilmente ao

  • alumnio, prprios para a impresso de detalhes informativos e para realar a aparncia

    de todos os tipos de embalagens.

    Reciclagem

    Um diferencial do alumnio, a reciclabilidade sem perda de propriedades

    fsico/qumicas, torna o metal uma excelente escolha, principalmente para as

    embalagens de bebidas carbonatadas (refrigerantes, cervejas, etc.). O processo de

    reciclagem, alm de colaborar com a preservao ambiental, tem na economia de

    energia uma das suas maiores vantagens - utiliza apenas 5% da energia necessria para a

    produo do metal primrio a partir do minrio. O processo industrial de

    reaproveitamento da sucata do alumnio obedece s seguintes etapas:

    Estes tipos de fornos so prprios para a fundio da sucata de alumnio: rotativos,

    rotativos selado, sidewell sem sal, de induo (pouco utilizados) e de plasma (em

    desenvolvimento). Os primeiros, de tecnologia mais antiga, tm rendimento metlico

    entre 50% e 60%. J os fornos rotativos selados com sal de cobertura tm um

    aproveitamento de at 85% e apresentam pouca gerao de borra preta. Os fornos do

    tipo sidewell , tambm chamados de revrberos, so de tecnologia mais moderna, ideais

    para retalhos de baixas espessuras (0,15-0,20mm).

    Fruto da recuperao da sucata do alumnio, as ligas secundrias permitem que o metal

    seja utilizado na fabricao de diversos semielaborados e elaborados, como chapas,

    perfis, etc., prontos para reutilizao nos mais diversos segmentos da indstria do

    alumnio.

    Caractersticas Qumicas e Fsicas

    Uma excepcional combinao de propriedades faz do alumnio um dos mais versteis

    materiais utilizados na engenharia, arquitetura e indstria em geral.

  • Ponto de fuso: O alumnio possui ponto de fuso de 660C, o que relativamente

    baixo comparado ao do ao, que da ordem de 1570C.

    Peso especfico: A leveza uma das principais caractersticas do alumnio. Seu

    peso especfico de cerca de 2,70 g/cm3, aproximadamente 35% do peso do ao

    e 30% do peso do cobre.

    Resistncia corroso: O alumnio possui uma fina e invisvel camada de xido,

    a qual protege o metalde oxidaes posteriores. Essa caracterstica de auto-

    proteo d ao alumnio uma elevada resistncia corroso.

    Condutibilidade eltrica: O alumnio puro possui condutividade eltrica de 62%

    da IACS (International Annealed Copper Standard), a qual associada sua baixa

    densidade significa que um condutor de alumnio pode conduzir tanta corrente

    quanto um condutor de cobre que duas vezes mais pesado e proporcionalmente

    mais caro.

    Condutibilidade trmica: O alumnio possui condutibilidade trmica 4,5 vezes

    maior que a do ao.

    Refletividade: O alumnio tem uma refletividade acima de 80%, a qual permite

    ampla utilizao em luminrias.

    Propriedade anti-magntica: Por no ser magntico, o alumnio frequentemente

    utilizado como proteo em equipamentos eletrnicos. Alm disso, o metal no

    produz fascas, o que uma caracterstica muito importante para garantir sua

    utilizao na estocagem de substncias inflamveis ou explosivas, bem como em

    caminhes-tanque de transporte de combustveis.

    Caracterstica de barreira: O alumnio um importante elemento de barreira

    luz, tambm impermevel ao da umidade e do oxignio, tornando a folha

    de alumnio um dos materiais mais versteis no mercado de embalagens.

    Reciclagem: A caracterstica de ser infinitamente reciclvel, sem perda de suas

    propriedades fsico-qumicas uma das principais vantagens do alumnio.

    Todas essas caractersticas apresentadas conferem ao alumnio uma extrema

    versatilidade. Na maioria das aplicaes, duas ou mais destas caractersticas entram em

    jogo, por exemplo: baixo peso combinado com resistncia mecnica; alta resistncia

    corroso e elevada condutibilidade trmica.

    A tabela a seguir compara as caractersticas dos trs metais mais utilizados pela

    sociedade contempornea:

  • Propriedades fsicas tpicas Alumnio Ao Cobre

    Densidade (g/cm) 2,70 7,86 8,96

    Temperatura de fuso (C) 660 1500 1083

    Mdulo de elasticidade (MPa) 70000 205000 110000

    Coeficiente de dilatao trmica (L/C); 23.10-6 11,7.10-6 16,5.10-6

    Condutibilidade trmica a 25C (Cal/cm/C) 0,53 0,12 0,94

    Condutibilidade eltrica (%IACS) 61 14,5 100

    Ligas De Alumnio

    Os principais elementos de liga das ligas de alumnio incluem combinaes dos

    seguintes elementos:

    Cobre (Cu);

    Magnsio (Mg);

    Silcio (Si);

    Mangans (Mn)

    Zinco (Zn).

    De acordo com o produto, as ligas de alumnio podem ser divididas em dois grupos:

    Ligas conformadas ou trabalhadas ligas destinadas fabricao de produtos

    semiacabados, como laminados planos (placas, chapas e folhas), laminados no planos

    (tarugos, barras e arames) perfis extrudados e componentes forjados.

    Ligas fundidas ligas destinadas a fabricao de componentes fundidos.

    Somando-se as ligas conformadas e as ligas fundidas, existem mais de 600 ligas

    reconhecidas industrialmente.

    Estes dois grupos se subdividem em:

    Ligas No-Tratveis - no so endurecidas por meio de tratamento trmico

    Ligas tratveis termicamente So endurecidas por meio de tratamentos

    trmicos.

    importante destacar que termo tratamento trmico , no seu sentido mais amplo,

    qualquer operao de aquecimento ou resfriamento realizada para modificar as

    propriedades mecnicas, estrutura metalrgica ou estado te tenses internas de um

    produto metlico. Nas ligas de alumnio, o tratamento trmico restrito a operaes

  • especficas utilizadas para aumentar a resistncia e dureza de ligas endurecveis por

    precipitao (conformadas ou fundidas).

    Ligas

    O alumnio fundido dissolve outros metais e substncias metaloides como o silcio (que

    atua como metal). Quando o alumnio se resfria e se solidifica, alguns dos constituintes

    da liga podem ser retidos em soluo slida. Isto faz com que a estrutura atmica do

    metal se torne mais rgida. Os tomos podem ser visualizados como sendo arranjados

    em uma rede cristalina regular formando molculas de tamanhos diferentes daqueles do

    elemento de liga principal. A principal funo das ligas de alumnio aumentar a

    resistncia mecnica sem prejudicar as outras propriedades. Assim, novas ligas tm sido

    desenvolvidas combinando as propriedades adequadas a aplicaes especficas. O metal quente pode manter mais elementos de liga em soluo slida do que quando frio.

    Consequentemente, quando resfriado, ele tende a precipitar o excesso dos elementos de

    liga da soluo. Este precipitado pode ser na forma de partculas duras, consistindo de

    compostos intermetlicos, tais como: CuAl2 ou Mg2Si. Estes agregados de tomos

    metlicos tornam a rede cristalina ainda mais rgida e endurecem a liga.

    A descoberta do "envelhecimento" das ligas que contm magnsio e silcio conduziu ao

    desenvolvimento das principais ligas estruturais utilizadas hoje na engenharia. Este foi

    um trabalho pioneiro no campo das ligas de alumnio-magnsio, amplamente utilizadas

    atualmente na indstria naval.

  • Outro importante emprego do alumnio sua utilizao nas ligas de fundio, que

    permitem um maior aproveitamento das sucatas de avies.

    Elementos de liga

    Um dos aspectos que tornam as ligas de alumnio to atraentes como materiais de

    construo mecnica o fato do alumnio poder combinar-se com a maioria dos metais

    de engenharia, chamados de elementos de liga. Com essas associaes, possvel obter

    caractersticas tecnolgicas ajustadas de acordo com a aplicao do produto final. Mas

    para isso, preciso conhecer bem as vantagens e limitaes de cada elemento para fazer

    a melhor seleo.

    O grande alcance das ligas oferece indstria uma grande variedade de combinaes de

    resistncia mecnica, resistncia corroso e ao ataque de substncias qumicas,

    condutibilidade eltrica, usinabilidade, ductibilidade, formabilidade, entre outros

    benefcios.

    A funo de cada elemento da liga se altera de acordo com a quantidade dos elementos

    presentes na liga e com a sua interao com outros elementos. Em geral, podemos

    dividir os elementos entre: - Elementos que conferem liga a sua caracterstica

    principal (resistncia mecnica, resistncia corroso, fluidez no preenchimento de

    moldes, etc.);

    - Elementos que tm funo acessria, como o controle de microestrutura, de impurezas

    e traos que prejudicam a fabricao ou a aplicao do produto, os quais devem ser

    controlados no seu teor mximo.

    Principais grupos de ligas trabalhveis

    Ligas da srie 3XXX: Uma das mais utilizadas. Sua conformabilidade e a resistncia

    corroso so similares s do alumnio comercialmente puro (ligas da srie 1XXX), com

    propriedades mecnicas um pouco maiores, particularmente quando deformadas a frio.

    Ligas da srie 5XXX: So as mais resistentes. Esto disponveis em vrios formatos,

    como lminas, chapas, perfis, tubos, arames, etc. Elas tambm possuem elevada

    resistncia corroso e so facilmente produzidas e soldadas.

    Ligas tratadas termicamente de mdia resistncia:Contm magnsio e silcio (ligas

    da srie 6XXX) e possuem elevada resistncia corroso, mas perdem um pouco da sua

  • capacidade de serem trabalhadas (o que, em sees estruturais retas, muito difundidas

    em aplicaes estruturais, irrelevante).

    Ligas tratadas termicamente de elevada resistncia: Tm no cobre (srie 2XXX) ou

    zinco (srie 7XXX) os principais elementos de liga. So to resistentes quanto o ao

    estrutural, mas necessitam de proteo superficial. Estas ligas so utilizadas quando o

    fator resistncia/peso for o principal, como na aviao.

    Ligas de Fundio

    Diferentemente dos materiais trabalhveis, que esto sujeitos a uma variao dos

    processos de aquecimento e de resfriamento, as ligas de fundio, cuja composio

    qumica obedece a Norma ABNT NBR15975, adquirem suas propriedades na condio

    de fundida (em alguns casos, com tratamento trmico) e, consequentemente, um grupo

    diferente de ligas tem sido formulado para a produo de peas fundidas.

    As ligas empregadas nas aplicaes gerais de engenharia frequentemente contm silcio

    para melhorar suas caractersticas de fundio, tais como fluidez (no vazamento) e

    resistncia a trincas de contrao (quando o metal quente se solidifica e se contrai).

    O cobre tambm frequentemente utilizado como um elemento de liga, para

    proporcionar s propriedades mecnicas maior dureza e resistncia exigidas em servio.

    As ligas alumnio-magnsio apresentam maiores problemas na fundio, mas possuem

    boa resistncia e ductilidade. Elas so amplamente utilizadas, particularmente em

    ambientes agressivos, como, por exemplo, em peas e acessrios de navios.

    Uma pequena proporo de magnsio tambm est presente em algumas ligas em

    conjunto com silcio para tornar a liga mais suscetvel a tratamentos trmicos.

  • Referencias

    http://www.abal.org.br/aluminio/localizacao-da-industria/

    http://www.dalmolim.com.br/educacao/materiais/biblimat/aluminioconf.pdf