História do Futebol de Mesa

11
História do Jogo de Botões... Futebol de Mesa Futebol de Mesa o antigo jogo de botão é hoje um esporte de alto rendimento reconhecido pelo Ministério dos Esportes e por uma legião de praticantes no Brasil e no exterior, porem não se sabe com certeza, onde e como surgiu o “jogo de botões”, aquilo que se tornaria o esporte difundido e amado por praticantes e admiradores, com sua diversidade de regras e materiais, vamos tentar falar um pouco do esporte que tanto amamos. Duas brincadeiras de criança que podem ter dado origem ao esporte também: O jogo da pulga, muito praticado na Europa, principalmente na Inglaterra que, consistia em pressionar uma ficha com outra fazendo com que esta saltasse para um determinado alvo, o gol, que seria um recipiente feito de vidro, madeira, plástico ou até papelão, sobre uma superfície lisa coberta por um tecido. Este jogo foi destaque no livro “Os Melhores Jogos do Mundo” da editora Abril. Veja abaixo uma breve descrição extraída do referido livro: “Este jogo de destreza é muito popular em vários países da Europa e nos Estados Unidos, tanto entre as crianças como entre os adultos. Na Inglaterra, por exemplo, existem vários clubes e associações que se destinam exclusivamente à sua prática. Um dos maiores jogadores do país é o Príncipe Charles. A semelhança estaria no fato de que essa ficha pressionada por outra, seria o botão pressionado pela palheta, com a diferença que no jogo da pulga a ficha salta em direção ao alvo, e no futebol de mesa, o botão desliza sobre a mesa para acertar a bola e fazer com que esta, sim, vá até o seu destino que seria a baliza, tendo ainda que transpor uma barreira que é o goleiro.” A outra hipótese, é que poderia ser derivado de um jogo com três tampinhas de garrafa, no qual com o dedo da mão fazia-se com que esta tampinha passasse entre duas outras, por três vezes, sem esbarrar nas demais até chegar ao seu alvo, que seria o gol. A explicação para este jogo evoluir até o futebol de mesa seria que ao invés de empurrar a tampa com o dedo, passou-se a usar uma outra tampa, que seria a palheta, e no lugar da primeira tampa, o botão. E a exemplo do jogo da pulga, onde a ficha altava para o gol, nesse jogo a tampa seria também impulsionada para o gol. Diferentemente do futebol de mesa, o botão atinge a bola para que esta chegue ao gol. Mas o futebol, esporte mais popular do mundo, é quem foi o grande inspirador para a criação do futebol de mesa. Botões de qualquer tipo de roupa, casacos e camisas, foram as primeiras peças utilizadas para se jogar, por isso o nome de futebol de botão. Botões maiores se transformavam nos “zagueiros” e menores viravam “atacantes”, fazendo uma analogia com o futebol. Jogava-se inicialmente nas calçadas que passaram a ser os campos, riscava-se com giz o desenho do campo, porém não deslizavam muito bem e posteriormente passou a se jogar em pisos de cerâmica ou mármore até chegarmos às mesas de jantar, que eram grandes e não precisava se jogar agachado no chão.

Transcript of História do Futebol de Mesa

História do Jogo de Botões... Futebol de Mesa

Futebol de Mesa o antigo jogo de botão é hoje um esporte de alto rendimento reconhecido pelo

Ministério dos Esportes e por uma legião de praticantes no Brasil e no exterior, porem não se sabe

com certeza, onde e como surgiu o “jogo de botões”, aquilo que se tornaria o esporte difundido e

amado por praticantes e admiradores, com sua diversidade de regras e materiais, vamos tentar falar

um pouco do esporte que tanto amamos.

Duas brincadeiras de criança que podem ter dado origem ao esporte também:

O jogo da pulga, muito praticado na Europa, principalmente na Inglaterra que, consistia em

pressionar uma ficha com outra fazendo com que esta saltasse para um determinado alvo, o gol, que

seria um recipiente feito de vidro, madeira, plástico ou até papelão, sobre uma superfície lisa

coberta por um tecido. Este jogo foi destaque no livro “Os Melhores Jogos do Mundo” da editora

Abril. Veja abaixo uma breve descrição extraída do referido livro:

“Este jogo de destreza é muito popular em vários países da Europa e nos Estados Unidos, tanto

entre as crianças como entre os adultos. Na Inglaterra, por exemplo, existem vários clubes e

associações que se destinam exclusivamente à sua prática. Um dos maiores jogadores do país é o

Príncipe Charles. A semelhança estaria no fato de que essa ficha pressionada por outra, seria o

botão pressionado pela palheta, com a diferença que no jogo da pulga a ficha salta em direção ao

alvo, e no futebol de mesa, o botão desliza sobre a mesa para acertar a bola e fazer com que esta,

sim, vá até o seu destino que seria a baliza, tendo ainda que transpor uma barreira que é o

goleiro.”

A outra hipótese, é que poderia ser derivado de um jogo com três tampinhas de garrafa, no qual com

o dedo da mão fazia-se com que esta tampinha passasse entre duas outras, por três vezes, sem

esbarrar nas demais até chegar ao seu alvo, que seria o gol.

A explicação para este jogo evoluir até o futebol de mesa seria que ao invés de empurrar a tampa

com o dedo, passou-se a usar uma outra tampa, que seria a palheta, e no lugar da primeira tampa, o

botão. E a exemplo do jogo da pulga, onde a ficha altava para o gol, nesse jogo a tampa seria

também impulsionada para o gol. Diferentemente do futebol de mesa, o botão atinge a bola para que

esta chegue ao gol.

Mas o futebol, esporte mais popular do mundo, é quem foi o grande inspirador para a criação do

futebol de mesa. Botões de qualquer tipo de roupa, casacos e camisas, foram as primeiras peças

utilizadas para se jogar, por isso o nome de futebol de botão. Botões maiores se transformavam nos

“zagueiros” e menores viravam “atacantes”, fazendo uma analogia com o futebol.

Jogava-se inicialmente nas calçadas que passaram a ser os campos, riscava-se com giz o desenho do

campo, porém não deslizavam muito bem e posteriormente passou a se jogar em pisos de cerâmica

ou mármore até chegarmos às mesas de jantar, que eram grandes e não precisava se jogar agachado

no chão.

Geraldo Cardoso Décourt é um dos grandes precursores do que nós conhecemos hoje como futebol

de mesa no Brasil; por volta de 1928, Décourt denominou de Celotex, que era o material usado para

a confecção dos botões, ao jogo, que ali tinha o seu início enquanto esporte, inclusive com o

lançamento do primeiro livro de regras.

A regra de futebol de mesa escrita por Geraldo Cardoso Décourt:

Vale salientar que ela não é mais utilizada, ela foi inclusive aprimorada e foi fundamental para o

esporte. Ela foi noticiada pelo jornal A Noite Esportiva em 1930 em uma reportagem sobre o

Celotex:

“ O Football Celotex é um sport de mesa, no qual, em cada jogo, tomam parte dois amadores, que

por sua vez representam dois teams formados por onze botões, assim distribuídos: um guardião,

dois zagueiros, três médios e cinco deanteiros. Como se vê, o número de botões é idêntico ao

número de players do Football Association. Para ser iniciado cada match é necessário que os vinte

e dois botões estejam nas respectivas posições em mesa e, então, o desfavorecido pelo “toss” dará

o “kick-off”, com o centro avante, o qual estenderá um passe para um dos lados, onde um outro

botão do mesmo team impulsionará a bola, dando assim início ao jogo.

Como se vê, enquanto um segundo botão do team favorecido com a saída inicial não tocar na bola,

não valerá goal. Procedida a saída, o outro amador, chamado de B, jogará com um de seus botões

uma vez e assim, sucessivamente, um de cada vez até que seja registrada alguma falta. A única

ocasião em que cada amador poderá jogar duas vezes seguidas é, pois, no momento da saída do

centro. Depois de cada goal a bola deverá ser colocada no centro da mesa, e o team que tiver sido

vasado dará a saída. No Football Celotex considera-se foul quando um botão do team A roçar

noutro do team B, sem que antes tenha “tocado” na bola.

Considera-se hands (coisa raríssima) quando um botão do team A ficar sobre a bola. Neste caso,

se for o guardião o infractor, proceder-se-á ordenando um “carring”, valendo goal direto. No foul

e no hands valem goals directos, e se as respectivas penalidades forem consignadas dentro da área

perigosa ordena-se um penalty. O “out-ball” é batido no lugar onde sair a bola, sendo que para

ser valido um goal, procedente desta pena, é preciso que a bola toque em qualquer outro botão,

antes de entrar na linha de goal. Nas saídas de goal ou, melhor, nos goal kicks, não será

consignado o ponto proveniente da referida falta diretamente, mas sim depois que a bola tenha

sido tocada propositalmente. Sempre que houver qualquer falta, os botões poderão ser removidos

ou colocados pelas mãos dos patrões em lugares da mesa que este julguem convenientes. Os

botões-guardiões só impulsionam a bola nos goal-kicks, e fora disso eles poderão ser colocados

pelos patrões em qualquer momento da partida, mas antes que seja desferido o tiro a goal e não

depois do tiro ser dado.

O tamanho oficial da mesa é de 1m,20 de largura por 2m,40 de comprimento. Essas medidas são

de dentro do campo, sendo que a parte que ficar externando a marcação quanto maior for melhor

será. As mesas devem ser feitas com um material americano feito das fibras do bagaço da cana-de-

açúcar ou, então, de madeira coberta com um pano verde, próprio para cobrir mesas de jogo.

Aconselho estes dois exemplos pelo fato de ser necessário que a superfície não seja escorregadia.”

Décourt conquistou o reconhecimento e admiração de uma legião de praticantes pela sua incansável

dedicação em colocar esse esporte ao lado dos entretenimentos mais populares do Brasil. Nascido

em Campinas/SP, foi pintor, escritor, compositor e ainda o inventor do futebol de botão. O dia 14

de fevereiro de 1911, dia do seu nascimento, foi oficializado pelo governador Geraldo Alckmin, em

São Paulo, no ano de 2001, como o "Dia do Botonista".

Como foi segundo informou Izo Goldmann

Em 1998 o Departamento de Futebol de Mesa d’ A Hebraica encaminhou à Federação Paulista de

Futebol de Mesa a sugestão para que o dia 14 de fevereiro (data de nascimento de Geraldo Décourt)

fosse oficializado como “DIA DO BOTONISTA”. Em 11 de junho do mesmo ano, durante o X

Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa, a F.P.F.M. oficializou a data.

Em junho de 1999, durante o XI Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa a Federação

Paranaense apoiou oficialmente a idéia.

Aí começou um trabalho que envolveu o Della Torre, Dona Edda Décourt, Célia Atienza (irmã do

Geraldo Atienza) e eu (Izo Goldman).

Em 2000 o Deputado Ramiro Meves apresentou o Projeto de Lei 169/2000 que instituía o “Dia do

Botonista” a ser comemorado em 14 de fevereiro. Finalmente a Lei Nº 10.833 de 02 de julho de

2001 dizia:

“Institui o “Dia do Botonista”

O Governador do Estado de São Paulo

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica instituído o “Dia do Botonista”, a ser comemorado, anualmente, no dia 14 de

fevereiro.

Artigo 2º - Esta lei entra em vigor no dia de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 02 de julho de 2001.

Geraldo Alckmin

Marcos Arbaitman – Secretário de Esportes e Turismo

João Caramez - Secretário Chefe da Casa Civil

Antonio Angarita - Secretário do Governo e Gestão Estratégica.

Publicado na Assessoria Técnico-Legislativa aos 02 de julho de 2001

Décourt foi um incansável divulgador e organizador de

eventos de futebol de mesa, o que propiciou o desenvolvimento do esporte, assim como sua

popularização. Ao mesmo tempo Geraldo tem como grande aliado e colaborador Antonio Maria

Della Torre que arregaça as mangas e trabalhando como um apaixonado pelo esporte, que era, ajuda

a divulgar e fomentar o esporte pelo Brasil afora nas modalidades já existentes sendo que na região

norte e nordeste praticava-se a pastilha 1 toque também chamada regra baiana, já na região sudeste

e sul praticava-se a modalidade 12 toques então chamada de Regra Paulista e na região sul e sudeste

praticava-se a 3 toque sou chamada regra carioca ou confederada.

Della Torre foi o grande responsável pelo reconhecimento do Futebol de Mesa como esporte pelo

órgão responsável a época o CND, através da Resolução N.º 14, de 29 de setembro de 1988,

acatando ao Of. N.º 542/88 e ao Processo N.º 23005.000885/87-18, baseado na Lei N.º 6.251, de 8

de outubro de 1975 e no Decreto N.º 80.228, de 25 de agosto de 1977, assinada pelo seu então

Conselheiro-Presidente Manoel José Gomes Tubino, o CND (Conselho Nacional de Desportos)

reconhece o Futebol de Mesa como modalidade desportiva praticada no Brasil, como uma vertente

dos esportes de salão, no qual se incluem o xadrez e o bilhar, por exemplo. O Futebol de Mesa é

praticado oficialmente em três modalidades; três oficiais (Disco, Bola 12 Toques, Bola 3 Toques).

Paralelamente a esse incremento de regras e desenvolvimento de materiais cada vez mais adequados

à execução do jogo, em diversas regiões do Brasil, mormente nas décadas de 1930 a 1980, várias

modalidades eram praticadas, usando-se diversos tipos de botões e superfícies onde os mesmos

deslizavam, desde o piso das casas, mesas de jantar, até o famoso “Estrelão”, mesa de jogo sem

cavaletes, produzida pela fábrica Estrela, durante os anos 70.

Muito famosos ficaram os “botões de osso ou de paletó”, que nada mais eram que os botões

retirados dos antigos ternos sociais; dentre esses, uma classe de botões conhecida como “Paulo

Caminha” marcou época; depois vieram as “capas de relógios”, que nada mais eram que os “vidros”

substituídos dos relógios que iam para conserto e tinham os “vidros” trocados; finalmente, na

década de 1950, surgiram os botões industrializados, de plástico, com adesivos colados ao centro,

contendo os escudos ou mesmo as faces dos jogadores dos times famosos do Brasil.

Os Botões BRIANEZI

Foram muito famosos e utilizados em campeonatos promovidos pelo próprio fabricante, que foi um

grande incentivador do futebol de mesa.

Os botões do Luiz Gonçalves

Era um fabricante artezão que fazia os botões em uma loja da 24 de maio no centro de São Paulo.

Os "Bolagol" Eram botões fabricados pela "Plásticos Santa Marina" tendo de início o nome "Futebol Miniatura";

vinham em caixas de time simples ou em caixas de times duplos, as caixas eram assim:

Caixa dupla com o nome antigo de "Futebol Miniatura"

Caixa "BOLAGOL" simples, já com o nome Bolagol

Os fabricantes de botões "BOLAGOL" primaram em fazer uma das maiores coleções de times do

Brasil e estrangeiros de que se tem notícia, ninguém fabricou tamanha diversificação de times de

tantos estados brasileiros; a coleção é composta por aproximadamente 130 equipes entre brasileiras,

seleções e estrangeiras.

Coleção "Onze de Ouro"

A "coleção onze de ouro" foi feita em homenagem às seleções brasileiras de 1958 e 1962, equipes

campeãs mundiais, e os times que possuíam jogadores nestas seleções e que tinham maior destaque

à época no Brasil, que eram os paulistas; Palmeiras, Santos, São Paulo, Portuguesa e Corinthians; e

os cariocas; Flamengo, Botafogo, Vasco, Fluminense e América.

Esta coleção teve duas etapas, a primeira em 1964 e a segunda em 1965; eram botões vendidos em

bancas de jornal, em pacotinhos com um botão dentro e para se conseguir as palhetas (apertadeiras

e outros nomes dependendo do estado), goleiros e as traves (goleiras no sul) era preciso trocar

"jogadores chaves" pelos mesmos. A coleção até hoje é procurada pelos colecionadores sedentos

por possuir os grandes jogadores de uma época de ouro de nosso futebol.

Os botões "Estrela"

A Estrela lançou, na década de 50 os conhecidos e procurados "canoinha" que eram botões com o

rosto do jogador em preto e branco eram times de São Paulo e Rio de Janeiro, eram lançados

inúmeros times com escalações alteradas, houveram casos de jogadores que foram publicados em

uns três times diferentes.

Já na década de 1970 a estrela criou um novo botão, mais alto, porem mais barato e de menor

qualidade que o famoso "canoinha", eram eles "o estrela chutador" ou "panelinha", após a "Estrela"

lançou a mesma série com escudos dos clubes de futebol do Brasil.

O botão de "Banca de Jornal" Quase que concomitante ao lançamento dos botões Onze de Ouro, a febre do jogo de botão invadiu

o Brasil e foram lançadas algumas séries denominadas "Craques da Pelota", onde existiam os

"patente requerida" e "marca registrada", brincadeira derivada do fato de vir escrito atrás da

chapinha que prendia o rosto do jogador, estas palavras. Também criaram a série "Ídolos do

Futebol" que além de ser vendida em bancas de jornal, era encontrada também nos grandes

magazines.

O botão "Gulliver" O último modelo que saiu com o rosto dos jogadores de futebol era a série Gulliver, que veio com

algumas variações, dentre elas um botão chamado "cristal". Estes dois últimos modelos são

vendidos ainda hoje em grandes magazines, porém, apenas com os distintivos de grandes clubes de

futebol e seleções.

Encontramos também os botões de plástico que são dados as crianças para a pratica do jogo de

botão.

Entidades do esporte

A CBFM (Confederação Brasileira de Futebol de Mesa) regula e orienta a prática do esporte no

Brasil. Uma das principais lutas dos praticantes é fazer com que o esporte seja conhecido pelos

leigos como Futebol de Mesa e não como Jogo de Botão, pois essa associação faz com que o

esporte esteja ligado à prática de um jogo infantil o que dificulta seu reconhecimento público como

esporte e, consequentemente, seu

desenvolvimento.

Após o reconhecimento institucional do Futebol de Mesa como esporte, as modalidades passaram

por um crescimento estrutural e conceitual sem precedentes. As federações estaduais foram

organizando-se e ganhando "status" semi-profissional e atualmente, existe uma interligação

estrutural entre os eventos promovidos pelas federações estaduais. A Confederação e as federações

de futebol de mesa (futmesa), desenvolvem campeonatos nacionais e estaduais individuais e por

equipes. Os grandes clubes de futebol têm equipes participando, como Corinthians, Círculo Militar,

Maria Zélia, Nacional, Palmeiras, Rio Branco e Santos em São Paulo e América, Botafogo, Bangu,

Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama no Rio de Janeiro, Goiás em Goiás, curitibanos, Grêmio

Londrinense, Londrina no Paraná,

ALGUMAS FEDERAÇÕES ESTADUAIS

As modalidades - Vide a seção serviços (regras) para ver cada modalidade detalhadamente.

Modalidade Bola 12 Toques

Inicialmente conhecida como "Regra Paulista". Cada partida tem a duração de 20 (vinte) minutos e

é disputada em 2 (duas) fases de 10 (dez) minutos, com intervalo máximo de 5 (cinco) minutos

entre a primeira e segunda fases. Estando um jogador com a posse de bola, este terá direito a um

limite coletivo de 12 (doze) toques, sendo que se até o 12º toque não houver chute a gol, será

punido com tiro livre indireto cobrado do local onde a bola estiver estacionada. Cada botão.

oedecido o limite coletivo de 12 (doze) toques, terá direito a 3 (três) toques ou acionamentos

consecutivos. Se ocorrer um quarto acionamento consecutivo, será punido com tiro livre indireto

cobrado onde ocorreu o toque excedente.

O Campeonato Brasileiro Individual da modalidade Bola 12 Toques é disputado desde o final dos

anos 80, mais precisamente em 1989, dele participam os melhores botonistas da modalidade de

cada Estado do Brasil, que classificam-se para o evento mediante um sistema de "cotas" distribuídas

pela Confederação Brasileira de Futebol de Mesa às federações estaduais.

Vide nossa seção de Campeões Brasileiros de Futebol de Mesa modalidade 12 Toques.

O Campeonato Brasileiro de Clubes da modalidade Bola 12 Toques é disputado desde 2007 com

clubes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Alagoas e Piauí. Nas três

vezes que foi disputado (2007, 2008 e 2009) a Sociedade Esportiva Palmeiras sagrou-se campeã.

Em 2009 foi realizado na cidade de Budapeste (Hungria) o primeiro Campeonato Mundial da

modalidade Bola 12 Toques, sendo o Brasil campeão por equipes e o atleta Marcos Paulo Liparini

Zuccato, mais conhecido como Quinho, campeão mundial individual.

Modalidade Bola 3 Toques

Inicialmente conhecida como "Regra Carioca". O Campeonato Brasileiro Individual da modalidade

Bola 3 Toques é disputado desde o início do anos 80.

Vide seção dos Campeões Brasileiros de Futebol de Mesa modalidade Bola 3 Toques.

Em 2005 foram criadas as Copas do Brasil Individual e de Clubes sendo Vander Felipe(MG) o 1º

campeão individual, em 2006 Altanir Junior (RJ), em 2007 Lorival Ribeiro (MG), 2008 Evandro

Gomes (MG) e em 2009 Marcus Motta (MG). Na competição de Clubes a Portuguesa (MG)

conquistou o 1º titulo em 2005, em seguida a ACFB (RJ) venceu nos anos de 2006 e 2007, em 2008

o Grêmio Mineiro (MG) e em 2009 o Rio Branco de Americana, deu o primeiro titulo nacional para

o estado de São Paulo.

Modalidade Disco

Inicialmente conhecida como "Regra Baiana". O Campeonato Brasileiro Individual da modalidade

Bola 3 Toques é disputado desde o início do anos 70. Vide a seção dos Campeões Brasileiros de

Futebol de Mesa modalidade disco.

Exterior

O Futebol de Mesa, tal como ele é jogado no Brasil e suas variações, é praticado em diferentes

países, entre eles, Argentina, Uruguai, Chile, Espanha, Hungria, Romênia, República Tcheca,

Sérvia, Croácia, Suíça, Rússia, Ucrânia e Japão.

Sectorball

É um esporte praticado notadamente no leste da Europa com muitos pontos em comum com o

Futebol de Mesa praticado no Brasil. Já foram disputados cinco campeonatos mundiais de

Sectorball sendo o último realizado na Hungria no ano de 2009 pela Federação Internacional de

Sectorball, que estará em 2011 provavelmente promovendo no Brasil junto com a CBFM o 6º

Mundial de Sectorball e o 2º Mundial de Futmesa modalidade 12 toques que hoje é a regra que foi

internacionalizada pela similaridade que existe entre o sector e as modalidades 1 e 3 toques

brasileiros.

Material utilizado

Não fica difícil imaginar porque o nome futebol de mesa é lógico, já que é um futebol com botões

jogado em cima de uma mesa. Então a partir daí se encontrou o material ideal para se jogar, a

madeira. O material utilizado para confecção das mesas hoje é chamado de aglomerado, uma placa

prensada e resistente constituída de partículas da madeira. Com o tempo os botões foram evoluindo

e deixaram de ser apenas botões de roupas e passaram a ser feitos de coco, tampas de relógio, osso,

plástico, fichas de pôquer, galalite até chegarmos aos dias de hoje em que são feitos de acrílico ou

madrepérola sob medida, dependendo do gosto e técnica de cada botonista. Os botões hoje são

feitos em diversas cores, formatos e tamanhos, sempre dentro das medidas mínimas e máximas de

cada regra, alcançando um alto grau de requinte e sofisticação, até mesmo com escudos de times

famosos embutidos. Fazendo com que hoje existam diversas lojas nos estados que praticam a

modalidade especializadas no esporte. Apesar de toda essa evolução, nunca perderam o nome de

botões. Os goleiros também no passado sempre foram sempre improvisados, principalmente com

caixas de fósforo nas quais eram colocados todo tipo de material para que ficasse pesado, como

pedras, barro, chumbo derretido e pilhas usadas. Posteriormente se cobria a caixa de fósforo com

fitas crepes ou isolantes dando um formato bonito ao goleiro, que hoje também é feito com o

mesmo material utilizado nos botões. Já as traves foram os componentes que menos se

transformaram, anteriormente feitas de madeira, cujo material continua sendo utilizado por algumas

modalidades e hoje utiliza-se também o arame feito de ferro galvanizado, pintado de branco. As

redes são feitas de filó. E as palhetas que também eram os próprios botões, depois passaram a ser as

fichas de pôquer ou até tampas de maionese, pois era necessário que fossem mais finas para acionar

os botões. Também são feitas de acrílico ou madrepérola hoje assim como os botões.

A bola mesmo chegou a ser um botão, claro que dos menores, mas depois passou-se a utilizar miolo

de pão, papel laminado e hoje são feitas de feltro ou plástico sob medida também de acordo com

cada regra, podendo ser esféricas ou achatadas.

Hino do botonista

Letra e Música: Geraldo Cardoso Décourt

Esta partitura foi encomendada ao músico Sérgio de Oliveira de Moraes em 1995, exclusivamente

para o livro Botoníssimo, de Ubirajara Godoy Bueno. O MIDI foi gravado pelo músico Hermes

Monteiro, de São Bernardo do Campo - SP.

Botonista eu sou com justo orgulho

Boto muita fé no meu botão

Botonista eu sou com muita honra

Isto é verdade, eu não me arrependo não

Botonista eu sou com persistência

Jogo a qualquer hora com prazer

Pois jogando em qualquer regra! Eu vou praticando o meu lazer - bis -

Eu jogo limpo, jogo sério sem esbulho,

Pois pra mim adversário considero como irmão

Aviso logo para quem jogar comigo que somente me vencendo poderá ser campeão – bis.