História e geografia cascavel
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Prof. Amilton Benedito Peletti
ORIGEM DO NOME - CASCAVEL
20/10/1938 – torna-se distrito administrativo de Foz
do Iguaçu;
14/11/1951 – Decretada a emancipação política;
14/12/1952 – Tomou posse o primeiro prefeito eleito
de Cascavel, José Neves Formiguieri.
É o conhecimento das diferentes formas que os
homens usam para se relacionarem entre si. É o
estudo das relações sociais entre os homens. É
ação, movimento, é o ir e o voltar dos homens
entre si e sobre si mesmos. Não é, mas está
sempre sendo construída e reconstruída pelo
trabalho dos homens. Ela não se repete.
Relações sociais que os homens estabelecem
entre si, no tempo e no espaço, através do
trabalho.
Se reconhecer como ser humano capaz de
interferir no processo histórico.
Desenvolver o pensamento histórico;
Consciência de que ninguém faz nada sozinho;
Segundo Cascavel (2008, pp. 81-82), a compreensão do
homem como sujeito histórico tem como ponto de partida a
forma como os homens em diferentes épocas se organizam
para produzirem sua existência real, faz-se necessário o
entendimento do processo pelo qual os homens transformam a
realidade por meio do trabalho e de que forma isso interfere
nas condições sociais em cada momento histórico.
Desse modo entendemos que não é qualquer história que
nos interessa, mas uma história comprometida com o
desvelamento das contradições sociais, sendo, portanto, o
trabalho a categoria central nessa análise, pois é por meio do
trabalho que o homem transforma a natureza para satisfazer
suas necessidades e com isso transforma a si mesmo e,
consequentemente, novas necessidades são criadas.
Organizaçào: Prof. AMILTON BENEDITO PELETTI
Antes de tudo, o trabalho é um processo entre o homem e a Natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a Natureza. Ele mesmo se defronta com a matéria natural como uma força natural. Ele põe em movimento as forças naturais pertencentes à sua corporalidade, braços e pernas, cabeça e mão, a fim de apropriar- se da matéria natural numa forma útil para sua própria vida. Ao atuar, por meio desse movimento, sobre a Natureza externa a ele e ao modificá-la, ele modifica, ao mesmo tempo, sua própria natureza. Ele desenvolve as potências nela adormecidas e sujeita o jogo de suas forças a seu próprio domínio. Não se trata aqui das primeiras formas instintivas, animais, de trabalho. O estado em que o trabalhador se apresenta no mercado como vendedor de sua própria força de trabalho deixou para o fundo dos tempos primitivos o estado em que o trabalho humano não se desfez ainda de sua primeira forma instintiva. Pressupomos o trabalho numa forma em que pertence exclusivamente ao homem.
Organizaçào: Prof. AMILTON BENEDITO PELETTI
Portanto, se o trabalho, numa forma social genérica, é “um processo entre o homem e a Natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a Natureza” (Marx, 1983, p. 149), ou seja, é o elemento determinante na constituição da própria natureza humana, no capitalismo a construção do gênero humano, por intermédio do trabalho, dá-se pela sua destruição, sua emancipação efetiva-se pela sua degradação, sua liberdade ocorre pela sua escravidão, a produção de sua vida realiza-se pela produção de sua morte. Na forma social do capital, a construção do ser humano, por meio do trabalho, processa-se pela sua niilização, a afirmação de sua condição de sujeito realiza-se pela negação dessa mesma condição, sua hominização produz-se pela produção de sua reificação. No limite, trata-se da constituição do fetiche do capital – o capital que se subjetiviza ou se hominiza reificando as relações sociais e o ser social – ou da subsunção real da vida social ao capital (Tumolo, 2003).
Organizaçào: Prof. AMILTON BENEDITO PELETTI
CONTEÚDOS DE HISTÓRIA...
INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA
TRABALHAR OS CONTEÚDOS...
Porf. Amilton Benedito Peletti
A história da ocupação das terras e a formação do município (Nessas terras não havia ninguém?);
Movimentos migratórios (O que leva as pessoas a buscarem outros lugares para viver?);
Relações de trabalho no processo de formação do município;
Encomiendas e reduções;
As relações de trabalho e poder no processo de ocupação do espaço e os conflitos daí decorrentes;
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CONTEÚDOS...
O que é ocupação?
Por que as pessoas migram?
Qual a relação existente migração, ocupação e
relações de trabalho na história do Oeste do
Paraná?
Por que o governo brasileiro incentivou a
migração para a região Oeste do Paraná?
MARCHA PARA O OESTE
Quais conflitos surgiram a partir do processo de
ocupação dessas terras?
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Não viver num presente contínuo. É preciso deslocar-se do presente.
Ter consciência histórica...
Perspectiva de temporalidade...
Homem e o tempo/espaço – trasformações, rupturas, continuidades, duração, estrutura...
Não trabalhamos/ensinamos a totalidade dos acontecimentos passados – seleção.
É possível que o aluno aprenda/decore fatos históricos (acontecimentos do passado), mas não identifique a categoria tempo e não estabeleça diálogo entre passado e presente.
Org
aniz
ação: P
rof. A
milto
n B
enedito
Pele
tti
Compreender diferentes processos e sujeitos
históricos.
Relações que se estabelecem entre grupos
humanos nos diferentes tempos e espaços.
Deslocar-se temporalmente.
Articular: o que ensinar e como ensinar – método
e metodologia.
Questões importantes: - por que algumas coisas
permanecem? Por que outras são
transformadas? Por que algumas coisas são
transformadas mais lentamente e outras mais
rapidamente?
Org
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rof. A
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n B
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Pele
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Dessa perspectiva materialista, podemos afirmar
que as concepções do tempo e do espaço são
criadas necessariamente através de práticas e
processos materiais que servem à reprodução
da vida social. [...] A objetividade do tempo e do
espaço advém, em ambos os casos, de práticas
materiais de reprodução social; e, na medida em
que estas podem variar geográfica e
historicamente, verifica-se que o tempo social e
o espaço social são construídos
diferencialmente. Em suma, cada modo distinto
de produção ou formação social incorpora um
agregado particular de práticas e conceitos do
tempo e do espaço. (HARVEY, 2009, p. 189).
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Porf. Amilton Benedito Peletti
Leitura e diálogo com as fontes históricas
Fonte histórica é tudo aquilo que, produzido pelo homem ou
trazendo vestígios de sua interferência, pode nos proporcionar um
acesso à compreensão e conhecimento dos acontecimentos
históricos. São fontes históricas tanto os já tradicionais documentos
textuais (crônicas, memórias, registros cartoriais, processos
criminais, cartas legislativas, obras de literatura, correspondências
públicas e privadas e tantos mais) como também quaisquer outros
que possam nos fornecer um testemunho ou um discurso
proveniente do passado humano, da realidade um dia vivida e que
se apresenta como relevante para o Presente do historiador.
“As fontes ou documentação não são um espelho fiel da realidade,
mas é sempre a representação de parte ou momentos particulares
do objeto [estudo] em questão. Uma fonte representa muitas vezes
um testemunho, a fala de um agente, de um sujeito histórico;
devem ser sempre analisadas como tal.” (BORGES, Vavy Pacheco.
O que é história. São Paulo: Brasiliense, 1993, p.61.).
Porf. Amilton Benedito Peletti
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Explorado economicamente a partir do século XVI;
Pelo litoral – evolução portuguesa em busca de ouro de
aluvião;
Pelo oeste – ocupação espanhola; já em 1554 já haviam
sido fundadas as primeiras vilas (cidades) no Guairá;
Os constantes conflitos com os índios levaram a entrega
do problema da pacificação indígena aos Jesuítas – 1609
criaram a província jesuítica do Paraguai;
Em poucos anos entre os rios Paraná e Tibagi foram
criadas 13 reduções;
Reduções se tornaram alvo dos bandeirantes –
escravização indígena;
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Por volta de 1600 a produção agrícola da colônia que pertencia a Portugal no Brasil, necessitava de mão de obra. Nesse sentido, buscou-se o trabalho escravo indígena através dos bandeirantes, que se deslocavam de São Paulo até as Reduções. Em torno de quarenta mil
indígenas viviam distribuídos em quatorze reduções no Paraná. Por volta de 1629 as reduções
foram destruídas, cerca de vinte e oito mil indígenas foram escravizados ou mortos, os demais fugiram para o interior da mata. Essa região era ocupada por
espanhóis. O Tratado de Madrid, em 1750, pôs um fim à pretensão espanhola de dominar o Oeste do atual Paraná.
Em busca de ouro subiram a Serra do Mar e
alcançaram o Planalto de Curitiba
A base da mineração fora o escravagismo
Descoberta de ouro na região de Minas fez surgir o
TROPEIRISMO (Criação, pastagem, comércio e
transporte). CAMINHO DE VIAMÃO
Proprietário de terras que também era tropeiro
representava a classe dominante, mas nem todo
tropeiro era proprietário.
Essa atividade foi liquidada pela construção das
estradas de ferro.
Erva-mate
Madeira
Porf. Amilton Benedito Peletti
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O trabalho era muito pesado, as crianças trabalhavam com seus pais, havia poucas escolas e eram distantes, impossibilitando os estudos. Homens, mulheres e crianças viviam em perigo, pois havia muitos mosquitos e animais ferozes, além das cobras cascavéis, onças, entre outros...
Se as pessoas ficassem doentes, não havia médicos, eram feitos chás com ervas conhecidas por eles, que nem sempre resolvia.
O trabalho de derrubar a mata, preparar o terreno semear os grãos e esperar que a terra produzisse era bastante árduo.
Em 1930 a região de Catanduvas não parecia Brasil:
Domínio econômico era Argentino – levavam o mate e a
madeira e traziam os produtos consumidos na região;
(matéria-prima/território brasileiro, empresas argentinas,
mão-de-obra paraguaia.
Os fiscais, quando haviam, dependiam dos obrageros para
morar e comprar;
O mate brasileiro era beneficiado em Posadas e vendido
como se fosse argentino;
Isso foi revelado pelos militares que combateram a Coluna
Prestes em 1924. O grupo que assumiu o poder em 1930
cunhou o slogan “Marcha para o Oeste”.
Porf. Amilton Benedito Peletti
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Marcha para o oeste – Ocupar fronteiras, como por
exemplo oeste e sudoeste;
10.000 habitantes, somente 500 eram brasileiros;
O Paraná é acusado de descaso para com a região –
propõe-se a criação do território Federal do Iguaçu para
garantir a nacionalização;
Em 1943 é criado o Território Federal do Iguaçu;
Havia também outras intenções: abrir espaço para o
excedente populacional do RS;
Com a queda de Getúlio em 1945 as elites
paranaenses trataram de recuperar o território e sua
dissolução foi aprovada numa disposição transitória da
Constituição de 1946.
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A erva mate ou ”ILEXPARAGUARIENSIS”, ou erva do Paraguai foi o mais original complexo econômico do Paraná. De 1820 a 1930 a erva mate foi o produto que movimentou a economia paranaense. Muitas famílias trabalhavam na colheita, porém os lucros ficavam com os exportadores.
Os ervais se estendiam pelo planalto paranaense até o Rio Paraná, de Guaíra para baixo, penetrando no mato Grosso Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em 1720 D. João autorizou a exportação do mate para as cidades do Prata.
Destacando que do esgotamento de uma
atividade econômica surge outra em substituição.
Inicialmente o ciclo da erva-mate, depois a
consolidação da ocupação da terra com o ciclo da
madeira e, em seguida, a agricultura, a pecuária e
a agroindústria.
O autor fundamenta sua narrativa, numa visão de
progresso e evolução constante, contrapondo o
antigo ao novo, o passado ao presente, o atrasado
ao moderno.
Porf. Amilton Benedito Peletti
Sobre a colonização e a posse da terra, Alceu Sperança
destacou que este foi um processo marcado por conflitos e
disputas entre posseiros e grileiros profissionais, a serviço
de falsas colonizadoras. Para o autor, estes conflitos
tinham sua origem na ausência do Estado ou sua
ineficiência, o que permitiu a grilagem, o favorecimento
político e a corrupção, gerando disputas jurídicas entre dois
ou mais compradores. A ação de aventureiros confundia-
se, segundo Sperança, com as verdadeiras colonizadoras
que enfrentavam dificuldades para gerir seus negócios em
meio às irregularidades.
Porf. Amilton Benedito Peletti
Sperança não entende os conflitos como inerentes às
contradições e disputas sociais e sim como desequilíbrio
ou como expressão de que o Estado não estaria
cumprindo com o seu papel de administrador e regulador,
das relações entre os indivíduos com interesses
divergentes ou concorrentes.
o Estado se configura, já naquele momento, como um
Estado com formato de classe, incrustado pelo domínio de
madeireiros e especuladores de terra, que a partir de seu
aparato ou de seus órgãos reguladores e repressores
garantiu a legalização da terra para uns e não para todos.
Porf. Amilton Benedito Peletti
Inúmeras famílias de posseiros viram-se
desalojadas da noite para o dia das propriedades
onde durante anos haviam investido todos os seus
esforços: grileiros vinculados ao PSD passavam a
condição de titulares de vastas áreas, removendo
seus ocupantes à força ou obrigando-os a pagarem
mais uma vez pela terra. Jagunços a soldo de
grandes companhias ou de latifundiários percorriam
os sertões com metralhadoras pesadas à caça de
posseiros (REVISTA OESTE, no. 21, Ano III,
setembro/1987, p. 36-37).
Porf. Amilton Benedito Peletti
É o espaço socialmente produzido pelas diferentes sociedades, desde o homem primitivo até os homens do nosso tempo;
O espaço social, construído pelos homens tem como base o espaço natural, ou seja, os elementos naturais (ar, água, solo etc.) que são os componentes do Planeta Terra, a grande e única casa dos homens;
Conhecer a geografia é conhecer o que os homens fazem subordinados as suas necessidades, permeados pelas relações de poder, de trabalho...
Introduzir o aluno nos espaços que ele vive.
Espaços estes construídos pelos homens,
portanto, sociais. O espaço é histórico.
Perceber a dinâmica desses espaços e a origem
dessas dinâmica.
Como, por que, para que e para quem?
Conhecer a geografia de um lugar é antes de tudo
saber identificá-lo, entender suas regras e
compreender como as pessoas se relacionam e
se organizam;
Identificar os arranjos espaciais produzidos pela
relação homem/meio;
Objetos naturais
Conjunto de ações
COMO PODEMOS LER OS ESPAÇOS?
Vinculado as relações sociais
Buscar elementos que compõem a paisagem
Observação, identificação, localização e
representação
Ir além da aparência: noções, conceitos e
conteúdos científicos
VIVIDO
PERCEBIDO
CONCEBIDO
Localizada no oeste do estado do Paraná, no
Terceiro Planalto ou Planalto de Guarapuava, com
altitude média de 800 metros
Área: 2.103,132 Km²
HIDROGRAFIA – faz parte de três bacias
hidrográficas (Iguaçu, Piquiri e Paraná)
Cascavel foi elevado à categoria de Distrito Administrativo do Município de Foz do Iguaçu pelo Decreto Lei nº 7.573 de 20
de outubro de 1938 com as seguintes delineações: “começa no Rio Iguaçu, na Foz do Rio Gonçalves Dias, pelo qual sobe
até sua nascente mais próxima, no km 88 da estrada de rodagem de Guarapuava a Foz do Iguaçu, daí alcança o Espigão
do divisor dos Rios Paraná e Iguaçu, seguindo por este Espigão, até frontear a cabeceira do Rio Melissa, o qual alcança e
desce por este até a Foz do Rio Piquiri”.
Em 14 de novembro de 1951, o Governador do Paraná Bento Munhoz da Rocha Neto sancionou a lei nº 790/51 criando o
Município de Cascavel com as seguintes divisas:
a - Com o Município de Toledo: começa no rio São Francisco na Foz do Arroio Lopeí, sobe por este até sua cabeceira; daí
pela linha reta que liga as cabeceiras dos Arroios Lopeí e Silvestre até o espigão divisor dos rios Paraná e Piquiri.
b - Com o Município de Guaira: começa no espigão divisor dos rios Paraná e Piquiri, na linha que liga as cabeceiras dos
arroios Lopeí e Silvestre, segue por esta linha até a cabeceira do rio Silvestre e por este abaixo até sua foz no Piquiri.
c - Com o Município de Campo Mourão: começa na Foz do Arroio Silvestre, no rio Piquiri, sobe pelo último até a foz do rio
Tourinho.
d - Com o Município de Guaraniaçu: começa no rio Piquiri, na foz do rio Tourinho, por este acima até sua cabeceira, daí por
uma linha reta, alcança a cabeceira do rio Tormenta, desce por este até sua foz no rio Iguaçu.
e - Com o Município de Capanema: começa na Foz do Rio Tormenta, no Rio Iguaçu, desce por este até a foz do rio
Gonçalves Dias.
f - Com o Município de Foz do Iguaçu: começa no rio Iguaçu, na foz do rio Gonçalves Dias, sobe por este até sua
cabeceira, daí por uma Linha Reta, alcança a cabeceira do rio São Francisco, desce por este até a Foz do Arroio Lopeí.
Este território compreende hoje os Municípios de: Nova Aurora, Formosa do Oeste, Iracema do Oeste, Jesuítas, Anahy,
Iguatu, Braganey, Corbélia, Cafelândia do Oeste, Lindoeste, Santa Lúcia, Boa Vista da Aparecida, Capitão Leônidas
Marques e Santa Tereza do Oeste, além de Cascavel. Conforme publicação no Diário Oficial Nº 1.777 de 22/01/1938,
Cascavel possuía as coordenadas de 24 graus e 58 minutos de latitude sul e 53 graus e 26 minutos de longitude oeste de
Greenwich. Hoje se sabe que as coordenadas exatas são latitude sul 24º57’21” E longitude oeste 53º,27’ 19“. Em 1951
Cascavel limitava-se:
Norte: Guaira e Campo Mourão
Oeste: Foz do Iguaçu
Sul: Capanema
Leste: Guaraniaçu
LEI nº 790/51
DATA: 14 DE NOVEMBRO DE 1951.
SÚMULA: Dispõe sobre a divisão administrativa do Estado no quinquênio de 1952 a 1956.
Art.1º.- A Assembleia Legislativa do Estado obedecerá, no quinquênio de 1952 a 1956 a
composição constante dos quadros I e II, anexos que ficam fazendo parte integrante
desta Lei.
Art.2º.- As novas unidades administrativas serão instaladas na data de posse dos
respectivos Prefeitos.
Art.3º.- Dentro de noventa dias a contar da data de instalação, cada município publicará o
ato estabelecendo os quadros urbanos e suburbanos das novas áreas municipais e
distritais.
Art.4º.- Fica o Poder Executivo autorizado a contribuir com o auxílio de Cr$ 100.000,00
(cem mil cruzeiros) a cada município criado mediante requerimento do respectivo prefeito.
Parágrafo único: Este auxílio não se estende aos municípios de fronteira.
Art.5º.- Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
Palácio do Governo em Curitiba, em 14 de novembro de 1951.
Ass. BENTO MUNHOZ DA ROCHA NETO.
1557 - Primeiras ocupações por conquistadores espanhóis.
1600 - Governo espanhol transforma a Ciudad real Del Guayrá em sede da província de Guayrá.
1632 - Os espanhóis abandonam a região.
1730 - Região ocupada pelo tropeirismo (grande quantidade de muladas).
1881 - Desbravamento do oeste do Paraná pelas obrages (possuidores e/ou exploradores de madeira ou
erva-mate).
1882 - O Paraná registra uma população de 100 mil habitantes.
1893 - Concessão recebida para construção da estrada da erva-mate, passando em terras de Cascavel.
1900 – Chegada dos imigrantes ao sul do país, mais da metade deles vindo da Itália.
1920 - Começa o desbravamento da região.
1930 - Antônio José Elias, primeiro habitante oficial de cascavel, instala-se aqui, e contata com José
Silvério de Oliveira que chega acompanhado de seus familiares em 28 de março de 1930, criando o vilarejo
Cascavel, nome dado devido a grande quantidade de cobras cascavéis, encontradas no pouso dos
tropeiros, próximo a um riacho.
1931 - Monsenhor Guilherme, da paróquia de Foz do Iguaçu, batiza Cascavel de Aparecida dos Portos, por
acreditar ser o nome derivado da serpente, um símbolo do mal. Transferido de Lopeí o posto telefônico e
telegráfico dirigido por Bento dos Santos Barreto, passou a funcionar no mesmo local a agência dos
correios. Inauguração da linha do correio aéreo nacional.
1933 - Em 20 de outubro Cascavel se torna distrito administrativo, de Foz do Iguaçu através do Decreto Lei
nº 7.573, sendo o seu 1º subprefeito José Silvério de Oliveira “Nhô Jeca”.
1938 - Criava-se o primeiro distrito judiciário de Cascavel, em Foz do Iguaçu, já com o nome de Cascavel,
através do decreto estadual nº 214 de 18.01.1938.
1941- A comissão de estradas e rodagens Paraná - Santa Catarina, determinou a construção da Br 35,
atual Br 277, no dia 07 de julho.
1943 - Primeira migração dos colonos italianos vindos do Rio Grande do Sul.
1948 - Iniciam-se os movimentos da frente cabocla (deslocamento da população de Guarapuava para o
Oeste do Paraná), frente sulista (deslocamento da população vinda do Rio Grande do Sul e Santa
Catarina) com ciclo madeireiro e da erva-mate.
1950- Censo de 50 apresentou para cascavel uma população de 404 habitantes.
1951- Cascavel emancipou-se de Foz do Iguaçu através da Lei Estadual Nº 790/51.
Visita do Governador Bento Munhoz da Rocha Neto em 04 de junho.
É disputada a primeira eleição sendo eleito para Prefeito o Sr. José Neves Formighieri, que tomou posse
em 14 de dezembro de 1952.
1953- Através do Decreto Estadual Nº 1.542 de 14 de dezembro de 1953 é criado a Comarca de
Cascavel.
1954- Instalada a Comarca em 09 de julho de 1954.
Em 14/11 - Cascavel passa a Categoria de Município.
Em 31/04 - Através da Portaria Nº 208, no dia 09 de Junho era instalada a Câmara de Cascavel, José
Munhoz de Melo, teve seu nome posto no Fórum de Cascavel.
1955- Já havia registro de 43 indústrias em Cascavel.
1959- O Paraná ultrapassa São Paulo nas estatísticas de produção de café e uma nova era de
modernização, se encaminha para o Estado.
Em 21.12 através do Decreto Nº 27.098 criou-se o Ginásio Estadual de Cascavel, futuro Colégio
Estadual Wilson Joffre.
1960- incêndio do Paço Municipal.
Cascavel contava com uma população de 6.055 habitantes.
1961- Reconstrução da Prefeitura.
Início do transporte de passageiros, pertencentes a Empresa Princesa dos Campos.
O transporte urbano com serviço na Av. Brasil e Rua 13 de Maio era feito pela Empresa Transportes
Coletivos Cascavel, pertencente a Rubens Lopes e Agenor Miotto, era feito inicialmente de Kombi.
1962- Aprovado o mapa da cidade através da Lei Municipal Nº 251/63.
1967- Criada a micro região do Oeste do Paraná em 18 de fevereiro, através do Decreto estadual Nº
301.
1968 - Começava a exploração da soja.
1969- Criada a Associação dos Municípios do Paraná - AMOP.
1973- Inaugurado o Autódromo Internacional de Cascavel em 24 de abril com pista de 3.032 metros com
30.300 metros quadrados de pavimentação.
1976- Inauguração do Núcleo regional do Estado da Secretaria de Agricultura, em 12 de março.
1978- Criada oficialmente a Arquidiocese de Cascavel, com designação do Arcebispo Dom Armando
Círio em 27 de agosto.
1981- Fundação da Associação das Câmaras Municipais de Vereadores do Oeste do Paraná - Acamop.
1986- A Lei Nº 8.280 de 24 de janeiro, altera o Código da organização e Divisão Judiciária do Paraná
determinando que a Comarca de Cascavel, passe de Estância Intermediária à Estância Final,
equiparando-se a Curitiba.
1987- Constituída a Empresa Rodovia da Produção S/A, origem da FERROESTE, empresa destinada à
construção da estrada de ferro, ligando os extremos Oeste e Leste do Estado, em 27 de Agosto.
1989- Inaugurado o Hospital Regional Anita Canet, em 31 de maio.
Realiza-se a primeira Mostra Internacional de Teatro de Cascavel em 01 de julho. Em 10 de novembro é
realizado o primeiro Festival de Danças.
1990- Em 15 de março a Câmara Municipal, aprova em primeiro Turno a Lei Orgânica Municipal.
Inauguração do calçadão da Avenida Brasil.
1992- Construção do Centro Administrativo José Silvério de Oliveira (Prefeitura nova).
1999- Conclusão do Parque Ambiental Cascavel – PAC.
Inicio das Obras para construção Sede da Amop - Associação dos Municípios do Oeste do Paraná
Construção do Centro de Eventos
O Município de Cascavel localiza-se na região Oeste do
estado do Paraná, entre as latitude sul 24º57’21” e
longitude oeste 53º,27’ 19“. Segundo o IBGE o município
de Cascavel integra a Mesorregião Geográfica nº 06,
região Censitária 0480 código IBGE, com posição
privilegiada em relação ao MERCOSUL - Mercado O
Município com altitude máxima de 780 metros acima do
nível do mar localizada no Colégio Nossa Sr.ª Auxiliadora
testada para a Rua Rio Grande do Sul, na área urbana. A
altitude média é de 750 metros acima do nível do mar
localizada na Pedreira Petrocon com 640 metros.
A área total do Município de Cascavel é de 2.112,85 Km² ,
sendo o perímetro urbano 80.87 km2 conforme Lei
Municipal nº 3.826 de 20/05/2004.
O solo da região é classificado como
latossolo roxo, terra roxa estruturada
(LR d6; TR) e apresenta solos
profundos, com boa capacidade de
retenção de água, aeração e
permeabilidade.
Ao norte é ondulado, constituído por
colinas amplas e baixas declividades e ao
sul média e alta declividade e onde o
relevo apresenta-se acidentado.
O clima é temperado mesotérmico e úmido,
com temperatura média anual em torno de
21ºC.
A região está sujeita a geadas, embora não
muito frequentes. A umidade relativa do ar gira
em torno de 75% e os ventos sopram na
direção nordeste/sudoeste e leste/oeste com
velocidade média entre 33km/h e 46 km/h.
Os cursos d’água que banham o
Município de Cascavel pertencem a três
bacias:
Bacia do rio Piquiri, bacia do Rio Paraná e
bacia do rio Iguaçu. O mapa a seguir
mostra o encontro destas três bacias no
Município de Cascavel.
A vegetação original do tipo subtropical
caracteriza-se pela ocorrência de dois
tipos de florestas: florestas de matas de
araucárias e florestas da bacia do Rio
Paraná e Rio Uruguai, onde predominam
árvores de grande porte, porém
apresentam-se modificadas em razão das
atividades intensas da agricultura e
agropecuárias.