HISTÓRIA E ORGANIZAÇÃO DA PMGO - … · Subcomandante-Geral da Corporação, o que se alterou...
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HISTÓRIA E
ORGANIZAÇÃO DA PMGO
CONCEITOS DE POLÍCIA MODERNA
Segundo Bayley, as forças policiais mais respeitadas eimportantes são aquelas públicas, especializadas eprofissionais. Estas três características elementares noconceito de policiamento moderno.
Públicas: refere-se à natureza da agência policial. Elasdevem ser formadas, pagas e controladas pelo poderpúblico. Para ser considerada como uma força policial, opoder desta deve advir do poder estatal e não de gruposprivados.
Especializadas: é uma força policial concentrada no uso daforça física.
Profissionais: refere-se a uma preparação explícita pararealizar atividades exclusivas de polícia. A profissionalizaçãoenvolve: recrutamento por mérito, treinamento formal,evolução na carreira estruturada, disciplina sistemática etrabalho em tempo integral.
CONCEITOS DE POLÍCIA MODERNA
Desta maneira podemos, através da ótica de Bayley,formular o nosso conceito de polícia:
“Instituição pública, profissional e especializadaautorizada legalmente por um grupo social pararegular as relações interpessoais dentro de umasociedade, através do uso da força física”.
É importante ainda salientar que a “POLÍCIA” possui trêsdimensões da sua atuação:
- Legalidade: existe lei que ampara a atuação?
- Necessidade: a atuação é necessária?
- Conveniência: é conveniente que a atuação seja damaneira como você planejou?
CONCEITOS DE POLÍCIA MODERNA
Conforme Robert Peel, as característicasda polícia moderna são:
a prevenção, a necessidade de respeitopúblico, a cooperação do público paracom a polícia, a diminuição do uso daforça física, a imparcialidade da polícia, oesgotamento de todas as possibilidadesantes de qualquer ação de força, ainteração com a sociedade organizada, aação policial obedecendo à legalidade, epor fim, a ausência do crime.
Policiamento ComunitárioA grande descoberta inglesa foi a de que o teste de eficiência da polícia estava na
ausência do crime e da desordem pública, e não na evidência da açãopolicial, e ainda de que a polícia é o público e o público é a polícia.
No Brasil, no início da década de 80 do séc. XX, o mentor das reformas policiais foi onotável coronel Carlos Magno Nazareth Cerqueira, à época comandante-geral daPolícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Após visitar a Police Foundation nos EUA, Nazareth Cerqueira introduziu na PMERJa metodologia do policiamento comunitário que a partir daí se irradiou para o EspíritoSanto, onde foi criada a mais relevante metodologia brasileira de interação com acomunidade, ou seja, a Polícia Interativa, iniciada em 1994 na cidade de Guaçuí edepois replicada em mais de duas dezenas de estados brasileiros. Foi NazarethCerqueira quem alinhavou uma ampla reforma na polícia carioca, destacando-secomo o pioneiro reformador policial de nosso país. Nazareth Cerqueira foibarbaramente assassinado no centro da cidade do Rio de Janeiro em meados de1999.
Estrutura Organizacional Castrense:
As Unidades Policiais Militares são as Organizações PoliciaisMilitares que têm a missão precípua de emprego na atividadefim da corporação e são denominadas:
Batalhão, Regimento, Grupamento e CompanhiaIndependente. As frações subordinadas às Unidades dePolícia Militar são denominadas: Companhia, Esquadrão,Pelotão, Grupo e Destacamento.
São denominadas frações incorporadas, aquelas vinculadasfisicamente a uma determinada Unidade Policial Militar.
São denominadas frações destacadas, aquelasdesvinculadas fisicamente de uma determinada UnidadePolicial Militar.
Estrutura Organizacional Castrense:
O Estado-Maior do Exército foi criado em24 de outubro de 1896, pela Lei n° 403,sancionada pelo Presidente da RepúblicaPrudente de Moraes, com o objetivo detornar o Exército uma instituição moderna,que acompanhasse as evoluções da Arteda Guerra e que tivesse maior prestezaadministrativa. Sua missão: "preparar oExército para a defesa da Pátria noExterior e a manutenção das leis noInterior" (www.eme.eb.mil.br, 2013).
Estrutura Organizacional Castrense:
Um Estado-Maior existe no sentido de
permitir o cumprimento da missão de
uma organização militar: estudar,
planejar, orientar, coordenar e controlar,
no nível de direção geral, as atividades
da instituição, em conformidade com as
decisões e diretrizes do Comandante
(www.eme.eb.mil.br, 2013).
Estrutura Organizacional Castrense:
Não existem dúvidas quanto ao vínculolegal (constitucional, inclusive) existenteentre a Polícia Militar (PM) e o ExércitoBrasileiro (EB). A organização eestruturação das Polícias Militares (emespecial no Estado de Goiás, nosso foco)é resultado de um modelo de hibridismoainda maior do que a definição própria dotermo Polícia Militar (que uneadministração pública – Poder ExecutivoEstadual com a mimetização do modelode militarismo federal).
Estrutura Organizacional
Castrense:O Estado-Maior normalmente está dividido em elementosespecializados num assunto específico. Conforme o tipode Estado Maior, esses elementos podem ser chamadosseções, células, repartições, divisões, etc, sendo aespecialidade de um elemento dentro do estado-maior,normalmente assim definida:
pessoal e administração;
informações (inteligência) e segurança;
operações;
logística;
planejamento;
comunicações e sistemas de informação;
instrução;
finanças;
cooperação civil-militar.
Estrutura Organizacional Castrense:
Existem duas maneiras de se organizar
uma Unidade Policial Militar. Nenhuma
delas está certa ou errada, depende da
política do comandante, da estrutura e
do efetivo disponível, quais sejam: o
Estado Maior Clássico e o Estado Maior
Contemporâneo.
Estrutura Organizacional Castrense:
Nem todos os elementos existem em todos
os estados-maiores. Existe uma certa
liberdade de flexibilização na qual parte das
organizações militares possa se estruturar de
maneira a buscar a maior operacionalização
da sua missão.
Ainda no Estado Maior Geral, tivemos
algumas alterações específicas quanto à
função da Sétima Seção do Estado Maior e
criação de uma Oitava Seção, com papéis
definidos pelo alto escalão, mas pouco
conhecidos no universo operacional da nossa
corporação.
Estrutura Organizacional Castrense:
Especificamente na Polícia Militar do Estado de Goiás, ainda no comando do
Exmo. Sr. Coronel PM Marciano Basílio de Queiroz (08/01/2003 a 31/01/2006)
a PMGO passou por uma drástica alteração na estrutura de Estado-Maior
adotada nas Unidades Operacionais: aqui chamada de estrutura
contemporânea de Estado Maior, na qual tivemos a criação e instalação, dentre
outras, das Seções Administrativa (SAd), Operacional (SOp) e Agências Locais
de Inteligência (ALI) – chamadas de Agências Regionais de Inteligência nos
Grandes Comandos.
Como um de seus atos ao assumir, pela primeira vez, o Comando-Geral da
Corporação, o Exmo. Sr. Coronel Edson Costa Araújo (01/02/2006 a
20/11/2008, em seu primeiro Comando) determinou que as Unidades se
reorganizassem de acordo com o modelo clássico de Estado Maior, retornando
a nomenclatura das seções de acordo com os “elementos” (P/1, P/2, P/3 e
demais seções). Em ambos os períodos tivemos um oficial superior do último
posto exercendo simultaneamente as funções de Chefe do Estado Maior e
Subcomandante-Geral da Corporação, o que se alterou somente a partir do ano
de 2011, quando tivemos a separação das duas funções e a cadeia de
comando da Corporação estruturada oficialmente em três degraus.
Estrutura Organizacional Castrense:
Nas Unidades PM, temos as Seções do Estado Maior, que podem assumir duas
configurações: Estrutura Clássica de Estado-Maior ou Estrutura Básica (Moderna) de
Estado-Maior.
Na Clássica temos:
P/1: Seção de Pessoal (Plano de Férias, Ficha Individual, Dispensas, Atestados e
publicações em Diário Oficial Eletrônico PM);
P/2: Inteligência (Policiamento Velado, Diagonal, Secretaria do Comandante, Justiça e
Disciplina, Elogios e publicações em Diário Oficial Eletrônico Reservado PM);
P/3: Planejamento Operacional (Escalas de serviço) e Financeiro, nos Comandos
Regionais;
P/4: Carga da Unidade (Relatório de quilometragem de viaturas, bens móveis, imóveis
e afins);
P/5: Comunicação Social (divulgação de ocorrências de destaque para o Portal da PM
e imprensa em geral);
P/6 e P/7: Normalmente não existe na OPM, uma vez que a maioria das unidades não
Estrutura Organizacional Castrense:
Na moderna (ou básica), temos:
SAd – Seção Administrativa: Seção de Pessoal (Plano deFérias, Ficha Individual, Dispensas, Atestados), publicaçõesem DOEPM e DOERPM, Carga da Unidade (Relatório de kmde viaturas, bens móveis, imóveis e afins) e comunicaçãoSocial (divulgação de ocorrências de destaque para o Portalda PM e imprensa em geral);
SOp – Seção Operacional: Planejamento Operacional(Escalas de serviço) e Administração da verba do FundoEstadual da Segurança Pública - FUNESP (Nível ComandoRegional);
ARI (Agência Regional de Inteligência) / ALI (Agência Localde Inteligência): Inteligência (Policiamento Velado, Diagonal,Secretaria do Comandante, Justiça e Disciplina, Elogios).
Estrutura Organizacional Castrense:
O BPM (Batalhão PM) se encontra normalmente instalado em áreas com população superior
a 50 mil habitantes, estruturado, frequentemente, em 03 companhias (destacadas ou
incorporadas). Ex.: Senador Canedo, Novo Gama e Uruaçu. Temos dois tipos de unidades
que possuem a estrutura de um BPM: os Regimentos (nome normalmente empregado para os
quartéis da cavalaria) e o Grupamento (em específico, na PMGO, o BPMGIRO ou
simplesmente, GIRO).
A CIPM (Companhia Independente PM) se encontra com mais frequência instalada em áreas
com população superior a 25 mil habitantes. Estruturado, no mínimo, em 03 pelotões. Ex.:
Itaberaí, Ceres e Mineiros.
A Companhia Destacada é sempre subordinada ao comando de um Batalhão PM. Ex.:
Jaraguá, Bela Vista e Piracanjuba.
O DPM (Destacamento PM) é um pelotão subordinado ao comando de uma UPM. Ex.:
Britânia e Nerópolis.
Toda UPM possui uma divisão administrativa que deve ser observada. Nela temos a figura do
Comando, que é o responsável pelas diretrizes da Unidade, do Subcomando, que é
responsável pela disciplina. O CPU – Comandante do Policiamento da Unidade é o
responsável pela fiscalização do policiamento ostensivo e Adjunto o responsável pela
manutenção da unidade. Existe ainda o PCS, composto por Praças PM auxiliares do serviço
de dia, responsáveis por setores pontuais, tais como a bomba de combustível, o rádio,
atendimento de ligações 190, a reserva de armamentos, etc.