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 Escola EB2,3 D.Manuel de Faria e Sousa A Romanização na Península Ibérica  Nome: Ana Sofia Ribeiro de Sousa Lopes  Nº1

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Escola EB2,3 D.Manuel de Faria

e Sousa

A Romanização na Península Ibérica

 

Nome: Ana Sofia Ribeiro de Sousa Lopes 

Nº1

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Ano: 7º Turma:D

Este trabalho foi pedido no âmbito da

disciplina de História. Espero deste trabalho,

saber mais como a romanização da Península

Ibérica se deu.

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A integração de uma regiãoperiférica no universo

imperial

A Conquista

No século lll a.C., em 218, ocorreu o primeirodesembarque romano na Península sob o comando

de Cneio Cornélio Cipião.No século ll a.C., em 197, esboçou-se a primeiraadministração provincial; em 194, deram-se osprimeiros confrontos entre Romanos e Lusitanos;em 155, o domínio romano estendeu-se do Vale doEbro ao Alentejo Português, e ficou conhecido por “Guerra Lusitana” (155- 138 a.C.); em 139, Viriatomorreu, e depois começaram as Campanhasmilitares de Décimo Júnio Bruto (138- 133 a.C.).

No século l a.C., em 80, Sertório chefiou osLusitanos contra Roma (80-72 a.C.); em 68, foi avinda de Júlio César À península; em 61, deu-se aexpedição de César contra os Calaicos; em 29,

começou a guerra contra os Calaicos, Astures eCântabros (29-19 a.C.); em 27, Augusto chegou àPenínsula e em 19, foi o fim da guerra da Hispânia.

O mundo romano atingiu o perfeito grau desemelhança cultural. Passadas as violências daconquista, enquanto o tempo curava as feridas e a

vida regressava à rotina do quotidiano, os povossubmetidos deixavam-se cativar pela

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superioridade civilizacional e adoptavam, de bomgrado, o seu modo de viver e os seus valores.

O mesmo urbanismo, as mesmas instituições, a

mesma estrutura social uniam as províncias maislongínquas. Em todas se falavam o latim, sehonravam os deuses romanos e se aplicavam asnormas do Direito.

A esta integração plena das províncias no espaçocivilizacional romano chamamos, romanização.

A romanização foi um processo lento ma seguroque, pouco a pouco, transformou em cidadãosromanos os povos conquistados.

Embora algumas áreas tenham sido mais plenamenteromanizadas do que outras, todo o Império sofreu ainfluência. A Hispânia era considerada a província

mais romanizada do Oriente.

A ConquistaA ibéria era, na Antiguidade, famosa pelas suasriquezas metalíferas. Por isso, desde cedo que osgregos e cartagineses aqui estabeleceram o seudomínio, fundando colónias e entrepostos comerciais.Foram também essas riquezas, bem como a ânsia dedominar “todo o mundo conhecido”, que trouxeramos Romanos à Península. Os Romanos chegaram pelaprimeira vez à Península em 218 A.C. e começarampor se fixar nas regiões do Sudoeste. Aí nãoencontraram grandes dificuldades. Os habitantes,acostumados ao contacto com povos diversos,

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opuseram pouca resistência e o domínio romanoestabeleceu-se com relativa rapidez.

O mesmo não se passou na zona central e a norte da

Hispânia. Tribos aguerridas, como a dos Lusitanoslutaram tenazmente contra o domínio estrangeiro.Durante dois séculos, Roma concentrou na Penínsulagrande número de efectivos militares e confiou aosmais prestigiados generais o comando das operaçõescontra os resistentes. Foi o caso de Décimo JúnioBruto, o primeiro a conduzir os seus exércitos paraalém do rio Lima, de Júlio César, que aqui chegou em61 A.C., e, por fim, do próprio Octávio, que concluiupessoalmente a pacificação do território.

Nesta última campanha, que se iniciou em 29 a.C.que se prolongou por 10 anos, foi vencida aresistência dos povos do Norte, Calaicos, Àstures, e

Cântabros, que atacavamrepetidamente as regiões já pacificadas. A vinda deOctávio, em 26 a.C., interessa

particularmente à História do território português, jáque dela resultou, a criação de

Bracara Augusta, a actual Braga, que veio tornar-seuma das cidades mais importantes

do Portugal romano.

A conquista da Península foi, difícil e atribulada, quese prolongou por dois séculos. Mas

antes de estar terminada, os Romanos tinham já

iniciado, nos territórios sob o seu

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domínio, o processo de romanização.

2ª divisão provincial

3ª divisão provincial

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A romanização estendeu-se, embora de formadesigual, a toda a Hispânia.

No Sul, a cultura romana penetrou tão rápida eprofundamente que, segundo o relato de

Estrabão, no tempo de Augusto, os Turdetanos(povos da Bética) tinham esquecido o

seu próprio idioma.

Em contrapartida, nas zonas central e norte daPenínsula (em Portugal, a norte do Tejo)

as populações permaneceram mais ligadas à culturanativa, pelo que o processo de

romanização foi mais lento e superficial.

Apesar destes particularismos regionais, os Romanos

deixaram, na sua permanência de

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sete séculos em terras ibéricas, uma obra notável eduradoura, que nos marcou

profundamente.

Os romanos fizeram da cidade o centro da sua vidapolítica, económica, cultural e

religiosa. Tinham consciência de que nela residia ocerne da sua cultura e do seu modo

de viver, pois a romanização tinha arrastado consigoo desenvolvimento da vida urbana.

A Península Ibérica era uma região de pequenospovoados. Por isso, os romanos

sentiram a necessidade não só de remodelarprofundamente alguns núcleos indígenas

como de proceder à fundação de cidadescompletamente novas.

Como estas cidades desempenhavam importantesfunções administrativas, tornaram

se se uma grande atracção dos habitantes locais que,

lentamente, a elas afluíram,deixando ao abandono muitas das antigaspovoações.

 Tal como os habitantes, as cidades também nãotinham todas o mesmo estatuto.

Algumas eram colónias, isto é, cidades criadas de

novo e povoadas por verdadeiros

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romanos, que escolhiam viver nas novas regiões. Emmuitas colónias estabeleciam-se

antigos soldados, cuja longa carreira de armas era

recompensada com a concessão de

boas terras. Assim nasceu, por exemplo, EmeritaAugusta (Mérida), capital da Lusitânia.

Quer fossem de origem militar, que povoadas poremigrantes da Península Itálica em

busca de uma vida melhor, as colónias tornaram-seum importante núcleo de

desenvolvimento e de romanização, tendocontribuído fortemente para a aculturação dos

povos locais. No nosso território, eram colónias Pax Julia (Beja) e Scalabis (Santarém).

Como o seu povoamento resultava de um grupo deverdadeiros romanos, as colónias

tinham direitos e privilégios iguais aos de Roma, istoé, eram cidades de Direito Romano

e os seus cidadãos usufruíam da cidadania plena.

Mais abaixo ficavam os municípios. Eram povoaçõesou cidades preexistentes que os

Romanos distinguiam com privilégios e se tornavam,por isso, activos fcos de

romanização.

Aos municípios era, geralmente, concedido o Direito

Latino, mas a título excepcional,

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podiam obter o Direito Romano, equiparando-se,neste caso, aos habitantes das

colónias.

De qualquer forma, o estatuto de munícipe erasempre um estatuto invejado, tanto mais

que estas cidades gozavam também de grandeautonomia administrativa, isto é,

possuíam isntituições de governo próprias, muito

semelhantes às de Roma: umconselho de notáveis, a Cúria, que correspondia aoSenado, e um corpo de magistrados

que percorria, igualmente, uma “carreira de honras”em cujo topo se situavam os

duúnviros, magistratura equivalente à dos consûles,

em Roma.

Inicialmente, no nosso território, apenas Ebora(Évora), Myrtilis (Mértola), Salacia

(Alcácer do Sal) e Olisipo (Lisboa) eram municípios.

As restantes cidades (36),partilhavam uma condição inferior de cidadesestipendiárias, assim chamadas por

estarem obrigadas ao pagamento de um pesadoimposto, denominado Stipendium .

O elevado nível de romanização da Península

proporcionou, na segunda metade do

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século I, a elevação das cidades estipendiárias daLusitânia a municípios, o que,

naturalmente, aproximou ainda mais conquistadores

e conquistados, favorecendo o

processo de romanização.

Este processo completou-se, em 212, quando oimperador Caracala transformou em

cidadãos todos os homens livres do Império.

Anfiteatro de Mérida A natatio das termas públicasCasa dos repuxos, Conímbriga

O exército e a emigração O exército foi um veículoimportante de romanização.

Os legionários contactavam de perto com oshabitantes

locais e alguns, estabeleceram-se definitivamente naHispânia.

Os legionários além de serem portadores de culturaromana,

iniciaram um processo de miscigenação com as

populações

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nativas, de tal forma que, em 171 a.C., foi fundadauma

colónia (Carteia) para acolher as famílias indígenas

dos

soldados romanos.

A participação dos hispânicos no exército, actuou nomesmo

sentido. Na sua terra natal, desempenhavam um

importantepapel como divulgadores da cultura romana.

E, para além dos elementos do exército, vieram paraa Península muitos emigrantes

italianos, e esta emigração aumentou bastante notempo das guerras civis que

ofuscaram o século I a.C., trazendo para a Hispâniaelementos de alta classe, que

tinham fugido das perseguições políticas, e quedepois refaziam aqui as vidas.

Este aumento do número de verdadeiros romanos,

facilitou o processo de romanização.

As autoridades romanas (governadores de província,magistrados urbanos)

estabeleceram um clima de paz, confiança etolerância entre os nativos, o que favoreceu

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a atracção destes pela civilização romana.Paralelamente, fundaram escolas onde os

filhos dos chefes indígenas eram educados à maneira

de romana para se tornarem, mais

tarde, as elites locais.

A língua, foi a herança mais duradoura que osromanos nos deixaram. O latim,

inicialmente limitado aos actos e documentosoficiais, rapidamente se propagou,

facilitando a comunicação entre conquistadores econquistados. A partilha de uma língua

comum tornou-se, um poderoso elemento deuniformização cultural.

A religião e o Direito, também actuaram no mesmosentido.

A religião, porque alargou os deuses romanos oficiais

às regiões mais longes, no que

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mais uma vez actuou positivamente a tolerânciaromana, que soube impor os seus

cultos sem proibir os alheios.

Às divindades destinavam os templos mais luxuosos.E é neste contexto que devemos

integrar o culto do imperador.

O direito desempenhou um papel primordial nasrelações entre os Romanos e os povos

dominados. O respeito pela lei era imposto a todos etodos o aceitavam, vendo nele a

garantia da ordem, da segurança e da paz.

As regras definidas pelo Direito espelhavam a formade pensara dos Romanos, os seus

valores e a sua ideia de justiça, que se iamespalhando pelo Império.

 Templo romano de Évora, fim do séc. I d.C.

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Ara de granito

 

Os romanos desenvolveram as regiões ocupadas;enquanto nas Villae (grandes

propriedades rústicas) se produzia, numa agricultura

intensiva, os cereais, o vinho, o

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azeite e praticava-se a pecuária (bovinos e suínos).

Nas cidades proliferavam as forjas, olarias,tecelagens e indústria conserveira.

Desenvolveu-se também, a extracção mineira.

Barro HistoAs estradas romanas, muitas das quais pavimentadase pontuadas por marcos miliários

(colunas cilíndricas que forneciam indicações aoviajante), complementadas pelas

pontes romanas, foram essenciais para aadministração do território e para o

desenvolvimento do comércio, criando-se, pelaprimeira vez na História, um espaço livre

de barreiras à escala europeia.

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Com este trabalho consegui obter maisconhecimento de como era a romanizaçãoantigamente; como se deu, quais as suas influênciase os vestígios da sua passagem.

Foi interessante fazer este trabalho.