Histórias de Aventuras • 7º ano C

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Histórias ilustradas e criadas pelos alunos do 7º ano da Escola Vera Cruz.

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A histór ia de Marcelo •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 6

O tesouro perdido dos Maias •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 19

O f im do mundo • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 31

Uma aventura inesperada •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 46

Segredos de Guizé •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 62

Um assalto por minuto •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 80

A viagem histór ica •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 95

O diár io de Zectu Hawnis •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 1 14

historias de aventuras

7o ano C

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Apresentação

O livro Histórias de aventuras é o resultado de um longo processo vivido pelos alunos durante este ano, em relação à leitura e ao estudo das narrativas de aventura, entre eles os romances clássicos dos autores do século XIX, as histórias contemporâneas de aventura, que recorrem a elementos fantásticos e mágicos, até chegarmos aos relatos verídicos.

A produção escrita de um texto de aventura envolveu diferentes etapas de trabalho individuais e coletivas, que solicitaram dos alunos muita perseverança e dedicação. Cada classe se organizou em pequenos grupos, as “oficinas de texto”, com propósito de elaborar coletivamente a trama de uma história de aventura, delineando seus personagens, seus cenários, o contexto histórico, o conflito e o desfecho, com a finalidade de se basear nesse roteiro coletivo para a escrita das produções individuais.

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Essa vivência proporcionou aos alunos condições de apresentar suas ideias, ouvir as dos colegas, trocar opiniões e, dessa forma, permitir que os escritores, durante a produção individual, pudessem enriquecer o roteiro original, valendo-se de seus recursos pessoais de estilo e de linguagem.

Depois de produzidos, os textos de cada aluno passaram por momentos de leitura nos grupos de criação, com a intenção de apontar aspectos que poderiam ser melhorados, sempre considerando o roteiro original.

Este livro reúne uma produção de cada grupo de criação, após uma seleção feita pelos professores e alunos. O texto selecionado passou por uma nova leitura e revisão do próprio autor, de acordo com a última versão produzida. Ainda assim, alguns textos apresentaram algumas incorreções gramaticais e/ou estilísticas, o que se deve a nossa intenção de respeitar o limite das possibilidades de cada autor-revisor.

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a historia

de marcelo

Dora Perelmulter

Laura Vieira

Sofia

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Marcos entrou no porão procurando desesperadamente algo. Achou o tal objeto atrás de um antigo gravador empoeirado. Sua primeira reação foi empurrar o gravador para pegar o objeto, mas não aguentou de curiosidade e agarrou o velho gravador com sua mão direita, assoprando um pouco para tirar o pó. Ligou, ansioso, para saber se tinha algo gravado. Marcos escutou uma voz baixa e um pouco rouca saindo do gravador, e sentou em cima de um pequeno banco de madeira ao seu lado.

SHHHH....SHHHHHH

Câmbio! Câmbio!

Acho que agora o sinal está pegando...

É melhor eu dizer rápido, antes que eles cheguem, podem chegar a qualquer momento...

Bom, estou gravando isso para... para... se o mundo acabar alguém vai saber a verdadeira história de M. R, o super-herói. Não sei se perceberam, mas M. R. sou eu. Esse, na verdade, é meu codinome, não posso contar meu verdadeiro nome.

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Tudo começou em um dia normal de trabalho, eu não tinha ideia do que iria acontecer. Quando cheguei ao trabalho, vi um frasco quebrado com um líquido verde. Peguei um jornal e tentei limpar, mas um caco do frasco cortou meu dedo profundamente. Começou a sangrar muito, mas eu, como médico, fui correndo na minha sala tratar o meu dedo. Ainda me pergunto o que era aquele líquido. O resto do dia foi normal, até eu chegar em casa. Quando era meia-noite, já estava indo me deitar quando senti uma dor inexplicável no meu pulso, logo foi se espalhando no corpo inteiro e comecei a me contorcer no chão de dor.

Uma vontade enorme de morrer me possuiu. Sem pensar duas vezes, levantei e me dirigi ao portão de casa. Ainda me contorcendo de dor, fui até a rua e comecei a andar sem saber para onde estava indo. Depois de alguns minutos andando, cheguei no prédio mais alto da minha rua, com vinte e poucos andares.

Agora entendia o que queria fazer: pular!!

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Aquela dor imensa me fazia querer me matar, então comecei a escalar as janelas sem medo algum. Subi até chegar ao topo. Ainda sentindo dor coloquei meus pés juntos na beira do prédio, me despedi do mundo e pulei.

Não sei como posso explicar, é realmente estranho de explicar, não vão acreditar em mim, mas... EU VOEI!

Simplesmente estava lá, flutuando no ar. Não estava morto, eu acho. Podia estar dormindo. E se estivesse? Mas como? Parecia tudo tão real!

Ainda não acredito nisso, tem vezes que me pergunto se não foi apenas um sonho.

Mas, mesmo que tenha sido um sonho, minha vida está em risco. Eu tenho uma vida, não tão boa, mas eu quero salvar todas as pessoas que eu conseguir, e sei que posso. Se eu morrer quero que saibam quem eu realmente sou!

É melhor eu.... SHHHHHHH... SHHHHHH.... SHHHH....

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Não era possível ouvir mais nada, Marcos ficou desesperado, não sabia o que fazer. Queria ouvir o final da história. O que será que iria acontecer com este tal jovem chamado M.R? Quem seria ele? Onde morou? Qual seria seu destino, bom ou ruim?

O porão ficou em silêncio por um minuto, até que ele teve uma ideia: iria até um técnico para consertar o gravador. Ele foi até seu carro e dirigiu até a loja mais próxima.

Uma mulher gordinha e baixa estava com um crachá. Seu nome era Laura:

- Olá, o que o senhor gostaria?- perguntou Laura.

- Eu preciso que você conserte esse gravador! É urgente.

Laura analisou bem o aparelho e fez uma cara estranha. Parecia procurar algum tipo de resposta, parecia confusa. Deu mais uma olhada, abriu a boca para falar, mas a fechou novamente. Depois de um tempo ela olhou para Marcos:

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- Senhor, me desculpe, mas esse gravador é muito velho. Não consertamos esse tipo de aparelho, é muito diferente dos atuais.

- Ok, se vocês não vão me ajudar, eu vou embora!-

Quando saiu da loja, ouviu um barulho, uma voz. É o gravador! Talvez tivesse batido a mão na porta e o gravador voltara a funcionar!

Marcos correu para o carro, sentou e ouviu:

[...] parar de falar porque estou ouvindo barulhos.

O gravador ficou quieto por um minuto até que Marcos conseguiu ouvir a voz de M.R novamente:

Bem, acho que os despistei. É melhor eu continuar minha história.

Depois de tudo aquilo que aconteceu, voei para casa. É até engraçado lembrar. Antes de eu chegar em casa ouvi um barulho horrível, não sei o que era. Até que percebi, uma voz que dizia:

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- Cadê o escolhido? Disseram-me que o viram pulando de um prédio! – em seguida deu uma risada assustadora.

- Venha aqui! Onde está você?- continuava perguntando- Ah, um de meus aliados acabou de me informar seu nome. De acordo com suas iniciais vou chamá-lo de M.R!

Eu não sabia o que fazer, voei para longe, não ouvia mais a voz dele, entretanto, quando olhei para trás, vi a sua cara medíocre e feia. Ele sorria para mim, como se fosse bom eu fugir. Acho que ele gritou algo como “Covarde”! Depois disso, o vi tacando fogo nas plantas e nos carros estacionados.

Fui para casa, não para fugir. Eu fui para me preparar. Ia para a luta!

Peguei tudo o que achei que fosse necessário. Pulei pela janela voltando para onde estava antes. Era meu destino, eu sabia disso. Continuei em frente até que cheguei ao lugar onde estávamos antes. Não havia nada lá, pelo menos não vivo. Vi um monte de plantas e carros queimados. Cheguei tarde.

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Voltei para casa. À tarde, eu fui à praça perto de casa, fiquei lá até anoitecer. Quando voltava para casa, ouvi outro barulho e torcia para que fosse um sonho. Infelizmente não era.

Lá estava, na minha frente, o mesmo homem que aparecera ontem na rua:

- Ora, ora. Olha quem temos aqui! - falou com uma voz irritante- Então você decidiu voltar?

- Olhe aqui, eu não faço a mínima ideia de quem é você, quer me deixar em paz? - perguntei.

- Você não sabe quem eu sou?- ele perguntou- não importa o meu nome!

-O que você quer? - perguntei ainda parado.

- Bom, vamos supor que ontem de manhã, eu tenha passado em meu trabalho e deixado cair um frasco de vidro com um líquido verde dentro, alguém tenha tentado limpar e se cortado, o que acontece depois?

- Quer dizer que aquela coisa me fez virar a aberração que sou?

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- Aberração, não! O líquido faz você virar um super-herói! Eu usaria meus poderes para o mal, não para o bem, como você.

Ele estalou o dedo e dois homens grandes e fortes entraram. Eles prenderam os meus braços com uma corda e puseram um saco em minha cabeça.

Mais ou menos uma hora depois, me vi sentado em uma cadeira de madeira... Bom, eu acho que não é necessário contar toda a minha conversa, foi muito longa. Usei a minha esperteza e, sem que ele percebesse, fui cortando a corda que prendia meus braços com um estilete que sempre levo no bolso. Sendo mais direto, eu cortei as cordas, nós lutamos, até que...

Eu acho que eles me viram estou escutando um barulho, vou ter que parar de gravar.

Infelizmente não consegui acabar o que comecei e agora todos estão em perigo! Espero que alguém escute a minha gravação e faça algo a respeito! Ssshhhhh

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Ouviu-se um barulho e depois silêncio... Estava mais curioso ainda. O que teria acontecido? De repente, ouviu a porta batendo. Quando olhou para trás, avistou o seu velho amigo de infância, Mathias.

Passado o susto os dois deram um grande abraço e Marcos explicou a situação para o amigo e fez com que ele ouvisse as gravações. Depois de horas conversando, Mathias concordou em ajudá-lo a encontrar o super-herói.

No dia seguinte, os dois foram até a cidade e logo que chegaram, estavam pensando como poderiam achar alguém que nem conheciam. De repente, eles ouviram uma voz e a reconheceram: era a voz do vilão! Mathias e Marcos foram detê-lo, mas ele deu um salto tão alto que voou. Os dois ficaram surpresos com o que viram.

Marcos e Mathias, como não possuíam nenhum poder, ficaram desesperados a ponto de desistirem... Mas foi quando, de trás do prédio, saiu aquele que podia salvar a cidade e esse era o M.R.! Ele deu um salto e foi até o céu ficou cara a cara com o vilão. Marcelo não esperou um minuto e deu um forte soco

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nele, fazendo com que ele despencasse. Marcos e Mathias, aproveitando esse momento de descuido, amarraram o vilão e chamaram a policia, que apareceu rapidamente e prendeu-o.

Marcelo agradeceu a ajuda dos novos amigos e continuou usando seus poderes para o bem.

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o tesouro

perdido dos

maias

Matheus Dourado

Pedro Schargel

Maria Izabel Gandini

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Heranças

Era uma tarde escura, chuvosa e eu estava trabalhando em casa, no meu escritório. Na verdade, estava mexendo na herança do meu pai, a parte que foi deixada para mim. Havia diversas coisas, todas meio antigas. Tinha uma lupa que meu pai usava para ler os jornais, entre outras coisas. Duas coisas me interessaram muito: um revólver calibre 22 que devia ser um presente da guerra contra o Vietnã ou até um presente do próprio general, e uma carta, cujo endereço era minha casa: Rua Oliver Thomas rd, número 175, Kentucky, USA. A carta também estava destinada a mim, Johnatan Harvey. Estava curioso, havia tempo que não via meu pai e mais tempo ainda que não trocávamos cartas. Bem nessa hora, a campainha soou. Era meu filho Willian, de 13 anos, que voltou da escola, com Lansy, minha ex-mulher. Tínhamos nos divorciado um pouco antes do falecimento de meu pai. Antes de atender, guardei a carta e o revólver.

-E aí filhão!- exclamei- Oi, Lancy.

-Oi, pai- disse Will.

-Boa tarde, John- falou Lancy.

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-Vamos entrando?-perguntei.

-Não dá, tenho um compromisso. -disse Lancy.

-OK, outro dia combinamos- respondi.

Will e eu entramos e, logo depois, a campainha soou de novo. Era Breno, meu outro filho de 18 anos, que chegara da faculdade de Fitoterapia (terapêutica baseada no uso medicinal de plantas).

Naquela noite, conversamos, comemos pizza e jogamos monopólio. Quando as crianças já haviam dormido, peguei a carta de meu pai para ler. Comecei:

Querido John,

Mandei entregarem essa carta para você assim que eu morresse. Decidi isso porque sabia que você me levaria junto em sua futura aventura e já estou farto de aventuras em minha velha vida. Você deve estar se perguntando “que aventura?” Bem, vou lhe dizer. Na batalha contra o Vietnã, o general foi gravemente ferido. Quando estava à beira da morte, me chamou em sua sala e disse: “Tenente, você é

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o meu melhor soldado e amigo, vou lhe contar uma coisa que nunca em minha vida, contei a ninguém. Meu tio avó, já falecido, Frederick Bunner, fez parte da incrível descoberta de um grande e valioso tesouro Maia. Ele está escondido em algum lugar da Índia e, em nome de minha família, estou dando-lhe a posse dele. Mas tem um porém: o tesouro tem uma maldição... Todos os mortais que o tocaram viraram pedra!” Logo depois que disse isso, morreu. Bem, meu filho, é com você. Se tiver coragem, vá. Tudo depende de você.

De seu pai,

Marley Harvey.

Nossa!! Isso me pegou de surpresa! Eu, numa aventura?, JAMAIS!! “Ah, meu Deus”, pensei, “preciso de um tempo para digerir isso”. Fui para a cama e dormi. Dormi e tive vários sonhos. Sonhos com meu pai. Ele falava: “Vá... vá e leve seus filhos... te ajudarei quando for preciso...” De manhã, estava decidido. Eu iria.

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Preparativos.

Logo depois de levar Will para o colégio e Breu para a faculdade, comecei a pensar como seria. Por onde passaria? O que levaria? Quem levaria? Eu não parava de pensar! Depois de umas olhadas no mapa- mundi, decidi: Eu vou de Kentucky para a Índia, fazendo escala no Egito. Vou levar minha pistola calibre 22 e algumas roupas e... meu filho Willian. Por quê? Não sei exatamente, mas... Enfim. Comecei a arrumar as malas.

Quando meu filho voltou da escola, fui logo falando:

-Filho, tenho uma surpresa... Vamos viajar!

-Para onde?

-Índia!

-Quem vai?

-Eu e você

-Mais e o Breu?

-Ele está em mês de provas, não dá para faltar.

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-OK, vou arrumar minha mala.

-Já arrumei para você. Vamos?

Peguei nossas malas e fomos para o aeroporto. Não tinha muita gente, pois não eram férias nem nada. Sentei-me perto do corredor e Will, na janela, pois ele gosta de ver a paisagem. Nós vimos um filme de comédia e depois dormimos. Naquela noite, no avião, tive outro sonho com meu pai. Ele dizia algo parecido com: “Me orgulho de você, Jonh, sempre me orgulhei...”. No meio do sonho uma aeromoça me acordou e falou: “Bem vindo ao Egito .”

Egito

Ao desembarcarmos, pegamos nossas malas e fomos nos hospedar em um pequeno hotel. Ao amanhecer, tomamos um café reforçado e partimos para o Aeroporto Internacional do Cairo. Na fila para o embarque das malas ouvi uma voz que já havia ouvido antes. Eram os Talibãs! Tantos anos no exército, não tinha dúvidas nenhuma! Para onde será que eles vão?", pensei. Chamei Will:

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- Ei, Will, vai lá ver a etiqueta nas malas daqueles talibãs.

- Oh! O.K., já vou!

Will foi até lá, sorrateiramente, e olhou as etiquetas. Quando ele leu o que estava escrito ficou com uma cara de espanto. Ele voltou e me disse:

- Pai, adivinha.

Índia

Embarcamos no avião. Quando sentamos, vimos que os talibãs estavam cinco fileiras a nossa frente. Eu disse a Will:

- Será que eles também estão atrás do tesouro?

- Não sei, pai, mas estão tramando alguma coisa...

- Bom, vamos segui-los, só que sem que eles nos percebam!

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Fizemos escalas em quatro lugares diferentes e os talibãs continuaram no avião. Quando chegamos a Karol Bagh, na Índia, desembarcamos. Seguimos os talibãs até um hotelzinho onde se hospedaram. Nos hospedamos em um hotel bem em frente ao deles.

Os talibãs saíram tarde, depois do almoço, e pegaram um bonde, desembarcando em Lucknow, onde alugaram um elefante. Nós também alugamos um elefante e mandamos nosso “motorista” segui-los. Eles estavam indo na direção do tesouro! Seria verdade?

Saíram do elefante em Faizabad e seguiram em uma trilha, a pé. Iam cada vez mais para dentro da mata. Chegaram em um pequeno riacho e pararam, começaram a discutir e, depois de um tempo, um deles exclamou algo. Logo depois disso, entraram em uma caverna. Nós os seguimos. No começo, parecia uma pequena gruta, mas depois ela foi se dividindo em corredores e mais corredores, salões e mais salões.

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Repentinamente, ouvimos um barulho. Parecia o barulho de uma pedra deslizando ou coisa assim. Logo em seguida, olhamos para o pé de um dos talibãs e a pedra em que pisava estava afundando. Eu disse em voz baixa para meu filho: “Will, é uma armadilha! Muito cuidado onde pis...” Nesse instante, uma flecha atravessou o pescoço do talibã. O outro tomou um baita susto e saiu correndo, pisando em uma pedra que também afundou. O chão abaixo de seus pés se abriu e ele desapareceu lá dentro. O buraco se fechou...

Éramos só nós dois, eu e Will. Eu peguei o mapa que meu avô tinha me deixado, me virei para Will e disse:

- Filho, é muito arriscado se nós dois formos. Me espere aqui.

- Nada disso! Eu sou mais ágil e pequeno e você é desajeitado e grande, não vai dar certo. Deixe que eu vou! - retrucou Will.

- Mas...

- Nada de mais! Eu vou e você fica!!

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Nesse instante, Will saiu correndo em disparada. Quando uma flecha voava em sua direção, ele desviava; quando o chão se abria, ele pulava. Will era muito bom em esportes e praticava parkour. Quando ele chegou ao final do corredor, gritou para mim:

- Pai! Eu estou vendo algo brilhante logo em frente!! Vou lá pegar!- Antes que eu pudesse o contrariá-lo, saiu correndo novamente.

Logo depois, ouvi um grito:

- Pai! Pai! O senhor não vai acreditar!! É ouro!!

O Tesouro É Nosso

Will amarrou o tesouro à mochila com duas tiras de couro e voltou correndo em minha direção. Então, sem perceber, Will pisou em uma pedra que se deslocou para baixo. No mesmo instante, uma grande rocha que estava atrás de Will se moveu e, através do buraco em que ela estava, surgiu uma cascata de água! Saí correndo em direção a Will, peguei a mochila e o tesouro de suas costas e gritei:

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- Corra, Will! Vá até a saída que eu estarei logo atrás de você!!

Corremos o mais rápido que pudemos. Por algum motivo, as armadilhas estavam desativadas. Estávamos a cinco passos da saída. Peguei o braço de Will e pulamos em direção à porta. Quando caímos, rolamos para o lado e desviamos da água, que continuou e desaguou em um rio por perto.

Tínhamos conseguido! Voltamos a Kentucky e celebramos da melhor maneira que pudemos. Casei-me novamente com Lansy e vivemos, felizes para sempre... quase!

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o fim do mundo

Bruno Bojikian

Matheus Graciano

Bianca Melo

Maria Paula Simonsen

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Oliver de Ahid é um adolescente muito determinado, inteligente, rápido, forte e tem vários amigos. Ah, e só para lembrar, está na faculdade para se tornar um astronauta.

Um dia, quando ele estava na aula de engenharia, a diretora entrou na classe e chamou-o para conversar. Seus amigos ficaram zoando, pois ele estava com medo e, como esqueci de mencionar, Oliver, no meio de todas as suas qualidades, também é muito medroso.

De qualquer maneira, voltando à história, esse foi um dia muito importante na vida de Oliver de Ahid, talvez, o mais importante...

A diretora, Sra. Malls, explicou para Oliver porque o havia chamado:

-Oliver.

-Sim?

-Eu chamei você aqui para dar uma notícia muito feliz, mas, ao mesmo tempo, assustadora. O pessoal da NASA veio aqui hoje e fez uma proposta para você.

-O quê?!- disse Oliver ansioso e surpreso.

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-Há pouco tempo foi descoberto que o mundo está prestes a acabar, mas talvez seja possível “adiar” esse evento.

Oliver fez uma cara de quem não estava entendendo nada, então a Sra. Malls falou:

-Vou chamar o diretor da NASA para explicar melhor enquanto falo com os seus pais.

-Sr. Oliver de Ahid?

-Sim?

-Bom dia- disse o homem, cumprimentando o garoto- eu sou o Robert Qualker, diretor da NASA.

-Sim, sim, bom dia Sr., como vai?

-Muito bem, obrigado. Então, acho que você já sabe a razão pela qual eu vim, não é mesmo?

- Na verdade, a Sra. Malls só falou que o mundo iria acabar, mas não o porquê e quando.

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- Há pouco tempo foi descoberto que algo está a caminho do planeta Terra, vindo do núcleo da Terra. Ele sairá na crosta da Terra causando o mesmo impacto que um grande meteoro causaria. Estamos montando uma expedição que irá até lá para explodi-lo antes que ele chegue e destrua tudo.

-Nossa! E... desculpe-me perguntar, mas o Sr. não falou quando chegará.

-Isso nós ainda não sabemos, não demorará muito... Então, precisamos agir, e rápido. Bom, gostaria de saber o que você acha, quer vir conosco?

-Ainda não sei... talvez...

-Tchau, garoto, até mais.

E esse foi o fim da conversa de Oliver com Robert, e o começo de uma grande aventura.

Nessa noite, Oliver chegou tarde em casa e foi logo para o quarto, pois seus pais já estavam dormindo. Deitado em sua cama, ficou pensando na proposta, se aceitaria ou não.

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Na manhã seguinte, quando acordou, seus pais já o esperavam para tomar café.

-Bom dia, filho- disse a mãe.

-Bom dia.

-Acho que precisamos conversar sobre uma coisa, não é mesmo?

-Sim, pai, acho que sim. Andei pensando, mas queria saber o que vocês dois acham.

-Bom, nós conversamos e decidimos que, se você quiser participar, deixaremos, não é mesmo, Roberta?

-Sim, a decisão é sua.

-Estou com muito medo, ainda não sei... Mas como vocês já sabem, sou muito medroso e não sei se estou perdendo uma boa oportunidade.

-Filho, você tem até sexta para decidir. É só falar, pois todos estão de acordo.

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Na sexta, depois de conversar com seus amigos e pensar muito, decidiu que iria participar da missão. Chegando à NASA foi à recepção e informou a secretária que era Oliver de Ahid, o garoto que iria à missão ao centro da Terra.

- Ah, bom dia, Oliver- falou a secretária- a reunião vai ser no segundo andar, sala 23.

Quando Oliver entrou na sala todos já estavam lá, então ele foi para o seu lugar e esperou que começassem a falar. O primeiro a falar foi o diretor:

- Como todos vocês já sabem, estamos aqui para participar de uma missão muito importante. Para começar vou falar o nome de todos os tripulantes dessa viagem: um adolescente, Oliver, quatro astronautas, Jack, Victor, Kate e eu e um especialista em naves, Johnny.

- Ainda não temos uma nave, portanto temos um plano: terminar de construir a máquina do tempo e buscar as peças necessárias no futuro- falou Johnny – e precisarei da ajuda de todos vocês.

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Para encerrar a reunião Robert falou:

-Então está decidido, vamos construir a máquina do tempo.

Na manhã seguinte, no horário combinado, estavam todos lá, prontos para começar. Johnny falou:

-Trouxe tudo o que precisaremos. Vou falar para cada um sua função. Comecem logo, pois se formos rápidos, em três dias estará pronto.

E foi o que fizeram. Na manhã de terça, a máquina já estava construída. Pela primeira vez Oliver falou algo:

- Quem irá viajar para o futuro?

- Você e Johnny! - falou o diretor.

Às 17:00 horas do dia seguinte, os dois partiram, estavam indo para o futuro! A viagem foi longa, sem muita conversa. Enfim, chegaram.

- Bom, precisamos nos informar onde vendem peças para naves, não é mesmo, Oliver?

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- Sim...- respondeu Oliver, perturbado - é.. só uma dúvida.

- Sim?

- Em que anos estamos?

- 2984! Vamos, chega de atrasos.

Depois que compraram as peças, voltaram para o presente.

Após três meses construindo a nave, ela ficou pronta. Era composta por dois compartimentos que, através de um botão, se soltam da cabine principal. Era bem simples, com seis camas em um compartimento e o painel de controle no outro. Porém, havia um problema... Não havia espaço suficiente para levar comida. Assim, tiveram que pensar numa solução. Resolveram voltar até a época Medieval para buscar poções que dão energia ao corpo.

Dessa vez os escolhidos foram Oliver e Victor.

-Ok.- falou Victor - vamos partir amanhã à noite, está bem, Oliver?

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-Sim, combinado.

Na noite do dia seguinte, partiram. Chegando lá, esconderam a máquina do tempo e foram se informar onde havia um mago. Disseram que só havia um, no castelo do Rei Arthur, mas havia um problema para chegar lá. O castelo tinha sido dominado por um dragão e ninguém saía ou entrava. Só havia um modo de conseguir entrar: matar o dragãoe ninguém daquela cidade tinha coragem de fazer isso.

Victor e Oliver pensaram por um tempo e decidiram que iriam bolar uma estratégia para matar o dragão. Naquele dia, resolveram que Oliver distrairia o dragão e, enquanto isso, Victor cortaria sua cabeça fora. “Ótima tática!” pensaram os dois.

Compraram armaduras e espadas muito potentes e foram em direção ao castelo.

Quando chegaram perto do dragão, Oliver correu por trás enquanto Victor distraía-o. Ele deu um berro para chamar o dragão. Quando o dragão chegou perto dele, Victor pulou dentro de sua boca e acabou caindo dentro de seu intestino.

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-Esse seu amigo é burro ou o quê? - falou o dragão.

-Não, Victor!! - berrou Oliver

No exato momento que o dragão ia cuspir fogo em Oliver, ele explodiu. Depois disso, Victor saiu do meio dos restos do dragão.

-Como você fez isso?- perguntou Oliver surpreso.

-Um segredinho do futuro... - respondeu Victor

Após a batalha, saíram correndo para o castelo e lá ficaram gritando:

-Mago, mago! Precisamos da sua ajuda!!

-Sim, sim- falou o mago- estou aqui. Quem são vocês?

-Somos forasteiros - explicou Victor- E precisamos de poções que dão energia ao corpo. Você tem?

- Sigam-me por aqui.

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Na sua sala, o mago pegou muitos frascos com poções e deu aos dois rapazes. Eles agradeceram e foram embora.

Chegando ao presente, avisaram aos membros da equipe que estava tudo pronto e já podiam partir.

Entraram na nave e submergiram no oceano, rumo ao núcleo da Terra.

No começo da viagem estava tudo ótimo. Eles comiam, conversavam, dormiam, jogavam... Num certo dia, aconteceu uma coisa que não estava prevista. Estavam tranquilos, pilotando a nave, até que começaram a aparecer várias coisas brilhantes no radar. Eram muitas coisas brilhantes! Estavam desviando, entretanto foi inevitável... uma delas acabou acertando a nave e tiveram que parar.

Jack, Victor e Kate saíram da nave e foram ver o que tinha acontecido. Descobriram que as coisas brilhantes eram, na verdade, diamantes gigantes e que um desses havia perfurado a última parte da nave e tiveram que

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se desfazer daquela parte. Quando estavam voltando para a nave, a chuva de diamantes recomeçou e um deles perfurou o capacete de Victor, que, por falta de oxigênio, não conseguiu respirar. Jack e Kate tentaram ajuda-lo, mas de nada adiantou. Victor estava morto...

Aquele foi um dia silencioso, sem muita conversa. No dia seguinte, de novo, aconteceram imprevistos. Resolveram parar e verificar se havia algum outro estrago na nave, pois ela estava fazendo um barulho esquisito. Os tripulantes acharam aquilo bem estranho. Dessa vez saíram todos e, enquanto verificavam a aeronave, começou a escorrer lava pelas paredes subterrâneas e a gotejar do teto! Todos saíram correndo para entrar na nave, mas Johnny não foi tão veloz e um pingo de lava caiu dentro de sua roupa. Com muita dor, morreu queimado. Outro dia silencioso e triste!

Depois de duas semanas, a equipe chegou ao núcleo e viram o estranho “objeto” que ameaçava a Terra! A tática deles para

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destruí-lo era pousar nele. Lá, dois desceriam da nave, cada um com uma bomba. Ativariam as bombas e voltariam para a nave e fugiriam antes da explosão.

Na manhã seguinte, executaram o plano. Kate e Oliver desceram com suas bombas e se separaram. Acionaram as bombas e voltaram correndo para nave quando faltavam dez segundos para elas explodirem.

Enfim, decolaram e, por pouco, os quatro não explodiram junto. Naquele dia, ficaram comemorando até tarde. Tinham conseguido!

Demoraram mais cinco meses para voltar até a superfície da Terra e, quando chegaram, pousaram no mar. Usando o compartimento que podia ser ejetado da nave, voltaram até a costa de Nova Iorque.

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Quando pisaram em terra, havia muita gente esperando por eles: amigos, parentes, o pessoal da NASA. Fizeram uma grande festa para eles, afinal de contas, o mundo estava salvo! Foi um dia muito alegre.

Oliver, Kate, Jack, Victor, Johnny e Robert ficaram marcados para sempre na história da humanidade.

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uma

aventura

inesperada

Bruno de Oliveira

Max Maia

Julia Calamita

Luiza Zakaib

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Em uma tarde de um domingo chuvoso, em Londres, o vento soprava friamente por entre as árvores e o sol atravessava as poucas, porém, translúcidas nuvens no céu. James, um adolescente de 19 anos, loiro com olhos castanhos claros, alto, fraco, bem maduro e inteligente para a idade, preparava suas malas para sua tão esperada viagem de férias. Ele morava sozinho em uma grande mansão, que ganhara de herança de seus pais. Também herdou bastante dinheiro e objetos que para ele tinham valor sentimental. A mansão onde ele morava era branca com pequenos canteiros, em volta havia um enorme jardim, era antiga e seus móveis também e isso, para James, era uma coisa boa, pois ele crescera lá e assim podia lembrar de suas lembranças, mesmo as ruins. Fazia pouco mais de 1 ano que seus pais haviam falecido, mas ele só havia superado essa perda agora. Além de seu melhor amigo, Thomas, ele não tinha ninguém próximo a recorrer, sua família era muito distante e ele era filho único.

Quando James olhou para o relógio viu que já estava atrasado e jogou tudo na mala, chamou um táxi para ir ao aeroporto.

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Esperando o táxi na porta de casa, começou a observar ao seu redor e percebeu que o sol estava começando, finalmente, a aparecer e, por entre as nuvens, viu um arco-íris. James sorriu e lembrou-se de quando ele era pequeno e seus pais o fizeram acreditar que, se conseguisse chegar até o final do arco-íris, todos os seus desejos se tornariam realidade.

O táxi chegou. O taxista era carrancudo, velho e o encarava com um ar estranho e, por isso, James nem quis puxar conversa, ficou olhando pela janela pensando, mas seu pensamento foi interrompido pelo taxista:

- Vamos logo para o aeroporto ou vamos passar em algum lugar antes?- disse o taxista grosseiramente.

- Ah, sim, claro! Temos que buscar meu amigo em sua casa!

- E... Onde ele mora?

- R. Bayswater Road, 234.

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Sem responder o taxista começou a dirigir ao destino e James, já sabendo a reação do homem, continuou a sonhar. Chegando lá, Thomas logo apareceu. Era bem encorpado e forte. Seus cabelos eram castanhos escuros, assim como seus olhos, tinha um ar meio obscuro e a maioria das pessoas o descrevia como “estranho”, mas isso nunca impediu James de ser seu amigo. Ele entrou no carro quieto, James estranhou, pois, Thomas tagarelava muito e isso, normalmente, era uma das coisas que mais gostava nele, porque assim ria, se divertia e não tinha tempo para pensar em como seria sua vida se seus pais estivessem lá.

Durante o caminho, Thomas parecia estar muito inseguro, James estranhou e perguntou:

- Está tudo bem?

- Sim, claro! Por que não estaria?

- Sério? É que você ficou quieto o caminho inteiro...

- Não, é que eu fiquei sem assunto.

- Chegamos!- diz o taxista.

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Thomas quase não olhava para a cara de James, então ele quis saber o que tinha acontecido, perguntando mais uma vez:

- Tudo bem?

- Sim! Já te disse!- respondeu muito bravo.

James decidiu não perguntar mais.

Na fila de embarque os dois ficaram quietos, parecendo dois estranhos. E foi assim até que James puxou conversa de novo:

- Então... Você parece um pouco nervoso! Nunca voou de avião?

- Claro! É só que...

- Diga...

- Eu estou meio cansado, só isso!

James desistiu de tentar ser um bom amigo e calou-se.

De repente, começou a ter algumas turbulências, James começou a ficar nervoso. As turbulências continuaram e todos entraram em pânico quando o avião começou

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a cair. Todos gritavam menos Thomas que parecia bem calmo, como se nada estivesse acontecendo.

Quando o avião aterrissou na água, algumas pessoas já estavam mortas com o impacto da queda. O avião começou a afundar e James tentou sair do avião, entretanto a porta estava trancada, não conseguia arrombá-la, em desespero tentou quebrar o vidro da frente do piloto. Finalmente, quando ele quase estava desmaiando por estar sem ar, um homem chegou por trás dele e conseguiu quebrar o vidro. Ele conseguiu sair, mas lembrou-se de Thomas, e voltou ao avião com a esperança de que seu amigo estivesse bem. Encontrou seu amigo desmaiado e o levou para a superfície.

- Acorde, por favor!

E nada, Thomas não reanimava.

James lembrou que havia outras pessoas no avião e que ele deveria voltar, mergulhou de novo nas profundezas do mar, deixando Thomas sozinho em um pedaço do avião que estava boiando esperando que ele acordasse. No avião, havia corpos por todos os lados,

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mesmo assim seguiu em frente, mas não havia ninguém vivo.

Voltou à superfície, apoiou-se no mesmo destroço onde Thomas estava. Respirou e inspirou para se acalmar, e começou a procurar uma terra firme na qual pudesse, no mínimo, descansar. Logo percebeu que, a uns 1000 metros, havia uma ilha onde poderia se estabelecer. James começou a remar até chegar à ilha.

A ilha era pequena. Com uma variedade abundante de vegetação e areia dourada e luminosa refletindo a luz solar. No meio da calma e do silêncio, viu uma pessoa viva no mar, apoiada em duas malas, em desespero fez sinais e gritou para que o homem chegasse até ele. James o ajudou e os dois deitaram na areia quente, logo adormeceram.

De manhã, a primeira coisa que veio à cabeça de James foi: Quem teria quebrado o vidro do avião? Quem seria aquele homem desconhecido ao seu lado que vasculhava uma mala que estava na praia? Perguntou:

- Quem é você?

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- Meu nome é Dan, tenho 31 anos, moro nos EUA e estou perdido no meio do nada! O que mais você quer saber sobre mim?!? – o homem respondeu e continuou fuçando na mala dos outros, tentando achar alguma coisa.

- Nada, me desculpe! Só queria saber com quem eu estava preso em uma ilha.

- Me desculpa, só estou um pouco nervoso...

- Mas, sim, eu tenho mais uma pergunta...- disse James um pouco embaraçado.

- Qual?

- Foi você quem quebrou o vidro da porta do avião que nos possibilitou sair?

- Sim. Desculpe se te machuquei estava desesperado.

Os dois ficaram calmos até que Dan perguntou:

- E quem é você?

- Meu nome é James... Você encontrou alguma coisa prestável aí?

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- Sei lá... O dono da mala é meio obsessivo!

- Como assim?

- Essa mala só tem uma arma...- e a entregou para James- e fotos... Espera! Suas!

- Como assim?!

- Levante e venha ver!

James se assustou, pois naquela mala só havia fotos dele com um X em sua cara.

Quando James viu aquilo sua expressão facial mudou, ficou pálido e ficou pensativo a tarde toda. Porém já era tarde. Estava com muita fome. Tentaram pegar uns peixes e não conseguiram, a solução foi pegar um coco, a única coisa comestível na ilha.

Depois, Dan decidiu abrir a outra mala. Enquanto isso, James foi ver o seu amigo que estava ainda desmaiado e inconsciente. Será que ainda acordaria?

- Ei! Olhe! Aqui tem um sinalizador! Deve ser a mala do piloto!- disse Dan, ao abrir outra mala.

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- Ótimo! Vamos disparar!

- NÃO!!! TEMOS QUE ESPERAR UM BARCO OU OUTRO AVIÃO!

- Bem pensado...

- Espere um minuto... Eu sei de quem é aquela mala!

- Qual mala?

- Aquela vermelha, com os detalhes em pretos...

- Aquela que só tinha fotos suas!

- Essa mesma!

- Então, de quem era?

James ficou quieto por alguns instantes e disse:

- Era de um dos passageiros do avião, seu nome era Thomas.

- Você o conhecia?

- Sim! Um grande amigo.... Bem... É aquele cara desmaiado!

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- Não queria um assassino na mesma ilha que eu! Vamos nos livrar dele! – disse Dan assustado.

- Ele não é assassino!

- Essa mala fala o contrário!

- Como assim? Paraaa!!

Dan decidiu ficar quieto e deixar James perceber por ele mesmo.

Naquela noite, a única coisa que James pensava era em uma explicação para tudo aquilo. Mas ele não achou nenhuma. Na mesma noite, o corpo de Thomas desapareceu misteriosamente da ilha.

Passaram dias e no 6º dia, no meio da noite, Dan gritou:

- UM NAVIO!!!

- AQUIII?I!!-

- Cadê o sinalizador????

- NÃO SEI!

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Os dois começaram a procurar até ouvirem um barulho horrendo:

- O que foi isso?

- O sinalizador!

Os dois loucamente começaram a gritar:

- AQUIIII!

- AQUIIII!

O navio já se dirigia para a ilha. Os dois se abraçaram, finalmente iriam para casa e James cheio de perguntas.

O capitão do navio levou James até Londres após duas semanas de viagem. Dan desembarcaria nos Estados Unidos, por isso James foi procurá-la para se despedir:

- Por incrível que pareça, essas semanas até que foram legais! – disse

- Pois é... Até que foram mesmo... Mas agora elas chegaram ao fim.

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Quando James chegou em casa, abriu a porta, acendeu as luzes e entrou. Sentado no seu sofá encontrou um rosto familiar.

- Thomas?

- Olá, James.

- Como você saiu daquela ilha?

- Eu dei o meu jeito!

James fechou a porta e começou a procurar por alguma coisa com a qual pudesse se defender. Lembrou-se da arma que havia posto em seu bolso, quando ainda estava na ilha.

- Você planejou isso tudo, não é? Por que você quer me matar?

- Sim, eu planejei. Bom, o seu dinheiro é uma boa razão para te matar, mas quando seus pais morreram e você ficou com a fortuna eu pensei em pegá-la para mim, pois eu estava devendo dinheiro para um homem.

- Que homem?

- Não é da sua conta!

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Os dois sacaram as armas de seus respectivos bolsos e...

POOWWWW

Um barulho de tiro foi escutado por toda a região e o corpo de Thomas caiu no chão ensanguentado.

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SegredoS de guizé

Fernando Maia

Renan Carminatti

Luiza Saad

Marina Costa

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O dia que eu mais temia havia chegado. Acordei com o barulho de uma bomba explodindo e helicópteros sobrevoando a minha casa. Minha mãe me chamava desesperadamente. Estávamos sendo atacados e teríamos que fugir. A minha visão estava embaçada e eu conseguia ver somente o desespero de minha família. O barulho de bomba permanecia em meus ouvidos, como se elas se multiplicassem.

-Abdul! Abdul! Acorde, se não você vai se atrasar.

Era apenas um pesadelo. Minha mãe continuava me chamando, porém dessa vez era verdade. Eu tinha que ir para a escola. Levantar às 5 horas da manhã todo dia para ir à escola não era fácil. Na verdade, as aulas começavam às 7 horas da manhã, mas, considerando que os meios de transporte público da Síria estavam suspensos por conta da guerra, eu tinha que ir para a escola a pé.

Após me aprontar, comecei a minha caminhada matinal, mais de uma hora de caminhada para chegar ao meu destino. Eu tinha 17 anos e vivia com a minha mãe, meu

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irmão mais novo, de 9 anos, minhas tias e meu avô, que, no momento, estava doente. Dividíamos uma mesma casa porque já havia sido a casa dos meus avos no passado e, não tínhamos dinheiro para comprar um novo lar. Eu não estava nos meus melhores dias, porque meu pai havia sido convidado para explorar a pirâmide de Gizé, no Egito, e em caso de sucesso, receberia uma recompensa grande. Porém, ele não voltava havia dias e isso me trazia maus pressentimentos.

Chegando à escola, encontrei colegas e amigos que, já sabendo da ausência de meu pai, perguntaram:

- Abdul, não o encontraram?

- Ele ainda não voltou?

- Vocês não têm notícias?

Mas eles sabiam que, no fundo, nada disso havia acontecido. A minha expressão já foi o suficiente para perceberem que tudo continuava do mesmo jeito. Eles se entreolharam e tentaram desviar do assunto:

- Amanhã, irei à casa de minha tia avó. – disse Saker.

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- E eu irei à casa de meu avô. – disse Jamil.

Aquele era outro assunto que não me agradava. Os meus amigos vinham de famílias mais ricas do que a minha e eles moravam em casas diferentes das de seus parentes. Já eu, não. Enquanto eu ficava em casa, os meus amigos iam visitar parentes. Com a guerra civil que estava ocorrendo, os locais públicos estavam bloqueados, tornando minhas tardes entediantes. Eu ficava um bom tempo brincando de pega-pega, esconde-esconde e outras brincadeiras em que não são necessários objetos e materiais, pois eu não tinha dinheiro para isso.

O sinal tocou. A primeira aula que teríamos era de História, na qual aula era muito discutida a guerra civil que estava ocorrendo. Eu adorava escutar as opiniões das pessoas e os acontecimentos recentes relacionados com a guerra.

Depois da aula de história, uma funcionária comunicou a professora de que havia um parente meu na secretaria que me levaria embora. Ninguém havia me

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comunicado. Arrumei minhas coisas e fui ao encontro de meu parente. Era minha tia Rana que, no rosto, tinha uma expressão de tristeza. Somente agradeceu a funcionária, pegou na minha mão e me levou para casa, sem dizer nada.

Chegando em casa, vi minha mãe chorando, abraçando meu irmão, que tinha lágrimas nos olhos. Algo havia acontecido e, pelo jeito, era grave. Minha tia suspirou, olhou nos meus olhos e disse:

- Abdul, recebemos a notícia de que seu pai morreu.

Eu não podia acreditar. Meu pai, que foi para o Egito pensando que ia se dar bem na vida, que ia ganhar dinheiro, havia morrido! Para mim era muito, muito ruim isso. Eu teria de fazer algo.

- Ele estava desaparecido havia muito tempo. Não tinha mais como estar vivo. – disse mamãe.

Uma lágrima caiu de meus olhos. Eu comecei a chorar. O que seria de mim dali pra frente? O que eu faria? Foi naquela hora que a

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ideia veio. Eu iria ao Egito investigar a morte do meu pai na pirâmide de Gizé. Seria bem arriscado, porém eu estava decidido a ir.

-Eu sinto muito... - disse tia Rana.

Eu iria planejar a viagem e partir. E foi o que aconteceu.

Dias depois da morte de meu pai, fui planejar a viagem. O Egito ficava perto da Síria. Porém, seria um longo caminho, porque eu só poderia ir por meio de transportes públicos, fazendo escalas. Pelos meus cálculos, eu demoraria por volta de um dia e algumas horas até chegar à cidade do Cairo e faria escalas durante o percurso. Eu viajaria sem contar à minha família. Partiria em uma semana, dia 03/01/2005 e teria de voltar, no máximo, no dia sete de janeiro.

Após uma semana, eu estava pronto para partir. Arrumei minha mala, dei um beijo na minha mãe, no meu irmão, nas minhas tias, no meu avô e parti para a estação de ônibus. Eu usei a desculpa de que iria visitar um amigo que morava longe para “enganar” minha família. Durante o percurso fui pensando no que enfrentaria pela frente.

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Quando cheguei à estação de ônibus, comprei uma passagem de um ônibus que sairia dali uma hora e teria como destino a Jordânia. Durante esse meio tempo fui conferindo se havia trazido tudo o que era necessário. Estava tudo dentro da mala. Relaxei e esperei o tempo passar, imaginando quando poderia relaxar de novo. Eu não tinha alugado um quarto no Cairo, porque eu iria me locomover o dia inteiro e só pararia para descansar de noite em um hotel por perto.

Embarquei e o ônibus partiu. Reparei que, ao meu lado, havia um homem que parecia ansioso, agitado e, ao mesmo tempo, preocupado. Ele me olhou e perguntou:

- O que você vai fazer na Jordânia?

- Não estou indo para a Jordânia, e sim para o Egito. Farei escala.

- Eu sou arqueólogo, e já estudei muito as pirâmides do Egito.

- Eu visitarei a pirâmide de Gizé. O meu pai morreu lá.

- O seu pai é Khadur?

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- É ele mesmo! Como você o conhece?

- Ele ficou conhecido por descobrir joias e desenhos na pirâmide de Gizé.

- Ele chegou a terminar sua missão? Você sabe mais sobre ele?

- Ele fez essas descobertas, virou rico e popular, depois voltou para a pirâmide. Após alguns dias, ninguém mais o viu. Não tinha mais como estar vivo.

Não respondi. Lembrar daquilo me fazia triste. Comi um sanduíche que havia trazido. Depois encostei a cabeça na poltrona e fiquei observando a paisagem. Percebi que o ônibus já tinha partido fazia uma hora. Encolhi-me e dormi.

Acordei com as pessoas se retirando do ônibus, era a primeira parada. Eu estava tão sonolento que decidi permanecer dentro do ônibus.

Depois de mais 8 horas de viagem, chegamos à Jordânia. Desci do ônibus, peguei minha bagagem e fui logo comprar a minha passagem para o Cairo. O próximo ônibus

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sairia dali três horas. Sentei em um canto e fiquei observando o movimento.

Passaram-se três horas e fui chamado para embarcar. Sentei no meu assento e olhei pela janela. O ônibus partiu. Tomei o meu remédio para dor de cabeça e fiquei pensando como que durante o tempo em que meu pai estava ausente eu não tinha recebido notícias dele. Por que quando ele ficou popular eu continuava sem nenhuma informação? Realmente, era muito estranho. Na fileira ao lado da que eu estava sentado, estavam um pai e seu filho. Senti saudade de quando eu e meu pai brincávamos.

Quando finalmente eu estava na cidade do Cairo, peguei um táxi e pedi ao motorista que me levasse para a região onde se situava a pirâmide de Gizé. Achei um hotel barato e bem simples, exatamente o que eu precisava. Aluguei um quarto, deixei minha mala num canto, troquei de roupa e saí às ruas. A pirâmide ficava a quatro quilômetros dali. No dia seguinte, eu começaria a minha investigação.

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Voltei ao hotel depois de andar pelas ruas da região. Deitei na cama, mas eu não estava com sono. Acho que era a ansiedade.

No dia seguinte, acordei às 7:00 h da manhã e segui rumo à pirâmide. Por fim, depois de andar os quatro quilômetros, ali estava eu na frente da pirâmide de Gizé. Com firmeza, entrei naquele lugar, imaginando como teria sido a entrada de meu pai. Desci por um corredor que daria acesso até a câmara subterrânea. Porém, encontrei à direita, um caminho que me levaria até o vestíbulo. Mas, tinha um problema: o caminho era restrito para visitantes e um segurança estava na entrada. Por sorte, um funcionário passou próximo ao guarda, e aproveitando sua distração enquanto cumprimentava o funcionário, passei despercebido pelos dois. Caminhei até o vestíbulo. Se eu continuasse indo reto, teria acesso à câmara do rei. Porém, se eu virasse, teria acesso à câmara da rainha. Decidi virar. Mais um corredor eu teria de enfrentar.

Depois de muito andar, cheguei finalmente na câmara. Era um espaço amplo, e nele não havia nada. Olhei meu relógio. Já

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estava tarde, e eu teria que voltar. Percorri os corredores que levavam ao caminho da câmara subterrânea. Porém, eu tinha me esquecido do segurança, ele ainda estava lá. Poxa, o que eu faria? Tive a ideia de me passar por um funcionário, porque, aliás, as únicas pessoas que poderiam estar onde eu estava eram funcionários. Apertei o passo e passei pelo segurança. Ele olhou desconfiado, e me mandou parar. Tremi.

-Quem é você? – perguntou

-Sou, sou Abdul. – respondi, gaguejando.

-E o que está fazendo aqui, criança?

-Bem, sou filho de Khadur, conhece?

-Sim. Ele já está morto.

-Eu sei... Bom, você sabe por quê?

-Sei sim.

-Eu não sei. Conte-me como ele morreu.

-Estou trabalhando, não posso. Aliás, vá embora.

-Mas, você pode me encontrar mais tarde?

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Eu viajei da Síria até aqui só para saber dessa história.

-Tudo bem. Só posso sair daqui às oito horas. Você pode me esperar lá em cima?

-Sim. Obrigado e até logo.

Quando eram oito horas, encontrei-me com meu novo amigo, se é que posso chamá-lo assim. Ele sentou ao meu lado e começou a me contar:

-Bem, foi em um dia normal, como hoje. Naquele dia, havia muitos turistas na pirâmide. Eu estava vigiando, quando um moço me perguntou onde era a câmara subterrânea. Expliquei como se chegava lá. Ele me agradeceu e lembro-me de ter visto um crachá em sua camiseta escrito Khadur. Quando o meu expediente acabou, eu ainda não o tinha visto voltar. Os dias foram passando e eu não sabia mais quem ele era, da onde vinha, e o que foi fazer lá. Até que no fim de semana, vi uma reportagem que falava de um homem que havia encontrado desenhos na pirâmide. Era seu pai. Fiquei impressionado e desejava poder vê-lo de novo. Porém, ele não retornava à pirâmide. Ninguém mais

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sabia dele. O tempo foi passando e nada. Até que, um dia, o vi na entrada da pirâmide. Ele tinha mudado e estava bem vestido. Ele desceu até o poço. Fiquei com uma enorme vontade de cumprimentá-lo, mas eu tinha que permanecer ali. Ele provavelmente estava explorando novamente. Era de se esperar que eu não o visse por um tempo. Foi o que aconteceu. A semana foi passando. Um dia, me mandaram tomar conta da câmara subterrânea. Eu, obviamente, fui, porém, o poço ficava no caminho e tive vontade de entrar. Quando entrei, vi Khadur estirado no chão, com sangue no peito. Fui correndo avisar o meu chefe. Ele implorou para eu manter isso em segredo e jurei não contar a ninguém. Provavelmente, ele escondeu o corpo, por medo de que alguém soubesse, e o número de turistas diminuísse. Mas não sei, é só uma hipótese. Então, como ninguém mais sabia, disseram que ele como morto. O poço nunca mais foi aberto, nem para funcionários…

-Então, o meu pai morreu assassinado?

-Ninguém sabe, mas é muito provável.

Eu não consegui acreditar. Quem poderia ter feito essa maldade?

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-Que injustiça! Vou me vingar de quem fez isso! – disse com raiva.

-Não! Para que se vingar? O seu pai já está morto.

-Mas quem fez isso merece ser preso!

-Ninguém sabe quem foi. Nem sabemos se foi assassinato.

Isso ele tinha razão. Ele poderia ter morrido por outros motivos.

-Bem, tenho que ir, tchau.

-Muito obrigado. Você foi muito gentil.

Meu “ajudante” se foi e percebi que também estava na hora de ir para o hotel. Fui o caminho inteiro pensando em tudo o que ele tinha me dito.

Quando cheguei ao hotel, estava exausto. Deitei na cama e fiquei pensando que meu pai poderia ter sido assassinado, mas, para que me vingar? Por mais que eu estivesse com raiva, nada voltaria atrás. Tomei uma decisão: eu manteria isso em segredo. Aliás, eu estava

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orgulhoso do meu pai. Ele foi importante para a arqueologia, tornou-se um homem poderoso, com dinheiro e morreu feliz.

No dia seguinte, decidi me aprontar para a viagem de volta. Comprei minha passagem para a Jordânia. Percebi que meu dinheiro estava acabando, mas, felizmente, havia o suficiente para comprar a passagem para a Síria.

A viagem foi longa, porém muito mais interessante do que na ida. A diferença era que eu me sentia mais disposto, tranquilo, parecia que tinha tirado um grande peso das costas.

Chegando à estação de ônibus da Jordânia, comprei a passagem para a Síria e embarquei. Acordei algumas horas antes da chegada. Era tão bom poder conviver sem aquele ar de tristeza que existira após termos ficado sabendo da morte do meu pai. Era tão bom saber de toda a história e saber que ele viveu bem. Após meia hora, estava, finalmente, na Síria. Era tão bom estar em casa. Bati na porta e quem atendeu foi minha mãe.

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-Por onde o senhor andou? –perguntou.

-Fui ver meu amigo distante.

-Demorou tanto para voltar... Senti sua falta.

Dei um abraço apertado em minha mãe. Não podia contar tudo o que sabia sobre papai. A minha rotina continuou, mas para mim ela era diferente. Eu estava com um humor bem melhor.

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um assalto

por minuto

Caetano Ramos

Fernando Lameiro

Ana Luiza Mussolin

Isabel Andrade

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A noite estava chuvosa e fria. As ruas estavam desertas. Não se ouvia nada, apenas as gotas de água que caíam no chão. As lojas, restaurantes, cinemas estavam fechados. Parecia que o único ser vivo que andava pelas ruas na cidade, naquela noite, era João.

João era uma pessoa muito pobre, não tinha família, nem com quem pudesse morar, por isso, adotou como sua casa a estação de trem. Morava naquele lugar escuro, onde todas as pessoas tinham medo de atravessar e nem ousavam pisar, pois sabiam que coisa boa não tinha.

Todos os seus familiares morreram durante a segunda guerra mundial, por isso teve que se virar sozinho e amadurecer por conta própria. Ele era um tipo comum, cabelos e olhos pretos e uma boca avermelhada. Costumava usar um tipo de moletom azul marinho e calça preta. Mas era muito mais forte do que o normal.

O que o tornava diferente das outras pessoas era sua atividade: ele era ladrão. Vivia disso. Pela manhã, roubava as padarias ou feiras, para ter algo para comer. Mais à tarde,

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vendia as peças variadas que havia roubado e à noite, João roubava casas. E nunca o pegavam. Ele sumia, era como se fosse invisível.

Uma noite, João estava saindo da estação de trem, com todo cuidado para que os policiais não o vissem, para roubar a casa do doutor Tom, um cientista. Ele estava verificando se tinha colocado tudo o que necessitava dentro da sacola para que não ocorresse imprevistos. Havia uma chave de fenda para arrombar a porta, um pano para limpar a mão e não deixar rastros, o endereço: Rua Sertório, 890, casa verde escura, janela mal pintada e porta marrom. Tudo em ordem! Prosseguiu no seu caminho.

Naquela rua, João tinha ouvido muitos boatos sobre o doutor Tom. Achavam-no muito esquisito e misterioso. Ele usava uma espécie de jaleco branco e aonde ia, levava junto uma maleta de couro marrom escuro. Usava óculos quadrados e tinha o cabelo curto. Era um verdadeiro cientista maluco. Ninguém sabia o que tinha de tão especial em sua casa, não eram apenas cadeiras, sofás... Tinha algo de especial lá e João queria descobrir o que era.

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Atrás de um poste estava João, esperando o doutor sair de seus aposentos. Naquela noite, Tom demorou mais para sair de sua casa, parecia que sabia que algo ia acontecer a ele. Finalmente, o doutor colocou o pé direito para fora de casa e logo depois colocou o pé esquerdo. Ficou observando por um bom tempo a rua, viu que nada de mau tinha por ali, pegou sua mala de couro, vestiu o seu jaleco e trancou a casa. Naquela hora João pensou: “Finalmente aquele velho saiu daquela casa feia.”

Devagarinho, se aproximou da casa, olhou para um lado, olhou para o outro e pegou o alicate. Aquela porta estava tão velha que a fechadura quase abriu sozinha. Segurou seu pano e lavou bem suas mãos. Colocou o tecido dentro da mala e ficou observando, pois sentia que tinha alguém dentro da casa além dele. Seu corpo gelou, não conseguia mexer um músculo, mal conseguia respirar direito, então ele pensou: “Vou pegar qualquer coisa e vou dar no pé”!!

Estava andando devagar pela sala com medo. Não tinha coragem de acender a luz, quando de repente, ouviu um barulho e ficou

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parado como uma estátua. Estava apavorado, isso nunca tinha acontecido! Ficou olhando, sentia que não estava sozinho. Foi quando viu algo se movendo em sua direção, parecia um vulto, se aproximando cada vez mais! Saiu em disparada, pegou uma máquina em cima da lareira e nem se preocupou com os vestígios... saiu o mais rápido que pode.

Quando estava na porta principal da rodoviária, não se importou com os policiais, apenas queria saber o que havia pego, para que servia, e o mais importante, o que tinha acontecido naquela noite. Andou até a parte mais escura da estação de trem, pegou fôlego e ficou olhando aquele objeto por muito tempo: “Será que foi o maluco da casa 890 que fez essa coisa?”

João, com todas as suas habilidades e com todos os objetos que já tinha roubado, nunca havia visto algo parecido.

A noite passava e ele só olhando aquele estranho pedaço de metal. Finalmente, descobriu um botão secreto. Pensou, pensou e pensou, não sabia se apertava ou não o tal botão. “O que será que é isso?” perguntou a si

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mesmo. “Pode ser uma coisa boa, como, por exemplo, uma máquina que fabrica dinheiro! Isso seria muito óbvio... o Sr. Tom seria o jovem mais rico do mundo... e pela casa onde vive, tenho minhas dúvidas...”.

Pensou também que poderia ser algo ruim, como uma bomba! Ele poderia explodir!

João estava muito cansado e acabou adormecendo. Repentinamente, foi acordado com o barulho dos trens logo de manhã. Normalmente, já estaria assaltando alguma barraquinha de comida, mas naquele dia não estava com fome, nem sede. Enfim, resolveu finalmente apertar aquele botão.

Quando percebeu o que tinha feito já era tarde demais. Algo tomou conta dele, não estava mais na estação de trem. Parecia que estava sendo sugado para outro lugar. Ficou se debatendo no chão, até que perdeu sua força e desmaiou.

Quando acordou, não estava mais com aquele objeto, seria uma máquina do tempo? Ele se deparou com um monte de pessoas em sua volta:

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- Ele está acordando!

- Você está bem?

- Precisa de ajuda?

-Sim, estou bem e não preciso de ajuda nenhuma, posso me virar sozinho como sempre fiz! - gritou ele, já com raiva de tantas perguntas.

Então, bombas surgiram do céu e todos saíram correndo, deixando-o para trás.

João se levantou do chão e rapidamente procurou abrigo para se proteger. Logo embaixo dele havia uma caixa inteira de pequenas bombinhas. Pegou algumas e colocou em seu bolso. Ele não acreditava no que estava vendo, algo horrível e desesperador. Parecia que havia voltado à infância, na segunda Guerra Mundial. Não conseguia acreditar! Aquela máquina era uma máquina do tempo e ele estava no passado!

- Que legal! - disse um jovem – E aí, a gente ganha ou perde?

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- Do que você está falando?- João não conseguia pensar em mais nada, apenas no fato de que tinha viajado para o passado.

- Só quero saber se todo mundo morreu ou a gente sobreviveu. Você não disse que veio para o passado? – falou o jovem com toda a tranquilidade do mundo.

- Só um minuto, em que ano nós estamos?- João nem prestou atenção no que o rapaz havia lhe falado.

- Estamos no ano de 2050 ! A terceira Guerra Mundial!

-Então, não viajei para o passado... estamos no futuro !!!!!

Ele ainda não estava acreditando na loucura que estava acontecendo com ele. Levantou-se, tirou a terra de seu moletom e perguntou ao rapaz:

- Você tem algo para beber?

- Claro, vem comigo.

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Entraram em uma espécie de cabana de plástico. Lá o chão também era de terra, parecia que tudo do passado tinha sido destruído no futuro. Começaram a entrar em um buraco. Ele ficou olhando o jovem e perguntou:

- O que você está fazendo?

Ele parecia que não tinha escutado. Não teve jeito e entrou dentro do buraco. Lá, se deparou com um jarro enorme de água e uma estante inteira de comida.

- É o paraíso, nunca mais saio daqui. - pensou João.

O jovem deu água para ele e disse:

- Sabe, daqui a pouco temos que dormir...

- Como assim? Deve ser umas quatro horas da tarde ainda.

- É, mas os mais novos ficam de guarda pela manhã e os mais velhos, à noite.

- Está bem, vamos dormir. Falando nisso, onde vamos dormir?

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O jovem não disse mais nada, levou João para um canto na barraca e foi dormir. João ficou acordado por muito tempo, apenas pensando... Como ia voltar para o presente? No meio de seus pensamentos, acabou adormecendo.

- Acorda! Acorda! Acorda!- gritou o jovem preocupado.

- O que foi?- perguntou João.

- Já está na nossa hora de ficar de guarda! - disse o menino.

- Não, eu vou procurar alguém que possa me ajudar a sair daqui!

- Como assim? Todos têm que ajudar para não morrermos.

- Já disse que não! - falou João com raiva.

- Está bem! Conheço um homem que há muito tempo construiu uma máquina do tempo e acho que ele pode te ajudar. Mas já aviso: ele está no território inimigo. Tenha muito cuidado, pois se o virem, irão matá-lo. Ele mora no território 890. Lá ele é o líder. Tome muito cuidado, meu irmão.

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João agradeceu, virou-se e seguiu em frente. Pensou que para voltar para casa tinha que usar todas as suas técnicas de ladrão e para isso, tinha que fazer o maior assalto da sua vida.

João andou durante todo o dia para chegar ao território 890. Quando já estava anoitecendo, ele se deparou com um muro de soldados, se escondeu atrás de um barranco de terra e pensou:

-O que vou fazer agora?

Foi quando se lembrou das bombinhas que tinha colocado em seu bolso logo quando chegou ao futuro!! Agarrou algumas e arremessou com toda a sua força nos soldados. Isso não foi o bastante, por isso pegou todas as bombinhas que tinha e jogou com muito mais força nos soldados. Quando finalmente as bombinhas explodiram, os soldados fugiram para buscar ajuda.

João, na mesma hora, saiu correndo em direção ao endereço. Quando chegou, ficou surpreso: se deparou com a mesma casa que havia assaltado e roubado a máquina do tempo. Logo em seguida, aconteceu tudo como havia

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acontecido antes: o mesmo cientista, Tom, mais velho, colocou o pé direito para fora da casa logo depois, o pé esquerdo, ficou olhando para um lado e para o outro. Parecia que sabia que algo ia acontecer com ele novamente. Viu que não tinha nada e pegou seu jaleco branco, sua maleta de couro marrom escura e saiu de casa.

João aproveitou a oportunidade e ficou em frente à porta. Pegou seu alicate, mas dessa vez não precisou arrombar a porta, pois ela estava tão velha que nem trancada estava.

Ele entrou na casa e fechou a porta devagarinho. Seu corpo parou, travou. Não conseguia se mover. Não ouvia nada, apenas as gotas de água que caíam lá fora. Então, se aproximou da lareira e deparou-se com o mesmo objeto que tinha olhado naquele dia. Pegou o estranho objeto e colocou na sacola. Viu um vulto se aproximando... Seu corpo gelou novamente, mas encheu-se de coragem, pois sabia que se ficasse lá, morreria. Por isso, aproximou-se da porta e deu de cara com os soldados. Fechou a porta rapidamente. Seu coração acelerou... Os soldados empurravam a porta e ele mal conseguia pensar.

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Nisso, o vulto se aproximou e o agarrou pelo pescoço. João não conseguia mais respirar, chutou a sombra para longe e acendeu a luz. Observou aquele vulto com cabelos negros, olhos pretos, e sua boca avermelhada. Parecia que estava vendo um espelho! Quando os soldados conseguiram entrar, encontraram João morto.

Dizem por aí, que o João foi morto por ele mesmo, um João do futuro, aquele que ninguém via...

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a viagem

historica

Elias Kim

Guilherme Cordeiro

Laura Candiota

Lígia Campos

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-ACORDA, TÁ ATRASADO, VAMOS, VAMOS!!

Olá, eu sou o Gabriel, Gabriel Guido, e tenho 13 anos. Adoro tanto futebol, que o meu pai até prometeu me levar para assistir um jogo na próxima Copa do Mundo. Eu sou um cara bem tranquilo, odeio confusões. Mas se tem uma coisa que me tira do sério é a obra de algum duende que inventou ESCOLA. Matemática, Ciências, História, Geografia, Português, tudo isso me irrita MUITO! E ainda me pergunto por que é que meus pais não me deixam faltar um dia, ou uma semana. Mas eles sempre dizem a mesma coisa: “a escola é muito importante, meu filho, é essencial para você aprender!”.

Meu dia começou péssimo, meu pai teve que me acordar porque o meu despertador pifou, não funciona mais. Estou atrasado três minutos e esse é o meu terceiro atraso. Na próxima vez que isso acontecer... O que eu mais odeio em chegar atrasado é que todos olham para mim, dá vontade de dizer “continuem as atividades, não prestem atenção em mim, o que eu tenho de tão especial?”.

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- Me desculpe professora, meu despertador...

- Vá sentar Gabriel, as suas desculpas são tão ruins como as do Daniel por não fazer a lição de casa, então fique calado.

-Se deu mal, hein Guidão...

-Hahahaha, muito engraçado... E meu nome é Guido, Gabriel Guido.

-Então tá, desculpa Guidão.

Como puderam observar, a relação com meus colegas de classe e com a minha querida professora é maravilhosa. O dia não pode piorar: cheguei atrasado à escola, não escovei os dentes, minha professora me deu uma bronca em público, meus colegas continuam me zoando e o meu único meio de acordar na hora não funcionou.

Para ajudar tivemos uma prova surpresa do conteúdo que enfeita a minha pasta de D, E e F: Língua Portuguesa. A prova começou e não tinha ideia do que escrever. A única ordem da professora foi: “Escrevam uma história de qualquer um dos gêneros estudados no ano.”

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Claro que eu ia escolher o gênero que eu mais gostei: AVENTURA.

Todos estavam com ótimas ideias, me parecia, pois escreviam sem parar, mas eu estava com apenas o cabeçalho.

De repente, eu comecei a ter uma dor de cabeça muito forte, acho que a mais forte que já tive na minha vida. Tudo começou a girar, as pessoas começaram a ficar compridas, meio amarronzadas e suas peles pareciam cascas duras. Além disso, seus cabelos começaram a crescer, ficaram com a mesma textura do corpo, engrossaram e brotaram pequenas folhas deles. As mesas foram se transformando em pedras, do chão brotava grama e o teto não existia mais. Quando não aguentava mais apaguei...

- Onde estou? Que mundo é esse?

Acordei com pingos no rosto de suor. Eu estava em um gramado alto e verde. Havia pássaros voando e árvores muito altas. Decidi andar um pouco para explorar. ”Não, isso só pode ser um sonho, eu posso jurar que acordei hoje e fui para a escola...”. Eu não podia

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acreditar que aquilo era realidade. Enquanto eu andava, chutava galhos, batia em pedras e via pássaros enormes passando o tempo todo pela minha cabeça.

Dado um tempo, eu ouvi um barulho, um eco grosso parecido com o barulho de um elefante. Andando pelo mato, eu entrei no meio de um monte de árvores gigantes. Foi quando eu vi um elefante imenso de lado olhando para o sol. Mas não era um elefante, ele tinha pelos... Era um mamute!

Bem, o certo era ficar em silêncio, passar por trás do mamute e ir embora sem que ele percebesse, como qualquer ser humano que tenha a capacidade de pensar faria. O que eu fiz mostra que eu não sou um ser humano capaz de pensar. Eu gritei e saí correndo o mais rápido que minhas pernas aguentavam. E o mamute foi atrás. Ele estava quase me pegando com as presas quando uma lança passou raspando pela minha cabeça e acertou a tromba do mamute. Era um sujeito que estava reunido com sua tribo em volta de uma fogueira. O mamute caiu duro, mas eu continuei correndo como um louco e achei uma ótima caverna para me esconder e passar a noite.

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Lá havia muitos desenhos, pinturas rupestres e marcas ao longo das paredes. Animais selvagens e cenas de caça estavam desenhados ali. Fiquei tanto tempo observando as pinturas que nem percebi quando escureceu. Comecei a apalpar o chão de terra para ver se podia me deitar. Mas, para minha surpresa, encontrei três objetos, e um deles era afiado, além deles, duas pedras. Fiz uma fogueira, que aprendi a acender graças ao meu pai, quando me matriculou em um grupo de escoteiro. Só fiquei com receio de que alguma criatura quisesse se aquecer junto a mim... Por isso, fui ver o que eram os objetos. O primeiro era cortante, uma espécie de lança com uma pedra lascada amarrada com um cipó em um galho grande. O segundo era um tipo de martelo, com uma pedra arredondada amarrada com o mesmo tipo de cipó em um galho em forma de Y. O terceiro era um instrumento que eu não reconheci. Ele era feito de ossos de ave amarrados, formando uma espécie de caixinha. Dentro dela tinha palha queimada.

Eu já tinha visto essas coisas: eram da pré-história, pois me lembrei de fichas que tinha feito na escola!. Não acreditei no

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primeiro momento, achei que era apenas um delírio. Mas depois descobri que eu estava mesmo na pré-história!

Estava exausto, logo dormi. No dia seguinte peguei os três objetos, quem sabe poderiam ser úteis. Estava com muita fome e, logo que saí, encontrei uma macieira repleta. Devo ter comido umas cinco maçãs e guardei três para mais tarde na tal de “caixinha de ossos”.

Fui andando atento e, do nada, escutei as folhas se mexendo. Achei melhor me esconder porque não tinha nada que me protegesse. Mas fui barulhento demais e os habitantes dessa região me viram correndo e me acertaram com uma flecha.

Quando acordei, estava amarrado em um mastro, com um monte de pessoas em volta. Eles estavam girando e cantando em volta do mastro onde eu estava. Em seguida, um caminho se abriu e uns três deles entraram segurando um monte de comidas: carnes cruas, legumes (eu não gosto muito de legumes) e frutas (que foi a única coisa que eu comi). Comecei a achar que eles gostavam

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de mim e que me veneravam. Entretanto, esse pensamento não durou muito tempo, pois os três homens que trouxeram as comidas começaram a me bater usando as mãos e paus de madeira. Eu não aguentava mais apanhar, olhava para meus braços e os via ralados; olhava para o chão e via meu sangue escorrendo. Eu não sabia o que estava acontecendo, minha visão estava embaçando, meu corpo tremia, os gritos daquelas pessoas estavam ficando cada vez mais distantes... De repente eles pararam. Por um momento fiquei aliviado, mas eles levantaram o mastro onde eu estava e o colocaram sobre uma fogueira.

O calor era insuportável! Eu ia morrer? Todos cantavam e dançavam à minha volta. Quando achava que não poderia mais aguentar, um enorme exército passou por cima dos canibais, com lanças, espadas, foices, machados e arcos e flechas. No meio de toda aquela confusão dos canibais, um homem que demonstrava grande poder e dignidade estava sendo carregado em um belo andor. Ele estendeu a mão para mim para que eu subisse ao seu lado, me levou para o seu palácio, e no caminho, passamos por enormes pirâmides. Descobri que estava no Egito!

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Logo aprendi a escrita hieroglífica e me tornei um escriba. Mais que isso, me tornei o melhor amigo do faraó! Ele me concedeu o título de sacerdote..

Tudo estava bom para mim, já que tinha uma casa própria e os suprimentos necessários para viver. Fazia raramente alguns sacrifícios aos deuses, pois não era totalmente qualificado para a religião. Até que um dia tudo mudou.

- AAAAAAAAAAAAH! O FARAÓ MORREU E NÃO TEVE FILHOS, NÃO TEVE HERDEIRO PARA ASSUMIR SEU TRONO!!

- Segundo o testamento de Vossa Majestade, o trono passa para o seu melhor companheiro, Gabriel Guido.

Quando ouvi essa notícia, fiquei paralisado. Como na sala de aula, todos olhavam para mim. Olhei para o horizonte, pensativo, e reparei em um homenzinho correndo. Concluí que era árabe, por causa das roupas. Depois de uma boa examinada na faca que estava cravada no peito do faraó, reparei uma sutil gravura da bandeira árabe. E decidi: “Nós vamos guerrear contra a Arábia”.

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- Senhor, a Arábia tem o império mais forte da região...

Nós fomos assim mesmo, já que eu era o faraó todos me obedeciam. Só não foram as mulheres, as crianças e os idosos. Sabia que era loucura liderar uma guerra contra a Arábia, mas eles mataram o meu faraó...

Quando chegamos aos domínios da Arábia, me deparei com uma muralha gigantesca feita de pedra. Não sabia como chamar a atenção deles. Graças ao meu jogo de computador BUILDING YOUR EMPIRE, tive a ideia de arrombar a porta. Foi preciso pedir aos camponeses que cortassem uma árvore com seus machados. Depois do aríete estar pronto, bastou atear fogo na porta para “amolecê-la” e BOOOM! Estouramos a porta. No começo estava indo tudo bem, estávamos ganhando. Mas meus homens começaram a perder a força. Eu estava vendo meu exército ser morto e destruído. Meus soldados estavam começando a ficar avermelhados e o império árabe começou a ficar em chamas. De uma hora para a outra, deparei-me em um enorme incêndio.

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Aos poucos, minha respiração foi ficando mais leve, comecei a sentir minhas mãos e minhas pernas. Depois, senti o ar fresco misturado com algumas baforadas de ar muito quente e as pequenas pedras do chão frio. Foi quando ouvi vários gritos de desespero. Percebi que eu estava caído no chão rodeado por casas pegando fogo. Eu me levantei e andei no sentido das pessoas que corriam desesperadas trombando umas nas outras. Ouvi um estalo e uma casa caiu sobre outra, fazendo um barulho ensurdecedor. A princípio, corri para fugir dos destroços, mas depois ouvi gritos do que parecia ser uma criança. Não tinha jeito, eu tinha que ajudá-la.Corri até os destroços da casa e passei por debaixo de pilares de madeira. Eu me cortei com pedras e me queimei com a brasa que caía sobre mim enquanto me arrastava. Cheguei a um pequeno e apertado espaço onde estava um menino sentado abraçando os joelhos e chorando:

-Si prega di farmi uscire da questo luogo!!

- Calma, Eu vou te tirar daqui.

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Olhando em volta, vi com dificuldade uma pequena abertura de pedra que poderia nos tirar de lá. A fumaça tomava conta do pequeno espaço, tornando impossível respirar. Eu peguei na mão do menino, que parecia ser italiano, e o puxei pelo buraco. Fui me arrastando por um tempo, mas encontrei uma barreira de pedras muito pesadas. A fumaça estava chegando perto de nós e o garoto entrou em pânico. “Era só o que me faltava, agora o moleque ficar gritando na minha orelha! O que eu faço? Tento levantar os troncos de madeira do teto ou volto para achar outro caminho? Ah que se dane!“. Eu tentei levantar as toras com as mãos em um lugar que não me queimasse. Em vão. As toras não se mexeram, pressionei com as costas, sentindo muita dor. Aos poucos, começaram a se mexer e caíram para o lado. Puxei o garotinho pelo braço e o tirei do buraco. Ele saiu correndo em direção a um beco e desapareceu.

- De nada!

Eu estava todo queimado e arranhado, cheio de pedaços de madeira presos em meu corpo. Andava mancando pela rua, que estava vazia. De vez em quando, casas caíam

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e eu ouvia gritos. Vi, então, algo realmente inesperado. Logo em minha frente, se erguendo majestosamente, estava o Coliseu! “Meu Deus, eu estou em Roma! E esse deve ser o incêndio de Nero! Não acredito!”.

Eu andava com os olhos grudados naquela bela construção de pedra. Era lindo. Mas havia algo que me atrapalhava, a dor. Era insuportável. Eu me ajoelhei diante do Coliseu e minha visão foi se embaçando e escurecendo. Minha respiração foi ficando pesada...

Voltei a sentir minha cabeça, depois meus braços, tronco, pernas e pés. Não sentia mais dor, e quando meus sentidos foram se acomodando percebi que estava em pé em um lugar escuro cercado de paredes de pedra. Andei em linha reta para achar alguma saída. Mas estava tonto e não sabia nem em que direção estava andando. Fui andando colado nas paredes até que minha tontura passasse.

Conforme eu andava por aquele lugar, que mais parecia um labirinto, eu sentia um cheiro horrível! Era um forte cheiro de mofo e pelo molhado. U m homem apareceu de trás de uma curva, ele tinha uma expressão aterrorizada e me disse:

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- Vamos, vamos! Temos que sair daqui antes que ele nos ache! Vamos!

- Vamos antes que quem nos ache?

- Ele...

- Quem?

- O Minotauro!

Não pude acreditar, eu estava no labirinto do Minotauro, na Grécia! Saí correndo junto com o homem, sem achar a saída. Depois de umas horas, fiquei com fome, lembrei-me das maçãs que eu tinha guardado na caixinha de ossos e as peguei. Eu havia pendurado a caixinha como uma bolsa, cruzada, com uma alça de cipó.Comi duas e dei uma para o meu companheiro. Quando acabei de comer, ouvi um barulho e uma sombra gigante começou a se aproximar. Eu e meu companheiro saímos correndo, porém ele não foi rápido o bastante, o Minotauro o pegou... Continuei correndo o mais rápido que consegui, mas acabei ficando encurralado num beco sem saída.

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O Minotauro se aproximava cada vez mais. Quando ele virou e eu pude vê-lo, quase tive um ataque cardíaco. Ele era gigante, pelo menos o dobro do tamanho de um homem muito forte e grande. Com seu imenso corpo de humano e cabeça de touro, ele se aproximava lentamente e, a cada passo que ele dava, o chão tremia.

O Minotauro olhou para mim, bufou alto e me atacou com uma investida para cravar seus chifres afiados em minha barriga. Esquivei-me para a esquerda e saí correndo o mais rápido que podia. Não tinha a menor ideia de para onde eu estava indo, mas tinha a esperança de despistar a fera. Após correr uns dois minutos, percebi que o Minotauro não sabia mais onde eu estava, porém ainda estava me procurando. Vasculhei a área onde estava. Encontrei uma pedra grande e muito pesada. Procurando mais achei muitos, muitos cipós amontoados, algumas pedrinhas e um pedaço de pano, além de três pedras do tamanho da minha mão. Gastei uns 20 minutos preparando tudo. Peguei um pedaço de cipó e amarrei-o em volta da pedra pesada. Depois, amarrei a pedra que sobrou em outro cipó bem longo,

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joguei a emenda por cima de um espinho de pedra e amarrei sua ponta, fazendo um círculo que se fechava quando puxava. Com muito esforço e com a ajuda do peso de outras pedras que achei, consegui colocar aquela pedra enorme em cima de um vão entre o teto e uma das paredes do labirinto. Amarrei mais um cipó em uma das partes da pedra e a outra ponta em uma estalagmite, deixando o cipó bem tensionado. Estava pronta a armadilha. “Então, o Minotauro vai vir correndo, enroscar o pé no círculo de cipó, cair no chão, eu vou cortar o cipó que está ao meu lado, a pedra vai cair, levando o Minotauro a ficar de ponta cabeça, pendurado.”

E foi assim que aconteceu, eu joguei uma pedra na parede para atraí-lo, e em menos de cinco segundos, ele já estava pendurado de ponta cabeça. Assim, com uma investida poderosa, finquei a espada que ganhei no Egito no peito da fera. Aquilo soltou um grito e começou a se debater e ia rasgando o cipó que o prendia, até que ficou livre e furioso.

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Ele me atacava, com investidas furiosas e tentava me agarrar com suas mãos enormes e peludas. Eu o golpeava ferozmente com minha espada, mas ele não cessava. Eu andava para trás, tentando me defender dos golpes mortais da criatura. Foi quando me vi em um beco sem saída. Estava sem defesas e o Minotauro estava louco! Ele já estava na minha frente, quando me lembrei da lança pendurada junto com a caixinha. Finquei-a no peito do Minotauro e ele caiu morto.

Comecei a sentir uma dor muito forte no abdômen... O chifre do Minotauro havia entrado em mim. Tudo começou a girar e fui visualizando, aos poucos, as pessoas e as mesas da minha classe. Estava eu novamente na sala de aula, depois de uma viagem histórica.

Olhei no relógio e não havia passado nem um minuto desde o início da “viagem”... Eu não sei se foi sonho, delírio ou realidade, só sei que parecia muito real. Lá estava a minha história de magia e aventura. E foi exatamente assim que eu a escrevi.

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O diariO

de zectu

hawnis

Antonio Zobaran

Antonio Frioli

Vinícius Melo

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Dia 1:

Bom dia, meu nome é Zectu Hawnis e tenho 7 anos, eu ganhei esse diário estrelar hoje. Eu sou um alien do planeta Bakaru, minha mãe é uma humana e o meu pai é um bakurem (ele nasceu em Bakaru como eu). Nós moramos no planeta Bakaru, no distrito 666 e minha família está numa condição precária (família, eu quero dizer eu e meu irmão Vector, já que a minha mãe e meu pai morreram há muito tempo, por causa da terceira guerra mundial no planeta Terra). A guerra aconteceu no planeta Terra porque não entravam em acordo sobre se os aliens poderiam entrar na Terra ou não.

Dia 2:

Hoje, meu irmão chegou em casa com um olho roxo, porque o nosso distrito não tinha um comandante e estava um caos, ele falou que nós nos mudaríamos do planeta. Você, que está lendo isso pode até achar exagero mudar de planeta, que nós só devíamos mudar de distrito, infelizmente, é impossível porque os outros distritos estão piores e temos que pagar uma taxa de 10000 extals, não temos

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dinheiro para isso. Meu irmão tem um amigo que é primo de um traficante universal. Nós viajaremos para o planeta Terra daqui a 3 dias.

Dia 3:

Hoje, eu fui para minha escola e eu falei para o meu melhor amigo Octavionyis que vou me mudar de planeta, ele disse que sentirá minha falta e me deu um Mp300. Meu outro amigo, Mathew, me deu um relógio Vader.

Dia 4:

Hoje eu li no jornal que a Terra ainda continua em guerra, isso é ruim.

Dia 5:

Nós viajamos para o planeta Terra na nave do traficante universal. Era uma nave muito legal, cheia de cadeiras, várias armas, pintada de verde e azul claro, umas 17 cápsulas com pessoas, animais e aliêns mortos. A viagem durou 5 horas. Assim que nós chegamos, o tal traficante deu para Vector uns documentos e roupas novas para mim e para meu irmão.

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Dia 6:

O Vector foi procurar uma casa e um emprego. Ele me contou sobre um grupo chamado Buraco Negro que não queria que os aliens entrassem na Terra e um outro grupo chamado Universais que queriam que os aliens entrassem na Terra.

Dia 7:

Meu irmão foi sequestrado pelo Buraco Negro, enquanto trabalhava numa pequena lanchonete, no interior de New Carbon. Eu me escondi para eles não me levarem. Por um momento, estava cheio de ódio e tive uma ideia, matarei o presidente do Buraco Negro: Malaquias. Infelizmente, não poderei escrever no meu diário por algum tempo, porque eu estarei treinando com o amigo do meu irmão o Raleyg (um super soldado bakuren que veio para a Terra).

5 Anos depois...

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Dia 8:

Bom dia diário, acabei o treinamento do Raleyg, agora sei lutar com espada e sou um mestre na artilharia.

Dia 9:

Andei procurando o endereço do Malaquias e eu o encontrei. Ele mora na rua Maricó, casa 24 , eu pretendo trabalhar um tempo lá para descobrir onde é a sede da Buraco Negro.

Dia 10:

Hoje, foi meu primeiro dia trabalhando na casa dele como seu motorista, foi um inferno trabalhar para um assassino, mas descobri onde guardam os prisioneiros e tive uma ideia: vou reunir um exército e destruir a sede do Buraco Negro.

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Dia 11:

Descobri onde é a sede, rua Pele, 666, libertei os prisioneiros e achei meu irmão Vector que estava quase morto, mas eu lhe dei uma pílula médica e a saúde dele melhorou instantaneamente, eu estava tão feliz que até chorei.Contei a ele minha ideia, ele a apoiou: vamos atacar a base do Buraco Negro.

Dia 12:

Eu me demiti da casa do Malaquias e procurei arranjar material para o meu exército (eu consegui um exército quando eu libertei os prisioneiros das celas), nós entramos em contato com o grupo dos universais e nos unimos a eles, e agora tenho um exército de 5000 soldados! Além de suas como naves, navios estrelares e armas de luz.

Dia 13:

Tive uma ideia de como conseguir as armas, era só pedir para Raleyg, já que ele guarda muitas armas e naves em um porão. Amanhã, atacaremos a sede do Buraco Negro.

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Dia 14:

Durante a batalha destruímos mais de 8000 soldados do nosso inimigo e eu estava quase matando o Malaquias, mas um tiro de luz me atingiu, caí no chão com tudo! Ia morrer, mas meu irmão me empurrou para longe do Malaquias, usou um bomba em si mesmo e se auto destruiu junto com Malaquias. Eu fiquei deprimido e chorando por 5 horas.

Dia 15:

A guerra acabou e eu fui o homem que acabou com ela! Vector , infelizmente, se foi e, felizmente, o Malaquias também!

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