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Histórico da Agricultura Faculdade de Ciências Agrárias de Andradina - Medicina Veterinária - Tecnologia de Produtos de Origem Animal Prof. Ms Sílvia Maria Marinho Storti

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Histórico da Agricultura

Faculdade de Ciências Agrárias de Andradina

- Medicina Veterinária -

Tecnologia de Produtos de Origem Animal Prof. Ms Sílvia Maria Marinho Storti

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Definições Agricultura: agru (terra cultivada ou cultivável, campo)

Arte ou processo de cultivar o solo

Alimentos; Matéria-prima:roupas, construção, medicamentos, contemplação estética e ferramentas

AGRICULTOR

Definições Pecuária

Uso de animais

Alimentos; Matéria-prima: vestuário, calçados e medicamentos.

PECUARISTA

Corte

Leite

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Definições Agropecuária

Agricultura +

Pecuária

AGROPECUARISTA

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

☻HISTÓRICO DA AGRICULTURA

12.000 a.C. - África

Na pré-história, em torno de 12000 a.C., Começaram a surgir as

primeiras formas de agricultura (domesticação de espécies de vegetais) e

pecuária (domesticação de animais), junto com a formação das primeiras

aldeias agrícolas.

Nesse período, o uso do fogo e de algumas ferramentas, assim como do

esterco animal, passaram a fazer parte do cotidiano dos aglomerados

urbanos, os quais deram origem às cidades.

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Períodos da agricultura

Período da pré-agricultura.

Período da agricultura.

Período agroindustrial.

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Período da pré – agricultura Início: cerca de 3 milhões de anos.

Esqueleto de Lucy

(fóssil humano mais Antigo – 3,2 milhões anos)

Pinturas rupestre

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Período da pré – agricultura

Homens são onívoros Coletor - caçador

Dependentes da natureza. Nômades. Pequenos grupos. Início da seleção, culinária, conservação e transporte dos alimentos.

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Período da agricultura Início: cerca de 10.000 anos.

Período neolítico

Vales do Rio Nilo (Egito)

Tigre e Eufrates (Mesopotâmia, atualmente Irã e Iraque).

China.

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Período da agricultura Aumento da população dificuldade de migração.

Seleção das primeiras plantas semeadas

Disponibilidade e sabor.

Rapidez do ciclo produtivo e produtividade.

Seleção dos animais

Rendimento. Aproveitamento do animal. Facilidade de domesticação.

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Período da agricultura

Relatos na literatura de domesticação de:

9000AC no norte do Iraque

8000AC no Irã

8000AC na Tailândia

6000AC no Irã

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Período da agricultura

Relatos na literatura de domesticação de:

A humanidade deixou de ser nômade, formaram se vilas e cidades, que mais tardem constituíram países.

Agricultura de subsistência

Agricultura comercial

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Período da agricultura Época das grandes navegações impulso do

comércio e ampliação das variedades dos alimentos.

Desenvolvimento de equipamentos.

Período da agricultura

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Agricultura se especializou

Êxodo rural.

Período da agricultura

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Fatores importantes na tecnologia de alimentos

Apertização

Pasteurização

Niccolas Appert (1792)

Louis Pasteur (1860)

Período Agroindustrial

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Predomínio da população urbana sobre a rural.

Evolução tecnológica da agricultura aumento da produtividade e da qualidade.

Evolução da área de embalagens.

Período Agroindustrial

☻HISTÓRIA DA AGRICULTURA

Surgimento de novas tecnologias de conservação.

Aquecimento ôhmico: condutividade elétrica em alimentos

Alta pressão hidrostática

Brasil / Antes de ser descoberto

■ No Brasil, antes da chegada dos portugueses, as populações indígenas que viviam no litoral alimentavam-se, basicamente, de peixes e crustáceos, abundantes na costa brasileira.

■ Esses restos alimentares deram origem aos fósseis chamados de sambaquis. Além disso, consumiam raízes (mandioca, cará) e praticavam a caça de pequenos animais nas áreas próximas à Mata Atlântica.

Século XVI e XVII / Brasil

■ Os colonizadores europeus, desde o século XVI,

realizaram a devastação das vegetações litorâneas

brasileiras, iniciadas com a exportação do pau-brasil

como matéria-prima para tingir tecidos.

■ Posteriormente, através das culturas de exportação ("plantations"), como a cana-de-açúcar seguida pela pecuária extensiva, passando pelos ciclos do ouro, para chegar à exploração do café.

■ Toda a economia era voltada para a exportação. Um continente com terras inexploradas a milhões de anos seria extremamente fértil a qualquer tipo de exploração agrícola. Até porque, conforme escreveu Pero Vaz de Caminha : "...em se plantando tudo dá...".

Século XVIII e XIX / Europa

■ O crescimento populacional e a queda da fertilidade dos solos utilizados após anos de sucessivas culturas no continente europeu, causaram, entre outros problemas, a escassez de alimentos.

■ Nesse sentido, por volta dos séculos XVII e XIX, intensifica-se a adoção de sistemas de rotação de culturas com plantas forrageiras (capim e leguminosas) e as atividades de pecuária e agricultura se integram.

■ Esta fase é conhecida como Primeira Revolução Agrícola.

Século XIX / Europa

■ No final do século XIX e início do século XX, os problemas de escassez crônica de alimentos em solos europeus intensificam-se, levando a uma série de descobertas científicas e tecnológicas: fertilizantes químicos, melhoramento genético, máquinas e motores à combustão.

■ Estas descobertas possibilitaram o progressivo abandono das antigas práticas, levando a uma especialização dos agricultores tanto nas culturas quanto nas criações.

■ Inaugurava-se uma nova fase nos sistemas agropecuários, na qual a forma de conceber e gerenciar a atividade rural passa a ser chamada de Agricultura Industrial (AI), Agricultura Convencional ou Agricultura Química.

■ Esta fase é chamada de Segunda Revolução Agrícola

Século XIX / Brasil

■ Em meados do século XVIII e no século XIX, após um crescimento contínuo da grande lavoura de exportação ( cana-de-açúcar), que se confundiu com a expansão do café pelas serras e vales do interior da província do Rio de Janeiro, começaram a aparecer sinais evidentes de que a agricultura brasileira vivia uma profunda crise.

■ Esta crise era atribuída, sobretudo, à falta de braços (pelo fim da escravidão) e de capitais, além do atraso técnico e administrativo na condução das lavouras.

A maioria dos grandes proprietários acreditava na exploração extensiva dos sistemas de produção, através da expansão das fronteiras agrícolas, abandonando as lavouras atuais quando estas não tivessem mais produtividade satisfatória e indo em busca de novas áreas reiniciando, assim, o ciclo de exploração da fertilidade dos solos.

Esta era a cultura nômade de expropriação do solo brasileiro, na qual pouco se pensava nas conseqüências negativas dos manejos agropecuários empregados, especialmente no que diz respeito à destruição florestal.

■ A agricultura moderna tem sua origem ligada às descobertas do século XIX, a partir de estudos dos cientistas Saussure (1797-1845), Boussingault (1802-1887) e Liebig (1803-1873), que derrubaram a teoria do húmus, segundo a qual as plantas obtinham seu carbono a partir da matéria-orgânica do solo (De Jesus, 1985).

A AGRICULTURA MODERNA

Liebig Boussingault

A Liebig difundiu a idéia de que o aumento da produção agrícola seria diretamente proporcional à quantidade de substâncias químicas incorporadas ao solo.

A Toda a credibilidade atribuída às descobertas de Liebig deu-se ao fato de estarem apoiadas em comprovações científicas. Junto com Jean- Baptiste Boussingault, que estudou a fixação de nitrogênio atmosférico pelas plantas leguminosas, Liebig é considerado o maior precursor da "agroquímica" (Ehlers, 1996:22).

As descobertas de todos esses cientistas, segundo Ehlers (1996), marcam o fim de uma longa data, da Antiguidade até o século XIX, na qual o conhecimento agronômico era essencialmente empírico. A nova fase será caracterizada por um período de rápidos progressos científicos e tecnológicos.

No início do século XX, Louis Pasteur (1822-1895), Serge Winogradsky (1856-1953) e Martinus Beijerinck(1851-1931), precursores da microbiologia dos solos, dentre outros, contribuíram com mais fundamentos científicos que fizeram uma contraposição às teorias de Liebig, ao provarem a importância da matéria orgânica nos processos produtivos agrícolas (Ehlers, 1996:24-25).

Contudo, mesmo com o surgimento de comprovações científicas a respeito dos equívocos de Liebig, os impactos de suas descobertas haviam extrapolado o meio científico e ganhado força nos setores produtivo, industrial e agrícola, abrindo um amplo e promissor mercado: o de fertilizantes "artificiais" (Frade, 2000: 17).

Na medida em que certos componentes da produção agrícola passaram a ser produzidos pelo setor industrial, ampliaram-se as condições para o abandono dos sistemas de rotação de culturas e da integração da produção animal à vegetal; que passaram a ser realizadas separadamente.

A expansão da revolução verde deu-se rapidamente além do incentivo de organizações mundiais como o:

Banco Mundial,

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

United States Agency for International Development (USAID)

Agência das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação

(FAO) dentre outras ( Ehlers, 1996:34).

A partir dos anos 90 emergem os processos de certificação ambiental dos produtos agrícolas - como os "selos verdes".

A certificação ambiental fundamenta-se no princípio da produção com uso de técnicas e processos que não degradem o meio ambiente.

A iniciativa de certificar tem partido quase que exclusivamente de organizações não governamentais, que estabelecem os seus critérios próprios de certificação, o que para a agricultura, refere-se a produtos orgânicos ou biodinâmicos.