HISTÓRIA DE UM MENINO DE RUA · história, de modo que cada um deles pudesse sugerir, opinar e...

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HISTÓRIA DE UM MENINO DE RUA AUTORES: ANA JÚLIA VIEIRA DE MELO AZEVEDO ARLIAN DAVID DA SILVA DEYVISON FABIO VIANA DA SILVA DIEGO RIDSON SOUSA DE OLIVEIRA JAKELLINY VIEIRA DA CRUZ LIRYEL IASMIN DA SILVA MARQUES MARIA ALICE DA SILVA SOARES MARIA LUIZA MACEDO TEIXEIRA RIKELMY CAMARA DE SOUZA THALISON KALLIAN DE OLIVEIRA RESENDE ORGANIZAÇÃO: NICARLA DE SANTANA MOURA 2014

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HISTÓRIA DE UM MENINO DE RUA

AUTORES:

ANA JÚLIA VIEIRA DE MELO AZEVEDO

ARLIAN DAVID DA SILVA

DEYVISON FABIO VIANA DA SILVA

DIEGO RIDSON SOUSA DE OLIVEIRA

JAKELLINY VIEIRA DA CRUZ

LIRYEL IASMIN DA SILVA MARQUES

MARIA ALICE DA SILVA SOARES

MARIA LUIZA MACEDO TEIXEIRA

RIKELMY CAMARA DE SOUZA

THALISON KALLIAN DE OLIVEIRA RESENDE

ORGANIZAÇÃO:

NICARLA DE SANTANA MOURA

2014

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APRESENTAÇÃO

Esse livro é uma produção coletiva da turminha do 3º ano fundamental

da Escola Estadual Professora Mariluza Almeida Florentino, localizada no

município do Macaíba/RN.

Essa história foi pensada dentro da proposta de incentivo à criatividade

e imaginação das crianças como elemento que faz parte do processo de

aprendizagem dos sujeitos.

A turma foi responsável pela escolha dos mínimos detalhes dessa

história, de modo que cada um deles pudesse sugerir, opinar e fazer escolhas

para fazer dessa tarefa algo prazeroso e instigante.

Agradeço a cada um e cada uma pela oportunidade de desenvolver

esse trabalho com caráter de projeto piloto.

Nicarla de S. Moura

Professora do 3º ano

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CAPÍTULO I

Havia um menino chamado Bruno que não tinha

casa, comida e nem família. Bruno vivia na rua. Todos os

dias ele pedia dinheiro nas ruas, nas avenidas, no ponto de

ônibus... Às vezes ele trabalhava limpando os vidros dos

carros para ganhar dinheiro.

Bruno não tinha lugar para tomar banho, mas quando

encontrava uma torneira ou um rio, lagoa ou uma praia ele

aproveitava e era o que mais adorava.

Ele tinha uma bicicleta um

pouco velha, mas que ainda

dava pra utilizar. Dava pra ir até

o lixão onde ele procurava

coisas para vender e às vezes

encontrava algo para comer.

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Quando passava em frente de lojas de comidas

deliciosas sempre ficava comendo com os olhos,

observando as pessoas saboreando deliciosos doces,

sopas, biscoitos, lasanhas, bolos... Nesse momento, Bruno

ia procurar um lugar para descansar, mas continuava com

a barriga roncando e triste. No dia seguinte começava tudo

novamente.

CAPÍTULO II

Bruno sempre acordava muito

cedo com o sol esquentando seu

corpo e com os carros e pessoas

fazendo barulho.

Com seu estômago roncando de tanta fome, pegou

sua bicicleta e foi à procura de comida. Foi quando ele viu

uma mulher caminhando e comendo uma maçã.

Bruno ficou de olho grande e a maçã caiu no chão e

a mulher foi embora. Ai Bruno pegou a fruta, limpou a areia,

comeu e saiu andando de bicicleta.

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Ali perto havia algumas crianças brincando de

bicicleta. Bruno foi chegando e se sentou na calçada

olhando os meninos brincando. Um menino foi até Bruno e

o chamou para participar da brincadeira. A mãe de um dos

meninos percebeu que Bruno estava com cara de fome e

ofereceu um copo de suco e um pão com manteiga.

Outra criança perguntou sobre a vida dele. Foi

quando Bruno disse que sua vida era boa e ruim. Tem hora

que é boa: quando ele estava com amigos e tinha hora que

era ruim: quando se sentia com fome e solitário, sem

companhia, sem ter lugar para morar e dormir com conforto

e também por não ter família.

Os meninos pararam de brincar para ouvir a história

de Bruno e ficaram muito tristes. A mãe que estava por

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perto ouviu essa história e resolveu ajudá-lo doando

roupas, dando comida de vez em quando e tentando

encontrar a família de Bruno.

Bruno contou que sua família era pobre e que seus

pais não podiam criá-lo porque eram muito pobres e ai

mandaram o menino para o orfanato quando ele tinha 4

anos, mas ele não gostava de lá porque as pessoas

maltravam ele. Quando ele cresceu mais um pouco, já com

7 anos, ele fugiu de lá...

CAPÍTULO III

Bruno contou que nesses dois anos que viveu na rua,

conheceu várias pessoas. Uma dessas pessoas se

chamava Duda, um menino pobre como ele e que era seu

melhor amigo. Ele tinha 16 anos e sempre acompanhava

Bruno quando ele ia pedir comida na rua. Duda mal comia

e um dia foi ficando fraco de fome, sem cor e muito magro.

Num domingo de manhã ele morreu. Bruno ficou muito

triste, mas também ficou feliz porque o amigo estava num

lugar melhor.

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Bruno também era amigo de uma menina chamada

Mariana, que tinha 8 anos e morava com a mãe num

barraco perto do lixão. Foi lá que eles se conheceram

quando estavam catando coisas para reciclar e começaram

a conversar sobre a vida deles, se era triste ou boa.

Mariana disse que seu pai foi para São Paulo em

busca de emprego e nunca mais

voltou. Sua mãe não trabalhava e ai tiveram que se mudar

para um barraco porque não tinham dinheiro para sustentar

uma casa.

Os dois ficaram amigos, pois todos os dias iam juntar

material para vender e Bruno sempre dizia para ela não

ficar triste, porque um dia o pai dela iria voltar. Ai ela

acreditava e ficava feliz novamente, mas ele nunca voltou.

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CAPÍTULO IV

Eles conversavam bastante sobre

as diferenças entre eles. Bruno era um

garoto de pele morena, olhos castanhos,

cabelos pretos e cacheados. Era magrinho

e tinha mais ou menos 1 metro e 30

centímetros. Sua camisa era preta e

rasgada e usava um calção azul sempre

sujo e tinha um boné branco amarelado

porque nunca lavava.

E já Mariana tinha cabelo crespo, loiro, sua pele era

branca, olhos azuis, era um pouquinho gordinha e era mais

alta do que Bruno poucos centímetros. Usava um shortinho

e uma blusa bem folgada.

Bruno gostava de jogar bola e

de andar de bicicleta; Mariana gostava

das bonecas que encontrava todo dia

no lixão. Mas os dois gostavam

mesmo era de brincar de esconde-

esconde, de tica-fruta e de escolinha

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com os cadernos que encontravam no

lixo.

Quem sempre era a professora, que era muito chata,

era Mariana e ficava implicando e se exibindo para Bruno,

fingindo ser muito brava e dizia o tempo todo: Você vai

fazer o dever senão vai ficar de castigo, mocinho!!!! E ele

dizia que não, ai ela botava Bruno de castigo e ele fingia

que estava chorando para sair do castigo.

Acabava a

brincadeira e já ia

anoitecendo. Bruno ia

procurar um lugar para

dormir e Mariana voltava

para o barraco da sua mãe.

A mãe dela vendo que

Bruno não tinha pra onde ir

o chamou para morar com

elas.

Mas Bruno disse que não queria incomodar e ela

respondeu que seria um prazer se ele fosse viver lá e então

ela se tornou mãe adotiva de Bruno.

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FINAL

Um dia Bruno se acordou e se lembrou que faltavam

alguns dias para o aniversário dele e então se lembrou da

família. Quando ele estava andando pela rua viu um carrão

vermelho e dentro tinha um garoto.

Bruno ficou imaginando como seria se ele fosse

aquele menino. Se ele tivesse dinheiro ele ajudaria as

pessoas pobres e seria mais feliz. Ele pensou em ajudar a

família de Mariana.

Um dia um homem e uma mulher se aproximaram e

perguntaram seu nome e ele respondeu que era Bruno. As

pessoas também perguntaram que dia ele nasceu. Bruno

respondeu que aquele dia era seu aniversário. Foi ai que os

pais deram um abraço e disseram Parabéns, filho.

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Finalmente nós te encontramos. Bruno ficou surpreso, sem

acreditar que eles eram seus pais, pois aquelas pessoas

eram muito ricas. Então, ele correu para contar para

Mariana e a mãe dela.

Os pais de Bruno ficaram ricos porque ganharam na

loteria. Foi ai que eles foram procurar o menino no orfanato

e disseram que ele tinha fugido.

Sua mãe começou a chorar e chorava todos os dias,

dizendo que queria seu filho de volta e saia todos os dias

pelas ruas procurando por ele.

Os pais de Bruno deram uma casa e um em emprego

para a mãe de Mariana e os dois foram estudar na mesma

escola, se tornando amigos para sempre, passando as

férias juntos na praia, na fazenda, o tempo todo brincando.

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Mas o que Bruno mais gostava na casa nova dele, na

casa de praia, na fazenda ou em qualquer lugar era do

chuveiro. Passava horas e horas tomando banho...

Fim