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Superar a ideia de que no seria escolhida para tomar meu lugar, e eu

estava ali dizendo que ela seria responsvel por minha morte se chegasse a medenunciar.

No consigo entender direito o que voc est dizendo, mas sei que voc no temmedo

de nada disse ela. E voc tem medo da Prime?

Sim. esco!ri que eles esto matando pessoas. Starters. " di#$cil e%plicar, mas eles

conseguem separar o c&re!ro de uma pessoa de seu corpo. epois, desligam seu c&re!ropara

sempre.

Ela #icou paralisada, tentando compreender o que eu dizia. Senti que eu estavaprendendo

a respira'o, olhando na dire'o da porta, estimando a dist(ncia at& ela, quanto tempoeu

demoraria para sair do !a) de roupas lavadas e quanto tempo levaria at& que os gritos deSara

atra$ssem outras pessoas.

*em, isso no & nada !om ela disse.

Ela lentamente a#rou%ou as mos ao redor de meus !ra'os. Eu e%pirei.

Sara me a+udou a montar um dis#arce para su!stituir meu uni#orme da priso. Elae%plicou

que os )nicos #uncionrios que tra!alhavam na institui'o, al&m dos prprios menores,eram

os supervisores de +ardinagem. Esses Enders cuidavam do paisagismo ao redor daentrada e

do pr&dio da administra'o para impressionar os visitantes. Para se di#erenciarem dos

menores, especialmente a dist(ncia, eles usavam camisas e cal'as pretas, +unto com umchap&u

de a!as largas para se protegerem do sol. -quele #oi o tra+e que Sara escolheu para mimem

meio s roupas da lavanderia. Ela conseguiu at& mesmo encontrar um con+unto limpo.

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-marramos meu ca!elo em um coque para que ele no aparecesse por !ai%o do chap&u.

/alvez #osse !om desenhar algumas rugas disse ela, enquanto me e%aminava.

-cho que seria melhor simplesmente irmos em!ora daqui.

0oc no pode sair sem sapatos. Ela apontou para meus p&s descal'os.

1s tnis de cor cinza que eu rece!era aca!ariam com meu dis#arce rapidamente.2huteios

para !ai%o de uma pilha de roupas enquanto Sara procurava por um par de chinelos de

tecido preto que #oram lavados.

Ela voltou com dois chinelos nas mos.

" o )nico par que so!rou.

2alcei um e depois o outro. Eram, pelo menos, dois n)meros maiores do que os sapatos

que eu geralmente usava.

Esto per#eitos. 0amos em!ora completei.

Encontrei alguns peda'os de elstico e os usei para prender os chinelos a meus p&s.

Pensamos em um plano para que eu conseguisse escapar da institui'o. Estvamos

preocupadas com a possi!ilidade de o 0elho mandar revistar cada mil$metro docomple%o, at&

que eu #osse encontrada. Por isso, #icar escondida no era uma op'o. Ele viria atrs demim

para preservar sua reputa'o, para mostrar que uma Starter no poderia se atrever adesa#iar

suas ordens.

Sara disse que ouvira #alar que um Starter escapara no ano anterior pendurando3se na

parte in#erior de um caminho de entregas. Por causa disso, o procedimento padroadotado

pelos guardas era veri#icar rapidamente os caminh4es antes que eles sa$ssem peloporto. 5as

eles nunca revistavam os ve$culos de visitantes importantes. 6maginvamos que o 0elho,com

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seu enorme helicptero, #osse to poderoso que a institui'o no se arriscaria a insult3lo com

qualquer procedimento rotineiro que o atrasasse. - coopera'o da institui'o comaquele

homem sugeria que uma !oa quantidade de dinheiro trocara de mos.

5esmo assim, ainda era arriscado.

/em certeza de que o Starter conseguiu escapar? eu perguntei. E que ele no se

machucou?

Eu no disse isso respondeu Sara. S ouvi dizer que ele conseguiu sair.

0oc no tem certeza porque nunca mais ouviu #alar dele. Escute, h outra coisa. 7m dos guardas do porto & !em gordo e os outros o chamam

de 2ai%ote. Ele no consegue se curvar para olhar de!ai%o dos caminh4es.

E da$?

" ele que est no porto ho+e disse Sara.

-quilo me convenceu. 1s guardas provavelmente no se atreveriam a atrasar a remessa

importante que iria para a Prime, mas eu tam!&m poderia me !ene#iciar da #alta de

#le%i!ilidade de 2ai%ote.

Eu era #orte e leve. Precisaria apenas me segurar com #irmeza para atravessar osport4es.

epois, eu poderia me soltar e o ve$culo de transporte me dei%aria para trs. Ningu&mnunca

perce!eria que eu estava grudada a ele como uma sanguessuga. -quele era nosso plano.

Seria

muito mais di#$cil do que quando eu simplesmente entrara pelo porto principal,#ingindo

trazer doa'4es, mas era uma oportunidade. E eu iria aproveit3la. -#inal, depois que ove$culo

da Prime sa$sse da institui'o, os guardas voltariam a #azer suas veri#ica'4es de rotina.

Sa$mos do interior do pr&dio, eu com meu dis#arce de +ardineira e Sara como minha

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aprendiz. Ela tam!&m usava um chap&u para esconder seu rosto escoriado, levando nasmos

um saco de li%o e um !alde com #erramentas. Enquanto caminhvamos pelas vielas que

levavam ao pr&dio da administra'o, eu me curvei um pouco e andei com movimentosmais

r$gidos para me parecer mais com uma Ender, em!ora, na realidade, sentisse vontade de

correr #eito louca. No que #osse #cil #azer isso com aqueles chinelos enormes nos p&s.

0imos dois Starters que vinham em nossa dire'o. Sara me #ez um sinal com a mo.Ns

duas curvamos nossas ca!e'as para que os chap&us co!rissem nossos rostos at& que eles

passassem por ns. 8uando chegamos rea em #rente ao pr&dio da administra'o,vimos que

o helicptero do 0elho estava do lado mais distante do gramado. 1 piloto estava do ladode

#ora, esticando as pernas, mas no havia ningu&m dentro. 1 ve$culo que levaria osmenores

escolhidos estava mais perto de ns, estacionado na estrada curta que ligava o pr&dio da

administra'o ao porto que levava li!erdade.

9 est sua carona sussurrou Sara.

0oc pode vir tam!&m. Eu olhei para ela.

Sara !alan'ou a ca!e'a negativamente.

0oc precisa encontrar seu irmo. Eu ainda tenho um !om tempo pela #rente.